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MATERIAL DE ETICA

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GRUPO REGIONAL DE CURSOS - GRC 
PROFESSOR: Adm. João Silva 
Aluno(a) 
 
Turma: ( )Segunda ( )Terça ( )Quarta ( )Quinta ( )Sexta ( )Sábado 
Horário: ( ) 8h ( )9h ( )10h ( ) 12h ( )14h ( )15h ( )16h 
 
Etica e Moral 
 
Estudo de caso 
Caso 1 
Os valores na empresa familiar 
 Minha família administra uma empresa no mercado há mais de 42 anos. Com a morte do meu avô, a 
empresa entrou em crise e o modelo de administração de meu tio e minha mãe, baseado na honestidade e na 
integridade, está sendo questionado por toda família, inclusive por eles. 
 Porém, estou convencida de que a principal crise foi a descrença nascida entre meus próprios familiares 
acerca de sua capacidade de gestão. 
 Minha família é dividida entre os filhos da primeira e os da segunda esposa de meu avô falecido. O modelo 
administrativo da segunda família é famoso pela desonestidade e é muito bem sucedido, inclusive pelos méritos 
inegáveis de sua gestão. 
 Pressionados pelos seus irmãos, minha mãe e meu tio são "acusados" de serem honestos, o que seria 
incompatível com a profissão de empresário. 
 Eu não sou empresária. Sou professora de direito e diretora de uma associação de defesa do consumidor. 
Na minha perspectiva, os consumidores têm buscado um perfil cada vez mais diferenciado do fornecedor. 
Infelizmente temos que enfrentar fornecedores, clientes, concorrentes e outros profissionais destituídos de 
escrúpulos. 
 Para marcarmos a nova fase administrativa que inauguraremos, estou propondo que nossas virtudes sejam 
assumidas por nós mesmos como nossa maior marca. 
 Eu tenho afirmado que eles devem apostar nos seus valores e que o modelo de administração sem ética e 
desumana está em baixa. 
 Gostaria de elementos que pudessem ajudá-los a ver que não estão errados como todos afirmam. Toda ajuda 
e conselho serão bem-vindos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GRUPO REGIONAL DE CURSOS - GRC 
PROFESSOR: Adm. João Silva 
Aluno(a) 
 
Turma: ( )Segunda ( )Terça ( )Quarta ( )Quinta ( )Sexta ( )Sábado 
Horário: ( ) 8h ( )9h ( )10h ( ) 12h ( )14h ( )15h ( )16h 
Etica e Moral Caso 2 Ultrapassando os limites do poder 
Andréia trabalhava há mais de dois anos em uma das empresas da holding Caessa, proprietária de diversas empresas das 
áreas agrícola e de mineração. Tinha uma boa relação com seu chefe Victor, quem considerava Andréia muito eficiente. 
Quando Victor foi promovido à gerência da holding, não duvidou em levá-la com ele. Isto coincidiu com o fato de que Andréia, 
que costumava ter problema de sobrepeso, emagreceu e começou a freqüentar a academia, todas as manhãs. No entanto, 
sempre chegava pontualmente, na hora fixada em seu contrato. Além disso, poucos meses depois, Andréia começou um 
relacionamento, razão pela qual deixou de ficar trabalhando até mais tarde, como fazia antes. De repente a relação entre Victor 
e Andréia, que antes funcionava às mil maravilhas, começou a ter problemas. Victor a convocava para reuniões às 8 horas da 
manhã, sabendo que a essa hora ela devia ir à academia, enquanto ele chegava depois das 10 horas. Além disso, todos os 
outros diretores demonstravam que estavam muito contentes com o trabalho de Andréia, enquanto Victor nunca parecia estar 
satisfeito e manifestava permanentemente seu descontentamento, inclusive chegou a dizer-lhe que trabalhava melhor quando 
era gorda. Andréia se sentia desolada e não entendia o que estava acontecendo. Ela continuava se esforçando ao máximo a 
cada trabalho realizado e sentia que não poderia agüentar por muito tempo essa situação. 
Algo havia mudado 
Certa manhã Victor chamou Andréia em sua sala e a repreendeu duramente por entender que ela havia elaborado muito mal 
uma informação, por não ter colocado a numeração das páginas. Ela perguntou se o resto estava bom e ele respondeu que 
ainda não tinha lido. Andréia sentiu que isto era mais do que poderia suportar. Seu trabalho não a motivava, chegava no horário 
e se retirava o antes possível. Tinha perdia o respeito que antes nutria por seu chefe. Tudo chegou a um limite insuportável, 
quando Victor, muito bravo porque Andréia já não ficava além do horário, exigiu-lhe, sob ameaça de ser despedida, que 
chegasse mais cedo e saísse mais tarde. Andréia devia escolher entre seu trabalho e sua vida privada - e sua saúde- já que 
o que lhe estava sendo exigido significava deixar de ir à academia, voltar a engordar e não dedicar tempo ao seu namorado. 
O resto da equipe, ciente da situação, tomou partido de Andréia, o que interferia na relação que mantinham com Victor, de 
modo que cada dia confiavam menos nele, perdiam o respeito por ele e lhe falavam o mínimo possível, já que ninguém queria 
ficar trabalhando além do horário. 
Uma relação que virou pó 
Andréia era uma mulher muito esforçada e Victor lhe havia dado a oportunidade de se desenvolver, ao levá-la para ocupar um 
cargo melhor e com maiores desafios. Antes de todas essas mudanças sua relação era satisfatória O que havia de errado? 
Além disso Andréia sempre havia pensado que seu chefe estaria contente com seu emagrecimento e por ter iniciado um 
namoro, mas a partir destes fatos surgiram apenas reações negativas. A isso se acrescenta que, em razão do novo cargo que 
ocupava, Victor sofria muitas pressões e não estava certo de poder administrar esse problema. Sentia que necessitava, mais 
que nunca, exigir de Andréia que o ajudasse a superar essa dificuldade. 
Descrédito e desconfiança 
Como vemos, Victor, sufocado por novas exigências não conseguiu balancear a autoridade formal e informal e tentou exigir 
de Andréia que fizesse muito mais do esperado, exercendo poder sobre ela, caindo no mal uso da autoridade formal. Abusou 
de seu poder e, inclusive, a maltratou psicologicamente. Não tinha nenhuma consideração por ela, não havia apreço pelas 
circunstâncias que envolviam a vida de sua colaboradora, que agora podia ser mais feliz em sua vida pessoal. Isto não só 
repercutia em Andréia mas em toda a equipe. Ainda que todos continuassem cumprindo suas obrigações dentro do mínimo 
esperado, Victor já não lhes podia pedir que fizessem esforços adicionais. Eles haviam perdido a confiança em Victor e a 
motivação. Victor estava desacreditado perante seus colaboradores, como chefe. Por mais que impusesse sua autoridade 
formal, sem a informal, os empregados não o apoiavam nem se comprometiam com sua causa. Victor ficara só. Victor não 
compreendeu que para motivar Andréia não precisa impor-lhe seu poder. Que Andréia e seus colegas se motivariam na medida 
em que o respeitassem como pessoa e como chefe. Mas, Victor, não havia sido antes um chefe respeitável? O que o fizera 
mudar? Talvez agora pudesse questionar suas tentativas de impor sua autoridade e retomar uma boa relação de confiança 
com seus colaboradores. Finalmente havia chegado a perguntar-se se as mudanças em motivação e desempenho não se 
atribuíam às suas más reações. Seria tarde para Victor? Poderia consertar a situação? 
Fonte: La Tercera. Jornal Chileno. Ed. 13/08/2005 (eClass.cl) Escuela de Negócios de la Universidad Adolfo Ibanez). Tradução 
de Maria do Carmo Whitaker. 
 
GRUPO REGIONAL DE CURSOS - GRC 
PROFESSOR: Adm. João Silva 
Aluno(a) 
 
Turma: ( )Segunda ( )Terça ( )Quarta ( )Quinta ( )Sexta ( )Sábado 
Horário: ( ) 8h ( )9h ( )10h ( ) 12h ( )14h ( )15h ( )16h 
Etica e Moral 
Caso 3 
Ética e choque cultural na empresa 
Características da empresa e do colaborador 
Um consultor nos relata o caso de um profissional com excelente qualificação técnica, grande experiência e profundo senso de 
responsabilidade, que estava há muito tempo em uma organização. Ele tinha qualificação para ser promovido a diretor mas estava 
estacionado no posto de gerente. Qual o motivo? Choque cultural, de acordo com o consultor. Tratava-se de uma empresa alemã cujo 
ambiente de trabalho era circunspecto, silencioso e formal. O temperamento do gerente era oposto. Alegre eexpansivo, gostava de contar 
casos engraçados e de rir, chegando a fazer algumas ironias com a seriedade dos outros. Os diretores viam seu comportamento como 
imaturo e não confiável. "Não dá para confiar, ele é meio moleque", disse um dos diretores. "É inteligente, muito bem preparado, mas é um 
pouco fora do padrão." 
Diagnóstico do consultor 
O consultor apresentou à direção da empresa o diagnóstico de falta de afinidade cultural. Os diretores, segundo ele, concordaram com sua 
avaliação “com extrema correção e sentido ético” e deixaram-no à vontade para encontrar outra oportunidade para aquele profissional. O 
consultor assim fez. Encontrou e ofereceu ao gerente um cargo de direção em outra companhia, proposta que ele prontamente aceitou. 
Questões para discussão 
1. O caso é realmente de conflito de valores? Para responder essa pergunta, identifique os valores comumente professados pelas empresas. 
Você pode conseguir esses dados pesquisando na página de valores dos sites de grandes corporações. Nessas páginas, existem valores 
organizacionais tais como “circunspecção”, “seriedade” (restrição ao riso) e “formalidade”, que, de acordo com o consultor, são características 
da cultura da empresa em pauta? Se não existem, então o que significam esses termos? 
2. Se você fosse diretor da empresa, teria coragem de tornar público que você recu-sou a promoção ao gerente em razão de sua “falta de 
maturidade e de confiabilidade”? Você sustentaria que era justo recusar a promoção porque ele era inteligente e bem preparado , tinha 
excelente qualificação técnica, grande experiência e um profundo senso de responsabilidade, mas tinha o pecado de ser alegre e expansivo, 
de gostar de contar casos engraçados e de rir? Você teria coragem de enfrentar um debate no Sindicato dos Metalúrgicos? De ir ao programa 
“Roda Viva” da TV Cultura? De enfrentar uma CPI? 
3. Pelo enunciado do caso, percebe-se que a empresa não tinha intenção de promover o gerente. A companhia, porém, não o informou 
desse fato. Pergunta-se: foi ética a conduta da companhia? Para responder esta pergunta, responda três outras questões: 1ª) 
Independentemente da iniciativa do profissional, a organização tinha o dever de lhe comunicar que ele não seria promovido? 2ª) Os diretores 
tinham obrigação de lhe dizer o que pensavam dele? 3ª) Ao silenciar e deixá-lo estacionado no mesmo cargo por um longo tempo, a empresa 
causou-lhe algum dano, por exemplo, causou-lhe humilhação ou prejudicou sua carreira profissional ou seus rendimentos? 
4. O que é confiabilidade? Como uma pessoa se torna confiável aos olhos de outra? De acordo com os dados disponíveis, a empresa tinha 
razões concretas para não confiar no profissional? Quais razões? Se não tinha, qual o verdadeiro problema? 
5. Qual a relação entre esse caso e a questão da diversidade no ambiente de trabalho? 
 
* Flavio Farah é mestre em administração de empresas, professor universitário, palestrante, articulista e autor do livro “Ética na gestão de 
pessoas”. 
 
 
 
 
 
GRUPO REGIONAL DE CURSOS - GRC 
PROFESSOR: Adm. João Silva 
Aluno(a) 
 
Turma: ( )Segunda ( )Terça ( )Quarta ( )Quinta ( )Sexta ( )Sábado 
Horário: ( ) 8h ( )9h ( )10h ( ) 12h ( )14h ( )15h ( )16h 
Etica e Moral 
Caso 4 Um gestor temperamental... Autor(a): Sonia Jordão* 
Imagine que uma empresa contrate um novo gestor na área comercial com a expectativa de que as vendas aumentem. No início do 
trabalho, até parece que isso vai acontecer, mas, com o passar do tempo, os resultados alcançados ficam cada dia mais distantes das 
metas. Mesmo o gestor sendo um profissional com um excelente currículo, comprometido, trabalhador e responsável, infelizmente, tudo 
isso não é suficiente: é preciso atingir as metas. 
 
Mas por que será que o gestor, ainda que bem qualificado, não conseguiu atingir as metas? Ele não sabe. E quando é demitido tem uma 
sensação terrível, mas mesmo assim tenta não se sentir um fracassado. Acredita que bons profissionais não ficam desempregados e é 
consciente de seu valor e de seu potencial. Por isso, prepara-se para procurar um novo emprego. Atualiza seu currículo, envia para 
diversas empresas e o cadastra em alguns sites. 
 
Quando é chamado para alguma entrevista busca conhecer a empresa para se sentir mais preparado. Pensa que não ter conseguido bons 
resultados não é motivo para desanimar. Porém, está consciente que se não der certo dessa vez, sua carreira correrá sérios riscos. 
 
Consegue uma vaga na área comercial e, após alguns meses, aumenta as vendas significativamente. Procura defender os interesses da 
Empresa onde trabalha, para que tenha lucratividade, mas também consegue defender os interesses dos clientes junto a Empresa. É 
muito bom negociador e tem a empatia como ponto forte de suas características. 
 
Depois de um tempo na empresa, recebe uma reclamação de seu principal cliente. Verifica o que aconteceu e descobre que a reclamação 
procede: o setor de produção cometeu um erro. Resolve ir até a produção para informar o que havia ocorrido e preparar o pessoal para 
que corrijam o problema. Chama algumas pessoas da equipe de produção para discutirem a melhor solução e, à medida que explica o que 
aconteceu, aumenta seu nervosismo. Não consegue entender como cometeram aquele erro, e justamente com seu principal cliente. Sem 
conseguir dominar seus sentimentos, quando menos se espera grita com o funcionário que ele acredita ter cometido o erro. Depois de 
dizer tudo que acha ser importante, acalma-se um pouco e volta para suas atividades. 
 
Quando explode, o gestor temperamental acredita que está com a razão e não percebe que sua forma de falar magoa as pessoas. Em 
alguns casos, ele briga com pessoas que são peça-chave na Empresa, funcionários daqueles que são difíceis encontrar outro com 
tamanha competência. Um daqueles que é preciso fazer de tudo para não perdê-lo. 
 
O pior da atitude do gestor é que, quando o funcionário comete algum erro, ele chama a atenção do profissional na frente de seus colegas 
e de uma forma que nem lhe permite se justificar. Aí, por medo de errar e ser chamado a atenção novamente, o profissional deixa também 
de tomar novas atitudes, tentar inovar. Isso porque sabe que se cometer qualquer erro, acabará vendo uma explosão do gestor e se 
recebe uma repreensão sente-se arrasado. 
A alta direção toma conhecimento do acontecido e como acreditam que é possível conseguir resultados positivos sem impor nada, mostra 
ao gestor que ele não está agindo de acordo com os valores da organização. Avisam que mesmo vendendo muito, isso não é suficiente 
para o gestor permanecer na empresa. Resolvem, então, lhe dar uma última oportunidade. 
 
O gestor pensa: o que fazer? Sem resultados é demitido. Com resultados também corre o risco de ser demitido mais uma vez... 
Ao analisar bem o problema descobre que atualmente a liderança na base do “comando e controle” não obtém o mesmo resultado de há 
alguns anos atrás. 
 
Seus pensamentos se articulam e se refletem nas seguintes questões: 
1. Quando o líder comete um erro deve ou não pedir perdão? O reconhecimento do erro ajuda na recuperação da dignidade e na mudança 
de atitude? 
2. Quem pretende ser um vencedor na vida, como deve encarar seus erros? 
3. Os erros dos subordinados justificam o erro do líder? 
4. Como evitar a reação por impulso e refletir sobre a solução mais adequada, com a cabeça fria? 
5. Como motivar os subordinados? Como prestigiá-los e desafiá-los? 
6. Como corrigir os erros dos subordinados? 
Texto baseado no conteúdo do romance corporativo “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo” de autoria de Sonia 
Jordão. 
Fonte: *Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante, consultora empresarial e escritora. Autora de diversos livros sobre 
liderança. 
 
 
GRUPO REGIONAL DE CURSOS - GRC 
PROFESSOR: Adm. João Silva 
Aluno(a) 
 
Turma: ( )Segunda( )Terça ( )Quarta ( )Quinta ( )Sexta ( )Sábado 
Horário: ( ) 8h ( )9h ( )10h ( ) 12h ( )14h ( )15h ( )16h
Você passaria no Teste da Honestidade? 
Perguntamos aos brasileiros como eles reagiriam a várias situações 
do dia-a-dia. As respostas foram fascinantes – e reveladoras. (Por 
Barbara Axt e Renata Klar - Publicado originalmente na revista 
Seleções de agosto/2005) 
No último dia de férias no Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, 
você faz as malas. As belas e felpudas toalhas do hotel, ainda limpas, 
estão penduradas ali perto. Você pega uma e guarda na mala? 
• Você paga por apenas um ponto de conexão da sua TV por 
assinatura, mas descobre como conectar rapidamente as outras TVs 
da casa. Você faz isso? 
• Ao deixar o supermercado, você percebe que a caixa lhe deu troco 
a mais. Você vai embora ou volta e devolve o dinheiro? 
Pesquisa encomendada ao Instituto Gerp 
Mais cedo ou mais tarde, todos deparamos com situações como 
estas. Você faria o que é certo? Por quê? Para descobrir, Seleções 
encomendou uma pesquisa ao Instituto Gerp, realizada em dez 
capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Belo 
Horizonte, Brasília, Fortaleza, Porto Alegre, Curitiba, Recife e Belém. 
Em cada uma, 140 pessoas, com pelo menos 18 anos, foram 
confrontadas com 12 situações do dia-a-dia, para testar sua noção de 
certo e errado. 
Os resultados não são um barômetro científico da virtude dos 
brasileiros, mas sim um instigante exercício de auto-avaliação – talvez 
um teste para a capacidade de responder a perguntas com 
honestidade. No geral, nós brasileiros não nos saímos mal. 
Toalhas do hotel 
Apenas 13% dos entrevistados, por exemplo, disseram que pegariam 
uma toalha do hotel. E por que não pegariam? Adriano Cunha, 24 
anos, advogado de Recife, disse: “Não levaria porque as toalhas não 
são minhas.” Liliane Nogueira Paulo, de Curitiba, explicou: “Levar a 
toalha daria prejuízo para o hotel, o que provavelmente encareceria o 
preço da hospedagem.” 
Já Rutilene do Socorro Silva, estudante de enfermagem em Belém, 
não teve dúvidas na hora de responder: “Levaria sim, com certeza! 
Elas são tão lindas! Vejo nas novelas aquelas toalhas maravilhosas. 
Eu ia querer levar uma de lembrança. E uma só não ia fazer falta, não 
é?” Em hotéis é fácil guardar as toalhas na bolsa sem maiores 
conseqüências. Em motéis, entretanto, os quartos são revistados 
antes que o cliente seja liberado. Mas parece que nem todos se 
lembram disso. 
“Um amigo foi ao motel com a mulher, que guardou duas toalhas na 
bolsa. Na hora de pagar a conta, as peças foram cobradas. Meu 
amigo ficou com tanta vergonha que fingiu que mal conhecia a própria 
mulher, dizendo ‘A gente conhece cada pessoa por aí, não é 
mesmo?’”, conta uma dentista de Porto Alegre. 
“Gato” da TV por assinatura 
O fato de estar fazendo algo errado não parece incomodar os 41% 
dos moradores de São Paulo que declararam que fariam um “gato” da 
TV por assinatura. Não muito diferente dos 36% de potenciais “gatos” 
de Belo Horizonte – que estão um pouco acima da média brasileira 
de 31%. 
Diego Fonseca, de Belo Horizonte, é um dos que não teriam pudor 
em fazer um “gato” em casa. “Não tenho TV a cabo, mas os meus 
amigos que têm fazem ‘gato’. Nenhum deles teve problema por isso”, 
justifica. 
Na hora de fazer a coisa certa, a diferença entre homens e mulheres 
é, na média nacional, estatisticamente irrelevante: entre os brasileiros 
que declararam que fariam um “gato” da TV por assinatura, 52% são 
homens e 48%, mulheres. A diferença entre o comportamento dos 
sexos foi maior em Porto Alegre – 43% dos homens fariam um gato 
contra apenas 26% das mulheres –, mas no Rio, o porcentual de 
homens e mulheres que fariam um gato foi o mesmo: 23%. 
Honestidade coisa de jovens ou velhos? 
Encontramos pelo país jovens (de 18 a 35 anos) que não acreditam 
ser menos honestos do que os mais velhos. Diego Barbosa, promotor 
de vendas em Curitiba, tem 19 anos e afirma que esta não é uma 
questão ligada à idade: “Honestidade depende da criação da pessoa. 
Tem jovem que faz tudo direitinho, e gente mais velha que é bem 
malandra”, explica. 
No entanto, em Recife, 25% dos jovens levariam canetas e envelopes 
do trabalho para usar em casa, enquanto apenas 6% daqueles de 
mais de 45 anos o fariam. 
Material de escritório 
Ainda em relação ao material de escritório, quem se saiu pior foi São 
Paulo: 27% confessaram que levariam artigos para casa – contra 4% 
em Belo Horizonte e 17% da média nacional. 
Outro ponto perdido pelos paulistanos: parar o carro em espaços 
reservados para deficientes. Dos entrevistados, 31% admitiram que 
fariam isso, caso fossem comprar apenas um artigo no supermercado 
e o estacionamento estivesse lotado. Isso contrasta com os 23% de 
todos os brasileiros e com apenas 14% das pessoas do Rio de 
Janeiro. 
Vagas reservadas para deficientes 
Lilian Mendonça estuda jornalismo em Brasília e, mesmo numa 
situação extrema, não estaciona em vagas para deficientes. “Se 
existem essas vagas, temos de respeitar.” No entanto, admite que 
muitos não agem assim: “Já vi gente que não é deficiente parar 
nessas vagas”, diz ela. “Mas nunca falei nada. Não adianta, vai entrar 
por um ouvido e sair pelo outro.” 
Respeitar ou furar fila 
Digamos que você esteja numa longa fila à espera do ônibus. Chove 
muito e, quando o ônibus chega, você percebe que não vai conseguir 
entrar – a menos que fure a fila. O que você faz? Em Recife, 40% dos 
moradores disseram que furariam a fila, contra apenas 6% dos 
moradores de Salvador e 17% da média nacional. 
Uma das entrevistadas de Recife, Maria de Lourdes, 25 anos, admitiu 
que furaria a fila porque “é horrível ficar molhada em um dia chuvoso”. 
Em Belém, 32% afirmaram que furariam a fila. O que o técnico de 
informática Anderson Neves, de Belo Horizonte, não faria. “Mesmo 
que meu ônibus tivesse fila, eu não passaria a frente. É falta de 
respeito.” 
Tem gente que procura justificativas: “Se tiver um monte de crianças 
fazendo bagunça, saindo da escola e atrapalhando a entrada do 
ônibus, aí furo a fila”, afirma o motoqueiro José Alves, 29 anos, de 
Curitiba. 
Limite de velocidade no trânsito 
Perguntados se dirigiriam a uma velocidade 20 km/h acima do limite, 
às 21 horas, numa via expressa quase vazia, 63% dos moradores de 
Recife admitiram que sim – comparados à média nacional de 51%. O 
estudante de engenharia Djan Bernardo, de Recife, justifica sua 
resposta: “Ultrapasso o limite por segurança. É melhor correr o risco 
por uma falha minha do que ser assaltado. Ficar parado na rua à noite 
pode ser perigoso.” 
E quanto a beber e dirigir? Suponha que você tenha bebido demais 
em uma festa, e suspeite estar acima do teor de álcool permitido pela 
lei. Ainda assim, você volta para casa dirigindo? 
Rio de Janeiro e São Paulo, com respectivamente 14% e 13%, 
ficaram em posição bem parecida com a média nacional – 16% de 
respostas positivas –, contrastando com os 26% de Fortaleza. 
Raquel Brasileira (o nome dela é este mesmo!), 26 anos, é de 
Fortaleza, mas tem uma solução segura para o impasse. “Não gosto 
de pegar o carro depois de beber. Costumo levar comigo uma pessoa 
que não bebe, que volta dirigindo.” 
Devolução de troco 
Situação clássica: no supermercado, você percebe que a caixa lhe 
deu troco a mais. Você devolve? Três quartos dos brasileiros 
responderam que sim, e os moradores do Rio de Janeiro e de 
Salvador alcançaram marca ainda mais expressiva: 93%. 
Uma analista de sistemas do Rio de Janeiro de 35 anos pensa no 
funcionário que errou na conta. “Devolvo o troco a mais porque sei 
que é o atendente que vai ter de repor o dinheiro.” 
Esse também é o argumento da estudante Fabiane Lopes, de 
Brasília. “Isso aconteceu comigo uma vez. Voltei e devolvi para a 
caixa do supermercado porque no fim do dia o dinheiro ia estar 
faltando e isso a prejudicaria no emprego.” 
Isso é algo que nunca tinha passado pela cabeça de Isabela do 
Nascimento, advogada de Fortaleza quejá ficou uma vez com o troco 
a mais. “Acho errado ficar com o dinheiro, mas uma vez já fiquei”, 
confessa. “Existe uma grande diferença entre o que a gente diz e o 
que faz na hora. Foi bom responder a essas perguntas, porque tive a 
chance de parar para pensar no assunto.” 
Eda Zanatta, 35 anos, é uma dentista de Porto Alegre que usa uma 
situação semelhante para ilustrar sua opinião sobre honestidade. 
“Estava no caixa de uma loja de roupas e a vendedora retirava as 
etiquetas de proteção que apitam quando você passa pela porta. Ela 
tirou a etiqueta de uma jaqueta, mas esqueceu de registrar o valor. 
Avisei à vendedora e, na mesma hora, senti um chute na perna. Era 
o meu marido me repreendendo por ter avisado – e por ter deixado 
de levar uma roupa de graça. Hoje ele é meu ex-marido. Isso prova 
que honestidade é algo que faz parte de cada pessoa.” 
Software pirata 
Certas atitudes, como a utilização de um software pirata, são 
motivadas pela praticidade. “Nunca comprei programas de 
computador. É muito fácil conseguir uma cópia de software com um 
amigo”, explica Rafael Marques Risso, 24 anos, estudante de direito 
de Recife. “Mas sei que não é certo.” 
É mais ou menos a visão de 39% dos entrevistados em Curitiba, 
embora apenas 6% admitam que utilizariam programas piratas em 
Belo Horizonte e 22% no Brasil como um todo. Em Porto Alegre, com 
32% de respostas positivas, um prestador de serviços de manutenção 
predial explica: “Se o meu computador apresenta um problema, quero 
que o técnico resolva rápido. Não pergunto se ele utiliza um software 
pirata. Mas se eu for comprar um programa, invisto num original. 
Acontece que alguns softwares são caros demais e as pessoas não 
podem pagar por eles. Meu irmão, engenheiro, precisou se juntar com 
quatro amigos para dividir o valor de um programa original.” 
Carteira encontrada na rua 
Se você encontrasse na rua uma carteira com R$ 100, sem 
identificação, entregaria à polícia? Vinte e quatro por cento dos 
brasileiros responderam que sim, mas com variações: de 56% dos 
entrevistados em Brasília, a apenas 11% em Salvador. 
As pessoas que não entregariam alegam falta de confiança. “Se a 
carteira tiver os documentos, procuro a pessoa que perdeu. Não 
entrego na delegacia porque é capaz de os policiais ficarem com o 
dinheiro...” Paulo Campelo, 48 anos, é motorista de táxi em Salvador, 
e por isso já está acostumado a devolver desde carteiras até 
máquinas digitais e computadores portáteis esquecidos em seu carro. 
“Uma vez presenciei um assalto e fui atrás do assaltante. Quando o 
pegaram, ele jogou a bolsa roubada dentro do meu carro. Procurei 
documentos, mas não tinha nada além de papéis e R$ 365. Na época, 
meu aluguel custava R$ 250 por mês. Rodei um pouco para tentar 
encontrar a senhora que tinha sido assaltada, mas, como não a achei, 
fiquei com os R$ 365. É mais justo do que entregar para um policial e 
ele ficar com o dinheiro.” 
Já o guardador de carros José Carlos Freitas, 40 anos, de Porto 
Alegre, explica por que entregaria a carteira na delegacia: “Faço a 
minha parte. Fica a critério dos policiais devolver o dinheiro ou não. 
Cada um segue sua própria consciência.” 
Delação 
Pode não existir resposta certa ou errada, mas a pergunta que causou 
mais angústia foi se o entrevistado contaria a uma amiga ou amigo ter 
visto seu marido/sua mulher de mãos dadas com um(a) estranho(a). 
Em Fortaleza e Belo Horizonte, 46% disseram que sim, ao passo que 
em São Paulo apenas 16% contariam. No Brasil todo, 27% abririam 
os olhos do amigo(a). 
Raquel Rosário da Silva é de Belém e faz parte da maioria que não 
se mete no casamento dos outros. “Se eu contasse uma coisa dessas, 
poderiam dizer que era intriga minha ou que eu estava interessada 
naquela pessoa. Se a situação fosse o oposto e alguém viesse falar 
algo assim do meu namorado, eu também ia desconfiar. Só acredito 
vendo.” 
Paulo Cézar Souza, de Curitiba, tem 22 anos e afirma que não 
deixaria de alertar o amigo mesmo correndo o risco de ser acusado 
de mentiroso: “Se ele não acreditar em mim, digo pelo menos para 
ficar de olho na mulher.” 
Foram poucas as questões que tiveram respostas tão divididas 
conforme a idade do entrevistado. Enquanto 36% dos jovens 
brasileiros contariam ao amigo, apenas 15% daqueles com mais de 
45 anos interviriam. 
O brasileiro vê a honestidade como algo que se aprende em casa, 
com a família. “Tento dar um bom exemplo para os meus filhos porque 
acho que ser uma pessoa correta é algo que vem de berço”, explica 
Luiz, 50 anos, comerciante de Porto Alegre. 
A doméstica Vera Moraes, 48 anos, de Curitiba, complementa: “No 
trabalho, se você for desonesto, alguém acaba desconfiando e você 
é demitido. No meu caso, para que eu possa trabalhar, é preciso que 
o patrão tenha confiança. Ser honesto é uma questão de 
sobrevivência.” 
 
GRUPO REGIONAL DE CURSOS - GRC 
PROFESSOR: Adm. João Silva 
Aluno(a) 
 
Turma: ( )Segunda ( )Terça ( )Quarta ( )Quinta ( )Sexta ( )Sábado 
Horário: ( ) 8h ( )9h ( )10h ( ) 12h ( )14h ( )15h ( )16h
 
TESTE DE HONESTIDADE 
 
 
 
 
1. Ao sair de um supermercado, você percebe que a caixa lhe deu R$ 50 a mais de troco. Você volta e devolve o dinheiro? 
 Sim Não 
2. Você bebeu demais em uma festa e suspeita que está acima do limite legal para dirigir. Você volta dirigindo para casa? 
 Sim Não 
3. Você encontrou uma brecha para sonegar imposto de renda, escondendo parte do seu rendimento. Você faz isso? 
 Sim Não 
4. O estacionamento do shopping está lotado – exceto pelas vagas reservadas a deficientes físicos. Você estaciona o carro 
numa dessas vagas? 
 Sim Não 
5. Você descobre que é possível fazer um “gato” da sua TV por assinatura pagando apenas um ponto. Você faz isso? 
 Sim Não 
6. Você precisa de envelopes e canetas em casa. Você os pega na empresa em que trabalha? 
 Sim Não 
7. Você encontra uma carteira na rua com R$ 100, sem endereço do dono. Você entrega a carteira numa delegacia? 
 Sim Não 
8. Você vê o marido/a mulher de sua melhor amiga/seu melhor amigo andando de mãos dadas com um estranho. Você se 
sente obrigado a contar ao seu amigo(a)? 
 Sim Não 
9. As toalhas do banheiro do hotel em que você está hospedado são muito bonitas e de boa qualidade. Você coloca uma 
delas na mala e a leva para casa? 
 Sim Não 
10. Está chovendo e você espera pelo ônibus numa longa fila. Quando o ônibus chega, você percebe que não há lugar para 
todos e você não vai conseguir entrar se não passar a frente das pessoas. Você fura a fila? 
 Sim Não 
11. Você está dirigindo, voltando para casa, às 9 horas da noite e a rua está quase vazia. Você excede o limite de velocidade 
em 20 km/h para chegar em casa mais rápido? 
 Sim Não 
12. Um amigo oferece a você, de graça, uma cópia ilegal de um caro software de computador. Você o aceita e o instala no 
seu computador? 
 Sim Não

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