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Animais Peçonhentos

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Mordedura de animais, acidentes com animais peçonhentos e intoxicação por plantas tóxicas e medicamentos: novos desafios para a Atenção Primária à Saúde da cidade de Rancho Feliz
Rancho Feliz, cidadezinha no interior de Pernambuco, vive seus dias de verão marcados por temperaturas mais altas e chuvas ao final do dia. Essa combinação somada às férias escolares, em que a população pratica mais trilhas e mergulha em cachoeiras, são uma das possíveis causas para o aumento dos casos de acidentes com animais peçonhentos.
Nesta unidade, trabalha a enfermeira e gerente Laura que, recém-chegada da capital, ainda não está familiarizada com as demandas mais frequentes que chegam à unidade. Conheça a equipe da qual Laura fará parte:
Preocupada com o último boletim epidemiológico, a Vigilância Epidemiológica do município elabora um plano de ação incluindo estratégias para redução do número de acidentes. Para isso, é importante a participação da Atenção Primária à Saúde (APS) para o reconhecimento e a assistência aos casos. Rancho Feliz é um dos locais mapeados com o maior número de casos da região. Laura, que no passado teve experiência no manejo de acidentes com animais peçonhentos, lembra:
"Durante a minha residência multiprofissional em Saúde da Família, estagiei no Centro de I nformação e Assistência Toxicológica (CIATox) e eram estes os profissionais que prestavam suporte clínico e diagnóstico para esses casos... Será que a unidade de saúde é o local apropriado para esses atendimentos? Como devo orientar a equipe?"
Se para Laura havia dúvidas, para a população de Rancho Feliz essa história já era velha conhecida. Desde cedo, a criançada já sabia os nomes populares dos animais peçonhentos e o que fazer após a picada.
O problema é que, na tentativa de aliviar a dor e proteger o corpo contra o veneno, certas práticas populares podem levar tanto ao atraso na procura por atendimento como a possíveis complicações do quadro. Era isso que preocupava a Secretaria Municipal de Saúde: uma população destemida se torna mais exposta.
A Vigilância Epidemiológica do município enviou a enfermeira Júlia, uma das profissionais do setor, até a Unidade Básica de Saúde Rural Raio de Sol para averiguar a situação. Uma reunião foi marcada com os profissionais desta UB S. Nessa reunião, Laura se apresenta e passa a palavra para a enfermeira Júlia, atuante na Vigilância Epidemiológica, que compartilha com a equipe o último boletim epidemiológico. Nele, aponta o aumento no número de acidentes provocados por animais peçonhentos e também nos registros de mordeduras por animais e casos de intoxicações por plantas e medicamentos. Ouça abaixo a conversa dos profissionais:
Para fazer o download desse recurso, com a transcrição das falas dos personagens, clique aqui.
Se você fosse Laura e estivesse responsável pela capacitação, como abordaria o cuidado em casos de mordedura de animais, intoxicação aguda por plantas tóxicas e medicamentos na Atenção Primária à Saúde (APS)? Logo em seguida, você deverá responder algumas questões com o intuito de avaliar sua compreensão sobre o papel da APS na assistência e prevenção destes casos.
Pré teste
1.O atendimento de acidentes causados por mordedura de animais ou de intoxicação por animais peçonhentos, plantas tóxicas e medicamentos muitas vezes pode se apresentar como uma urgência ou emergência. Tendo em vista o papel da Atenção Primária no manejo desses casos, dentre as situações a seguir, aquela que apresenta conduta adequada é:
a. Luísa, 3 anos, passou a manhã brincando no jardim da casa de sua avó. Ao chegar em casa, sua mãe observou que Luísa estava salivando e seus lábios estavam inchados. Preocupada, levou a criança para atendimento na unidade de saúde. Chegando lá, a família foi ouvida pelos funcionários da recepção, que já incluíram a criança para atendimento pela enfermeira da equipe. Durante o atendimento, a enfermeira registrou sinais vitais estáveis e discutiu o caso com a médica, que examinou a criança. Ao final, optaram por encaminhar o caso para a Vigilância Epidemiológica.
b. João, 15 anos, foi mordido na mão pelo cachorro do vizinho. Ao chegar em casa, ele mesmo lavou a ferida e preferiu não contar para sua mãe, com medo de ser advertido. No dia seguinte, acordou com a mão doendo, inchada, vermelha e com presença de pus. Não tendo mais como esconder, contou para sua mãe, que, ao ver o ferimento, o levou imediatamente para atendimento na unidade de saúde. Chegando lá, antes do acolhimento, a técnica de enfermagem já informou que, por ser acidente grave com suspeita de Raiva, não se poderia atrasar o início da profilaxia pós-exposição e os orientou a buscar atendimento diretamente no hospital do município.
c. Maria foi retirar parte de um entulho de uma construção vizinha à sua casa. Ao final do dia, notou que havia uma bolha em sua mão, mas não deu importância. No dia seguinte, acordou com febre, calafrios, mal-estar e urina avermelhada. Diante dos sintomas de Maria, seu marido decidiu levá-la à unidade de saúde, onde fizeram a lavagem da ferida, debridaram o tecido e administraram a vacina antitetânica. Pelo quadro clínico e suspeita de picada de aranha, a equipe de saúde decidiu encaminhá-la ao Serviço Hospitalar de Referência para seguimento clínico-laboratorial.
d. Pedro, 38 anos, estava retirando folhagens do quintal quando sentiu uma picada dolorosa no dorso da mão e avistou um escorpião amarelo se mover rapidamente. Sentindo bastante dor no local, decidiu buscar atendimento na unidade de saúde, onde foi atendido e o bloqueio anestésico foi realizado. Ao final do atendimento, foi orientado a retornar para reavaliação em 24 horas, já que, por ser considerado um acidente leve, não houve necessidade de ser mantido em observação na unidade ou mesmo de realizar exames complementares.
2. O atendimento de paciente vítima de mordedura, arranhadura ou lambedura provocadas por animais é considerado uma urgência médica, pois é necessário avaliar as indicações de profilaxia pós-exposição para Raiva Humana, bem como a necessidade de imunização antitetânica e abordagem à ferida, considerando início de antibióticos. Sobre os casos de mordedura, arranhadura ou lambedura provocadas por animais, é correto afirmar que:
a. No atendimento de um caso de lambedura de mucosa, são considerados acidentes graves exclusivamente aqueles causados por morcego. Nesses casos, é necessário seguir o protocolo completo de profilaxia pós-exposição.
b. No atendimento de um caso em que o paciente informa que, ao despertar, notou a presença de um morcego no interior do domicílio, o caso só se torna suspeito se o paciente apresentar alguma lesão aparente ou sintoma relacionado.
c. Em caso de acidentes com mamíferos domesticados com interesse econômico e de produção, a conduta é a mesma aplicada em relação aos cães e gatos: observação do animal agressor no prazo de 10 dias para definição da conduta recomendada.
d. No atendimento de um caso de mordedura por animal suspeito, na unidade de saúde, deve-se lavar o ferimento com água, sabão e antisséptico. A depender do histórico vacinal, é indicada vacina antitetânica. A vacina antirrábica não deve ser aplicada em glúteo.
3. Acidentes com animais peçonhentos envolvem picadas de animais que apresentam aparelho inoculador de veneno, sendo eles: ofídios, aracnídeos (aranhas e escorpiões), mariposas, abelhas, formigas, vespas, besouros, lacraias, peixes (arraias) e cnidários (águas vivas e caravelas). Considerando o manejo clínico e a prevenção desses acidentes, é correto afirmar que: Errada
a. A picada da aranha armadeira é a de maior risco, pois inicia-se assintomática, e evolui com bolha, isquemia e eritema, necessitando de soro antiaracnídeo. Para prevenção, deve-se manter locais bem iluminados e evitar mexer em entulhos.
b. Os acidentes de maior gravidade envolvendo escorpiões são aqueles causados pelo escorpião amarelo. No entanto, na maioria dos casos, a evolução é benigna com baixa morbimortalidade, excetuando-se os casos em crianças.
c. Os acidentes com abelhasque evoluem com desfechos graves são aqueles decorrentes de reação alérgica, que, além das reações locais, podem apresentar sinais e sintomas cutâneos, respiratórios e circulatórios.
d. Acidentes com lagartas do gênero Lonomia são em sua maioria benignos, apresentam apenas sintomas locais, não cursam com complicação clínica, e por isso geralmente não são de interesse médico.
4. As intoxicações agudas são uma das principais causas que levam à procura por atendimento em serviços de saúde. As intoxicações podem ser causadas por diversos agentes, de medicamentos a plantas tóxicas. Sobre as intoxicações agudas, é correto afirmar que: errada
a. A tentativa de suicídio é a principal causa de intoxicações agudas ocasionadas por medicamentos. Assim, investir em medidas preventivas é uma medida pouco eficaz para diminuição dos casos de intoxicação aguda.
b. As intoxicações agudas são classificadas em síndromes tóxicas. É a partir delas que se estabelece a suspeita diagnóstica, logo não é necessário exame toxicológico para o início do tratamento.
c. A população pediátrica é a de maior risco para os casos de intoxicações agudas, pois a maioria dos casos de intoxicação por medicamentos evolui para o óbito, o que torna fundamentais as medidas preventivas.
d. Os acidentes com plantas tóxicas ocorrem, em sua maior parte, pelo erro na identificação da espécie, logo é importante que o cultivo e o consumo de plantas sejam feitos apenas após a certificação da espécie.
	
5. O papel do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) na condução de casos de acidentes com animais peçonhentos e intoxicações agudas é:
Escolha uma opção:
a. Prestar informações sobre toxicologia aos profissionais de saúde e à população em geral, além de atuar no atendimento ao paciente intoxicado e gerar dados em saúde por meio de informações epidemiológicas.
b. Atuar como serviço clínico presencial, sendo uma possível porta de entrada para atendimento e encaminhamento de um caso suspeito de intoxicação aguda ou picada de animal peçonhento para os serviços de referência.
c. Ser responsável, juntamente com demais entidades, por gerir e produzir insumos para antídotos, soros e imunoglobulinas aplicados nos atendimentos de acidentes com animais peçonhentos e intoxicações agudas.
d. Ser responsável, juntamente com a Vigilância Epidemiológica, pelas ações de promoção, prevenção e controle dos agravos de saúde da população nas regiões de saúde ao qual está vinculado.
Pacientes crônicos e com queixas agudas que buscam atendimento na Atenção Primária à Saúde (APS) necessitam ser atendidos com mais brevidade.
A partir disso, é importante compreender como a APS se organiza para o atendimento à demanda espontânea. Você, profissional de saúde, está pronto para receber o usuário em suas mais diversas situações de saúde?
Este recurso multimídia tratará da necessidade de um acolhimento eficaz, capaz de identificar situações de risco e vulnerabilidades e, a partir delas, traçar condutas apropriadas.
Nosso objetivo, é que ao final da leitura deste recurso, você consiga compreender a avaliação de risco e vulnerabilidades no atendimento à demanda espontânea e na organização do fluxo de trabalho na APS.
AVALIAÇÃO DE RISCO E VULNERABILIDADES: CLASSIFICAÇÃO DA DEMANDA ESPONTÂNEA E ORGANIZAÇÃO DO PROCESSO DE TRABALHO
A Atenção Primária à Saúde (APS) é definida como a ordenadora da Rede de Atenção à Saúde (RAS), sendo a porta de entrada preferencial do usuário ao sistema. É por meio dela que se ofertam cuidados de promoção, diagnóstico, tratamento e reabilitação em saúde. Assim, é preconizado que a Atenção Primária seja um serviço de alta resolutividade clínica e capaz de se articular com outros pontos da RAS, quando necessário1,2.
Ao entender que a APS atua como um serviço de porta de entrada ao usuário, é de se esperar que os profissionais de saúde respondam a uma demanda variada de situações clínicas: desde casos crônicos que buscam atendimento ambulatorial até casos agudos que possam necessitar de atendimento de emergência1,2.
Assim, é importante pensar sobre o modo de organização do serviço e sobre o processo de trabalho a ser adotado, de modo que, ao buscar atendimento, o usuário tenha sua necessidade de saúde satisfeita, conforme sua prioridade e risco. Para isso, é preconizado que a APS se utilize de instrumentos garantidores do acesso, como Acolhimento à Demanda Espontânea.
Mas o que de fato é o Acolhimento à Demanda Espontânea?
De acordo com a Política Nacional de Atenção Básica 2017, o Acolhimento à demanda espontânea se constitui por1:
Mecanismo de ampliação do Acesso:
Por meio do acolhimento, todo e qualquer usuário que compareça à Unidade de Saúde da Família (USF) deve ser ouvido, através de escuta qualificada, e ser atendido conforme sua necessidade, de acordo com sua prioridade;
Tecnologia do cuidado:
Em seu conceito mais amplo, o acolhimento é um norteador da postura e atitude dos profissionais; é a base das relações de cuidado e um meio facilitador da criação do vínculo com o usuário;
Dispositivo de (re)organização do processo de trabalho em equipe:
O acolhimento configura uma estruturação do processo de trabalho da equipe e não um meio de triagem. A partir dele, é possível definir quais profissionais serão os responsáveis por receber o usuário na Unidade de Saúde, como será feita a avaliação de risco e vulnerabilidades, quais os fluxos e protocolos clínicos para definir os encaminhamentos, como será organizada e estruturada a agenda dos profissionais etc.
Para auxiliar nessa organização do Acolhimento à Demanda Espontânea, é importante implementar a classificação de riscos, por meio da qual os casos de maior urgência são identificados e a intervenção adequada será implementada. É importante entender que ao falar de risco, o aspecto mencionado não é exclusivamente biológico, pois vulnerabilidades sociais ou familiares também podem ser fatores que identifiquem a necessidade de oportunizar o atendimento2,3.
A AVALIAÇÃO DE RISCO E DE VULNERABILIDADES: CONDUTAS POSSÍVEIS
Como vimos, a APS deve ter uma equipe pronta para receber o usuário em suas mais diversas situações de saúde. Para isso, necessita de um acolhimento eficaz, capaz de identificar situações de risco e vulnerabilidades e, a partir delas, traçar condutas apropriadas2,3.
Vejamos:
Cenário 1: Atendimento a um paciente em situação crônica
Condutas indicadas:
· Orientação.
· Adiantamento de condutas previstas.
Exemplos: paciente já com diagnóstico de Hipertensão Arterial Sistêmica pode ser encaminhado para aferição de pressão arterial; paciente com diagnóstico de Diabetes Mellitus pode ser encaminhado para aferição glicemia capilar; mulher em idade fértil com atraso menstrual pode ser orientada a realizar teste de gravidez etc.
· Agendamento de consulta.
Cenário 2: Atendimento a um paciente em situação aguda
Condutas indicadas:
· Atendimento imediato: intervenção imediata com atendimento médico.
Exemplos: situações ameaçadoras à vida como anafilaxia, parada cardiorrespiratória, aspiração de corpo estranho, angina pectoris etc.
· Atendimento prioritário: intervenção breve, atendimento inicial com equipe de enfermagem.
Exemplos: crise asmática leve e moderada, febre sem complicação, gestante com dor abdominal, transtorno de ansiedade significativa etc.
· Atendimento no dia: baseado na classificação de risco biológico e vulnerabilidade psicossocial. Manejo poderá ser feito pela equipe de referência, pelo profissional que seja mais adequado para o caso.
Exemplos: disúria, lombalgia leve, renovação de medicamento de uso contínuo etc3.
Abaixo segue o fluxograma ilustrando o Acolhimento à Demanda Espontânea com Classificação de Risco:
Fonte: Adaptado de BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de Atenção Básica. Acolhimento à demanda espontânea: queixas mais comuns na atenção básica. 1ª ed. Brasília, DF: Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Departamento de Atenção Básica, 2012. v. 1.
Vale ressaltar que os pontos apresentados são organizadores do processo detrabalho, mas que as particularidades do território, da população assistida e da Unidade de Saúde que serão os norteadores de cada realidade. Um exemplo: unidades de saúde que são campos de estágio para cursos de graduação da área da saúde ou centro de formação de residência médica ou multiprofissional, podem apresentar maior dinamismo no atendimento, permitindo maior resolutibilidade e disponibilidade de atendimento a pacientes crônicos, que permita o atendimento para o mesmo dia; situação que pode não ocorrer em uma unidade que não tenha sua equipe completa.
Agora que já entendemos como a Atenção Primária se organiza frente a demanda dos atendimentos, podemos avançar com os temas do módulo. Ao longo de cada tópico, você verá a importância do tema e como você poderá agir diante de um atendimento na Atenção Primária.
Vamos lá!
Considerações finais
Neste material, vimos que cada atendimento necessita de uma demanda adequada da equipe de saúde, assim, é preciso saber o que é ofertado para a população assistida e como a equipe se organiza para a escuta qualificada. A partir do que foi estudado, você conseguirá implementar a classificação de riscos, identificando os casos de maior urgência e fazendo a intervenção adequada. Esperamos que a partir do que foi apresentado aqui, você consiga, em sua prática, compreender a avaliação de risco e vulnerabilidades no atendimento à demanda espontânea e na organização do fluxo de trabalho na APS.
Acidentes provocados por
animais peçonhentos
OBJETIVO
Compreender a abordagem aos casos de intoxicação provocada por animais peçonhentos na APS.
Acidentes provocados por animais peçonhentos
Animais peçonhentos são aqueles que apresentam capacidade de inocular veneno (peçonha) por meio de estruturas do aparelho inoculador. Embora haja vários animais peçonhentos, nem todos são de interesse em saúde, já que a maioria desses acidentes evoluem de forma benigna e autolimitada1. Dentre os acidentes de interesse em saúde, os de maior impacto de morbimortalidade são os causados por ofídios, aranhas, escorpiões, lagartas urticantes e abelhas2.
Em 2019, no Brasil, dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação registraram 265.701 casos de acidentes provocados por animais peçonhentos, dentre eles os mais comuns foram causados por escorpiões, seguidos por aranhas e ofídios. A maioria dos acidentes ocorre durante os meses de verão, de modo que esse padrão sazonal também permite estabelecer parte das medidas de prevenção, como veremos mais adiante.
Acidentes provocados por animais peçonhentos
Conheça as espécies de cada grupo, que mais possuem casos no Brasil, clicando nos ícones abaixo:
Acidentes provocados por escorpiões
São os animais responsáveis pelo maior número de ocorrências, com a notificação de 154.812 acidentes escorpiônicos somente em 2019. A adaptação do escorpião ao meio urbano e a situações extremas justifica parte do número expressivo de acidentes. Encontrados em entulhos e materiais de construção, estes animais podem se abrigar próximos às casas.
Os acidentes – em sua grande maioria – evoluem de forma benigna, sendo que a atenção maior deve envolver o contato com crianças, já que menor massa corpórea se associa a maior gravidade do acidente. Na população pediátrica, o quadro de envenenamento evolui rapidamente com sintomas sistêmicos e pode apresentar complicações, com risco de óbito.
São quatro espécies de interesse em saúde: Tityus serrulatus, Tityus bahiensis, Tityus stigmurus e Tityus obscurus. Os sintomas e tratamentos são iguais para todos, exceto o T. obscurus, que também apresenta mioclonias
Vamos conhecer duas espécies
Espécie: Tityus bahiensis.
Nome popular: escorpião-marrom.
Características geográficas: presente nos estados de Minas Gerais, Goiás, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina, e Rio Grande do Sul.
Ação do veneno: menor toxicidade que do escorpião-amarelo.
Manejo dos casos
A maioria dos acidentes são leves e se apresentam com sintomas locais que incluem dor local intensa e parestesias que regridem em 24 horas. Para esses casos, está indicado o bloqueio local anestésico e observação por até 6 horas.
Quanto à solicitação de exames laboratoriais, está indicado coletar hemograma, glicemia, eletrólitos, creatinofosfoquinase, realização de eletrocardiograma, radiografia de tórax e ecocardiograma, a depender da evolução clínica. Casos moderados a graves podem evoluir com manifestações cardiovasculares com risco de arritmias, insuficiência cardíaca e edema agudo de pulmão e choque, especialmente na população pediátrica.
	Espécie: Tityus serrulatus.
Nome popular: escorpião-amarelo.
Características geográficas: encontrado nas regiões nordeste, sudeste, centro-oeste, sul e no Tocantins.
Ação do veneno: neurotóxica e cardiotóxica.	
Sinais e sintomas
Dor local que progride para queimação. Pode surgir pápula eritematosa no local, além de contraturas musculares com mialgia e dor abdominal.
Clínica e Tratamento
Caso Leve
· Sintomas: locais como dor local e parestesias.
· Tratamento: sintomáticos.
Caso Moderado
· Sintomas e sinais: Dor local intensa associada a uma ou mais manifestações como náuseas, vômitos, sudorese, sialorreia, agitação, taquipneia e taquicardia.
· Tratamento: duas a três ampolas de soro antiescorpiônico via endovenosa.
Caso Grave
· Sintomas e sinais: Além das manifestações clínicas citadas acima na forma moderada, há presença de uma ou mais das seguintes manifestações associadas: vômitos profusos e incoercíveis, sudorese profusa, sialorreia intensa, prostração, convulsão, coma, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e choque.
· Tratamento: de quatro a seis ampolas de soro antiescorpiônico ou antiaracnídico (Loxosceles, Phoneutria e Tityus) via endovenosa.
	Para casos leves, a medida terapêutica indicada muitas vezes será a infiltração de anestésico tópico para bloqueio troncular, além de recomendar a imersão em água morna, para alívio sintomático e uso de analgésicos.
Para monitoramento está indicado eletrocardiograma, radiografia de tórax, exame de glicemia e, nos casos de pacientes com hemiplegia, a tomografia cerebral computadorizada. Em caso de anemia, pode ser necessário transfusão e se houver insuficiência renal aguda, hemodiálise.
Assim como nos acidentes por ofídios, também é necessária a profilaxia antitetânica conforme histórico vacinal e a prescrição de antibióticos só será indicada para os casos de infecção secundária.
Quanto aos cuidados da ferida, é necessária a lavagem local e remoção da escara.
Manejo da intoxicação aguda causada por plantas
Olá, aluna(o)!
Plantas tóxicas são capazes de produzir manifestações clínicas de efeitos nocivos aos seres humanos. Boa parte dos acidentes ocorrem em crianças.
Na sua prática profissional, você já atendeu algum caso envolvendo intoxicação aguda causada por plantas? 
A intoxicação causada por plantas pode ocasionar danos prejudiciais à saúde e bem-estar das pessoas que tiveram contato com elas. Dessa forma, é importante que você, profissional da saúde que atua na Atenção Primária à Saúde (APS), compreenda os componentes presentes nas plantas, bem como a sintomatologia e o tratamento, para recuperar o bem-estar do paciente que procura atendimento.
Apresentação
Com base nesta apresentação interativa, você vai entender a abordagem aos casos de intoxicação aguda causada por plantas na APS.
Os acidentes causados por usos de plantas podem ocorrer por ingestão, contato ou por infusão.
A maioria dos acidentes ocorre com crianças em idade pré-escolar, menores de três anos, mais comumente do sexo feminino. 
Também há acidentes causados por uso de plantas como entorpecente ou mesmo com finalidades abortivas. Há também acidentes que ocorrem por erro na identificação da planta medicinal [1, 2]. 
No Brasil, em 2019, ocorreram 971 casos de intoxicações agudas causadas por plantas. A seguir, você vai conhecer as plantas mais comuns que podem causar intoxicação aguda 
Plantas que contêm Cristais de Oxalatode Cálcio
Grupo de plantas mais envolvido nos acidentes. A maioria deles envolve crianças, sendo raras as apresentações graves. O oxalato de cálcio presente nas folhas penetra a mucosa e deposita enzimas proteolíticas. Em seguida há a liberação de histamina e de bradicinina. 
Dentre as plantas conhecidas, estão:
Comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta);
Antúrio (Anthurium sp);
Caládio (Caladium bicolor);
Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica) – 
A ingestão de plantas que contêm Cristais de Oxalato de Cálcio causa:
Dor em queimação;
Edema de lábios, língua e mucosa oral;
Pode haver salivação;
Disfagia;
Odinofagia;
Acometimento gastrointestinal;
Afonia e;
Dispneia.
Para o tratamento, é indicado o uso de demulcentes, corticoides e antiespasmódicos para controle de sintomas.
Ao lado, a planta Comigo Ninguém Pode.
Promovem influxo celular de sódio e cálcio intracelular, levando ao um aumento da força contrátil do miocárdio. Causam náuseas, vômitos, cólicas abdominais, arritmias, taquicardias, tontura, cefaleia, torpor e coma. O uso de carvão ativado pode ser uma opção para o tratamento. O caso deve ser encaminhado com urgência para atendimento hospitalar. Abaixo, como exemplo, temos o Louro Rosa e o Chapéu-de-Napoleão.
Plantas que contêm Glicosídeos Cardiotóxicos
Promovem influxo celular de sódio e cálcio intracelular, levando ao um aumento da força contrátil do miocárdio. Causam náuseas, vômitos, cólicas abdominais, arritmias, taquicardias, tontura, cefaleia, torpor e coma. O uso de carvão ativado pode ser uma opção para o tratamento. O caso deve ser encaminhado com urgência para atendimento hospitalar. Abaixo, como exemplo, temos o Louro Rosa e o Chapéu-de-Napoleão.
Louro rosa (Nerium oleander)
Chapéu-de-Napoleão (Cascavela thevetia)
©
Como representante, temos a Mandioca-brava (Manihot utillissima).
O envenenamento ocorre pela liberação do ácido cianídrico, que interfere no metabolismo oxidativo celular. As manifestações mais comuns são: . 
Gastrointestinais
Neurológicas com midríase 
Convulsões
Coma
Além de distúrbios respiratórios que podem evoluir para asfixia, comprometimento cardiocirculatório e óbito
O paciente deve ser prontamente encaminhado para atendimento hospitalar. A conduta terapêutica é semelhante aos casos de envenenamento por cianeto. O antídoto hidroxicobalamina é uma opção terapêutica, além das medidas de suporte.
Plantas que contêm Alcaloides Beladonados
A presença de alcaloides tropânicos leva à ação anticolinérgica. Seu uso é popularizado como alucinógeno. Como exemplo, temos: 
Trombeta (Datura suaveolens);
Dama-da-noite (Cestrum nocturnum).
Causam náuseas e vômitos, além de manifestações anticolinérgicas que levam a alterações de comportamento e alucinações.
Plantas que contêm Toxoalbuminas
 A lavagem gástrica pode ser realizada, se não houver vômito. O uso de antiespasmódicos se e antieméticos está indicado para controle de sintomas.
Encaminhar para atendimento hospitalar para correção de distúrbios hidroeletrolíticos e alcalinização da urina com bicarbonato de sódio para prevenção de tubulopatia renal. Na imagem ao lado, temos a Mamona.
Fazem parte dessa família a Mamona (Ricinus communi) - imagem ao lado - e o Pinhão de purga (gênero Jatropha).
A toxoalbumina tem ação irritativa e efeito hemaglutinante. O quadro clínico é composto de náuseas, vômitos e diarreia com desidratação, hipotensão e acidose metabólica. Distúrbios hidroeletrolíticos podem levar a quadros neurológicos e insuficiência renal.
Pode evoluir para hipotensão e choque, prostração, sonolência e convulsões. São sinais de mau prognóstico: oligúria ou anúria. 
©
A intoxicação aguda é a exposição a agentes que interfiram na homeostasia e na funcionalidade do indivíduo, podendo levar a eventos adversos reversíveis ou não. Os quadros de intoxicação aguda são uma situação comum nos serviços de urgência e emergência.
Nessas situações, é necessário que o profissional de saúde haja de maneira rápida e eficiente, que saiba como deve ser realizado o atendimento inicial, como fazer o diagnóstico sindrômico e como o paciente deve ser direcionado para que tenha o melhor desfecho clínico. Você conhece e domina todos esses passos?
Este e-book tratará do atendimento inicial das intoxicações agudas, anamnese, exame clínico, identificação de situações de emergência, diagnóstico sindrômico, medidas de descontaminação e prevenção de infecções agudas.
Vamos lá?
OBJETIVO
Com base neste recurso, você será capaz de compreender a abordagem aos casos de intoxicação aguda na APS.
Intoxicação aguda
Entende-se por intoxicação aguda a exposição a agentes que interfiram na homeostasia e na funcionalidade do indivíduo, podendo levar a eventos adversos reversíveis ou não.
A exposição pode ser única ou mesmo repetida, desde que se limite ao prazo de 24 horas e leve a efeitos imediatos. Quanto ao agente causal, ele pode ser antropogênico ou natural. Casos de intoxicação por agente natural são denominados de envenenamento, como ocorre nos acidentes por animais peçonhentos ou por plantas tóxicas1,2.
Os quadros de intoxicação aguda são uma situação comum nos serviços de urgência e emergência, no entanto, não são exclusividade. Serviços de Atenção Primária, que também são porta de entrada do sistema de saúde, podem ser cenário de atendimento inicial desses casos que, na maioria das vezes, necessitam de ação rápida para mudança do desfecho clínico.
Intoxicação aguda
É importante pontuar que a Atenção Primária, além de prestar atendimento para os cuidados iniciais de intoxicação, também pode investigar causas associadas ao episódio e prevenir sua recorrência. Entenda o porquê com os dois casos ilustrativos a seguir:
1 Rosana, 27 anos, chega à Unidade de Saúde desacordada, trazida por seu amigo João. João informa que encontrou Rosana desmaiada ao lado de várias cartelas vazias de remédios. Enquanto médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem prestam os primeiros cuidados, João conta preocupado que Rosana deixou de fazer as atividades que gostava, estava cada vez mais isolada, sempre se negava a sair de casa e a buscar atendimento.
2. O caso Rosana ilustra a situação de pacientes que já apresentavam transtorno depressivo e têm seu diagnóstico feito apenas na ocasião de uma tentativa de suicídio por uso de medicamentos. Tendo em vista a situação de Rosana, o que você, profissional atuante na Atenção Primária, poderia fazer para o acompanhamento do caso, após a resolução do quadro de intoxicação aguda?
3. Veja, abaixo, ações possíveis na Atenção Primária:
· Iniciar atendimento clínico, propondo agendamento de primeira consulta;
· Estreitar vínculo com paciente marcando consultas periódicas;
· Investigar a possibilidade de diagnósticos associados que levaram à tentativa de suicídio, como: transtornos de humor, quadro psicótico, uso de substâncias psicoativas;
· Avaliar situação de fragilidade sociofamiliar;
· Propor consulta conjunta com alguma pessoa que seja parte da rede de apoio da paciente;
· Inserir a paciente em Grupos Terapêuticos da Unidade de Saúde e do município, conforme disponibilidade local;
· Acionar rede de apoio de Saúde Mental: Centro de Atenção Psicossocial (CAPS);
· Encaminhar para Atenção Secundária para consulta com Psiquiatria, conforme Protocolo de Acesso às Especialidades do Município.
Intoxicação aguda
Observe o segundo caso:
Você, enfermeiro da Unidade de Saúde, é informado pela Agente Comunitária de Saúde (ACS) sobre a chegada do paciente Pedro, de 3 anos, que está sonolento e com episódios de vômitos. A ACS pontua que a criança foi trazida pela irmã de 11 anos, que diz não saber onde está seus pais.
O caso de Pedro ilustra que situações de intoxicação aguda envolvendo crianças e adolescentes podem revelar casos de negligência. Fazendo o mesmo exercício que fizemos acima com o Caso Rosana: o que você, profissional de saúde atuante na Atenção Primária, faria para o acompanhamento e investigação de crianças e adolescentes em situação de negligência? Veja, abaixo, as sugestões 4,5,6:
· Propor atendimento à criançaou ao adolescente junto aos responsáveis;
· Abordar a situação de negligência separadamente com os responsáveis;
· Acionar rede de apoio que possa garantir proteção e segurança do menor de idade, como: outros familiares, profissionais de Educação Infantil da creche/escola que a criança frequente;
· Investigar causas de fragilidade sociofamiliar associadas à circunstância do acidente;
· Rastrear transtorno depressivo na criança e no adolescente que possa revelar intoxicação intencional;
· Acionar o Conselho Tutelar para acompanhamento conjunto do caso.
Intoxicação aguda
Até agora, entendemos:
· A importância de reconhecer uma situação de intoxicação aguda;
· O papel da Atenção Primária como colaboradora na identificação e no manejo de fatores de risco ou mesmo condições clínicas associadas que levaram à intoxicação aguda;
· A necessidade de avaliar a gravidade do quadro de intoxicação aguda e a necessidade de suporte via CIATox ou mesmo transferência do paciente para serviços de maior complexidade.
Já entendemos que é importante agir de maneira rápida e eficiente. É chegada a hora de saber como agir!
Ao atender um paciente com suspeita clínica de intoxicação aguda, é necessário ter a clareza que muitas vezes não chegaremos ao diagnóstico etiológico. Isso ocorre porque, muitas vezes, não teremos acesso a essa informação, já que frequentemente os pacientes estão desacordados e não são capazes de informar; ou porque pode haver mais de uma substância envolvida ou mesmo alguma comorbidade prévia que dificulte a identificação do agente tóxico. Além disso, é importante lembrar que uma mesma substância pode causar mais de uma manifestação sindrômica3,4,5,6.
Mas será que é preciso saber qual a substância envolvida para conduzir esses casos? A resposta é “não”! O atendimento de um paciente vítima de intoxicação aguda tem como base o diagnóstico sindrômico, é ele que permite a instituição do tratamento.
Do atendimento inicial ao diagnóstico sindrômico: o caminho a ser percorrido
Anamnese
A anamnese tem grande importância para elucidação diagnóstica e para avaliação da gravidade. Caso o paciente esteja vígil e colaborativo ou mesmo nos casos em que o paciente esteja inconsciente, mas haja a presença de algum familiar e seja possível interrogar, é importante saber4,5:
 Dados do paciente: idade, peso, comorbidades, medicações em uso;
 Agente causal: princípio ativo, apresentação, concentração, dose, via de administração;
 Localização em que ocorreu a intoxicação / envenenamento: ambiente externo ou fechado, urbano ou rural. Esse dado é especialmente importante para os atendimentos de envenenamento por agentes tóxicos inalatórios;
 Temporalidade: há quanto tempo e por quanto tempo ocorreu a intoxicação;
 Circunstâncias do acidente: provocado, ocupacional ou por erro de administração do agente.
No entanto, como já mencionado, muitas vezes a coleta de informações não é possível. Nesses casos, o exame físico adequado deve ser priorizado, pois é por meio dele que se obtêm dados semiológicos que permitem a identificação e a intervenção por meio de medidas terapêuticas. Também é por meio do exame físico que avaliamos a situação clínica, se há critérios de instabilidade hemodinâmica com necessidade de suporte à vida e contato imediato com o serviço hospitalar.
Do atendimento inicial ao diagnóstico sindrômico: o caminho a ser percorrido
Exame Físico
Clique nos cards abaixo para entender o algoritmo do ABCDE1,3, que é seguido no atendimento ao paciente grave.
Avaliação de vias áreas
A Avaliação de vias áreas
Avaliar permeabilidade e proteção. Exemplo: secreção em via oral e rebaixamento de consciência são condições que comprometem a via aérea e podem evoluir com óbito breve;
B Avaliação da respiração
Avaliar padrão respiratório, se há esforço, dessaturação de oximetria de pulso, se há bradipneia. Se houver alguma alteração, avaliar necessidade de prover oxigênio via cateter nasal ou mesmo de intubação orotraqueal com necessidade de contato com serviço de emergência;
 C Avaliação da circulação
Alteração de frequência cardíaca, pressão arterial e perfusão tecidual. É indicado obter acesso venoso e ter cautela na reposição volêmica, pois se houver hipotensão arterial lembrar que ela não é causada por perda volêmica. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de drogas vasoativas para reverter choque circulatório ocasionado pela intoxicação, conduta essa que será feita nas unidades de emergência e hospitais;
D Avaliação neurológica
Avaliação de comportamento (agitação psicomotora, sonolência, alucinações), avaliação de nível de consciência e avaliação pupilar são elementos semiológicos que serão auxiliares para a classificação da síndrome tóxica;
E Exposição
Avaliar lesões cutâneas, sinais de lesão endovenosa que podem sugerir aplicação de drogas injetáveis, sinais de vibrissas chamuscadas que podem indicar intoxicação por monóxido de carbono, avaliar temperatura corpórea que também se altera em determinadas síndromes tóxicas.
	Exame físico
Interpretando o ABCDE e identificando a situação de emergência
Observe, abaixo, o fluxograma de classificação de risco/vulnerabilidade do paciente com história de exposição à substância tóxica:
Síndromes tóxicas
Com os dados de anamnese e exame físico, chegamos a um ponto importante na avaliação de um paciente vítima de intoxicação aguda: a classificação sindrômica. A classificação sindrômica se propõe a estabelecer, por meio dos sinais e sintomas identificados, os possíveis agentes envolvidos na intoxicação aguda. Para conhecer mais sobre cada síndrome tóxica, clique nos botões abaixo:
	Síndrome
	Agentes causadores e quando suspeitar
	Simpaticomimética
	· Agentes causadores: cocaína, anfetaminas, efedrina, teofilina, cafeína.
Quando suspeitar?
· Estado neurológico: habitualmente hiperalerta ou agitado; alucinações podem estar presentes; na avaliação pupilar pode haver midríase.
· Sinais vitais: temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória podem estar elevadas.
· Outras manifestações: paranoia, diaforese, tremores de extremidades, hiperreflexia, convulsões.
	
	
Anticolinérgica			Agentes causadores: anti-histamínicos, ciclobenzaprina, antiparkinsonianos, antiespasmódicos, atropina, antidepressivos tricíclicos.
Quando suspeitar?
Uma boa forma de recordar é por meio do mnemônico baseado no livro: Alice’s Adventures in Wonderland, de Lewis Carroll: “Cego com um morcego, louco com um chapeleiro, vermelho como uma beterraba, quente como uma lebre e seco como um osso” (em tradução livre).
· Estado neurológico: pode haver alucinações e agitação psicomotora, além de coma.
· Sinais vitais: também pode ocorrer elevação de temperatura, frequência cardíaca, pressão arterial e frequência respiratória.
· Outras manifestações: delírio, fala murmurante, pele e mucosas secas, retenção urinária, diminuição de ruídos hidroaéreos, mioclonia.
Alucinógena	 Agentes causadores: fenciclidina, dietilamida do ácido lisérgico (LSD), mescalina.
Quando suspeitar?
· Estado neurológico: presença de alucinações; midríase ocorre frequentemente.
· Sinais vitais: também há elevação dos parâmetros.
· Outras manifestações: distorção da percepção, despersonalização, sinestesia, nistagmo.
Opioide		Agentes envolvidos: morfina, meperidina, codeína, metadona, oxicodona.
Quando suspeitar?
· Estado neurológico: depressão do sistema nervoso central, depressão respiratória, miose, coma.
· Sinais vitais: hipotensão, bradicardia e bradipneia podem ocorrer.
· Outras manifestações: hiporreflexia, edema pulmonar.
Sedativo-hipnótica		Agentes envolvidos: benzodiazepínicos, barbitúricos, carisoprodol, zolpidem, álcool.
Quando suspeitar?
· Estado neurológico: confusão, depressão do sistema nervoso central, miose, coma.
· Outras manifestações: hiporreflexia.
· Colinérgica		Agentes envolvidos: inseticidas organofosforados, carmatos, nicotina, fisostigmina
Quando suspeitar?
· Estado neurológico: confusão e coma, miose.
· Sinais vitais: bradicardia, pode haver queda ou aumento da pressão arteriale da frequência respiratória.
· Outras manifestações: salivação, incontinência fecal ou urinária, êmese, diaforese, cólicas intestinais, broncoconstrição, fasciculações musculares, fraqueza, convulsões.
· Serotoninérgica 		Agentes envolvidos: benzodiazepínicos, barbitúricos, carisoprodol, zolpidem, álcool.
Quando suspeitar?
· Estado neurológico: confusão, depressão do sistema nervoso central, miose, coma.
· Outras manifestações: hiporreflexia.
Pacientes vítimas de mordedura por animais potencialmente transmissores da raiva podem evoluir com uma das mais temíveis complicações: a Raiva Humana. Por ser uma condição imunoprevinível, é importante saber reconhecer quando e qual profilaxia está indicada. Desta forma, trata-se de uma conduta adequada na Atenção Primária:
Escolha uma opção:
a. Luís, 15 anos, chega a Unidade de Saúde vítima de uma mordedura de um cão no braço. O ferimento é único e profundo. Durante o atendimento, é explicado a Luís que o ferimento é leve, assim a conduta adotada será a observação do animal por 10 dias. Vacinação antitetânica e antibioticoprofilaxia também não serão necessárias em acidentes leves.
b. Pedro, 20 anos foi acampar com amigos e ao escurecer não notou a presença de um morcego próximo a barraca e foi mordido no pescoço. Ainda na mesma noite, buscou atendimento hospitalar e prontamente foi iniciado soro antirrábico e aplicada primeira dose de vacina, além de feita atualização da antitetânica e iniciado antibioticoprofilaxia. 
Acidentes com morcego sempre são classificados como acidente grave. Para esses casos, está indicado a profilaxia pós exposição completa com vacina antirrábica e soro antirrábico, bem como antibioticoterapia. Além disso, o ferimento é considerado de alto risco para tétano, o que indica a aplicação da vacina antitetânica.
c. Joana, 22 anos, durante visita à casa de sua avó, foi mordida pelo seu gato, que desde o nascimento permanece exclusivamente dentro de casa. A mordida foi em sua mão, um ferimento único e profundo. Preocupada, busca atendimento na Unidade de Saúde e é informada sobre a gravidade do acidente e necessidade de aplicação duas doses da vacina antirrábica e início de antibioticoprofilaxia, além de avaliação de vacinação de antitetânica.
d. Paula, 12 anos, ganhou de presente de Páscoa um coelho. Em uma das brincadeiras, foi mordida pelo animal na perna direta. Ao ser atendida em uma Unidade de Saúde, foi informada que o acidente é leve, porém por ser um animal suspeito, ela deverá receber as quatro doses da vacina antirrábica.
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Questão 2
Completo
Atingiu 30,00 de 30,00
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Texto da questão
Acidentes com animais peçonhentos ocorrem com frequência em nosso meio, porém nem todos são de interesse médico. Sobre o tema, assinale a alternativa correta:
Escolha uma opção:
a. Uma adolescente ao calçar um sapato sente dor discreta em um dos pés. Retira o sapato e nota a presença de uma aranha pequena. Busca a Unidade de Saúde, onde é interrogada sobre as características do animal e circunstâncias do acidente. A equipe discute o caso com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica que orienta controle da dor, observação clínica com controle de exames laboratoriais, além de profilaxia antitetânica. 
Recomenda-se que casos de mordedura por animais peçonhentos sejam discutidos com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) para condução e manejo do caso. Para controle da dor, pode ser feita infiltração de anestésico tópico para boqueio troncular, além de recomendar a imersão em água morna, para alívio sintomático e uso de analgésicos. Também está indicado monitoramento laboratorial e profilaxia antitetânica, conforme histórico vacinal e a prescrição de antibióticos só será indicada para os casos de infecção secundária.
b. Um trabalhador rural chega à zona urbana trazido por amigos buscando atendimento em uma Unidade de Saúde. Confuso, com ptose palpebral e salivando bastante, aponta para lesão em membro inferior. Ao observar a lesão, você percebe sinais discretos na lesão. Como hipótese, assume se tratar de um acidente por jararaca e o encaminha para leito de internação com monitorização contínua, coleta de exames laboratoriais e aplicação de soro antibotrópico.
c. Uma criança de fase escolar leva uma picada de escorpião em mão esquerda. Os pais a levam para a Unidade de Saúde onde é feita avaliação inicial, lavagem da ferida e revisão de esquema antitetânico. Acidentes com escorpião que apresentem apenas sintomas locais, são considerados leves e não necessitam de outra intervenção, que não o controle da dor.
d. Uma criança em idade escolar começa a chorar durante brincadeira nos fundos de sua casa. A mãe ao avistá-la, nota que a criança protege uma das mãos e ao olhar para o chão, identifica uma lagarta. Preocupada, busca atendimento na Unidade de Saúde. A família é tranquilizada, informada que acidentes por lagartas evoluem de forma benigna e autolimitada e a criança é liberada com analgésicos.
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Questão 3
Completo
Atingiu 10,00 de 10,00
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Texto da questão
Intoxicações agudas são causas frequentes de busca de atendimento emergencial em saúde, estando envolvidas nesses acidentes as mais diversas substâncias. Sobre isso, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. Durante o atendimento de um caso de intoxicação aguda é importante priorizar os dados de exame físico, sinais vitais e realizar a dosagem sérica das toxinas mais prevalentes para definição de conduta e emprego de antídoto, cuja ação é mais eficaz se seu uso for precoce.
b. A lavagem gástrica é a abordagem de escolha para os casos de intoxicação aguda. Por meio dela é possível eliminar a substância tóxica e diminuir sua absorção. Ao contrário dos antídotos que estão disponíveis para poucas substâncias, a lavagem gástrica é a primeira medida a ser considerada na abordagem inicial.
c. Casos de intoxicação aguda podem ser resultantes de tentativas de suicídio, situações de violência ou negligência. No entanto, a prioridade de atendimento do caso na Atenção Primária é baseada em critérios clínicos, que identificam as situações ameaçadoras à vida. Logo, tentativas de suicídio que não envolvam exposição a níveis tóxicos, podem ser atendidos em consulta agendada.
d. O carvão ativado é uma das opções existentes para descontaminação gástrica. Ele atua reduzindo a absorção da substância tóxica, mas não é indicado em todos os casos. Uma das condições para seu uso é que a intoxicação tenha ocorrido em até 1 hora e que o paciente não apresente sinais de rebaixamento de consciência. 
É a medida de escolha para descontaminação gastrointestinal, promove a adsorção e reduz absorção dos produtos tóxicos. Pode ser indicado em até uma hora após o contato com o agente tóxico, assim não é uma opção para todos os casos. É contraindicado quando não há proteção das vias aéreas em pacientes comatosos e que há risco aumentado de sangramento e perfuração do trato gastrointestinal.
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Questão 4
Completo
Atingiu 20,00 de 20,00
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Texto da questão
Uma causa frequente entre os atendimentos médicos são os acidentes por intoxicação aguda, dentre eles está a intoxicação por medicações. Sobre o tema, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. Pacientes que ingeriram quantidade de medicação em níveis tóxicos necessitam ser encaminhadas para avaliação emergencial, mesmo que estejam assintomáticas. Essa recomendação se justifica, pois casos de intoxicação aguda podem evoluir de maneira súbita, exigindo estabilização clínica imediata. 
Intoxicação por medicações em níveis tóxicos na ausência de sintomas, por si só, não é um indicador de estabilidade, pois pode haver evolução rápida com declínio neurológico e cardiovascular com instabilidade hemodinâmica.
b. A intoxicação por paracetamol evolui em poucas horas e já se manifesta com presença de discrasias sanguíneas evidenciadas na alteração do tempo de coagulação. O antídoto disponível é a n-acetilcisteína, que temseu uso indicado para casos de ingestão de nível tóxico de paracetamol, independente do início dos sintomas.
c. Como medida inicial no atendimento dos casos de intoxicação medicamentosa com ingestão de nível tóxico da medicação recomenda-se a realização de uma anamnese completa seguida pelo exame físico e solicitação de exames laboratoriais, conforme contato com CIATox. O enfoque na anamnese se dá pela importância em saber a medicação ingerida, para logo iniciar uso de antídoto, se indicado.
d. Crianças são comumente envolvidas em situações de intoxicação aguda, especialmente da fase pré-escolar. No entanto, quadros de intoxicação medicamentosa representam maior risco de complicação e evolução para o óbito entre os adultos, haja vista que a quantidade de medicação ingerida é maior.
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Questão 5
Completo
Atingiu 0,00 de 20,00
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Texto da questão
Em relação a prevenção de acidentes por mordeduras, acidentes com animais peçonhentos e intoxicações agudas por plantas tóxicas e medicamentos é correto afirmar:
Escolha uma opção:
a. A retirada de entulhos e limpeza de terrenos evitam acidentes com animais peçonhentos, principalmente nos meses de inverno, em que os animais tendem a buscar abrigos nas casas, pois há maior fonte de calor e oferta de alimentos, o que aumenta o risco de acidentes. Por fim, a população deve ser orientada a, sempre que possível, capturar o animal agressor para facilitar a condução de um acidente. 
O período em que mais ocorre acidentes é durante os meses de verão. Além disso, embora a identificação da espécie agressora auxilie na condução do caso, sua captura por pessoa não capacitada pode expor mais um indivíduo em risco, sendo assim, uma conduta desaconselhada.
b. Como medida preventiva para Raiva Humana por mordedura de animais, inclui-se a atualização vacinal de animais domésticos e de criação (bovinos, equinos, suínos, caprinos), já que acidentes envolvendo animais vacinados dispensam a realização da profilaxia pós-exposição e requer apenas cuidados locais com a ferida.
c. Intoxicação aguda por plantas tóxicas ocorre essencialmente durante os cuidados com a manipulação e poda, já que o contato com o látex das folhas pode levar a queimaduras. Em contrapartida, a ingestão acidental de plantas tóxicas é um acidente de pouco interesse médico, em que não há risco de envenenamento ou maiores complicações.
d. Para evitar acidentes por intoxicação de medicações é necessário divulgar medidas de educação em saúde como: guardar os remédios longe de crianças e animais domésticos, descartar as embalagens adequadamente, não reaproveitar frascos para armazenar outros produtos, além de orientar que em caso de acidente, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo.
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Pacientes vítimas de mordedura por animais potencialmente transmissores da raiva podem evoluir com uma das mais temíveis complicações: a Raiva Humana. Por ser uma condição imunoprevinível, é importante saber reconhecer quando e qual profilaxia está indicada. Desta forma, trata-se de uma conduta adequada na Atenção Primária:
Escolha uma opção:
a. Luís, 15 anos, chega a Unidade de Saúde vítima de uma mordedura de um cão no braço. O ferimento é único e profundo. Durante o atendimento, é explicado a Luís que o ferimento é leve, assim a conduta adotada será a observação do animal por 10 dias. Vacinação antitetânica e antibioticoprofilaxia também não serão necessárias em acidentes leves.
b. Pedro, 20 anos foi acampar com amigos e ao escurecer não notou a presença de um morcego próximo a barraca e foi mordido no pescoço. Ainda na mesma noite, buscou atendimento hospitalar e prontamente foi iniciado soro antirrábico e aplicada primeira dose de vacina, além de feita atualização da antitetânica e iniciado antibioticoprofilaxia. 
Acidentes com morcego sempre são classificados como acidente grave. Para esses casos, está indicado a profilaxia pós exposição completa com vacina antirrábica e soro antirrábico, bem como antibioticoterapia. Além disso, o ferimento é considerado de alto risco para tétano, o que indica a aplicação da vacina antitetânica.
c. Joana, 22 anos, durante visita à casa de sua avó, foi mordida pelo seu gato, que desde o nascimento permanece exclusivamente dentro de casa. A mordida foi em sua mão, um ferimento único e profundo. Preocupada, busca atendimento na Unidade de Saúde e é informada sobre a gravidade do acidente e necessidade de aplicação duas doses da vacina antirrábica e início de antibioticoprofilaxia, além de avaliação de vacinação de antitetânica.
d. Paula, 12 anos, ganhou de presente de Páscoa um coelho. Em uma das brincadeiras, foi mordida pelo animal na perna direta. Ao ser atendida em uma Unidade de Saúde, foi informada que o acidente é leve, porém por ser um animal suspeito, ela deverá receber as quatro doses da vacina antirrábica.
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Questão 2
Completo
Atingiu 30,00 de 30,00
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Texto da questão
Acidentes com animais peçonhentos ocorrem com frequência em nosso meio, porém nem todos são de interesse médico. Sobre o tema, assinale a alternativa correta:
Escolha uma opção:
a. Uma adolescente ao calçar um sapato sente dor discreta em um dos pés. Retira o sapato e nota a presença de uma aranha pequena. Busca a Unidade de Saúde, onde é interrogada sobre as características do animal e circunstâncias do acidente. A equipe discute o caso com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica que orienta controle da dor, observação clínica com controle de exames laboratoriais, além de profilaxia antitetânica. 
Recomenda-se que casos de mordedura por animais peçonhentos sejam discutidos com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) para condução e manejo do caso. Para controle da dor, pode ser feita infiltração de anestésico tópico para boqueio troncular, além de recomendar a imersão em água morna, para alívio sintomático e uso de analgésicos. Também está indicado monitoramento laboratorial e profilaxia antitetânica, conforme histórico vacinal e a prescrição de antibióticos só será indicada para os casos de infecção secundária.
b. Um trabalhador rural chega à zona urbana trazido por amigos buscando atendimento em uma Unidade de Saúde. Confuso, com ptose palpebral e salivando bastante, aponta para lesão em membro inferior. Ao observar a lesão, você percebe sinais discretos na lesão. Como hipótese, assume se tratar de um acidente por jararaca e o encaminha para leito de internação com monitorização contínua, coleta de exames laboratoriais e aplicação de soro antibotrópico.
c. Uma criança de fase escolar leva uma picada de escorpião em mão esquerda. Os pais a levam para a Unidade de Saúde onde é feita avaliação inicial, lavagem da ferida e revisão de esquema antitetânico. Acidentes com escorpião que apresentem apenas sintomas locais, são considerados leves e não necessitam de outra intervenção, que não o controle da dor.
d. Uma criança em idade escolar começa a chorar durante brincadeira nos fundos de sua casa. A mãe ao avistá-la, nota que a criança protege uma das mãos e ao olhar para o chão, identifica uma lagarta. Preocupada, busca atendimento na Unidade de Saúde. A família é tranquilizada, informada que acidentes por lagartas evoluem de forma benigna e autolimitada e a criança é liberada com analgésicos.
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Questão 3
Completo
Atingiu 10,00 de 10,00
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Texto da questão
Intoxicações agudas são causas frequentes de busca de atendimento emergencial em saúde, estando envolvidas nesses acidentes as mais diversas substâncias. Sobre isso, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. Durante o atendimento de um caso de intoxicação aguda é importante priorizar os dados de exame físico, sinais vitais e realizar a dosagem sérica das toxinas mais prevalentes para definição de conduta e emprego de antídoto, cuja ação é mais eficaz se seu uso for precoce.
b. A lavagem gástrica é a abordagemde escolha para os casos de intoxicação aguda. Por meio dela é possível eliminar a substância tóxica e diminuir sua absorção. Ao contrário dos antídotos que estão disponíveis para poucas substâncias, a lavagem gástrica é a primeira medida a ser considerada na abordagem inicial.
c. Casos de intoxicação aguda podem ser resultantes de tentativas de suicídio, situações de violência ou negligência. No entanto, a prioridade de atendimento do caso na Atenção Primária é baseada em critérios clínicos, que identificam as situações ameaçadoras à vida. Logo, tentativas de suicídio que não envolvam exposição a níveis tóxicos, podem ser atendidos em consulta agendada.
d. O carvão ativado é uma das opções existentes para descontaminação gástrica. Ele atua reduzindo a absorção da substância tóxica, mas não é indicado em todos os casos. Uma das condições para seu uso é que a intoxicação tenha ocorrido em até 1 hora e que o paciente não apresente sinais de rebaixamento de consciência. 
É a medida de escolha para descontaminação gastrointestinal, promove a adsorção e reduz absorção dos produtos tóxicos. Pode ser indicado em até uma hora após o contato com o agente tóxico, assim não é uma opção para todos os casos. É contraindicado quando não há proteção das vias aéreas em pacientes comatosos e que há risco aumentado de sangramento e perfuração do trato gastrointestinal.
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Questão 4
Completo
Atingiu 20,00 de 20,00
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Texto da questão
Uma causa frequente entre os atendimentos médicos são os acidentes por intoxicação aguda, dentre eles está a intoxicação por medicações. Sobre o tema, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. Pacientes que ingeriram quantidade de medicação em níveis tóxicos necessitam ser encaminhadas para avaliação emergencial, mesmo que estejam assintomáticas. Essa recomendação se justifica, pois casos de intoxicação aguda podem evoluir de maneira súbita, exigindo estabilização clínica imediata. 
Intoxicação por medicações em níveis tóxicos na ausência de sintomas, por si só, não é um indicador de estabilidade, pois pode haver evolução rápida com declínio neurológico e cardiovascular com instabilidade hemodinâmica.
b. A intoxicação por paracetamol evolui em poucas horas e já se manifesta com presença de discrasias sanguíneas evidenciadas na alteração do tempo de coagulação. O antídoto disponível é a n-acetilcisteína, que tem seu uso indicado para casos de ingestão de nível tóxico de paracetamol, independente do início dos sintomas.
c. Como medida inicial no atendimento dos casos de intoxicação medicamentosa com ingestão de nível tóxico da medicação recomenda-se a realização de uma anamnese completa seguida pelo exame físico e solicitação de exames laboratoriais, conforme contato com CIATox. O enfoque na anamnese se dá pela importância em saber a medicação ingerida, para logo iniciar uso de antídoto, se indicado.
d. Crianças são comumente envolvidas em situações de intoxicação aguda, especialmente da fase pré-escolar. No entanto, quadros de intoxicação medicamentosa representam maior risco de complicação e evolução para o óbito entre os adultos, haja vista que a quantidade de medicação ingerida é maior.
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Questão 5
Completo
Atingiu 0,00 de 20,00
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Texto da questão
Em relação a prevenção de acidentes por mordeduras, acidentes com animais peçonhentos e intoxicações agudas por plantas tóxicas e medicamentos é correto afirmar:
Escolha uma opção:
a. A retirada de entulhos e limpeza de terrenos evitam acidentes com animais peçonhentos, principalmente nos meses de inverno, em que os animais tendem a buscar abrigos nas casas, pois há maior fonte de calor e oferta de alimentos, o que aumenta o risco de acidentes. Por fim, a população deve ser orientada a, sempre que possível, capturar o animal agressor para facilitar a condução de um acidente. 
O período em que mais ocorre acidentes é durante os meses de verão. Além disso, embora a identificação da espécie agressora auxilie na condução do caso, sua captura por pessoa não capacitada pode expor mais um indivíduo em risco, sendo assim, uma conduta desaconselhada.
b. Como medida preventiva para Raiva Humana por mordedura de animais, inclui-se a atualização vacinal de animais domésticos e de criação (bovinos, equinos, suínos, caprinos), já que acidentes envolvendo animais vacinados dispensam a realização da profilaxia pós-exposição e requer apenas cuidados locais com a ferida.
c. Intoxicação aguda por plantas tóxicas ocorre essencialmente durante os cuidados com a manipulação e poda, já que o contato com o látex das folhas pode levar a queimaduras. Em contrapartida, a ingestão acidental de plantas tóxicas é um acidente de pouco interesse médico, em que não há risco de envenenamento ou maiores complicações.
d. Para evitar acidentes por intoxicação de medicações é necessário divulgar medidas de educação em saúde como: guardar os remédios longe de crianças e animais domésticos, descartar as embalagens adequadamente, não reaproveitar frascos para armazenar outros produtos, além de orientar que em caso de acidente, deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo.
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Terminar revisão
O atendimento de acidentes causados por mordedura de animais ou de intoxicação por animais peçonhentos, plantas tóxicas e medicamentos muitas vezes pode se apresentar como uma urgência ou emergência. Tendo em vista o papel da Atenção Primária no manejo desses casos, dentre as situações a seguir, aquela que apresenta conduta adequada é:
Escolha uma opção:
a. Luísa, 3 anos, passou a manhã brincando no jardim da casa de sua avó. Ao chegar em casa, sua mãe observou que Luísa estava salivando e seus lábios estavam inchados. Preocupada, levou a criança para atendimento na unidade de saúde. Chegando lá, a família foi ouvida pelos funcionários da recepção, que já incluíram a criança para atendimento pela enfermeira da equipe. Durante o atendimento, a enfermeira registrou sinais vitais estáveis e discutiu o caso com a médica, que examinou a criança. Ao final, optaram por encaminhar o caso para a Vigilância Epidemiológica.
b. João, 15 anos, foi mordido na mão pelo cachorro do vizinho. Ao chegar em casa, ele mesmo lavou a ferida e preferiu não contar para sua mãe, com medo de ser advertido. No dia seguinte, acordou com a mão doendo, inchada, vermelha e com presença de pus. Não tendo mais como esconder, contou para sua mãe, que, ao ver o ferimento, o levou imediatamente para atendimento na unidade de saúde. Chegando lá, antes do acolhimento, a técnica de enfermagem já informou que, por ser acidente grave com suspeita de Raiva, não se poderia atrasar o início da profilaxia pós-exposição e os orientou a buscar atendimento diretamente no hospital do município.
c. Maria foi retirar parte de um entulho de uma construção vizinha à sua casa. Ao final do dia, notou que havia uma bolha em sua mão, mas não deu importância. No dia seguinte, acordou com febre, calafrios, mal-estar e urina avermelhada. Diante dos sintomas de Maria, seu marido decidiu levá-la à unidade de saúde, onde fizeram a lavagem da ferida, debridaram o tecido e administraram a vacina antitetânica. Pelo quadro clínico e suspeita de picada de aranha, a equipe de saúde decidiu encaminhá-la ao Serviço Hospitalar de Referência para seguimento clínico-laboratorial. 
Acidentes com aranha marrom normalmente causam dor discreta no momento da picada, mas podem evoluir com sintomas sistêmicos, incluindo hemoglobinúria, icterícia, anemia, coagulação intravascular disseminada e insuficiência renal aguda, além de necrose com a tríade cutânea: bolha ou equimose ou pequena necrose circundada por isquemia e seguida de área eritematosa. Logo, a presença de sinais de alarme e a suspeita de acidente por picada de aranha marrom torna necessário o encaminhamento para unidade de emergência.
d. Pedro, 38 anos, estava retirando folhagens do quintal quando sentiu uma picada dolorosa no dorso da mão e avistouum escorpião amarelo se mover rapidamente. Sentindo bastante dor no local, decidiu buscar atendimento na unidade de saúde, onde foi atendido e o bloqueio anestésico foi realizado. Ao final do atendimento, foi orientado a retornar para reavaliação em 24 horas, já que, por ser considerado um acidente leve, não houve necessidade de ser mantido em observação na unidade ou mesmo de realizar exames complementares.
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A resposta correta é: Maria foi retirar parte de um entulho de uma construção vizinha à sua casa. Ao final do dia, notou que havia uma bolha em sua mão, mas não deu importância. No dia seguinte, acordou com febre, calafrios, mal-estar e urina avermelhada. Diante dos sintomas de Maria, seu marido decidiu levá-la à unidade de saúde, onde fizeram a lavagem da ferida, debridaram o tecido e administraram a vacina antitetânica. Pelo quadro clínico e suspeita de picada de aranha, a equipe de saúde decidiu encaminhá-la ao Serviço Hospitalar de Referência para seguimento clínico-laboratorial.
Questão 2
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Texto da questão
O atendimento de paciente vítima de mordedura, arranhadura ou lambedura provocadas por animais é considerado uma urgência médica, pois é necessário avaliar as indicações de profilaxia pós-exposição para Raiva Humana, bem como a necessidade de imunização antitetânica e abordagem à ferida, considerando início de antibióticos. Sobre os casos de mordedura, arranhadura ou lambedura provocadas por animais, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. No atendimento de um caso de lambedura de mucosa, são considerados acidentes graves exclusivamente aqueles causados por morcego. Nesses casos, é necessário seguir o protocolo completo de profilaxia pós-exposição.
b. No atendimento de um caso em que o paciente informa que, ao despertar, notou a presença de um morcego no interior do domicílio, o caso só se torna suspeito se o paciente apresentar alguma lesão aparente ou sintoma relacionado.
c. Em caso de acidentes com mamíferos domesticados com interesse econômico e de produção, a conduta é a mesma aplicada em relação aos cães e gatos: observação do animal agressor no prazo de 10 dias para definição da conduta recomendada.
d. No atendimento de um caso de mordedura por animal suspeito, na unidade de saúde, deve-se lavar o ferimento com água, sabão e antisséptico. A depender do histórico vacinal, é indicada vacina antitetânica. A vacina antirrábica não deve ser aplicada em glúteo. 
A abordagem ao ferimento provocado por mordedura animal inclui lavagem abundante com água e sabão e aplicação de antissépticos (polivinilpirrolidona-iodo, digluconato de clorexidina ou álcool iodado). A vacina antirrábica, quando necessária, não deve ser aplicada em glúteo, pois o tecido adiposo lentifica sua absorção. Além disso, toda mordedura é considerada de risco potencial para tétano, portanto a vacina antitetânica está indicada para todos os casos de mordedura, cujo histórico vacinal do paciente comprove que a última dose foi aplicada há mais de cinco anos ou mesmo se o histórico for incompleto ou desconhecido.
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A resposta correta é: No atendimento de um caso de mordedura por animal suspeito, na unidade de saúde, deve-se lavar o ferimento com água, sabão e antisséptico. A depender do histórico vacinal, é indicada vacina antitetânica. A vacina antirrábica não deve ser aplicada em glúteo.
Questão 3
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Texto da questão
Acidentes com animais peçonhentos envolvem picadas de animais que apresentam aparelho inoculador de veneno, sendo eles: ofídios, aracnídeos (aranhas e escorpiões), mariposas, abelhas, formigas, vespas, besouros, lacraias, peixes (arraias) e cnidários (águas vivas e caravelas). Considerando o manejo clínico e a prevenção desses acidentes, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. A picada da aranha armadeira é a de maior risco, pois inicia-se assintomática, e evolui com bolha, isquemia e eritema, necessitando de soro antiaracnídeo. Para prevenção, deve-se manter locais bem iluminados e evitar mexer em entulhos. 
A aranha com acidente de maior risco é a aranha marrom e apenas os casos moderados e graves necessitam do soro antiaracnídeo. As medidas de prevenção incluem: manter locais bem iluminados; não mexer em entulhos ou materiais de construção; ao calçar os sapatos, inspecionar seu interior para identificar a presença de algum aracnídeo.
b. Os acidentes de maior gravidade envolvendo escorpiões são aqueles causados pelo escorpião amarelo. No entanto, na maioria dos casos, a evolução é benigna com baixa morbimortalidade, excetuando-se os casos em crianças.
c. Os acidentes com abelhas que evoluem com desfechos graves são aqueles decorrentes de reação alérgica, que, além das reações locais, podem apresentar sinais e sintomas cutâneos, respiratórios e circulatórios.
d. Acidentes com lagartas do gênero Lonomia são em sua maioria benignos, apresentam apenas sintomas locais, não cursam com complicação clínica, e por isso geralmente não são de interesse médico.
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A resposta correta é a opção B. 
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Entre as espécies de escorpião, a de maior importância médica pertence ao gênero Tityus. Os acidentes moderados e graves ocorrem principalmente em crianças, com aparecimento de manifestações sistêmicas.
A resposta correta é: Os acidentes de maior gravidade envolvendo escorpiões são aqueles causados pelo escorpião amarelo. No entanto, na maioria dos casos, a evolução é benigna com baixa morbimortalidade, excetuando-se os casos em crianças.
Questão 4
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As intoxicações agudas são uma das principais causas que levam à procura por atendimento em serviços de saúde. As intoxicações podem ser causadas por diversos agentes, de medicamentos a plantas tóxicas. Sobre as intoxicações agudas, é correto afirmar que:
Escolha uma opção:
a. A tentativa de suicídio é a principal causa de intoxicações agudas ocasionadas por medicamentos. Assim, investir em medidas preventivas é uma medida pouco eficaz para diminuição dos casos de intoxicação aguda.
b. As intoxicações agudas são classificadas em síndromes tóxicas. É a partir delas que se estabelece a suspeita diagnóstica, logo não é necessário exame toxicológico para o início do tratamento.
c. A população pediátrica é a de maior risco para os casos de intoxicações agudas, pois a maioria dos casos de intoxicação por medicamentos evolui para o óbito, o que torna fundamentais as medidas preventivas.
d. Os acidentes com plantas tóxicas ocorrem, em sua maior parte, pelo erro na identificação da espécie, logo é importante que o cultivo e o consumo de plantas sejam feitos apenas após a certificação da espécie. 
A grande maioria das intoxicações por plantas ocorre de forma acidental em crianças de até três anos com plantas ornamentais presentes nas residências. As espécies de Dieffenbachia (“comigo-ninguém-pode”) ocupam o primeiro lugar nas intoxicações provocadas por plantas.
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A resposta correta é a opção B. 
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As síndromes tóxicas permitem identificar a classe farmacológica da substância envolvida, o que possibilita a instituição de tratamento de suporte e do antídoto, se existente, sem que seja necessária a dosagem sérica da substância para início da terapia.
A resposta correta é: As intoxicações agudas são classificadas em síndromes tóxicas. É a partir delas que se estabelece a suspeita diagnóstica, logo não é necessário exame toxicológico para o início do tratamento.
Questão 5
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O papel do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) na condução de casos de acidentes com animais peçonhentos e intoxicações agudas é:
Escolha uma opção:
a. Prestar informações sobre toxicologia aos profissionais de saúde e à população em geral, além de atuar no atendimento ao paciente intoxicado e gerar dados em saúde por meio de informações epidemiológicas. 
O Centrode Informação e Assistência Toxicológica tem como papel prestar informações sobre toxicologia aos profissionais de saúde e à população em geral, além de atuar no atendimento ao paciente intoxicado e gerar dados em saúde por meio de informações epidemiológicas. O CIATox também atua em medidas de prevenção a acidentes e presta suporte clínico laboratorial às equipes assistentes.
b. Atuar como serviço clínico presencial, sendo uma possível porta de entrada para atendimento e encaminhamento de um caso suspeito de intoxicação aguda ou picada de animal peçonhento para os serviços de referência.
c. Ser responsável, juntamente com demais entidades, por gerir e produzir insumos para antídotos, soros e imunoglobulinas aplicados nos atendimentos de acidentes com animais peçonhentos e intoxicações agudas.
d. Ser responsável, juntamente com a Vigilância Epidemiológica, pelas ações de promoção, prevenção e controle dos agravos de saúde da população nas regiões de saúde ao qual está vinculado.
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A resposta correta é: Prestar informações sobre toxicologia aos profissionais de saúde e à população em geral, além de atuar no atendimento ao paciente intoxicado e gerar dados em saúde por meio de informações epidemiológicas.

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