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participação e controle social a serviço da gestão módulo ii DIREITO AO ACESSO À INFORMAÇÃO Neste segundo módulo do curso, trataremos do direito ao acesso à informação. Iniciamos, com isso, mais uma etapa desta capacitação! Nela, você terá a oportunidade de revisar os principais marcos legais relacionados ao tema do acesso à informação pública, em especial, a Lei de Acesso à Informação – Lei nº 12.527/11, reconhecida popularmente como LAI. É importante que você saiba que, ao longo deste módulo, aprofundaremos a discussão acerca da transparência ativa e passiva (ou por demanda) e dos procedimentos para realizar o pedido de acesso à informação. Caro/a cursista, Apresentação Por isso, ao final, esperamos que você consiga: destacar os principais marcos legais aplicáveis à transparência e ao acesso à informação no Brasil; descrever as especificidades da Lei de Acesso à Informação em relação à transparência ativa; e entender os procedimentos para pedido de informação em conformidade com os ritos da transparência por demanda. Vamos começar? Apresentação Olá! Sou o Roni, novo servidor da Ouvidoria. Recebi a indicação de procurar pela Isabela, Ouvidora desta Prefeitura. Olá, Roni! Sou a Isabela, Ouvidora da Prefeitura Municipal. Muito prazer! O prazer é meu, Isabela! Apresentação Realmente, Roni, você fez um ótimo estudo! Mas, ainda há muito a aprender. Gostaria de começar apresentando a Lei de Acesso à Informação, que dá sustentação e materialidade para muitas ações da Ouvidoria. Você conhece algo dessa Lei? Bem, eu já conheço muitos aspectos, como você pode ver aqui nas minhas anotações. Fiz um estudo antes de chegar aqui. Veja o que estudei no módulo I. Então, você está preparado para entender como funciona a Ouvidoria? Primeiro, preciso saber qual o seu conhecimento acerca de participação social, interesse público e Ouvidoria. Apresentação Não profundamente! Sei, no entanto, que ela diz respeito ao direito de todo/a cidadão/ã a obter informações de origem pública, para, a partir delas, se posicionar com pedidos de esclarecimento, críticas, denúncias, sugestões ou reclamações. Então, já vi que você estudou os fundamentos constitucionais da participação social, que traz sustentação para o acesso à informação pública. Vamos analisar isso de forma mais sistemática? Veja: Apresentação tema 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 colocou o direito de acesso a informações públicas no rol daqueles fundamentais ao indivíduo. Entre os direitos fundamentais, é assegurado a todos o acesso à informação e o de receber, dos órgãos públicos, informações de seu interesse particular. Assim, qualquer pessoa pode ter acesso à informação, porque todos são iguais sem distinção de qualquer natureza. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização importantes organismos da comunidade internacional Além de estar previsto expressamente na Constituição Federal brasileira, o direito de acesso a informações públicas também é reconhecido por , como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA). Nações Unidas 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização saiba mais! Os organismos internacionais são compostos por Estados e se constituem como associações de sujeitos de Direito Internacional, de natureza intergovernamental ou não governamental. Eles materializam ações de cooperação internacional em diversas temáticas, como a obtenção ou manutenção de paz, o desenvolvimento econômico e social, a segurança alimentar etc. O fato de elas reconhecerem o direito de acesso à informação o legitima e o fortalece na comunidade internacional, favorecendo o seu estabelecimento e a sua regulação nos países-membros. 1948 1966 2000 2003 2011 O direito de acesso a informações públicas ainda está previsto em documentos internacionais. Veja os documentos por ano abaixo. Declaração Universal dos Direitos Humanos 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1948 1966 2000 2003 2011 Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1948 1966 2000 2003 2011 Declaração Interamericana de Princípios de Liberdade de Expressão 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1948 1966 2000 2003 2011 Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1948 1966 2000 2003 2011 OGP Parceria internacional para Governo Aberto (Open Government Partnership - ) 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização saiba mais! A OGP é uma iniciativa internacional que pretende difundir e incentivar globalmente práticas governamentais relacionadas à transparência dos governos, ao acesso à informação pública e à participação social. A OGP foi lançada em 20 de setembro de 2011, quando os oito países fundadores (África do Sul, Brasil, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia, México, Noruega e Reino Unido) assinaram a Declaração de Governo Aberto e apresentaram seus planos de ação. Atualmente, mais de 70 países integram a parceria internacional. O Brasil tem um arcabouço de leis, decretos, portarias, resoluções e instruções normativas que historicamente vêm tratando das questões relacionadas ao direito de acesso à informação pública, da transparência pública e das Ouvidorias Públicas nas últimas décadas. Veja esses normativos por ano. 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Constituicao Federal Art. 5º, inciso XXXIII Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral. Art. 5º, inciso XIV É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte. Art. 37., § 3º Será garantido por meio de leis as formas de participação do usuário na administração pública 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Lei Complementar n° 101 Art. 48. A transparência será assegurada mediante liberação ao pleno conhecimento e acompanhamento da sociedade, em tempo real, de informações pormenorizadas [...] em meios eletrônicos de acesso público. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Lei nº 12.527 Art. 7º Compreende os direitos de obter orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso à informação contida em registros ou documentos, produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada, primária, íntegra, autêntica e atualizada, sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços, pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos e outras. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Decreto nº 7.724 Art. 7º É dever dos órgãos e entidades promover, independente de requerimento, a divulgação em seus sítios na Internet de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Lei nº 13.460 Art. 5º O usuário de serviço público tem direito à adequada prestação dos serviços. Decreto nº 9.094 Art. 11 Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal que prestam atendimento aos usuários dos serviços públicos,direta ou indiretamente, deverão elaborar e divulgar Carta de Serviços ao Usuário. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Lei nº 13.709 Art. 7º No compartilhamento de dados, visando resguardar a exposição pessoal, a administração pública poderá tratá-los, quando necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres. Lei nº 13.726 Art. 1º Racionaliza atos e procedimentos administrativos mediante a supressão ou a simplificação de formalidades ou exigências desnecessárias ou superpostas, cujo custo econômico ou social, tanto para o erário como para o cidadão, seja superior ao eventual risco de fraude. Decreto nº 9.492 Art. 5º São objetivos do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal coordenar e articular as atividades de Ouvidoria, propor e coordenar ações com vistas a desenvolver o controle social dos usuários sobre a prestação de serviços públicos e facilitar o acesso do usuário de serviços públicos aos instrumentos de participação na gestão e na defesa de seus direitos; zelar pela interlocução efetiva entre o usuário de serviços públicos e os órgãos; e acompanhar a implementação da Carta de Serviços ao Usuário. Portaria Interministerial CGU nº 176 Art. 3º Fica vedada a exigência aos usuários de serviços públicos de apresentação dos documentos os quais consideram-se disponíveis para consulta direta pela administração pública federal. Instrução Normativa Conjunta CGU nº 1 Art. 22 Os riscos e controles internos devem ser geridos de forma integrada, objetivando o estabelecimento de um ambiente de controle e gestão de riscos que respeite os valores, interesses e expectativas da organização e dos agentes que a compõem e, também, o de todas as partes interessadas, tendo o cidadão e a sociedade como principais vetores. Instrução Normativa CGU nº 5 Art. 7º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos que determinaram a apresentação de manifestações perante a Ouvidoria. Instrução Normativa CGU nº 6 Art. 1º Fica instituído o Programa de Formação Continuada em Ouvidoria - PROFOCO, com vistas a criar capacidades relacionadas à defesa dos usuários de serviços públicos e acesso à informação junto aos agentes que atuam em atividades de Ouvidoria. Instrução Normativa CGU nº 16 Art. 1º O PROFOCO oferece ainda cursos de Pós-Graduação que serão regidos por instrumento próprio. Instrução Normativa CGU nº 17 Art. 1º Os órgãos do Poder Executivo Federal poderão celebrar, nos casos de infração disciplinar de menor potencial ofensivo, Termo de Ajustamento de Conduta – TAC. Instrução Normativa CGU nº 18 Art. 2º As unidades do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal possuem competência exclusiva para o recebimento e tratamento das manifestações de usuários de serviço público. Instrução Normativa CGU nº 19 Art. 1º As autoridades máximas dos órgãos e entidades deverão adotar medidas que promovam o recebimento de manifestações pelos canais oferecidos pelas unidades de Ouvidoria e desestimulem o recebimento de manifestações diretamente pelas áreas envolvidas nos processos apuratórios ou pelas áreas gestoras dos serviços ou políticas objeto das manifestações. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Decreto nº 9.723 Art. 2º Para fins de acesso a informações e serviços, de exercício de obrigações e direitos e de obtenção de benefícios perante os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal, o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF é suficiente. Decreto nº 10.153 Art. 5º As unidades do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal garantirão ao denunciante a possibilidade de formular a denúncia por qualquer meio existente, inclusive oralmente; ter acesso livre e gratuito aos meios e aos canais oficiais de recebimento de denúncia, vedada a cobrança de taxas ou de emolumentos; e conhecer os trâmites para fazer uma denúncia. Decreto nº 9.727 Art. 1º Estabelece os critérios, o perfil profissional e os procedimentos gerais a serem observados para a ocupação dos cargos em comissão. Instrução Normativa CGU nº 7 Art. 1º O e-Ouv tem por objetivo viabilizar o recebimento, o registro da análise e a resposta às manifestações dos usuários de serviços públicos. Instrução Normativa CGU nº 11 Art. 12 Sistema Nacional Informatizado de Ouvidorias - e-Ouv, componente da Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação - Fala.BR, bem como outras soluções informatizadas porventura disponibilizadas nacionalmente pela Ouvidoria-Geral da União e pelos parceiros institucionais da Rede Nacional de Ouvidorias. Instrução Normativa CGU nº 12 Art. 1º As unidades setoriais do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal (SISOUV) não incluirão informações extraídas do Sistema Informatizado Nacional de Ouvidoria (e-Ouv) nos Planos de Dados Abertos. Resolução CGU nº 03 Art. 1º Aprovar a Norma Modelo sobre Medidas Gerais de Salvaguarda à Identidade de Denunciantes e o Mecanismo Permanente de Mensuração de Salvaguardas à Identidade dos Denunciantes (MPM-SID). Portaria Ministério da Economia nº 13.400 Art. 2º Os órgãos e as entidades da administração pública federal direta, autárquica e fundacional deverão utilizar mecanismos de transparência ativa para disponibilizar, de forma organizada e em formato aberto, os perfis profissionais e o currículo dos ocupantes de cargos em comissão. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização 1988 2000 2011 2012 2017 2018 2019 2020 Decreto nº 10.228 Art. 11 A nomeação, a designação, a exoneração ou a dispensa dos titulares das unidades setoriais do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal será submetida, pelo dirigente máximo do órgão ou da entidade, à aprovação da Controladoria-Geral da União. Portaria Secretaria Executiva/Ministério da Cidadania nº 48 Art. 3º Inciso XIV O Serviço de Informação ao Cidadão é o ponto de contato entre a sociedade e o serviço público, sendo responsável por atender e orientar os cidadãos sobre pedidos de informação; informar sobre a tramitação de documentos e requerimentos de acesso à informação; e receber e registrar os pedidos de acesso e devolver as respostas aos solicitantes. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização Você sabia que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) – Lei Complementar nº 101/2000 já previa a exigência de transparência para a gestão dos gastos governamentais? Veja essas medidas de transparência: saiba mais! 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização saiba mais! A regulamentação do artigo 5º da Constituição Federal, sobre o direito de qualquer pessoa receber dos órgãos públicos informações, teve início com a publicação da LRF e, depois, com a publicação da Lei Complementar nº 131/09 (BRASIL, 2009). A LRF instituiu os instrumentos de transparência da gestão fiscal – planos, orçamentos, leis de diretrizes orçamentárias, prestações de contas e parecer prévio, Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal –, determinando que seja dada ampla divulgação dessas informações à sociedade. ! importante! Ao estudar o acesso à informação pública, regulamentada especificamente pela Lei Federal nº 12.527 e pelo Decreto nº 7.724, é preciso destacar o avanço das regulamentações, por meio de que se dá a ampliação da transparência na administração pública brasileira em nível federal, estadual, municipal e distrital. Nesses documentos, fica sacramentado que o direito à informação está associado ao direito que toda pessoa tem de pedir e receber informações guardadas pelos órgãos e pelas entidades públicas. 1 Acesso à InformaçãoPública no Brasil: contextualização e operacionalização O acesso às informações públicas é um requisito ao combate à corrupção, ao aperfeiçoamento da gestão pública, ao exercício do controle social e à efetivação da participação social. O acesso à informação é considerado um instrumento que possibilita à sociedade esclarecer dúvidas acerca do funcionamento das políticas, dos programas e das ações da Administração Pública. Ele também possibilita uma participação ativa da sociedade nas ações governamentais. 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização As normativas que vimos até aqui dão suporte aos governos para promover a divulgação de informações à sociedade, a transparência e o papel das Ouvidorias Públicas. Preste bastante atenção a esse conjunto de normativos! Ele será necessário a todas as suas ações na Ouvidoria. É importante tê-lo sempre disponível e esquematizado para o seu dia a dia! Acompanhe também as suas atualizações nos portais web governamentais! 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização O acesso às informações públicas, como dito, se dá sobretudo por meio eletrônico, nas páginas da internet dos órgãos e das entidades. Ele pode ser realizado em repositórios que congregam, organizam e potencializam o domínio público. Veja algumas das plataformas de acesso à informação e de transparência no vídeo a seguir: Lembre-se: para assistir ao vídeo, você deve estar logado no portal EaD do Ministério da Cidadania. vídeo 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização http://www.mds.gov.br/ead/ava/file.php/641/videos/modulo-2/ouvidoria_cidada_modulo_02_animacao_01_HB_v01.mp4 Claro, Roni! Vamos falar disso, então! Muito interessante entender mais sobre o acesso à informação. Você poderia me falar mais especificamente sobre a Lei de Acesso à Informação? 1 Acesso à Informação Pública no Brasil: contextualização e operacionalização tema 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) L AI 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) Roni, a Lei n° 12.527, popularmente conhecida como LAI (Lei de Acesso à Informação), foi promulgada em 18 de novembro de 2011. Foi essa Lei que mais trouxe conceitos e mecanismos para assegurar o direito ao acesso à informação previsto constitucionalmente. Então, Isabela, o que temos sobre a Lei de Acesso à Informação? 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) Com a aprovação da LAI, nota-se uma mudança do paradigma de transparência pública, com o estabelecimento de que o acesso é a regra, e o sigilo, a exceção. Isso reforça a relevância da contribuição de todos – governo, administração pública, cidadãos, etc. – para a implementação de uma cultura de transparência da informação. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) A LAI, para fomentar a cultura de transparência, estabelece informações de interesse coletivo ou geral que devem ser divulgadas, independentemente de solicitações, em local de fácil acesso, sendo obrigatória a disponibilização em sítios oficiais na internet, a exemplo do que vimos no vídeo anterior. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) A execução da LAI deve observar as seguintes diretrizes, que incluem princípios da Administração Pública: publicidade como princípio geral; sigilo como exceção; divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações; utilização de meios de comunicação com o uso de tecnologias digitais da informação e da comunicação; estímulo ao desenvolvimento de uma cultura de transparência na Administração Pública; e desenvolvimento do controle social da Administração Pública. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) ? curiosidade Em diversos países, as leis de acesso à informação, apesar das diferenças culturais, apresentam princípios semelhantes para orientar e disciplinar esse tipo de política: máxima divulgação; obrigação de publicar; promoção de um governo aberto; limitação das exceções; procedimentos que facilitem o acesso; e moderação dos custos. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) A LAI abrange todos os órgãos e entidades dos governos federal, estaduais, municipais e distrital, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, a Administração Pública Direta e Indireta, além de entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos públicos para a realização de ações de interesse público. Por isso, o legislador fez constar no artigo 5º da LAI que é dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em linguagem de fácil compreensão. Conheça o Mapa da Lei de Acesso à Informação. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) Mapa da Lei de Acesso à Informação (Lei nº 12.527/11) arts. 1º e 2º Aplicabilidade arts. 3º e 6º Diretrizes art. 4º Conceitos art .7º Dir eit os ar t.5 º D ev er d o Es ta do Transparência Ativa arts. 8º e 9º arts. 10 ao 14 Transparência Passiva arts. 15 ao 20 Recursos ar ts . 2 1 a o 31 Re st riç õe s a o ac es so art s. 3 2 e 34 Re spo nsa bil ida des dos ag ent es pú bli cos Artigos Conceitos 1º e 2º Quem se submete à Lei 3º e 6º Princípios e procedimentos para aplicação da Lei 4º Conceitos aplicáveis 5º Garantias de acesso 7º Acesso à informação pública 8º e 9º Divulgação de informações independentemente de requerimento 10 ao 14 Regras, procedimentos, prazos e custos 15 ao 20 Instâncias, prazos, pedidos de desclassificação 21 ao 31 Sigilo, classificação, tratamento de informações pessoais 32 e 34 Condutas ilícitas, sanções 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) A LAI tem conceitos próprios para informação, documento, informação sigilosa, informação pessoal, tratamento da informação, disponibilidade, autenticidade, integridade e primariedade. Veja o esquema abaixo para compreender melhor essas terminologias. L AI 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) Veja abaixo os principais conceitos presentes na LAI Dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte ou formato. Informação Unidade de registro de informações, qualquer que seja o suporte ou formato. Documento Aquela relacionada à pessoa natural identificada ou identificável. Informação Pessoal Aquela submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade e do Estado. Informação Sigilosa Conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão, distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da informação. Tratamento da Informação Qualidade da informação que pode ser conhecida e utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados. Disponibilidade Qualidade da informação que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou sistema. Autenticidade Qualidade da informação não modificada, inclusive quanto à sua origem, trânsito e destino. Integridade Qualidade da informação coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações. Primariedade 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) Por exemplo, a Ouvidoria-Geral do TJDFT, em 2017, conceituou o acesso à informação da seguinte maneira: Veja o flipchart abaixo 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) referência https://www.tjdft.jus.br/ouvidoria/sic/cartil ha-acesso-a-informacao.pdf TJDF, 2017. ADAPTADA DE TJDF (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS). Acesso à Informação: Direito do Cidadão. Dever do Estado. Ouvidoria Geral. 2017. Disponível em: . Acesso em: 27 jan. 2020. https://www.tjdft.jus.br/ouvidoria/sic/cartilha-acesso-a-informacao.pdf https://www.tjdft.jus.br/ouvidoria/sic/cartilha-acesso-a-informacao.pdfproduzida ou acumulada por órgãos e entidades públicas; produzida ou mantida por pessoa física ou privada, em razão de vínculo com órgãos e entidades públicas; relativa às atividades de órgãos e entidades, inclusive à sua política, à organização e aos serviços; pertinente ao patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação e contratos administrativos; e correlata a políticas públicas, inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) vídeo Você sabia que as ações de transparência pública favorecem o controle social? Isso se dá por um processo comunicacional. Veja o vídeo sobre esse processo. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) http://www.mds.gov.br/ead/ava/file.php/641/videos/modulo-2/ouvidoria_cidada_modulo_02_animacao_02_HB_v02.mp4 Veja que o direito de acesso à informação impõe aos governos ações de transparência ativa e transparência passiva (ou por demanda). Vamos compreender esses conceitos? 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) tema 3 Transparência Pública Ativa 3 Transparência Pública Ativa referência https://www.tjdft.jus.br/ouvidoria/sic/cartil ha-acesso-a-informacao.pdf TJDF, 2017. ADAPTADA DE TJDF (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL E TERRITÓRIOS). Acesso à Informação: Direito do Cidadão. Dever do Estado. Ouvidoria Geral. 2017. Disponível em: . Acesso em: 27 jan. 2020. https://www.tjdft.jus.br/ouvidoria/sic/cartilha-acesso-a-informacao.pdf https://www.tjdft.jus.br/ouvidoria/sic/cartilha-acesso-a-informacao.pdf A transparência ativa consiste no processo de divulgação, pelo governo, de informações relativas às ações públicas, de interesse público, para a sociedade, independentemente de solicitação. A LAI prevê que a Administração Pública deve fazer essa divulgação em seus sítios na Internet. 3 Transparência Pública Ativa A regulamentação da LAI determina que deverão ser divulgadas, nos portais de transparência do Governo Federal, informações acerca de: Veja o flipchart abaixo saiba mais! 3 Transparência Pública Ativa saiba mais! http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20 11-2014/2012/Decreto/D7724.htm. Essa é uma categorização das informações que devem ser divulgadas nos portais de transparência do Governo Federal. O art. 7º da regulamentação da LAI disciplina e especifica esse serviço. Acesse para saber mais http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7724.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/Decreto/D7724.htm organização do órgão ou da entidade, meios de acesso e horários de atendimento, inclusive contatos de autoridades; ações realizadas, inclusive com indicadores de impacto; fontes de financiamento; execução orçamentária e financeira detalhada; obras, licitações e compras; remunerações de servidores, ativos e inativos, inclusive benefícios; e respostas a perguntas mais frequentes. 2 A Lei de Acesso à Informação (LAI) Conheça os artigos da LAI que fazem referência expressa a iniciativas de transparência ativa. L AI 3 Transparência Pública Ativa Lei de acesso à informação Art. 3°. Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes: [...] II - divulgação de informações de interesse público, independentemente de solicitações. [...] Art. 8°. É dever dos órgãos e entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas (BRASIL, 2011). Fonte: LAI. Lei n° 12527/2011 3 Transparência Pública Ativa Além de estabelecer que a transparência ativa é dever dos órgãos e entidades públicas, o art. 8º delimita um rol de informações mínimas que deverão ser objeto de iniciativas de transparência pública I registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público; II registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; III registros das despesas; IV informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; V dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos e entidades; e VI respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. 3 Transparência Pública Ativa ? você sabia? Ministério da Cidadania Os órgãos ainda devem dar transparência ativa sobre as informações classificadas como reservadas, secretas e ultrassecretas, a exemplo do que faz o . 3 Transparência Pública Ativa saiba mais! O Ministério da Cidadania apresenta a seção no seu site denominada “informações classificadas” que visa cientificar a sociedade das informações, sob guarda nesse Ministério, classificadas como reservadas, secretas e ultrassecretas, de acordo com os artigos 25 a 30 do Decreto nº 7.724, de 16/05/2012, que regulamentou a LAI. ! atenção! É importante esclarecer que os portais de transparência na internet, criados para dar divulgação às informações definidas na LAI como objeto de transparência ativa, deverão atender aos requisitos estabelecidos no § 3º do artigo 8º da LAI. ? você sabia? A LAI prevê que municípios com população de até 10.000 habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória do conjunto mínimo de informações previsto no §1º do art. 8º dessa Lei. 3 Transparência Pública Ativa tema 4 Transparência Pública Passiva 4 Transparência Pública Passiva A transparência Passiva, também conhecida por transparência por demanda, acontece quando um órgão ou ente é demandado pela sociedade a prestar informações que sejam de interesse geral ou coletivo, desde que não sejam resguardadas por sigilo. 4 Transparência Pública Passiva E qual a base legal da transparência pública passiva? A obrigatoriedade de prestar as informações solicitadas está prevista, especificamente, no Art. 10 da LAI. Veja: Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1° desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. saiba mais! 4 Transparência Pública Passiva saiba mais! Apesar da exigência legal de que no pedido deve constar a identificação do/a demandante, a CGU facultou ao/à cidadão/ã a opção de se manter anônimo/a, por entender que a identificação, feita quando do preenchimento do cadastro, supre a exigência legal. Ao optar pelo anonimato, a CGU atribui um código numérico exclusivo ao/à solicitante e é esse código que aparecerá para o/a órgão/entidade para o/a qual o pedido será encaminhado. Onde é possível fazer um pedido de acesso a informações? No Governo Federal, o principal canal para pedidos de acesso à informação é o Fala.BR – Plataforma Integrada de Ouvidoria e Acesso à Informação. Além disso, a LAI também previu o estabelecimento de um espaço físico próprio para a instalação de um Serviço de Informações ao Cidadão (SIC). 4 Transparência Pública Passiva ! atenção! O Serviço de Informação ao Cidadão (SIC) é responsável pela recepção e tratamento de pedidos de acesso à informação. Você pode solicitar acesso às informações de domínio do órgão e que se configurem como informações públicas, por exemplo: dados de convênios, licitações, ações e programas do Ministério da Cidadania. 3 Transparência Pública Ativa geral A LAI define que os Serviços de Informação ao Cidadão (SIC) devem contar com uma estrutura física que apresente condições para orientar e atender pessoalmente ao público, informar acerca da tramitação de documentos e protocolizarrequerimentos de acesso a informações e documentos em . 4 Transparência Pública Passiva saiba mais! Compete a cada estado e município, em legislação própria, obedecidas as normas gerais estabelecidas na LAI, definir regras específicas quanto à criação e funcionamento do Serviço de Informação ao Cidadão (SIC). Ressalta-se que nos casos em que já exista uma lei local sobre acesso à informação, é possível estabelecer em outra norma infralegal os procedimentos necessários à implantação do SIC físico e eletrônico. Exemplos: Decreto estadual do Estado de São Paulo, nº 58.052, de 16 de maio de 2012 cria o Serviço de Informações ao Cidadão – SIC; Lei do Distrito Federal, nº 4.990, de 12 de dezembro de 2012, regula o acesso à informação e o SIC; e Lei Municipal do Recife, nº 17.866/2013, disciplina o acesso às informações públicas e regulamenta as restrições às informações sigilosas no âmbito do poder executivo municipal. ! atenção! A promoção da acessibilidade, tanto física quanto de conteúdo, das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida no SIC é prioritária. Além disso, a LAI orienta que o SIC deve ser localizado no piso térreo, conforme regulamentação no Decreto nº 7.724/2012. 4 Transparência Pública Passiva meio eletrônico No Governo Federal, a solicitação de acesso à informação pode ser realizada por qualquer pessoa, natural ou jurídica. O pedido deverá ser apresentado em formulário padrão, disponibilizado em e físico, no sítio na internet e no SIC dos órgãos e entidades. Além disso, é facultado aos órgãos e entidades o recebimento de pedidos de acesso à informação por qualquer outro meio legítimo, como contato telefônico, correspondência eletrônica ou física. Quem pode solicitar informação aos órgãos públicos? 4 Transparência Pública Passiva ! atenção! O canal principal para pedido de acesso à informação é o E-SIC. Os órgãos ou entidades federais, estaduais, municipais e distritais possuem uma página específica para atender às obrigações de transparência passiva prevista na LAI. O link está localizado na página principal e deve ser identificado com o nome: “Acesso à Informação”. Veja o seguinte vídeo com exemplos de acesso à informação: Como é possível pedir as informações desejadas? vídeo 4 Transparência Pública Passiva http://www.mds.gov.br/ead/ava/file.php/641/videos/modulo-2/ouvidoria_cidada_modulo_02_animacao_03_HB_v01.mp4 A solicitação de acesso à informação deverá conter os seguintes aspectos: I - nome do requerente; II - número de documento de identificação válido; III - especificação, de forma clara e precisa, da informação requerida; e IV - endereço físico ou eletrônico do requerente, para recebimento de comunicações sobre a informação requerida. O que deve conter na solicitação de acesso à informação? 4 Transparência Pública Passiva A LAI estabelece os seguintes direitos e prerrogativas ao solicitante de informações à Administração Pública: Pedido Art. 10 Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a informações aos órgãos e às entidades referidos no art. 1º desta Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da informação requerida. Cobrança de taxas Art. 12 O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados. Acessibilidade Art. 6º Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as normas e os procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a: I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e sua divulgação; II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade, autenticidade e integridade; e III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso. Motivação Art. 10. § 3º São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de informações de interesse público. Negativa de acesso Art. 14 É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por certidão ou cópia. : informações pessoais e informações sigilosas Restrição do acesso Art. 31 O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. Que tipo de informação eu posso solicitar? 4 Transparência Pública Passiva ! atenção! O acesso é a regra. O sigilo, a exceção. (LAI, 2011) ! importante! Não serão atendidos pedidos de acesso à informação: I - genéricos: os pedidos genéricos são aqueles que não descrevem de forma delimitada quantidade, período temporal, localização, sujeito, recorte temático, formato, etc. Assim, impossibilitando a identificação e a compreensão do objeto da solicitação. II - desproporcionais: são aqueles pedidos que, para o seu atendimento, haverá comprometimento das atividades rotineiras da unidade, acarretando prejuízo injustificado aos direitos de outros/outras solicitantes. III - desarrazoados: são aqueles pedidos que vão de encontro ao espírito da própria Lei, e, em última instância, do interesse público, não constituindo manifestações legítimas do direito de acesso à informação. Exemplificando, pedidos que solicitem a planta de um presídio ou do Banco Central são desarrazoados, pois ultrapassam os limites do que poderia ser considerado como aceitável num contexto social. IV - que exijam produção, tratamento, análises, interpretação, ou consolidação de dados e informações que extrapolem as competências do órgão ou da entidade. 4 Transparência Pública Passiva vídeo Observe que, no Governo Federal, o procedimento de acesso à informação depende do requerimento. Em condições normais, quando recebido o pedido, estando a informação disponível, o acesso deverá ser imediato. Veja o vídeo a seguir sobre a transparência passiva 4 Transparência Pública Passiva http://www.mds.gov.br/ead/ava/file.php/641/videos/modulo-2/ouvidoria_cidada_modulo_02_animacao_04_HB_v01.mp4 ! importante! Caso a informação esteja disponível ao público em formato impresso, eletrônico ou em outro meio de acesso universal, o órgão ou entidade deverá orientar o/a requerente quanto ao local e modo para consultar, obter ou reproduzir a informação. Quando o fornecimento da informação implicar reprodução de documentos, o órgão ou entidade, em caráter facultativo, observado o prazo de resposta ao pedido, no caso do Governo Federal, disponibilizará ao/à requerente uma Guia de Recolhimento da União - GRU ou documento equivalente, para pagamento dos custos dos serviços e dos materiais utilizados. 4 Transparência Pública Passiva Caso não seja possível o acesso imediato, o órgão ou a entidade deverá, no prazo de até 20 dias: Veja o flipchart abaixo E se a informação não estiver disponível? 4 Transparência Pública Passiva I - enviar a informação ao endereço físico ou eletrônico informado; II - comunicar data, local e modo para realizar consulta à informação, efetuar reprodução ou obter certidão relativa à informação; III - comunicar que não possui a informação ou que não tem conhecimento de sua existência; IV - indicar, caso tenha conhecimento, o órgão ou entidade responsável pela informação ou que a detenha; ou 4 Transparência Pública Passiva V - indicar as razões da negativa, total ou parcial, do acesso. O prazo para resposta do pedido poderá ser prorrogado por dez dias, mediante justificativa encaminhada ao requerente, antes do término do prazo inicial de 20 dias. 4 Transparência Pública Passiva Caso o pedidode acesso à informação seja negado, será enviada ao requerente, no prazo de resposta, comunicação com: I - razões da negativa de acesso e seu fundamento legal; II - possibilidade e prazo de recurso, com indicação da autoridade que o apreciará; e III - possibilidade de apresentação de pedido de desclassificação da informação, quando for o caso, com indicação da autoridade classificadora que o apreciará. O que acontece se o pedido for negado? 4 Transparência Pública Passiva L AI A LAI regulamentou a classificação de informações quanto ao grau e aos prazos de sigilo. Assim, são passíveis de classificação de sigilo as informações consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado. Veja abaixo o que diz o artigo 23: Como funciona a classificação das informações? 4 Transparência Pública Passiva Lei de acesso à informação I - pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; II - prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País; III - prejudicar ou pôr em risco informações fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; IV - pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; V - oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; VI - prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; VII - prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; VIII - pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares; ou IX - comprometer atividades de inteligência, de investigação ou de fiscalização em andamento, relacionadas com prevenção ou repressão de infrações. Fonte: Lei n° 12527/2011 4 Transparência Pública Passiva Para a classificação da informação em grau de sigilo, deverá ser observado o interesse público da informação e utilizado o critério menos restritivo possível. A informação em poder dos órgãos e das entidades, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da sociedade ou do Estado, poderá ser classificada no grau ultrassecreto, secreto ou reservado, pelos seguintes prazos máximos: I - grau ultrassecreto: 25 anos; II - grau secreto: 15 anos; e III - grau reservado: cinco anos. Como as informações são classificadas? 4 Transparência Pública Passiva Sim! A LAI prevê providências relativas a instâncias recursais. Caso o órgão negue o acesso ou o/a cidadão/ã ache que a informação não tenha sido propriamente fornecida, ele/ela poderá recorrer ao superior imediato do/da respondente. Mantida a negativa, é admitido o recurso à autoridade máxima do órgão ou da entidade. O/A cidadão/ã pode recorrer caso o seu pedido seja negado? 4 Transparência Pública Passiva Além dessas instâncias internas ao órgão, no caso do Poder Executivo Federal, há, ainda, a previsão de duas instâncias externas: Controladoria-Geral da União CGU; e Comissão Mista de Reavaliação de Informações – CMRI. clicando aqui O fluxograma e os prazos de recursos no âmbito do Governo Federal podem ser conhecidos . 4 Transparência Pública Passiva 4 Transparência Pública Passiva https://www.gov.br/acessoainformacao/pt-br/central-de-conteudo/infograficos/arquivos/recursos-passo-a-passo/recursos-passo-a-passo dica de leitura https://repositorio.cgu.gov.br/handle/1/299 57 Quer saber mais sobre o acesso à informação e a LAI? Leia o manual da CGU que trata da Aplicação da Lei de Acesso à Informação na Administração Pública Federal. 4ª Edição Revista, Atualizada e Ampliada (2018). Disponível em < >. 4 Transparência Pública Passiva https://repositorio.cgu.gov.br/handle/1/29957 https://repositorio.cgu.gov.br/handle/1/29957 Até mais! Roni, chegamos ao fim deste primeiro momento sobre o acesso à informação. Faremos um intervalo para que você assimile o que aprendemos até aqui. Retornamos em seguida para falar da Ouvidoria como instrumento de gestão na administração pública. Até breve! 4 Transparência Pública Passiva Momento da revisão! Vamos nos lembrar do que vimos neste módulo? O que foi mais relevante para o seu aprendizado? Em síntese, o arcabouço de leis, decretos, portarias, resoluções e instruções normativas acerca do direito ao acesso à informação pública é vasto. Porém, o principal texto normativo é a Lei de Acesso à Informação (LAI). Durante o curso, vimos os conceitos transparência ativa e passiva, que consistem, respectivamente, na disponibilização de informações em sites e portais ou a pedido do/da cidadão/ã. Vimos a aplicação de ações, por parte dos governos federal, estadual, municipal e distrital, para promover a transparência, a exemplos dos portais de transparência e do Serviço de Informações ao Cidadão – SIC. Em sentido amplo, a contribuição da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e da Lei de Acesso à Informação (LAI) para o tema da transparência ativa e passiva está relacionada com a regulamentação do acesso à informação por qualquer pessoa da sociedade por meio dos portais de transparência e do e-Sic. Por fim, caso o pedido de informação seja negado, as instâncias recursais estão disponíveis nos órgãos, por intermédio da chefia e autoridade máxima, além de duas instâncias externas: Controladoria-Geral da União – CGU e Comissão Mista de Reavaliação de Informações – CMRI. Resumo parabéns! você concluiu o módulo ii. Veja a seguir as referências deste módulo. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/c onstituicao.htm https://www.gov.br/cgu/pt-br https://www.gov.br/agricultura/pt-br/acesso-a-infor macao/servico-informacao-cidadao-sic/publicacoes/ 4o-edicao-do-manual-de-aplicacao-da-lei-de-aceso- a-informacao-na-administracao-publica-federal-da- controladoria-geral-da-uniao-2013-cgu/view https://repositorio.cgu.gov.br/handle/1/29957 https://www.gov.br/ouvidorias/pt-br/central-de-con teudos/biblioteca/arquivos/ManualdeOuvidoriaPubli ca2019_web.pdf/view http://www.ipea.gov.br/participacao/images/pdfs/og u-atendimento-cidadao.pdf http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/ 2012/Decreto/D7724.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/lcp/lcp101. htm https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/ 2011/lei/l12527.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/ 2018/lei/L13709.htm https://www.tjdft.jus.br/ouvidoria/sic/cartilha-acesso -a-informacao.pdf BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: < >. Acesso em: 27 jan. 2020. BRASIL. Controladoria-Geral da União. Acesso à Informação Pública: Uma introdução à Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011. Disponível em: Brasília, acesso em 27 de jan. 2020. BRASIL. Controladoria-Geral da União. Aplicação da Lei de Acesso à Informação na administração pública Federal. 4ª Edição Revista, Atualizada e Ampliada (2019). Disponível em: < >. Acesso em: 16 dez. 2020. BRASIL. Controladoria-Geral da União. Manual da Lei de Acesso à Informação para Estados e Municípios (2013). Disponível em: < >. Brasília. Acesso em: 27 jan. 2020. BRASIL. Controladoria-Geral da União. Manual de Ouvidoria Pública (2019). Disponível em: < > Acesso em: 16 dez. 2020. BRASIL. Controladoria-Geral da União. Orientações para o atendimento ao cidadão nas Ouvidorias Públicas: rumo ao sistema participativo. Coleção OGU. Brasília. 2013. Disponível em: < > Acesso em: 20 jun. 2020. BRASIL. Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012. Disponível em: < >. Acesso em: 27 jan. 2020. BRASIL. Lei Complementar n° 101, de 04 de maio de 2000. Presidência da República. Casa Civil. Disponível em: < >. Acesso em: 27 jan. 2020. BRASIL. Lei nº 12.527. Promulgada em 18 de novembro de 2011. Disponível em: .Acesso em: 27 jan. 2020. BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Disponível em: . Acesso em: 27 jan. 2020. Costa, A. J. B.; Leite, D. B. A.; Campos, E. S. Portais de transparência fiscal: uma crítica aos municípios com população entre 50 e 100 mil habitantes. Revista da fae, v. 17, p. 42-61, 2014. Costa, A. J. B.; Silva, H. F. F.; Micheletto, M.; Goncalves, L. A.; Nascimento, L. L. Controle social: oficina temática como metodologia pedagógica para formação de auditor social. Participação, v. 26, p. 27-38, 2014. Nascimento, A. P. S.; Costa, A. J. B. Educação fiscal: competências e habilidades de um auditor social. 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