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Introdução à Parasitologia Parasitismo relação entre seres vivos de espécies diferentes. Uma espécie se beneficia (parasita) e a outra vai se prejudicar (hospedeiro). Parasita: se instala no corpo do hospedeiro e busca por alimento e proteção. Hospedeiro: alberga o parasita. Estudo das doenças causadas por Protozoários e os Helmintos (vermes). Grande responsável por doenças parasitárias: inexistência do saneamento básico e carência no acesso à água tratada. Doenças parasitárias são muito comuns entre crianças em idade pré-escolar. Associações negativas do parasitismo Unilateralidade de benefícios. Hospedeiro passa a constituir o meio ecológico onde vive o parasita. Ocorre dependência metabólica de grau variável, cada parasita depende de um nutriente diferente. Fatores que contribuem para a existência da doença parasitária: Inerentes ao parasito: número de exemplares, localização, virulência (tempo no ambiente para se tornar infectante). Inerentes ao hospedeiro: idade, nutrição, grau de resposta imune, hábitos, uso de medicamentos Doentes, portadores assintomáticos. Vias de penetração Passiva: Ingestão com alimentos ou águas contaminadas. Via parental -inoculadas por inseto. Ativa: Na pele, no tecido conjuntivo, nas mucosas, lise da membrana celular. - Ciclo evolutivo Sucessão de fases do desenvolvimento parasitário. Ciclo monoxeno: acontece em um único hospedeiro. Ex: Enteronius vermicularis - oxiúros (todo seu ciclo ocorre no humano); Ascaris lumbricoides. Ciclo heteroxeno: ciclo ocorre em 2 ou mais hospedeiros. Um intermediário e outro definitivo: Hospedeiro intermediário: fases imaturas/larvas, se reproduzem assexuadamente - Invertebrados ou vertebrados. Hospedeiro definitivo: fases sexualmente maturas/adultas, se reproduzem sexualmente - Vertebrados, ser humano. Ex: Taenia solium. HI: suíno. HD: ser humano. Fasciola hepática. HI: caramujo. HD: ovelhas. Hospedeiro acidental: ser humano. O parasita não precisa do ser humano para se desenvolver, este não faz parte do ciclo. Hospedeiro acidental: Parasitas Parasitas facultativas: têm vida livre, mas podem se tornar parasitas. Ex: mosca. Parasitas obrigatórios: vão se desenvolver no organismo. Parasitas estenoxenos: atingem apenas uma espécie de hospedeiro. Enterobius vermicularis (só no homem); Necatur americanus (só no homem.) Parasitas eurixenos: ocorrem em diversas espécies de hospedeiros. Ex: Taxoplasma gondii, Trypanossono cruzi Parasita errático: sai de um órgão para o outro. Angiostrongylus. Classificação Zoológica Protozoários (Reino Protista, Sub-reino Protozoa) Filos: Os flagelados (Subfilo Mastigophora) – Giardia, Trichomonas, Leishmania... As amebas (Subfilo Sarcodina) – Entamoeba spp Os esporozoários (Filo Apicomplexa) – Plasmodium, Toxoplasma ... Os ciliados (Filo Ciliophora) - Balantidium Metazoários (Reino Animalia, Sub-reino Metazoa) Os helmintos chatos - Filo Platyhelminthes Classe Trematoda – Schistossoma mansoni, Fasciola hepatica... Classe Cestoda – Taenia, Echinococcus, Hymenolepis... Os Helmintos filiformes - Filo Nematoda/Nemata Ascaris, Ancylostoma, Enterobius... Metazoários (Reino Animalia, Sub-reino Metazoa) Filo Arthropoda: Classe Insecta Classe Aracnida – Subclasse Acari, Filo Mollusca Classe Gastropoda Classificação dos Parasitas do Homem segundo seu Mecanismo de Transmissão Diretos Indivíduo para indivíduo: • Contato (sarnas) • Congênita (toxoplasmose) • Sexual (tricomonose) Indiretos • Artrópodes vetores – Vetor mecânico (moscas, mutucas) - carrega o agente causador. – Vetor biológico (carrapato, mosquitos) - precisa picar e nisso vai deixar o agente causador. • Água, solo e alimentos contaminados ECOLOGIA PARASITÁRIA - Cada parasita – habitat próprio - Parasitas com alto potencial biótico (coloca muitos ovos) – barreiras físicas, climáticas e biológicas que controlam esse potencial. - Parasitas tem nichos ecológicos específicos. - Parasitas não se distribuem ao acaso Especificidade parasitária Para que uma parasitose se instale se faz necessário condições indispensáveis exigidas pelo parasito. Condições essenciais para que hajam parasitoses: Relevo, clima, água, solo, fauna e flora para que haja: → Presença simultânea, no espaço e no tempo dos membros da cadeia epidemiológica (vetores e hospedeiros); → densidade populacional dos hospedeiros que assegurem a passagem do parasita de um hospedeiro para outro; → condições do meio ambiente → cistos, larvas possam sobreviver → hospedeiro; → assegurar a longevidade de moluscos e insetos – transferir.... → condições propícias para a transmissão (clima, temperatura e altitude) • OVO – pluricelulares – animais - vermes - envoltório protege. Ovo – larva (forma jovem) – adulto Antiquinase enzima - resistência • CISTOS (resistentes): unicelulares / protozoários – reprodução, dentro do cisto há embriões que geram. Envoltório protege. AÇÃO DOS PARASITOS SOBRE O HOSPEDEIRO Número de formas infectantes - virulência da cepa. O grau de intensidade parasitária depende : - estado nutricional do hospedeiro espécies, órgãos atingidos, associação de um parasito com outras, grau de resposta imune. AÇÃO ESPOLIATIVA Quando o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do hospedeiro. É o caso dos Ancilostomideos, que ingerem sangue mucosa intestinal (utilizam este sangue para obtenção de Fe o O2) e deixam pontos hemorrágicos na mucosa, quando abandonam o local da sucção. - hematofagismo dos triatomíneos ou de mosquitos. AÇÃO TÓXICA Algumas espécies produzem enzimas ou metabólitos que podem lesar o hospedeiro. Ex.: - reações alérgicas provocadas pelos metabólitos do Ascaris lumbricoides; - as reações teciduais (intestino, fígado, pulmões) produzidas pelas secreções da larva do Schistossoma mansoni. AÇÃO MECÂNICA Algumas espécies podem impedir o fluxo de alimento, bile ou absorção alimentar. Ex: o enovelamento de A. lumbricoides dentro de uma alça intestinal, obstruindo-a; Giardia lamblia, atapetando o duodeno. AÇÃO TRAUMÁTICA É provocada, principalmente, por formas larvárias de helmintos, embora vermes adultos e protozoários também sejam capazes de fazê-lo. Trânsito, migração (contrações para se locomover). Ex.: a migração cutânea e pulmonar pelas larvas de Ancylostomatidae; - as lesões hepáticas pela migração da Fasciola hepatica jovem; - as úlceras intestinais provocadas pelos Ancylostoma e Trichuris; - o rompimento das hemácias pelos Plasmodium. AÇÃO IRRITATIVA Deve-se a presença constante do parasito que, sem produzir lesões traumáticas, irrita o local parasitado. Exemplo: a ação das ventosas de Cestoda (Taenia) ou dos lábios dos A. lumbricoides na mucosa intestinal. AÇÃO ENZIMÁTICA É o que ocorre na penetração da pele pelas cercárias do S. mansoni; A ação do Ancylostoma para lesar o epitélio intestinal e, assim, obter alimentos assimiláveis. ANÓXIA Qualquer parasito que consuma o O2 da hemoglobina, ou produza anemia, é capaz de provocar uma anóxia generalizadas. É o que acontece com os Plasmodium ou em infecções maciças, pelos Ancylostomídeos. ~
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