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Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto-SP 
Secretaria Municipal da Saúde 
Comissão de Controle de Infecção 
(CCI-SMS) 
 
 
 
 
 
LIMPEZA E 
DESINFECÇÃO 
DE SUPERFÍCIES 
EM SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
 
 
 
1ª Edição 
 
 
 
2006 
 
 
 
II 
SUMÁRIO 
 
 Pág. 
 INTRODUÇÃO ......................................... 6 
 
1 
CAPÍTULO I 
Limpeza ................................................. 
 
7 
2 Classificação de Áreas ............................. 7 
 Recomendações importantes para áreas 
críticas e semicríticas ............................... 
 
8 
3 Tipos de Limpeza ..................................... 9 
 3.1 Limpeza Concorrente .......................... 9 
 3.2 Limpeza Terminal .............................. 11 
4 Métodos e Equipamentos de Limpeza de 
superfícies .............................................. 
 
14 
 4.1 Limpeza Úmida .................................. 14 
 4.2 Limpeza Molhada ............................... 14 
 4.3 Limpeza Seca .................................... 14 
5 Regras Básicas ........................................ 15 
6 Periodicidade da Limpeza ......................... 16 
7 Procedimentos ........................................ 17 
8 Considerações Gerais ............................... 18 
 
1 
CAPÍTULO II 
Desinfecção ............................................ 
 
20 
2 Técnica de Desinfecção ............................ 20 
3 Princípios Básicos do Controle de Infecção 
em Unidades de Saúde ............................. 
 
23 
 3.1 Equipamento de Proteção Individual – 
EPI ........................................................ 
 
23 
 3.2 Higienização das Mãos ........................ 25 
 3.3 Imunizações .................................... 26 
 3.4 Riscos Ocupacionais e Acidentes de 
Trabalho ................................................ 
 
26 
 Bibliografia Consultada ............................ 27 
 
XP
Stamp
XP
Text Box
LIMPEZA E DESINFECÇÃO
DE SUPERFÍCIES
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
 
 
 
 
III
 
Comissão de Controle de Infecção da 
SMS Ribeirão Preto-SP. 
(Portaria nº 111/06) 
 
Alessandra Claudia Castellucci – Cirurgiã-Dentista 
Ana Lúcia de Azevedo Barilli – Cirurgiã-Dentista 
Anazilda Carvalho da Silva – Enfermeira 
Aparecida Heloísa Capellaro Ferreira – Enfermeira 
Carmelita Ap. de Oliveira Zanin Felix – Enfermeira 
Danilo Paiva – Cirurgião-Dentista 
Deise Therezinha Merlin – Enfermeira 
Dra. Maria das Dores Vale Oba – Enfermeira 
Eidí Terezinha Lausmann Gomes – Enfermeira 
Eliana Redigolo - Farmacêutica 
Fernanda Ferreira Costa – Farmacêutica 
Gianny Bordin Catta Couto – Médica 
Gilza Marques do Nascimento – Enfermeira 
Jane Aparecida Cristina – Enfermeira 
Luci Rodrigues da Silva – Farmacêutica 
Luciana Mazucato Fontes Patrocínio – Enfermeira 
Margarete Marin Corat – Agente Administrativa 
Maria Cristina Jordão Ferrari – Enfermeira 
Maria Helena Abud da Silva – Enfermeira 
 
 
 
IV
 
Marlene Duarte Mendes – Enfermeira 
Marta Cristiane Alves Pereira – Enfermeira 
Marta Maria Noccioli Sanches – Enfermeira 
Mônica Penteado Trentin Lazzarini – Enfermeira 
Otília Guilhermina Heer Oshiro – Enfermeira 
Paula de Oliveira Tinoco – Técnica de Enfermagem 
Rita Silvana Andreoli – Farmacêutica 
Silvana Pastore Do Carmo – Médica 
Silvia Renata Cicconi Barbin – Enfermeira 
Stênio José Correia Miranda – Médico 
 
 
 
 
V
 
AUTORES 
Sub-comissão de Protocolos da CCI-SMS 
 
Mônica Penteado Trentin Lazzarini 
Alessandra Claudia Castelucci 
Ana Lúcia de Azevedo Barilli 
Eidí Terezinha Lausmann Gomes 
Marta Cristiane Alves Pereira 
Marlene Duarte Mendes 
Silvia Renata Cicconi Barbin 
 
 
REVISÃO 
 
Alcyr Barbin Filho-Médico 
 
 
 
6
 
LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE 
SUPERFÍCIES EM SERVIÇOS DE SAÚDE 
 
INTRODUÇÃO 
 
O objetivo desta norma técnica é orientar os 
auxiliares de serviço, da Secretaria Municipal da 
Saúde, para o melhor uso dos métodos de 
limpeza e desinfecção, a seleção eficiente e eficaz 
dos produtos de limpeza, e a racionalização do 
dispêndio de esforços, recursos e tempo. 
Além do desperdício de produtos, com alto custo 
aquisitivo no sistema de saúde, existem o 
desgaste e a corrosão precoce de artigos e 
superfícies, bem como os problemas da toxicidade 
para os manuseadores e os usuários, 
contribuindo, inclusive, para a poluição ambiental. 
O processamento descrito nesta norma técnica 
refere-se aos métodos de limpeza e desinfecção 
de superfícies. 
Como superfície, entendem-se mobiliários 
(bancadas, pias, macas, divãs, suporte para soro, 
balança, computadores), pisos, paredes, 
divisórias, portas e maçanetas, tetos, janelas, 
vidros, equipamentos, instalações sanitárias, 
grades de aparelho de ar condicionado, 
ventilador, exaustor, luminárias, bebedouro, 
aparelho telefônico e outros. 
 
 
 
 
7
CAPÍTULO I 
1 - LIMPEZA 
Definição 
A Limpeza Técnica é o processo de remoção de 
sujidades, mediante a aplicação de energias 
química, mecânica ou térmica, num determinado 
período de tempo. Consiste-se na limpeza de 
todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) 
e equipamentos permanentes, das diversas áreas 
das Unidades de Saúde. É imprescindível que 
utilizem-se critérios de classificação das áreas 
para o adequado procedimento de limpeza. 
 
 
2 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 
 
Áreas críticas (C) - são as que oferecem maior 
risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas 
onde se realizam procedimentos invasivos e/ou 
que possuem pacientes de risco ou com sistema 
imunológico comprometido, ou ainda, aquelas 
áreas que por sua especificidade devem ter a 
presença de microorganismos patogênicos 
minimizada. 
 
Áreas semicríticas (SC) - são áreas ocupadas 
por pacientes com doenças infecciosas de baixa 
transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto 
é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam 
cuidados intensivos ou de isolamento. 
 
 
 
 
8
 
Áreas não-críticas (NC) - são todas aquelas 
áreas não ocupadas por pacientes e onde não se 
realizam procedimentos, como as áreas 
administrativas e de circulação. 
 
RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES PARA 
ÁREAS CRÍTICAS E SEMI-CRÍTICAS 
 
1. Os procedimentos de limpeza, a serem adotados,
deverão observar as práticas da técnica e das normas da
legislação vigente, no que tange ao controle de infecção. 
 
2. Os serviços serão executados em todas as superfícies,
tais como: pisos, paredes/divisórias, teto, porta/visores,
luminárias, mobiliários e demais instalações. 
 
3. Os profissionais de limpeza deverão estar habilitados
para o uso de equipamento específico destinado à limpeza
das áreas críticas, semicríticas, não-críticas, da infra-
estrutura externa e da área comum. 
 
4. As mãos deverão ser lavadas, antes e após, a utilização
das luvas, bem como as luvas de PVC. 
 
5. As luvas de PVC, utilizadas para limpeza do mobiliário,
deverão ser de cor diferente da luva de PVC utilizada na
limpeza geral (pisos, paredes, sanitários). 
6. Usar panos, luvas, baldes, escovas e outros,
padronizados para cada procedimento. 
 
7. É proibido o processo de varredura seca dentro da
Unidade de Saúde. 
 
 
 
 
 
9
8. Todos os utensílios utilizados na prestação de serviços 
(panos de mobília e piso, escovas, baldes etc.), deverão 
ser lavados em locais designados pela chefia imediata, 
após o término de cada turno de trabalho. 
 
9. Os materiais em tecido deverão retornar, limpos e 
secos, para uso nas áreas. 
 
10. A coleta de resíduos deverá ser realizada, pelo 
menos, três vezes ao dia, ou quando o conteúdo ocupar 
2/3 do volume total. Os resíduos deverão ser 
transportados conforme o protocolo do Gerenciamento de 
Resíduos, específico para o tipo de resíduo gerado, em 
recipiente fechado, com tampa, lavável, seguindo toda a 
legislação vigente. 
 
 
 
3 - TIPOS DE LIMPEZA 
 
3.1 Limpeza concorrente: é o processo de 
limpeza diária de todas as áreas da Unidade de 
Saúde, objetivando a manutenção do asseio, o 
abastecimento e a reposição dos materiais de 
consumo diário (sabonete líquido,papel higiênico, 
papel toalha interfolhado etc.), a coleta de 
resíduos de acordo com a sua classificação e a 
higienização molhada dos banheiros, 
proporcionando ambientes limpos e agradáveis. 
 
 
 
10
 
FREQÜÊNCIA DE LIMPEZA CONCORRENTE 
CLASSIFICAÇÃO DAS 
ÁREAS 
FREQÜÊN-
CIA 
OBSERVAÇÃO 
ÁREAS CRÍTICAS 3X POR DIA data e horário pré-
estabelecidos, e 
sempre que 
necessário 
SEMICRÍTICAS 2X POR DIA data e horário pré-
estabelecidos, e 
sempre que 
necessário 
NÃO-CRÍTICAS 1X POR DIA data e horário pré-
estabelecidos, e 
sempre que 
necessário 
ÁREAS COMUNS 1X POR Dia data e horário pré-
estabelecidos, e 
sempre que 
necessário 
ÁREAS EXTERNAS 2X POR 
SEMANA 
data e horário pré-
estabelecidos, e 
sempre que 
necessário 
 
 
 
 
11
 
MÉTODO DE LIMPEZA CONCORRENTE 
 
 
 
MÉTODO 
1. limpeza úmida para todas superfícies, 
utilizando baldes de cores diferenciadas 
(um contendo solução detergente e 
outro, água limpa). Trocar a solução, 
dos baldes, a cada ambiente. 
 2. limpeza do banheiro (lavar). 
1. iniciar sempre da área mais limpa 
para a mais suja. 
 
 
TÉCNICA 2. utilizar movimento único, em um só 
sentido, para a limpeza de todas as 
superfícies. 
 3. do mais distante para o mais próximo. 
 4. do fundo para a porta. 
 
3.2 Limpeza terminal: é o procedimento de 
limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da 
Unidade de Saúde, objetivando a redução da 
sujidade e, consequentemente, da população 
microbiana, reduzindo a possibilidade de 
contaminação ambiental. É realizada 
periodicamente de acordo com a criticidade das 
áreas (crítica, semicrítica e não-crítica), com data, 
dia da semana e horário pré-estabelecidos em 
cronograma mensal. Inclui todas as superfícies e 
mobiliários. Portanto, é realizada em todas as 
superfícies horizontais e verticais, das áreas 
críticas, semicríticas, não-críticas, infra-estrutura 
e área comum. 
 
 
 
 
12
 
Deverá ser realizada ao final de cada 
procedimento que envolva exposição de 
secreções, supervisionada por Enfermeiro. 
 
FREQÜÊNCIA DE LIMPEZA TERMINAL 
CLASSIFICAÇÃO 
DAS ÁREAS 
FREQÜÊN
CIA 
OBSERVAÇÃO 
ÁREAS CRÍTICAS SEMANAL data, horário, dia da 
semana pré-estabelecido 
SEMICRÍTICAS QUINZENAL data, horário, dia da 
semana pré-estabelecido 
NÃO-CRÍTICAS MENSAL data, horário, dia da 
semana pré-estabelecido 
ÁREAS COMUNS MENSAL data, horário, dia da 
semana pré-estabelecido 
ÁREAS 
EXTERNAS 
SEMANAL data, horário, dia da 
semana pré-estabelecido 
 
MÉTODO DE LIMPEZA TERMINAL 
1. Reunir e organizar todo o material necessário no 
carrinho de limpeza. 
2. Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de 
entrada do ambiente, sempre do lado de fora. 
3. Utilizar os EPIs necessários e indicados para a 
realização do procedimento de limpeza. 
4. Realizar, quando necessárias, a 
desinfecção/descontaminação de matéria orgânica, 
conforme as normas vigentes. 
5. Trocar as luvas para execução das demais etapas. 
 
 
 
 
13
6. Recolher os sacos de lixo do local, separados, 
fechando-os com dois nós e depositando-os, seguindo o 
Protocolo de Gerenciamento de Resíduo da SMS. 
7. Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução 
detergente para remoção da sujidade. 
8. Realizar o enxágüe e sempre que necessário, realizar 
fricção com álcool 70%. 
9. Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta 
com solução detergente. 
10. Proceder a limpeza do piso com solução padronizada 
pela SMS. 
11. Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o 
box, o vaso sanitário e por último o piso e ralos (não 
esquecer de limpar o porta papel toalha, o porta papel 
higiênico, o espelho, a válvula de descarga. Reorganizar o 
ambiente. 
12. Desprezar as soluções, dos baldes, no local indicado 
pela chefia imediata. 
13. Realizar a higienização dos baldes. 
14. Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com 
solução detergente, em local específico. 
15. Repor os sacos de lixo, conforme Política de 
Gerenciamento dos Resíduos. 
16. Retirar e lavar as luvas. 
17. Lavar as mãos. 
18. Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, 
papel toalha e higiênico). 
 
 
 
14
 
4 - MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE 
LIMPEZA DE SUPERFÍCIES 
 
4.1 Limpeza úmida: consiste-se em passar pano 
ou esponja, umedecidos em solução detergente 
ou desinfetante, enxaguando, em seguida, com 
pano umedecido em água limpa. Esse 
procedimento é indicado para a limpeza de 
paredes, divisórias, mobiliários e de 
equipamentos de grande porte. 
É importante ressaltar que a limpeza úmida é 
considerada a mais adequada e higiênica, todavia 
ela é limitada para a remoção de sujidade muito 
aderida. Na limpeza terminal é necessária a 
utilização de métodos mais eficientes para a 
remoção de sujidades, como a mecanizada. 
 
4.2 Limpeza molhada: consiste-se na limpeza 
de pisos e de outras superfícies fixas e de 
mobiliários, por meio de esfregação e de enxágüe 
com água abundante, sendo utilizada 
principalmente na limpeza terminal. Na sua 
realização em pisos recomenda-se o uso de 
máquinas automáticas que lavam, enxáguam e 
aspiram ao mesmo tempo, principalmente em 
áreas que não possuam ralos. 
 
4.3 Limpeza seca: consiste-se na retirada de 
sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de 
vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador. 
 
 
 
 
15
 
 
 
A limpeza com vassouras é recomendável em áreas 
externas, sendo proibido o seu uso em áreas 
internas de atendimento. 
 
 
5 - REGRAS BÁSICAS 
 
1. Utilizar equipamento de proteção individual 
(EPI), sempre. 
2. Começar do ambiente menos contaminado para 
o mais contaminado. 
3. Iniciar a limpeza da área menos contaminada 
para a mais contaminada. 
4. Iniciar a limpeza pelo teto. 
5. Proceder a varredura úmida. 
6. Corredores: dividir corredor ao meio, deixando 
um lado livre para o trânsito de pessoal enquanto 
procede a limpeza do outro. 
7. Usar a técnica de dois ou três baldes: 
• Área crítica, usar três baldes: 
Balde 1: Água pura; 
Balde 2: Água e sabão; 
Balde 3: Com solução padronizada pela 
SMS. 
• Área semicrítica e não-crítica, usar dois 
baldes: 
Balde 1: Água pura 
Balde 2: Água e sabão. 
 
 
 
16
8. Limpar em único sentido, de cima para baixo e 
em linhas paralelas, nunca em movimentos de vai 
e vem. 
9. Nos banheiros, lavar por último o vaso 
sanitário, onde será desprezada toda água suja 
(contaminada). 
10. Todo material usado para limpeza (baldes, 
panos, vassouras etc.), deverá ser limpo e 
guardado em local apropriado. 
 
 
6 - PERIODICIDADE DAS LIMPEZAS 
 
MANHÃ TARDE NOITE 
Recepção. 
Sala de espera. 
Consultórios. 
Móveis. 
Aparelhos. 
Corredores. 
Banheiros. 
Superfícies. 
Recolhimento de 
resíduos conforme 
técnica padronizada 
pela SMS. 
Desinfecção da 
unidade do doente. 
Limpeza e arrumação 
da copa após cada 
uso. 
Limpeza e arrumação 
da sala de reuniões. 
Limpeza das pias das 
Limpeza úmida das 
secretarias e outros 
móveis de fácil 
acesso e carros dos 
vários aparelhos 
existentes no 
serviço. 
Limpeza das áreas 
comuns 
(corredores). 
Limpeza e 
desinfecção da 
unidade do doente. 
Limpeza e 
desinfecção de 
qualquer superfície. 
Limpeza da sala de 
espera . 
Recolhimento de 
resíduos conforme 
Limpeza 
úmida do chão 
das áreas 
comuns. 
Limpeza e 
desinfecção 
da unidade do 
doente. 
Limpeza e 
desinfecção 
de qualquer 
superfície. 
Recolhimento 
de resíduos 
conforme 
técnica 
padronizada 
pela SMS. 
 
 
 
 
17
salas e despejos. técnica padronizada 
pela SMS. 
 
7 – PROCEDIMENTOS 
 
EQUIPAMENTO ATUAÇÃO 
Unidade do doente: 
cama, mesa, suporte de 
soro, escada, biombos, 
braçadeira. 
Lavar com água 
e sabão. 
Secar bem. 
 
 
Colchão, almofada 
Devem ter cobertura 
Impermeável. 
Lavar com água e sabão. Secar 
bem. 
Passar álcool 70% 3x 
Na alta do paciente 
 
Chão 
Lavar com água e sabão próprio 
para limpeza pesada, 
padronizado pela SMS. 
 
Banheira e lavatório 
Lavar com água e sabão. 
Desinfetar conforme o 
preconizado pela SMS. 
 
 
 
18
 
 
 
 
 
 
Refrigeradores: 
Alimentos 
Retirar materiais passando-ospara caixa de isopor com gelo; 
desligar o refrigerador; 
fazer a limpeza interna e 
externa com água e sabão; 
secar bem com pano limpo; 
ligar e verificar a temperatura; 
recolocar os materiais; 
fazê-la quinzenalmente. 
Refrigeradores: 
medicamentos ou 
imunobiológicos 
Para refrigeradores que 
contenham medicamentos, 
fazer esta limpeza sob 
supervisão do enfermeiro/ 
farmacêutico 
Bebedouro Lavar com água e sabão. Secar 
bem. 
Maçanetas e telefones. Conforme o preconizado pela 
SMS. 
OBSERVAÇÃO: se houver derrame de sangue e/ou matéria 
orgânica, seguir o protocolo da SMS. 
 
8 – Considerações Gerais 
 
Não utilizar material de limpeza de pisos e 
banheiros, na limpeza de móveis e de outras 
superfícies. 
Nas áreas ocupadas por pacientes em isolamento, 
por doença infecto-contagiosa, o material de 
limpeza deverá ser de uso exclusivo desta área. 
A técnica de limpeza deverá respeitar sempre a 
seqüência do mais limpo para o mais sujo. 
 
 
 
 
19
Começar das superfícies superiores para as 
inferiores e das superfícies mais afastadas, para 
as mais próximas das portas. 
Ao término da limpeza de cada área, o material 
deverá ser lavado em água corrente, com 
detergente neutro, assim como proceder à troca 
da água e/ou da solução utilizada. 
Freezer e geladeiras deverão ser limpos 
quinzenalmente, após elaboração de cronograma 
de todas as áreas e sob supervisão e orientação 
da chefia imediata da unidade. 
Manter todos os pisos higienizados. 
Os equipamentos metálicos ou de madeira, são 
limpos com água e pano úmido, usando 
detergente conforme a necessidade. 
Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem 
ser limpos com pano seco/preconizado pela SMS. 
Os corredores são limpos após todas as outras 
superfícies. 
As águas são renovadas de sala para sala, os 
panos devem ser higienizados de superfície para 
superfície. 
 
Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas 
calçando as luvas de trabalho. 
 
 
 
 
20
 
CAPÍTULO II 
 
1 - DESINFECÇÃO 
Definição 
Processo aplicado às superfícies inertes, que 
elimina microorganismos na forma vegetativa, 
não garantindo a eliminação total dos esporos 
bacterianos. Pode ser realizada por meio de 
processos químicos ou físicos. 
 
 
2 – TÉCNICA DE DESINFECÇÃO 
A desinfecção de superfícies fixas horizontais 
consiste-se em, com luvas apropriadas,: 
1. Proceder à limpeza da superfície com água e 
sabão; 
2. Enxaguar a superfície, utilizando pano 
embebido em água potável; 
3. Secar a superfície; 
4. Aplicar álcool 70%, unidirecional (em uma só 
direção), e por três vezes consecutivas, deixando 
secar naturalmente. 
 
 
 
 
21
 
FLUXO – LIMPEZA DE SUPERFÍCIE SEM 
MATÉRIA ORGÂNICA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Limpar a superfície com água e 
detergente neutro (luvas de PVC)
Enxaguar a superfície, utilizando 
pano embebido em água limpa 
 
Secar cuidadosamente 
 
 
 
22
 
FLUXO – LIMPEZA DE SUPERFÍCIE COM 
MATÉRIA ORGÂNICA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com luvas descartáveis, de látex, 
remover a matéria orgânica, 
utilizando-se de papel absorvente.
Desprezar tudo, inclusive as luvas
Limpar a superfície com água e 
detergente neutro (luvas de PVC) 
Enxaguar a superfície, utilizando 
pano embebido em água limpa 
Secar cuidadosamente 
Aplicar álcool 70%, 
unidirecional, por três 
vezes consecutivas
Pisos e paredes Mobiliários 
Nada 
 
 
 
 
23
 
3 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CONTROLE DE 
INFECÇÃO EM UNIDADES DE SAÚDE 
 
Os profissionais de saúde estão expostos a 
diversos riscos ocupacionais. A adoção de 
medidas de precaução-padrão ou universais, 
medidas básicas de prevenção adotadas 
indistintamente ou em todos os atendimentos de 
saúde, são normas de biossegurança que 
impedem que os profissionais se infectem ou 
sirvam como vetores para transmitir doenças para 
outros pacientes ou para seus familiares. Dentre 
essas medidas estão o uso de equipamento de 
proteção individual (EPI), a imunização dos 
profissionais de saúde e a lavagem criteriosa das 
mãos. 
 
3.1 Equipamento de Proteção Individual–EPI 
 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
AVENTAL 
Protege contra o contato com sangue e 
outros fluidos orgânicos e contra umidade 
gerada pelo aerossol e respingos 
provenientes do atendimento ao paciente e 
dos procedimentos de limpeza e 
desinfecção de artigos e superfícies, e de 
acidente térmico, mecânico e químico. O 
impermeável deve ser usado nos 
procedimentos de limpeza e desinfecção de 
artigos e superfícies, sendo que para o 
profissional de limpeza protege a roupa 
contra umidade. 
 
 
 
24
MÁSCARA 
Deve cobrir boca e nariz, permitindo 
respiração normal sem irritar a pele. Deve 
ser descartável, com tripla camada de 
proteção, sendo trocada no final de cada 
período de trabalho ou se ficar umedecida 
ou quando observar-se contaminação. No 
atendimento a pacientes com tuberculose 
ativa e no manuseio de produtos químicos, 
utilizar máscaras especiais. 
PROTETOR 
OCULAR 
Utilizado nos procedimentos de limpeza e 
desinfecção de superfícies quando houver 
risco de contaminação por secreções, 
aerossóis e produtos químicos. Protege os 
olhos do impacto de partículas volantes, de 
luminosidade intensa, de radiação 
ultravioleta e de respingos de produtos 
químicos e material biológico. Deve ser 
confortável, ter boa vedação, ser 
transparente, permitir lavagem com água e 
sabão e desinfecção quando indicada. 
 
A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser 
realizado pelo profissional. 
 
ATENÇÃO: Os EPI não descartáveis são de uso 
individual. Quando for atingido por 
sangue/secreções, deve ser higienizado após o 
uso. 
Diariamente os calçados, luvas e avental de 
borracha, devem ser lavados, desinfetados, secos 
e armazenados em local arejado. 
 
 
 
 
 
 
 
25
 
3.2 Higienização das mãos: ato simples e 
fundamental para prevenção e controle de 
infecção nos serviços de saúde. 
Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com 
técnica correta, pode interromper a cadeia de 
transmissão de infecção entre pacientes e 
profissionais da área da saúde. 
Praticada entre procedimentos, antes e após o 
atendimento individual, ao adentrar e antes de 
sair do ambiente de trabalho, antes e após uso do 
banheiro. 
Antes de calçar as luvas, para não contaminá-las, 
deve-se higienizar as mãos. Após o uso de luvas 
também, pois essas freqüentemente têm micro 
furos. 
Devem ser retirados os acessórios que podem 
servir de reservatório para microorganismos 
(anéis, pulseiras, relógios de pulso). 
As unhas devem estar sempre aparadas pois 
podem abrigar microorganismos causadores de 
infecção. 
 
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS 
 
 
 
PASSOS 
1. Abrir a torneira com a mão não dominante e 
molhar as mãos, sem encostar-se à pia ou lavatório. 
2. Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, 
os espaços interdigitais, polegar, articulações, unhas e 
extremidades, dedos, punhos. 
3. Enxaguar as mãos. 
4. Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha. 
 
 
 
 
26
 
3.3 Imunizações ou bloqueio epidemiológico 
da transmissão de infecções e proteção dos 
profissionais: a vacinação é uma das mais 
importantes medidas de prevenção de infecções 
Procurar a sala de vacina mais próxima 
 
 
3.4 Riscos ocupacionais e Acidentes de 
trabalho: os profissionais de saúde, como os 
demais trabalhadores, estão sujeitos a riscos 
ocupacionais, portanto, expostos a acidentes do 
trabalho, às doenças profissionais e às doenças do 
trabalho. A transmissão ocupacional do HIV e dos 
vírus das hepatites B e C, pelo seu caráter grave, 
exige sua inclusão como acidente de trabalho 
seguindo o protocolo da SMS-Ribeirão Preto. 
Iniciar as medidas profiláticas conforme 
orientações do Protocolo da SMS, Kit-Cat, e do 
Ministério da Saúde do Brasil para Acidentes com 
Materiais Biológicos, 1999. 
 
ATENÇÃO: Os profissionais, quando acidentados, 
devem comunicar seus acidentes em formulário 
próprio, denominado CAT - Comunicação de 
Acidente de Trabalho, em 24 horas e encaminhados 
aos setores competentes.27
 
Bibliografia Consultada 
Brasil. Bahia. Secretaria de Saúde do Estado. 
Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar. 
Orientações Básicas. 1ª Edição. Bahia. 1998. 
Brasil. Processamento de Artigos e Superfícies em 
Estabelecimentos de Saúde.2 Ed. Brasília-DF. 1994. 
Brasil. Rio de Janeiro Secretaria de Saúde do Estado. 
Coordenação Estadual de Controle de Infecção 
Hospitalar. Guia Prático de Controle de Infecção 
Hospitalar. 1999. 
Caldana R.P. Memorial Descritivo SMS-RP. 2006. 
Fernandes A.T. e Cols. Infecção Hospitalar e suas 
interfaces na Área da Saúde. São Paulo. Ed Atheneu, 
2000. 
Goodman e Gilman. Bases Farmacológicas da 
Terapêutica. Rio de Janeiro: G. Koogan, 1991. 
Mozachi N. O hospital: manual do ambiente hospitalar. 
2.ed. Curitiba: Os Autores, 2005. 
Oppermann, C.M. & Pires L.C. Manual de 
biossegurança para serviços de saúde — Porto Alegre 
PMPA/SMS/CGVS, 2003. 
Rodrigues E.A. et al. Infecções Hospitalares: 
Prevenção e Controle. São Paulo: Savier.ed, 1997. 
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto. 
Manual de Limpeza, Desinfecção e Esterilização em 
Unidades de Saúde. 2004 
 
 
 
28
 
 
 
APOIO 
 
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE 
DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E 
FINANCEIRO 
DIVISÃO DE ENFERMAGEM 
PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS DE 
RIBEIRÃO PRETO 
 
 
 
 
“Uma visão sem ação não passa 
de um sonho”. 
Uma ação sem visão é apenas um 
passatempo. 
Mas uma visão com ação pode 
mudar o mundo” 
(Autor Desconhecido) 
 
 
 
Versão do manual aprovada em reunião da CCI-SMS 
de 12/09/2006.

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