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DIREITOS HUMANOS

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SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO, CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA (REGIME INTERNACIONAL DE 
PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS). ........................................................................... 3 
2. DIREITOS FUNDAMENTAIS E A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA ....................... 17 
3.CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS FUNDAMENTAIS
 25 
4. POSIÇÃO HIERÁRQUICA DOS TRATADOS INTERNACIONAIS DE DIREITOS 
HUMANOS E O ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. .............................................. 32 
5. NACIONALIDADE E AS REGRAS DO DIREITO BRASILEIRO .................................... 37 
6. SISTEMA DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NO BRASIL .......................... 43 
7. POLÍTICA NACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS ..................................................... 46 
8. SISTEMA DE MONITORAMENTO MULTILATERAL DE VIOLAÇÃO DOS DIREITOS 
HUMANOS .......................................................................................................................... 49 
9. DOCUMENTOS DO SISTEMA DE PROMOÇÃO INTERNACIONAL DOS DIREITOS 
HUMANOS .......................................................................................................................... 50 
 
 
 Professor: Edmundo Garcia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
Caros colegas, o presente material é uma abordagem objetiva e dirigida para seus estudos 
em concursos públicos relacionado à disciplina dos Direitos Humanos. 
Sinto-me honrado e grato ao convite para juntos construirmos conhecimento que permitirá a 
resolução de diversas questões em futuras provas da matéria. 
Estudar Direitos Humanos é aprofundar-se em uma temática inerente a todos nós. E acima 
de tudo conhecermos todo conteúdo histórico desse direito tão antigo e contemporâneo ao 
mesmo tempo. 
A proposta é estabelecer um viés do conhecimento doutrinário aliado com normas que 
positivam o conteúdo posto e as decisões jurisprudências sobre os temas. 
As resoluções de questões também fará parte do nosso material como forma de abordagem 
empírica do conteúdo visto. 
Gratidão, pela troca! Bons estudos! 
 
1. INTRODUÇÃO, CONCEITO, EVOLUÇÃO HISTÓRICA (REGIME INTERNACIONAL 
DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS). 
 
1.1 Introdução 
 
Direito Internacional Público (DIP) dentre os ramos do Direito é aquele cuja destinação é 
construir um arcabouço jurídico com a finalidade de orientar as nações e organizações em 
âmbito internacional. Estabelecendo uma ordem (normas) comuns que regulem 
comportamentos que, por vezes, extrapolem esfera da soberania estatal. 
São sujeitos com os quais o Direito Internacional Público deve lidar: os Estados Nacionais 
juntamente com as Organizações Internacionais, como participantes efetivos das relações 
jurídicas externas. 
Conforme o art. 38 do Estatuto da Corte Internacional de Justiça (CIJ), de 1920, são fontes 
do Direito Internacional: as convenções internacionais, os costumes internacionais, decisões 
judiciárias e doutrinas dos publicitas, jurisprudência e os princípios gerais do Direito. A 
doutrina e a jurisprudência são meios auxiliares, não constituindo fontes em sentido técnico. 
Estas fontes funcionam como canais de elaboração de leis de âmbito internacional, sendo que 
uns são mais utilizados, outros mais antigos. A saber, como exemplo, a matéria internacional 
utilizava, principalmente antes da Segunda Guerra Mundial, dos costumes internacionais, da 
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prática não escrita, mas seguida por tradições e gestos aceitos aquela época. Na 
contemporaneidade, predominam os tratados, acordos internacionais que criam obrigações 
entre os Estados Partes. 
1.2 Conceito dos Direitos Humanos 
 
A priori é necessário conceituar expressões distintas que estão conexas ao mesmo direito. 
São elas: Direitos do homem, direitos humanos (em sentido estrito – stricto sensu) e os 
direitos fundamentais. 
 
a) Direitos do Homem: aqueles direitos em que há uma conexão direta natural, aqui 
podendo citar direito à vida e o da liberdade. 
b) Direitos Humanos: a expressão representa que direitos naturais foram positivados em 
tratados, acordos e convenções internacionais. 
c) Direitos Fundamentais: expressão de ordem interna, uma vez que significa que 
tratados internacionais de direitos humanos foram devidamente incorporados ao 
ordenamento jurídico de um determinado Estado. 
 
Para Alexandre de Moraes (2011), os direitos humanos fundamentais constituem "o conjunto 
institucionalizado de direitos e de garantias do ser humano, que tem por finalidade básica o 
respeito a sua dignidade, por meio de sua proteção contra o arbítrio do poder estatal, e o 
estabelecimento de condições mínimas de vida e de desenvolvimento da personalidade 
humana". 
Neste mesmosentido, SILVA (2003) afirma em sua obra “estudos em homenagem ao Ministro 
Marco Aurélio Mendes de Farias Mello” que: "A previsão dos direitos humanos fundamentais 
direciona-se basicamente para a proteção à dignidade humana em seu sentido mais amplo, 
de valor espiritual e moral inerente à pessoa, que se manifesta singularmente na 
autodeterminação consciente e responsável da própria vida e que traz consigo a pretensão 
• PLANO INTERNACIONAL
DIREITOS 
HUMANOS 
• PLANO INTERNO
DIREITOS 
FUNDAMENTAIS
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ao respeito por parte das demais pessoas, constituindo-se um mínimo invulnerável que todo 
estatuto jurídico deve assegurar, de modo que, somente excepcionalmente, possam ser feitas 
limitações ao exercício dos direitos fundamentais, mas sempre sem menosprezar a 
necessária estima que merecem todas as pessoas enquanto seres humanos." 
 
1.2.1 Terminologia e Teoria Geral 
 
Teoria geral dos Direitos Humanos: compreende os elementos fundamentais para o estudo 
desse direito. Considerando que toda pessoa, sem qualquer discriminação, deve ter a sua 
dignidade respeitada e a sua integridade protegida. 
Toda pessoa, sem exceção, deve ter garantidos seus direitos individuais ou civis (como o 
direito à vida, segurança, justiça, liberdade, igualdade e propriedade), políticos (como o direito 
de votar e ser votado), sociais (como o direito à educação, trabalho, saúde e bem-estar), 
culturais (como o direito à cultural e ao lazer) e ambientais (como o direito a um meio ambiente 
equilibrado). 
 
Terminologia: A nomenclatura DIREITOS HUMANOS é costumeiramente utilizada no campo 
internacional, enquanto DIREITOS FUNDAMENTAIS refere-se expressão utilizada no texto 
da Constituição Federal. Ambas as terminologias, em regra, pronunciam algo em comum: um 
conjunto de direitos políticos, civis, sociais, econômicos e culturais garantidos pelo Estado a 
todos os seres humanos. 
A fundamentação dos Direitos Humanos teve como marco histórico a aprovação da 
Declaração Universal dos Direitos do Homem, aprovada em 10 de dezembro de 1848 pela 
Assembleia-Geral das Nações Unidas. 
Construção jusnaturalista, tem-se que os direitos humanos, antes de serem positivados nas 
Declarações de Direitos e nas Constituições, constituíam verdadeiros direitos morais, 
intrinsecamente relacionados com a própria existência humana. 
Os direitos assegurados e positivados são consequência das reivindicações e das lutas pela 
afirmação dos mesmos. 
A fundamentação ética dos direitos humanos fundamentais consiste na consideração destes 
direitos como direitos morais, resultado de uma dupla vertente: ética e jurídica. Tem-se como 
ponto de partida que a fundamentação dos mesmos não pode ser apenas jurídica, mas 
baseada em valores, em uma fundamentação ética ou axiológica. Nesta fundamentação, os 
direitos humanos aparecem como direitos morais como exigências éticas e direitos que os 
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homens tem pelo fato de serem homens, e, portanto, com um direito igual a seu 
reconhecimento, proteção e garantia por parte do poder político e jurídico. 
 TEORIA JUSNATURALISTA DOS DIREITOS HUMANOS 
Aponta os direitos humanos em uma ordem suprema, universal, divina e 
inderrogável. Para essa corrente os direitos humanos não são uma obra humana e sim, 
natural. 
 TEORIA POSITIVISTA OU HISTORICISTA DOS DIREITOS HUMANOS 
Aponta os direitos humanos como uma criação normativa, positivados, uma vez que são 
construídos pela manifestação legítima da soberania do povo. 
 TEORIA MORALISTA OU DE PERELMAN 
Aponta os direitos humanos na própria experiência e consciência moral de um 
determinado povo, que acaba por configurar o denominado espiritus razonables (razão). 
 
Para SILVA (2014) “ A incomparável importância dos direitos humanos fundamentais não 
consegue ser explicada por qualquer das teorias existentes, que se mostram insuficientes. Na 
realidade, as teorias se completam, devendo coexistirem, pois somente a partir da formação 
de uma consciência social (teoria de Perelman), baseada principalmente em valores fixados 
na crença de uma ordem superior, universal e imutável (teoria jusnaturalista) é que o legislador 
ou os tribunais (esses principalmente nos países anglo-saxões) encontram substrato político 
e social para reconhecerem a existência de determinados direitos humanos fundamentais 
como integrantes do ordenamento jurídico (teoria positivista). O caminho inverso também é 
verdadeiro, pois o legislador ou os tribunais necessitam fundamentar o reconhecimento ou a 
própria criação de novos direitos humanos a partir de uma evolução de consciência social, 
baseada em fatores sociais, econômicos, políticos e religiosos”. 
RESUMO
DAS
TEORIAS
JUSNATURALISTA:anteriores à Constituição e 
inerentes à natureza humana.
POSITIVISTA: direitos presentes na 
Constituição (norma posta)
MORALISTA: decorrem da consciência moral.
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QUESTÃOSOBRE O TEMA 
 
01. (CESPE/CEBRASPE PRF 2013) Conforme a teoria positivista, os direitos humanos 
fundamentam-se em uma ordem superior, universal, imutável e inderrogável. 
Errado. A fundamentação dos direitos humanos em uma ordem superior, universal, 
imutável e inderrogável são inerentes a teoria jusnaturalista. O Direito Natural é aquele 
que parte de leis não escritas, imutáveis e até mesmo eternas, como a própria natureza. 
02. (FCC - 2019 - DPE-SP - Defensor Público) Sobre a Teoria Geral dos Direitos Humanos 
aplicada à sua previsão no plano internacional, considere as assertivas abaixo. 
I. O movimento de proteção a grupos vulneráveis no campo do direito internacional dos 
direitos humanos justificou a opção pelo princípio da especialidade para solucionar conflitos 
entre normas de diferentes tratados de direitos humanos, ficando o princípio da primazia da 
norma mais favorável como regente dos conflitos com normas nacionais. II. O princípio da 
interpretação pro homine pode ser exemplificado a partir da jurisprudência da Corte 
Interamericana de Direitos Humanos no sentido da impossibilidade de denúncia do 
reconhecimento de sua jurisdição pelos Estados, diante da ausência de dispositivo expresso 
que permita tal retirada. III. O princípio da primazia da norma mais favorável ao indivíduo se 
revela insuficiente para solucionar conflitos entre direitos humanos de indivíduos distintos, que 
devem coexistir, abrindo espaço para a incidência da análise de proporcionalidade. IV. O 
princípio da proibição do retrocesso tem aplicação vinculada ao campo dos direitos 
econômicos, sociais e culturais, diante das peculiaridades de sua forma de cumprimento, não 
se relacionando aos direitos civis e políticos, os quais se realizam de maneira imediata. 
Está correto o que se afirma APENAS em: 
A) I, II e IV. 
B) I e II. 
C) II, III e IV. 
D) II e III. 
E) III e IV. 
ALTERNATIVA D. O princípio “pro homine” impõe, tanto no confronto entre normas, 
quanto na fixação da extensão interpretativa da norma, a observância da norma mais 
favorável à dignidade da pessoa, objeto dos direitos humanos. Impõe a aplicação da 
norma que amplie o exercício do direito ou que produza maiores garantias ao direito 
humano que tutela. Os tratados de direitos humanos devem ser interpretados tendo 
sempre como paradigma o princípio pro homine, por meio do qual deve o intérprete (e 
o aplicador do direito) optar pela norma que, no caso concreto, mais proteja o ser 
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humano sujeito de direitos. Não pare até que tenha terminado aquilo que começou. - 
Baltasar Gracián.-Tu não pode desistir. 
1.2.2 Evolução histórica e o regime internacional de proteção dos Direitos Humanos 
 
Antiguidade 
 
Uma das características dos direitos humanos é a historicidade. Os valores das sociedades 
mais antigas (4000 a.C. a 476 d.C.), em que pese sejam antagônicos com os hodiernos, já 
expressavam uma ideia de proteção desses direitos. 
Podemos citar dentre documentos do lapso temporal referido traços protetivos dos direitos 
humanos no Código de Hamurabi, ligado ao povo babilônico e a Lei das Doze Tábuas, dos 
romanos. 
a) Código de Hamurabi – origem na Babilônia em 1694 a.C. (século XVII a.C.) constituiu-
se como um conjunto de normas da antiga Mesopotâmia e recebe este nome por que 
foi elaborado pelo Rei Hamurabi (sexto na dinastia babilônica). Refere-se a um 
monumento de estrutura geológica formado por uma única e maciça rocha magmática 
de diorito com escrita cuneiforme. Composto por 282 dispositivos em 3600 linhas, com 
matérias de cunhos processual, penal, contratual, obrigacional e patrimonial, família e 
sucessão. Perdurou por mais de quinze anos e regulavam a vida em sociedade. 
As penas adotadas por este código eram severas para os crimes de lesão corporal e 
homicídios, adotando a lei de talião. Por esta lei a reparação do dano ao individuo seria 
com a provocação de outro dano na pessoa do causador. Aplicavam-se penas de 
morte por meio da forca e até de afogamento. Seus dispositivos não estabeleciam 
distinções entre prescrições civis, religiosas e morais. Era o “Olho por olho, dente 
por dente”. 
 
b) Lei das Doze Tábuas: A Lei das Doze Tábuas também denominada de Lex Duodecim 
Tabularum foi um conjunto de leis antigas elaboradas no período da República 
romana, por pressão dos plebeus. Instituídas em 451 e 450 a.C., as Leis das Doze 
Tábuas foi promulgada escrita em doze tabletes de madeira. Ali estavam escritas as 
leis que determinavam como deveriam ser os julgamentos, as punições para os 
devedores e o poder do pai sobre a família. 
Os tabletes de madeiras foram afixados no fórum romano de forma que o povo tivesse 
acesso à leitura das leis. Afirma-se que com esta conduta surgiria o principio da 
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publicidade das leis. A origem seria para estabelecer a igualdade de direitos entre as 
diversas classes sociais, sendo vedada a beligerância privada. 
Ademais, embora a importância significativa dos documentos supra principalmente em provas 
objetivas para concursos públicos e provas de ordem, as sociedades da antiguidade tanto 
orientais como ocidentais limitavam a ideia de proteção somente à vida, integridade física, 
honra, família e propriedade privada. O que era privilégio de poucos. Podendo citar ainda 
Código de Manu e Lei Mosaica. 
c) Código de Manu – origem no século XIII a.C. Composto por doze livros, protegia 
propriedade privada, a honra pessoal, a vida, a integridade física das pessoas, a 
família. Além disso, punia o adultério e admitia o divórcio. Prescrevia a pena de morte, 
exílio e de confisco. 
d) Lei Mosaica: origem no século XIII a.C. Atribuída a Moisés e reunida nos primeiros 
livros da Bíblia sob o título de Pentateuco, denominados pelos judeus de Torá ou Lei. 
Era composta de um conjunto de regras morais, sociais e religiosas de observação 
obrigatória para o povo de Israel. Fundamentada pelasleis divinas. 
Idade Média 
Predominância da fusão dos pensamentos religiosos com práticas costumeiras 
(consuetudinárias). Uma vez que o Cristianismo estabeleceu a dignidade humana como algo 
individual, racional e livre. O homem como criatura de Deus e o poder deriva deste Deus. 
Considerando que Deus deu a vida ao homem, somente ele poderia tirar, e não o Estado. 
Período de 476 a 1453 e teve como marco inaugural a tomada do Império Romano do 
Ocidente pelos povos bárbaros e como advento do termo a tomada de Constantinopla pelos 
turco-romanos. 
Neste período temos a Alta Idade Média (séculos V ao X) e a Baixa Idade Média (XI ao XV). 
Entretanto no primeiro período citado não temos documento significativos de proteção aos 
direitos humanos, mas já no período da Baixa encontramos nesta sociedade um documento 
muito importante: 
Magna Carta: documento firmado pelo rei inglês João Sem-Terra (1215 – 1225) e idealizada 
para proteger os privilégios dos barões e os direitos dos homens livres. A Magna Carta é 
considerada o documento básico das liberdades inglesas. Contem dispositivos acerca do 
respeito à liberdade de ir e vir, propriedade privada, sucessão hereditária, matrimônio, 
menores, penas pecuniárias, solução de questões jurídicas, serviço militar, entre outros. Foi 
a base do constitucionalismo inglês. Garantia ainda, que nenhum individuo seria detido, preso, 
despojado de seus bens, exilado, senão em virtude de julgamento de seus pares e em 
conformidade com as leis do país. 
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Vale citar outros documentos do período como: limitação das provisões de Oxford (1258); A 
Bula Áurea (1222); As Leis de Leão de Castela (1256); A Carta das Liberdades, em 1253. 
 
Direitos Humanos nas Idades Moderna e Contemporânea 
Aqui, no século XV, muitas e profundas foram as mudanças sociais, econômicas e culturais 
na Europa. 
Dentre elas: expansão do comércio marítimo, reflorescimento das cidades, formação e 
ascensão da burguesia mercantil, ciência de Galileu e Newton. Ainda o Humanismo 
Renascentista (homem como um ser dotado de liberdade e dignidade próprias); o 
racionalismo; concepção teocêntrica do mundo e da vida na Idade Média e posteriormente 
concepção antropocêntrica (o indivíduo com a afirmação de suas liberdades e de seus 
direitos). 
Assim, na Inglaterra do século XVII, aponta-se a presença de três documentos bastante 
expressivos: 
a) Petition of Rights (Petição de Direitos) – documento de 1628 dirigido ao monarca, por 
meio do qual os parlamentares pediram o reconhecimento de diversos direitos e 
liberdades para os súditos. Homens livres deveriam ter seus direitos garantidos, sem 
sofrer abusos por parte do rei. Garantia do devido processo legal. 
b) Habeas Corpus Act (Ato de Habeas Corpus) – documento de 1679 precursor das 
primeiras declarações de direitos. Foi instituído no reinado de Carlos II como uma 
espécie de remédio judicial destinado a evitar ou fazer cessar violência ou coação na 
liberdade de locomoção por ilegalidade ou abuso de poder. 
c) Bill of Rights (Declaração de Direitos) – marca o surgimento de uma monarquia 
constitucional na Inglaterra, em 1689, submetendo à soberania popular. Declarou 
ilegais atos da realeza, que sem permissão do parlamento, retirasse direitos das 
pessoas ou arrecadação de dinheiro. Vedou a imposição de penas cruéis e inusitadas. 
Já no século XVIII tivemos mais três documentos de similar amplitude de proteção: 
d) Declaração dos Direitos do Estado da Virginia > 1776: primeira declaração de direitos 
fundamentais no sentido moderno. Consagrou o princípio da isonomia, tripartição do 
poder, eleições livres para representantes do Executivo e legislativo, devido processo 
legal, juiz natural e imparcial, dentre outros. 
e) Declaração da Independência dos Estados Unidos > 1776: afirmação dos direitos 
inalienáveis do ser humano e atuação do governo conforme interesse dos governados. 
Foi ratificada em 04 de julho de 1776 e representou o ato inaugural da democracia 
moderna. Estabeleceu a separação entre as 13 colônias na América do Norte e o 
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Reino Unido. No bojo dos seus direitos previstos determinou a representação do povo 
com a restrição dos poderes do governo e a inalienabilidade dos direitos humanos. 
f) Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão > 1789: garante os direitos 
referentes à liberdade, propriedade, segurança e resistência à opressão. Destaca os 
princípios da legalidade e da igualdade de todos perante a lei, e da soberania popular. 
Emergiu da Revolução Francesa ocorrida neste mesmo ano. Aqui estamos na Idade 
Contemporânea que iniciou-se com a Revolução Francesa em 1789 e perdura até os 
dias atuais. 
A partir do século XX, a regulação dos direitos econômicos e sociais passou a incorporar as 
Constituições Nacionais. A primeira Carta Magna, a revolucionar a positivação de tais direitos, 
foi a Constituição Mexicana de 1917, que versava, inclusive, sobre a função social da 
propriedade, estabelecendo os primeiros direitos sociais com finalidade de promover a 
igualdade. A Constituição Mexicana representou um marco histórico na afirmação dos direitos 
humanos de segunda geração ou dimensão ao traçar um elenco de direitos trabalhistas e 
previdenciários e lhes imputando a qualidade de direitos fundamentais. 
A Constituição de Weimar de 1919 ou Constituição Alemã, por meio do seu capítulo sobre os 
direitos econômicos e sociais, foi o grande modelo seguido pelas novas Constituições 
Ocidentais. A partir da segunda metade do século XX, iniciou-se a real positivação dos direitos 
humanos, que cresceram em importância e em número, devido, principalmente, aos inúmeros 
acordos internacionais. 
Tendo sido assinada por meio do Tratado de Versalhes, documento que pôs fim a Primeira 
Guerra Mundial (1914-1918), produziu um choque à população da época que por meio deste 
a Alemanha foi obrigada a reconhecer a independência da Áustria.Assim como, a Mexicana 
(que já foi primeiro marco dos direitos de primeira geração) reconheceu esses direitos sociais, 
inclusive estabelecendo em seu primeiro artigo que “todo poder emana do povo”. 
1.2.3 A Segunda Guerra Mundial e os Direitos Humanos 
 
O advento da Segunda Guerra (1939-1945) que teve início com a invasão da Polônia e como 
termo a rendição formal do Japão. Entretanto, a doutrina majoritária afirma que a guerra 
começou muito antes, uma vez que logo após a promulgação da Constituição Alemã foi 
fundado o partido Operário Alemão. 
Dentre os jovens que estavam neste grupo encontrava-se Adolf Hitler. Em 1920, o referido 
partido que já se chamava Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães preparou 
um golpe de Estado, em 1923. Com o fracasso do golpe, Hitler foi preso. 
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Uma vez em liberdade, cerca de oito meses depois dos cinco que deveria ter cumprido, ele 
reorganizou seu partido e criou uma força armada para apoiar suas reinvindicações políticas. 
Conquistando uma carreira política avassaladora e poderes extraordinários, em 1933 a 
Alemanha se retira da Conferência Geral do desarmamento, reunida em Genebra. Uma 
semana depois se retira da Liga das Nações (organização criada pelo Tratado de Versalhes 
com objetivo de estabelecer a paz mundial e evitar um novo conflito como fora a Primeira 
Guerra Mundial). 
Em 1935 um exército com mais de 500 mil homens é criado. Em 1938 as tropas alemãs 
ingressam na Áustria. No ano seguinte, a Alemanha atravessou a fronteira da Polônia e Hitler 
desencadeia a Segunda Guerra Mundial. 
Muito mais sangrenta que a Primeira Guerra que deixou o legado de oito milhões de vidas 
perdidas, a Segunda Guerra deixa a terrível marca de mais de quarenta e cinco milhões de 
mortos. 
A situação sangrenta e aterrorizante das duas guerras serviu para demonstrar ao mundo a 
necessidade imediata de proteção dos direitos humanos na dimensão internacional. Uma 
resposta ao holocausto e todas as barbáries acontecidas no período. 
A grande primeira manifestação do sentimento de mudança e do processo de 
internacionalização dos direitos humanos foi a Declaração Universal dos Direitos Humanos 
de 1948, que foi base para dois outros documentos: Pacto Internacional dos Direitos Civis e 
Políticos e o Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, ambos de 1966. 
A união desses três documentos deu origem a Carta Internacional dos Direitos 
Humanos. 
1.2.4 Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 
 
A Declaração Universal de Direitos Humanos contém um conjunto indissociável e 
interdependente de direitos individuais e coletivos, civis, políticos, econômicos, sociais e 
culturais, sem os quais a dignidade da pessoa humana não se realiza por completo. Esta 
Declaração tornou-se uma fonte de inspiração para a elaboração de cartas constitucionais e 
tratados internacionais voltados à proteção dos direitos humanos e um autêntico paradigma 
ético a partir do qual se pode medir e contestar ou afirmar a legitimidade de regimes e 
governos. Os direitos ali inscritos constituem hoje um dos mais importantes instrumentos de 
nossa civilização visando assegurar um convívio social digno, justo e pacífico. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos não é apenas um conjunto de preceitos morais 
que devem informar a organização da sociedade e a criação do direito. Inscritos em diversos 
tratados internacionais e constituições, os direitos contidos na Declaração Universal 
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estabelecem obrigações jurídicas concretas aos estados nacionais. São normas jurídicas 
claras e precisas, voltadas para a proteção e promoção dos interesses mais fundamentais da 
pessoa humana. São normas que obrigam os Estados nacionais no plano interno e externo. 
Com a criação da Organização das Nações Unidas em 1945 e a adoção de declarações, 
convenções e tratados internacionais para a proteção da pessoa humana, os direitos 
humanos deixaram de ser uma questão exclusiva dos Estados nacionais, passando a ser 
matéria de interesse de toda a comunidade internacional. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, em seu art. 6°, afirma: "Todo homem tem 
direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei". Atualmente não 
se pode discutir a existência desses direitos, já que, além de amplamente consagrados pela 
doutrina, estão presentes também na lei fundamental brasileira: A Constituição Federal. 
A adoção, pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, da Declaração 
Universal de Direitos Humanos, em 1948, constitui o principal marco no desenvolvimento do 
direito internacional dos direitos humanos. 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) possui 30 artigos e apresenta em seu 
bojo direitos que são costumeiramente divididos em categorias: 
 Direitos Humanos de Primeira Geração, também conhecidos como direitos civis e 
políticos (arts. I ao XXI). 
 Direitos Humanos de Segunda Geração, denominados direitos econômicos, sociais e 
culturais (arts. XXII ao XXX). 
 
Vejamos o preâmbulo da DUDH: 
Considerando que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família 
humana e dos seus direitos iguais e inalienáveis constitui o fundamento da liberdade, da 
justiça e da paz no mundo; 
Considerando que o desconhecimento e o desprezo dos direitos do Homem conduziram 
a atos de barbárie que revoltam a consciência da Humanidade e que o advento de um 
mundo em que os seres humanos sejam livres de falar e de crer, libertos do terror e da 
miséria, foi proclamado como a mais alta inspiração do Homem; 
Considerando que é essencial a proteção dos direitos do Homem através de um regime 
de direito, para que o Homem não seja compelido, em supremo recurso, à revolta contra 
a tirania e a opressão; 
Considerando que é essencial encorajar o desenvolvimento de relações amistosas entre 
as nações; 
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Considerando que, na Carta, os povos das Nações Unidas proclamam, de novo, a sua fé 
nos direitos fundamentais do Homem, na dignidade e no valor da pessoa humana, na 
igualdade de direitos dos homens e das mulheres e se declaram resolvidos a favorecer o 
progresso social e a instaurar melhores condições de vida dentro de uma liberdade mais 
ampla; 
Considerando que os Estados membros se comprometeram a promover, em cooperação 
com a Organização das Nações Unidas, o respeito universal e efetivo dos direitos do 
Homem e das liberdades fundamentais; 
Considerando que uma concepção comum destes direitos e liberdades é da mais alta 
importância para dar plena satisfação a tal compromisso: 
A Assembleia Geral proclama a presente Declaração Universal dos Direitos Humanos 
como ideal comum a atingir por todos os povos e todas as nações, a fim de que todos os 
indivíduos e todos os órgãos da sociedade, tendo-a constantemente no espírito, se 
esforcem, pelo ensino e pela educação, por desenvolver o respeito desses direitos e 
liberdades e por promover, por medidas progressivas de ordem nacional e internacional, 
o seu reconhecimento e a sua aplicação universal e efetiva tanto entre as populações dos 
próprios Estados membros como entre as dos territórios colocados sob a sua jurisdição. 
 
1.2.5 Organização das Nações Unidas 
 
A Organização das Nações Unidas (ONU) é uma reformulação do escopo das Liga das 
Nações ou Sociedade das Nações, organização internacional criada por meio do Tratado de 
Versalhes, em 28 de junho de 1919, logo após a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918). 
O surgimento da Liga das Nações teve por fundamento a ideologia dos 14 pontos básicos 
para reconstrução da Europa, quais sejam: 
 Exigência da eliminação da diplomacia secreta em favor de acordos públicos; 
 Liberdade nos mares; 
 Abolição das barreiras econômicas entre os países; 
 Redução dos armamentos nacionais; 
 Redefinição da política colonialista, levando em consideração o interesse dos povos 
colonizados; 
 Retirada dos exércitos de ocupação da Rússia; 
 Restauração da independência da Bélgica; 
 Restituição da Alsácia e Lorena à França; 
 Reformulação das fronteiras italianas; 
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 Reconhecimento ao direito ao desenvolvimento autônomo dos povos da Áustria-
Hungria; 
 Restauração da Romênia, da Sérvia e Montenegro e direito de acesso ao mar para a 
Sérvia; 
 Reconhecimento da independência da Polônia; 
 Reconhecimento ao direito ao desenvolvimento autônomo dos povos da Turquia e 
abertura permanente dos estreitos que ligam o Mar Negro ao Mediterrâneo; 
 Criação da Liga das Nações. 
Infelizmente, ante o fracasso em sua missão mais importante, a de impedir novo conflito 
mundial, a Liga das Nações acabou por ser dissolvida e reformada na atual ONU, com os 
princípios básicos mantidos, porém com o cuidado de evitar os equívocos que levaram à 
inefetividade da organização. A liga foi autodissolvida em 18 de abril de 1946. 
Neste cenário, a Organização das Nações Unidas foi idealizada ainda na vigência da Segunda 
Guerra Mundial e concebida depois de diversas negociações. 
A Carta da ONU (também denominada Carta de São Francisco), elaborada pelas potências 
vitoriosas da Segunda Guerra Mundial e que oficializa a constituição da organização, passou 
por ratificação de dois terços dos 50 Estados representados na Conferência e pela Polônia 
entrou em vigor em 24 de outubro de 1945. 
A ação das potências vencedoras do referido conflito que levaram à criação da ONU deu-se 
das lições aprendidas pela fraqueza política da Liga das Nações que careceu de ações 
coletivas dos Estados e sim apenas iniciativas de natureza individual que se limitava a 
questões administrativas e técnicas e não resolvia os problemas da comunidade internacional. 
A Organização das Nações quando da sua formação contava com 51 membros e atualmente 
é integrada por 193 países. Sua sede está localizada em Manhattan, Nova York. Possuindo 
ainda escritórios Genebra, Nairóbi e Viena. 
Financiada com contribuições avaliadas e voluntárias dos países membros. Dentre seus 
objetivos incluem a manutenção da paz, segurança, auxílio no desenvolvimento econômico e 
no progresso social, além da proteção do meio ambiente e promoção do combate à fome, 
desastres naturais e conflitos armados. 
Enquanto a Liga das Nações era composta por três órgãos principais, a ONU possui seis 
órgãos de maior amplitude: Assembleia Geral (principal), Conselho de Segurança (decidir 
resoluções para manutenção da paz e a segurança), Conselho Econômico e Social (auxiliar 
na promoção da cooperação econômica e social internacional e desenvolvimento), Conselho 
de Direitos Humanos (fiscalizar a proteção dos direitos humanos e propor tratados 
internacionais sobre o tema), Secretariado (fornecimento de estudos, informações e 
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facilidades necessárias para ONU) e o Tribunal Internacional de Justiça(principal órgão 
judicial). Ainda contando com órgãos complementares: Organização Mundial de Saúde 
(OMS), Programa Alimentar Mundial, Fundo nas Nações Unidas para a Infância (UNICEF). 
QUESTÃO SOBRE O TEMA 
 
01. (VUNESP - 2018 - PC-SP - Delegado de Polícia) Esse documento histórico de remota 
conquista dos direitos humanos foi editado com o escopo de assegurar a Supremacia 
do Parlamento sobre a vontade do Rei, controlando e reduzindo os abusos cometidos 
pela nobreza em relação aos seus súditos, em especial declarando, dentre outras 
conquistas, o direito de petição, eleições livres e a proibição de fianças exorbitantes e 
de penas severas: 
A) Petition of Rights, de 1628. 
B) Habeas Corpus Act, de 1679. 
C) The Bill of Rights, de 1689. 
D) Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789. 
E) Magna Carta, de 1215. 
ALTERNATIVA C. Magna Carta: Limitou os poderes do Rei. Petition of rights: ampliou 
a limitação. Habeas corpus Act: consagração de mecanismo processual para tutela da 
liberdade. Bill of rights: consagra a SUPREMACIA do parlamento, pondo temor à 
monarquia absolutista e institucionalizou a separação de poderes que foi teorizada 
posteriormente por Monstesquieu. 
02. (FCC/DPE-RS/2018) De acordo com a historiadora americana Lynn Hunt, os direitos 
permanecem sujeitos a discussão porque a nossa percepção de quem tem direitos e 
do que são esses direitos muda constantemente. A revolução dos direitos humanos é, 
por definição, contínua (A Invenção dos Direitos Humanos; uma história. São Paulo: 
Companhia das Letras, 2009, p. 270). Em relação à evolução histórica do regime 
internacional de proteção dos direitos humanos, considere as assertivas abaixo. 
I. A Magna Carta (1215) contribuiu para a afirmação de que todo poder político deve ser 
legalmente limitado. 
II. O Habeas Corpus Act (1679) criou regras processuais para o habeas corpus e robusteceu 
a já conhecida garantia. 
III. Na Declaração de Independência dos Estados Unidos (1776) percebe-se que a dignidade 
da pessoa humana exige a existência de condições políticas para sua efetivação. 
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IV. O processo de universalização, sistematização e internacionalização da proteção dos 
direitos humanos intensificou-se após o término da 2ª Guerra Mundial. 
Está correto o que consta de: 
A) I, II, III e IV. 
B) I, II e III, apenas. 
C) I, III e IV, apenas. 
D) II, III e IV, apenas. 
E) I e IV, apenas. 
ALTERNATIVA A. I - Certo. É com a Magna Carta que nasce a essência do devido 
processo legal, que nada mais é do que vincular o Estado à norma. O Estado (trem) é 
obrigado a andar sobre os trilhos (legislação), portanto seu poder foi limitado. II - Certo. 
O instituto do habeas corpus já existia na Inglaterra desde 1215, desde a Magna Carta, 
mas não havia ainda sido instrumentalizado, procedimentalizado. III - Certo. Na 
Declaração de Independência dos Estados Unidos, os direitos mais importantes eram 
os direitos civis (vida, liberdade e propriedade) juntamente com os direitos políticos. 
Nos Estados Unidos, o que era mais importante era a liberdade política, porque 
entendiam que, caso se efetivassem a liberdade política, os demais (civis) seriam 
consequência. 
2. DIREITOS FUNDAMENTAIS E A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA 
 
Segundo o Professor José Afonso da Silva, 2003: “são aquelas prerrogativas e instituições 
que o Direito Positivo concretiza em garantias de uma convivência digna, livre e igual de todas 
as pessoas”. 
São chamados fundamentais porque sem eles a pessoa humana não convive, ou até mesmo 
não sobrevive. A dignidade é intrínseca ao ser humano e o respeito a ela é uma forma de 
concretização desse direito. 
Em virtude desse direito, que deve ser garantido além da legislação pátria também por meio 
da adoção de medidas especiais (ações afirmativas e políticas públicas) para consecução 
desses direitos, serão vedadas medidas que afetem a integridade física e psíquica do ser 
humanos, como vedação a adoção de penas cruéis, desumanas ou degradantes. 
Para BELTRAMELLI (2014) “a dignidade da pessoa humana possui caráter multidimensional 
e individual. Multidimensional porque congrega diversos atributos intrínsecos do ser humano, 
como a liberdade, a igualdade, a integridade física e psíquica; e individual porque, embora 
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inerente a todo ser humano, é moldada com características próprias, delineadas pelo contexto 
histórico-cultural que circunda o indivíduo”. 
2.1 As características dos Direitos e Garantias Fundamentais 
 
As características dos Direitos e Garantias Fundamentais são apontadas por diversos 
doutrinadores, seguem algumas: 
 Universalidade: destinam-se a todos, independentemente da condição econômica ou 
social; 
 Historicidade: resultam de uma evolução cultural da humanidade; 
 Limitabilidade: os direitos e garantias fundamentais não são absolutos, pois encontram 
limites em outros direitos; 
 Irrenunciabilidade: não se admite a renúncia a direitos fundamentais; 
 Inalienabilidade: os direitos fundamentais não podem ser negociados. 
 Imprescritibilidade: não se perdem por falta de uso. 
 Inviolabilidade: não pode ser violados. 
 Complementariedade: complementam-se 
 Mutáveis: objeto de mudança 
Os direitos fundamentais individuais que garantem a liberdade, privacidade, vida, propriedade 
e igualdade, que limitam a atuação estatal de abusos em virtude da sua posição de 
supremacia. Da mesma forma, o controle concedido aos três poderes de decisões como meio 
de representatividade da sociedade limita a atuação desta, não como devesse prevalecer à 
vontade da maioria, mas sim prevalecer o respeito à minoria, aos grupos de acordo com a 
sua distinção, as escolhas não devem ser pautadas de acordo com a moral de um 
determinado grupo da sociedade, mas respeitando as diferenças entre cada indivíduo. 
A participação popular permite o aprimoramento da democracia e do dever cívico de cada umconcretizando os direitos fundamentais, a cidadania plena e a própria democracia 
constitucional trazida pela Constituição Federal de 1988. 
A democracia leva em consideração um contexto de atuação livre e igualitária, que essa 
atuação tanto do poder público quanto do privado e todos que façam parte da sociedade 
participem em sua plena capacidade igualitária, em mesmas condições, de persuadir e 
influenciar. 
O Título II da Constituição da República Federativa do Brasil-CRFB de 1988 que trata sobre 
os direitos e garantias fundamentais estão divididos em cinco capítulos: 
 Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos - art. 5º, CF (Capítulo I). 
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 Dos Direitos Sociais - art. 6º ao art. 11, CF (Capítulo II). 
 Da Nacionalidade - art. 12 e art. 13, CF (Capítulo III). 
 Dos Direitos Políticos - art. 14 ao art. 16, CF (Capítulo IV). 
 Dos Partidos Políticos (Capítulo V). 
 
Os direitos e deveres individuais e coletivos estão relacionados no art. 5º da Constituição. 
Porém, conforme doutrina e jurisprudência, não se restringem ao rol deste artigo, podendo 
ser encontrados em outras partes do texto constitucional, tanto de forma expressa, como 
decorrentes de seus regimes e princípios. Eles também podem ser encontrados em tratados 
e convenções internacionais de que o Brasil é parte. 
 Em todo o rol previsto no artigo 5º da CRFB, estão inseridos: 
 Princípio da igualdade 
 Princípio da legalidade 
 Proibição à tortura 
 Liberdade de pensamento 
 Proibição da censura 
 Inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem 
 Sigilo das comunicações 
 Liberdade de profissão 
 Direito ao acesso à informação 
 Liberdade de locomoção 
 Liberdade de associação 
 Direito de propriedade 
 Direito do consumidor 
 Extradição 
Direitos e deveres 
individuais e 
coletivos (art. 5º, CF)
Direitos sociais (art. 
6º ao art. 11, CF)
Direitos da 
nacionalidade (art. 
12 e art. 13, CF)
Direitos políticos (art. 
14 ao art. 17, CF)
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https://segredosdeconcurso.com.br/direitos-sociais/
 
 
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 Assistência jurídica. 
2.2 A titularidade dos direitos fundamentais 
 
A titularidade dos direitos fundamentais é ampla, pois são vinculados a condição humana, a 
partir do momento da concepção até o momento da morte. De acordo com o Supremo Tribunal 
Federal, os estrangeiros também são titulares de direitos fundamentais, assim como as 
pessoas jurídicas por serem representadas por pessoas físicas. Podendo exercer os seus 
direitos como, por exemplo, devido processo legal em relação a garantias que deveriam ser 
prestadas pela União para que um estado pudesse contrair empréstimos externos. 
O princípio da dignidade da pessoa humana, afixado nos fundamentos da República no art. 
1° da Constituição Federal é condição sine qua non para o direito contemporâneo nacional, o 
que significa que o referido princípio determina valor às normas jurídicas brasileiras. Assim 
como, é núcleo exegético de todo ordenamento jurídico brasileiro, uma vez que o raciocínio 
interpretativo de todas as regras deve se orientar por esta máxima, já que as relações jurídicas 
humanas são fragmentárias e evoluem de forma contínua. A dignidade da pessoa humana é 
um princípio constitucional estruturante. 
Os direitos fundamentais são os direitos do homem jurídico institucionalmente garantidos. 
Seriam os direitos objetivamente vigentes em uma ordem jurídica concreta, ou seja, são os 
enunciados constitucionais de cunho declaratório, cujo objetivo consistiria em reconhecer, no 
plano jurídico, a existência de uma prerrogativa fundamental do cidadão. A livre expressão 
(art. 5º, inciso IX), a intimidade e a honra (art. 5º, inciso X) e a propriedade e defesa do 
consumidor são direitos fundamentais, que cumprem a função de direitos de defesa dos 
cidadãos sob um a dupla perspectiva: 
a) Constituem, num plano jurídico-objetivo, normas de competência para os poderes públicos, 
proibindo, as ingerências destes na esfera jurídico-individual; 
b) Implicam, num plano jurídico-subjetivo, o poder de exercer de modo positivo os direitos 
fundamentais (liberdade positiva) e de exigir dos poderes públicos, omissões, para evitar 
agressões lesivas por parte dos mesmos (liberdade negativa). 
As garantias fundamentais seriam os enunciados de conteúdo assecuratório, cujo propósito 
consiste em fornecer mecanismos ou instrumentos, para a proteção, reparação ou reingresso 
em eventual direito fundamental violado. São remédios jurídicos, tais como o direito de 
resposta (art. 5º, inciso V), a indenização prevista, o Habeas Corpus e Habeas Data, são 
garantias. 
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2.3 Direito à vida. 
Além de fundamental e prioritário, é pré-requisito à existência e exercício de todos os demais 
direitos. As pessoas têm direito a permanecer vivas e a terem uma vida digna. É inaceitável 
uma situação na qual a pessoa humana possa perder a sua vida ou não consiga viverdignamente. O Estado é responsável pelo direito à vida em sua dupla acepção, ou seja, o 
direito a continuar vivo e o direito de se ter uma vida digna quanto à subsistência. 
O direito à vida diz respeito à própria existência da pessoa humana. A Constituição garante a 
existência digna de todo ser vivo, tendo o próprio nascituro seus direitos civis assegurados. 
Apenas excepcionalmente a legislação brasileira admite o fim da vida, por meio da pena de 
morte em estado de guerra declarada, das excludentes de ilicitude penal (legítima defesa, 
estado de necessidade, estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito e da 
autorização do aborto nos casos previstos no Código Penal. 
A Constituição proíbe qualquer mecanismo que possa resultar na solução não espontânea da 
vida. Assim, a pena de morte não pode ser institucionalizada juridicamente no país. A própria 
pena de morte em caso de guerra declarada está sujeita à condição de ser esta mesma guerra 
declarada pelo Presidente da República. 
Neste sentido, a Suprema Corte decidiu: 
Cláusula de proteção desde o momento da concepção. É certo que a Convenção 
Americana sobre Direitos Humanos, ao estabelecer a inviolabilidade do direito à vida, 
proclama, em seu art. 4º, § 1º, que “toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida. 
Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção (...)” (...). 
A Declaração Americana de Direitos e Deveres da Pessoa Humana, no entanto, promulgada 
na IX Conferência Internacional dos Estados Americanos, em Bogotá, em 1948, refere-se, 
genericamente, em seu art. I, ao “direito à vida”, sem qualquer menção ao instante da 
concepção. Também o Pacto Internacional das Nações Unidas sobre Direitos Civis e Políticos 
(1966), em seu art. 6º, § 1º, reconhece, de maneira geral, igualmente sem qualquer referência 
ao momento da concepção, a inviolabilidade do direito à vida. Vê-se, desse modo, que esses 
dois últimos documentos internacionais, que precederam a promulgação do Pacto de São 
José da Costa Rica, não incorporaram a noção de que o direito à vida existe desde o momento 
da concepção. Foi por essa razão que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, ao 
examinar o caso “Baby Boy” (Resolução 23/1981), advertiu que a inserção, no art. 4º, § 1º, do 
Pacto de São José da Costa Rica, da cláusula “em geral” tem implicações substancialmente 
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diversas daquelas que resultariam se constasse, desse mesmo artigo, a expressão (nele 
inexistente) “desde o momento da concepção”, a significar, portanto, como se reconheceu em 
referido processo (Resolução 23/1981 — Caso 2141), que a Convenção Americana sobre 
Direitos Humanos não acolheu nem estabeleceu um conceito absoluto do direito à vida desde 
o momento da concepção. [ADPF 54, rel. min. Marco Aurélio, voto do min. Celso de Mello, j. 
12-4-2012, P, DJE de 30-4-2013.] 
Direito à vida e células-tronco embrionárias. A pesquisa científica com células-tronco 
embrionárias, autorizada pela Lei 11.105/2005, objetiva o enfrentamento e cura de patologias 
e traumatismos que severamente limitam, atormentam, infelicitam, desesperam e não raras 
vezes degradam a vida de expressivo contingente populacional (ilustrativamente, atrofias 
espinhais progressivas, distrofias musculares, a esclerose múltipla e a lateral amiotrófica, as 
neuropatias e as doenças do neurônio motor). A escolha feita pela Lei de Biossegurança não 
significou um desprezo ou desapreço pelo embrião in vitro, porém uma mais firme disposição 
para encurtar caminhos que possam levar à superação do infortúnio alheio. Isto no âmbito de 
um ordenamento constitucional que desde o seu preâmbulo qualifica “a liberdade, a 
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça” como valores supremos 
de uma sociedade mais que tudo “fraterna”. O que já significa incorporar o advento do 
constitucionalismo fraternal às relações humanas, a traduzir verdadeira comunhão de vida ou 
vida social em clima de transbordante solidariedade em benefício da saúde e contra eventuais 
tramas do acaso e até dos golpes da própria natureza. Contexto de solidária, compassiva ou 
fraternal legalidade que, longe de traduzir desprezo ou desrespeito aos congelados embriões 
in vitro, significa apreço e reverência a criaturas humanas que sofrem e se desesperam. 
Inexistência de ofensas ao direito à vida e da dignidade da pessoa humana, pois a pesquisa 
com células-tronco embrionárias (inviáveis biologicamente ou para os fins a que se destinam) 
significa a celebração solidária da vida e alento aos que se acham à margem do exercício 
concreto e inalienável dos direitos à felicidade e do viver com dignidade (min. Celso de Mello). 
(...) A Lei de Biossegurança caracteriza-se como regração legal a salvo da mácula do 
açodamento, da insuficiência protetiva ou do vício da arbitrariedade em matéria tão religiosa, 
filosófica e eticamente sensível como a da biotecnologia na área da medicina e da genética 
humana. Trata-se de um conjunto normativo que parte do pressuposto da intrínseca dignidade 
de toda forma de vida humana, ou que tenha potencialidade para tanto. [ADI 3.510, rel. min. 
Ayres Britto, j. 29-5-2008, P, DJE de 28-5-2010.] 
2.4 Princípio da igualdade. 
 
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O direito fundamental à igualdade ou isonomia deve produzir efeitos sobre todas as pessoas 
do país. O legislador e o aplicador da lei devem tratar igualitariamente todos os indivíduos, 
sem distinção de qualquer natureza. 
Todos os cidadãos têm o direito ao tratamento idêntico pela lei, em consonância com os 
critérios do ordenamento jurídico. O princípio da igualdade perante a lei assegura a todos os 
cidadãos tratamento idêntico perante a lei. 
O direito à igualdade ou isonomia é chamado de princípio da igualdade perante a lei, princípio 
da igualdade formal ou princípio da equidade. 
A igualdade não é absoluta, mas apenas formal, ondeos desiguais são tratados 
desigualmente e o Estado se apresenta perante os entes privados com relativa supremacia 
legal. 
Os tratamentos normativos diferenciados são compatíveis com a Constituição Federal 
quando verificada a existência de uma finalidade razoavelmente proporcional ao fim 
visado. 
O princípio da igualdade opera em dois planos distintos. Primeiramente em relação ao 
legislador ou ao executivo, na edição de leis, atos normativos e medidas provisórias para que 
não sejam criados tratamentos abusivamente diferenciados a pessoas em situações idênticas. 
De outra forma, na obrigatoriedade do intérprete (autoridade pública), de aplicar a lei e atos 
normativos de maneira igualitária, sem estabelecimento de diferenciações em razão de sexo, 
religião, convicções filosóficas ou políticas, raça, classe social. 
2.5 Princípio da legalidade 
 
O princípio da igualdade perante a lei assegura a todos os cidadãos tratamento idêntico 
perante a lei. 
A Carta Magna preconiza que ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa 
senão em virtude de lei. Este princípio objetiva combater o poder arbitrário do Estado. Só por 
meio de espécies normativas devidamente elaboradas conforme as regras de processo 
legislativo constitucional podem-se criar obrigações para o indivíduo, pois são expressão da 
vontade geral. 
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Os tratamentos normativos diferenciados são compatíveis com a Constituição Federal quando 
verificada a existência de uma finalidade razoavelmente proporcional ao fim visado. 
Ele se impõe ao legislador, ao intérprete/autoridade pública e ao particular. O 
intérprete/autoridade pública não pode aplicar as leis e os atos normativos de forma a criar ou 
aumentar desigualdades arbitrárias. 
O particular também não poderá agir de modo discriminatório, preconceituoso ou racista, sob 
pena de responsabilidade civil e penal, nos termos da lei. 
2.6 Reserva legal 
 
É a exigência de lei em sentido formal (proveniente da manifestação de vontade do Poder 
Legislativo) para dispor sobre matéria penal. Ela também oferece segurança jurídica em 
matéria penal. 
O princípio da reserva legal tem abrangência diversa e mais restrita do que o princípio da 
legalidade. De natureza concreta, o princípio da reserva legal somente tem aplicação nas 
hipóteses previstas constitucionalmente. 
O princípio da reserva legal consiste em estatuir que a regulamentação de determinadas 
matérias há de fazer-se necessariamente por lei formal. Encontramos o princípio da reserva 
legal quando a Constituição reserva conteúdo específico, caso a caso, à lei. Também 
encontramos este princípio quando a Constituição outorga poder amplo e geral sobre qualquer 
espécie de relação. 
 A reserva legal é estabelecida de modo absoluto ou relativo. A reserva legal absoluta é a 
exigência da Constituição de edição de lei formal para regulamentação integral da norma 
constitucional. Esta lei formal é entendida como ato normativo emanado do Congresso 
nacional elaborado de acordo com o devido processo legislativo constitucional. A reserva legal 
relativa é a permissão pela Constituição, apesar da exigência de edição de lei formal, que esta 
somente fixe parâmetros de atuação para o órgão administrativo, que poderá complementá-
la por ato infra legal, sempre, porém, respeitados os limites ou requisitos estabelecidos pela 
legislação. 
2.7 Princípio da Presunção da Inocência. 
 
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Em 07 de novembro de 2019, no bojo das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs 
43, 44 e 54), de Rel. do Min. Marco Aurélio do Supremo Tribunal Federal, a maioria dos 
Ministros concluíram que o cumprimento da pena só pode ser iniciado após o transito em 
julgado de sentença penal condenatória. Tal decisão ocorreu após 3 anos de insegurança 
jurídica desde que a maioria dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do 
HC 126292, de Relatoria do Min. Teori Zaviscki entenderam pela possibilidade do inicio da 
execução da pena mesmo que não tenha ocorrido o trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória. 
As ações declaratórias de constitucionalidade que foram julgadas consistiram na apreciação 
do STF em declarar a compatibilidade do art. 283 do Código de Processo Penal com o art. 5º, 
LVII, da Constituição Federal de 1988. 
O tema central da discussão é o chamado princípio da presunção de inocência (artigo 5º, 
inciso LVII, da Constituição Federal), segundo o qual “ninguém será considerado culpado até 
o trânsito em julgado de sentença penal condenatória”. 
Por sua vez, o art. 283 do CPP prevê: Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante 
delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, em 
decorrência de sentença condenatória transitada em julgado ou, no curso da investigação ou 
do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva. 
3. CLASSIFICAÇÃO E CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS 
FUNDAMENTAIS 
 
3.1 A classificação dos direitos humanos 
 
A teoria das gerações foi desenvolvida por Karel VASAK por meio de um texto publicado em 
1977, e por uma palestra proferida em 1979, que foi fruto de uma Conferência no Instituto 
Internacional de Direitos Humanos de Estrasburgo (França) – 1979. 
A classificação dos direitos humanos na doutrina majoritária irá obedecer a dois critérios 
principais: as gerações ou dimensões dos direitos humanos e a classificação referente aos 
direitos e garantias fundamentais. 
A priori, importante destacar que parte da doutrina não utilizará a expressão “geração dos 
direitos humanos” por remeter a ideia de sobreposição de uma geração sobre a outra, quando, 
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