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Relações trabalhista CONCEITO Art. 442 Contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. Art. 443 - O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. REQUISITOS CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO Várias espécies de trabalho Trabalho autônomo, eventual, avulso, etc. Continuidade Onerosidade Subordinação Pessoalidade Alteridade - Risco da atividade CARACTERÍSTICAS CONTRATO INDIVIDUAL DE TRABALHO Bilateral Consensual Intuitu personae Não solene Trato sucessivo Trabalho Autônomo Art. 442-B. A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. Atua de modo independente, por sua própria conta e iniciativa, não estando subordinado a outrem. Ex: serviço de pintura, eletricidade, mecânicos, carpinteiros, vendedores ambulantes, taxistas, feirantes, faxineiras, profissionais liberais como médicos, etc, desde que sem subordinação, isto é, tem plena liberdade de trabalhar como, quando e onde quiserem. Trabalho Eventual Eventual é aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem relação de emprego, em suma, falta o requisito da habitualidade para ser considerado empregado. Teoria do evento: O trabalhador eventual é chamado a prestar serviço em razão de determinada necessidade (O evento); Teoria da descontinuidade: Presta serviço durante períodos descontínuos de tempo; Teoria da fixação jurídica na empresa: O trabalhador eventual não se fixa a uma fonte de trabalho, possuindo duas ou mais. Trabalho Avulso É uma pessoa física, que presta serviços com três características básicas: intermediação do sindicato, trabalho de curta duração e pagamento em forma de rateio. O exemplo clássico é o trabalhador do cais do porto. Embora o trabalhador avulso não seja considerado empregado, a CF assegurou-lhe a igualdade de direitos com o trabalhador com vinculo de emprego (art. 7°, XXXIV). Trabalho Voluntário O trabalho voluntário é definido pela Lei 9.608/1998 como a atividade não remunerada prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade. Características 1 – Não pode ser imposto ou exigido como contrapartida de algum benefício concedido pela entidade ao indivíduo ou à sua família; 2 – Ser gratuito; 3 – Ser prestado pelo indivíduo, isoladamente, e não como “subcontratado” de uma organização da qual o indivíduo faça parte e, portanto, seja pela mesma compelido a prestá-lo; e 4 – Ser prestado para entidade governamental ou privada, sendo que estas devem ter fim não lucrativo e voltado para objetivos públicos. Trabalho Intermitente Art. 443. O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito, por prazo determinado ou indeterminado, ou para prestação de trabalho intermitente. [...] § 3° Considera-se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador, exceto para os aeronautas, regidos por legislação própria Características (Art. 452-A) 1 – registro em carteira de trabalho; 2 – períodos de inatividade; 3 – possibilidade de prestar serviço para mais de um empregador; 4 – antecedência mínima de 72 horas para convocação; 5 – aceite do chamado em até 24 horas; 6 – o silencio presume a recusa; 7 – pagamento imediato ao fim de cada período de atividade; 8 – parcelas de férias, 13.° salário e descanso semanal remunerado inclusas no pagamento; 9 – não obrigação de aceite das convocações; 10 – pagamento de multa por desistência após confirmação. Trabalho Rural Empregador rural: Pessoa física ou jurídica, proprietária ou não, que explore atividade agro econômica, em caráter permanente ou temporário, diretamente ou através de prepostos e com auxílio de empregados. Inclui-se também neste caso a exploração industrial em estabelecimento agrário (atividades que compreendem o primeiro tratamento dos produtos agrários "in natura" sem transformá-los em sua natureza). Empregado rural é toda a pessoa física que, em propriedade rural ou prédio rústico, presta serviços de natureza não eventual a empregador rural, sob a dependência deste e mediante salário. Peculiaridades do Trabalhador Rural Com a CF/88 os trabalhadores rurais passaram a ter todos os direitos dos trabalhadores urbanos, com algumas diferênças: 1 – Adicional Noturno de 25%; 2 – Horário noturno diferenciado: Pecuária 20h às 4h; Agricultura 21h às 5h; 3 – Alimentação que é fornecida ao trabalhador rural pode ser deduzida do salário (ate 25% do salário mínimo), como também a habitação que recebe para morar (ate 20% do salário mínimo), dentro da propriedade (Lei n. 5.889/73, art. 9°); 4 – Obrigatoriedade de uma escola primária em funcionamento, gratuita, para as crianças menores dependentes, caso existam na propriedade mais de 50 trabalhadores com família; Contrato de Safra (Safrista) Duração vinculada ao período de plantio ou de colheita, e a relação de emprego se encerra com o fim da safra. O pacto é improrrogável, mas pode haver contratações sucessivas. Ao final da safra, deve se pago: Saldo de salário, 13° salário, as férias proporcionais e o FGTS. Em caso de rescisão antecipada, será acrescida a multa de 40% do FGTS. Trabalho Doméstico Após a Lei Complementar 150/2015, os domésticos passaram a ter todos os direitos dos demais trabalhadores. Art. 1° Ao empregado doméstico, assim considerado aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais de 2 (dois) dias por semana, aplica-se o disposto nesta Lei. OBS: Compensação de jornada e recolhimento fundiário. Trabalho Por Equipe O trabalho em equipe, é a união de esforços de duas ou mais pessoas que levará a um objetivo, seja ele a solução de um problema ou a conclusão de um projeto e meta. É importante frisar que a meta alcançada ou problema a ser solucionado, deve exigir que as pessoas da equipe trabalhem entre si, discutindo as alternativas e opções, e coloquem seus esforços juntos para obter resultados. Caso contrário, não é caracterizado trabalho em equipe. OBS: Maior produtividade, engajamento, pertecimento, organização. Menor Aprendiz (CLT, Arts. 402 a 441) “Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de 14 e menor de 24 anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação”. (Art. 428 da CLT). A validade do contrato de aprendizagem pressupõe: 1 – Anotação na CTPS; 2 – Matriculas e frequência do aprendiz na escola (caso não haja concluído o ensino fundamental); e 3 – Inscrição em programa de aprendizagem, desenvolvimento sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica (Sistema S, Escolas técnicas de educação e/ou Entidades autorizadas); 4 – Idade entre 14 e 24 anos. O trabalho do menor aprendiz, salvo condição mais favorável, será remunerado considerando-se o salário mínimo/hora. A jornada de trabalho do aprendiz não excederá de 6 horas diárias, sendo vedada a prorrogação e a compensação de jornada; nada obstante, a jornada poderáser de ate 8 horas diárias para os aprendizes que já tiverem completado o ensino fundamental, se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. O contrato de aprendizagem não poderá durar mais de dois anos a será extinto (CLT, art. 433): a) quando o empregado completar 24 anos; b) ao termino do curso de aprendizagem; c) se houver desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz; d) por falta disciplinar grave; e) por ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; f) a pedido do aprendiz. Mãe Social Art. 1° - As instituições sem finalidade lucrativa, ou de utilidade pública de assistência ao menor abandonado, e que funcionem pelo sistema de casas- lares, utilizarão mães sociais visando a propiciar ao menor as condições familiares ideais ao seu desenvolvimento e reintegração social. Art. 2° - Considera-se mãe social, para efeito desta Lei, aquela que, dedicando-se à assistência ao menor abandonado, exerça o encargo em nível social, dentro do sistema de casas-lares. Lei 7.644/87 Art. 1° - As instituições sem finalidade lucrativa, ou de utilidade pública de assistência ao menor abandonado, e que funcionem pelo sistema de casas- lares, utilizarão mães sociais visando a propiciar ao menor as condições familiares ideais ao seu desenvolvimento e reintegração social. Art. 2° - Considera-se mãe social, para efeito desta Lei, aquela que, dedicando-se à assistência ao menor abandonado, exerça o encargo em nível social, dentro do sistema de casas-lares. Para se qualificar como mãe social, a mulher deve atender a certas condições (art. 9°), como: a) idade mínima de 25 (vinte e cinco) anos; b) boa sanidade física e mental; c) curso de primeiro grau, ou equivalente; d) ter sido aprovada em treinamento e estágio exigidos por esta Lei; e) boa conduta social; f) aprovação em teste psicológico específico.
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