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11 - Unidade 02 - Secão 03 - Não pode faltar

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29/05/2022 14:57 lddkls212_dir_cib_web
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NÃO PODE FALTAR
MARCO CIVIL DA INTERNET E HERANÇA DIGITAL
Luiz Felipe Nobre Braga
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PRATICAR PARA APRENDER
Olá, aluno!
A partir de agora vamos nos dedicar ao estudo de importantes disposições legais
constantes do chamado Marco Civil da Internet.
Com isso, teremos a possibilidade de compreender quais os institutos mais
interessantes no que se refere à regulação da Internet no Brasil, sobretudo com a
�nalidade de conhecer alguns dos principais direitos e garantias dos usuários do
ciberespaço.
Não deixaremos de lado comentários pontuais, porém muito relevantes, acerca da
responsabilidade dos provedores de Internet, assim como dos deveres e das
obrigações que permeiam as relações com eles.
Fonte: Shutterstock.
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Áudio disponível no material digital.
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Nesse itinerário, será alvo de nossas investigações a questão da herança digital
quanto aos bens digitais de variadas espécies. A�nal de contas, à medida que
existe interesse econômico e jurídico por esses bens, em quais situações ocorre ou
pode ocorrer a transmissão deles?
Em seguida, faremos uma análise histórica e conceitual da Internet, destacando
alguns aspectos técnicos, inclusive, à luz do Marco Civil, a questão da neutralidade
da rede em consonância com a ideia de liberdade de mercado e os direitos e
garantias previstos na legislação.
Por �m, a conclusão deverá apontar para os desa�os que tais questões trazem,
não apenas para o Direito Cibernético em si, mas também, em igual ou maior
medida, para a sociedade, de forma a revelar impactos signi�cativos no campo das
relações sociais contemporâneas.
O celular toca e, ao atender, você identi�ca que se trata de Tício, um velho amigo e
antigo colega de turma da universidade de Direito. Depois de alguns minutos de
conversa e das formalidades de todo início de diálogo, ele, sabendo da sua
condição de especialista em Direito Cibernético, solicita um auxílio para um caso
judicial em que atua como advogado.
O cliente dele, chamado Semprônio, deseja mover uma ação contra uma empresa
provedora de Internet. Segundo os registros telefônicos, ele havia ligado cerca de
dez vezes de seu celular móvel em dias e horários diferentes e outras seis durante
o horário de funcionamento da empresa (disponível em suas redes sociais), por
meio de seu telefone residencial, solicitando a vinda de um técnico em sua
residência, pois sua Internet, mais precisamente o aparelho provedor – modem –
não estava funcionando corretamente (supostamente devido às oscilações de
energia em sua rua naquela semana).
Cumpre ressaltar que, apesar de terem sido atendidas todas as ligações e de terem
sido agendados diversos horários para a ida do técnico, nenhum compareceu ao
local nas datas e horários combinados.
No entanto, o vizinho de Semprônio, Mévio, que teve um problema semelhante
com o modem, ligou na empresa apenas uma vez e conseguiu agendar a visita do
técnico para horas depois, no mesmo dia. Ocorre que Semprônio é humilde e
despossuído de muitos bens materiais, motivo pelo qual seu plano de assinatura é
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de poucos megabytes – unidade de medida utilizada para medir a velocidade da
Internet – enquanto seu vizinho, Mévio, é sujeito afortunado, que possui o melhor
plano de serviço que a provedora oferece.
Após o relato do caso, Tício questionou se havia alguma nomenclatura que
conceituasse especi�camente tal prática e ainda se há algum dispositivo legal que
seria útil conhecer ou citar. Em seguida você pede e anota o e-mail de seu amigo e
diz que lhe enviará um texto respondendo às suas perguntas.
Agora, você deve escrever um texto que responda às dúvidas de Tício sobre o caso
de Semprônio. A�nal, privilegiar o atendimento de clientes que tenham um plano
de Internet melhor é ferir também algum princípio? Qual conceito existe para se
referir a tal prática? Existe algum dispositivo legal que disciplina algo sobre esse
ocorrido?
Vamos juntos em mais esta etapa! Bons estudos! 
CONCEITO-CHAVE
Entender a dinâmica do Direito Cibernético implica explicitar as principais normas
que lhe dizem respeito. Nesse quadro, o Marco Civil da Internet, Lei nº
12.965/2014, é legislação de fundamental importância por estabelecer princípios,
garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. “O Marco Civil é uma
legislação cujo objetivo precípuo é o de regular as relações sociais entre os
usuários de Internet” (GONÇALVES, 2016, p. 7).
O Marco Civil da Internet, do ponto de vista histórico, surgiu como uma alternativa
à então chamada "Lei Azeredo", um projeto de lei que tinha como �nalidade
propor uma legislação ampla, na esfera criminal, para regular a Internet. Com
efeito, essa intenção puramente criminal não foi seguida pelo Brasil (LEITE; LEMOS,
2014).
Na verdade, ao invés de a legislação brasileira tratar da Internet sob o aspecto
criminal, acabou por seguir a tendência internacional, conforme adoção por outros
países, no sentido de, em primeiro lugar buscar a construção de direitos civis. "Em
vez de repressão e punição, a criação de uma moldura de direitos e liberdades
civis, que traduzisse os princípios fundamentais da Constituição Federal para o
território da Internet” (LEITE; LEMOS, 2014, p. 4).
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Logo, em 23 de abril de 2014, foi aprovado o Marco Civil da Internet Brasileira, cuja
lei foi sancionada pela então Presidente da República, Dilma Roussef, durante a
Conferência NETMundial, ocorrida em São Paulo (JESUS, 2014). Interessante notar a
forma pela qual referida lei fora aprovada.
Trata-se, no íntimo, de uma legislação que repete muitos institutos constitucionais
e, para alguns, isso ocorreu "sem contextualizá-los a uma ideia do que seria essa
construção do ser humano no século XXI” (GONÇALVES, 2016, p. 7). Na verdade, a
crítica é bastante válida e acaba por fazer sentido quando se pensa que não basta
a existência de legislações, por mais avançadas que sejam, para modi�car a
maneira pela qual a sociedade lida com determinados fenômenos. Logo: “Não
adianta existir uma normativa, que visa regulamentar as relações sociais na
Internet, sem que ela faça sentido para aqueles que são atingidos por ela. Torna-se
letra morta” (GONÇALVES, 2016, p. 7).
No caso da Internet, isso é ainda mais evidente à medida que os fenômenos que
ocorrem no ciberespaço, devido ao alto dinamismo, acabam por criar uma
pluralidade imensa de situações, modi�cando até mesmo o per�l cultural, seja
para aumentar os problemas, seja para vislumbrar oportunidades.
O crescimento vertiginoso da Internet em nível global é um dos aspectos que se
pode assinalar como de maior interesse quando o assunto do ciberespaço está
colocado para debate. Ainda nos anos 80 do século XX, a Internet consistia,
basicamente, em um projeto de pesquisa que envolvia alguns sites ainda em
construção.
Nos dias atuais, nota-se o seu real desenvolvimento, tendo se tornado um sistema
complexo e bastante avançado de comunicação, com alta produtividade e com a
capacidadede alcançar, em pouquíssimos instantes, milhões de pessoas ao redor
do mundo. Aliás, "muitos usuários já têm acesso à Internet de alta velocidade por
meio das conexões a cabo (cable modem), DSL, �bra óptica e tecnologias sem �o”
(COMER, 2001, p. 3).
Iniciado em 2009 por meio de uma consulta pública de duas fases, em 2011 ingressou no Congresso Nacional
por meio do PL n. 2.126/2011, de iniciativa do Poder Executivo. Trata-se da primeira lei criada de forma
colaborativa entre sociedade e governo, com utilização da Internet como plataforma de debate.
—  (JESUS, 2014, p. 15)
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Por outro lado, esse crescimento acaba por trazer alguns problemas, que são
vários, como já se pode imaginar, e que, inclusive, repercutem na esfera criminal.
Contudo, a tônica necessária para esse ponto é quanto ao potencial que a Internet
tem de violar direitos e garantias fundamentais. 
A�nal de contas, embora haja uma legislação avançada quanto à proteção de
dados, ainda há muita incerteza quanto àquilo que transita nas redes, do que é
inevitável voltar ao comentário sobre a necessidade de haver uma mudança de
postura por parte dos agentes sociais, estatais e empresariais, bem como quanto
aos cidadãos, que interagem no ciberespaço.
Para Peck (2016, p. 57):
Talvez a tendência seja a de, progressivamente, com o aumento da regulação, e,
consequentemente, da �scalização e da punição, vislumbrar um horizonte de
maior segurança para os usuários. Com efeito, a obediência de direitos e de
garantias fundamentais é algo extremamente sensível e não apenas para os
usuários em si, mas também para o próprio Estado, como primeiro ator que acaba
retendo a maior quantidade de dados e informações sobre as pessoas, por
exemplo.
Nesse contexto, até mesmo a vigilância agressiva entre diferentes países, muitas
vezes como técnicas de espionagem, acabam por revelar outra instância que
merece a preocupação do jurista contemporâneo.
A partir dessa re�exão, note que:
Este sentimento de que se fazendo leis a sociedade se sente mais segura termina por provocar verdadeiras
distorções jurídicas, [...]. O Direito é responsável pelo equilíbrio da relação comportamento-poder, que só pode
ser feita com a adequada interpretação da realidade social, criando normas que garantam a segurança das
expectativas mediante sua e�cácia e aceitabilidade, que compreendam e incorporem a mudança por meio de
uma estrutura �exível que possa sustentá-la no tempo. Esta transformação nos leva ao Direito Digital.“
quando o escândalo provocado pelas revelações de Edward Snowden repercutiu no Brasil, o tema tornou-se
rapidamente uma questão de governo. Era preciso reagir – e rápido [...] Naquele momento, a proposta mais
séria e completa de reação do Estado brasileiro consistia no Marco Civil da Internet, projeto de lei que se
encontrava então pendente de análise – para não dizer meramente engavetado – na Câmara dos Deputados
havia quase dois anos. 
— (LEITE; LEMOS, 2014, p. 3)
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E, no Brasil, não existia lei especí�ca que cuidasse de alguma regulação acerca dos
provedores de acesso, por exemplo, assim como em relação às aplicações da
Internet e dos direitos dos usuários. As questões que eram submetidas ao
Judiciário não podiam reclamar uma normatização especí�ca – o que seria mais
adequado –, senão por intermédio dos direitos que usualmente se mostram como
conexos, geralmente no campo indenizatório do direito civil e do direito do
consumidor.
ASSIMILE
O Marco Civil da Internet reúne os direitos e as garantias fundamentais dos
usuários da Internet e �xa responsabilidades, deveres e obrigações dos
provedores de Internet, além de outras providências especí�cas.
As reivindicações, por conseguinte, trouxeram apenas os temas da legislação
privada em geral e, meramente de maneira indireta, a repercussão em termos de
direitos e de garantias fundamentais, como aqueles que se encontram na
Constituição Federal de 1988. Faltava, portanto, uma lei mais adequada,
determinada, especí�ca, que traduzisse os direitos e as garantias individuais e
coletivas, como a dignidade, a privacidade, a intimidade, a honra, a imagem, a
propriedade industrial, a liberdade de empresa, de iniciativa e de concorrência, no
horizonte de sentido do ciberespaço.
Desse modo, "questões submetidas ao Judiciário comumente apresentavam
decisões contraditórias e eram julgadas com base na aplicação do Código Civil
Brasileiro, Código de Defesa do Consumidor e outras legislações existentes” (JESUS,
2014, p. 18). 
Certamente, a Constituição Federal consubstancia a norma máxima no interior do
ordenamento jurídico brasileiro à medida que consagra um amplo leque de
direitos e de garantias fundamentais, como verdadeira proteção da pessoa
humana, cujo fundamento, já por nós sabido, é a dignidade.
O debate sobre a prevalência dos direitos fundamentais no meio das relações
virtuais é tema dos mais complexos, sobretudo no que se refere à tutela da
liberdade de expressão, por exemplo. Em relação à liberdade de expressão,
devemos considerar a limitação trazida pela própria Constituição da República de
1988, que assegura ser “livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
anonimato” (BRASIL, 1988, p. 1). A vedação aos discursos de ódio deve ser motivo
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de lembrança em nosso estudo, de sorte que não se tolera, diante do equilíbrio e
da proporcionalidade no gozo dos direitos, que o ódio ao outro conviva com a
manifestação lícita da expressão do pensamento. Então, não se admitem discursos
discriminatórios, com origem em segregação de raça, origem, sexo, idade, etc.,
tampouco quaisquer manifestações depreciativas. O âmbito virtual é nada mais
que a extensão da sociedade constitucional e democrática, aplicando-se-lhe os
mesmos padrões valorativos e jurídicos. 
O Marco Civil da Internet, seguindo essa linha, estabelece princípios, garantias,
direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil e determina as diretrizes para
atuação da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios em relação à
matéria.
ATENÇÃO
Assim como a sociedade em geral, o mercado de trabalho também está
passando por profundas transformações em razão da economia digital. A
Reforma Trabalhista, promovida pela Lei nº 13.467/2017, previu o chamado
teletrabalho, que, segundo o art. 75-B da Consolidação das Leis do
Trabalho, consiste na prestação de serviços preponderantemente fora das
dependências do empregador, com a utilização de tecnologias de
informação e de comunicação que, por sua natureza, não se constituam
como trabalho externo. Frise-se que a prestação de serviços na modalidade
de teletrabalho deverá constar expressamente do contrato individual de
trabalho, que especi�cará as atividades que serão realizadas pelo
empregado. Ainda é preciso melhor regulamentação na questão do
controle dos intervalos, bem como horas-extras e saúde laboral, para que o
teletrabalho não sirva de mecanismo de sobre-exploração do trabalho
assalariado. Certamente, representa desa�o para o direito contemporâneo
essa justa conformação.
Em verdade, são vários os fundamentos relativos à regulação do uso da Internet no
Brasil. De um modo geral, a liberdade de expressão consiste no principal deles,
porqueé a partir dela que se erige a sistemática do Marco Civil. Ademais, pode-se
mencionar a ideia de que se reconhece o caráter mundial da rede como algo
interconectado do ponto de vista global. Com efeito, o referido marco regulatório
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também se presta a valorizar os direitos humanos, o desenvolvimento da
personalidade, o adequado exercício da soberania nos meios digitais, o respeito à
diversidade e à pluralidade, além da defesa do consumidor. 
No que se refere aos provedores, estes devem efetivar a guarda e, quando
necessário, a disponibilização dos registros de conexão e de acesso às aplicações,
especialmente de dados pessoais e de comunicações de origem privada (como
uma antecipação à regulação promovida pela Lei Geral de Proteção de Dados),
sempre com o objetivo de preservar a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das partes porventura envolvidas, direta ou indiretamente. 
Além disso, os provedores responsáveis pela guarda somente serão obrigados a
disponibilizar os mencionados registros a partir de ordem judicial, ressalvados
aqueles casos em que autoridades administrativas com �nalidades bem de�nidas
poderão acessá-los sempre, no entanto, com respaldo em lei.
Medidas e procedimentos tomados com fundamento no dever de segurança e de
sigilo devem ser informados aos usuários de maneira clara, respeitando-se a
con�dencialidade quanto aos segredos de ordem empresarial. Os provedores
deverão manter os registros de conexão pelo prazo de um ano, sendo vedada a
transmissão dessa incumbência a terceiros. Vale lembrar que a autoridade policial,
a administrativa ou o Ministério Público poderão requerer que tais registros sejam
armazenados por prazo superior àquele previsto.
Interessante perceber, à luz da legislação, que o provedor de Internet não será
civilmente responsabilizado por danos decorrentes de conteúdo que haja sido
gerado por terceiros. Essa responsabilização somente ocorrerá se, após especí�ca
ordem judicial, o provedor não tomar as providências para tornar indisponível o
conteúdo apontado como ilícito ou infringente. Para tanto, a ordem judicial deverá
conter, de modo claro e especí�co, o que deverá ser removido da Internet, a �m de
permitir a localização precisa do material.
Nesse sentido, o provedor, sempre que tiver acesso às informações de contato do
usuário diretamente responsável pelo conteúdo questionado, deverá efetuar a
comunicação quanto aos motivos e aos detalhes sobre a ordem de
indisponibilização do conteúdo. Uma vez recebida a comunicação por parte do
usuário, expressando sua vontade em tornar determinado conteúdo indisponível,
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o provedor substituirá referido conteúdo, informando a motivação. Essa mesma
lógica se aplica para quando a obrigação de tornar conteúdo indisponível originar-
se de ordem judicial.
Perceba que o provedor o qual, predominantemente, disponibiliza conteúdo
gerado por terceiros será responsabilizado de modo subsidiário em virtude da
eventual violação da intimidade resultante da divulgação, sem autorização dos
respectivos participantes, de imagens, vídeos ou outros materiais que contenham
cenas de nudez ou de atos sexuais privados, quando, após ter sido noti�cado para
a retirada do conteúdo, deixar de promover as diligências necessárias no sentido
de retirar do ar o conteúdo violador. A noti�cação por parte dos interessados
deverá ser redigida com bastante clareza, a �m de permitir que o provedor
identi�que rapidamente e com assertividade o conteúdo que deverá ser excluído.
Note que a responsabilidade subsidiária se dá apenas quando o provedor deixa de
fazer o que deveria. Por esse motivo é que sua responsabilidade nesse caso não é
direta, porquanto dependente do elemento omissivo (nada fez quando deveria, em
se tratando de violação a partir da divulgação de imagens de nudez ou de cenas de
caráter sexual).
Nesse contexto, três outros tipos de responsabilidade dos provedores podem ser
mencionados, porque possuem alto impacto prático: o caching, o hosting e o
linking.
O caching é o mecanismo de armazenamento disponível nos navegadores de
Internet, que cria um diretório onde permanecem os endereços de sites mais
visitados; tal armazenamento também pode se dar nos servidores dos provedores.
Se o usuário carrega uma página pensando ser a mais atual, mas, ao revés, é
versão desatualizada, a empresa que a manteve poderá ser responsabilizada pelos
danos causados ao usuário.
Hosting diz respeito aos provedores de hospedagem. Via de regra, eles não são
responsáveis pelos conteúdos, exceto se, ao serem noti�cados devidamente no
caso de divulgação de cenas de nudez ou de atos sexuais sem autorização dos
envolvidos, não promoverem a indisponibilidade dos conteúdos. Eles responderão
também pelos danos causados se descumprirem ordem judicial especí�ca em
outros casos. 
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Já a prática do linking diz respeito ao fato de o provedor vincular uma página a
outra por meio de um único clique. Torna-se problemático quando se utiliza tal
prática para vincular conteúdo ilícito. Um site, inicialmente, somente poderia ser
responsabilizado pelo link que hospeda (esse, com conteúdo ilícito) depois de
regularmente noti�cado e nada fazer. Trata-se de responsabilidade subsidiária,
conforme a regra já vista, constante do art. 19 e 21 do Marco Civil da Internet.
REFLITA
Além dos direitos especi�camente previstos no Marco Civil, quais outros
argumentos poderiam ser utilizados para combater as práticas de caching,
hosting e linking?
Há também – digna de menção – a responsabilidade pelos metatags, que são
códigos de programação cuja função é indicar o assunto tratado no site, de modo a
facilitar a catalogação por mecanismos de busca, como o Google. O problema é
quando há inserção de palavras que fazem referência a produtos ou a serviços de
concorrentes ou de alguma marca já registrada. Também poderá ocorrer punição
via responsabilidade civil em virtude dos eventuais danos causados, decorrentes
dessa prática. 
Perceba que os motores de busca podem ser enquadrados como provedores de
conteúdo ou de hospedagem. Eles não possuem responsabilidade pelo conteúdo
divulgado por terceiros meramente hospedados, tampouco têm a incumbência de
monitorar tais conteúdos sob pena de censura prévia, que é violação à liberdade
de expressão.
EXEMPLIFICANDO 
Imagine que um casal de namorados chegou ao �m do relacionamento.
Enquanto estavam juntos, tinham o costume de enviar, um para o outro,
fotos sensuais. No término, um deles divulgou para amigos algumas fotos
de nudez, por meio de aplicativos de comunicação e por meio de uma rede
social. Nessa situação, inicialmente, deve ser feita uma noti�cação aos
provedores para efeito de tornarem indisponíveis os conteúdos
imediatamente, à luz do art. 21 do Marco Civil da Internet. Caso os
provedores nada façam, poderão ser responsabilizados subsidiariamente
pelos danos causados.
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Especi�camente, quando nos deparamos com a noção de Internet,na verdade, é
preciso ter em mente que a melhor conceituação seria a de tecnologias de
informação e comunicação. "Internet é um nome localizado no espaço e tempo
restritos que pode, dentro em breve, ser ultrapassado por outras nomenclaturas
melhores e mais atualizadas” (GONÇALVES, 2016, p. 2).
Com efeito, a informática nasce da vontade de bene�ciar e auxiliar a humanidade
no âmbito das suas atividades cotidianas, facilitando seu trabalho, sua vida, seus
estudos, seu conhecimento do mundo. Diz-se que “a informática é a ciência que
estuda o tratamento automático e racional da informação” (KANAAN, 1998, p. 23-
31).
Assim: 
A Internet surge nos anos 1960, no auge da Guerra Fria, nos Estados Unidos – é
sabido que possuía �ns militares inicialmente. Depois, passou a ser utilizada para
�ns civis (PECK, 2016). O microprocessador viria nos anos 1970, operando, ainda,
grande revolução computacional. Após alguns anos, na década de 1990, houve
enorme expansão da Internet, desde o e-mail até o acesso a banco de dados e a
informações disponíveis na World Wide Web (WWW), que é o seu espaço
multimídia (PECK, 2016).
No que se refere ao tema da herança digital, é necessário lembrar que esse termo
compreende uma universalidade de bens e direitos deixados por quem faleceu aos
seus herdeiros (TEIXEIRA, 2020; LONGHI, 2020). 
Logo, os bens digitais, à medida que são ativos, isto é, dotados de importância
jurídica e, potencialmente, econômica, podem ser transmitidos por atos entre vivos
(inter vivos) ou quando ocorre o falecimento do titular (mortis causa).
Assim:
entre as funções da informática há o desenvolvimento de novas máquinas, a criação de novos métodos de
trabalho, a construção de aplicações automáticas e a melhoria dos métodos e aplicações existentes. O
elemento físico que permite o tratamento de dados e o alcance de informação é o computador.
—  (KANAAN, 1998, p. 31)“
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Logo, é crível se falar numa verdadeira herança digital. Os ativos transmitem-se
com o falecimento, como já apontado. Ainda que não seja possível identi�car uma
disciplina especí�ca, essa modalidade decorreria do princípio geral do direito
sucessório; quanto à universalidade de bens e direitos do de cujus (falecido),
transmite-se aos seus herdeiros. Isso é bastante crível até mesmo porque os
herdeiros podem defender direitos personalíssimos do de cujus (como a honra, o
nome, a imagem, etc.), de sorte que pode ser caso de se promover tal
defesa mediante a utilização de mecanismos protetivos disponibilizados pela
legislação regulatória do uso da Internet no Brasil. 
A�nal, não seria interesse dos herdeiros acessar as contas de e-mail e redes sociais
do de cujus tanto para tomar conhecimento dos direitos e deveres assumidos pelo
falecido quanto para postular eventuais medidas contra violações a direitos de sua
personalidade? Claro que sim! Hoje em dia, muitas redes sociais já preveem essa
modalidade (como o Facebook), quando, ainda em vida, a pessoa escolhe quem
terá acesso às suas informações virtuais naquela rede, na hipótese de vir a falecer.
Em todo caso, se não existir tal previsão pela própria rede ou provedor de Internet,
uma simples decisão judicial terá a capacidade de assegurar referido direito.
Por outra via, não se pode desconsiderar a possiblidade de transacionar, em vida,
os bens digitais. Isso já acontece, por exemplo, com as criptomoedas. Respeitados
os direitos fundamentais, em sua e�cácia direta nas relações privadas, é possível
pensar em contratos atípicos que tenham por objeto outros bens sociais, como as
redes sociais e milhas aéreas. Isso já acontece, aliás. Músicas, livros digitais, nesse
contexto, são diariamente negociados nas redes sociais, sempre com respeito aos
direitos de propriedade intelectual e autoral. 
Nesse passo, deve-se compreender, ainda, a noção da neutralidade da rede. Por
esse princípio, todas as informações que trafegam na Internet devem ter o mesmo
regime, para que haja tratamento igualitário de informações, garantindo-se a
se os bens digitais consistirem em registros e arquivos eletrônicos de segredos empresariais/industriais,
informações de patentes de invenção, vídeos, livros, músicas, fotos etc. estes podem ser objeto de transferência
por ato inter vivos ou causa mortis, sendo que, apesar de não haver previsão expressão, na lei sobre a herança
de bens digitais, nos parece que quando estes bens têm cunho patrimonial nossa legislação é relativamente
su�ciente para tutelar o assunto [...] Entretanto, quanto a registros e arquivos que não tenham conotação
patrimonial, como contas de mensagens trocadas (e-mails, MSN, WhatsApp), bônus em jogos (que não possam
ser convertidos em dinheiro), imagens e fotos (sem apelo comercial), entre outros, a questão ganha maior
complexidade. 
— (TEIXEIRA, 2020, p. 37)
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democracia on-line. Isso gera demandas, principalmente em aplicações que
utilizam muita banda, como peer-to-peer (P2P) e VOIP (voice over Internet protocol
ou voz sobre IP, telefonia via Internet).
O legislador buscou evitar a prática de tra�c shaping (modelagem de tráfego), pela
qual provedores de acesso impõem limitações à utilização da banda. Aliás, “o art.
9º é considerado por muitos especialistas o mais importante do Marco Civil, e está
inserido na Seção I do Capítulo III, que trata da Neutralidade da Rede” (JESUS, 2014,
p. 41).
Dessa forma, o acesso à Internet é essencial ao exercício da cidadania. E, ao
usuário, são assegurados os seguintes direitos, com base no art. 7º da Lei nº
12.965/2014 (BRASIL, 2014, p. 2), garantindo-se:
Poucos temas sobre a Internet têm levantado tanta polêmica como a discussão sobre como de�nir e trabalhar a
favor de sua neutralidade. A carga semântica do termo, seu lado político e seu impacto em negócios, muitas
vezes, impede uma abordagem internacional uniforme. O que se entende por “neutralidade da Internet” num
país raramente é o mesmo que se entende em outro. 
— (LEITE; LEMOS, 2014, p. 13)
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En�m, percebe-se que a Internet é um verdadeiro fenômeno em si mesma; um
fenômeno sociológico, "que alterou a forma das relações e a percepção social de
situações que, no mundo físico, seriam simples e banais" (GONÇALVES, 2016, p.
42).
Assim, �nalizamos mais um bloco dos nossos estudos. Estamos indo muito bem e
cada vez melhor! Sigamos com foco e disciplina!
I – inviolabilidade da intimidade e da vida privada, sua proteção e indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação;
II – inviolabilidade e sigilo do �uxo de suas comunicações pela Internet, salvo por ordem judicial, na forma da
lei;
III – inviolabilidade e sigilo de suas comunicações privadas armazenadas, salvo por ordem judicial;
IV – não suspensão da conexão à Internet, salvo por débito diretamente decorrente de sua utilização;
V – manutenção da qualidade contratada da conexão à Internet;
VI – informações claras e completas constantes dos contratos de prestação de serviços, com detalhamento
sobre o regime de proteção aos registros de conexão e aos registros de acesso a aplicações de Internet, bem
como sobre práticas de gerenciamento da rede que possam afetar sua qualidade;
VII – não fornecimento a terceiros de seus dados pessoais,inclusive registros de conexão, e de acesso a
aplicações de Internet, salvo mediante consentimento livre, expresso e informado ou nas hipóteses previstas
em lei;
VIII – informações claras e completas sobre coleta, uso, armazenamento, tratamento e proteção de seus dados
pessoais, que somente poderão ser utilizados para �nalidades que:
a) justi�quem sua coleta;
b) não sejam vedadas pela legislação; e
c) estejam especi�cadas nos contratos de prestação de serviços ou em termos de uso de aplicações de Internet;
IX – consentimento expresso sobre coleta, uso, armazenamento e tratamento de dados pessoais, que deverá
ocorrer de forma destacada das demais cláusulas contratuais;
X – exclusão de�nitiva dos dados pessoais que tiver fornecido a determinada aplicação de Internet, a seu
requerimento, ao término da relação entre as partes, ressalvadas as hipóteses de guarda obrigatória de
registros previstas nesta Lei;
XI – publicidade e clareza de eventuais políticas de uso dos provedores de conexão à Internet e de aplicações de
Internet;
XII – acessibilidade, consideradas as características físico-motoras, perceptivas, sensoriais, intelectuais e
mentais do usuário, nos termos da lei; e
XIII – aplicação das normas de proteção e defesa do consumidor nas relações de consumo realizadas na
Internet.
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FAÇA A VALER A PENA
Questão 1
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Três tipos de responsabilidade dos provedores podem ser mencionados, porque
possuem alto impacto prático: o caching, o hosting e o linking. 
Neste contexto, analise o excerto a seguir, completando suas lacunas:
O __________ é o mecanismo de armazenamento disponível nos navegadores de
Internet, que cria um diretório onde permanecem os endereços de sites mais
visitados; também pode haver tal armazenamento nos servidores dos provedores.
Se o usuário carrega uma página pensando ser a mais atual, mas, ao revés, é uma
versão desatualizada, a empresa que a manteve poderá ser responsabilizada pelos
danos causados ao usuário.
__________ diz respeito aos provedores de hospedagem. Via de regra, eles não são
responsáveis pelos conteúdos, exceto se, ao serem noti�cados devidamente no
caso de divulgação de cenas de nudez ou de atos sexuais sem autorização dos
envolvidos, não promoverem a indisponibilidade dos conteúdos. Além disso,
responderão pelos danos causados se descumprirem ordem judicial especí�ca
noutros casos. 
Já a prática do __________ diz respeito ao fato de o provedor vincular uma página a
outra por meio de um único clique. Isso se torna problemático quando se utiliza tal
prática para vincular um conteúdo ilícito. Um site, inicialmente, somente poderia
ser responsabilizado pelo __________ que hospeda (este, com conteúdo ilícito)
depois de regularmente noti�cado e nada fazer. Trata-se de responsabilidade
subsidiária, conforme a regra já vista, constante do art. 19 e 21 do Marco Civil da
Internet.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
a.  caching; Hosting; linking; link.
b.  hosting; Caching; linking; link.
c.  linking; Hosting; caching; link.
d.  caching; Link; linking; hosting.
e.  link; Caching; linking; hosting.
Questão 2
“O Marco Civil é uma legislação cujo objetivo precípuo é o de regular as relações
sociais entre os usuários de Internet” (GONÇALVES, 2016, p. 7).
Sobre a origem do Marco Civil da Internet, assinale a alternativa correta.
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Sobre a origem do Marco Civil da Internet, assinale a alternativa correta.
a.  A origem do Marco Civil está atrelada indiretamente ao escândalo das revelações de Edward Snowden,
ex-administrador de sistemas da Companhia de Inteligência Americana (CIA).
b.  O Marco Civil da Internet tem seu nascimento relacionado ao PL conhecido como Lei de Azeredo, uma
proposta de lei que afastava sanções penais e criava direitos civis.
c.  O Marco Civil da Internet surgiu através de uma iniciativa popular, por meio de um debate político em um
blog.
d.  O Marco Civil da Internet tem seus precedentes atrelados ao aumento de ataques cibernéticos na década
de 1990.
e.  A gênese do Marco Civil foi impulsionada pela promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados.
Questão 3
Entender a dinâmica do Direito Cibernético implica explicitar as principais normas
que lhe dizem respeito. Nesse quadro, o Marco Civil da Internet, a Lei nº
12.965/2014, é legislação de fundamental importância por estabelecer princípios,
garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil.
Tomando como referência a Lei nº 12.965/2014, sobre sua origem e características,
julgue as a�rmativas a seguir em verdadeiras (V) ou falsas (F).
(  ) O Marco Civil é uma legislação preponderantemente penal, portanto traz na
maioria do seu texto sanções a violações praticadas na Internet.
(  ) O Marco Civil surge como resposta legislativa às supostas práticas de
espionagem da Agência Americana de Inteligência (CIA), sendo sancionado pelo ex-
presidente Michel Temer.
(  ) Um dos princípios tidos como mais importantes no Marco Civil da Internet é o
princípio da neutralidade, inscrito no art. 9° da Lei, que prevê o tratamento
isonômico dos tráfegos de dados sem distinção de conteúdo.
(  ) O Marco Civil prevê, entre outros fatores, a �ltragem através dos provedores de
qual conteúdo é ou não apresentado aos usuários.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.
a.  V – F – F – V.
b.  F – F – F – F.
c.  F – F – V – F.
d.  V – V – F – V.
e.  F – F – V – F.
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consumidor e dá outras providências. Diário O�cial da União: seção 1: Poder
Legislativo, Brasília, DF, supl. p. 1, 12 set. 1990.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Diário
O�cial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 11 jan. 2002.
BRASIL. Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014. Estabelece princípios, garantias,
direitos e deveres para o uso da Internet no Brasil. Diário O�cial da União: seção
1: Poder Legislativo, Brasília, DF, ano 151, n. 77, p. 1, 24 abr. 2014.
BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Dispõe sobre a proteção de dados
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Diário O�cial da União: seção 1: Poder Legislativo, Brasília, DF, ed. 157, p. 59, 15
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