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Curas Médicas Extraordinárias 1 Coordenador: Marcio Bontempo2 Curas Médicas Extraordinárias 3 Coordenador: Marcio Bontempo4 © Coordenador: Marcio Bontempo J. H. MIZUNO 2020 Revisão: Paulo de Morais Nos termos da lei que resguarda os direitos autorais, é expressamente proibida a repro- dução total ou parcial destes textos, inclusive a produção de apostilas, de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, reprográficos, de fotocópia ou gravação. Qualquer reprodução, mesmo que não idêntica a este material, mas que caracterize similari- dade confirmada judicialmente, também sujeitará seu responsável às sanções da legislação em vigor. A violação dos direitos autorais caracteriza-se como crime incurso no art. 184 do Código Penal, assim como na Lei n. 9.610, de 19.02.1998. O conteúdo da obra é de responsabilidade dos autores. Desta forma, quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais concernentes ao conteúdo serão de inteira responsabilidade dos autores. Todos os direitos desta edição reservados à JH MIZUNO Rua Benedito Zacariotto, 172 - Parque Alto das Palmeiras, Leme - SP, 13614-460 Correspondência: Av. 29 de Agosto, nº 90, Caixa Postal 501 - Centro, Leme - SP, 13610-210 Fone/Fax: (0XX19) 3571-0420 Visite nosso site: www.editorajhmizuno.com.br e-mail: atendimento@editorajhmizuno.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil Curas Médicas Extraordinárias Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (eDOC BRASIL, Belo Horizonte/MG) C975 Curas médicas extraordinárias / Organizador Marcio Bontempo. – Leme, SP: JH Mizuno, 2020. 206 p. : foto. color. ; 16 x 23 cm Inclui bibliografia. 1. Corpo e mente. 2. Medicina. 3. Psicoterapia. I. Bontempo, Marcio. ISBN 978-85-7789-496-3 CDD 616.8914 Elaborado por Maurício Amormino Júnior – CRB6/2422 Curas Médicas Extraordinárias 5 Ditosos aqueles divinos médicos Fiéis à sua consciência; Que rejeitam o manto espúrio da vaidade; Envergonhando os falsos doutos da ciência Ao praticar a arte pura da medicina de verdade Dr. Martius Gutezeit Coordenador: Marcio Bontempo6 Curas Médicas Extraordinárias 7 Esclarecimentos importantes Para todos os efeitos, esta deve ser considerada uma literatura médica. Ela não foi criada para a leitura do público leigo, mas para pro- fissionais de saúde e, assim, deve ser entendida como uma forma de comunicação, de troca de experiências clínicas e terapêuticas, entre aqueles que procuram intercâmbio de ideias e resultados, almejando a ampliação dos seus horizontes, no âmbito dos novos conceitos tera- pêuticos integrativos e do novo paradigma médico. O nosso objetivo não é fazer propaganda das nossas atividades visando atrair clientes ou mostrar quanto somos melhores ou diferentes, mas, tão somente, com as melhores intenções e com o coração, realizar o desiderato de mostrar nosso modus operandi àqueles que buscam conhecer os novos caminhos da medicina, àqueles que buscam informações e elementos capazes de satisfazer a sua mente e a sua consciência, pelo bem dos seus pacientes e em nome da verdadeira e inalienável arte de curar, como expressão da essência do mesmo juramento de Hipócrates, que solenemente proferimos (certamente com olhos marejados), determinados a realizar o nosso basilar propósito de bem cumprir a nossa missão. A satisfação de curar ou de poder ajudar uma pessoa a se livrar de sofrimentos é a melhor gratificação ou recompensa possível para aquele que honra a sua profissão, que tem como meta fazer o bem e ser útil ao próximo. Curar é uma sensação indescritível de prazer íntimo, reconfortante e cálido. Uma coisa da alma: terna, muda e profunda, sem palavras que a expliquem. Estou certo de que essa é a essência da arte médica. (MB- 2018) Coordenador: Marcio Bontempo8 Curas Médicas Extraordinárias 9 Dedicatória Para bem reger uma orquestra e conseguir realizar uma complexa sinfonia, um maestro necessita conhecer e saber tocar vários instrumentos. Assim, numa analogia aproximativa, para a boa prática da medicina integrativa moderna, o médico necessita conhecer a fundo cada método terapêutico que irá compor o protocolo do tratamento. Se assim não for, métodos eficientes podem ser aplicados, porém – isoladamente e sem sincronicidade ou complementaridade harmônica – não serão capazes de produzir eficiência ampla em termos de resultados significativos para a restauração da saúde ou da cura. Essa a exigência e a condição sine qua non para que o novo paradigma médico se faça valer em seu máximo esplendor e essência. Quanto mais um médico conhecer métodos terapêuticos eficientes e seguros – e os aplicar simultaneamente – assemelhar-se-á a um grande maestro que, conhecendo cada instrumento, será capaz de reger uma grande orquestra, produzindo maviosas músicas. Este livro é dedicado a um dos maiores maestros que a medicina brasileira conhece, o Dr. José de Felippe Junior, pela sua impressionante capacidade de “reger” um sistema terapêutico combinando várias técnicas associadas e harmonizantes. Esse digno e verdadeiro discípulo de Hipócrates, certamente ins- pirado por Esculápio, pela sua obra e dedicação, já garantiu o seu lugar na História da Medicina Mundial e, para mim, é indescritivelmente imensa a honra de dedicar esta obra a esse maestro da Arte Médica. Coordenador: Marcio Bontempo10 Curas Médicas Extraordinárias 11 Prefácio Por Dr. José De FeliPPe Junior O doutor Márcio Bontempo sempre se preocupou com o ensino médico. Ele tem uma profunda necessidade de disseminar os seus conhecimentos para que os médicos tenham a oportunidade de fazer o que há de melhor na Medicina. Sempre está empenhado em passar os seus ensinamentos, ele se preocupa mais com a essência da didática do que com a erudição retórica. Frases e parágrafos de efeito marcantes que se embrenham nos neurônios dos leitores, que não se cansam e não retiram os olhos, enquanto aprendem a se manterem saudáveis. E o seu objetivo principal na explanação firme, coesa e científica, é atingir o que há de mais sublime, mais coerente e mais eficaz que existe na Medicina: a prevenção. Médico é doutor, que é docere, que quer dizer ensinar, e o faz com um poder de síntese e palavras simples, porém profundas. Não sei quantos, mas foram muitos os livros editados. Conheci muitos autodidatas nos meus cinquenta anos de medicina, mas ele é um verdadeiro autodidata, que não se contentou apenas com o que aprendeu na universidade. Ele está voltado, não para seu próprio ego, mas para o bem-estar daqueles a quem dirige a palavra escrita. Tive a oportunidade de devorar vários dos seus livros. E o que lá encontrei? Ensinamentos para os pacientes ficarem longe dos médicos e para os médicos se cuidarem. Medidas e procedimentos que dependem da própria pessoa para manter-se saudável. Mais uma vez o grande escritor ensinando como prevenir doenças. Entretanto, não ficou contente com tudo que já fez, pois este médico está em contínuo movimento, agora escrevendo mais esta joia da literatura médica. Nas faculdades de medicina os estudantes aprendem somente a tratar de doenças, sem foco na prevenção. Os professores das universidades Coordenador: Marcio Bontempo12 ensinam o que aprenderam com seus antigos mestres. Mas raramente ensinam, por exemplo, que a esteatose hepática pode ser revertida; que uma placa de ateroma pode diminuir ou até desaparecer; que as artérias enrijecidas podem se tornar elásticas; que nós temos meios de diminuir o volume da próstata sem cirurgia; que não existe depressão refratária; e que tumores não responsivos à quimioterapia, radioterapia e cirurgia ainda possuem grande probabilidade de regredirem. Os médicos são bem treinados para reconhecer inúmeras patologias e conhecer o tratamento de cada uma delas. A indústria farmacêutica não os deixa esquecer-se de toda gama de medicamentos de plantão, cada vez mais dispendiosos e cada vez com mais efeitos desconhecidosno longo prazo. Infelizmente, grande parte dos medicamentos modernos funciona como a cocaína e a heroína, viciando as pessoas, tornando-as dependentes para o resto da vida, além de consumirem recursos e provocarem efeitos colaterais indesejáveis. Em geral, o medicamento é elaborado para provocar efeito enquanto ele estiver presente no organismo, sendo que, numa visão geral, ele permanece por volta de 12 a 24 horas em ação no organismo. Foram instituídas espécies de “clubes” com sócios vitalícios, cujo cartão-fidelidade garante o consumo do medicamento diariamente. Temos os clubes das estatinas, dos antidiabéticos orais, dos anti-hipertensivos, dos anticoagulantes, dos antioxidantes, etc. É o modo ocidental ainda cartesiano da medicina moderna. As pessoas são tratadas como “rebanhos estatísticos”, com a melhor evidência científica, apesar dos medicamentos com efeitos passageiros e de uso contínuo, quase sempre acompanhados dos efeitos colaterais conhecidos e desconhecidos, juntamente com a interação entre eles, que nos surpreendem a cada ano. Os medicamentos, antes de serem colocados na prática médica, deveriam passar pela farmacogenômica, farmacoepigenômica, etc. Precisamos encontrar o ponto de equilíbrio entre as drogas verda- deiramente eficientes da medicina moderna e os tratamentos individuali- zados da nossa velha medicina interna, aprendida na Escola, com abertura às novas conquistas, como a Medicina Biomolecular, Homeopatia, Acupun- tura, Ozonioterapia, Eletromagnetismo, Radiofrequência, Meditação, etc. Curas Médicas Extraordinárias 13 O adolescente na faculdade precisa, desde cedo, aprender a va- lorizar a SAÚDE e a como se manter o estado de normalidade física, psíquica e social de seus futuros clientes. Deve encarar a fisiologia e a bioquímica como ferramentas de uso diário e não como barreiras terríveis a serem ultrapassadas e esquecidas. No currículo escolar deve constar a Nutrologia, mas a nutrologia biomolecular, como matéria de igual valor que a cardiologia, a pneumologia e outras, pois, afinal, nós nos alimentamos pelo menos três vezes ao dia e é através da alimenta- ção que obtemos os 45 nutrientes que nossas células não sabem fabri- car. E o médico deve saber cuidar das células como fazem os médicos biomoleculares, que sabem muito bem colocar a epigenética e a nutri- genômica para lidar com as doenças crônicas e degenerativas. Os trabalhos duplo-cegos, randomizados, controlados com place- bo e com grande número de casos, as famosas meta-análises, são aqueles que buscam a verdade de modo científico. Entretanto, este modo seria muito eficaz se tratássemos de um grupo de pacientes por vez. Mas mé- dicos tratam de pacientes um a um. E não poderia ser diferente, pois cada paciente possui suas características próprias, pois estamos diante de seres humanos, com história de vida diferentes, em um meio ambiente peculiar, com patrimônios genéticos diferentes. Não existe sentido em englobá-los e rotulá-los para receberem o tratamento padronizado, com a assim chamada melhor evidência científica, que é estatística. Atualmente os médicos trocam a anamnese e a propedêutica – que é o ouvir e o examinar, por exames laboratoriais e de imagem muitas vezes invasivos e lesivos à saúde, acreditando fielmente neles. Querem saber quais são as últimas novidades descobertas pela indústria farmacêutica. Qual é o último trabalho científico com as me- lhores evidências. E é assim que passam a tratar os pacientes, do modo dito “científico”. Antigamente os médicos recebiam ensinamentos da escola euro- peia. Era a medicina fundamentada na observação, na arte de ouvir, de doar, de curar. Porém, a evolução da tecnologia e a influência americana de tratamento, frio e impessoal, mecanizaram e embruteceram o sis- tema de saúde, ao lado do assustador aumento do custo dos serviços e procedimentos. Coordenador: Marcio Bontempo14 Sonhamos com o dia que os estudantes de medicina aprendam a raciocinar com seus próprios neurônios, coloquem em ação o seu livre pensar e que estudem os pacientes nos seus vários aspectos antes de dar nomes ou tratar. Aliás, os nomes que aprendemos (diagnósticos) pouco significam. São apenas rótulos, carimbos. As pessoas adoecidas não estão à procura do último medicamen- to lançado com toda força do marketing farmacêutico. Elas não querem fazer os exames mais sofisticados; desejam – pois realmente necessi- tam – uma anamnese bem-feita, um exame clínico à moda antiga e uma abordagem terapêutica não necessariamente com drogas. Entretanto, se for o caso, que seja medicamento eficaz, seguro, se possível não tão dispendioso, como esses que, já há muito tempo no mercado, continuam a nos surpreender com efeitos colaterais inusitados, geralmente ocultados pela indústria farmacêutica. O paciente necessita de alguém que o escute, que dê valor às suas queixas, que lhe dê segurança e transmita confiança. Ele quer sa- ber o que está acontecendo com seu corpo, quer informações. Como já escrevemos, o médico, além de receitar, deve agir como professor, instruindo, ensinando e mostrando os caminhos da manutenção da saú- de e da prevenção das doenças. Doutor = docere = ensinar. O verdadeiro médico cuida do organismo como um todo, nunca se esquecendo de eliminar a causa da doença, uma vez que não existe doença sem causa. Eliminando a causa desaparecem os efeitos (subla- ta causa, tolitus efectus – Hipócrates). O médico deve ter sempre em mente a relação íntima entre causa e efeito como uma verdade na Físi- ca e na Química, assim como é uma verdade em Biologia que as células são formadas por átomos e moléculas. Se acrescentarmos ao nosso desempenho médico científico a pa- ciência, a compreensão e o carinho, isto é, se agirmos simplesmente como seres humanos, alcançaremos o ideal: a ARTE DE CUIDAR, a ARTE DE CURAR, a ARTE DE PREVINIR. Com o passar dos anos, os médicos que permanecem utilizando apenas os conhecimentos convencionais, atingem um ponto de desen- canto e desilusão com a profissão, pois sabem que pouco podem fazer e a eficácia do que fazem não é tão grande como eles desejariam. Curas Médicas Extraordinárias 15 O presente livro auxiliará tais médicos a terem uma nova e bela vi- são da nossa querida Medicina, voltando a amar essa tão nobre profissão. Os casos clínicos de difícil resolução descritos neste livro mos- tram a impotência da medicina convencional e a eficácia da medicina in- tegrativa, ou melhor, a eficácia da Medicina, pois esta é uma somente. Sonhamos com o dia da união de todos os conhecimentos em prol da prevenção, manutenção da saúde, bem-estar e felicidade da- queles que cuidamos. “Deixar de aprender é omitir socorro, esperar maiores evidên- cias científicas para tratar, é ser cientista, e não médico. Médicos que somos, não nos contentamos apenas em curar e prevenir doenças: sen- timos a necessidade do nosso paciente ser feliz” (JFJ-1990). Coordenador: Marcio Bontempo16 Curas Médicas Extraordinárias 17 Sumário INTRODUÇÃO 1 A visão médica sistêmica e a revolução na terapêutica ............................................. 27 2 O que define a legitimidade de um tratamento é a Consciência, a Experiência e a Percepção ................................................................................................................ 32 2.1 Nutrologia, Medicina Biomolecular e Práticas Integrativas de Saúde ............... 38 2.2 Casos clínicos de médicos e médicas do Brasil, aplicando a visão sistêmica e integrativa........................................................................................................... 40 Considerações ................................................................................................... 40 APRESENTAÇÃO DE CASOS DO AUTOR-COORDENADOR MARCIO BONTEMPO ....................................................................................................... 45 1 Introdução ...................................................................................................................45 Comentários de casos inusitados da minha carreira médica ..................................... 46 Caso de Linfoma Não Hodgkin, linfoblástico, irressecável em menino de 8 anos. .. 47 Conduta .................................................................................................................... 48 Tratamento ............................................................................................................... 49 Resultados ............................................................................................................... 50 Gastrite erosiva “incurável” ...................................................................................... 52 Comunicado final em relação a este caso ............................................................... 57 O fazendeiro idoso rico com uma linda namorada 30 anos mais nova .................... 57 Resultados ............................................................................................................... 58 2 Adenocarcinoma de próstata depois de ressecção transuretral por HBP e o prêmio com champanhe. ...................................................................................................... 59 Histórico ................................................................................................................... 59 Tratamento ............................................................................................................... 59 Recomendada atividade física mais intensa. ........................................................... 60 Coordenador: Marcio Bontempo18 Um deputado pronto para morrer ............................................................................. 62 Dispneia intensa. ...................................................................................................... 62 Insônia. ..................................................................................................................... 62 Conduta .................................................................................................................... 63 Resultados ............................................................................................................... 64 Santo de casa faz milagre ........................................................................................ 64 Uma cura en passant e a farmácia da natureza ...................................................... 68 3 Meu caso de sinovite articular tratado com a medicina integrativa ............................ 71 4 Hiperplasia Prostática Benigna com bexiga hiperativa e prostatite crônica. .............. 72 Comentário ............................................................................................................... 73 Tratamento ............................................................................................................... 75 Resultados ............................................................................................................... 77 Comentário importante ............................................................................................. 78 APRESENTAÇÃO DE CASOS DOS COLABORADORES ACÁCIA JORDÃO ............................................................................................................. 81 1 Relatos de oftalmologia .............................................................................................. 81 Caso 1 | Blefarite .................................................................................................. 81 Caso 2 | Conjuntivite Bacteriana .......................................................................... 82 Caso 3 | Conjuntivite viral .................................................................................... 83 Caso 4 | Estrabismo Divergente de 40 D ............................................................. 84 Caso 5 | Ptose senil em ambos os olhos ............................................................. 85 Caso 6 | Proliferação fibrovascular em conjuntiva bulbar de olho direito ............ 85 Caso 7 | Conjuntivite aguda bacteriana hemorrágica .......................................... 86 Caso 8 | Conjuntivite bacteriana ................................................................................. 87 Caso 9 | Conjuntivite aguda viral ......................................................................... 87 Caso 10 | Queimadura infectada em canto externo e pálpebra inferior do olho direito ................................................................................................................. 88 ALEXANDRE DE LUCA ...................................................................................................... 89 Caso 1 ................................................................................................................... 89 Tratamento proposto .......................................................................................... 90 Protocolo de tratamento ..................................................................................... 90 Curas Médicas Extraordinárias 19 Evolução ............................................................................................................ 90 Conclusão .......................................................................................................... 90 Caso 2 .................................................................................................................. 91 Tratamento proposto .......................................................................................... 91 Evolução ............................................................................................................ 92 Caso 3 .................................................................................................................. 92 Tratamento proposto .......................................................................................... 93 Evolução ............................................................................................................ 93 Caso 4 .................................................................................................................. 93 Tratamento proposto .......................................................................................... 94 Evolução ............................................................................................................ 94 Caso 5 .................................................................................................................. 95 Tratamento proposto .......................................................................................... 95 Evolução ............................................................................................................ 96 ALISSON SILVA ................................................................................................................ 97 Caso 1 | Baixa imunidade ..................................................................................... 98 Tratamento ......................................................................................................... 98 Resultados ......................................................................................................... 98 Caso 2 | Obesidade ............................................................................................. 99 Tratamento ......................................................................................................... 99 Resultados ......................................................................................................... 99 Caso 3 | Cuidar do câncer ................................................................................... 100 Tratamento ......................................................................................................... 100 Caso 4 | Obesidade .............................................................................................101 Conduta.............................................................................................................. 101 Tratamento ......................................................................................................... 101 Resultados ......................................................................................................... 102 Caso 5 | Excesso de peso .................................................................................... 102 Tratamento ......................................................................................................... 102 Resultados ......................................................................................................... 103 BENEDITO CAJÁ .............................................................................................................. 105 Caso 1 ................................................................................................................... 105 Conduta sequencial ........................................................................................... 106 Resultados ......................................................................................................... 106 Coordenador: Marcio Bontempo20 Caso 2 .................................................................................................................. 107 Conduta.............................................................................................................. 107 Resultados ......................................................................................................... 107 Caso 3 .................................................................................................................. 108 Conduta.............................................................................................................. 108 Resultados ......................................................................................................... 108 Comentário......................................................................................................... 109 Caso 4 .................................................................................................................. 109 Conduta.............................................................................................................. 109 Resultados ......................................................................................................... 110 Caso 5 .................................................................................................................. 110 Conduta.............................................................................................................. 111 Resultados ......................................................................................................... 111 Comentário......................................................................................................... 111 CLAUDIO TORRES BACELAR ............................................................................................. 113 Caso 1 ................................................................................................................... 113 Tratamento ......................................................................................................... 113 Dieta ................................................................................................................... 113 Complementos ................................................................................................... 114 Resultado ........................................................................................................... 114 Observações ...................................................................................................... 114 Caso 2 .................................................................................................................. 114 Caso 3 .................................................................................................................. 114 Resultados ......................................................................................................... 115 Caso 4 .................................................................................................................. 115 Conduta.............................................................................................................. 115 Resultado ........................................................................................................... 116 Caso 5 .................................................................................................................. 116 Conduta.............................................................................................................. 116 Resultados ......................................................................................................... 117 DAGMAR RECH ................................................................................................................ 119 Caso 1 ................................................................................................................... 120 Evolução ............................................................................................................ 120 Curas Médicas Extraordinárias 21 Caso 2 .................................................................................................................. 120 Conduta.............................................................................................................. 121 Tratamento ......................................................................................................... 121 Evolução ............................................................................................................ 121 Caso 3 .................................................................................................................. 121 Caso 4 .................................................................................................................. 122 Conduta.............................................................................................................. 123 Resultados imediatos ......................................................................................... 123 Caso 5 .................................................................................................................. 123 JOÃO RICARDO YAMASITA .............................................................................................. 125 Caso 1 | Anorexia nervosa .................................................................................... 125 Comentário......................................................................................................... 125 Tratamento ......................................................................................................... 126 Considerações sobre o tratamento .................................................................... 126 Resultados ......................................................................................................... 127 Conclusão importante ........................................................................................ 127 Caso 2 | Doença de Crohn ................................................................................... 127 Relato ................................................................................................................. 127 Tratamento ......................................................................................................... 128 Resultados e comentários.................................................................................. 128 Resultado final ................................................................................................... 128 Caso 3 | Caso de dengue ....................................................................................129 Tratamento ......................................................................................................... 129 Resultados ......................................................................................................... 129 Caso 4 | Câncer de Mama com metástases em pulmão e fígado ....................... 130 Histórico ............................................................................................................. 130 Tratamento ......................................................................................................... 130 Complementos ................................................................................................... 131 Técnica de Simonton ......................................................................................... 131 Resultados ......................................................................................................... 131 Caso 5 | Caso de Doença de Parkinson .............................................................. 132 Conduta.............................................................................................................. 132 Tratamento ......................................................................................................... 133 Resultados ......................................................................................................... 133 Coordenador: Marcio Bontempo22 Tratamento sequencial ....................................................................................... 133 Resultados atuais............................................................................................... 134 JOSÉ AUGUSTO DA SILVA ................................................................................................ 135 Considerações sobre os casos clínicos e a Medicina Biomolecular. ............................. 135 Caso 1 | Excesso de peso, com desejo de emagrecer com saúde ...................... 136 Histórico ............................................................................................................. 137 Conduta.............................................................................................................. 137 Tratamento ......................................................................................................... 138 Resultados ......................................................................................................... 138 Caso 2 | Dor na coluna lombar, joelhos e pequenas articulações ....................... 139 Histórico ............................................................................................................. 139 Conduta.............................................................................................................. 140 Tratamento ......................................................................................................... 140 Resultados ......................................................................................................... 141 Caso 3 | Dor no quadril, região lombar, pescoço e ombro direito ........................ 142 Conduta.............................................................................................................. 142 Tratamento ......................................................................................................... 143 Resultados ......................................................................................................... 144 Caso 4 | Muita tristeza e depressão ..................................................................... 145 Conduta.............................................................................................................. 145 Tratamento ......................................................................................................... 146 Resultados ......................................................................................................... 146 Caso 5 | Pressão alta e glicose elevada. Não queria fazer uso de insulina ......... 147 Conduta.............................................................................................................. 148 Tratamento ......................................................................................................... 148 JOSÉ DE FELIPPE JUNIOR ............................................................................................... 151 Introdução – Nosso entendimento sobre o câncer ......................................................... 151 Caso 1 ................................................................................................................... 153 Conduta.............................................................................................................. 154 Resultados ......................................................................................................... 154 Caso 2 .................................................................................................................. 154 Exames apresentados ....................................................................................... 155 Conduta e tratamento ........................................................................................ 155 Curas Médicas Extraordinárias 23 Observação ........................................................................................................ 155 Resultados ......................................................................................................... 156 Comentários adicionais ...................................................................................... 157 Caso 3 .................................................................................................................. 157 Conduta.............................................................................................................. 158 Tratamento ......................................................................................................... 158 Resultados ......................................................................................................... 158 Caso 4 .................................................................................................................. 158 Conduta.............................................................................................................. 159 Tratamento ......................................................................................................... 159 Acompanhamento .............................................................................................. 160 Tratamento sequencial ....................................................................................... 160 Conclusão .......................................................................................................... 161 Caso 5 .................................................................................................................. 161 Relato de ocorrência .......................................................................................... 162 Conduta.............................................................................................................. 162 Tratamento ......................................................................................................... 163 Resultados ......................................................................................................... 163 Conclusão .......................................................................................................... 164 Caso 6 .................................................................................................................. 164 Conduta.............................................................................................................. 165 Tratamento ......................................................................................................... 165 Resultados .........................................................................................................166 Exames comprobatórios .................................................................................... 166 Evolução ............................................................................................................ 167 Comentários adicionais ...................................................................................... 167 Caso 7 .................................................................................................................. 168 Nossos exames e avaliações............................................................................. 168 Tratamento ......................................................................................................... 168 Resultados ......................................................................................................... 169 Comentários ....................................................................................................... 169 MIKHAEL MARQUES ......................................................................................................... 171 Caso 1 ................................................................................................................... 171 Tratamento ......................................................................................................... 172 Resultados ......................................................................................................... 172 Coordenador: Marcio Bontempo24 Caso 2 .................................................................................................................. 173 Tratamento ......................................................................................................... 173 Resultados ......................................................................................................... 174 Caso 3 .................................................................................................................. 174 Tratamento ......................................................................................................... 175 Comentários necessários sobre a SFC ............................................................. 175 Resultados ......................................................................................................... 176 Caso 4 .................................................................................................................. 177 Tratamento ......................................................................................................... 177 Resultados ......................................................................................................... 177 Caso 5 .................................................................................................................. 178 Tratamento ......................................................................................................... 179 Resultados ......................................................................................................... 179 Caso 6 .................................................................................................................. 180 Tratamento (início em abril 2018) ...................................................................... 180 Resultados ......................................................................................................... 181 Caso 7 .................................................................................................................. 181 Tratamento ......................................................................................................... 182 Resultados ......................................................................................................... 182 Depoimento do paciente .................................................................................... 183 Situação atual .................................................................................................... 183 Caso 8 .................................................................................................................. 183 Tratamento ......................................................................................................... 184 Resultados ......................................................................................................... 184 Depoimento da mãe ........................................................................................... 184 Caso 9 .................................................................................................................. 184 Conduta.............................................................................................................. 185 Tratamento ......................................................................................................... 185 Resultados ......................................................................................................... 185 THANGUY GOMES FRIÇO ................................................................................................. 187 Caso 1 ................................................................................................................... 187 Conduta.............................................................................................................. 188 Tratamento ......................................................................................................... 188 Protocolo ............................................................................................................ 188 Evolução ............................................................................................................ 188 Curas Médicas Extraordinárias 25 Caso 2 .................................................................................................................. 189 Conduta.............................................................................................................. 190 Tratamento ......................................................................................................... 190 Protocolos complementares............................................................................... 190 Evolução ............................................................................................................ 190 Resultados ......................................................................................................... 191 Caso 3 .................................................................................................................. 191 Histórico ............................................................................................................. 192 Protocolo de Tratamento .................................................................................... 193 Evolução ............................................................................................................ 193 Resultados ......................................................................................................... 194 Caso 4 .................................................................................................................. 194 Protocolo de tratamento ..................................................................................... 195 Evolução ............................................................................................................ 195 Resultados ......................................................................................................... 196 Caso 5 .................................................................................................................. 196 Conduta.............................................................................................................. 197 Protocolo de tratamento ..................................................................................... 197 Evolução ............................................................................................................198 REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 199 ÍNDICE ALFABÉTICO REMISSIVO ............................................................................. 203 Coordenador: Marcio Bontempo26 Curas Médicas Extraordinárias 27 Introdução 1 A visão médica sistêmica e a revolução na terapêutica “No tratamento de um paciente, o médico deve ter liberdade para empregar um novo diagnóstico ou uma nova medida terapêutica se, em sua opinião, ela oferece esperanças de salvar vida, restabelecer a saúde ou minorar os sofrimentos.” Resolução nº 1098, de 30 de junho de 1983, com base na Declaração de Helsinque de 1964, da Associação Médica Mundial. Este trabalho apresenta casos clínicos de tratamentos excepcionais, resultantes da aplicação da nova visão médica sistêmica (ou integrativa), segundo a experiência de alguns dos mais destacados médicos brasileiros. Nosso objetivo principal é apresentar exemplos de tratamentos integrados, como expressão de um modelo terapêutico fundamentado numa abordagem sistêmica do ser vivo e do universo. Visamos mostrar à comunidade médica como profissio- nais já familiarizados com os métodos e recursos aqui apresentados atuam na sua prática diária e a sua experiência com os novos caminhos terapêuticos. Obviamente que os tratamentos aqui apresentados representam apenas uma pequena parte de uma experiência, ou antes, de uma Ciência, que cresce e se expande a cada dia, como resultante da intensa mudança de paradigmas vivida pela medicina moderna. Recém-saída de uma conjuntura cartesiana/newtoniana, racio- nalista, reducionista, materialista, presa a uma limitada metodologia quase bidimensional, a medicina hoje conhece um intenso salto quântico, justamente quando a própria Física Quântica pulverizou as bases mate- rialistas – e aparentemente sólidas – da visão divisionista e fragmentária, Coordenador: Marcio Bontempo28 a mesma que fixava a arte médica à ditadura de um modelo escravo da farmacologia medicamentosa, cujo dogma ditara as regras desconfortáveis da trilogia “diagnóstico-doença-remédio”. Após a “abertura das portas do Oriente”, com a avalancha das técnicas e filosofias da medicina tradicionais da China, Índia, Tibete, Japão, etc., e o empurrão da física quântica, foi inexorável o surgimento de uma impressionante quantidade de sistemas terapêuticos diferentes da postura belicista de “combate” às doenças ditadas pela indústria far- macêutica, como resultado de uma revolução de conceitos e critérios – o novo paradigma médico, como reflexo da própria revolução da Ciência como um todo. Certamente que todo este processo está ocorrendo continua- mente, porém a nova visão terapêutica não é excludente, radical ou segmentária. Em outras palavras, as drogas farmacológicas têm o seu lugar na terapêutica, dependendo da situação e do momento. Porém, assistimos atualmente a uma libertação por parte do profissional de saúde do modelo terapêutico alopático exclusivo e dogmático. Podemos inferir que existe uma divisão entre dois paradigmas terapêuticos atualmente: um que nasce, como resultado da evolução do antigo, e outro que morre, justamente para contribuir e dar lugar ao novo macho alfa da Ciência: a visão sistêmica da vida e do universo. Assim, os profissionais de saúde acostumados e abertos a essa nova visão estão perfeitamente integrados aos influxos de um novo tempo, enquanto aqueles fixados no velho modelo, agarrados a critérios que se dissolvem, assistem, atônitos, ao surgimento de novos concei- tos na terapêutica, como os remédios adaptogênicos, os moduladores metabólicos, os suplementos nutricionais inteligentes, os recursos da medicina biológica, da medicina biofísica, o avanço da Nutrologia e da terapia biomolecular, ambas denunciando os danos produzidos pela ali- mentação industrializada e outros fatores, como causas associadas das enfermidades, sobretudo das doenças degenerativas. Já estava mesmo mais que na hora desse silencioso brado de liberdade em relação ao jugo dos interesses da indústria farmacêutica (que cada vez mais tende a se limitar ao seu papel de criar medicamentos adequados e inteligentes) em sua atividade de bastidores em termos de controlar e direcionar o modus operandi médico e de todos os profissionais de saúde. Curas Médicas Extraordinárias 29 Nesse contexto, contudo, a limitar o avanço do novo modelo, ainda persiste o corporativismo médico, as instituições ditas de “controle de classe” e as associações similares que, embora sabendo com seus dias contados, não passam de débeis e anacrônicos focos de resistência dos lobbies do velho modelo. Os membros desses focos tentam – com algum desespero – frear o avanço do novo paradigma, porém sua im- potência fica exposta quando percebem a inutilidade de suas ações, ou ainda, quando se percebem âncoras ou freios ao inexorável avanço da Ciência, a reproduzir a postura refratária de todos aqueles que se opu- seram às inovações e novas teorias ao longo da história da medicina, ideias estas, muitas das quais são hoje verdades imutáveis da Ciência. Quando, pela primeira vez na História da medicina, William Har- vey descreveu corretamente os detalhes do sistema circulatório hu- mano, conforme adotado até hoje, foi violentamente combatido pelos seus colegas médicos e professores. Harvey (Folkestone, 1578; Londres, 1657) era membro do Real Colégio de Médicos. Suas descobertas provocaram fortíssimas polêmicas tanto na Inglaterra quanto na França. O anatomista francês Jean Riolan chegou a afirmar que a teoria era “impossível e prejudicial à vida humana”. Na época, era ensinado que o sangue circulava apenas nas veias e que as artérias conduziam ar, ao se inspirar (artéria – do grego Era, ar e Terein, conservar, guardar). Harvey e seus adeptos foram chamados de “circulatores”, num trocadilho latino jocoso que equivalia a “charlatães”. Apesar das pressões e acusações, execrado pela sociedade médi- ca da época, o princípio da circulação sanguínea descrito por Harvey foi confirmado enquanto o mesmo ainda vivia. Deprimido devido à falta de reconhecimento dos colegas, demitiu-se em 1646 de todos os cargos públicos, para viver no campo. Mesmo assim, publicou Estudos da Ge- ração Animal (1651), que contém a famosa conclusão de que todo ser vivo provém de um ovo. Harvey foi também ridicularizado por afirmar que também seres humanos provêm de ovos, tal qual uma ave. A omne vivum ex ovo, de Harvey, foi confirmada dois séculos mais tarde por K. E. von Baer, em 1827. Inicio esta introdução citando o caso de William Harvey, de modo a induzir o leitor a uma reflexão sobre a refratariedade obtusa e rea- cionária que historicamente sempre existiu no seio da medicina em Coordenador: Marcio Bontempo30 relação ao novo, ou àquilo que se antepõe ao que se considera uma “verdade” científica, ou a um sistema ou modelo de prática médica aceita como praxe. O fato ligado a William Harvey faz-me lembrar do infeliz comen- tário de um dos professores de Louis Pasteur, que afirmou: “esse rapaz não vai muito longe com suas teorias”. E como esses dois sofridos per- sonagens da história da medicina, superabundam casos similares de injustiças cometidas contra inovadores nessa área, como Avicena, Pa- racelso, André Vesálio, Hahnemann, Semmelweis e tantos outros que contribuíram para o avanço da arte médica. No Brasil, para não nos limitarmos apenas a nomes estrangeiros, temos a triste história de Carlos Chagas, que enfrentou forte oposi- ção às suas ideias, pois na época havia um grupo contrário às suas teorias dentro da própria Academia Brasileira de Ciências. Esse grupo, apesar das comprovações, simplesmente refutava, por uma questão de “posições”, a existência da tripanossomíase (mais tarde chamada de Doença de Chagas, em homenagem póstuma ao seu descobridor, tido hoje como herói nacional). Devido a essa atitude dos acadêmicos, Carlos Chagas perdeu o PrêmioNobel para Charles Richet em 1913, por falta de apoio, deixando, assim, o Brasil de possuir tão importante laurel, até os dias atuais. Infelizmente, o médico mineiro só foi reconhe- cido após sua morte, por infarto, aos 55 anos. Diante do exposto, surgem algumas perguntas: não estariam os conservadores da medicina atual, com sua inabalável fé na experimenta- ção, na epistemologia cartesiana, na metodologia científica e na farma- cologia medicamentosa exclusiva, adotando uma posição tão radical e obtusa quanto a Jean Riolan contra Harvey, ou ao professor de Pasteur, ou aos acadêmicos que se opuseram à nomeação de Carlos Chagas para o Prêmio Nobel, simplesmente por vaidade? O que concluir quan- do conservadores refratários se posicionam contra as novas práticas terapêuticas, as mesmas que, apesar deles, surgem aos borbotões nos dias atuais? E, guardadas as proporções, mesmo com o avanço científi- co moderno, ainda persistiria o atavismo grotesco da oposição cega e a combatividade às novas teorias – simplesmente por defesa de opiniões e posições – fundamentados numa epistemologia científica duvidosa? Ora, o que caracteriza a capacidade de avanço da ciência é exa- tamente a velocidade em que velhas teorias são substituídas por novas. Curas Médicas Extraordinárias 31 Já ouvi diversos colegas conservadores que disseram “não acreditar” na medicina ortomolecular, ou “não acreditar” nos efeitos da Ozoniote- rapia, etc. Nesses momentos sempre pensei: a medicina é uma profissão de fé ou de ciência? Você “acredita”, ou sabe? Apenas para ilustrar, quan- to à Ozonioterapia, ela é hoje considerada como Terapia Experimental pelo Conselho Federal de Medicina, além de ser coberta pela Decla- ração de Madrid sobre a Ozonioterapia (ver em https://docplayer.com. br/21032762-Declaracao-de-madrid-sobre-Ozonioterapia.html). Os casos clínicos aqui apresentados servem perfeitamente para mostrar como os novos conceitos terapêuticos podem ser aplicados, obedecendo a uma intelligentsia intrínseca que, não estando exatamente ainda expressa claramente na literatura médica, pode ser “captada” subjetivamente do universo quântico por aqueles ditosos profissionais de mente aberta e de percepção livre. Coordenador: Marcio Bontempo32 2 O que define a legitimidade de um tratamento é a Consciência, a Experiência e a Percepção “A medicina é uma profissão essencialmente dinâmica e, por essa característica, exige constantes atualizações de enfoque e normatizações” Paulo Eduardo Behrens – Ex-Membro Conselheiro do Conselho Federal de Medicina A prescrição de recursos diferentes dos medicamentos e drogas não é uma atividade antiética. Conforme Dr. José de Felippe Jr., “Na arte de curar, deixar de aprender é omitir socorro, e retardar trata- mentos. Esperar maiores evidências científicas para aplicar é ser cien- tista e não médico”. Atualmente o profissional de saúde, principalmente o médico, não pode ser forçado a limitar seus recursos terapêuticos a drogas e remédios convencionais. Há centenas de situações clínicas que exigem muito mais do profissional do que a prescrição de medicamentos sin- tomáticos. Temos, por exemplo, síndromes de carência mineral que determinam quadros que só podem desaparecer completamente com reposição do elemento em falta. Num caso assim, o uso de drogas pa- liativas só piora o quadro, enganando tanto o médico quanto o paciente. Apenas como exemplo esclarecedor, uma carência de zinco pode de- terminar quadros clínicos complexos com cefaleia, insônia, redução da libido, depressão, nervosismo, dores articulares, hipertrofia da próstata e muitos outros sinais e sintomas. Se não for pesquisada e conhecida essa carência de zinco como fator determinante do quadro, ao paciente geralmente serão prescritos “remédios” somente sintomáticos, como antidepressivos, analgésicos, eventualmente soníferos, eventualmente hormônios, anti-inflamatórios, redutores prostáticos, etc. Essa gama de medicamentos, no entanto, não atingirá a causa do problema, além de prejudicar ainda mais o quadro clínico, produzir interações medicamentosas, expor o paciente a dependências farma- cológicas, gerando altas despesas e, assim, produzindo uma situação tão ruim na vida do doente que os sintomas pioram ainda mais. Uma simples reposição adequada de zinco pode eliminar de uma só vez os problemas, barateando o custo do tratamento e permitindo conforto Curas Médicas Extraordinárias 33 e bem-estar. Então, um bom clínico saberá avaliar o quadro e conside- rar os fatores causadores da deficiência, ensinando o paciente a evitá- -los, tais como o estresse, o alcoolismo, a má-absorção de nutrientes, o tratamento de doenças inflamatórias intestinais, síndromes diarreicas, sudorese excessiva, alimentação inadequada, etc. E este é tão somente um exemplo, dentro de uma vastíssima gama de possibilidades clínicas hoje expostas pela Nutrologia, que antes recebiam apenas tratamento medicamentoso, notoriamente impotente. Portanto, os horizontes da terapêutica se expandiram e, mesmo sem que o corporativismo médico tenha acompanhado essa evolução, existe uma imensa e entusiasmada legião de médicos estudando, aplicando e se motivando com os resultados práticos dessa nova abordagem. Mas o corporativismo associado aos órgãos de classe, regionais e o federal, teima em lutar inexoravelmente contra esse natural avanço, tal como uma pedra presa na correnteza do rio, afirmando que a aplicação de muitos dos atuais recursos – inclusive vários aqui apresentados – são an- tiéticos e “não reconhecidos pela comunidade científica”. Nessa postura, há que se considerar que esses órgãos desrespeitam profundamente os íntegros profissionais de saúde que trabalham com consciência no seu dia a dia, pois os nivelam às faixas obscuras do charlatanismo. Obviamente é um fato lamentável, porquanto aqueles que mais buscam realizar amplamente a Nobre Arte são classificados tal qual adolescentes inconsequentes, tra- vessos e mal-intencionados, que não sabem o que fazem. Foi essa postura – hoje anacrônica e obtusa – que, no passado, condenou peremptoriamente médicos e cientistas, cujas descobertas são aceitas e aplicadas até hoje, como William Harvey (circulação san- guínea), Pasteur (teoria antimicrobiana), Semmelweis, Avicena, Vesalius e muitos outros, inclusive, como já apontamos, o nosso próprio Dr. Carlos Chagas, que perdeu o que seria nosso primeiro Prêmio Nobel, porque a Academia de Ciências do Brasil não o apoiou por “não acredi- tar” na existência do micróbio tripanosoma, causador da hoje chamada Doença de Chagas, em homenagem ao digno professor. Mais um grave e incômodo reconhecimento tardio. Mas é interessante inferir, no entanto, para a surpresa desses ór- gãos, que os médicos que aplicam novos métodos terapêuticos não Coordenador: Marcio Bontempo34 convencionais, não infringem regra alguma. Ao contrário. Vão além da- queles que seguem o modelo terapêutico medicamentoso-cirúrgico, pois assim o fazem com base na ética e nos ditames do próprio Código de Ética Médica. Vejamos como. O II Princípio Fundamental constante no Código de Ética Médica, preconiza: “O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor de sua capacidade profissional.” Essa preocupação é ratificada pelo item V do Capítulo I, dedicado aos Princípios Fundamentais: “O médico deve aprimorar continuamente seus conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício do paciente.” Impor ao médico um procedimento terapêutico determinado e li- mitado é uma infração ao item VIII do mesmo capítulo do Código de Ética: “O médico não pode, em nenhuma circunstância, ou sob nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar a eficácia e a correção de seu trabalho.” Do mesmo modo, deveríamos nos preocupar, isto sim, com con- dutas apenas aparentemente médicas, fruto muitasvezes do desco- nhecimento, da falta de informação ou da acomodação do profissional, que o induz ao uso vicioso de medicamentos, como se eles pudessem tudo resolver. O aumento da incidência das doenças degenerativas e crônicas na humanidade – fato denunciado constantemente pela Or- ganização Mundial de Saúde – é uma prova do contrário: Com o uso apenas de medicamentos supressivos, que inibem as respostas do or- ganismo a estímulos ambientais, estamos permitindo que os processos mórbidos agudos se intensifiquem e se incrustem no organismo dos seres humanos, como prova a epigenética. Há um preço pago pela bio- massa humana pelo uso de medicamentos que apenas eliminam sinais e sintomas, que é a redução da sua capacidade biológica e uma menor adaptação ao meio ambiente. Curas Médicas Extraordinárias 35 Diz-se que atualmente o ser humano vive mais; isso é verdadeiro, porém incompleto: vivemos mais apenas quantitativamente e não qua- litativamente, ou, em outras palavras, podemos “arrastar” mais tempo um organismo com câncer, úlceras pépticas, infecções, etc., do que no passado. O próprio fato de que novos antibióticos, de espectro cada vez mais amplo devem ser criados, acaba com a esperança iniciada nos pri- mórdios da teoria microbiana de que “eliminaríamos” os germes pato- gênicos do nosso cenário biológico. Ao contrário, as infecções hospita- lares continuam a ser um tipo de “fantasma da ópera” para hospitais de todo o mundo e a maior parte das infecções continuam a existir. Só no Brasil, continua a morrer um cidadão a cada 35 minutos de tuberculo- se, apesar dos antibióticos potentes. Sabendo-se então que a humanidade hoje está mais doente e ex- posta e que o uso de medicamentos contribui para isso, ou seja, para um tipo de degeneração biológica racial, é dever do médico denunciar esses aspectos e, por continuidade, lutar contra os mesmos, em obe- diência até mesmo ao item XIII do Código de Ética Médica que sanciona: “O médico comunicará às autoridades competentes quaisquer for- mas de deterioração do ecossistema, prejudiciais à saúde e à vida.” Portanto, prescrever adequadamente, com consciência e conhe- cimento, além de aconselhar hábitos e costumes mais naturais, traba- lhando pelo restabelecimento da saúde do doente como um todo e não apenas combatendo sintomas é o procedimento correto, atendendo, assim, ao item II, do Capítulo II, do Código de Ética Médica, que aponta que o médico deve: “Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as práti- cas cientificamente reconhecidas e respeitada a legislação vigente.” Ainda sobre esse tópico, é necessário esclarecer o que significa “práticas cientificamente reconhecidas e respeitada a legislação vigente”. Os suplementos nutricionais disponíveis no mercado, para po- derem ser comercializados, recebem registro do Ministério da Saúde, através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Se não é Coordenador: Marcio Bontempo36 nenhuma contravenção a oferta dos mesmos à população, comprá-los e consumi-los, porque seria coibido ao médico prescrevê-los? E quem melhor senão médicos e profissionais de saúde para fazê-lo? Portanto, infere-se que, se são produtos cujo uso é legalizado, a sua utilização, indicação e prescrição são práticas reconhecidas oficialmente. Portan- to, ao prescrevermos suplementos e até mesmo fitoterápicos, bem como muitos outros procedimentos terapêuticos não convencionais, não se fere o artigo 124 do Código de Ética Médica, que diz ser proi- bido ao médico: “Usar experimentalmente qualquer tipo de terapêutica, ainda não liberada para uso no país, sem a devida autorização dos órgãos competentes e sem consentimento do paciente ou de seu responsável legal, devidamente informado da situação e das possíveis consequências”. Sabendo que a legislação atual sobre o registro, comércio e prescrição de vitaminas, nutrientes, suplementos, minerais, enzimas, fitoterápicos, etc., é indefinida, ou seja, está ainda em fase de aperfei- çoamento e em constantes mudanças, com dezenas de portarias e re- soluções – inclusive umas substituindo outras –, conclui-se que não se infringe norma alguma ao prescrevê-los. Por isso, também se respeita, sem forçar a interpretação da lei, o artigo 113 do mesmo código que proíbe ao médico: “Divulgar, fora do meio científico, processo de tratamento ou descoberta cujo valor ainda não esteja expressamente reconhecido por órgão competente”. Nesse caso, ao prescrever os produtos em questão não estaría- mos “divulgando-os”, como se procura caracterizar a ação. E ratifican- do, se um órgão do governo faz exigências para registrar um produto assim e se a empresa cumpre essas exigências e consegue o seu intento, esse produto é “expressamente reconhecido por órgão competente”. O artigo 15, § 3º, aponta que o paciente, ou seu responsável legal, dever ser “devidamente informado da situação e das possíveis consequências” da terapêutica. Nesse aspecto, parece ser a preocupa- ção de todo profissional gabaritado explicar ao paciente as razões da prescrição de suplementos e produtos não convencionais; no entanto, Curas Médicas Extraordinárias 37 esse trabalho não é difícil, pois sentimos que os pacientes denotam sim- patia pelos métodos não convencionais, pois, como já vimos anterior- mente, ele não oferece os mesmos perigos que a terapêutica comum. Infelizmente, esse dispositivo é dificilmente respeitado pelos médicos acostumados à limitação da terapêutica medicamentosa quando não explicam – e muitas vezes desconhecem – todos os prováveis efeitos colaterais ou adversos dos medicamentos comuns. E se atualmente é cada vez mais comum que clientes solicitem prescrições de suplementos, fitoterápicos e outros recursos da medi- cina biomolecular; se esses produtos estão legalizados e disponíveis no comércio, não atender a essas solicitações é – aí sim – infringir o artigo 31 do Código de Ética Médica: “Desrespeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas…” Alguns dos mais utilizados métodos terapêuticos da Medicina Biológica: Aminoacidoterapia Auto-hemoterapia médica (terapia com fluido autógeno) Enzimoterapia sistêmica Fitoterapia Fototerapia Hidroterapia do cólon Hipertermia Homeopatia Homotoxicologia Imunoterapia Laserterapia de baixa frequência Lisadoterapia (terapia celular) Mineraloterapia Nosodioterapia Peróxido de Hidrogênio endovenoso Plasma Rico em Plaquetas – PRP Plasma Rico em Fibrina – PRF Oligoterapia Oligoterapia biocatalítica Coordenador: Marcio Bontempo38 Oncotermia (EHY) Organoterapia (opoterapia) Oxigenoterapia Oxigenoterapia biocatalítica de Jacquier Ozonioterapia Quelação Soroterapia antioxidante Terapia biorressonante Terapia citoplasmática de Theurer Terapia com Regeneresen Terapia com Resistocell Terapia de indução iônica de Moros Terapia hematógena de oxidação (fotobioluminescência) Terapia de reposição hormonal bioidêntica Terapia humoral Terapia neural de Huneke Terapia biomolecular (antes ortomolecular) Terapia polarizante Terapia mesenquimal de Voll Termoterapia Trofoterapia nutrológica 2.1 Nutrologia, Medicina Biomolecular e Práticas Integrati- vas de Saúde É importante esclarecer que as terapias aqui apresentadas, configuram métodos que já fazem parte ou estão cada vez mais adentrando o mundo médico, caracterizando aquilo que denominamos tecnicamente como ATO MÉDICO. Não que o médico esteja buscando açambarcar todos os métodos terapêuticos realizando a criticável “reserva de mercado”. Muito diferente disso, é a responsabilidade com a aplicação de técnicas que exigem perícia, destreza e experiência médica, que exigem a intervenção e ação do médico, de modo a assim garantir a boa prática, a ética e a proteção dos pacientes, uma vez que elas exigem conhecimento de âmbito médico, como anamnese, anatomia, fisiologia, patologia, histologia, clínica médica, propedêutica, clínica cirúrgica, biologia molecular, nutrição voltada para a patologiaCuras Médicas Extraordinárias 39 e a saúde (Nutrologia médica) e a visão biomolecular do metabolismo geral e neuroendócrino. O caso da Ozonioterapia se enquadra perfei- tamente neste comentário. Elas não devem ser confundidas com as denominadas Práticas Interativas de Saúde (PICS). Embora a Homeopatia faça parte das PICS, assim como algumas técnicas aqui apontadas e utilizadas, ela participa da lista de recursos aqui apresentados. Porém, as PICS têm mais um caráter de “medicina tradicional”, razão pela qual a Medicina Tradicio- nal Chinesa (MTC, como a acupuntura, a herbologia, etc.), a medicina aiurvédica, a medicina indígena e outras, bem como seus recursos, es- tão dentro desse universo e podem ser praticadas tanto por médicos quanto por outros profissionais de saúde, segundo as determinações das Portarias 971 e 853 do Ministério da Saúde. Importa afirmar, contudo, que as técnicas aqui apresentadas não fazem parte exatamente do Universo das PICS, mas podem estar nele e, por isso, nos casos adiante apresentados, figuram eventualmente técnicas que fazem parte das PICS, como a Homeopatia, por exemplo. Em outras palavras, as técnicas terapêuticas aqui mostradas podem ou não fazer parte das PICS, mas as PICS, como um todo, não fazem parte delas. Também é importante afirmar que quando aqui mencionamos o termo Ato Médico, o fazemos com caráter meramente didático e infor- mativo, pois não se pretende com isso excluir os demais profissionais de saúde. Entendemos que cada um deve atuar segundo sua formação, capacidade, responsabilidade e área específica, praticando ou não as PICS ou, eventualmente até algumas técnicas aqui aplicadas do seg- mento da Terapia Biomolecular. Particularmente, pela nossa formação e especialização também em Saúde Coletiva, temos uma natural tendência a valorizar o trabalho da equipe multidisciplinar, principalmente no campo da saúde pública, da Atenção Básica, etc., principalmente por estar este segmento muito cen- trado no médico. E assim que, com base nessa visão, surge o conceito harmonizador da Medicina Integrativa, que congrega médicos e todos os profissionais de saúde idôneos e responsáveis, dentro de um só universo. Inclua-se que até a prescrição de fármacos, desde que inteligen- temente definidos, podem fazer parte de uma estratégia terapêutica Coordenador: Marcio Bontempo40 associada, para o tratamento de doenças crônicas e não somente em doenças agudas, urgências ou emergências, nos quais os medicamentos alopáticos são quase que imbatíveis, graças à sua utilidade imediata em minorar sofrimentos e salvar vidas. “A medicina integrativa deve ser utilizada em conjunto com a me- dicina convencional ou quando não se obtém desta os resultados esperados. O médico não pode simplesmente dizer que não há mais nada a fazer, sem antes tentar todas as armas disponíveis no planeta de modo ético, científico, firme, sensato rigoroso e princi- palmente humano” Dr. José de Felippe Junior Para finalizar, é necessário lembrar sempre que, qualquer que seja o método, o sistema ou a abordagem terapêutica, a correção alimentar deve ser sempre o eixo central, a coluna vertebral do tratamento. A alimentação é um poderoso modulador epigenético. Ela pode transfor- mar nosso DNA, para melhor ou pior. E como sabemos, a alimentação industrializada é responsável por cerca de 86% das enfermidades de- generativas e crônicas (Associação Médica Americana). Portanto, a die- ta passa ser hors concours para quase todos os tratamentos modernos, para qualquer tipo de terapia. 2.2 Casos clínicos de médicos e médicas do Brasil, aplican- do a visão sistêmica e integrativa Considerações A seguir são apresentados tratamentos com vários recursos e itens associados, bem como diferentes tipos e métodos de diagnóstico. Obviamente muitos são conhecidos e muitos desconhecidos, até mes- mo por parte dos colaboradores desta obra, dada a grande diversidade de novos meios e técnicas que surgem a cada dia no novo mundo da terapêutica integrativa e da Medicina Biomolecular. Curas Médicas Extraordinárias 41 Desse modo, e para oferecer um trabalho conciso e prático, evita- mos detalhar cada um dos suplementos, métodos, insumos, sistemas diag- nósticos, etc., pois essa medida exigiria um imenso tratado, fugindo dos objetivos deste livro, que é tão somente apresentar a experiência de alguns profissionais que enveredaram por esses novos e desafiadores caminhos. Por isso também, quanto a exames laboratoriais e aqueles com imagens, deixamos a cargo de cada colaborador o critério de apresentá- -los. Por essa razão, o leitor poderá constatar que não são todos os co- laboradores a apresentar os exames mencionados ao longo dos relatos. Porém, caso o leitor tiver interesse ou desconhecer determinado recurso aqui mencionado, pode tanto pesquisar sobre o mesmo quanto fazer contato conosco, pois estamos todos à disposição para elucidar ou explicar o que se colocar como necessário, ou elucidativo. Para informações específicas ou complementares em relação aos casos aqui apresentados, para comentários e para orientação de como ter acesso aos recursos e para aquisição de itens prescritos, material e equipamentos, fazer contato com o autor (coordenador), pelo e-mail: rmbontempo@gmail.com, ou pelo SAC no site da Editora J. H. Mizuno. Do mesmo modo, para quaisquer informações relativas aos trata- mentos, procedimentos e recursos aplicados pelos colaboradores, está franqueado o acesso a qualquer um deles para comentários e demais questões pertinentes e, para isso, cada um apresenta aqui, de bom gra- do, os seus contatos com esse objetivo, perfazendo o desiderato deste trabalho, que é a troca de informações e elucidações, sempre com o espírito científico e fraterno. Coordenador: Marcio Bontempo42 Curas Médicas Extraordinárias 43 Apresentação de casos do autor-coordenador Coordenador: Marcio Bontempo44 Curas Médicas Extraordinárias 45 Marcio Bontempo Médico Sanitarista. CRMRJ 52. 37259-6 e CRMDF 15.458. Especialista em Saúde Pública. Universidade São Camilo/USP-SP. Pós-Graduado em Nutrologia. Practitioner de Homeopatia. Practitioner de Acupuntura e Medicina Tradicional Chinesa. Doutor Honoris Causa Internacional em Naturopatia. Presidente da Federação Brasileira de Medicina Tradicional. Escritor. Cadeira 28 da Academia de Letras do Brasil. Brasília-DF. 1 Introdução É imensa e indescritível a honra de poder coordenar um trabalho como este, apresentando alguns profissionais e suas experiências, mesmo que de apenas alguns casos. Na verdade, estes profissionais representam todos os demais, hoje milhares e milhares, que praticam a medicina integrativa e biomolecular, principalmente no Brasil, onde, por tradição, temos a primazia de nascermos com a uma peculiar capacidade de síntese e de uma visão sistêmica da vida, de tal modo que impressiona os cientistas de outros países, conforme já tivemos oportunidade de constatar por diversas vezes. Desse modo, os casos aqui apontados bem ilustram essa capaci- dade, no terreno da medicina e da saúde. Como coordenador do grupo, preferi abrir espaço para os cola- boradores, apresentando apenas um caso completo por mim tratado, conforme o padrão de apresentação proposto, e comentar en passant algumas situações terapêuticas de interesse, obviamente inseridas no contexto dos nossos propósitos. Além disso, inclui um comentário re- lativo a um caso próprio, uma patologia que acometeu-me inesperada- mente e que foi tratada nos moldes terapêuticos aqui expostos. MARCIO BONTEMPO46 Comentários de Casos inusitados da minha Carreira médiCa Ainda recém-formado, há cerca de quase 40 anos, não dispúnhamos da imensa quantidade de recursos, suplementos, aparelhos, métodos e possibilidades terapêuticas como temos hoje. Contávamos tão somente com a Macrobiótica, a Homeopatia, a Acupuntura, um pouco da medicina antroposófica, a fitoterapia (muito mais sob a forma de extratos e chás do que cápsulas e outras formas)
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