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MÓDULO 2 ESCOLA DE SEXUALIDADE COM ANDRÉA VARGAS 2.0 INTRODUÇÃO Estou muito, mas muito feliz mesmo de contar com sua pre- sença no módulo 2 da Escola Onine de Sexualidade. Como a proposta é dividir o que aprendi até aqui, nada melhor do que fazer essa partilha com você - que aceitou o desafio de encarar o módulo 1 e pretende avançar. Já quero agradecer a Deus por isso, agora mesmo. “Obrigada, Senhor, por in- clinar corações àquilo que o Senhor julga importante. Aju- de-me a aproveitar essa oportunidade para ser fiel à Sua Pa- lavra e fazer as aplicações que te agradam. Peço que o Senhor prepare as sementes, os corações e a semeadura à medida que realizamos cada aula. Que o frutificar aconteça no Seu tempo e que o Seu nome seja glorificado porque o Senhor - somente o Senhor - merece ser conhecido e adora- do, em nome de Jesus. Amém.” Nosso coração até se aquece quando colocamos as expec- tativas na pessoa certa, não? Tenho certeza que Deus pode te surpreender com a sabedoria necessária para interpretar a realidade que te cerca. Quanto mais caminho com Ele, mais concluo que não somos e não podemos nada sem Cristo. Então, quero te encorajar a uma porção de fé maior do que teve até o presente momento. Que existem questões com- plexas ao nosso redor, isso todos nós concordamos. Mas quero te estimular a crer (mais) na Palavra de Deus. Ela real- mente oferece tudo o que precisamos para compreender a estrutura das crises pelas quais passamos tanto no nosso in- terior quanto ao nosso redor. APROFUNDANDO 2.0 INTRODUÇÃO AO MÓDULO 2ESCOLA DE SEXUALIDADE COM ANDRÉA VARGAS Por isso, começo a Aula 2.0, recapitulando os conceitos prin- cipais do módulo 1 porque sem eles, estaríamos desfalcados em termos de solidez para depositar mais conhecimento e experiência e assim, adquirimos mais sabedoria do Alto para entendermos melhor nossa vida e como ajudar o próximo. O módulo 2 está dividido em 2 partes. A parte 1 traz não só um aprofundamento das questões referentes à Queda e seus efeitos mas também amplia a abordagem sobre a Redenção e Consumação. Ao mesmo tempo que seremos impactados pelas verdades acerca do nosso coração tão trágica e ma- leficamente afetado pelo pecado, creio que a esperança há de acomodar nossa fé e atitude na direção correta. Afinal, não há como permanecer incólume após o contato com a vida e obra do Senhor Jesus. Uma vez preparado o solo com os conceitos sobre o que chamamos de Mapa (ou Cosmovisão Bíblica), estamos aptos para entrar na parte 2. Ali, devemos entrar em contato com um termo que tenho desenvolvido chamado Idolatria-Afeti- vo-Sensorial (IAS). Desconheço na literatura o uso dessa ter- minologia e por isso, venho me debruçado nela porque acredito que ela ofereça condições para compreendermos a dinâmica da identidade e sexualidade humanas à luz da Bíblia. O conceito sobre idolatria sem sido amplamente trabalhado no decorrer da história da igreja. Mas quando proponho o termo IAS, trago comigo a expectativa de que funcione 2.0 INTRODUÇÃO AO MÓDULO 2ESCOLA DE SEXUALIDADE COM ANDRÉA VARGAS como um guarda-chuva conceitual que por baixo dele seja possível depositar as questões referentes aos nossos dese- jos, afetos, relacionamentos, carências e amores. Quero te mostrar que o "problema" não é estritamente fisiológico, sexual, emocional ou cognitivo. Há ainda uma dimensão extra - e basilar - a ser considerada: a adoração que vem do coração. Em outras palavras, nossa sexualidade é uma ex- pressão da nossa fé e declara a nossa teologia. Parece-me que escrever mais do escrevi até o momento pode atropelar o que elaboramos com carinho nos vídeos. Então, abra-se para mais uma aventura em busca de crescer- mos como filhos e filhas de Deus querendo se parecer mais com quem realmente O agrada: o Senhor Jesus. Que Deus nos guie nessa nova etapa da nossa jornada. Sugestão de meditação: Gostaria que lesse Romanos 1 e João 15. Após algumas leitu- ras dos textos bíblicos, você consegue visualizar o tamanho do estrago do pecado e o alcance da graça de Deus na vida dos que crêem? Se sua reposta for sim ou não, termine orando seja louvando a Deus pelas Suas misericórdias, seja clamando por elas. Deus é bom! “Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma rocha eterna”. (Isaías 26:4) 2.0 INTRODUÇÃO AO MÓDULO 2ESCOLA DE SEXUALIDADE COM ANDRÉA VARGAS 2.1 DINÂMICA DA QUEDA 2.1 DINÂMICA DA QUEDA A QUEDA Que coisa boa te receber aqui! Fico muito feliz em poder dividir com você o que tem mudado minha vida e a de tantas pessoas que conheço: a mensagem da Cruz aplicada à nossa realidade! A Queda não é um assunto menor quando comparado a outros que estejam drenando nossa vitalidade. O trágico fenômeno do pecado trouxe e traz prejuízos gravíssimos até hoje. Não tenho como te iludir que os problemas atuais de ordem sexual sejam uma realidade à parte do episódio narrado em Gênesis 3. Ali, a humanidade tentou se desvencilhar de Deus. Quer dizer, ali começou a se desvencilhar cada vez mais até que a morte eternamente os separasse. Então, se você tinha o hábito de analisar sua vida ou a vida de alguém exclusivamente sob a perspectiva dos episódios infelizes e traumáticos vivenciados a partir do nascimento biológico, recomendo que recue mais um tanto até a chegada do pecado na vida humana. 2.1 DINÂMICA DA QUEDA A partir desse episódio, toda a realidade foi afetada. A natureza foi impactada. A humanidade, então, nem se fala... Começamos a pensar, sentir e desejar de forma autocentrada. Mas o mal teve um alcance ainda maior: o mal foi a própria mudança da adoração. Basicamente, foi o seguinte: “Deus, dá licença que eu quero passar! Vc não é bem-vindo aqui!”. Sei que isso soa muito mal porque parece que isso não nos representa. Mas, se você parar para pensar e começar a se lembrar da vida que viveu até agora, muitas serão as recordações de momentos em que Deus nem sequer foi lembrado e muito menos colocado em primeiro lugar. Talvez até tenha pensado sobre Ele mas de uma forma utilitarista do tipo: “Se eu fizer o que Deus gosta, posso ter o ganho que almejo”. Ou seja, além de não amar a Deus mais que tudo, posso tentar manipulá-Lo com boas práticas para ter o fim que almejo. Por essas e outras, tenho procurado me lembrar de não ter expectativa (à parte da graça de Deus) a respeito de nós - humanos. Seja onde for ou com quem for, o desafio crucial do ser humano será lidar com a dinâmica do seu coração. 2.1 DINÂMICA DA QUEDA Coração este que aprendeu a se deliciar em viver para si fazendo as coisas que acredita trazerem algum sentido - ainda que prejudiquem a si ou ao próximo. Nós não somos fáceis! Pensa num povo que achou brilhante a ideia de assumir as rédeas da existência e usar suas habilidades para ampliar sua própria sensação de império. Só Deus pra dar conta de nós! Pensando no desperdício de oportunidades em amar a Deus como merece ser amado, sugiro que leia e releia Salmos 6. A ideia é você responder a pergunta: a fala de Davi te representa? Se sim, que tal fazer dela sua oração essa semana? Que Deus te abençoe! 2.2 EFEITOS DA QUEDA 2.2 EFEITOS DA QUEDA OS AMORES QUE AMAMOS Olá! Como você está? É até complicado responder essa pergunta depois de ter ouvido e lido sobre a Queda, não? Falo por mim, tenho aprendido a não me iludir a meu respeito: em algum momento serei esbofeteada pela verdade de que o pecado me ronda! E o que é pior: o pecado me tenta de forma deliciosa! Então, quero dividir com você o que costuma me ajudar: lembrar de TODO o espectro! Pensar exclusivamente nos fatos isolados sobre os ganhos do pecado - além de ingenuidade - é uma enrascada! É mais prudente pensar na CENA TODA porque o pecado envolve um conjunto maior de fatores além do prazer que nos promete. Isso quer dizer que se mudo a direção de meu coração para adoraro que me tenta, significa que deixei Deus de lado, não O amando acima da tentação e provavelmente usando egoisticamente o próximo. No final das contas, nossa vida não é sobre os pecados que pecamos e sim, sobre os amores que amamos. Dependendo de como amamos, pecamos ou não pecamos. Está aí a grande questão da vida: estamos realmente dispostos a amar a Deus acima de todo e além disso, amar o próximo ao invés de usá-lo? Podemos nos surpreender com a verdadeira resposta! Talvez, gostemos mais da ilusão em uma resposta (automatizada na alternativa correta) “Sim” do que do quão verdadeira essa resposta seja. Não tem jeito, Deus está de olho - amorosa e graciosamente - no nosso coração. Adão e Eva vacilaram primeiro no coração e não, nas mãos, olhos e boca. E Deus os levou tão a sério que proporcionou a real e única solução para o problema. Mas esse assunto fica pra depois. Hoje, sugiro que você siga as seguintes instruções: 1. Meditar em Mateus 6:24 e 22:37-39. Você já mapeou quais são os “senhores” que te tentam? Em outras palavras, o que concorre com o amor a Deus no seu coração? 2. Fazer de Salmos 23 e 51 sua oração e adoração até a próxima aula. 2.2 EFEITOS DA QUEDA 3. Ler, pelo menos, o capítulo 2 do livro “Você é aquilo que ama” (James K. A. Smith). Se ler, prepare-se! Acho que Deus emprestou um bisturi para o autor tratar nosso coração. Que Deus te abençoe com toda santa perseverança na sua jornada, em nome de Jesus. Abraço e até a próxima, se Deus quiser! 2.2 EFEITOS DA QUEDA 2.3 DINÂMICA DA REDENÇÃO 2.3 DINÂMICA DA REDENÇÃO HISTÓRIA DE AMOR Quero começar contando uma história... Participei de um aconselhamento de um rapaz cristão - daqueles que nascem de novo, sabe? - com convicção sobre a Bíblia ser a Palavra de Deus e com enorme disposição para servir em missões. Aparentemente, não tinha o que aconselhar o rapaz, não é verdade? Só que ele trazia uma queixa bastante específica. Palavras dele: “Sei que Jesus é a verdade e que não há salvação fora Dele, mas eu ainda sonho encontrar um príncipe encantado”. Prosseguiu: “Sonho encontrar um príncipe que me ame, me assuma, more comigo, durma comigo, pague minhas contas, etc”. Uma pessoa como esse rapaz - maior de idade e lúcido - tem o direito garantido pelas leis do país de decidir como o com quem vai se relacionar. Não é crime que procure pelo seu príncipe e sim, um direito. A questão é que, por razões do âmbito da fé, ele não se sentia livre para vivenciar a experiência com outro homem. Por isso, procurou pelos irmãos para conversar sobre o assunto e entender melhor o que as Escrituras têm a dizer. Será que ele viria para o aconselhamento trazendo como queixa o mesmo sonho se fosse com uma mulher? Provavelmente, não. Então, deduzimos que, pessoas devem se aliançar umas com as outras o tempo todo crendo que estão fazendo a “coisa certa” e do “jeito certo” pelo fato de não estarem com ninguém do “gênero errado”. Isso me lembra a história de Jesus com a mulher samaritana. Qual o problema daquela mulher querer pegar água no poço? Ela deveria estar com sede e ponto. Precisava Jesus ter rendido tanto o assunto? Acredito que sim! Tem assunto que precisa ser escarafunchado - especialmente quando se diz respeito ao coração. Tanto o rapaz quanto a mulher samaritana parecem ter a mesma dinâmica de funcionamento na vida: “tendo O homem do meu lado, o problema está resolvido!”. Curiosamente, Jesus propõe outra alternativa: Ele mesmo! O problema, então, talvez não seja quem desejamos e sim, quem desejamos para substituir Cristo na central da nossa adoração. Isso aí vale a pena reler, parar e pensar a respeito. 2.3 DINÂMICA DA REDENÇÃO O problema do rapaz não era sonhar com um príncipe que o assumisse e sim, sonhar como quem não O tivesse encontrado AINDA! A boa notícia dessa aula é que a Semente anunciada por Deus no pós queda JÁ veio e GERMINOU no Calvário para confirmar a maior história de amor que nenhum romântico de plantão seria capaz de imaginar. Em Cristo, encontramos o amor, o vínculo, o gozo, a paz, a inclusão, o céu... que tanto almejávamos. Aleluia! Sugestão: Escreva uma carta de amor para Jesus. Para entregar, basta escrever com sinceridade. 2.3 DINÂMICA DA REDENÇÃO 2.4 CONSUMAÇÃO O IMPACTO DA CONSUMAÇÃO Deve ser maravilhoso não sofrer mais, não experimentar a morte e nem ter que chorar por dor. Igualmente maravilhoso deve ser habitar num mundo governado por paz, santidade e justiça. Acho até difícil imaginar um cenário e sistema assim funcionando. Mas não vejo a hora de conhecer... Só que esse dia ainda não chegou. O que me anima é saber que cada dia que passa estamos mais perto desse grande desfecho: a segunda vinda de Jesus Cristo! O impacto da Consumação na vida do Cristão é muito especial! Todos nós passamos por maus momentos na vida. Muitos de nós vivenciamos situações terríveis de traumas e dores. Incontáveis são os episódios de sofrimentos e injustiças a todo tempo. A questão é: como lidar com tudo isso? Converter a Cristo resolve? Talvez você esteja fazendo essa escola com o objetivo de mudar o que passou para ser livre e feliz. Não posso prometer nada nessa linha. Posso garantir algo diferente: em Cristo, o que passou e te aterroriza, escraviza e humilha não tem mais domínio sobre você! Isso é a mesma coisa de não sofrer pelo que aconteceu? Não. Talvez você sofra ainda ao lembrar e até se sinta vulnerável. 2.4 CONSUMAÇÃO Mas passará por isso bem acompanhado e protegido por Deus e com a certeza de que, mesmo em guerra, Jesus continua sendo seu bálsamo, refrigério, escudo, torre forte, bom pastor, pão, água, tesouro, caminho, verdade e vida. Tenho aprendido que existem algumas possibilidades para viver a vida. Uma delas é me desesperar pelos erros que cometi, pelos ídolos que gostei de adorar e pelos enganos que ainda tenho apego. Mas também aprendi que existe a possibilidade de me lembrar do que me dá esperança. Apesar dos erros, dos ídolos e dos enganos, Deus continua sendo Deus aliançado a mim porque Ele é bom e não tem nada que possa me separar Dele - que fui comprada e paga por Ele através de Jesus. Isso tem me constrangido tanto que pretendo amar mais a esse Deus tão querido e santo. Tem horas que meu amor é muito fraco e isso me entristece porque não é justo com Ele. Mas até nisso aprendo e lembro da minha pequenez comparada à Sua imensidão. Nesses momentos, fico despida de glórias do passado, de títulos e patentes ineficazes e das ilusões mundanas que tanto apreciei. 2.4 CONSUMAÇÃO No final das contas, sabe quem sobra? Sobra Deus! Sempre fiel, invencível e imutável. Você já parou para contemplar alguma montanha? Gostaria que fizesse esse exercício. Seja presencial ou virtualmente, contemple e reflita no seguinte trecho de Salmos 125: “Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Assim como estão os montes à roda de Jerusalém, assim o Senhor está em volta do seu povo desde agora e para sempre.” Talvez o segredo para nós não seja mudar as circunstâncias para que vivamos melhor. Outra possibilidade pode ser aumentar o grau de confiança no Deus que - apesar das circunstâncias - continua sendo zeloso com Seus filhos. Vamos terminar esse texto orando a Deus para que nos ajude a confiar mais Nele? Confiar em Deus hoje e agora! Que Deus te acalme mostrando que há de concluir a linda obra que começou na sua vida, em nome de Jesus! Amém. 2.4 CONSUMAÇÃO 2.5 IDOLATRIA AFETIVO-SENSORIAL - CONCEITO A IDOLATRIA QUE ADORAMOS ADORAR Finalmente chegamos no assunto da Idolatria- afetivo-sensorial! Nossa escola deve assumir um rumo bem prático a partir de agora porque acredito que esse conceito - apelidado de IAS - possa nos ajudar a chegar mais estrategicamente na raiz dos problemas do nosso coração. Talvez você não saiba mas para chegar até esse raciocínio transitei por muitos outros. Enquanto conselheira, seguioutras perspectivas e chamei de problema o que só era sintoma. Muitas foram as vezes que me debrucei em histórias de vida de aconselhados para mapear padrões em pensamentos e emoções que causassem os comportamentos pecaminosos. Admito que a história de vida das pessoas tem seu papel na relação de ajuda mas não pode substituir a antropologia bíblica. Isso quer dizer que, a partir do relato bíblico, preciso alocar as informações que aconselhados trazem. É a Palavra de Deus que vai proporcionar os pressupostos necessários para interpretar a realidade de quem aconselho. 2.5 I.A.S - CONCEITO Se eu negociar esse princípio, adotarei exclusivamente as expressões afetivo-sensoriais dos aconselhados como “mapa” para entender porque vivem do jeito que vivem. Ou seja, terei que monitorar cada afeto ou cada pensamento sobre determinada situação para entender porque o “gatilho” foi disparado rumo ao pecado. Faltou dizer que o objetivo dessa investigação toda em torno de afetos e sensações se dá em função da preocupação em repor o que falta, só que de um jeito não pecaminoso. Exemplo: se seu problema foi a falta de pai presente, agora precisamos colocar um Pai no lugar; se foi falta de afeto, precisamos te abraçar e por aí vai. Não tem fim! E por que não? Porque acabamos tendo que concluir que não é pai presente, mãe afetuosa ou infância sem erotização que geram santidade. Se for, nem precisamos de Cristo! E se não precisamos de Cristo, por que Deus o enviou? 2.5 I.A.S - CONCEITO Conclusão: a conta não fecha! Cristo veio para resolver o grande problema da nossa vida: o governo do pecado no nosso coração capaz de nos separar de Deus - a razão da nossa vida. Em função desse problema, adoramos eleger nossa relação com criaturas como a redenção ou solução para nossa existência. Por isso, gosto de usar a ilustração do príncipe encantado. Nos encanta a ideia de que uma criatura seja a resposta para nossos desafios identitários e existenciais. Semelhantemente, é encantador acreditar que poderemos ter algum controle sobre esse ”príncipe” que conseguimos seduzir. É delicioso imaginar que todo esse Éden seja tão acessível e tangível. Pena que não passa de ilusão... Alguém precisa nos lembrar a respeito da Verdade! E por a Verdade entende-se Jesus - o Deus encarnado que se fez Cordeiro de Deus para nos substituir na punição divina, nos livrando e libertando do governo do pecado sobre nós. 2.5 I.A.S - CONCEITO Cristo nos libertou e por isso, podemos amar a Deus agora! Se pararmos para pensar, aquilo de chamávamos de problema talvez nem fosse o real problema da nossa vida. Por isso, gosto da ideia de pensar sobre nossos pecados a partir do raciocínio da IAS. Antes de eleger os afetos e sensações como os grandes desafios, seremos lembrados de que eles se ancoram no que realmente representa o problema: a idolatria que adoramos adorar. Pensei em algo que pode nos ajudar a entender melhor essa ideia. Gostaria que você assistisse ao filme “Uma mente brilhante” e procurasse responder: por que o personagem principal se relacionava com as fantasias? Esse pode ser o assunto inicial da nossa próxima Live, ok? Até lá, se Deus quiser. Deus te abençoe. 2.5 I.A.S - CONCEITO 2.6 IDOLATRIA AFETIVO-SENSORIAL - EXPRESSÕES DISPOSIÇÃO DE ABRIR MÃO Há anos, conversando com um professor e mentor sobre a falta de recursos para sair ou ficar no país onde estava, fui aconselhada com as seguintes palavras: “Andréa, você está no melhor lugar para um cristão: você não consegue nem ir e nem ficar porque está empacada. Só tem uma saída: do Alto! Então, aprenda a segurar tudo na vida de mãos abertas”. Obviamente, nunca mais esqueci essa lapada de sabedoria que levei no meio da testa e não poderia deixar de dividi-la com você! (kkkk) Lembrei dessa história porque tenho aprendido que não dá pra insistir em carregar nenhuma bagagem de crenças infundadas se realmente somos filhos de Deus. O exercício que precisamos aprender é o de esvaziar o nosso eu para validar tudo o que cremos segundo o crivo de Deus. Somente assim poderemos ser retroalimentados por verdade ao invés de mentiras. Sei que os dias que vivemos tem sido marcados por polarização e embates filosóficos, ideológicos e políticos. Mas quero correr o risco e fazer a seguinte pergunta: até quando será preciso argumentar sobre isso ou aquilo ser pecado? Será que ainda é necessário ir por essa linha? 2.6 I.A.S - EXPRESSÕES Ainda falta dizer algo sobre a pecaminosidade de algumas condutas quando as Escrituras são enfáticas a respeito? Eu acho que não! Acredito que, salvo raríssimas exceções, passamos dessa fase. Por hora, me parece que a pergunta a ser feita não seja se é pecado ou não. Para mim, a questão é: uma vez sendo pecado, você está na disposição de abrir mão e renunciar isso - ainda que seja social e politicamente aceitável e recomendável? Mudando a pergunta, parece-me que estaremos chegando mais fundo no coração das pessoas, indo além das máscaras. Quantas vezes me vi na situação de reencontrar alguém que já foi próximo a mim e que não crê mais em Cristo e a pessoa me pergunta o que eu penso sobre algum assunto da sexualidade. O curioso é que a pessoa já sabe minha opinião. Inclusive, a Bíblia que uso é a mesma que um dia ela acreditou. Mas por que pergunta? Noto que a ideia é tentar atrair a atenção para um embate focando em todos os campos, exceto no realmente interessa: a fé. Talvez o plano seja entrar na linha argumentativa para que seja possível estabelecer paz com a consciência e concluir que os cristãos não sabem o que dizem. 2.6 I.A.S - EXPRESSÕES Entretanto, o que ela pode não querer se responder seja: “o que não abro mão nem por Deus?”. Se houver qualquer reposta para essa pergunta, esbarramos na idolatria - que na sexualidade, costuma atuar de forma afetivo-sensorial. De novo, voltamos ao tema de sempre: quem amamos mais, quem queremos agradar mais, quem tememos mais? Ou seja, quem é nosso Deus e quanto Ele vale para nós? O interessante - quando não assombroso - é que Deus já sabe a reposta. Quem precisa encarar a realidade é a gente! Então, vamos partir para esse desafio e nos perguntar: tem algo em mim que não abro mão por nada, nem por Deus? Refletir sobre isso pode ser um excelente movimento para nosso crescimento. Fico imaginando em dois personagens bíblicos que foram testados no seu amor por Deus. O primeiro é José. Imagine como podem ter sido os pensamentos dele durante os anos em que ficou preso porque resolveu amar mais a Deus do que a si próprio. 2.6 I.A.S - EXPRESSÕES Que tal reler essa história e tentar se colocar no lugar (Gn39-41)? O outro personagem é Pedro sendo perguntado se era discípulo de Cristo. Será que já nos arrependemos de amar a Deus? Você pode reler essa história em João 18 e verificar se se identifica com o que Pedro passou. Se sim, talvez seja hora de nos arrependermos por não amarmos a Deus como Ele merece. Se serve de consolo, esse é o desafio de todos nós, filhos de Deus que ainda não amam direito o Pai que têm. Que Deus nos perdoe e nos ajude a crescer em amor por Ele e pelo próximo, em nome de Jesus. Amém. 2.6 I.A.S - EXPRESSÕES 2.7 IDOLATRIA AFETIVO-SENSORIAL - APLICAÇÕES 1 A VERDADE QUE LIBERTA Tenho muita esperança a seu respeito, sabia?! Nem te conheço mas acredito que a Palavra de Deus possa fazer maravilhas na sua vida e a partir dela. Hebreus 4:12 diz: “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”. Creio no poder cirúrgico das Escrituras. Posso entender que somente ela chega tão fundo em nós a ponto de tocar na nossa central blindada de funcionamento. Ela vai além do cognitivo, sensorial e comportamental. Ela chega na basede todas as operações e mecanismos que realizamos. Chega e corta! Por essa razão, vejo que precisamos crescer em sabedoria. Só assim poderemos ajudar pessoas no processo de remoção do que é idolátrico em substituição por aquilo que é cristocêntrico. Aliás, pra mim, esse é o papel do aconselhamento: ajudar pessoas a mudarem sua direção de adoração de ídolos para Cristo. 2.7 I.A.S - APLICAÇÕES 1 Quando isso acontece, traz algum impacto na sexualidade? Sim! Nossa sexualidade é uma expressão da nossa adoração. A forma como lidamos com o que sentimos, pensamos e desejamos evidência quem adoramos. Por isso, mais do que entender cada detalhe da história de vida de alguém, precisamos discernir quem foi adorado quando cada episódio de vida se desenrolou. Olhar única e exclusivamente para os acontecimentos do passado de quem aconselhamos pode empobrecer o aconselhamento. Mas olhar para eles entendendo que servem de sugestões para o desenvolvimento da idolatria pode ajudar muito. Então, mais do que tentar fechar algum diagnóstico em torno de determinado comportamento, talvez seja inquestionável a necessidade de observar o todo. Assim, quando alguém traz alguma queixa de pecado sexual é fundamental compreendermos o que a pessoa está negociando sobre Deus. Ídolos se alojam onde acreditamos que Deus não deva reinar. Havendo pecado significa que alguma mentira sobre Deus afetou negativamente minha forma de interpretar a realidade. 2.7 I.A.S - APLICAÇÕES 1 Por isso, cedi a pensamentos, emoções e desejos que acredito terem condição de redimir o estado onde me encontro. Jesus nos ensinou que a mulher samaritana só seria alcançada se sua adoração estivesse voltada para Deus. Para conduzi-la a esse processo, Ele usou a história dela para chegar à raiz da sua adoração. Acreditar que ela ou qualquer coisa criada tenha a solução para sua sede existencial é comprometer a ideia de que Deus seja a fonte de vida. Portanto, se quero ajudar, preciso encorajá-la a crer na Verdade e não é verdade que Deus não seja a fonte de vida que precisa. Que tal parar agora por alguns instantes e avaliar quais possíveis mentiras sobre Deus podem estar alojadas no seu sistema de crenças a ponto de você ter pecado os últimos pecados que pecou? Minha oração é para que o Espírito Santo nos escaneie e convença com a verdade que nos liberta, em nome de Jesus. Amém. 2.7 I.A.S - APLICAÇÕES 1 2.8 IDOLATRIA AFETIVO-SENSORIAL - APLICAÇÕES 2 O PROBLEMA DA VIOLÊNCIA SEXUAL Que bom saber que você está perseverando na busca por sabedoria! Fico animada com isso porque sou daquelas que crê que o mundo, em alguma escala e em algum momento, há de melhorar. Deus quer usar Seus filhos, e crescer em sabedoria tende a colaborar muito com o que Ele quer fazer. Na aula de hoje, espero que fique bem evidente a importância de se encarar o problema da violência sexual. Quando digo encarar, é encarar MESMO! Algumas das piores atitudes que se pode ter diante da violência sexual - seja por abuso ou por exploração sexual - são a indiferença e a ingenuidade. Por indiferença, cito que há quem acredite que “o problema não é comigo, se é que realmente existe”. Há casos de denúncias falsas? Sim, mas os números mostram que é a menor das possibilidades. Além de orar, a recomendação é que se observe com cautela a situação de possível violência, colete o máximo de informações e peça ajuda a equipamentos especializados para que se dê início ao cuidado do caso. 2.8 I.A.S - APLICAÇÕES 2 No Brasil, é possível acionar o Disque 100. Trata-se de um serviço do governo federal que funciona como “pronto socorro” dos direitos humanos*. Uma vez acessado de forma correta, o serviço aciona a rede de proteção que contempla vários equipamentos em todo o território nacional. Muitos não sabem, mas trata-se de um serviço disponível 24h, gratuito e anônimo. Esse tipo de informação precisa ser conhecido pelo povo de Deus que pode divulgar, utilizar e monitorar o serviço para que funcione bem. Quanto melhor utilizado, mais chances de receber atenção e investimento e com isso, a política pública é fortalecida. A subnotificação de casos de violência é um gigante que ainda precisa ser vencido no país. Daí, chegamos no aspecto da ingenuidade quando se acredita que “deve ser coisa da sua cabeça e se realmente aconteceu, o tempo trata”. Não! Pode estar acontecendo, sim, com quem e por meio de quem você menos imagina. Gente rica, pobre, branca, amarela, preta, macho, fêmea, crente, não crente, da cidade ou da roça, de norte a sul? Sim! Todos esses e mais um tanto. Depois da queda, gente (também) virou ameaça para gente. 2.8 I.A.S - APLICAÇÕES 2 Então, mais do que pânico, é preciso de intencionalidade nos bons tratos! Tamar foi estuprada! Poderia não ter sido? Poderia. Mas infelizmente foi. O que poderia ter sido feito para evitar e o que poderia ter sido feito para cuidar dos envolvidos à altura do caos instalado? Dor, culpa, confusão, nojo, raiva, medo e dúvida não são levadas pelo tempo. Aliás, a tendência é que o tempo sedimente as lembranças da violência e mude o funcionamento da pessoa. Por isso, é importante falar sobre violência sexual já que ela costuma ter força suficiente para abalar sistemas de crenças. Uma vez abalados, no que a pessoa crê agora? Sendo assim, creio ser de extrema necessidade que discipuladores sejam familiarizados com o assunto da violência sexual e que entendam qual o impacto dela na construção da identidade e sexualidade dos seus discípulos. A cosmovisão bíblica - ou mapa, como temos chamado aqui - nos oferece condições de encarar esse desafio. Através dela, sabemos que a violência sexual não fazia parte do plano criacional. Isso significa que se trata de efeito de queda. 2.8 I.A.S - APLICAÇÕES 2 Deste modo, Cristo se apresenta como caminho de redenção - processo esse que pode ser iniciado e avançado aqui mas que há de chegar a sua plenitude na consumação através da implantação do governo de Cristo. Para finalizar quero enfatizar a ideia de que violências perpetradas contra você não mudam sua identidade. Identidade não é feita de episódios, identidade é feita de crenças. Assim, mais do que nunca, que concordemos com Jesus: “Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.” (Mateus 4:4 ARC ) Você e eu vivemos do que sai da boca de Deus sobre nós! Amém? (*) Veja www.gov.br 2.8 I.A.S - APLICAÇÕES 2
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