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Aula 1 - Pares Cranianos

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Pares de Nervos Cranianos 
PARES DE NERVOS CRANIANOS: 
➢ 1º par: nervo olfatório 
➢ 2º par: nervo: ótico 
➢ 3º par: nervo oculomotor 
➢ 4º par: nervo troclear 
➢ 5º par: nervo trigêmeo 
➢ 6º par: nervo abducente 
➢ 7º par: nervo facial 
➢ 8º par: nervo vestibulococlear 
➢ 9º par: nervo glossofaríngeo 
➢ 10º par: nervo vago 
➢ 11º par: nervo acessório 
➢ 12º par: nervo hipoglosso 
 
A maioria dos nervos se origina no tronco 
encefálico, com exceção do primeiro e segundo 
par. Os núcleos encefálicos que originam os 10 
nervos situam-se em colunas verticais, no tronco 
do encéfalo e correspondem a substância cinzenta 
da medula espinhal 
 
Os nervos cranianos podem ser classificados em 
motores, sensitivos e mistos. 
• Nervos motores/ fibras eferentes: dos 
nervos cranianos se originam de grupos de 
neurônios no encéfalo, que são seus núcleos de 
origem. São eles: Par III oculomotor, par IV 
(troclear), par VI (abducente), par XI (acessório) 
e par XII (hipoglosso) 
• Nervos sensitivos/ fibras aferentes: se 
originam dos neurônios situados fora do 
encéfalo, agrupados para formar gânglios ou 
situados em órgãos periféricos dos sentidos. 
Nesse caso se enquadram os pares I, II e VIII 
(essencialmente sensitivo, sendo o primeiro 
olfatório, o segundo essencial para o impulso 
visual e o oitavo sendo o vestibulococlear). 
• Nervos mistos (motores e sensitivos): são 
eles par V (trigêmeo), par VII (facial), par IX 
(glossofaríngeo) e par X (vago). 
Par I: Nervo Olfatório 
É representado por numerosos pequenos feixes 
nervosos que se originam na região olfatória de 
cada fossa nasal, atravessam a lamina crivosa do 
osso etmoide e terminam no bulbo olfatório. 
É exclusivamente sensitivo, pois suas fibras 
conduzem impulsos olfatórios, sendo classificados 
como aferentes viscerais especiais. 
Habilidades Médicas V - Neurologia – Aula 1 
 
 
 
Par II: Nervo Óptico 
É constituído por um feixe grosso de fibras 
nervosas 
Se origina na retina, emergem próximo ao polo 
posterior de cada bulbo ocular; penetram no 
crânio por meio do canal optico. 
Cada nervo óptico une-se com o lado oposto, 
formando assim o quiasma óptico, onde as fibras 
se cruzam e continuam do trato óptico até o corpo 
geniculado lateral. 
O nervo óptico é exclusivamente sensitivo, cujas 
fibras conduzem impulsos visuais; as fibras se 
caracterizam-se como aferentes somáticas 
especiais 
 
 
 
 
Par III: Oculomotor. Par IV: Troclear e Par 
VI: Abducente: 
 
São nervos que penetram na orbita pela fissura 
orbital superior, e se distribuem aos músculos 
extrínsecos do bulbo ocular, os quais são: elevador 
da pálpebra superior, reto superior, reto inferior, 
reto medial e reto lateral, oblíquo superior e 
inferior. Todos esses músculos são inervados pelo 
par III (oculomotor). Os demais detêm funções sob 
estruturas musculares mais específicas, como 
veremos a seguir. 
 
Par III: Oculomotor 
Inerva todos os músculos oculares com exceção do 
obliquo superior e reto lateral 
Além disso, o oculomotor exerce função sob os 
músculos intrínsecos do bulbo ocular como: 
músculo ciliar (regula as convergências do 
cristalino, é ele que controla a acomodação do 
olho para que possamos visualizar os objetos em 
várias distâncias e regula o humor aquoso que 
passa pelo canal de Schlemm) e o músculo 
esfíncter da pupila. 
 
Par IV: Troclear 
Inerva o músculo oblíquo superior, fazendo a 
movimentação medial (em direção a ponta do 
nariz) 
 
Par VI: Abducente 
Inerva o músculo reto lateral, faz a movimentação 
de lateralização externa do olho 
 
Par V: Nervo Trigêmeo 
É um nervo misto, ou seja, de caráter motor e 
sensorial, porém sua parte sensitiva é 
consideravelmente maior 
Os neurônios sensitivos do gânglio trigeminal 
formam 3 ramos ou divisões do trigêmeo, sendo 
elas: nervo oftálmico, maxilar e mandibular. 
Responsáveis pela sensibilidade somática de 
grande parte da cabeça, e as fibras se caracterizam 
como aferentes somáticas gerais. Os impulsos 
exteroceptivos, associados a parte sensitiva do 
trigêmeo como temperatura, dor pressão e tato se 
originam de: 
a) Pele da face e da fronte 
b) Conjuntiva ocular 
c) Parte ectodérmica da mucosa da cavidade 
bucal, nariz e seios paranasais 
d) Dos dentes 
 
e) Dos 2/3 anteriores da língua 
f) Da maior parte da dura máter craniana 
A raiz motora é constituída de fibras que 
acompanham o nervo mandibular e 
distribuindo-se aos músculos mastigadores 
(temporal, masseter, pterigoídeo medial, milo-
hióideo e o ventre anterior do musculo 
digastrico). 
Os impulsos proprioceptivos (provocados pela 
própria pessoa), são originados em receptores 
localizados nos músculos mastigadores 
(movimento de mastigação) e na articulação 
temporomandibular. 
OBS: o problema médico mais evidente em 
relação ao trigêmeo é a nevralgia (crises 
dolorosas intensas no território de um dos 
ramos do nervo). 
 
 
OBS: lesão de 4º par o paciente não eleva o globo 
ocular e fica olhando para a ponta do próprio 
nariz; principal nervo com patologias de etiologia 
idiopática. 
Par VII: Nervo Facial 
Possui uma raiz motora (nervo facial propriamente 
dito – responsável pela mímica) e uma raiz 
sensitiva e visceral (nervo intermediário). Ambas 
as raízes penetram no meato acústico interno, 
juntamente com o nervo vestibulococlear, 
formando assim um tronco nervoso que penetra 
no canal facial. O nervo emerge para o crânio pelo 
forma estilomastoideo, e se atribui para uma série 
de músculos como: mímico, estilo-hióideo e 
ventre posterior do músculo digástrico. 
Esses músculos constituem fibras eferentes 
viscerais especiais que constituem grande parte 
funcional do VII par (musculatura mímica). Os 
quatro outros componentes funcionais se 
atribuem ao nervo intermediário, o qual possui 
fibras aferentes viscerais especiais (gustação nos 
2/3 anteriores da língua), eferentes somáticas 
gerais (parte do pavilhão auditivo e do meato 
acústico externo) e aferente viscerais gerais 
(parte posterior das fossas nasais e face superior 
do palato mole) e eferente viscerais gerais 
(glândula submandibular, sublingual e lacrimal) 
As fibras aferentes estão associadas a 
prolongamentos de neurônios sensitivos 
localizados no gânglio geniculado; já os 
componentes das fibras eferentes originam-se no 
tronco encefálico. 
Par VIII: Nervo Vestibulococlear 
É um nervo exclusivamente sensitivo que penetra 
na porção lateral do sulco bulbopontino. 
Ocupa juntamente com os nervos facial e 
intermédio o meato acústico interno 
Possui uma parte vestibular (associada ao 
equilíbrio) e uma parte coclear (associado a 
audição) 
A porção vestibular é composta por fibras que se 
originam dos neurônios sensitivos do gânglio 
vestibular, os quais conduzem impulsos nervosos 
associados ao equilíbrio 
A porção coclear possui fibras advindas dos 
neurônios sensitivos do gânglio espiral, que 
conduzem impulsos associados a audição, 
originados do órgão espiral, receptor de audição 
situado na cóclea (de Corti) 
Ambas as porções têm suas fibras classificadas 
como aferentes somáticas especiais. 
Lesões do VIII par (vestibulococlear) causam 
diminuição da audição, por comprometimento da 
 
parte coclear, juntamente com vertigem, 
alterações do equilíbrio, e enjoo, por 
envolvimento da porção vestibular. 
Pode ocorrer nistagmo (movimento oscilatório 
dos olhos rápidos, involuntários, repetitivos e 
incontroláveis nos olhos) associado a perda de 
visão. 
OBS: Teste de Romberg: paciente em pé, 
olhando para ponto fixo e fica oscilando de um 
lado para outro (pode ser lesão no cerebelo, no 
meato acústico) mas ele continua em pe. Se ao 
fechar o olho ele cair ao invés de so oscilar a lesão 
está na medula, isso quer dizer que ele perdeu a 
propriocepção, ou seja o contato dos pés por meio 
da visão. 
Par IX: Nervo Glossofaríngeo 
É um nervo misto,que emerge do sulco lateral 
posterior do bulbo, sob a forma de filamentos 
radiculares, dispostos na vertical. Esses filamentos 
se unem para formar o nervo glossofaríngeo que 
sai do crânio pelo forame jugular. Ao sair do crânio 
se ramifica na raiz da língua e na faringe. 
Possui um componente de fibras aferentes 
viscerais gerais, responsáveis pela sensibilidade do 
terço posterior da língua, faringe, úvula, tonsila, 
tuba auditiva e seio e corpo carotídeos. 
Ademias, possui um feixe de fibras eferentes 
viscerais gerais, as quais pertencem a divisão 
simpática do SNA (sistema nervoso autônomo) e 
que terminam no gânglio ótico. Desse gânglio 
saem fibras nervosas do nervo auriculotemporal 
que vão inervar a glândula parótida. 
A nevralgia (semelhante a do trigêmeo) é uma das 
patologias mais recorrentes, se caracteriza por 
ataques recorrentes de dor intensa na parte 
posterior da garganta, na área próxima às 
amígdalas, parte posterior da língua, parte do olho 
e/ou área embaixo da parte posterior da 
mandíbula. 
Par X: Nervo Vago 
É o maior dos nervos cranianos, se caracteriza 
como nervo misto e essencialmente visceral. 
Emerge do sulco lateral do bulbo sob forma de 
filamentos que se unem para formar o nervo vago. 
Sai do crânio pelo forame jugular percorrendo 
pescoço, tórax e termina no abdômen. 
a) Fibras aferentes viscerais gerais: muito 
numerosas, conduzem impulsos aferentes 
originados na faringe, laringe, traqueia, 
esôfago e vísceras do tórax e abdômen 
b) Fibras eferentes viscerais gerais: 
responsáveis pela inervação simpática das 
vísceras torácicas e abdominais. 
c) Fibras eferentes viscerais especiais: 
inervam os músculos da faringe e da 
laringe. O nervo motor mais importante da 
laringe é o nervo laríngeo vago, o qual as 
fibras são em grande parte originadas pelo 
ramo interno do nervo acessório. 
Par XI: Nervo Acessório 
Puramente motor 
Formado por uma raiz craniana (ou bulbar) e 
uma raiz espinal (formada por filamentos 
radiculares que emergem da face lateral dos 
cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da 
medula e constituem um tronco comum que 
penetra no crânio pelo forame magno). Esse 
tronco comum possui os filamentos do sulco 
lateral posterior do bulbo. O tronco comum 
atravessa o forame jugular juntamente com os 
nervos glossofaríngeo e vago e se divide me 
dois ramos, um ramo interno e um externo. 
a) RAMO INTERNO: possui fibras da raiz 
craniana, e reúne-se com o vago e se 
distribui juntamente com ele. 
b) RAMO EXTERNO: tem fibras das raiz 
espinal e se dirige obliquamente para 
baixo inervando os músculos 
esternocleidomastoídeo e o musculo 
trapézio. 
As fibras cranianas do nervo acessório (ramo 
interno) se dividem em: 
1) Fibras eferentes viscerais especiais: 
inervam os músculos da laringe através do 
nervo laríngeo recorrente 
 
2) Fibras eferentes viscerais gerais: inervam 
vísceras torácicas juntamente com fibras 
vagais. 
As fibras espinais (ramo externo) são 
tipicamente eferentes viscerais especiais. 
Par XII: Nervo Glossofaríngeo 
Essencialmente motor, responsável pela 
motricidade da língua. Emerge do sulco lateral 
anterior do bulbo, sob forma de filamentos 
radiculares que se unem para formar o tronco do 
nervo. O hipoglosso passa pelo canal do 
hipoglosso e se distribui pelos músculos 
extrínsecos e intrínsecos da língua. 
As fibras são eferentes somáticas 
Nas lesões do nervo hipoglosso, há paralisia de 
uma das metades da língua, fazendo com que ela 
se mova apenas em direção ao lado 
acometido/lesado, isso por ação da musculatura 
do lado normal não contrabalançada pela 
musculatura da metade paralisada. 
Inervação da Língua: 
1. Trigêmeo: sensibilidade geral (temperatura, 
dor pressão, tato nos 2/3 anteriores) 
2. Facial: sensibilidade gustativa nos 2/3 
anteriores 
3. Glossofaríngeo: sensibilidade geral 
(temperatura, dor pressão, tato no terço 
posterior) 
4. Hipoglosso: motricidade 
Referências: 
• MACHADO, Ângelo B. M.. Neuroanatomia 
funcional. 2 São Paulo: Atheneu Editora, 
2007, 363 p

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