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UNOPAR
Sistema de Ensino A DISTÂNCIA
serviço social
nome
produção interdisciplinar
GUAÇUI
2022
GUAÇUI-ES
2022
nome
Portifólio Interdisciplinar apresentado à UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Serviço Social
Docente supervisor: Prof. 
PORTIFÓLIO INTERDISCIPLINAR
GUAÇUI-ES
2022
INTRODUÇÃO
A produção textual tem como objetivo instigar os alunos, apoiados nas informações presentes na BNCC sobre a área da linguagem como ferramenta norteadora, para o planejamento de atividades diferenciadas, relacionar teoria e prática, a fim de proporcionar embasamento para atuação em atividades extracurriculares; desenvolver os estudos independentes, sistemáticos e o autoaprendizado, favorecer a aprendizagem, promover a aplicação da teoria e conceitos para a solução de problemas práticos relativos à profissão.
Por isso a proposta de produção textual individual tem como tema os direitos à alimentação, buscando fazer uma reflexão sobre a proteção social e o papel do Estado. O desafio é refletir sobre o assunto a partir de uma temática no Brasil diante dos conteúdos estudados nas referidas disciplinas que abordam a questão de estudo, que é o direito a alimentação, como direito fundamental especificado na Constituição de 1988, mas que ao longo da historia do Brasil tem sido violada, submetendo a população a fome e a miséria e em alguns casos a morte. 
DESENVOLVIMENTO
Fundamentos Históricos, Teóricos e Metodológicos do Serviço
A garantia de segurança alimentar e nutricional apesar de ser considerada básica, ela não tem sido alvo de discussões no âmbito das politicas públicas, ao contrário a mesma tem sido deixada de lado nessas discussões. Quando se fala em direito dos homens a uma alimentação adequada também especificada sobe a sigla DHAA, pode ser pensada de maneira básica, uma vez que ela se interrelaciona com o direito a vida, ambos se encontram interligados. Por isso, ela passa despercebida quando se trava discussões no que diz respeito as politicas públicas. 
No cenário nacional e mesmo internacional existe uma ampla legislação que visa garantir o direito de todos a uma alimentação que seja adequada e ao mesmo tempo digna. No Brasil, o direito a alimentação se junto a um caminho que passa pelo contexto da soberania alimentar e da segurança alimentar e nutricional. 
No que diz respeito a segurança alimentar é preciso compreender que para ser consumido o alimento ele deve entre outras coisas passar por um processo de segurança. Quando se fala de segurança dos alimentos, de acordo com Naas ( 2001) nos referimos: 
A segurança é uma das qualidades mais esperadas nos produtos alimentícios, e interage basicamente para garantir a qualidade, atendendo os requisitos dos consumidores em termos de segurança dos alimentos, rastreabilidade, bem estar dos animais e controle sanitário, bem estar dos trabalhadores e redução do risco (NÄÄS, 2001). 
Esta segurança esta intrinsecamente ligada a qualidade dos alimentos ofertados. As vezes existe uma confusão entre qualidade e segurança, a Qualidade de Alimentos reporta-se ao conjunto de atributos de um alimento que o leva a ser escolhido entre tantos outros pelo consumidor. Refere-se ao cumprimento de fatores como sabor, expectativa, modo de apresentação e critérios valorizados por parte dos consumidores, visto que, estes estabelecem parâmetros de qualidade por si só e de acordo com o cumprimento ou o não cumprimento destes parâmetros, o alimento é classificado quanto a sua qualidade.
No entanto, a Segurança de Alimentos é a garantia de oferta de alimento livre de substâncias indesejáveis ou contaminantes que poderiam causar algum dano à saúde do consumidor. Tem o intuito de proteger e preservar a saúde humana dos riscos apresentados por possíveis perigos presentes nos alimentos. Os perigos, que podem ser físicos, químicos e biológicos, podem ter diversas origens e estarem presentes desde a obtenção da matéria prima até as etapas de produção, sendo necessária a aplicabilidade de medidas sanitárias e higiênicas desde a produção até a mesa do consumidor.
A Food Agriculture Organization (FAO) define Segurança Alimentar como a “situação na qual toda a população tem pleno acesso físico e econômico a alimentos seguros e nutritivos que satisfaçam as suas necessidades e preferências nutricionais para levar uma vida ativa e saudável” .
No Brasil, a definição vigente de Segurança Alimentar foi elaborada por ocasião da preparação do documento brasileiro por representantes do governo e da sociedade civil para a Cúpula Mundial de Alimentação e significa: “garantir a todos condições de acesso a alimentos básicos de qualidade, em quantidade suficiente, de modo permanente e sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, com base em práticas alimentares saudáveis, contribuindo, assim, para uma existência digna, em um contexto de desenvolvimento integral da pessoa humana.” 
Apesar da sua importância, as politicas públicas não tem avançado no que diz respeito a segurança alimentar enquanto garantia de direito, o assunto sempre esteve a margem das discussões do governo, e de suas respectivas prioridades, sempre ficando subordinado as questões do crescimento da economia e consequentemente do aumento da produção no espaço da agricultura por conta da modernização da tecnologia, em detrimento de politicas intersetoriais que envolvem as condições que sejam relevantes para a sociedade visando estabelecer a garantia plena dos direitos e que se configura no âmbito do desenvolvimento sustentável dos sistemas que envolve a alimentação.
Os estoques mundiais de alimentos tornaram-se bastante escassos e, nesse momento, a ideia de segurança alimentar ficou quase exclusivamente ligada à produção agrícola. Com a Revolução Verde, que aumentou a produtividade da agricultura ainda na mesma década, porém, compreendeu-se que o aumento significativo da produção agrícola não era suficiente para acabar com a fome e a desnutrição, que seguiam atingindo gravemente parcela importante da população mundial. O direito à alimentação passou a ser compreendido como resultado de ações intersetoriais.
Na década de 70 o Brasil apresentava um cenário no que diz respeito ao acesso a alimentação que se confere dentro de um cenário mundial onde os estoques de alimentos estavam se tornando muito escassos e portanto a ideia de segurança alimentar estava basicamente ficando restrita as questões envolvendo a produção dentro da agricultura. No entanto com a revolução verde, que fez com que houvesse um aumento na produção dentro da agricultura nos anos 70, gerou um aumento significativo na produção da agricultura embora não fosse suficiente para combater a fome que era proeminente e nem a desnutrição, que vinham atingindo patamares de grande gravidade para uma parcela relevante da população no mundo. 
Por isso o direito a alimentação passou a ser entendido como fator resultante de ações que envolviam inúmeros setores da sociedade. 
No Brasil a Comissão Nacional de Alimentação foi substituída pelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição que foi pensado como um dos projetos para impactar elaborado pelo governo militar no âmbito da assistência alimentar. O referido instituto instituiu diversos programas direcionando os mesmos para as populações que se encontram em vulnerabilidade social no Brasil. Por volta da metade da década de 70, o binômio alimentação versus educação foi cedendo espaço para o contexto que envolvia a alimentação e a renda dos brasileiros, por isso as politicas públicas que passaram a ser implementadas pelo governo federal passaram a ter como foco o alimento e a nutrição para as populações. 
Sociologia Critica
A sociologia critica busca por meio das suas ideias superar as ideologias e as ilusões que as produz objetivando expressar as perspectivas do proletariado e dessa forma contribuir para que se tenha uma transformação a nível social.
Por isso a mesma é importante para que o pensamento critico seja desenvolvidona sociedade e dessa maneira os indivíduos venham a ganhar uma maior autonomia agregando benefícios a sua atividade de forma geral e ao seu entorno. Por isso o mesmo ajuda a se posicionar diante de diversas situações e pensar com sua cabeça e com seu olhar.
A sociologia critica contribui para refletir sobre os fenômenos sociais que permeiam a sociedade, e a mesma contribui para refletir sobre o fenômeno da fome enquanto expressão biológica de males sociológico, pois está intimamente ligada as questões das diversidades econômicas que permeiam os países subdesenvolvidos.
De proporções universais a fome atinge todos os continentes, pois dados estatísticos afirmam que dois terços da humanidade sofrem com a fome podendo afirmar que de forma endêmica ou mesmo epidêmica, tem vivenciado os efeitos destruidores que a fome provoca na população. Considerada um produto das superpopulações a fosse atinge em massa e tem relação intrínseca com a expansão demográfica que atinge o mundo, uma fome que acaba por dizimar populações do terceiro mundo.
No que diz respeito a alimentação no mundo, um dos obstáculos consiste em planejar as soluções que melhor se adequem a mesma, o que tem de barreira consiste no pouco conhecimento que a sociedade tem sobre o problema de forma generalizada, como diversas manifestações que enfocam os contextos biológicos, econômicos e sociais.
No Brasil o número de brasileiro que passam fome dobrou depois da pandemia, e tem avançado de maneira rápida, de acordo com dados, o país soma atualmente cerca de 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente, quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020. Numericamente tem-se cerca de 14 milhões de pessoas passando fome no Brasil. Esses dados são do 2º Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PENSSAN). A pandemia contribui ainda mais para que a fome avançasse.
No Brasil a população vive algum grau de insegurança alimentar, onde mais da metade da população. A perda da segurança alimentar de acordo com a Rede PENSSAN tem relação direta com a atuação do governo, que tomou medidas insuficientes e isoladas, que com um cenário de infração, desemprego, alta dos alimentos, e queda da renda da população fez com que alguns segmentos sociais fossem mais fragilizados.
Ciência Política
É notório que o Estado Democrático de Direito se constitui de grande relevância para a manutenção dos direitos sociais. Sua importância reside no fato de que com ele se evita que abusos por parte do aparelho estatal para com a população ocorra, os direitos fundamentais conferem autonomia e liberdade a população nas suas ações no dia a adia e dessa forma conseguem limitar o poder do Estado sobre as mesmas. 
O estado democrático de direito reúne os princípios do estado democrático e do estado de direito, abordando dentro de uma nova ótica incorporado um componente considerado revolucionário de transformação do status quo. 
Juridicamente o Estado Democrático de Direito é definido pelo respeito aos direitos humanos considerados fundamentais, é um Estado no qual os direitos individuais, coletivos, sociais e políticos são garantidos por meio dos direitos constitucionais. Por isso, a importância de se manter o Estado de Direito consiste em que o mesmo tem sua atuação limitada e definida pela Constituição do país. 
A população tem direitos sociais e tem a proteção da justiça que são garantidos pelo Estado por meio dos governantes que são escolhidos pelo povo de maneira democrática. Por isso o poder dos governantes e a soberania do Estado nascem do poder do povo por meio da escolha feita de forma direta por intermédio das eleições. Por isso todos os eleitos tem de respeitar e cumprir as obrigações especificadas no âmbito da legislação, um governante não pode tomar decisões que sejam contrárias a Constituição Federal ou mesmo que venha a ferir os direitos sociais dos cidadãos. 
Antropologia
Existe uma relação contraditória entre o capital e o trabalho e que tem sua origem na acumulação do capital desde o inicio dos tempo, onde os produtores expulsavam de forma violenta os trabalhadores de suas terras que foram sendo expropriados de suas condições de trabalho e convertidos em trabalhadores assalariados que foram obrigados a vender sua força de trabalho para sobreviver.
É preciso entender que o trabalhador vem sendo subordinado ao capital, não por escolha própria, mas pela necessidade de sobreviver imposta por uma sociedade capitalista e consumista, onde quem não detém os meios de produção precisa obrigatoriamente vender sua força de trabalho, sob condições subumanas dentro de uma logica imposta pelo sistema, que usa todos os meios para sustentar a sua expansão e seu acumulo de capital. 
Nesse contexto, os proprietários para manter o seu domínio econômico precisou usar mecanismos, e de alguém que administrasse os possíveis conflitos sociais, sempre a favor das classes dominantes, gerando uma contradição entre as classes e também uma exploração do homem pelo próprio homem. Nesse contexto surge o Estado no meio da sociedade de classes e tem uma relação direta com todo o processo econômico.
Por isso o Estado em cada um dos períodos da historia, cumpriu o papel de garantir a dominação e a exploração das classes oprimidas pelas classes que economicamente estavam no poder, de servir portanto aos interesses de alguns, que usados do estado para obter toda a sua força politica. 
A partir do momento em que se tem a divisão social do trabalho na sociedade capitalista, existe uma divergência entre os interesses coletivos e particulares, fazendo com que o Estado se mostre neutro, acima das diferenças de classes, visando mesmo que hipoteticamente um representante de todos.
Por isso o Estado surge como uma instituição relevante para que se garanta o funcionamento da economia dentro do capitalismo e o estado só se mantém porque tem sua base alicerçada dentro do sistema capitalista. 
	
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, fica evidente que a produção textual ao ser desenvolvida atingiu os objetivos propostos a medida em que oportunizou uma reflexão sobre a proteção social e o papel do estado no que diz respeito ao Direito a Alimentação.
No entanto, infelizmente um grande número de famílias se encontra abaixo da linha da pobreza, e não tem condições de se sustentar, vivem na estrema miséria e isso se reflete na sua alimentação e dos filhos, tornando uma alimentação correta e saudável para essas crianças impossível. No entanto o estabelecimento de políticas públicas que garantam essa alimentação saudável nos primeiros anos de vida se torna relevante na sociedade e precisa ser praticada pelos governos. 
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Rodrigo Estramanho de; CHICARINO, Tathiana Senne; DIÉGUEZ, Carla Regina Mota Alonso. Ciência Política. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional, 2017
CASTRO, Josué. “A fome”. Disponível em: <https://www.pjf.mg.gov.br/conselhos/comsea/publicacoes/artigos/arquivos/art_fome.pdf> Acesso: 29 setembro de 2022.
MOTA, Ana Elizabete. MAVI, Rodrigues. Legado do Congresso da Virada em Tempos de Conservadorismo Reacionário. Scielo 2020.
OLIVEIRA, Carlindo Rodrigues de; OLIVEIRA, Regina Coeli de. Direitos sociais na constituição cidadã: um balanço de 21 anos. Serv. Soc. Soc. (105); Mar 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/sssoc/a/t4FygcBr9cBR7Zj5NjN7brs/?lang=pt Acesso 28 SETEMBRO DE 2022..
RODRIGUES, Alberto Tosi. Democracia: teoria e prática. Rev. Sociol. Polit. (22). Jun 2004. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsocp/a/rsFpWcv3jqC4tgR9G4DXGwM/?lang=pt Acesso em 28 setembro de 2022.
SILVEIRA, Daniel. “Fome no Brasil: número de brasileiros sem ter o que comer quase dobra em 2 anos de pandemia”. In G1 [online]. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/noticia/2022/06/08/fome-no-brasil-numero-debrasileiros- sem-ter-o-que-comer-quase-dobra-em-2-anos-de-pandemia.ghtml Acesso:29 setembro de 2022.

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