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2019 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Adaptado por Tâmara Amaral Pinheiro 2 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS AUTOR Pinheiro, AT. Apostila de Anatomia e Escultura Dental para Aulas Práticas. 2019 - 51págs. Faculdade Pitágoras de Odontologia de Teixeira de Freitas-BA. CO-AUTORES Professor João Paulo Campo Dall Orto, Esp. Faculdade Pitágoras de Odontologia de Teixeira de Freitas-BA. Professora Viviane Néri Corrêa Guimarães, Mestre. Faculdade Pitágoras de Odontologia de Teixeira de Freitas-BA. 3 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, quero oferecer minha sincera gratidão a coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Pitágoras de Teixeira de Freitas/BA, Viviane Néri Guimarães, que me convidou a escrever a Apostila de Anatomia e Escultura Dental Para Aulas Práticas, me senti extremamente honrada e agradecida por este impulso ao estudo. Devo também agradecer ao Professor João Paulo Dall Orto, que ministra a disciplina de Odontologia Morfofuncional da Faculdade Pitágoras de Teixeira de Freitas/BA, que me convidou para ser monitora da matéria em que ele ministra, despertando em mim a curiosidade de aprender mais sobre a anatomia dental. 4 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS SUMÁRIO ELEMENTO DENTAL ................................................................................................. 6 NUMERAÇÃO DOS DENTES .................................................................................... 7 DIVISÃO ANATÔMICA ............................................................................................. 10 CLASSIFICAÇÃO DAS FACES E REGIÕES DOS DENTES .................................. 12 ESTRUTURAS ANATÔMICAS COMUNS A TODOS OS DENTES ........................ .14 ESTRUTURAS ANATÔMICAS COMUNS A TODOS OS DENTES ANTERIORES............................................................................................................17 ESTRUTURAS COMUNS A TODOS DENTES POSTERIORES..........................................................................................................19 ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS INCISIVOS......................................................22 ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS CANINOS.......................................................31 ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS PRÉ-MOLARES.............................................33 ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS MOLARES......................................................41 MATERIAIS USADOS PARA ESCULTURA DENTAL.............................................46 MÉTODO DA ESCULTURA DENTAL EM BLOCO DE CERA.................................49 REFERÊNCIAS..........................................................................................................51 5 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS APRESENTAÇÃO A Apostila de Anatomia e Escultura Dental para aulas práticas possui o objetivo de auxiliar o aluno na compreensão da anatomia do elemento dental permanente e posteriormente com o conhecimento obtido, produzir o dente em cera. A escultura dental fornecer aos alunos de Odontologia a experiência manual que fielmente necessitam para as futuras práticas de restauração, reabilitação oral e funcional, com uma visão ampla da anatomia dental, representando as formas, detalhes minuciosos dos dentes. O constante avanço tecnológico traz para a educação uma obrigação de atualização de seus métodos. A vida fora da sala é sempre mais atrativa para o aluno e uma história visual tem um fluxo e narrativa, onde as imagens e palavras trabalham em conjunto para apresentar e permitir a criação de apresentações interativas e dinâmicas. Esse é o meu desejo e objetivo para conduzir o leitor a um caminho de descobertas da anatomia dental, que nos torna, profissionais que transformam sorrisos através da arte! 6 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ELEMENTO DENTAL Os dentes são estruturas resistentes, de natureza calcária e cor branca. Eles estão localizados na boca e fixados na mandíbula/maxilar. Estão dispostos regularmente, uns ao lado dos outros, formando os arcos dentais superior e inferior. Podemos ressaltar que o dente é considerado histologicamente como um órgão, pelo fato de ele ser constituído por tecidos diferentes. As funções exercidas pelos dentes, podem ser divididas em função ativa e função passiva, sendo que: Função Ativa: A função ativa é a Mastigação, que é responsável por prender, contra, dilacerar e triturar os alimentos. Sendo que cada dente possui sua função específica. Função Passiva: Os dentes apresentam várias funções passivas, que não estão relacionadas diretamente com a mastigação, tais como: estética, proteção, fonação, sustentação de tecidos moles, e etc. Os dentes são adaptados as funções de: apreender, cortar, dilacerar e triturar os alimentos sólidos. Incisivos – Apreendem os alimentos. Caninos – Cortam os alimentos. Pré-Molares – Dilaceram e trituram os alimentos. Molares – Dilaceram e trituram os alimentos 7 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS NUMERAÇÃO DOS DENTES Os elementos dentarios desde o seu irrompimento são posionados lado a lado e o conjunto destes é chamado de arcada dentaria (o termo “arcada” é usado para lembrar que tal curva é formada por um conjunto de “arcos),possuimos a arcada superio e inferior. Figura 1. Arcada superior e inferior. A arcada dentaria se divide em 4 quadrantes, compostos por 16 elementos dentais em cada arco e 8 elemento dentais em cada quadrante da dentição permanente. Na arcada superior permanente vamos ter o quadrante 1 (direito) e o 2 (esquerdo), na arcada inferior vamos ter o quadrante 4 (direito) e 3 (esquerdo). 8 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 2. Quadrantes em elementos dentais permanente. Após o entendimento do que são os quadrantes, podemos formar os números dos dentes, cada quadrante é enumerado de 1 a 8 nos elementos dentais permanentes. Por exemplo, o incisivo central superior direito está no 1 º quadrante e é o 1 º dente deste quadrante, sendo o 11. Figura 3. Numeração dentaria permanente. 9 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Incisivo o Incisivo central superior- direito 11/ esquerdo 21 o Incisivo lateral superior- direito 12/ esquerdo 22 o Incisivo central inferior- direito 41/ esquerdo 31 o Incisivo lateral inferior- direito 42/ esquerdo 32 Canino o Canino superior- direito 13/ esquerdo 23 o Canino inferior- direito 43/ esquerdo 33 Pré-molar o Primeiro pré-molar superior- direito 14/ esquerdo 24 o Segundo pré-molar superior- direito 15/ esquerdo 25 o Primeiro pré-molar inferior- direito 44/ esquerdo 34 o Segundo pré-molar inferior- direito 45/ esquerdo 35 Molar o Primeiro molar superior- direito 16/ esquerdo 26 o Segundo molar superior- direito 17/ esquerdo 27 o Terceiro molar superior-direito 18/ esquerdo 28 o Primeiro molar inferior- direito 46/ esquerdo 36 o Segundo molar inferior- direito 47/ esquerdo 37 o Terceiro molar inferior- direito 48/ esquerdo 38 https://pt.wikipedia.org/wiki/Incisivo https://pt.wikipedia.org/wiki/Incisivo_central_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Incisivo_lateral_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Incisivo_central_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Incisivo_lateral_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Canino https://pt.wikipedia.org/wiki/Canino_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Canino_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Pr%C3%A9-molar https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_pr%C3%A9-molar_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_pr%C3%A9-molar_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_pr%C3%A9-molar_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_pr%C3%A9-molar_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Molar https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_molar_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_molar_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_molar_superior https://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_molar_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Segundo_molar_inferior https://pt.wikipedia.org/wiki/Terceiro_molar_inferior 10 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS DIVISÃO ANATÔMICA Anatomicamente, o dente pode ser dividido em: coroa, colo e raiz. Essa divisão é muito utilizada para descrever cada dente isoladamente. Cada uma dessas partes possui características próprias. Figura 4. Coroa, colo e raiz COROA É parte superior do dente, e geralmente a única parte visível. O formato da coroa determina a função do dente, por exemplo: os dentes mais afiados (caninos) servem para cortar os alimentos, e assim por diante. E ela é dividida em duas: Coroa Clínica: É a parte visível da Coroa. Coroa Anatômica: É a parte que fica recoberta por gengiva. COLO O colo é o segmento imediato entre a coroa e a raiz. E ele é divido em dois: O Colo clínico e o Colo anatômico. Colo Clínico: É a parte visível do Colo. Colo Anatômico: É a parte que fica recoberta por gengiva. 11 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 5. Partes do dente RAIZ Porção dental implantada nos alvéolos da maxila e da mandíbula. Existem 3 tipos de raízes: Unirradicular, Birradicular e Tri/Multirradicular. Raiz Unirradicular: Possui somente 1 raiz. Raiz Biradicular: Possui 2 raízes. Raiz Trirradicular/Multirradicular: Possuem 3 ou mais raízes. Figura 6. Raízes dentais. 12 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS CLASSIFICAÇÃO DAS FACES E REGIÕES DOS DENTES A arcada possui uma linha que a divide em dois lados, sendo chamada de linha média dentária, é um ponto importante na composição estética de um sorriso harmônico. O posicionamento correto dos dentes tem como ponto inicial uma linha imaginaria vertical que separa os dois incisivos centrais superiores. Figura 7. Linha média dentaria Através do entendimento do que é a linha média podemos identificar as faces dentais: Proximal – superfícies dentais próximas umas das outras Face mesial (M) - próximo da linha média do arco dentário; Face distal (D) - mais afastado da linha média do arco dentário; Face incisal (I) - superfície dos dentes anteriores; Face oclusal (O) - superfície dos dentes posteriores; Face vestibular (V) - parte de frente para os lábios; Face lingual (L) - parte voltada para língua nos dentes inferiores; Face palatina (P) - parte voltada para o palato nos dentes superiores; 13 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 8. Faces dos dentes CLASSIFICAÇÃO QUANTO ÀS REGIÕES DO PRÓPRIO DENTE Didaticamente, o estudo da anatomia da coroa dental e raiz é amplamente facilitado pela divisão das faces em terços e pelos sentidos de visualização. Figura 9. Divisão dos terços dental. 14 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS COMUNS A TODOS OS DENTES LINHA EQUATORIAL E EQUADOR PROTÉTICO A linha equatorial corresponde a união de todas as bossas e está relacionado ao longo do eixo do dente, e não a direção de implantação do dente no arco. O equador protético ou funcional depende da inclinação do dente no arco e pode ou não coincidir com a linha equatorial. Figura 10. Linha equatorial e equador protético Linha cervical O colo ou linha cervical é o segmento imediato entre coroa e raiz, côncava nas faces livre e convexa nas proximais. Figura 11. Linha cervical Crista Marginal Eminência linear encontrada nas bordas mesial e distal da face lingual de incisivos e caninos. E nas bordas mesial e distal da face oclusal de pré-molares e molares. 15 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 12. Crista marginal Bossa Elevação arredondada, localizada no terço cervical dos dentes anteriores e posteriores. Na face vestibular no terço cervical, face lingual entre os terços cervical e médio de pré-molares e molares e face de contato de alguns dentes. Figura 13. Bossas vestibular e lingual. Bordas São segmentos de reta que delimita a transição entre faces dentais, levando o nome das faces que delimitam. Figura 14. Borda vestíbulo-distal e borda mésio-lingual do dente 21. 16 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS AMÊIA Espaço triangular de base vestibular ou lingual, situado entre as faces de contato de dois dentes vizinhos. Figura 15. Amêia dental Ponto de contato Local onde se tocam as faces proximais ou de contato na normal posição nas arcadas dentárias. Figura 16. Ponto de contato. 17 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS COMUNS A TODOS OS DENTES ANTERIORES FOSSA Depressão na face lingual ou palatina, delimitada pelo cíngulo, borda incisal e cristas marginais. CÍNGULO Saliência arredondada (esmalte) no terço cervical da face lingual de incisivos e caninos. FORAME CEGO É uma depressão da face lingual delimitada pela borda incisal, cristas marginais e cíngulo. Figura 17. Cíngulo, fossa e forame cego. Borda Incisal É o encontro da face vestibular com a face lingual. Figura 18. Borda incisal 18 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS SULCOS DE DESENVOLVIMENTO São depressões lineares, paralelas ao longo do eixo do dente, localizadas nas faces vestibulares de dentes anteriores, dividindo-as em segmentos. Têm desenvolvimento variável e são mais frequentes em dentes jovens. LÓBULOS DE DESENVOLVIMENTO São segmentos das faces vestibulares, delimitados pelos sulcos de desenvolvimento. Em números de três, tendem ser a melhor visualizados em dentes recém irrompidos. Chegando a entalhar as bordas incisais dos dentes incisivos, formando os mamelos incisais. Figura 19. Sulcos, lóbulos e mamelões. Crista Mediana Elevação de esmalte na face lingual dos dentes anteriores, é mais evidente em caninos, no seu terço médio. Figura 20. Crista mediana do dente 23. 19 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESTRUTURAS COMUNS A TODOS DENTES POSTERIORES CÚSPIDES São saliências em formato piramidal, cada cúspide possui estruturas anatômicas tais como: ápice, vertente, aresta e sulcos. TUBÉRCULO DE CARABELLI OU CÚSPIDE DE CARABELLI É uma pequena cúspide adicional na superfície palatina, próximo ao ângulo mesiopalatino do primeiro molar superior em dentição permanente e decídua. Figura 21. Tuberculo de Carabelli e Cúspide. PONTE DE ESMALTE Também chamada de crista oblíqua. É uma saliência de esmalte. Une as cúspides disto-vestibular e mésio-lingual no 1º molar superior. Une as cúspides vestibular e lingual do 1º pré-molar inferior. Figura 22. Ponte de esmalte. 20 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS VERTENTES São as faces das cúspides, cada cúspide possui duas vertentes internas ou triturante e duas vertentes externas ou lisa. Exceto a cúspide mésio-palatina do primeiro molar superior, a qual possui três vertentes internas. Figura 23. Vertente externa e interna. ARESTAS São segmentos de retas formados pela união de vertentes de uma mesma cúspide ou de uma crista transversal. Figura 24. Arestas longitudinais e transversais. SULCOS PRINCIPAIS São depressões que separam as cúspides, são profundos e bem delineados, resistem perfeitamente à abrasão mecânica. SULCOS SECUNDÁRIOS Menos profundo que os sulcos principais, estes sulcos desempenham papel importante no escoamento dos alimentos depois de triturados. 21 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 25. Sulcos principais e secundários. FOSSA CENTRAL Depressão na porção central da superfície oclusal de um molar. FOSSETA Depressões localizadas nas faces vestibulares e linguais dos molares. FÓSSULA Constituem o tipo de terminação mais frequente dos sulcos. Depressões rasas e de formato piramidal presentes nas superfícies oclusais dos dentes posteriores. Figura 26. Fosseta, fossa e fóssula. 22 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS INCISIVOS Os dentes incisivos se localizam na porção anterior do arco dental. O grupo dos incisivos é composto por oito dentes, sendo 4 superiores e 4 inferiores. Esse grupo é composto pelos Incisivos Centrais (2 Sup. e 2 Inf.) e pelos incisivos laterais (2 Sup. e 2 Inf.) A principal função é prender e cortar os alimentos. INCISIVOS CENTRAIS SUPERIORES Os Incisivos Centrais Superiores são maiores que os Incisivos Laterais Superiores, sendo o 11 e 21 da arcada superior. Coroa: A coroa apresenta em forma geral, um formato pentagonal, achatada no sentido vestíbulo-lingual. Raiz: Todos os elementos do grupo dos incisivos são unirradiculares, apresentando uma raiz cônico- piramidal, com achatamento mésio-distal. CARACTERISTICAS INDIVIDUAIS: FACE VESTIBULAR Formato Trapezoidal; Linha Cervical côncava; 2 Sulcos de Desenvolvimento; 3 Lóbulos de Desenvolvimento; 3 Mamelões; Bossa Vestibular no Terço Cervical; Borda Mesial (Retilínea); Borda Distal (Convexa); Borda Incisal (Retilínea), inclinada para distal); Ângulo Mesio-Incisal (Agudo); Ângulo Disto-Incisal (Arredondado). FACE LINGUAL Linha Cervical côncava; Cíngulo; Bossa Lingual no terço cervical; Crista Marginal Mesial; Crista Marginal Distal; Fossa Lingual; Borda Incisal (Retilínea, inclinada para distal); Borda Mesial; Borda Distal. 23 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Ambas possuem forma de triângulo, sendo a base voltada para a cervical, e o ápice para a incisal. A dimensão cérvico-incisal é maior que a vestíbulo-lingual. A base cervical corresponde à linha do colo anatômico e apresenta concavidade voltada para a raiz. 24 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 27. Dente 11. 25 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS INCISIVOS CENTRAIS INFERIORES Os Incisivos Centrais Inferiores são os menores e mais simétricos dentes humano, sendo o 31 e 41 na arcada inferior. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS FACE VESTIBULAR Formato Retângular; Linha Cervical côncava; 2 Sulcos de Desenvolvimento; 3 Lóbulos de Desenvolvimento; 3 Mamelões; Bossa Vestibular no Terço Cervical. Borda Mesial (Retilínea); Borda Distal (Retilínea); Borda Incisal (Retilínea); Ângulo Mesio-Incisal (Agudo); Ângulo Disto-Incisal (Agudo). FACE LINGUAL Linha cervical côncava; Cíngulo (Quase imperceptível); Fossa Lingual (Rasa); Crista Marginal Mesial; Crista Marginal Distal; Bossa Lingual no terço cervical; 3 Mamelões; Borda Mesial (Retilínea); Borda Distal (Retilínea). FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Possuem a forma de um triângulo, com o ápice voltado para a incisal e a base para a cervical. A mesial e a distal são similares, convexas para a cervical e com a mesma altura. Só apresentam assimetria quando há desgaste em um dos ângulos incisais, fazendo com que um lado fique maior do que o outro. 26 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 28. Dente 41. 27 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS INCISIVOS LATERAIS SUPERIORIORES Os incisivos laterais superiores são os dentes 12 e 22 da arcada superior. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS FACE VESTIBULAR Formato Trapezoidal; Linha Cervical côncava; 2 Sulcos de Desenvolvimento; 3 Lóbulos de Desenvolvimento; Bossa Vestibular no Terço Cervical; Borda Mesial (Retilínea); Borda Distal (Convexa); Borda Incisal (Retilínea, inclinada para distal; Ângulo Mesio-Incisal (Agudo); Ângulo Disto-Incisal (Arredondado). FACE LINGUAL Linha Cervical côncava; Cíngulo; Bossa Lingual; Forame Cego; Crista Marginal Mesial; Crista Marginal Distal; Fossa Lingual; Bossa Lingual no terço cervical; Borda Incisal (Retilínea, inclinada para distal). FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Assemelham-se também às do incisivo central, porém com menores dimensões. Assim, apresentam formato triangular, com a base do triângulo mais estreita. 28 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 29. Dente 12 29 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS INCISIVOS LATERAIS INFERIORES Os incisivos laterais inferiores são os dentes 42 e 32 da arcada superior. CARACTERÍSTICAS INDIVIDUAIS FACE VESTIBULAR Linha Cervical côncava; 2 Sulcos de Desenvolvimento; 3 Lóbulos de Desenvolvimento; Bossa Vestibular no Terço Cervical. Borda Mesial (Retilínea); Borda Distal (Convexa); Borda Incisal (Retilínea, inclinada para distal; Ângulo Mesio-Incisal (Agudo); Ângulo Disto-Incisal (Arredondado). FACE LINGUAL Linha cervical côncava; Cíngulo (Inclinado para a distal); Fossa Lingual; Crista Marginal Mesial; Crista Marginal Distal; Borda Mesial; Borda Distal. Bossa Lingual no terço cervical; FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Assim como as faces vestibulares e linguais, apresentam a mesma forma das faces proximais do incisivo central inferior, destacando-se apenas por serem mais convexas e com inclinações maiores, sendo a face mesial mais plana e mais compridas do que a face distal. 30 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 30. Dente 42 31 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS CANINOS Os caninos são divididos em dois grupos, sendo dois dentes superiores 13 e 23 e dois dentes inferiores 33 e 43. Canino Inferior apresenta as mesmas características do que o superior, porém, o canino inferior é menor em todas as dimensões, possui as características menos evidentes e é assimétrico quando comparado com o superior. FACE VESTIBULAR Formato Pentagonal; Linha Cervical; Bossa Vestibular; 3 Lóbulos de Desenvolvimento; 2 Sulcos de Desenvolvimento; Ângulo Disto-Incisal (Mais arredondado); Ângulo Mesio-Incisal (Menos arredondado); Segmento Mesial e Distal; Cúspide; Crista Cérvico-Incisal Vestibular. FACE LINGUAL Cíngulo; Fossa Lingual Mesial; Fossa Lingual Distal; Crista Marginal Mesial; Crista Marginal Distal; Bossa Lingual; Crista Cérvico-Incisal Lingual. FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Ambas as faces proximais possuem forma de triângulo, sendo a base voltada para cervical e o ápice para oclusal. A base cervical corresponde à linha do colo anatômico e tem o aspecto de um V muito aberto, com a abertura voltada para a raiz. Ambas as faces proximais são convergentes para a cervical e convexas em toda a sua extensão, mas a face mesial é mais plana e menos inclinada que a face distal. Destaca-se que as faces proximais dos caninos são mais curtas quando comparadas às faces proximais dos incisivos. 32 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 31. Dente 13. 33 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS PRÉ-MOLARES PRÉ-MOLARES SUPERIORES Os Pré-Molares se localizam na porção posterior do arco dental, bem ao lado da face distal dos caninos. Os 1º pré-molares superiores são maiores que os 2º pré- molares superiores. Sendo compostos pelos dentes 14 e 15(Direito), 24 e 25 (esquerdo) da arcada superior. 1º PRÉ-MOLAR SUPERIOR FACE VESTIBULAR E LINGUAL Formato Pentagonal; Linha Cervical; Borda Mesial; Borda Distal; Borda Incisal em formato de "V" com dois segmentos; Segmento mesial menor e menos inclinado; Segmento distal maior e mais inclinado; Bossa Vestibular; Unicuspidado; Vertentes Lisas. A Face Lingual é menor que a vestibular, e apresenta basicamente as mesmas características que são encontradas na face vestibular, porém menos evidentes. FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Ambas as faces proximais possuem a forma de um trapézio assimétrico com a base maior situada cervicalmente. Tanto a face mesial quanto a distal são convexas, podendo a face mesial apresentar, no terço cervical, um ligeiro aplainamento ou uma concavidade que se prolonga na base da raiz. Com frequência, pode-se encontrar, na face mesial, um prolongamento do sulco principal oclusal, que atravessa a crista marginal e avança até́ o seu terço oclusal. FACE OCLUSAL Formato Hexagonal Irregular; Cúspide Vestibular (Maior); Cúspide Lingual (Menor); Crista Marginal (Mesial e Distal) Aresta Longitudinal; Vertentes Triturantes; Fossetas Secundárias (Mesial e Distal); Sulcos Secundários; Sulco Principal. O Sulco principal é deslocado para lingual, pois a cúspide vestibular é maior. Ele pode atravessar a crista marginal até a face mesial. 34 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS RAIZ O primeiro pré-molar superior é na maioria das vezes birradicular, mas em alguns casos ele pode ser unirradicular ou trirradicular. Raiz Vestibular (Maior); Raiz Lingual (Menor); 2º PRÉ-MOLAR SUPERIOR FACE VESTIBULAR E LINGUAL Formato Pentagonal; Linha Cervical; Borda Mesial; Borda Distal; Borda Incisal em formato de "V" com dois segmentos; Segmento mesial menor e menos inclinado; Segmento distal maior e mais inclinado; Bossa Vestibular; Unicuspidado; Vertentes Lisa. FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL). Assim como o primeiro pré-molar superior, ambas as faces proximais possuem forma de trapézio, e os dois lados têm a mesma dimensão, já́ que as cúspides vestibular e lingual possuem quase a mesma altura. FACE OCLUSAL Formato Hexagonal Regular; Cúspide Vestibular; Cúspide Lingual; Crista Marginal (Mesial e Distal) Aresta Longitudinal; Vertentes Triturantes; Fossetas Secundárias (Mesial e Distal); Sulcos Secundários; Sulco Central (Retilíneo e Central. O Sulco principal localiza-se mais no centro da fase oclusal, ele é menos nítido e mais curto, implicando crista marginais mais largas. Isso acontece pois as cúpides vestibular e lingual são praticamente do mesmo tamanho. RAIZ Unirradicular; Formato Cônico-Piramidal; Forte achatamento Mésio-Distal; Leve inclinação para distal. 35 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 32. Dente 14 36 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS PRÉ-MOLARES INFERIORES Os 1º pré-molares inferiores são menores que os 2º pré-molares inferiores, formando uma série ascendente. Geralmente os pré-molares apresentam duas cúspides, uma vestibular e outra lingual. Com exceção do 2 º Pré-Molar inferior que é tricuspidado. Compostos pelos dentes 44 e 45(Direito), 34 e 35(Esquerdo) da arca inferior. 1º PRÉ-MOLAR INFERIOR FACE VESTIBULAR Formato Pentagonal; Linha Cervical (Convexo para raiz); Borda Mesial (Convergente para cervical); Borda Distal (Convergente para cervical); Borda Incisal em formato de "V" com dois segmentos; Segmento mesial menor e menos inclinado; Segmento distal maior e mais inclinado; Bossa Vestibular; Unicuspidado; Vertentes Lisas. FACE LINGUAL Formato Pentagonal; Linha Cervical (Convexo para raiz); Borda Mesial (Convergente para raiz); Borda Distal (Convergente para rais); Borda Incisal em formato de "V" com dois segmentos; Segmento mesial menor e menos inclinado; Segmento distal maior e mais inclinado; Bossa Lingual; Unicuspidado; Vertentes Lisas. FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) As faces proximais têm a forma de um trapézio, com a base maior voltada para vestibular e a base menor para lingual. Ambas são convexas, principalmente no terço oclusal, e o terço cervical é quase plano. O lado vestibular do trapézio é fortemente convexo. O lado lingual apresenta menor convexidade, sendo quase paralelo ao longo eixo do dente. O lado oclusal é representado pelas vertentes triturastes das cúspides vestibular e lingual. A cúspide vestibular apresenta um 37 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS diâmetro vestíbulo-lingual maior que o apresentado pela cúspide lingual e é de 2 a 3 mm mais alta do que está. FACE OCLUSAL Formato Ovóide; Bicuspidado (Cúspide Vestibular e Lingual); Aresta Longitudinal; Aresta Transversal; Crista Marginal Mesial; Crista Marginal Distal; Fossetas Mesial e Distal; Sulco Mésio-distal; Pode possuir uma ponte de esmalte e interromper o sulco Mésio-Distal. RAIZ Unirradicular; Achatamento mésio-distal; Leve inclinação para distal. 38 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 33. Dente 44. 39 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS 2º PRÉ-MOLAR INFERIOR FACE VESTIBULAR Formato Pentagonal; Linha Cervical (Convexo para raiz); Borda Mesial (Convergente para cervical); Borda Distal (Convergente para cervical); Borda Incisal em formato de "V" com dois segmentos; Segmento mesial menor e menos inclinado; Segmento distal maior e mais inclinado; Bossa Vestibular; Vertentes Lisas. FACE LINGUAL Formato Quadrangular; Linha Cervical; Borda Mesial; Borda Distal; Borda Incisal em formato de "V" com dois segmentos; Segmento mesial menor e menos inclinado; Segmento distal maior e mais inclinado; Bossa Lingual; Bicuspidado (Cúspide mésio- lingual e disto-lingual); Sulco lingual dividindo as cúspides mesio-lingual e disto- lingual; Vertentes Lisas. FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) As faces proximais têm a forma de um quadrilátero. Ambas são convexas, sendo a face mesial mais alta, mais larga e ligeiramente mais plana do que a face distal. O lado oclusal do quadrilátero é representado pelas vertentes triturastes das cúspides vestibular e lingual, sendo a altura da cúspide vestibular 1,0 mm maior do que a altura apresentada pela cúspide lingual. FACE OCLUSAL Formato Quadrangular; Tricuspidado (Cúspide Vestibular, Mésio-Lingual e Disto-Lingual); Aresta Longitudinal; Arestas Transversais; Crista Marginal Mesial; Crista Marginal Distal; Sulco Mésio-distal; Sulco lingual (Separa as cúspides mésio-lingual e disto- lingual); Fossetas (Mesial, Central e Distal). RAIZ Unirradicular; Achatamento Mésio-Distal; Leve desvio para distal; 40 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 34. Dente 45. 41 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS MOLARES Os Molares se localizam na porção posterior do arco dental, bem ao lado da face distal dos pré-molares. O grupo dos molares é composto por doze dentes, sendo 6 superiores e 6 inferiores. MOLARES SUPERIORES 1º MOLAR SUPERIOR FACE VESTIBULAR Formato Trapezoidal; Bossa Vestibular; Sulco Vestibular (Divide as cúspides mésio-vestibular e disto-vestibular); Vertentes; Bicuspidado; Linha Cervical; Borda Mesial; Borda Distal. FACE LINGUAL Formato Trapezoidal; Bossa Lingual; Sulco lingual (Divide as cúspides mésio-lingual e disto- lingual); Bicuspidado; Linha Cervical; Borda Mesial; Borda Distal; Tubérculo de Carabelli. FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Possuem formato retangular e dimensão vestíbulo-lingual maior que a cérvico-oclusal. Em ambas as faces proximais, o lado cervical é plano ou côncavo para a raiz, e os lados vestibular e lingual são convergentes para a oclusal, sendo o lado vestibular convexo no terço cervical e reto nos dois terços restantes, e o lado lingual totalmente convexo. A face proximal mesial é mais plana e ligeiramente mais alta do que a face distal, que é abaulada. 42 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS FACE OCLUSAL Formato Rombóide; Aresta Longitudinal; Cristas Marginais (Mesial e Distal); Sulcos Principais; Sulcos Secundários; Vertentes; Fosseta Mesial, Central e Distal; Cúspides (Ordem decrescente): 1. Mésio-Lingual; 2. Mésio-Vestibular; 3. Disto-Vestibular; 4. Disto-Lingual. RAIZ Trirradicular; 2 Raízes Vestibulares (Mésio-Vestibular e Disto- Vestibular); 1 Raíz Lingual; 2º MOLAR SUPERIOR FACE VESTIBULAR Formato Trapezoidal; Bossa Vestibular; Sulco Vestibular; Vertentes; Linha Cervical; Borda Mesial; Borda Distal; FACE LINGUAL (TETRACUSPIDADO) Quando o segundo molar é tetracuspidado, a descrição da face lingual é semelhante à do primeiro molar superior. Nesse caso, nota-se uma maior desproporção de tamanho entre as cúspides disto-lingual e mésio-lingual, sendo a primeira bem menor que a segunda. O sulco línguo-ocluso-distal é mais curto e mais raso, e o tubérculo de Carabelli é ausente. FACE LINGUAL (TRICUSPIDADO) Na forma tricuspidada, ocorre a ausência da cúspide disto- lingual. A face lingual apresenta assim um formato pentagonal, com superfície convexa em todos os sentidos e sem sulcos. O lado oclusal é representado pelo contorno da cúspide lingual cujo vértice encontra-se mais próximo à mesial do dente. A vertente distal da cúspide lingual é mais comprida e mais inclinada que a vertente mesial. 43 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS FACES PROXIMAIS (MESIAL E DISTAL) Nos dentes tetracuspidados, as faces proximais apresentam formatos semelhantes aqueles descritos para o primeiro molar superior. Nos dentes tricuspidados, a face mesial é mais convexa no sentido lingual devido ao deslocamento da cúspide mésio-lingual, e a face distal é muito convexa no sentido lingual, havendo pouca definição dos limites entre face lingual e faces proximais. FACE OCLUSAL Formato Rombóide; Aresta Longitudinal; Cristas Marginais Mesial e Distal; Sulcos Principais; Sulcos Secundários; Fossetas Mesial, Central e Distal; Aresta Transversal; Vertentes. FACE OCLUSAL (VARIAÇÕES ANATÔMICAS) Características próprias da face oclusal permitem classificar o segundo molar superior em três tipos: romboide ou losangular, triangular ou tricuspidada, e o terceiro tipo, semelhante ao primeiro, com forte compressão da face oclusal. RAIZ Trirradicular; 2 Raízes Vestibulares (Mésio Vestibular e Disto-Vestibular) 1 Raíz Lingual; 3º MOLARES SUPERIORES: Pode ser semelhante ao primeiro ou ao segundo molar; Diferenciam-se dos primeiros e dos segundos molares por apresentarem raízes mais curtas e frequentemente fusionadas; A face oclusal é comumente acometida de sulcos e cúspides suplementares; Forma tricuspídea frequente. MOLARES INFERIORES 1º e 2º MOLARES INFERIORES: Primeiro molar apresenta cinco cúspides, sendo três vestibulares e duas linguais. Cúspide mesio-vestibular é a maior delas; Segundo molar apresenta quatro cúspides, com sulco principal em forma de X; Contorno pentagonal nos primeiro (vista pela oclusal) e retangular nos segundos molares; 44 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Sulco principal em forma de W com vértices para vestibular nos primeiros molares; 3º MOLARES INFERIORES: Menores que os primeiros e segundos molares inferiores; Podem se assemelhar ao primeiro ou ao segundo molar inferior; Diferenciam-se dos primeiros e segundos molares por apresentarem raízes mais curtas e frequentemente fusionadas; A face oclusal é comumente acometida de sulcos e cúspides complementares. 45 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 35. Dente 16. 46 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS MATERIAIS USADOS PARA ESCULTURA DENTAL BLOCO DE CERA O bloco será esculpido com a anatomia dental. Figura 36. Bloco de cera para escultura dental. INSTRUMENTAIS Os instrumentais utilizados em escultura destinam-se a: Adicionar; Cortar; Alisar a cera. Figura 37. Esculpidor Lecron. 47 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS Figura 38. Esculpidor Hollemback. LAMPARINA A lamparina poderá ser usada para aquecer a cera, em possíveis erros ou fraturas durante a escultura dental, auxiliando na colagem de partes quebradas e ajustes. Figura 39. Lamparina. 48 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS ESCOVA DENTAL: A escova dental com cerdas macia será utilizada para acabamento da escultura. Figura 40. Escova dental. FOLHA MILIMETRADA: Figura 41. Desenho do dente 12 em folha milimetrada. 49 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS MÉTODO DA ESCULTURA DENTAL EM BLOCO DE CERA 1. Assinala-se o bloco de cera com as iniciais correspondentes às faces vestibulares (V) de um lado e do outro lingual (L) em dentes inferiores ou palatina (P) em dentes superiores; mesial (M) de um lado e distal (D) do lado oposto. 2. Traçar no bloco de cera a linha divisória coroa-raiz de acordo com a medida da altura coronária. 3. Traçar o contorno das faces do dente a ser esculpido sobre o bloco. Pode ser usado um molde feito em folha milimetrada. Figura 42. Desenho de incisivo central. 4. Recortar com o Lecron o excesso de cera até formar o contorno. Figura 43. Recorte de incisivo com esculpidor Lecron. 50 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS 5. O bloco terá então a forma dental, aguardando, no entanto, as futuras proporções anatômicas. 6. Com a Hollemback iniciará a formação dos acidentes anatômicos do dente. Figura 44. Formação de acidentes anatômico com esculpidor Hollemback. 7. Para finalizar, utilize a escova dental para o acabamento e polimento do dente esculpido em cera. Figura 45. Dentes esculpidos em bloco de cera. 51 APOSTILA DE ANATOMIA E ESCULTURA DENTAL PARA AULAS PRÁTICAS REFERÊNCIAS 1. MADEIRA, Miguel Carlos. Anatomia do dente, 4ª ed.,Sarvier Editora, São Paulo, 2005. 2. TEIXEIRA, L.M.S.; REHER, P.; REHER, V.G.S. Anatomia Aplicada a Odontologia. 2ª. Ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2008 3. VIEIRA, Glauco Fioranelli e cols. Atlas de Anatomia de Dentes Permanentes – Coroa Dental, 1ª ed., Livraria Santos Editora Ltda, São Paulo, 2006 (reimpressão 2011) 4. STANLEY, Nelson. Wheeler anatomia dental, fisiologia e oclusão. 9.ed. São Paulo: Elsevier,2012. 5. Della Serra O & Ferreira V. F. Anatomia dental. 3ª edição. São Paulo: Artes medicas, 1981. 6. Woelfel J. B.; Sched, R. C. Anatomia dental. 5ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2000 7. EUGÊNIO, O. S. Anatomia e escultura dental: teoria e prática de ensino. São Paulo:Santos, 1995. 8. Site de figuras e fotos Pinterest: https://www.pinterest.ru/?autologin=true.
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