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Semiologia do Pé Diabético INTRODUÇÃO: São alterações e complicações ocorridas nos pés e membro inferiores (MMII) dos pacientes diabéticos No ano de 2000, os dados sugerem que havia cerca de 12 milhões de pacientes diabéticos nos EUA, causando um custo anual de 174 bilhões 25% dos diabéticos desenvolvem úlceras nos pés, precedendo 8/10 amputações Após a amputação no nível da coxa, 50% dos pacientes perdem a outra perna em 5 anos No brasil, cerca de 8% são diabéticos e desses, 15- 25% representam alguma ulcera durante a vida O pé diabético é a causa de 20% das internações de diabéticos O pé diabético diz respeito a 70% das amputações NEUROPATIA DIABÉTICA: Acomete os nervos sensitivos e motores Pode ser localizada ou difusa Cerca de 28,5% dos diabéticos apresentam É responsável por cerca de 80% das úlceras em diabéticos Neuropatia sensitiva motora: É a perda gradual da sensibilidade dolorosa Reduz a forca muscular Causa dificuldade para caminhar sobre os calcanhares Paciente tem mais predisposições a quedas Causa ausência do reflexo aquilino Sinais Clínicos da neuropatia diabética: • Parestesia (formigamentos em mãos e pés – principal causa) • Diminuição/ausência da sensibilidade (hipoestesia) • Dor (em queimação, hiperestesia) • Alterações de cor/temperatura da pele do membro Alterações Biomecânicas: Podem ser encontradas muito antes do surgimento das lesões, tais como: • Atrofia do coxim gorduroso plantar • Subluxações articulares • Queda de pelos • Anidrose (diminuição do suor na região do membro) • Anomalias das unhas • Dedos em martelo ou sobrepostos • Proeminências ósseas Habilidades Médicas V – Aula 2 Pé de Charcot: Geralmente é uma das evoluções das complicações do DM Reabsorção óssea vista no RX (distal de ossos longos) É um pé frágil, com traumas sucessivos e múltiplas fraturas O paciente tem descolamento ósseo e desabamento do arco plantar Alteração da marcha e dos pontos de pressão Perda de curvatura/plano do pé Úlceras Neuropáticas: Ficam localizadas em pontos de pressão: • Base do primeiro pododáctilo (dedão) • Sob a cabeça dos metatarsianos • Calcanhar As úlceras têm característica de iniciar com espessamento cutâneo (bordas elevadas) Geralmente são indolores Estágios da Evolução da doença: 1. Pequeno calo circular 2. Evolui para amolecimento central (“olho de peixe”) 3. Fica mais profunda gradativamente 4. Ocorre necrose, infecção, odor fétido Doença Vascular: Isquemia: • Obstrução arterial = macro e m icrocirculação • Geralmente distal • Mais rápida e agressiva • Diagnóstico tardio Úlceras isquêmicas: • Muito dolorosas • Acomete a ponta dos dedos Infecção no Pé Diabético: • Lesões são muito piores do que aparentam, podem causar: • Abcessos locais • Celulites e infecções de pele • Úlceras • Necrose • Lesões ósseas • Gangrenas Não necessariamente apresentam sinais clássicos como calor e rubor Lesões Mistas: • Neuro isquêmicas • Neuropáticas e infecciosas • Isquêmicas e infecciosas • Neuro isquêmicas e infecciosas Classificação de Wagner: Distúrbios Iniciais do Pé Diabético: • Micoses interdigitais e ungueais • Calosidades • Mal perfurante • Fissuras no calcâneo • Ulcerações superficiais Formas de Tratamento: • Curativos especiais ou a vácuo • Tratamento cirúrgico • Entre outros Como evitar o pé diabético: • Controle rigoroso da glicose • Cuidados com os pés • Lubrificar ou hidratar o pé • Palmilhas de acomodação • Diminuição da carga (perda de peso) • Fisioterapia Exame do pé diabético: Inspeção: • Higiene • Cor da pele • Pelos unhas • Espaços interdigitais • Presença de calosidades • Deformidades ósseas Palpação: • Temperatura dos pés • Presença ou ausência de edema • Palpar os pulsos pediosos e tibiais posteriores • Avaliação de Sensibilidade Tátil: • Usa-se monofilamento de 10g (cor laranja) • Aplica-se perpendicularmente a pele fazendo leve curvatura e pedindo ao paciente se ele sentiu o toque • Importante fazer os toques de forma aleatória e as vezes não tocar e perguntar se ele sentiu Sensibilidade vibratória: • Com o uso do diapasão Reflexo Aquileu: • Com o martelinho faz-se uma batida no calcâneo
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