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Crime contra portadores de deficiencia

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Aula 03 (Somente em
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PM-RJ (Soldado) Legislação Aplicada à
PMERJ - 2023 (Pré-Edital) - IBADE
Autor:
Equipe Legislação Específica
Estratégia Concursos
08 de Março de 2023
16894279730 - Kamila Torraca
Equipe Legislação Específica Estratégia Concursos
Aula 03 (Somente em PDF)
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Lei nº. 7.853/89 - Crimes Contra Pessoas Portadoras de Deficiência 3
..............................................................................................................................................................................................2) Questões Comentadas -Lei nº.7.853/89- Crimes Contra Pessoas Portadoras de Deficiência - Multibancas 12
..............................................................................................................................................................................................3) Lista de Questões - Lei nº. 7.853/89 - Crimes Contra Pessoas Portadoras de Deficiência - Multibancas 17
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LEI Nº 7.853/1989 
Esta lei rata do apoio às pessoas com deficiência. É uma lei curta, e certamente você não terá 
dificuldades para compreender seus dispositivos. 
Art. 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos individuais e 
sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social, nos termos desta Lei. 
Para que seja assegurado o exercício dos direitos das pessoas com deficiência, é necessário que o Estado 
atue de forma ativa, conferindo a essas pessoas tratamento especial. Aqui estamos diante da aplicação 
prática do princípio da isonomia, que assegura não somente o tratamento igualitário para pessoas que 
estejam nas mesmas condições, mas também o tratamento desigual para as pessoas diferentes, na 
medida das suas desigualdades. 
Em outras palavras, as normas desta lei buscam garantir às pessoas portadoras de deficiência as ações 
governamentais necessárias ao cumprimento das disposições constitucionais e legais no que se refere 
ao exercício de direitos pelas pessoas com deficiência. 
A lei determina ainda que, na sua aplicação, deverão ser considerados os valores básicos da igualdade 
de tratamento e oportunidade, da justiça social, do respeito à dignidade da pessoa humana, do bem-
estar, e outros indicados na Constituição ou justificados pelos princípios gerais de direito. 
Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno 
exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à 
previdência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição 
e das leis, propiciem seu bem-estar pessoal, social e econômico. 
Para garantir o exercício desses direitos básicos, a lei determina que os órgãos e entidades da 
administração direta e indireta deverão implementar uma série de medidas, divididas entre diversas 
áreas. Organizei essas informações numa tabela, para deixar mais fácil para você. 
MEDIDAS A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA E INDIRETA 
NA ÁREA DE EDUCAÇÃO a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial 
como modalidade educativa que abranja a educação precoce, 
a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e 
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências 
de diplomação próprios; 
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas 
especiais, privadas e públicas; 
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em 
estabelecimento público de ensino; 
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação 
Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares e 
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congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou 
superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência; 
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios 
conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, 
merenda escolar e bolsas de estudo; 
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de 
estabelecimentos públicos e particulares de pessoas 
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no 
sistema regular de ensino; 
NA ÁREA DA SAÚDE a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao 
planejamento familiar, ao aconselhamento genético, ao 
acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à 
nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle 
da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças 
do metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento 
precoce de outras doenças causadoras de deficiência; 
b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção 
de acidente do trabalho e de trânsito, e de tratamento 
adequado a suas vítimas; 
c) a criação de uma rede de serviços especializados em 
reabilitação e habilitação; 
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência 
aos estabelecimentos de saúde públicos e privados, e de seu 
adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões 
de conduta apropriados; 
e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente 
grave não internado; 
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as 
pessoas portadoras de deficiência, desenvolvidos com a 
participação da sociedade e que lhes ensejem a integração 
social; 
NA ÁREA DA FORMAÇÃO 
PROFISSIONAL E DO 
TRABALHO 
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia 
de acesso aos serviços concernentes, inclusive aos cursos 
regulares voltados à formação profissional; 
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à 
manutenção de empregos, inclusive de tempo parcial, 
destinados às pessoas portadoras de deficiência que não 
tenham acesso aos empregos comuns; 
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos 
setores públicos e privado, de pessoas portadoras de 
deficiência; 
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de 
mercado de trabalho, em favor das pessoas portadoras de 
deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor 
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privado, e que regulamente a organização de oficinas e 
congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, 
nelas, das pessoas portadoras de deficiência; 
NA ÁREA DE RECURSOS 
HUMANOS 
a) a formação de professores de nível médio para a Educação 
Especial, de técnicos de nível médio especializados na 
habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação 
profissional; 
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas 
diversas áreas de conhecimento, inclusive de nível superior, 
atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas 
portadoras de deficiências; 
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico 
em todas as áreas do conhecimento relacionadas com a 
pessoa portadora de deficiência; 
NA ÁREA DAS EDIFICAÇÕES a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a 
funcionalidade das edificações e vias públicas, que evitem ou 
removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, 
permitam o acesso destas a edifícios, a logradouros e a meios 
de transporte. 
Recomendo fortemente que você tente memorizar essas medidas. Em geral, as listas são muito queridas 
pelas bancas examinadoras, pois é muito fácil elaborar questões com base nelas.Além disso, a banca pode facilmente tentar confundir você trocando as previsões. Muita gente cairia, 
por exemplo, se o examinador disser que a formação de professores de nível médio para a Educação 
Especial, de técnicos de nível médio especializados na habilitação e reabilitação, e de instrutores para 
formação profissional, é uma das medidas da área de educação, quando na realidade trata-se de uma 
medida da área de recursos humanos. 
Art. 3º As medidas judiciais destinadas à proteção de interesses coletivos, difusos, individuais 
homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo Ministério 
Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por 
associação constituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, por empresa pública 
e por fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência. 
As medidas judiciais entram em cena quando as medidas determinadas pela lei não estiverem sendo 
implementadas pelo Poder Público. Neste caso então caberá ao Ministério Público, à Defensoria Pública 
ou mesmo aos próprios entes federados ajuizar essas ações. 
Atenção aqui, pois a lei também prevê a possibilidade de um ente privado manejar essa ação, desde que 
se trate de associação constituída há mais de 1 ano, nos termos da lei civil. 
Além desses, as medidas judiciais também podem ser propostas por autarquia, por empresa pública e 
por fundação ou sociedade de economia mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a 
proteção dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência. 
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Junto com a petição inicial (peça que inicia a ação), o interessado poderá requerer às autoridades 
competentes as certidões e informações que julgar necessárias. Estas deverão ser fornecidas no prazo 
de 15 dias contados da entrega dos requerimentos, e só poderão ser utilizadas para a instrução da ação 
civil. 
O requerimento só poderá ser negado nos casos em que, em razão do interesse público, houver sigilo. 
Nesses casos a ação poderá ser proposta sem as certidões ou informações negadas, cabendo ao juiz 
fazer a requisição após apreciar os motivos do indeferimento, exceto quando se tratar de razão de 
segurança nacional. Uma vez feita a requisição, o processo correrá em segredo de justiça, que cessará 
com o trânsito em julgado da sentença. 
Por último, quando a ação for proposta por um dos legitimados, os demais poderão habilitar-se como 
litisconsortes. Isso significa que os demais poderão também pedir para “entrarem” na ação, atuando em 
conjunto com quem a propôs. Em caso de desistência ou abandono da ação, qualquer dos demais 
legitimados poderá assumir a sua titularidade. 
Art. 4º A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de haver sido a 
ação julgada improcedente por deficiência de prova, hipótese em que qualquer legitimado poderá 
intentar outra ação com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova. 
A ação judicial da qual estamos falando tem por objetivo assegurar a proteção de interesses coletivos, 
difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com deficiência. Não vou entrar 
em detalhes sobre essas modalidades de direitos, mas desde já é importante que você saiba que 
estamos falando em direitos pertencentes a uma coletividade, e por isso não faria sentido que a 
sentença resultante da ação fosse aplicada apenas a um caso. 
Dizer que uma sentença terá “eficácia de coisa julgada oponível erga omnes” significa que essa decisão 
será aplicável em todos os casos semelhantes que surgirem posteriormente. O detalhe aqui é que essa 
lógica se aplica tanto ao caso da sentença que reconhece um direito quanto ao da sentença que nega 
um direito! 
A exceção é quando a ação for julgada improcedente por deficiência de prova. Nesse caso, o direito não 
foi concedido porque não houve provas suficientes, e por essa razão nada impede que o mesmo ou 
outro legitimado ajuíze nova ação posteriormente, se tiver à sua disposição as provas necessárias. 
 
A sentença resultante de ação judicial para assegurar a proteção de interesses 
coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com 
deficiência terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de ter 
sido a ação julgada improcedente por deficiência de prova, caso em que qualquer 
legitimado poderá intentar outra ação com novas provas. 
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§1º A sentença que concluir pela carência ou pela improcedência da ação fica sujeita ao duplo grau de 
jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal. 
Quando a sentença negar o direito, ficará sujeita ao duplo grau de jurisdição automaticamente. Na 
prática, isso significa que, mesmo que não haja recurso, a sentença deverá ser revista pela instância 
superior do Poder Judiciário. 
§ 2º Das sentenças e decisões proferidas contra o autor da ação e suscetíveis de recurso, poderá recorrer 
qualquer legitimado ativo, inclusive o Ministério Público. 
Esta é mais uma regra procedimental bastante simples, que determina que não somente o legitimado 
que ajuizou a ação poderá recorrer, mas também qualquer outro legitimado. 
Art. 5º O Ministério Público intervirá obrigatoriamente nas ações públicas, coletivas ou individuais, em 
que se discutam interesses relacionados à deficiência das pessoas. 
O Ministério Público, como você viu, poderá ser o autor da ação ajuizada para assegurar os direitos das 
pessoas com deficiência. Por outro lado, como uma manifestação das suas funções institucionais de 
defesa das minorias, o MP também tem legitimidade para intervir nas ações públicas que discutam 
interesses relacionados à deficiência das pessoas, mesmo quando não for ele o autor. 
Art. 6º O Ministério Público poderá instaurar, sob sua presidência, inquérito civil, ou requisitar, de 
qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou particular, certidões, informações, exame ou perícias, no 
prazo que assinalar, não inferior a 10 (dez) dias úteis. 
O inquérito civil é um procedimento administrativo conduzido pelo Ministério Público para levantar 
informações e evidências para posterior propositura de ação civil pública. É uma espécie de investigação 
preliminar, por meio da qual o MP poderá reunir informações e provas para propor a tal ação. 
Uma vez concluído o inquérito, se o Ministério Público estiver convencido da inexistência de elementos 
para a propositura de ação civil, promoverá de forma fundamentada o arquivamento do inquérito civil. 
Neste caso o Ministério Público deverá remeter o inquérito ao Conselho Superior do Ministério Público 
em 3 dias, para reexame. Se o Conselho decidir por reformar a decisão de arquivamento, designará outro 
órgão do Ministério Público para que ajuíze a ação. 
Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa: 
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de 
aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua 
deficiência; 
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou emprego público, 
em razão de sua deficiência; 
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência; 
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar eambulatorial à pessoa com deficiência; 
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a que 
alude esta Lei; 
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VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto 
desta Lei, quando requisitados 
As condutas descritas pelo art. 8º são consideradas crimes, e sujeitam o infrator à pena de reclusão 
(pena privativa de liberdade) de dois a cinco anos, além da aplicação de multa. 
Além disso, há algumas circunstâncias em que as penas são aumentadas. Isso ocorre quando o crime for 
praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 anos (pena aumentada em um terço), e também 
quando o crime for praticado em atendimento de urgência e emergência (pena aumentada também em 
um terço). 
Art. 9º A Administração Pública Federal conferirá aos assuntos relativos às pessoas portadoras de 
deficiência tratamento prioritário e apropriado, para que lhes seja efetivamente ensejado o pleno 
exercício de seus direitos individuais e sociais, bem como sua completa integração social. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Chegamos ao final da aula! Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas entrem em contato conosco. Estou 
disponível no fórum no Curso, por e-mail e nas minhas redes sociais. 
Aguardo vocês na próxima aula. Até lá! 
Paulo Guimarães 
E-mail: professorpauloguimaraes@gmail.com 
Instagram: @profpauloguimaraes 
 
 
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RESUMO 
 
MEDIDAS A SEREM IMPLEMENTADAS PELOS ÓRGÃOS E ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO 
DIRETA E INDIRETA 
NA ÁREA DE EDUCAÇÃO a) a inclusão, no sistema educacional, da Educação Especial 
como modalidade educativa que abranja a educação precoce, 
a pré-escolar, as de 1º e 2º graus, a supletiva, a habilitação e 
reabilitação profissionais, com currículos, etapas e exigências 
de diplomação próprios; 
b) a inserção, no referido sistema educacional, das escolas 
especiais, privadas e públicas; 
c) a oferta, obrigatória e gratuita, da Educação Especial em 
estabelecimento público de ensino; 
d) o oferecimento obrigatório de programas de Educação 
Especial a nível pré-escolar, em unidades hospitalares e 
congêneres nas quais estejam internados, por prazo igual ou 
superior a 1 (um) ano, educandos portadores de deficiência; 
e) o acesso de alunos portadores de deficiência aos benefícios 
conferidos aos demais educandos, inclusive material escolar, 
merenda escolar e bolsas de estudo; 
f) a matrícula compulsória em cursos regulares de 
estabelecimentos públicos e particulares de pessoas 
portadoras de deficiência capazes de se integrarem no 
sistema regular de ensino; 
NA ÁREA DA SAÚDE a) a promoção de ações preventivas, como as referentes ao 
planejamento familiar, ao aconselhamento genético, ao 
acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, à 
nutrição da mulher e da criança, à identificação e ao controle 
da gestante e do feto de alto risco, à imunização, às doenças 
do metabolismo e seu diagnóstico e ao encaminhamento 
precoce de outras doenças causadoras de deficiência; 
b) o desenvolvimento de programas especiais de prevenção 
de acidente do trabalho e de trânsito, e de tratamento 
adequado a suas vítimas; 
c) a criação de uma rede de serviços especializados em 
reabilitação e habilitação; 
d) a garantia de acesso das pessoas portadoras de deficiência 
aos estabelecimentos de saúde públicos e privados, e de seu 
adequado tratamento neles, sob normas técnicas e padrões 
de conduta apropriados; 
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e) a garantia de atendimento domiciliar de saúde ao deficiente 
grave não internado; 
f) o desenvolvimento de programas de saúde voltados para as 
pessoas portadoras de deficiência, desenvolvidos com a 
participação da sociedade e que lhes ensejem a integração 
social; 
NA ÁREA DA FORMAÇÃO 
PROFISSIONAL E DO 
TRABALHO 
a) o apoio governamental à formação profissional, e a garantia 
de acesso aos serviços concernentes, inclusive aos cursos 
regulares voltados à formação profissional; 
b) o empenho do Poder Público quanto ao surgimento e à 
manutenção de empregos, inclusive de tempo parcial, 
destinados às pessoas portadoras de deficiência que não 
tenham acesso aos empregos comuns; 
c) a promoção de ações eficazes que propiciem a inserção, nos 
setores públicos e privado, de pessoas portadoras de 
deficiência; 
d) a adoção de legislação específica que discipline a reserva de 
mercado de trabalho, em favor das pessoas portadoras de 
deficiência, nas entidades da Administração Pública e do setor 
privado, e que regulamente a organização de oficinas e 
congêneres integradas ao mercado de trabalho, e a situação, 
nelas, das pessoas portadoras de deficiência; 
NA ÁREA DE RECURSOS 
HUMANOS 
a) a formação de professores de nível médio para a Educação 
Especial, de técnicos de nível médio especializados na 
habilitação e reabilitação, e de instrutores para formação 
profissional; 
b) a formação e qualificação de recursos humanos que, nas 
diversas áreas de conhecimento, inclusive de nível superior, 
atendam à demanda e às necessidades reais das pessoas 
portadoras de deficiências; 
c) o incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico 
em todas as áreas do conhecimento relacionadas com a 
pessoa portadora de deficiência; 
NA ÁREA DAS EDIFICAÇÕES a) a adoção e a efetiva execução de normas que garantam a 
funcionalidade das edificações e vias públicas, que evitem ou 
removam os óbices às pessoas portadoras de deficiência, 
permitam o acesso destas a edifícios, a logradouros e a meios 
de transporte. 
 
A sentença resultante de ação judicial para assegurar a proteção de interesses 
coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais indisponíveis da pessoa com 
deficiência terá eficácia de coisa julgada oponível erga omnes, exceto no caso de ter 
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legitimado poderá intentar outra ação com novas provas. 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. TST - Analista Judiciário – Área Judiciária – 2017 – FCC. 
Claudia, 35 anos, pessoa com deficiência, ao procurar por determinado plano de saúde, foi atendida 
por Manoel, pessoa responsável. O ingresso ao plano de saúde, em razão de sua deficiência, foi 
dificultado por Manoel, cobrando, inclusive, valores exorbitantes para a obtenção do plano. Nos termos 
da Lei n° 7.853/1989, a conduta de Manoel 
a) constitui crime punível com pena de reclusão e multa. 
b) não constitui crime. 
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa. 
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese. 
e) constitui crime punível com pena de detenção, com agravante específico em razão da circunstância 
em que praticado. 
Comentários 
Para acertar a questão precisamos conhecer as condutas criminosas que estão elencadas no art. 8º. 
Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa:I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno 
em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência; 
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém a qualquer cargo ou emprego público, em 
razão de sua deficiência; 
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa em razão de sua deficiência; 
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e 
ambulatorial à pessoa com deficiência; 
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem judicial expedida na ação civil a que alude 
esta Lei; 
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis à propositura da ação civil pública objeto desta 
Lei, quando requisitados. 
§ 1º Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada 
em 1/3 (um terço). 
§ 2º A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos para indeferimento de inscrição, de aprovação 
e de cumprimento de estágio probatório em concursos públicos não exclui a responsabilidade patrimonial 
pessoal do administrador público pelos danos causados. 
§ 3º Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o ingresso de pessoa com deficiência em planos 
privados de assistência à saúde, inclusive com cobrança de valores diferenciados. 
§ 4º Se o crime for praticado em atendimento de urgência e emergência, a pena é agravada em 1/3 (um 
terço). 
GABARITO: A 
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2. TST – Analista Judiciário – Contabilidade – 2017 – FCC. 
Gilberto, de 16 anos, é pessoa com deficiência. Gilberto procurou determinada escola particular para 
a realização de matrícula, e, para sua surpresa, foi cobrado montante adicional pela funcionária Josefa, 
em razão de sua deficiência, para que pudesse, assim, ingressar no citado estabelecimento de ensino. 
Nos termos da Lei n° 7.853/1989, o ato de Josefa 
a) não constitui crime, embora esteja Josefa sujeita às cominações na seara cível. 
b) constitui crime punível com pena de reclusão e multa, pena esta agravada em 1/3. 
c) constitui crime punível com pena de reclusão e multa, sem agravamento da pena. 
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese. 
e) constitui crime punível com pena de detenção e multa, pena esta agravada em 1/3. 
Comentários 
Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa: 
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno 
em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de sua deficiência; 
[...] 
§ 1º Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada 
em 1/3 (um terço). 
GABARITO: B 
3. TST - Analista Judiciário – Área Administrativa – 2017 – FCC. 
Carla trabalha em determinado hospital particular há dez anos, sendo responsável pelo setor de 
internação de pacientes que chegam ao hospital. No mês de maio de 2017, Carla, propositadamente, 
dificultou a internação hospitalar de José, pessoa com deficiência e, na época, com 40 anos de idade. 
Cumpre salientar que o estado de José não exigia atendimento de urgência ou emergência, sendo a 
internação destinada à realização de exames médicos específicos. Nos termos da Lei n° 7.853/1989, o 
ato de Carla 
a) não constitui crime, no entanto, estará sujeita a respectiva punição em outras searas do direito. 
b) não constitui crime, tampouco representa qualquer ilegalidade. 
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa. 
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese. 
e) constitui crime punível com pena de reclusão e multa. 
Comentários 
Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos e multa: 
[...] 
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de prestar assistência médico-hospitalar e 
ambulatorial à pessoa com deficiência; 
[...] 
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§ 4º Se o crime for praticado em atendimento de urgência e emergência, a pena é agravada em 1/3 (um 
terço). 
GABARITO: E 
 
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LISTA DE QUESTÕES 
1. TST - Analista Judiciário – Área Judiciária – 2017 – FCC. 
Claudia, 35 anos, pessoa com deficiência, ao procurar por determinado plano de saúde, foi atendida 
por Manoel, pessoa responsável. O ingresso ao plano de saúde, em razão de sua deficiência, foi 
dificultado por Manoel, cobrando, inclusive, valores exorbitantes para a obtenção do plano. Nos termos 
da Lei n° 7.853/1989, a conduta de Manoel 
a) constitui crime punível com pena de reclusão e multa. 
b) não constitui crime. 
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa. 
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese. 
e) constitui crime punível com pena de detenção, com agravante específico em razão da circunstância 
em que praticado. 
2. TST – Analista Judiciário – Contabilidade – 2017 – FCC. 
Gilberto, de 16 anos, é pessoa com deficiência. Gilberto procurou determinada escola particular para 
a realização de matrícula, e, para sua surpresa, foi cobrado montante adicional pela funcionária Josefa, 
em razão de sua deficiência, para que pudesse, assim, ingressar no citado estabelecimento de ensino. 
Nos termos da Lei n° 7.853/1989, o ato de Josefa 
a) não constitui crime, embora esteja Josefa sujeita às cominações na seara cível. 
b) constitui crime punível com pena de reclusão e multa, pena esta agravada em 1/3. 
c) constitui crime punível com pena de reclusão e multa, sem agravamento da pena. 
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese. 
e) constitui crime punível com pena de detenção e multa, pena esta agravada em 1/3. 
3. TST - Analista Judiciário – Área Administrativa – 2017 – FCC. 
Carla trabalha em determinado hospital particular há dez anos, sendo responsável pelo setor de 
internação de pacientes que chegam ao hospital. No mês de maio de 2017, Carla, propositadamente, 
dificultou a internação hospitalar de José, pessoa com deficiência e, na época, com 40 anos de idade. 
Cumpre salientar que o estado de José não exigia atendimento de urgência ou emergência, sendo a 
internação destinada à realização de exames médicos específicos. Nos termos da Lei n° 7.853/1989, o 
ato de Carla 
a) não constitui crime, no entanto, estará sujeita a respectiva punição em outras searas do direito. 
b) não constitui crime, tampouco representa qualquer ilegalidade. 
c) constitui crime punível com pena de detenção e multa. 
d) constitui crime punível com pena de detenção, inexistindo multa nessa hipótese. 
e) constitui crime punível com pena de reclusão e multa. 
 
 
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GABARITO 
 
1. A 
2. B 
3. E 
 
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