Texto Intoxicação Exógena

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ESCOLA EDUCATIVE PALMAS
CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM
Mateus Gustavo Santos Silva 
Milane Cristina Montalvão Moura
Natália Pereira Couto de Souza 
Nayara Pereira Nunes Silva
Intoxicação Exógena
Palmas de Monte Alto – Bahia
2023
Mateus Gustavo Santos Silva 
Milane Cristina Montalvão Moura
Natália Pereira Couto de Souza
Nayara Pereira Nunes Silva
Intoxicação Exógena
 Trabalho apresentado no Curso
 Técnico de Enfermagem, no bloco
 de Enfermagem em Emergência.
 Orientadora: Joissy Monielle Prates 
 da Silva Pereira 
 Palmas de Monte Alto – Bahia
2023
Introdução 
Este presente trabalho é  sobre as intoxicações exógenas, um conjunto de efeitos nocivos ao organismo que são produzidos pela interação de um ou mais agentes tóxicos com o sistema biológico, representados por manifestações clínicas ou laboratoriais que revelam desequilíbrio orgânico.
O objetivo deste trabalho é adquirir e transmitir  conhecimento a respeito dos tipos de intoxicações exógenas, assim como seus sinais e sintomas e como que deve ser proceder na emergência no momento em que houver um paciente intoxicado. 
Ao longo desde trabalho, ficou evidente que as intoxicações exógenas estão presente no dia a dia das pessoas, e que muitas delas ocorrem pelo descuido ou a desinformação sobre, pensando nisso, o grupo apresenta um trabalho que traz os tipos de intoxicações e também os seus sintomas, e quais são os cuidados adequados que deve tomar tanto pra precaver como tratar. 
Desenvolvimento 
As intoxicações exógenas são alterações no organismo , ocorrem devido ao contato com substâncias tóxicas, em geral causando alteração e dano ao sistema biológico podendo levar a morte , os principais tipos de intoxicações exógenas são escorpionismo ,drogas de abuso, uso excessivo de  medicamentos, animais  peçonhentos, produtos agrotóxicos, produto domissanitários  e produto químicos industriais.
 As substâncias intoxicantes no ambiente são capazes de contaminar a pessoa por meio da ingestão contato com a pele ou pela inalação no ar. 
 Os sintomas principais entre as intoxicações exógenas são náuseas, salivação excessiva, diarreias, sonolência, desorientação, cefaleia, febre, cólicas abdominais, dificuldade de respirar, desmaios, convulsões. Os sinais mais evidente são  na boca ou pele decorrentes de contato ou ingestão de substâncias químicas ou plantas tóxicas. Lesões, queimaduras ou vermelhidão na pele, boca e lábios, cheiro característicos de algum produto na pele, roupas, piso ou objetos ao redor, alterações súbitas do comportamento ou estado de consciência. 
 Há diversos tipo de intoxicação uma delas é o escorpionismo, que são acidentes com animais peçonhentos, mas precisamente os escorpiões, a picada de um escorpião é seguida de dor ou formigamento no local, é fundamental observar as reações principalmente os sintomas apresentados por crianças menores de 7 anos de idade e idosos, a picada  do escorpião pode acontecer em qualquer lugar, dependendo do escorpião que te pica em alguns casos dependendo da idade e do organismo pode levar a pessoa a óbito,  em casos mais leves sentirá muita dor  no local  e vermelhidão, casos mais graves sentirá falta de ar, náuseas, vômitos , agitação, é recomendado somente lavar com água e sabão e ir procurar o atendimento médico. 
Já nas crianças a picada  pode apresentar impacto maior, quanto menor a criança mais alto é o risco de complicações, os sintomas podem aparecer logo após  a picada, e deve ser encaminhado imediatamente ao hospital, se possível leva o animal ou foto para identificar a espécie, para que seja administrado o soro-antiescorpiônico.
 Existem várias formas de evitar a intoxicação por escorpionismo, dentre essas destaca-se não acumular lixo ,manter locais próximo a sua residência limpos e organizados entre outros. Contudo, não são só os escorpiões que causam perigo no quesito de animais que apresentam toxinas, nessa lista ainda são acrescentados além dos escorpiões, as serpentes, aranhas, lacraias, abelhas, vespas, marimbondos. As principais aranhas que causam acidentes no Brasil são a armadeira, a marrom, a tarântula e a caranguejeira. A picada da Aranha Armadeira causa dor imediata e inchaço local, formigamento e suor. Podendo evoluir para vômitos, hipertensão arterial, dispneia, tremores e espasmos musculares que já é caracterizado como casos grave. A picada da Aranha-marrom provoca reações menores do que Armadeira. No momento da ferroada a dor é fraca e despercebida após 12 a 24 horas pode surgir náuseas, mal estar geral, manchas, bolhas e necrose (morte das células). Em casos graves a urina fica escura, indicado procurar o médico. 
 As medidas de precaução são usar calçados e luvas em atividades rurais, sacudir roupas e calçados antes de usá-los, não acumular lixo e entulho, manter locais próximos a residências com quintal e jardins limpos. 
 Picadas por lacraias, o veneno das lacraias é pouco tóxico para o homem, o sintomas são dor, forte e inchaço, pode ocorrer calafrios, tremores e suores. Embora o veneno das lacraias não seja perigoso para os humanos, nunca é demais procurar um médico. 
 No Brasil, é registrado mais de 26 mil casos de picada de serpente todos os anos. Mas nem todos indicam envenenamento, pois existem serpentes não venenosas. As jararacas são as mais comuns nesse tipo de acidente. O local da picada apresenta dor, inchaço, sangramento e pode ter manchas arroxeadas. Sem atendimento, há risco de hemorragia grave que pode levar à morte. A Surucucu por sua vez, apresenta um quadro semelhante da jararaca, diferenciando apenas no surgimento de diarreia, vomito e pressão baixa. A Cascavel, o local da picada por vezes não apresenta dor, somente um formigamento.
 Os sintomas principais são sonolência, visão turva, dor muscular, náuseas e dor de cabeça. A picada da Coral-verdadeira tem quadro semelhante ao da cascavel, mas o maior risco de óbito é por paralisia dos músculos da respiração. 
A Cocaina, o efeito clínico primário da cocaína é a excitação do sistema nervoso simpático. Pacientes com toxicidade moderada estão em alertas e acordados, mas podem ter diaforese, taquicardia, midríase e hipertensão, sem danos aos órgãos. Um paciente mais severamente intoxicado pode estar agitado, combativo e hipertérmico. Em altas concentrações sanguíneas, os efeitos inotrópicos negativos da cocaína podem causar depressão aguda da função ventricular esquerda e insuficiência cardíaca. 
A cocaína pode causar disritmias supraventriculares e ventriculares através de ações diretas nos receptores do miocárdio ou como complicação da isquemia do miocárdio. 
As intoxicações provocadas por medicamentos são consideradas atualmente como um dos motivos de grande preocupação para a saúde pública, de acordo com o Ministério da Saúde, isso porque os medicamentos são substâncias de fácil acesso, o que torna mais viável. 
No caso de intoxicações por meio de medicamentos, os familiares, e socorristas precisam estar atentos ao ambiente em que o intoxicado se encontra, se perto tem algum frasco, e caso tenha é importante levá-lo para o hospital junto com o paciente, pois isso ajudar na identificação da substância ingerida por ele. Em geral os maiores exemplos de remédios que são ingeridos em excesso são os antidepressivos, analgésicos e anticonvulsionantes. 
Intoxicações por produtos domissanitários, são muito comuns, pois estes produtos estão presente no dia a dia das pessoas, dessa forma é impossível não ter um contato com eles, logoo risco de ocorre uma intoxicação se torna corriqueiro. São exemplos de produtos domissanitários: detergentes, alvejantes, amaciantes, ceras, limpa-vidros, removedores , sabões (em barra e em pó), desinfetantes, produtos para tratamento de água, inseticidas, raticidas, repelentes, alvejantes. Todos estes produtos, estão presentes no dia a dia das pessoas uma vez que são essenciais para atender as necessidades de higienização de ambientes, objetos e outros artigos, em geral as donas de casa e crianças são as maiores vítimas desse tipo de intoxicação por terem contato direto com estes produtos. 
Intoxicação por produtos químicos industriais, destacam-se nesse grupo, o metanol, o monóxido de  carbono, a gasolina, querosene e solventes. 
De acordo com o Ministério da Saúde as intoxicações exógenas por agrotóxicos são processos patológicos caracterizadas por um desequilíbrio fisiológico, com manifestações variadas de acordo com a classe das substâncias. A exposição aos agrotóxicos pode ser de natureza ocupacional, acidental, delitiva, suicida, entre outras. As formas de contaminação se dá pelo contato direto, no preparo, aplicação ou qualquer tipo de manuseio com o produto. Contato indireto, é  contaminação de água e alimentos ingeridos. Os venenos entram no corpo por meio de contato com a pele, mucosa, pela respiração e ingestão. 
Os Primeiros socorros neste tipo de intoxicação varia de acordo com a via afetada na Intoxicação cutânea (pele) é  aconselhável retirar as roupas sujas e colocá-las em saco plástico; lavar bem a pele contaminada com água corrente e sabão por no mínimo, 10 minutos; não esquecer de lavar cabelos, axilas, virilhas, barba e dobras do corpo; e no caso de contaminação nos olhos lavar bem com água corrente por 15 minutos. Já na Intoxicação inalatória (pela respiração) deve remover a vítima para local fresco e ventilado; afrouxar as roupas; e fazer respiração boca a boca se houver dificuldade respiratória, não é recomendado fazer com que o intoxicado beba leite ou álcool. O manejo do paciente intoxicado, decorrer avaliando em qual fase ele se encontra.
 Existem três tipos de fases a pré-clínica, a tóxica e a de resolução. A pré-clínica é a fase que ocorre imediatamente após as superfícies externa ou interna do organismo entrarem em contato com o toxicante, mas ainda não há sinais ou sintomas. O objetivo da abordagem nesta fase é reduzir a toxicidade. Já a tóxica ela estende-se do início dos sintomas até o pico das manifestações. O objetivo aqui é estabilização. Garantir vias aéreas, ventilação hemodinâmica, além de fornecer antídoto específico, quando houver disponibilidade. 
E a de resolução é os picos dos sintomas, o objetivo neste caso é o acompanhamento até recuperação completa do paciente. 
O primeiro passo no cuidado ao atendimento de um paciente intoxicado é a estabilização, é manter uma via aérea no paciente, se necessário intubar, ele precisar estar monitorado, puncionado, por uma veia que oferta oxigênio pra ele, não esquecendo de verificar a glicemia do paciente e o Glasgow caso esteja abaixo de 8 é necessário partir pra intubação orotraqueal. Observar também a pressão arterial do paciente, caso ele esteja hipotenso, é preciso aumentar P.A e caso ele esteja hipertenso é preciso reduzir essa P.A. 
O segundo passo é a identificação da toxicidade, procurando identificar qual agente tóxico, qual a quantidade dessa dose, e principalmente o tempo de duração. Se for menor que duas horas desde a ingestão da toxina é realizada a descontaminação. Este passo é importante pois é através dele que pode-se da continuidade com o terceiro passo que é a descontaminação, por meio da lavagem gástrica, lembrando que a lavagem gástrica deve ser realizada quando a intoxicação for até duas horas. 
As Restrições para a lavagem gástrica é quando passar do tempo de duas horas desde que o paciente tenha se intoxicado, neste caso não se realiza a lavagem, se o paciente estiver com Glasgow menor que 8 não faz a lavagem gástrica, se a intoxicação for por ácidos também não faz, se ele estiver com sangramento. 
Logo após a lavagem gástrica, é utilizado o carvão ativado - ele é indicado por absorver produtos químicos em poucos minutos após o contato, impedindo a absorção gastrointestinal e a subsequente toxicidade.  -  , 50 mg  de carvão diluída em 250 ml de soro fisiológico e deixar correndo na sonda do paciente para realizar a descontaminação. O quarto passo é a aplicação do antídoto. Se passado as duas horas e não tiver o antídoto adequado para aquela toxina, realize apenas o suporte clínico do paciente e controlar qualquer sinal e sintoma que o paciente possa vim à ter. 
O tratamento nas intoxicações exógenas via de regra segue o procedimento de afastamento do paciente ao agente intoxicante, observação clínica para verificar a evolução ou não dos sintomas e terapia de suporte. Para intoxicações por ingestão acrescenta-se a lavagem gástrica em até uma hora após a ingestão para as intoxicações orais sérias administra-se o carvão ativado, provocar o vômito é contraindicado em qualquer caso. 
Pacientes gravemente intoxicados podem necessitar de ventilação ou tratamento para colapso cardiovascular, em caso de consciência prejudicada podem necessitar de monitoramento ou internação. Deve-se manter as vias respiratórias, em pacientes sem pulso ou sem pressão arterial necessitando de reanimação cardiopulmonar de emergência. 
Em casos de contato com  qualquer região do corpo á alguma  toxina, deve-se se lavar com grandes quantidades de soro fisiológico ou água. É preciso remover roupas contaminadas , incluindo meias, sapatos e adereços. 
Pacientes intoxicados por veneno de animais peçonhentos devem ser tratados com soro antiveneno de acordo com cada espécie e com cada situação, necessitando de identificação do animal causador do acidente levando o animal vivo ou morto.
 Levando-se em conta o que foi observado conclui-se que casos de intoxicação exógenas podem acontecer por diversas razões, em virtude disso deve-se buscar conhecimento para evitar situações que possam resulta-los. Como manter as áreas de quintais limpas e sem entulho para evitar escorpiões e demais animais peçonhentos. Em casos de manipulação de veneno e produtos químicos, ( incluindo produtos de limpeza e agrotóxicos) ler o rótulo e manusear de forma segura, além de manter longe do alcance das crianças. Em caso de acidentes e intoxicações de modo geral procurar atendimento médico imediato.
Conclusão 
Neste trabalho abordamos sobre a intoxicação exógena e as suas causas, dentre elas o escorpionismo, drogas de abuso medicamentos, animais peçonhentos, agrotóxicos de uso agrícola, produtos domissanitários,
Produtos químicos ambientais e concluímos que este trabalho foi esclarecedor mediante as duvidas que tínhamos.
O objetivo geral desde trabalho foi apresentar de maneira sucinta e objetiva os diferentes tipos de intoxicações exógenas, oferecendo assim um conhecimento importante e que muitas vezes é ignorado. 
A partir das pesquisas realizadas pode-se aprimorar e ampliar a nossa visão sobre as toxinas e os efeitos que elas causam no organismo humano.
Espera-se que o conteúdo apresentado tenha sido claro.
Referências
· FUJITA, L. Picada De Serpente. Drauzio. Disponível em: >https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/picada-de-serpente/amp/<.Acesso em: 04 de Fev. de 2023.
· Intoxicação Exógena: definição, tipos, sintomas, diagnóstico e mais!. SanarMed, 2019. Disponível em: >https://www.sanarmed.com/intoxicacoes-exogenas<. Acesso em: 04 de Fev. de 2023.
· Intoxicação por agrotóxicos. Biblioteca Virtual em Saúde, 2006. Disponível em: >https://bvsms.saude.gov.br/intoxicacao-por-agrotoxicos/<. Acesso em: 04 de Fev. de 2023.
· Picadas de insetos e animais peçonhentos – parte 1. Biblioteca Virtual em Saúde, 2010. Disponível em: >https://bvsms.saude.gov.br/picadas-de-insetos-e-animais-peconhentos-parte-1/<. Acesso em: 04 de Fev. de 2023.