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(E-book IFMG) - Industria 4 0 - Programador de Máquina CNC - FRESADORA

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Programador de Máquina CNC - 
Fresadora 
 
 
 
André Félix
Formação Inicial e 
Continuada 
+ 
IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
André Félix 
 
 
 
 
 
Programador de Máquina CNC - Fresadora 
1ª Edição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
Instituto Federal de Minas Gerais 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
 
F316p Félix, André Fonseca. 
 Programador de máquina CNC Fresadora [recurso eletrônico] / 
André Félix. – Belo Horizonte: Instituto Federal de Minas Gerais, 
2021. 
 59 p. : il. color. 
 
 E-book, no formato PDF. 
 Material didático para Formação Inicial e Continuada. 
 ISBN 978-65-5876-107-5 
 
 1. Manufatura. 2. Fresagem. 3. Programação. I. Félix, André. 
II. Título. 
 
 CDD 670.425 
 
Catalogação: Rejane Valéria Santos (a) - CRB-6/2907 
 
Índice para catálogo sistemático: 
Manufatura auxiliada por computador - 670.425 
 
 
 
 
 
Pró-reitor de Extensão 
Diretor de Programas de Extensão 
Coordenação do curso 
Arte gráfica 
Diagramação 
Carlos Bernardes Rosa Júnior 
Niltom Vieira Junior 
André Félix 
Ângela Bacon 
Eduardo dos Santos Oliveira 
© 2021 by Instituto Federal de Minas Gerais 
Todos os direitos autorais reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser 
reproduzida ou transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico 
ou mecânico. Incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de 
armazenamento e transmissão de informação, sem prévia autorização por escrito do 
Instituto Federal de Minas Gerais. 
2021 
Direitos exclusivos cedidos ao 
Instituto Federal de Minas Gerais 
Avenida Mário Werneck, 2590, 
CEP: 30575-180, Buritis, Belo Horizonte – MG, 
Telefone: (31) 2513-5157 
 
 
Sobre o material 
 
 
 
Este curso é autoexplicativo e não possui tutoria. O material didático, 
incluindo suas videoaulas, foi projetado para que você consiga evoluir de forma 
autônoma e suficiente. 
 Caso opte por imprimir este e-book, você não perderá a possiblidade de 
acessar os materiais multimídia e complementares. Os links podem ser 
acessados usando o seu celular, por meio do glossário de Códigos QR 
disponível no fim deste livro. 
Embora o material passe por revisão, somos gratos em receber suas 
sugestões para possíveis correções (erros ortográficos, conceituais, links 
inativos etc.). A sua participação é muito importante para a nossa constante 
melhoria. Acesse, a qualquer momento, o Formulário “Sugestões para 
Correção do Material Didático” clicando nesse link ou acessando o QR Code a 
seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para saber mais sobre a Plataforma +IFMG acesse 
https://mais.ifmg.edu.br/ 
 
Formulário de 
Sugestões 
http://forms.gle/b873EGYtkvK99Vaw7
https://mais.ifmg.edu.br/
 
 
 
 
 
 
Palavra do autor 
 
Prezado aluno, você está prestes a entrar no mundo da Indústria 4.0 – 
especificamente na programação de máquinas operatrizes comandadas por 
Controle Numérico Computadorizado (CNC). 
Os profissionais das indústrias de manufatura metal-mecânica, 
principalmente os trabalhadores formados no “chão de fábrica” perdem, muitas 
vezes, a oportunidade de alcançar postos mais avançados na hierarquia por 
não conseguirem compreender o avanço da Indústria 4.01 
A Indústria 4.0, apesar deste termo estar em grande discussão nestes 
últimos anos, já estava presente com outros títulos nas máquinas operatrizes 
desde muito tempo. Hoje, o forte dessa tecnologia não é só automatizar as 
máquinas, mas sim, interligar os processos e agilizar a produção. Para isso não 
basta só as máquinas evoluírem, as pessoas, os profissionais também devem 
evoluir. O operador de máquinas sem um conhecimento de programação não 
tem como fazer essa ligação com a eficácia esperada pela indústria. 
O que se busca ofertar aqui é habilitar o operador de máquina, seja ele 
recém formado em engenharia, cursos técnicos ou de especialização como 
ferramenteiros, ou até mesmo o iniciante na usinagem de metais, a programar 
a execução de usinagem de peças simples em fresadoras de 3 eixos, no 
comando Siemens Sinumerik facilitando o avanço do conhecimento e 
diminuindo o gap existente entre o aprendiz e os que já trabalham com tal 
tecnologia. 
Para que se atenda a este objetivo, o aluno será a) nivelado ao 
conhecimento básico de desenho, onde serão apresentadas as tecnologias 
inicias na interpretação de desenho técnico mecânico; b) Conhecerá os códigos 
utilizados no comando Siemens 4.7, c) Executará programas na linguagem 
G ISO, por meio do uso dos códigos já apresentados, e poderá simular os 
programas acessando a página da Siemens onde fará o download. 
Bons estudos! 
André Félix. 
 
Apresentação do curso 
 
 
Este curso está dividido em três semanas, cujos objetivos de cada uma são 
apresentados, sucintamente, a seguir. 
 
SEMANA 1 
Nivelamento de interpretação em desenho e nivelamento 
dos conhecimentos de cálculos de RPM e Vc. 
 
SEMANA 2 
Nivelamento dos conhecimentos sobre coordenadas 
cartesianas e ferramentas a serem utilizadas nas 
usinagens em máquinas CNC. 
 
SEMANA 3 
Nivelamento de metodologia na execução de programação 
de peças para usinagem em fresadores de 3 eixos. 
 
 
 
Carga horária: 30 horas. 
Estudo proposto: 2h por dia em cinco dias por semana (10 horas semanais). 
 
 
Apresentação dos Ícones 
 
 
Os ícones são elementos gráficos para facilitar os estudos, fique atento quando 
eles aparecem no texto. Veja aqui o seu significado: 
 
 
 
 
Atenção: indica pontos de maior importância no 
texto. 
 
Dica do professor: novas informações ou 
curiosidades relacionadas ao tema em estudo. 
 
Atividade: sugestão de tarefas e atividades para 
o desenvolvimento da aprendizagem. 
 
Mídia digital: sugestão de recursos audiovisuais 
para enriquecer a aprendizagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Semana 1 – Desenho: O início de tudo ........................................................... 2 
1.1. Desenho Mecânico .............................................................................. 2 
1.1.1. Vistas ................................................................................................... 3 
1.1.2. Linhas .................................................................................................. 4 
1.1.3. Cortes e Seções ................................................................................... 6 
1.2. Fresagem ............................................................................................. 8 
1.2.1. Cálculos ............................................................................................. 10 
Semana 2 – Preparação para programação .................................................. 16 
2.1 Coordenadas Cartesianas .................................................................. 16 
2.2 Ferramentas utilizadas em fresadoras ............................................... 19 
Semana 3 – Programação em Máquina CNC................................................ 21 
3.1 Programação em fresadoras - CNC ................................................... 21 
3.2 Lista de Comandos ............................................................................ 25 
3.3 Programa para fresadoras ................................................................. 30 
3.4 Simulador ........................................................................................... 34 
Referências ................................................................................................... 35 
Currículo do autor .......................................................................................... 37 
Glossário de códigos QR (Quick Response) ................................................. 39
file:///C:/Users/niltom.vieira/Downloads/(E-book%20+IFMG)Industria%204.0_Programador%20de%20Máquina%20CNC%20-%20FRESADORA_revisto.docx%23_Toc83289746
file:///C:/Users/niltom.vieira/Downloads/(E-book%20+IFMG)Industria%204.0_Programador%20de%20Máquina%20CNC%20-%20FRESADORA_revisto.docx%23_Toc83289753
file:///C:/Users/niltom.vieira/Downloads/(E-book%20+IFMG)Industria%204.0_Programador%20de%20Máquina%20CNC%20-%20FRESADORA_revisto.docx%23_Toc83289758
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Antes de iniciar os estudos, vá até a sala 
virtual e assista ao vídeo “Apresentação do curso”. 
 
1.1. Desenho Mecânico 
 
A usinagem em máquinas CNC não difere da usinagem em máquinas convencionais 
quando o assunto é interpretação do que se vai fazer, ou seja, o que vamos usinar. 
Várias formas são utilizadas para que se possa informar ao operador de máquinas o 
que queremos, contudo, nada melhor do que desenhar. 
Agora! Desenhar não é rabiscar ou rascunhar, é fazer com que a informação que se 
deseja passar seja interpretada por todos que necessitam. 
Vamos a um exemplo, a Figura 1 mostra um desenho que o cliente entregou ao 
fabricante e que mais tarde, buscaria a peça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1 - Desenho feito pelo cliente. 
Fonte: o próprio autor. 
 
Objetivos 
Nesta semana, você poderá verificar seu conhecimento em 
desenho técnico mecânico e relembrar conceitos que tenha 
esquecido. Aprenderá sobre cálculos de velocidades de 
usinagem e verá que é necessário os valores certos para uma 
boa programação. 
 
Semana 1 – Desenho: O início de tudo 
q
u
a
d
ra
d
o
 d
e
 5
 c
m
 
q
u
a
d
 2
 
c
m
 
 
 
 
3 
 
Dica do Professor: Fazer desenhos de peças de modo 
rascunho é uma ferramenta importante para que 
possamos entender de forma rápida o que o cliente está 
pedindo. Assim, sugiro que pegue uma folha e desenhe 
o que você entendeu da solicitação do cliente no 
exemplo. 
 
É possível que o que o técnico entendeu do rascunho do cliente, não seja exatamente 
o que o cliente desejava. Nesse caso, um desenho dentro das normas técnicas deve ser 
feito. É fundamental, então, o entendimento das normas de desenho. Para quem desenha e 
para quem interpreta. 
Neste capítulo vamos abordar uma revisão de desenho, concentrando na 
interpretação. 
 
1.1.1. Vistas 
 
As vistas do desenho mecânico estão baseadas na ABNT NBR 10067, onde descreve 
o princípio geral da representação. Vamos iniciar pelos Diedros. Uma representação pode 
ocorrer no 1º ou no 3º diedro, Figura 2. 
 
 
 
Figura 2 – Simbologia de 1º e 3º diedros 
Fonte: ABNT- NBR 10067, (1995) 
 
 
 
Atenção: Entender em que diedro se encontra o 
desenho é um facilitador para interpretar o desenho final. 
Ele é responsável pelo rebatimento das vistas (Figura 3). 
 
 
 
 
 
4 
 
 
Figura 3 - Representações de desenho nos diedros 
Fonte: adaptado de ABNT- NBR 10067 (1995) 
 
1.1.2. Linhas 
 
Outra questão a ser observada são as linhas utilizadas para desenhar: Linhas cheias, 
tracejadas, traço e ponto, são importantíssimas para a definição clara da figura. A NBR 8403 
caracteriza as linhas conforme Figura 4. 
 
 
 
5 
Figura 4 - Quadro sobre tipos de linhas conforme ABNT 8403 
Fonte: ABNT – NBR 8403, (1984). 
 
 
 
 
 
6 
Interpretar corretamente as linhas pode ajudar a entender o desenho mesmo sem 
todas as vistas, Figura 5. 
 
 
Figura 5 - Uso de linhas não visíveis 
Fonte: Adaptado de ABNT – NBR 10126, (1984). 
 
Na Figura 5, o uso da linha tracejada ajudou a entender se o furo seria passante ou 
não. 
 
 
 
 
Dica do Professor: Uma observação importante que 
não será abordada nesta revisão, é sobre as cotas. A 
cotagem, que você já deve conhecer, não pode ser feita 
fora das normas, linhas de chamada que se cruzam, 
cotagem em linhas tracejadas, falta de simbologia de 
quadrado, simbologia de diâmetro ou simbologia de 
roscas, devem ser observadas. 
 
1.1.3. Cortes e Seções 
 
A NBR 10067 ainda nos ajuda a entender os cortes e seções. São recursos técnicos 
necessários para expor uma parte não visível do desenho, Figura 6. 
Furos, ranhuras, detalhes, podem não ser expressos na primeira vista ou em vistas 
auxiliares, mas que fazem parte do conjunto ou são extremamente importantes. 
 
 
 
 
7 
 
Figura 6 - Corte em seção 
Fonte: Adaptado de ABNT – NBR 12298, (1995). 
 
 
 
Atenção: Busquem aprofundar em desenho técnico 
mecânico. Um operador de máquinas deve conhecer 
muito bem dessa ferramenta que é a base auxiliadora na 
produção de qualquer peça. 
 
 
 
 
Dica do professor: Existem vários livros e materiais com 
informações básicas sobre desenho. Atentem ao 
desenhar um rascunho, ele deve trazer todas as 
informações necessárias para que outros possam lê-lo e 
construir a peça proposta. 
 
 
 
Atividade: Na nossa sala virtual, faça a atividade 1 
“interpretação de desenhos, para que se possa melhorar 
o aprendizado. 
 
 
 
 
Mídia digital: Na próxima página vamos introduzir como 
funciona uma fresadora e os cálculos necessários para 
uma boa operação. 
Para facilidar a visualização, vá até o YouTube e digite 
“fresamento industrial em aço”, escolha um filme e veja o 
funcionamento da fresadora. 
 
 
 
 
 
 
8 
1.2. Fresagem 
 
A fresagem é um processo de usinagem mecânica, feito por fresadoras e ferramentas 
especiais chamadas fresas. Consiste na retirada do excesso de metal ou sobremetal da 
superfície da matéria-prima Figuras 7 e 8. 
 
 
 
Figura 7 – Fresadora Ferramenteira convencional – Marca KONE 
Fonte: https://www.kone.com.br/produtos/fresadoras-ferramenteiras/kfe-5/ (Acessado em 10 jul. de 2020) 
 
 
 
Figura 8 – Fresadora CNC – Marca ROMI. 
Fonte: https://www.romi.com/produtos/linha-romi-d/ (Acessado em: 10 jul. 2020). 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9 – Movimento de corte, avanço e penetração da ferramenta no processo de fresamento. 
Fonte: Adaptado de http://www.lmp.ufsc.br/.(Acessado em: 10 jul. 2020). 
 
 
Na fresagem, a remoção do sobremetal da peça é feita pela combinação de dois 
movimentos efetuados ao mesmo tempo. Um dos movimentos é o de rotação da ferramenta 
(fresa) e o outro é o movimento da mesa da máquina, onde é fixada a peça a ser usinada. 
Figura 9 e 10. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10 – Usinagem de uma peça em alumínio. 
Fonte: http://usinagemonline.blogspot.com/2016/10/vantagens-e-desvantagens-de-maquina-
cnc.html.(Acessado em 30 set. 2020) 
 
 Um resultado eficiente de uma usinagem, depende não só da máquina e ou da 
ferramenta, mas também das velocidades de usinagem programadas mecanicamente (em 
http://usinagemonline.blogspot.com/2016/10/vantagens-e-desvantagens-de-maquina-cnc.html.(Acessado
http://usinagemonline.blogspot.com/2016/10/vantagens-e-desvantagens-de-maquina-cnc.html.(Acessado
 
 
 
10 
máquinas convencionais) ou eletronicamente (em máquinas automáticas). O cálculo certo 
das velocidades depende da operação, da ferramenta, da fresadora, do montante a tirar, do 
acabamento desejado e, principalmente, do tipo de matéria prima a ser usinada. 
1.2.1. Cálculos 
 
As operações na fresadora também dependem de cálculos. A velocidade (RPM ou S) 
e o avanço (F) devem ser bem estabelecidos para que se garanta acabamento conforme 
desejado e, principalmente, a durabilidade da ferramenta. 
A rotação é a velocidade aplicada ao giro da ferramenta, é definida pela quantidade 
de rotação (de giro) da ferramenta que é possível em um minuto. O cálculo da rotação é 
dependente do tipo de material a ser usinado. Cada material apresenta uma velocidade de 
corte (VC), sendo um valor comercialmente tabelado - Tabela 1 - Velocidade de Corte para usinagem 
na fresadora. 
Assim calculamos a rotação e o avanço: 
 
𝑆 =
vc × 1000
𝜋 × 𝑑
 
 
S= rotação ( rpm) 
vc= velocidade de corte (m/min) 
 = pi 
d = diâmetro da ferramenta (mm) 
 
 
Além do cálculo da RPM para a fresagem, é
necessário calcularmos a velocidade da 
mesa onde a matéria prima está presa. O avanço corresponde em quantos milímetros a 
mesa se desloca em um minuto. O avanço é dado pela equação: 
 
szfzF 
 
F= avanço (mm/min) 
fz= avanço por dente (mm/dente) 
z= quantidade de dentes 
S = rpm 
 
Observe que a variável fz corresponde ao número de dentes da ferramenta, isto faz 
sentido, pois se a ferramenta tem muitos dentes o corte ficará mais fácil, isto é, o avanço 
poderá ser maior. Para descobrir o Fz, consulte a Tabela 2 - Avanço por dente da fresa . 
 
Pratique! 
 
 
 
 
11 
Qual a RPM indicada para fresar em desbaste uma placa de aço macio (ABNT 1020) 
com uma fresa com haste - HSS - com  15 mm? 
Observando a tabela 1, a Vc de uma placa de aço 1020 para desbaste está entre 16 
e 18, assim, utilizaremos 17 m/min. 
 
RPMS 360
15
100017




 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atividade: Ao desenvolver a atividade-exemplo acima 
observe que a velocidade de corte (Vc) deve ser coletada 
em tabelas, isto é necessário pois a Vc varia com o 
material a ser usinado. Na internet e em livros próprios 
tem várias tabelas para nos auxiliar. 
 
Mídia digital: Vá até o YouTube e pesquise “ 
Fundamentos dos Processos de Usinagem ”, para 
complementar seus conhecimentos. 
 
 
 
12 
 
 
Tabela 1 - Velocidade de Corte para usinagem na fresadora. 
Fonte: Adaptado de https://fdocumentos.com/document/tabela-para-avanco-de-corte-fresa.html (acessado 
em 10 jul. 2020) 
https://fdocumentos.com/document/tabela-para-avanco-de-corte-fresa.html
 
 
 
13 
 
Tabela 2 - Avanço por dente da fresa 
Fonte: Adaptado de https://slideplayer.com.br/slide/1613377/ (acessado em 10 jul. 2020) 
 
https://slideplayer.com.br/slide/1613377/
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dica do Professor: O avanço por dente mede o quanto o 
dente de uma ferramenta pode avançar cortando a 
matéria prima, também é um dado retirado de tabelas, 
pois é variável tanto pelas características da matéria-
prima quanto pelo tipo de ferramenta de corte. 
 
Atividade: Consulte alguns sites de fabricantes de 
ferramentas e procure por “mitsubishicarbide”. Em 
seguida, para concluir a primeira semana de estudos, vá 
até a sala virtual e faça a atividade final da semana 1. 
 
 
 
15 
 
 
 
 
16 
 
 
 
 
 
 
Mídia digital: Agora que você já conhece as máquinas 
fresadoras e sabe fazer os cálculos para obter a RPM e 
a Velocidade de Corte, inicie a semana visitando novas 
páginas de internet em busca das imagens. Utilize das 
palavras chaves como Fresadoras, Centro de Usinagem, 
ROMI, KONE, Fresas de topo e outras. 
Em seguida, vá até a sala virtual e assista a videoaula 2. 
 
2.1 Coordenadas Cartesianas 
 
Independente de qual máquina estamos falando, o sistema cartesiano é o princípio 
orientativo para o movimento dos eixos da máquina. 
Compreende em planos que, tomados por um ponto de referência (X=0, Y=0 e Z=0), 
possa desenhar o trajeto da ferramenta. 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos! Pegue uma folha quadriculada e desenhe os eixos cartesianos. Dê o nome 
de eixo X ao eixo que está na horizontal e eixo Y ao eixo que está na vertical. Considere a 
interseção desses eixos como o ponto zero. Distribua ao longo da linha vários pontos de 
mesmo tamanho. 
 
 
Dica do Professor: pegue uma régua e a cada 5 mm 
coloque um traço sobre o eixo X e faça o mesmo sobre o 
eixo Y. 
 
Objetivos 
Transferência de conhecimento e execução de exercícios 
sobre coordenadas cartesianas, usinagem e pesquisa de 
máquinas operatrizes. 
 
Atenção: Como explicado no capítulo anterior, para 
entender ou até fazer um programa para máquina CNC 
não basta saber as especificidades do comando, ou os 
cálculos. O entendimento da máquina em seu movimento 
é dependente da forma da peça. O perfil do produto é 
construído quando todos os pontos cartesianos 
determinados são alcançados pela ferramenta durante a 
usinagem. 
Semana 2 – Preparação para programação 
 
 
 
17 
Projete os valores da tabela abaixo no quadrante que você construiu. 
pontos X Y 
A 70 0 
B 70 20 
C 60 30 
D 20 30 
E 10 20 
F 0 20 
 
 
Faça Você! 
 
pontos X Y pontos X Y 
A 40 0 J 30 58 
B 50 4 K 20 52 
C 60 8 L 18 50 
D 68 20 M 12 40 
E 70 30 N 10 30 
F 68 40 O 12 20 
G 60 52 P 18 10 
H 50 58 Q 20 08 
I 40 60 R 30 2 
 
Os comandos de máquina CNC conseguem interpretar os pontos cartesianos em duas 
formas, na forma absoluta e na forma incremental. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos construir a imagem do exercício-exemplo abaixo conforme coordenadas 
incrementais. 
 
pontos X Z 
A 70 0 
B 00 20 
C -10 10 
D -40 0 
E -10 -10 
F -10 0 
 
 
 
 
 
Atenção: É justo chamar a atenção para o seguinte 
ponto da atividade anterior: que o resultado é realmente 
igual ao resultado do exercício com coordenadas 
absolutas, porém os números são diferentes, por causa 
do conceito de coordenadas INCREMENTAIS – lembre-
se!. 
 
Dica do Professor: Sobre coordenadas, temos: 
 
Coordenadas absolutas: são pontos definidos no sistema 
cartesiano onde a referência sempre será o ponto zero, 
ou seja, o cruzamento entre abscissa e ordenada. Os 
valores dos exercícios- exemplos anteriores, foram 
inseridos pela forma absoluta. 
 
Coordenadas incrementais: são pontos inseridos no 
sistema cartesiano onde a cada ponto desenhado se 
torna o ponto de referência para o próximo ponto. Isto é, 
se o ponto 1 foi x=5 e y=5 e o próximo ponto for x=15 e 
y=15 significa que o ponto final não será x=15 e y=15 
mas sim x=20 e y=20. 
 
Outra característica a ser observada nas coordenadas 
incrementais é que o ponto negativo não significa que o 
ponto estará noutro quadrante, mas sim, que será no 
sentido esquerdo do ponto definido anteriormente. 
 
 
 
19 
 
 
 
 
 
2.2 Ferramentas utilizadas em fresadoras 
 
 
Atenção: A máquina utilizada no processo de fresagem 
é denominada fresadora, (Figuras 7 e 8 lá nas páginas 
anteriores) e as ferramentas utilizadas nas fresadoras 
são denominadas fresas. 
 
 
As fresas podem trabalhar em sua posição vertical, (Figura 9 – nas páginas 
anteriores) horizontal ou radial. São ferramentas compostas de aço (HSS) ou em sua maioria 
de carbeto de silício. Hoje, muitas ferramentas são de cerâmica, mas pelo custo ainda serem 
altos, as de carbeto ou tungstênio são as mais populares. 
As ferramentas verticais conhecidas como fresas de topo com hastes tem sua função 
específica em rasgos ou planos, são formadas por hélice ou dentes e compostas por 
números múltiplos de dois. 
Desbastes em volume são feitas por fresas denominadas planetárias ou cassetes. 
São indicadas para grandes desbastes e são formadas por um conjunto de pastilhas de 
tungstênio que formam os dentes de corte. 
Essas pastilhas intercambiáveis são substituídas sempre que se desgastam ou 
quebram. Tem formatos diversos pois, para cada tipo de material ou tipo de usinagem, um 
tipo de pastilha é indicado. 
 
 
 
 
 
 
Atividade: Vá até a sala virtual e realize a atividade 
“Coordenadas”. 
 
 
 
20 
 
Dica do Professor: Não foi muito explorado aqui nesta 
semana o tipo de máquina, mas poderá ser feito por 
você. Basta procurar na internet sobre fresadoras. Lá 
você vai encontrar três tipos de máquinas: Fresadoras 
verticais que são indicadas para serviços mais 
complexos ricos em detalhamento e mudança de direção 
contínua. As máquinas horizontais, utilizadas para 
construção de peças robustas onde se utiliza fresas 
cilíndricas. Essas fresadoras são indicadas para 
construção de engrenagens. 
As máquinas universais podem fazer as duas operações 
apresentadas acima, contudo, muito utilizadas para 
grandes desbastes. São máquinas robustas e aguentam 
o tranco no desbaste bruto
de materiais. 
 
As ferramentas trabalham em movimento rotatório que, combinado com o movimento 
linear da mesa (avanço), usinam desbastando e retirando material. 
 
 
Mídia digital: Vamos terminar esta semana com visitas 
à internet, pesquise por “ferramentas de fresamento”. 
Existem empresas tradicionais na fabricação das 
ferramentas para fresar, hoje (Outubro de 2020) estão 
ativas as marcas como Sandivik, Mitsubishicarbide.net e 
Iscar. 
Cada empresa dessas tem sua página na internet e 
oferece uma interface muito fácilpara quem acessa a 
página. 
Essas empresas podem ter páginas educativas com as 
quais você poderá interagir e experimentar os cálculos 
que aprendemos e outros. 
 
 
 
 
Nos encontramos na próxima semana. 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
 
 
 
 
 
 
3.1 Programação em fresadoras - CNC 
 
As máquinas CNC são máquinas operatrizes comandadas por Controle Numérico 
Computadorizado. Esses controles, também conhecidos como comandos, podem ser 
diferentes em uma mesma fabricante de máquinas. 
Cada comando tem suas particularidades em códigos, ou seja, um comando pode ter 
um código que o outro não tenha e executa tal função, contudo todos os comandos têm uma 
base geral de códigos conhecida como Código ISO (International Organization for 
Standardization). 
Optamos por trabalhar com o comando SIEMENS que é bem próximo do comando 
ISO e de fácil aprendizagem. 
 
 
 
 
 
Para iniciarmos um programa, devemos conhecer para qual fresadora esse programa 
está sendo preparado, isso nos ajuda a explorar os recursos da máquina. Uma fresadora 
que tenha apenas três eixos (X, Y e Z) é conhecida como fresadora CNC; caso essa máquina 
tenha mais que três eixos (X, Y, Z, A, B) passa a ser conhecida como centro de usinagem. 
Figura 11. 
Objetivos 
Aqui você vai ver como se programa. Serão apresentados os 
comandos, pequenos programas e oportunidades para você 
programar, inserindo os códigos na estrutura do programa. 
 
 
Mídia digital: Visite a página da Siemens e conheça a 
empresa, procure na internet por “Siemens”. 
Em seguida, vá até a sala virtual e veja a aula 3 
“programação”. 
Semana 3 – Programação em Máquina CNC 
 
 
 
22 
 
Figura 11 - Eixos A e C além dos eixos X, Y e Z 
Fonte: http://www.etepiracicaba.org.br/cursos/apostilas/mecanica/3_ciclo/automacao_cnc.pdf (acessado em 
outubro de 2020) 
 
Uma boa dica para sabermos se a fresadora tem mais que três eixos é utilizar a regra 
da mão direita. Esa regra permite localizar os eixos e seus sentidos, além de indicar se é um 
centro de usinagem ou uma fresadora CNC. Figura 12. 
 
 
Figura 12 - Regra da mão para auxiliar na disposição dos eixos cartesianos 
Fonte: http://cnctecnologia.no.comunidades.net (acessado em out de 2020) 
 
 
http://cnctecnologia.no.comunidades.net/
 
 
 
23 
 
Dica do professor: Se a máquina tiver mais eixos que 
seria possível checar com a regra da mão direita, então, 
podemos afirmar que é um Centro de Usinagem. 
 
A regra da mão direita para localização dos eixos é 
similar à regra conhecida como a regra de Fleming – O 
dedo médio sempre direcionado ao eixo árvore. Você 
pode procurar mais informações sobre a regra da mão 
direita procurando na internet por “regra da mão direita 
cnc” ou “regra de Fleming”. 
 
Muito bem! Uma vez conhecida a máquina, vistos os eixos, podemos iniciar a 
programação, e o início se dá com o entendimento do que deve ser feito e como fazê-lo. 
Não confunda executar o programa com fazer o programa. Estamos fazendo o 
programa, então precisamos de dados e uma certa organização: a) o que será feito? b) 
Quais as ferramentas vou precisar? c) Quais os parâmetros definidos? d) Por onde 
começar? 
 
Atividade: A ordem é limpar (acabamento) os quatros 
lados de uma peça de aço 1045 utilizando uma fresa 
HSS de  20 mm e 6 arestas. 
 
Procure responder: 
 
a) o que será feito? 
b) Quais as ferramentas vou precisar? 
c) Quais os parâmetros definidos? Obter o valor de 
S: e de F: 
Por onde começar? 
 
 
Para ajudar nas respostas é interessante que se faça um 
rascunho do que você entendeu do formato da peça e 
indique o ponto de partida, ou melhor, o zero peça – veja 
a Figura 13. 
 
 
Uma vez a matéria prima já preparada e presa na mesa da fresadora, deve-se definir 
para a máquina os pontos de referência chamados de zero peça e zero máquina. No caso 
de usinagem em fresadora, o zero máquina é definido por default. O zero peça deve ser 
informado à máquina no processo de setup. 
A usinagem sempre tem que começar por um ponto. A definição do ponto de início 
pode caber ao operador, ao programador ou vir expresso no desenho do produto. Sempre 
que esse ponto for indicado no desenho ou em um rascunho, devemos utilizar uma 
simbologia própria (um círculo com um quadrante pintado) conforme Figura 13. 
 
 
 
24 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13 - Esquema da definição do zero peça na peça 
Fonte: http://usinagemonline.blogspot.com/2014/ (acessado em 07 de fev.2021) 
 
 
 
Atenção: O ponto definido no esquema recebe o nome 
de zero peça. Uma peça pode receber vários pontos de 
referência e, para cada zero definido atribui-se um código 
de programação. Normalmente, o zero peça inicia-se 
sempre no X0 e no Y0 
 
 
Dica do professor: Analise bem o que será feito. Faça 
um rascunho de onde a ferramenta vai começar, onde 
está o zero peça e o zero máquina. Com as respostas 
nas mãos podemos iniciar a programação. 
Para executar o programa, deve-se preparar a máquina, 
fixar a peça e iniciar o programa. Boa sorte! 
 
 
Atenção: Este material e portanto a programação que 
será vista a seguir, estão baseados na programação de 
fresadoras (centro de usinagem) em comando Siemens 
Sinumerik 828 d. 
 
As funções abaixo são utilizadas na maioria dos comandos: 
 Função N = Número seqüencial 
 Função G = Função preparatória 
 Funções X, Y, Z = Funções de posicionamento 
 Função T = Seleciona ferramenta 
 Função S = Velocidade de Rotação 
http://usinagemonline.blogspot.com/2014/
 
 
 
25 
 Função F = Velocidade de avanço 
 Função M = Funções Miscelâneas/auxiliar 
 Ciclos = Sub rotinas específicas para uma atividade 
 
A função N determina o número da linha, isso ajuda na localização de operação dentro 
do emaranhado de linhas de um programa. 
As funções do grupo G são funções preparatórias e determinam a operação que será 
executada pelo comando; essas operações são tabeladas (Lista de Comandos) e podem ter 
pequenas variações de comando para comando. No caso do comando Siemens para 
fresadoras, essas funções são dadas pela letra G seguida de um número e podem ser ainda 
Modais e Não Modais. 
 
 MODAIS – São as funções que uma vez programadas permanecem na 
memória do comando, valendo para todos os blocos posteriores, a menos que 
modificados ou cancelados por outra função. 
 NÃO MODAIS – São as funções que todas as vezes que requeridas, devem 
ser programadas, ou seja, são válidas somente no bloco que as contém. 
 
As funções de posicionamento determinam os pontos para onde a ferramenta se 
deslocará. Está totalmente ligado aos planos cartesianos estudados anteriormente. 
A função T determina o número da ferramenta (do inglês Tools), isto é, para a primeira 
ferramenta a ser utilizada determina-se T1, para segunda T2 e sucessivamente. 
A função S é a velocidade (RPM) determinada para a usinagem em questão. 
A função F é o avanço determinado para a usinagem em questão. 
A função M são funções auxiliares, que ajudam um determinado comando. Pode 
também apresentar pequenas variações entre comandos. 
Os ciclos são funções (pré- programadas) pré-programadas nas máquinas, executam 
tarefas específicas, como rasgo, furos etc. 
 
3.2 Lista de Comandos 
 
Abaixo apresentamos uma lista de funções e ciclos utilizados em fresadoras com 
comando Siemens. Para alguns comandos serão apresentados exemplos e ou explicações. 
 
 
 
 
 
26
G00 - Avanço rápido 
 O avanço rápido pode ser utilizado sempre que se precisa movimentar rapidamente 
a ferramenta até um ponto determinado. Não utilizar o G0 com a ferramenta em corte, 
recomenda-se não utilizar o G0 sem que a ferramenta esteja em rotação. Não respeitar 
essas regras pode danificar a máquina, quebrar a ferramenta ou não ter a forma final da 
usinagem conforme especificado. O comando G0 anula o comando G1 e vice e versa. 
G01 - Interpolação linear 
G02 - Interpolação circular Horária 
G03 - Interpolação circular Anti-horária 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14 - Esquema do movimento da ferramenta sob o comando G03 
Fonte: o próprio autor. 
 
 Os comandos G2 e G3 anulam os comandos lineares (G0 e G1). Isso quer dizer que, 
após o uso de G2 ou G3, deve-se inserir G0 ou G1 caso desejem movimentos lineares 
(interpolação linear). Os comandos G2 e G3 executam atividades circulares. G2 sentido 
horário e G3 sentido anti-horário. Para o uso desses comandos faça: a) leve a ferramenta 
com G0 ou G1 para o início do arco (definir X e Y iniciais), b) Utilizando G2 ou G3 define-se 
o X e Y do ponto final do arco e, na mesma linha complete com o raio do arco utilizando 
CR=XX. Veja o exemplo: G3 X0 Y10 CR=25. COMANDO ESPECIAL VER G111. Figura 14 
G04 - Tempo de permanência 
G17 – Plano de trabalho XY 
G18 – Plano de trabalho XZ 
G19 – Plano de trabalho YZ 
G40 – Cancela compensação do raio da ferramenta 
G41 – Ativa compensação do raio da ferramenta (esquerda) 
G42 – Ativa compensação do raio da ferramenta (direita) 
 
 Os comandos G40, G41 e G42 compreendem um conjunto de ações de compensação 
de ferramenta. A compensação de ferramenta é utilizada quando não se quer calcular a 
distância entre o centro da ferramenta e a tangência da ferramenta com a peça a ser cortada. 
A Figura 15 ajuda a interpretar a questão. G41 é utilizado quando a usinagem é feita à 
 
 
 
27 
esquerda do perfil no sentido da seta. G42 é utilizado quando a usinagem é feita à direita 
do perfil no sentido da seta. G40 é utilizado sempre que for cancelar a ação de 
compensação, devendo ser inserido no final do programa ou quando houver uma operação 
de furar utilizando broca. 
 
 
 
 
Figura 15 - Ação das funções G40, G41 e G42. 
Fonte: o próprio autor. 
 
G53/G500 – Transferência do zero peça para zero máquina 
G54 a G57 – Sistema de Coordenada de trabalho - zero peça 
 
 A definição de zero peça e zero máquina se resume em referência cartesiana para o 
programa. Zero Máquina (G53) são os pontos em X, Y e Z onde se inicia a contagem métrica 
na máquina. Nem sempre conseguimos coincidir o início da usinagem de uma peça com a 
referência máquina, e nem há necessidade de ser. O início de usinagem em uma peça se 
dá pela referência que é determinada pelo operador. É onde vai se iniciar a usinagem. A 
determinação é reconhecida pela máquina/programa através dos comandos G54 em diante. 
Podemos ter mais de um zero peça, neste caso, cada zero será alocado em um G. Por 
exemplo zero 1 - G54, zero 2 - G55, zero 3 - G56... É muito importante definirmos ou 
sabermos onde está alocado a referência peça. Exemplo: caso o zero peça em Z esteja na 
base inferior da peça, qualquer valor negativo perfurará a mesa da máquina. 
 
G60 – Posicionamento exato - deixando os cantos vivos, sem o contorno de suavização 
G64 – Controle contínuo da trajetória (chanfrando os cantos) 
G70 – Referência unidade de medida (polegada) 
G71 – Referência unidade de medida (métrico) 
G90 – Sistema de coordenadas absolutas 
G91 – Sistema de coordenadas incrementais 
G94 – Estabelece avanço mm / minuto 
G95 – Estabelece avanço mm / rotação 
G111 – Interpolação polar Funções especiais 
 
 O comando G111 contribui para auxiliar na execução de furações dispersas em torno 
de um centro definido. O comando é utilizado quando não estão especificadas as 
coordenadas para cada furo, Figura 16. Zero peça está definido pela simbologia. Figura 16. 
G41 G42 
sem 
G41 
sem 
G42 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16 - Aplicação do comando G111 
Fonte: https://pt.slideshare.net/neves1566/apresentao-cnc-resumida (Acessado em 07 de fev. 2021) 
 
 
 
Atenção: Para a figura 16 - O centro está na coordenada 
x60 y40, então: 
G0 X60 Y40 
G111 X60 Y40 
G0 AP=45 RP=25 
G1 Z-10 
G0 Z20 
AP=90 RP=25 
G1 Z-10 
G0 Z20 
AP=135 RP=25 
G1 Z-10 
G0 Z20 
 
 
 
 
 
 
https://pt.slideshare.net/neves1566/apresentao-cnc-resumida
 
 
 
29 
COMANDO ESPECIAL PARA G2 OU G3: - Figura 17 
 Os comandos G2 ou G3 podem aproveitar dos ângulos e raios do comando G111. A 
construção de um arco em ângulo pode ser desenvolvido incluindo ao comando G2 ou G3 o 
RP e ou AP. 
 
 
 
 
 
Figura 17 - Aplicação de RP e AP com G2 ou G37 
Fonte: Siemens, (2003) 
 
G111 X0 Y00; ponto central do arco 
G1 X-20 Y0; ponto inicial do arco OU 
G1 RP=20 AP=180 
G2 RP=20 AP=39; ponto final do arco em ângulo 
G1 X60 Y...; sequência em interpolação linear 
 
Lista das funções miscelâneas ou auxiliares 
 
M00 - Parada de programa 
M01 - Parada de programa opcional 
M02 - Final de programa 
M03 - Gira eixo árvore sentido horário 
M04 - Gira eixo árvore sentido anti-horário 
M05 - Parada do eixo árvore 
M06 – Troca de ferramenta 
M07 – Liga refrigeração pelo centro da ferramenta 
M08 - Liga refrigeração M09 - Desliga refrigeração 
M17 - Fim de subprograma 
M30 - Final de programa e retorno 
REPEAT – Repetição de uma seção do programa 
LABEL – Palavra de endereçamento 
GO TO – Desvio de programa 
MCALL – Chamada de sub-rotina 
TRANS e ATRANS – Deslocamento de origem 
ROT e AROT – Rotação do sistema de coordenadas 
SCALE e ASCALE – Fator de escala 
MIRROR e AMIRROR – Imagem espelho 
CYCLE81 – Furação simples 
 
 
 
30 
CYCLE82 – Furação com tempo de permanência 
CYCLE83 – Furação com quebra ou eliminação de cavacos 
CYCLE84 – Roscamento macho rígido 
CYCLE840 – Roscamento mandril flutuante 
CYCLE85 – Mandrilamento com retração do eixo árvore em rotação 
CYCLE86 – Mandrilamento com retração do eixo árvore parado 
CYCLE87 – Mandrilamento 
CYCLE88 – Mandrilamento 
CYCLE89 – Mandrilamento 
CYCLE90 – Interpolação helicoidal 
CYCLE71 – Facear superfície 
CYCLE72 – Fresar superfície M 
HOLES1 – Linha de posições 
HOLES2 – Círculo de posições 
LONGHOLE – Rasgos em círculo 
SLOT1 – Rasgos em círculo 
SLOT2 – Rasgos circulares 
POCKET1 – Alojamento retangular 
POCKET2 – Alojamento circular 
POCKET3 – Alojamento retangular 
POCKET4 – Alojamento circular 
 
 
 
Dica do professor: Para comandos de fabricantes 
diferentes, uma mesma função pode ter significados 
diferentes. 
 
3.3 Programa para fresadoras 
 
Para construir um programa de usinagem para máquinas CNC ,devemos seguir 
alguns princípios. A primeira ação a ser tomada é estudar o desenho, entender o que se 
pede, em seguida, construir a sequência de usinagem, determinar as ferramentas, 
determinar os parâmetros e, por fim, escrever o programa. 
A escrita do programa inicia com um conjunto de linhas que se tornarão padrão em 
nossos estudos, em média as 5 ou 6 primeiras linhas do programa que chamaremos de 
cabeçalho. Novos grupos aparecerão em seguida. Grupo contorno, grupo furos etc. As linhas 
de comando do programa podem ser acompanhadas por comentários. No final de cada linha 
adiciona-se { ; } ponto e vírgula e escreve o que o grupo ou a linha executará na peça. 
 
 
 
 
31 
 
Dica do professor: Veja o exemplo de um programa 
abaixo. Procure nas tabelas das páginas anteriores o que 
cada código faz, ou seja, começamos com o código, por 
exemplo: 
G17 – o que significa? 
Na linha N20 o G53 – porque foi usado? 
Escreva na frente de cada linha o que o comando da linha 
vai executar na peça, siga o exemplo em vermelho. 
Não esqueça, N10, N20, N30 são apenas os números 
das linhas 
 
VAMOS AOS EXEMPLOS:
;Programa 01 - Contorno de um quadrado 
 
N10 G17 G71 G90 G94; bloco de segurança 
N20 G53 G0 Z0 M5; 
N30 T1; determine aqui qual o tipo de ferramenta 
N40 M6; 
N50 G54 S2000 M3 D1; 
; estas cinco primeiras linhas são sempre repetidas - serão chamadas 
de cabeçalho do programa – não precisa escrever essa frase, foi 
apenas para te informar. 
N60 G0 X-15 Y-15; limite de segurança com avanço rápido antes de tocar a matéria prima 
N70 Z-10; o zero peça está na superfície da matéria prima - ver Figura 13 
N80 G1 X0 Y0 F890; o avanço calculado foi de 890 mm por minutos 
N90 X0 Y100 
N100 X100 Y100 
N110 X100 Y0 
N120 X0 Y0 
N130 X-15 Y-15 
N140 G0 Z50; retira a ferramenta da peça no sentido Z 
N150 G53 G0 Z0 D0 M5; adota o zero máquina, eleva a ferramenta para Z=0 e desliga 
N160 G53 G0 Y0; leva a mesa para y=0 
N170 M30; término do programa 
 
 Utilize uma folha para desenhar o perfil do programa acima e faça seus comentários. 
 
 
 
 
32 
A construção de raios também é especificada em comando próprio. A retirada de um 
vértice a 90º pode ser obtida com o comando RND. No caso do exemplo abaixo raios de 
10 mm são construídos eliminando os vértices. 
 
;Programa 02 - Desbaste de quadrado com raios - Comando RND 
N10 G17 G71 G90 G94; bloco de segurança 
N20 G53 G0 Z0 M5; 
N30 T1; determine aqui qual o tipo de ferramenta 
N40 M6; 
N50 G54 S2000 M3 D1; 
; estas cinco linhas são sempre repetidas - serão chamadas de cabeçalho do programa 
N60 G0 X-15 Y-15 
N70 Z-10; o zero peça está na superfície da matéria prima - ver Figura 13 
N80 G1 X0 Y0 F890 
N90 Y100 RND=10 
N100 X100 
N110 Y0 RND=10 
N120 X0 
N130 G1 X-15 Y-15 
N140 G0 Z50 
N150 G53 G0 Z0 D0 M5 
N160 G53 G0 Y0 
N170 M30 
 
 
Atividade: Utilize uma folha para desenhar o perfil do 
programa acima e faça seus comentários. 
 
Dica do professor: Observe que nas linhas N90 em 
diante e nos outros exemplos que se seguem não 
repetimos o ponto de posicionalmente X ou Y. Isso 
significa que o valor que falta de X ou de Y será igual ao 
da Linha anterior. 
 
Detalhes em curva, como entradas raiadas ou sinuosas devem ser feitas com 
comando iniciados em G2 sentido horário e G3 anti-horário – Ver Figura 14. 
Um comando de repetição (comando Repeat) também será inserido neste exemplo: 
 
 
 
33 
 
;Programa 03 - Desbaste de quadrado entrada circular - Comando G2 e G3 
N10 G17 G71 G90 G94; bloco de segurança 
N20 G53 G0 Z0 M5; 
N30 T1; determine aqui qual o tipo de ferramenta 
N40 M6; 
N50 G54 S2000 M3 D1; 
; estas cinco linhas são sempre repetidas (para centros de usinagem) - DENOMINA-SE 
CABEÇALHO 
N60 G0 X-15 Y-15 
N70 Z0 M8; o zero peça está na superfície da matéria prima 
Inicio: Z=IC(-2); nome dado ao iníico do loop INÍCIO: 
N80 G1 X0 Y0 F890 
N90 G1 X0 Y20 
N100 G3 X0 Y60 CR=20 
N110 G1 Y100 RND=10 
N120 X100 
N130 X100 Y80 
N140 G3 X100 Y60 CR=10 
N150 G1 Y0 RND=10 
FIM: X0; nome dado ao final do loop FIM: 
N160 REPEAT INICIO FIM P4 
N170 G1 X-15 Y-15 
N180 G0 Z50 
N190 G53 G0 Z0 D0 M5 
N200 G53 G0 Y0 M8 
N210 M30 
 
 
 
Atividade: Utilize uma folha para desenhar o perfil do 
programa acima e faça seus comentários. 
 
 
 
34 
3.4 Simulador 
 
Este tópico será um adicional ao seu esforço de ter chegado até aqui, nele você terá 
acesso ao simulador. 
O simulador é um software gratuito da Siemens que ajuda na verificação dos 
comandos utilizados em um programa – Acesse o QR Code abaixo e veja como instalar.Siga 
os passos do QR Code e instale o seu simulador.Assim, bom trabalho!.... Ah!... mas antes, 
faça os exercícios na sala virtual e responda às questões para que seja aprovado. 
Boa sorte! 
 
 
Mídia digital: Vá até a sala virtual e veja o vídeo 
“Instalação de Simulador”. 
 
 
 
Atividade: Para concluir o curso e gerar o seu 
certificado, vá até a sala virtual e responda ao 
Questionário “Avaliação geral”. 
Este teste é constituído por 10 perguntas de múltipla 
escolha, que se baseiam em em programação. 
 
Lá você verá que o foco é fazer com que o programa 
desenvolvido execute a figura do produto. 
 
 
Nas dicas apresentadas até aqui você encontrará muito mais do que foi passado. 
Busque aprimorar seu conhecimento, aprofunde em Ciclos, ou até mesmo navegue por 
outros comandos. 
Nosso curso não acaba aqui, outras oportunidades estão ofertadas na Plataforma 
+IFMG. 
 
 Parabéns pela conclusão do curso. Foi um prazer tê-lo conosco! 
 
 
 
 
 
 
35 
Referências 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8403: Aplicação de linhas em 
desenhos – Tipos de linhas - Larguras das linhas: Procedimento. Rio de Janeiro, 1984. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10067: Princípios Gerais de 
representação em desenho técnico. Rio de Janeiro: 1995. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10126: Cotagem em desenho 
técnico: Procedimento. Rio de Janeiro, 1987. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12298: Representação de 
área de corte por meio de hachuras em desenho técnico: Procedimento. Rio de Janeiro, 
1995. 
BIGATON, Claudinei. 3º Ciclo de Técnico em Mecânica. Apostila Automação CNC. Centro 
Paulo Souza – SP. Acesso em <http://www.etepiracicaba.org.br/cursos NIANMENG, Luo; 
ZUAN, Xiao; LIN, Zhu. A system of engineering drawings and BOM management based 
on design environment. Journal of Graphics, p. 141-146, 2012. 
SIEMENS. SINUMERIK 810D/840D. Manual de fresamento e torneamento. 2ª edição 
revisada de 10/2003. 
STOETERAU, Rodrigo Lima. Fundamentos dos Processos de Usinage. Apostila. EPUSP. 
2020. Acesso em <Sites.poli.usp.br.> Acessado em agosto de 2020. 
 
 
 
 
 
 
36 
 
 
 
 
37 
Currículo do autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feito por (professor-autor) Data Revisão de layout Data Versão 
André Félix 11/08/2020 
Luiz Augusto Ferreira de 
Campos Viana 
11/12/2020 1.0 
 
André Fonseca Félix: Doutor pela REDEMAT - UFOP/UEMG (2016) - Engenharia 
de materiais - Desenvolvimento de Produto com reuso de materiais industriais 
residuais. Reobtenção de título de Engenheiro de Produção FEAMIG (2009). 
Mestrado em Engenharia de Materiais pela REDEMAT/UFOP (2003). 
Especialização em Análise de Sistemas pela UNI-BH (2001). Graduação em 
Design Industrial - Projeto de Produto pela Universidade do Estado de Minas 
Gerias (1999). Experiência de 15 anos de atuação na Indústria de autopeças na 
área de metal e polímero. Experiência de 15 anos na docência em cursos 
Técnicos, Tecnológicos, Graduação e pós-graduação em instituições como PUC, 
UNA, FUMEC e IFMG. Area de atuação: Meio Ambiente, Processamento Industrial 
de Metais, Cerâmicas, Polímeros e Compósitos. Experiência na Direção de 
Ensino, Pesquisa e Extensão do IFMG - Campus Betim 
 
Currículo Lattes: lattes.cnpq.br/2817091444387181 
http://lattes.cnpq.br/2817091444387181
 
 
 
38 
 
 
 
 
 
39 
Glossário de códigos QR (Quick Response) 
 
 
Mídia digital 
Instalação do 
Simulador 
 
 
Mídia digital 
Vídeo Aula – 
Semana 02 
 
 
 
 
 
Mídia digital 
Vídeo Aula – 
Semana 01 
 
 
Mídia digital 
Vídeo Aula – 
Semana 03 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
Não 
 
 
 
 
 
Plataforma +IFMG 
Formação Inicial e Continuada EaD 
 
 
 
 A Pró-Reitoria de Extensão (Proex), neste ano de 
2020 concentrou seus esforços na criação do Programa 
+IFMG. Esta iniciativa consiste em uma plataforma de cursos 
online, cujo objetivo, além de multiplicar o conhecimento 
institucional em Educação à Distância (EaD), é aumentar a 
abrangência social do IFMG, incentivando a qualificação 
profissional. Assim, o programa contribui para o IFMG cumprir 
seu papel na oferta de uma educação pública, de qualidade e 
cada vez mais acessível. 
 Para essa realização, a Proex constituiu uma equipe 
multidisciplinar, contando com especialistas em educação, 
web design, design instrucional, programação, revisão de 
texto, locução, produção e edição de vídeos e
muito mais. 
Além disso, contamos com o apoio sinérgico de diversos 
setores institucionais e também com a imprescindível 
contribuição de muitos servidores (professores e técnico-
administrativos) que trabalharam como autores dos materiais 
didáticos, compartilhando conhecimento em suas áreas de 
atuação. 
A fim de assegurar a mais alta qualidade na produção destes cursos, a Proex adquiriu 
estúdios de EaD, equipados com câmeras de vídeo, microfones, sistemas de iluminação e 
isolação acústica, para todos os 18 campi do IFMG. 
Somando à nossa plataforma de cursos online, o Programa +IFMG disponibilizará 
também, para toda a comunidade, uma Rádio Web Educativa, um aplicativo móvel para 
Android e IOS, um canal no Youtube com a finalidade de promover a divulgação cultural e 
científica e cursos preparatórios para nosso processo seletivo, bem como para o Enem, 
considerando os saberes contemplados por todos os nossos cursos. 
 Parafraseando Freire, acreditamos que a educação muda as pessoas e estas, por 
sua vez, transformam o mundo. Foi assim que o +IFMG foi criado. 
 
 
 
O +IFMG significa um IFMG cada vez mais perto de você! 
 
 
 
Professor Carlos Bernardes Rosa Jr. 
Pró-Reitor de Extensão do IFMG 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características deste livro: 
Formato: A4 
Tipologia: Arial e Capriola. 
E-book: 
1ª. Edição 
Formato digital

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