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Plano de aula Direitos Humanos

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Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 1: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Reconhecer as características e a evolução dos Direitos Humanos
4 Tópicos
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação na qual seja possível estabelecer a relação
entre a construção ética e histórica dos direitos humanos e sua reconstrução como ponto de partida
para atuação profissional na defesa das vítimas de violações de direitos humanos. Como sugestão,
segue o roteiro abaixo:
Situação­problema:
No famoso "Debate de Valladolid", realizado nos anos de 1550 e 1551 na Espanha, o Imperador
Carlos V ordenou que fosse colocada em pauta a conquista do "Novo Mundo" e, por conseguinte, o
tratamento aos povos indígenas pelos conquistadores. Foi o primeiro debate
moral na história da Europa que questionou as relações entre os colonos europeus e os povos
originários. Ainda que essa controvérsia tenha empreendido uma nova leitura do pensamento
escolástico, não impediu a ocorrência, no século XXI, de várias violações aos direitos dos índios,
como aquelas perpetradas pelo Estado brasileiro contra o povo indígena Xucuru, que resultou no
desrespeito à integridade pessoal, à propriedade coletiva e às garantias judiciais. A partir disso, é
possível indagar: Atualmente seria possível manejar algum instrumento internacional para a proteção
dos povos originários? Como a Corte Interamericana de Direitos Humanos fundamentou a sentença no
Caso Povo indígena Xucuru e seus membros vs. Brasil?
Metodologia:
Recomenda­se que o professor utilize inicialmente o vídeo "Debate entre Sepúlveda e Bartolomè de
Las Casas: controvérsia de Valladolid", disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=OOKma5miSE.
Através do uso da metodologia ativa, explore a capacidade intelectual e criativa dos alunos por meio
de Case studybased learning ou Aprendizagem baseada no Estudo de Caso e, para isso, estimule a
formação de grupos com o propósito de reunir informações detalhadas sobre o Caso Povo indígena
Xucuru e seus membros vs. Brasil que tramitou perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Os alunos devem relatar os fatos, conforme se sucederam, descrevendo e avaliando a sentença
proferida pela Corte Interamericana. Feito isso, para enfrentar as duas perguntas formuladas e
encontrar o melhor resultado, os alunos devem correlacionar suas respostas com a fundamentação
ética e histórica dos direitos humanos. para isso, estimule a formação de grupos com o propósito de
reunir informações detalhadas sobre o
Caso Povo indígena Xucuru e seus membros vs. Brasil que tramitou perante a Corte Interamericana de
Direitos Humanos. Os alunos devem relatar os fatos, conforme se sucederam, descrevendo e avaliando
a sentença proferida pela Corte Interamericana. Feito isso, para enfrentar as duas perguntas
formuladas e encontrar o melhor resultado, os alunos devem correlacionar suas respostas com a
fundamentação ética e histórica dos direitos humanos.
Atividade verificadora da aprendizagem:
Retomar a situação problema apresentada no início da aula e solicitar aos alunos a apresentação de
fundamentos, centrados na valorização do ser humano e nos instrumentos internacionais existentes,
para a defesa dos povos indígenas que sofrem graves violações
de direitos humanos no Brasil. Além disto, indicar a realização de exercícios de verificação de
aprendizagem localizados no final do módulo.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia a sentença de:
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso do povo indígena Xucuru e seus
membros vs. Brasil. Sentença de 5 de fevereiro de 2018. Disponível em:
https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_346_por.pdf Acesso em: 18 jul. 2020.
Assista aos vídeos:
Princípios de Van Boven: a luta pelos direitos humanos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=9pIk6gast64&feature=youtu.be Acesso em: 18 jul. 2020.
A Obrigação do estado de consultar os Povos Indígenas. Disponível em: https://youtu.be/resHK3iY4A
Acesso em: 18 jul. 2020.
Leia os artigos de:
GUTIÉRREZ, Jorge Luís. A controvérsia de Valladolid (1550): Aristóteles, os índios e a guerra justa.
Revista USP, São Paulo, n. 101, p. 223235, 30 maio 2014. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/87829/90750 Acesso em: 18 jul. 2020.
MURCHO, Desidério. Ética e direitos humanos. Caderno da Escola do Legislativo, Belo Horizonte, v.
12, n. 19, p. 3756,
jul./dez. 2010. Disponível
em::https://www.almg.gov.br/export/sites/default/consulte/publicacoes_assembleia/periodicas/caderno
s/arquivos/pdfs/19/4_etica_direitos_humanos.pdfhl Acesso em: 18 jul. 2020.
8 Aprenda +
Assista aos vídeos:
A Breve História dos Direitos Humanos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=uCnIKEOtbfc Acesso em: 18 jul. 2020. A Trajetória do Genocídio Nazista. Disponível em:
https://youtu.be/frae04L0k7M Acesso em: 18 jul. 2020.
Ouça o podcast:
ÉTICA INTRODUÇÃO: Ética e Direitos Humanos. Daniela Natividade, 9 jun. 2020. Podcast.
Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5XslwtykglelkqHZzKLJaO?
si=POCR8AUGRQuI06iN_w8gEw Acesso em: 18 jul. 2020.
Ouça o podcast:
ÉTICA INTRODUÇÃO: Ética e Direitos Humanos. Daniela Natividade, 9 jun. 2020. Podcast.
Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5XslwtykglelkqHZzKLJaO?
si=POCR8AUGRQuI06iN_w8gEw Acesso em: 18 jul. 2020.
Leia os artigos de:
LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: a contribuição de Hannah Arendt. Revista
Estudos Avançados, São Paulo, vol. 11, n. 30, p. 5565,
mai/ago. 1997. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/8995/10547 Acesso em: 18
jul. 2020.
SOUZA, Elden Borges; PINHEIRO, Victor Sales. A fundamentação ética dos direitos humanos em
John Finnis. Revista Direitos Humanos e Democracia, Rio Grande do Sul, v. 4, n. 7, p. 6583,
ago./nov. 2016. Disponível em:
https://200.17.87.11/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/5513 Acesso em: 18 jul.
2020.
Atividade Autônoma Aura (AAA):
Questão 01: Schopenhauer dizia que a motivação principal e fundamental, tanto no homem, como no
animal, é o egoísmo, quer dizer, o ímpeto para a existência e o bem estar. (SCHOPENHAUER, Arthur.
Sobre o Fundamento da Moral. 2001, p. 120). Ainda que predomine uma visão pessimista do
homem, os direitos humanos podem ser considerados fundamentais porque asseguram:
a)a existência da pessoa humana e sua capacidade de desenvolvimento.
b) o direito do cidadão à escravidão e à servidão.
c) a participação obrigatória do indivíduo em associações.
d) a livre faculdade do contribuinte de cumprir a lei.
Questão 02: "O Direito Internacional dos Direitos Humanos tem o escopo de proteger os indivíduos
contra violações cometidas pelo Estado ou por particulares com a conivência ou inatividade desse,
sendo formada uma relação jurídica entre o indivíduo e o Estado." (NEMER, Leonardo; SOARES,
Larissa.A inter­relação entre o direito internacional dos direitos humanos e o direito internacional
h u m a n i t á r i o   n a   p e r s p e c t i v a   u n i v e r s a l   e   i n t e r a m e r i c a n a .   D i s p o n í v e l   e m :
https://www.corteidh.or.cr/tablas/r23546.pdf). Em relação aos direitos humanos, é correto afirmar que
são:
a) previstos nas Constituições dos Estados nacionais, sempre no plano interno.
b) não estão previstos expressamente em nenhum texto legislativo.
c) restrigindos pelos direitos individuais e sociais.
d) protegidos através dos tratados ou convenções internacionais.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 2: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Identificar os argumentos teóricos e as críticas aos Direitos Humanos
4 Tópicos
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professordeve iniciar a aula apresentando uma situação que possa despertar emotividade e que a
temática desenvolvida possa refletir em sua futura atuação profissional a defesa das vítimas de
violações de direitos humanos. Como sugestão, segue o roteiro abaixo:
Situação­problema:
Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS, cerca de 200 milhões de mulheres vivem em países
que adotam a mutilação genital como prática cultural ou religiosa. De acordo com o Jornal El País "A
ablação genital feminina não é apenas uma das práticas mais cruéis
que sobrevivem da dominação histórica sofrida pelas mulheres no mundo; é também um crime que
atenta contra sua saúde pelos riscos de infecção, hemorragia e morte que envolve, e contra seus
direitos pela discriminação brutal que pressupõe negar seu prazer durante o ato sexual." Disponível
em: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/09/opinion/1470762424_356543.htmlA Acesso em: 20 jul.
2020. Em decorrência dessa situação, indaga­se: É possível apelar para as diferenças socioculturais
inerentes ao relativismo cultural para a preservação desse costume?
Metodologia:
A partir da situação problema apresentada, o docente deverá utilizar o vídeo "Na Somália, uma vítima
da mutilação genital feminina está apoiando milhares de meninas" Disponível em:
https://youtu.be/QpCF9WK8h2s (se possível em sala de aula), como elemento disparador para gerar
brainstorming com a turma, mediado pelo docente, acerca das concepções universalista e relativista
dos direitos humanos, bem como do multiculturalismo e suas vertentes. Todas as respostas da
indagação acima devem ser dispostas no quadro a fim de que todos percebam que suas ideias estão
sendo levadas a sério. Descarte as ideias duplicadas e até chegar a um número razoável de respostas
com potencial para a solução do problema apresentado.
Atividade verificadora da aprendizagem: Retomar a situação problema apresentada no início da aula e
solicitar aos alunos a apresentação de três estratégias que estimulem a educação, o envolvimento e a
participação das pessoas na promoção e proteção dos direitos humanos. Além disto, indicar a com
potencial para a solução do problema apresentado.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia o artigo de:
PEREIRA, Maria Leda Melo Lustosa; PINHEIRO, Ailk de Souza; MELO, José Wilson Rodrigues de.
O multiculturalismo na contemporaneidade e sua relação com as minorias. Revista Humanidades e
Inovação, Palmas, v. 6, n. 4, p. 105115, mai. 2019. Disponível em:
https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/959 Acesso em: 18 jul. 2020.
8 Aprenda +
Assista aos vídeos:
A realidade por trás da Declaração Universal dos Direitos Humanos. TEDxGoiânia. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=MtISTU2nnHI Acesso em: 20 jul. 2020. Universalidade e
Multiculturalismo em Direitos Humanos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=AMohmRF3eE&
t=21s Acesso em: 20 jul. 2020.
Ouça o podcast:
DIREITOS HUMANOS EM FOCO!: Universalismo e relativismo cultural. Siberia Lima, 30 mar. 2020.
Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5fsqFuTEcZYRgjpOhCrat7?
si=74kaxCyTn6HQivCtaDOtA Acesso em: 20 jul. 2020.
Leia os artigos de:
BERNER, Vanessa Oliveira Batista; LOPES, Raphaela de Araújo Lima. Direitos Humanos: o embate
entre teoria tradicional e teoria crítica. In: CONPEDI/UFPB. (Org.). Filosofia do direito. 1 ed.
Florianópolis: CONPEDI, 2014, v. III. pp. 128144. Disponível em:
http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=0a743fa0de869f27 Acesso em: 18 jul. 2020.
MEDEIROS, Pedro Lucas Campos de. "Examinando dragões": o anti antirrelativismo como proposta
ao contrassenso da discussão clássica entre o universalismo e relativismo cultural dos direitos
humanos. Revista de Direitos Humanos e Efetividade. Goiânia v. 5, n. 1, p. 7492, jan/jun. 2019
Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistadhe/article/view/5649/pdf Acesso em: 18 jul.
2020.
Atividade Autônoma Aura (AAA):
Questão 01: No site do Conselho Nacional de Justiça é possível constatar que as audiências de
custódia ?consistem na rápida apresentação do preso a um juiz nos casos de prisões em flagrante, em
uma audiência onde também são ouvidas as manifestações do Ministério Público, da Defensoria
Pública ou do advogado do preso. O juiz analisa a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e
da adequação da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a
imposição de outras medidas cautelares. Avalia, ainda, eventuais ocorrências de tortura ou de maus­
tratos,  entre outras  irregularidades.? Disponível em: https:/ /www.cnj. jus.br/sistema­
carcerario/audiencia­de­custodia/. Acesso em: 28 jan. 2021.
Com base nesse texto, avalie as afirmações a seguir.
I. A realização das audiências de custódia foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, em 2015,
nos julgamentos da ADI 5240 e da ADPF 347.
II. A instalação das audiências de custódia está prevista em tratados sobre direitos humanos
internalizados pelo Brasil.
III. Diante dos altos índices de violência urbana o Estado deve priorizar políticas que implementem o
encarceramento.
É correto o que se afirma(m) em:
a)I, apenas.
b)II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Questão 02: Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), através do Levantamento
Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen 2019), a população prisional no Brasil era de
755.274. Levando­se em conta todo o panorama do sistema penitenciário brasileiro, especialmente as
condições carcerárias atuais e as decisões do STF e da Corte Interamericana de Direitos Humanos
sobre o tema, é correto afirmar que o reconhecimento do estado de coisas inconstitucional autoriza o
judiciário brasileiro a:
a) realizar funções atípicas de outros poderes.
b) impor medidas concretas ao Poder Executivo.
c) modificar a estrutura legislativa do direito penitenciário.
d) admitir penas de trabalho forçado.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 3: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Contrastar a diversidade das culturas aos Direitos Humanos
4 Tópicos
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação que possa despertar emotividade e que a
temática desenvolvida possa refletir em sua futura atuação profissional a defesa das vítimas de
violações de direitos humanos. Como sugestão, segue o roteiro abaixo:
Situação­problema:
Em junho de 2020, a Agência Brasil EBC divulgou um estudo sobre a situação precária das
penitenciárias em Minas Gerais apontando que mais da metade dos detentos (51,3%) considera que a
quantidade de comida que recebem é insuficiente. Para a maioria deles (92,3%), o
espaço da cela é pequeno demais e a temperatura inadequada (94,8%). A pesquisa revelou ainda que
agressões praticadas por agentes penitenciários ocorrem com frequência. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitoshumanos/noticia/202006/estudorevelaprecariedadeempresidio
seagressoescontradetentos. Casos como esse não são fatos isolados na nossa realidade e podem ser
associados a outros episódios, como os ocorridos no ano de 2017 em oito estados brasileiros (Alagoas,
Amazonas, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Norte e Roraima) e que
resultaram em rebeliões e a ocorrência de 130 mortes. Pergunte à turma: Quais medidas poderiam ser
adotadas pelo Estado brasileiro para melhorar a situação carcerária.
Metodologia:
realizar um brainstorming com a turma para que as várias respostas a esta questão sejam indicadas no
quadro. Feito isso, relacionar as respostas com o conteúdo digital, a partir da visão de Immanuel Kant.
Correlacionar também com: 1) o conceito de Estado de Coisas Inconstitucional, reconhecido pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento da Medica Cautelar em Arguição de Descumprimentode
Preceito Fundamental ADPF 347; 2) as medidas provisórias estabelecidas pela Corte Interamericana
de Direitos Humanos em relação às penitenciárias localizadas no Brasil (Pedrinhas, Complexo
Penitenciário de Curado, Instituto Penal Plácido de Carvalho e Unidade de
Internação Socioeducativa; 3) a solicitação de opinião consultiva feita pela Comissão Interamericana
de Direitos Humanos, em 25 de novembro de 2019, a fim de que o Tribunal interpretasse os enfoques
diferenciados em matéria de pessoas privadas de liberdade e 4) o diálogo entre as Cortes,
especialmente em relação ao Supremo Tribunal Federal, à Corte Constitucional Colombiana (Estado
Corte Interamericana de Direitos Humanos em relação às penitenciárias localizadas no Brasil
(Pedrinhas, Complexo Penitenciário de Curado, Instituto Penal Plácido de Carvalho e Unidade de
Internação Socioeducativa; 3) a solicitação de opinião consultiva feita pela Comissão Interamericana
de Direitos Humanos, em 25 de novembro de 2019, a fim de que o Tribunal interpretasse os enfoques
diferenciados em matéria de pessoas privadas de liberdade e 4) o diálogo entre as Cortes,
especialmente em relação ao Supremo Tribunal Federal, à Corte Constitucional Colombiana (Estado
de Coisas Inconstitucional) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Atividade verificadora da
aprendizagem: Retomar a situação problema apresentada no início da aula e solicitar aos alunos que
esclareçam se as medidas propostas se coadunam com o princípio da dignidade humana. Além disto,
demonstrar que algumas soluções podem ser adotadas pelo Estado
brasileiro, tais como: a) a redução drástica dos índices de encarceramento; b) controle social do
sistema carcerário; c) redução da prisão provisória e ampliação da audiência de custódia; d) redução
do impacto da Lei de Drogas no sistema prisional; e) tratamento digno às mulheres encarceradas; f)
valorização da educação e do trabalho; g) políticas públicas para egressos; h) efetivação do direito à
saúde e i) criação de institutos Médicos Legais independentes. Por fim, indicar a realização de
exercícios de verificação de aprendizagem localizados no final do módulo.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia o artigo de:
MAGALHÃES, Breno Baía. O Estado de Coisas Inconstitucional na ADPF 347 e a sedução do
Direito: o impacto da medida cautelar e a resposta dos poderes políticos. Revista Direito GV. São
Paulo, v. 15, n. 2, p. 137, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/rdgv/v15n2/23176172rdgv1502e1916. pdf Acesso em: 21 jul. 2020.
FERREIRA, Siddharta Legale; ARAÚJO, David Pereira de. O Estado de Coisas Inconvencional:
trazendo a Corte Interamericana de Direitos Humanos para o debate sobre o sistema prisional
brasileiro. Revista Publicum. Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 6782, 2016, Disponível em:
https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/publicum/article/view/26042/23647 Acesso em: 22 jul.
2020.
Leia a decisão de:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Medida Cautelar na Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental n.º 347/DF. Cabível é a arguição de descumprimento de preceito fundamental
considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. Brasília, DF: Supremo Federal [2015].
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=308712125&ext=.pdf Acesso
em: 22 jul. 2020.
8 Aprenda +
Ouça o podcast:
JUSTIFICANDO. 52 ? O colapso do Sistema Prisional durante a pandemia. Convidadas: Maria Clara
D?avila e Amanda Rodrigues Apresentação: André Zanardo e Mariana Boujikian, 9 mai. 2020.
Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5M91P6wbAkyeZIaaGTxYje?
si=F5DVize0QeyCWSNPG0UHA Acesso em: 22 jul. 2020.
Leia o artigo de:
MONSALVE, Viviana Bohórquez; ROMÁN, Javier Aguirre. As tensões da dignidade humana:
conceituação e aplicação no direito internacional dos direitos humanos. Revista Internacional
deDireitos Humanos, São Paulo, v.6, n. 11, dez. 2009. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php? Leia o artigo de:
MONSALVE, Viviana Bohórquez; ROMÁN, Javier Aguirre. As tensões da dignidade humana:
conceituação e aplicação no direito internacional dos direitos humanos. Revista Internacional de
Direitos Humanos, São Paulo, v.6, n. 11, dez. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S180664452009000200003&lng=pt&nrm=iso Acesso em: 21 jul. 2020.
Atividade Autônoma Aura (AAA):
Questão 01: Antunes, jornalista de uma importante emissora de TV, disse mais de uma vez, ser
contrário a qualquer política pública que favoreça às pessoas deficientes. Em entrevista a um escritor
paraplégico chegou a afirmar que, por ele ser deficiente, não poderia exercer uma profissão tão nobre.
De acordo com o ordenamento jurídico vigente, o caso hipotético revela:
a)a prática do crime de incitação à discriminação de pessoa em razão de deficiência, com a agravante
de ter sido praticado por intermédio de meio de comunicação social.
b) apenas um ilícito civil, correspondente ao dano moral ocasionado ao deficiente entrevistado, na
medida em que atinge sua honra.
c) um problema relacionado à ética jornalista apenas, pois o desmerecimento de pessoas deficientes ou
qualquer outro vulnerável deve ser evitado.
d) a ausência de educação em direitos humanos, mas não a discriminação de pessoa em razão de sua
deficiência, em razão da liberdade de expressão jornalística.
Questão 02: (FGV ­ questão adaptada). No Caso Damião Ximenes o Brasil foi condenado a investigar
e sancionar os responsáveis pela morte de paciente em uma clínica psiquiátrica particular, na cidade de
Sobral, no Ceará. Além disso, a decisão obrigou o país a desenvolver um programa de formação e
capacitação para as pessoas vinculadas ao atendimento de saúde mental e a reparação pecuniária da
família.
Nessa situação, é correto afirmar que:
a) o Estado do Ceará respondeu solidariamente com a União pelas violações de direitos humanos na
Corte Interamericana de Direitos Humanos.
b) o Município de Sobral, por ser um ente federativo e o local de ocorrência das violações, arcou com
todos os custos da condenação.
c) a responsabilidade recaiu sobre a clínica particular e coube ao SUS, órgão federal, a supervisão do
funcionamento de todas as casas de saúde da região.
d) o Brasil, enquanto Estado soberano, respondeu através da União perante a Corte Interamericana de
Direitos Humanos.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 4: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Analisar a estruturação dos Direitos Humanos no Brasil
4 Tópicos
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação na qual seja possível estabelecer a relação
entre o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais de terceira dimensão e a efetivação dos direitos humanos. Como sugestão, segue o
roteiro abaixo:
Situação­problema:
Há certas reportagens que muito se assemelham a um libelo acusatório, por traduzirem tão bem as
circunstâncias de um ato criminoso. Foi o que aconteceu com o artigo "O crime de Brumadinho",
publicado pelo Jornal Correio Braziliense, no início de 2019: "O rompimento de mais
uma barragem, em Minas Gerais, não é a repetição de uma tragédia, nem de um erro da Vale, terceira
maior empresa do país. É a reincidência de um crime. Reza o ditado popular algo assim: 'Ou se
aprende no amor ou se aprende na dor'. Mas o Brasil parece não aprender de jeito algum. E quem é 'o
Brasil'? Neste caso, as autoridades que exercem cargos públicos, os políticos, a Justiça que não pune
como deveria. Embora com distintas responsabilidades, há uma cadeia de (ir)responsáveis. O
rompimento de mais uma barragem, em Minas Gerais, não é a repetição de uma tragédia, nem de um
erro da Vale, terceira maior empresa do país. É a reincidência de um crime; na verdade,de vários
crimes. Omissão, ambição, ganância, descaso com a natureza, falta de fiscalização. O preço é a vida
humana, sempre em risco. (...) O caso de Mariana só não foi esquecido por quem foi atingido e por
quem tenta até hoje fazer justiça à comunidade e reparar os danos ao meio ambiente. O país seguiu
sem pagar essa conta, apostando no "esquecimento" a eterna válvula de escape. Depois de Mariana, o
que foi feito para evitar novos rompimentos? Quais medidas protetivas foram tomadas para
salvaguardar a população e o meio ambiente? Você sabe responder a essa pergunta? Eu não".
Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/01/27/internabrasil,733340/artigoocrim
edebrumadinho.shtml
Metodologia:
A partir da situação problema e das perguntas formuladas pelo jornalista, que servem que foi feito para
evitar novos rompimentos? Quais medidas protetivas foram tomadas para salvaguardar a população e
o meio ambiente? Você sabe responder a essa pergunta? Eu não".
Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/01/27/internabrasil,733340/artigoocrim
edebrumadinho.shtml
Atividade verificadora da aprendizagem: 
Retomar a situação problema apresentada no início da aula e solicitar aos alunos a apresentação de
fundamentos para embasar a responsabilidade do Brasil pelo descumprimento de compromissos
internacionais de proteção de direitos humanos. Além disto, indicar a realização de exercícios de
verificação de aprendizagem localizados no final do módulo.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia o artigo de:
LOPES, Ana Maria D´Ávila; MARQUES, Lucas Vieira Barjud. Proteção indireta do direito ao meio
ambiente na jurisprudência das Cortes europeia e interamericana de direitos humanos. Revista
Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 14, n. 1, p. 5675, jan./abr. 2019. Disponível em:
https://portalseer.ufba.br/index.php/RBDA/article/download/30726/18204 Acesso em: 18 jul. 2020.
PILAU Sobrinho, L.; CALGARO, C.; Silva, T. Política pública, desenvolvimentismo neoextrativista e
a cosmovisão indígena: o polêmico projeto da rodovia cortando o TIPNIS na Bolívia.
RevistaEletrônica do Curso de Direito da UFSM. v. 14, n. 2, p. 134, 2019. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/38606 . Acesso em 23 jul.2020.
Assista ao vídeo:
"Brumadinho: o documentário da BBC Parte 1". Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=YIN02W40UTE Acesso em: 22 jul. 2020.
"Brumadinho: o documentário da BBC Parte 2". Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=TUlq8pjOU4U Acesso em: 22 jul. 2020.
Leia a Opinião Consultiva 23 da:
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Meio ambiente e direitos humanos
(obrigações estatais em relação com o meio ambiente no marco de proteção e garantia dos direitos à
vida e a integridade pessoal ? Interpretação e alcance dos artigos 4.1 e 5.1, em relação com os artigos
1.1 e 2 da Convenção Americana sobre Direitos Humanos. Opinião Consultiva OC23/17 de 15 de
novembro de 2017. Série A, n. 23. Disponível em:
http://www.mpf.mp.br/atuacaotematica/sci/dadosdaatuacao/corteidh/OpiniaoConsultiva23versofinal.p
df Acesso em: 22 jul. 2020.
8 Aprenda +
Assista ao vídeo:
"Direitos Humanos: 3 gerações". Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=EQVggVFKD0&feature=youtu.be Acesso em: 18 jul. 2020.
Ouça o podcast:
DIREITOS HUMANOS EM FOCO! Direitos Humanos e direitos fundamentais. Siberia Lima, 30 mar.
2020. Podcast. Disponível em https://open.spotify.com/episode/45M5xRdl5wr7An0BONLmYO?
si=mFOBCS1R0ec1gJdyDQPbg Acesso em: 22 jul. 2020.
Leia os artigos de:
TRIVISONNO, Alexandre Travessoni Gomes. Direitos humanos e fundamentais: questões conceituais.
Revista Espaço Jurídico Journal of Law. Joaçaba, v. 21, n. 1, p. 718, jan./jun. 2020. Disponível em:
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/espacojuridico/article/view/24359/14480 Acesso em: 18 jul.
2020.
SARLET, Ingo Wolfgang. Mark Tushnet e as assim chamadas dimensões (?gerações?) dos direitos
humanos e fundamentais: breves notas. Revista Estudos Institucionais, Vol. 2, 2, 2016, p. 498516.
Disponível em: https://estudosinstitucionais.com/REI/article/viewFile/80/97 Acesso em: 18 jul. 2020.
Atividade Autônoma Aura (AAA):
Questão 01:  (CESPE questão adaptada) A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), relativa aos
anos de 2017 e 2018, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que 1,4% da
população brasileira vive abaixo da linha de pobreza, considerando­se o valor de R$ 1,90/dia. Mas,
12,1% da população vive abaixo da linha de pobreza, considerando­se o valor de R$ 5,50/dia. Acerca
dos múltiplos aspectos relacionados à pobreza e ao direito ao desenvolvimento, assinale a opção
correta.
a)Além da escassez de renda o conceito de pobreza engloba a privação de capacidades básicas.
b)A transferência de renda não é considerada garantidora do direito ao desenvolvimento.
c)Inexiste tratado internacional voltado à proteção a indivíduos em situação de pobreza.
d)A Constituição Federal não estabelece deveres relacionados aos direitos sociais.
Questão 02: A Constituição Federal prevê um rol extenso de princípios que regem o Brasil em suas
relações internacionais. Além de valorizar a independência nacional, consagrou a proteção dos direitos
humanos.
Considerando o texto constitucional é correto afirmar que:
a)não há previsão de repúdio ao terrorismo e ao racismo.
b)a não­intervenção não sofre qualquer limitação em benefício aos direitos humanos.
c)a autodeterminação dos povos é dirigida apenas aos indígenas e quilombolas.
d)a concessão de asilo político configura um princípio regedor das relações exteriores.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 5: Tema ­ 2. TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Reconhecer as teorias e classificações dos Direitos Humanos
4 Tópicos
4.1 TEORIAS E CLASSIFICAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação na qual seja possível estabelecer a relação
entre o esclarecimento, a divulgação e o engajamento na defesa dos direitos humanos para uma
eficiente atuação profissional. Como sugestão, segue o roteiro abaixo:
­ Situação­problema: A reportagem da BBC Brasil intitulada "A brasileira que virou símbolo LGBT e
cujo assassinato levou a novas leis em Portugal" relatou que "Há dez anos, Portugal despertava para a
crua realidade da intolerância e do ódio contra os homossexuais. O assassinato de uma transexual no
Porto chocava a sociedade. Agredida e violada sistematicamente por 14 adolescentes durante dias, seu
corpo foi encontrado no fundo de um poço de 15 metros. A vítima: Gisberta Salce Junior, uma
imigrante brasileira de 45 anos. Gisberta transformou­se em símbolo da discriminação múltipla:
imigrante ilegal, transexual, prostituta, sem­teto e soropositiva. Seu assassinato causou um profundo
impacto na sociedade portuguesa. Gerou o debate sobre a transfobia, mudou o olhar para as questões
da igualdade de gênero. Abriu o caminho para transformações que garantiriam maior inclusão e
direitos." (https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/02/160218_brasileira_lgbt_portugal_mf). A
partir disso, pergunte à turma: A discriminação e a violência ao grupo LGBTQI+ no país estão
associadas a faltas de políticas públicas voltadas para o esclarecimento e a educação em direitos
humanos da sociedade brasileira?
­ Metodologia: A partir da situação­problema apresentada, o docente deverá utilizar, se possível em
sala de aula, o vídeo "O caso de Gisberta", disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=qnbGilxb5Js) e, a partir disso, desenvolver com a turma um Project­based learning (PBL), ou seja,
uma aprendizagem baseada em projeto (ABP), estimulando que os alunos construam seus saberes de
maneira colaborativa por meio de soluções ao complexo desafio que lhes foi apresentado. Ao longodo
projeto o professor dará feedbacks e orientará os caminhos a serem percorridos pelos alunos,
especialmente demonstrando quais políticas públicas poderiam ser adotadas, com envolvimento e a
participação da sociedade, para a educação sobre as questões de gênero, diversidade sexual, o
combate ao preconceito e discriminações e à violência contra essa minoria. Da mesma maneira, o
docente apresentará os instrumentos internacionais sobre a temática, bem como as decisões da Corte
Interamericana de Direitos Humanos a respeito e a Opinião Consultiva 24. Todas as respostas da
indagação acima devem ser dispostas no quadro a fim de que todos percebam que suas ideias estão
sendo levadas a sério. Descarte as ideias duplicadas e até chegar a um número razoável de respostas
com potencial para a solução do problema apresentado.
­ Atividade verificadora da aprendizagem: Retomar a situação­problema apresentada no início da aula
e solicitar aos alunos a apresentação de duas políticas públicas que estimulem a educação, o
envolvimento e a participação das pessoas, para que garantam a promoção e a proteção dos direitos
humanos. Além disto, indicar a realização de exercícios de verificação de aprendizagem localizados no
final do módulo.
Estudo de caso:
"Referimo­nos aqui a sexo como as diferenças entre homens e mulheres dadas pela natureza, como,
por exemplo, o fato de somente as mulheres poderem menstruar, parir e amamentar. As desigualdades
de gênero são as diferenças socialmente construídas, como, por exemplo, as mulheres cuidarem dos
filhos e da casa e os homens trabalharem fora. Essa distinção é relevante para percebermos que as
desigualdades sociais entre homens e mulheres vêm de nossas ideias, de uma construção cultural das
desigualdades (gênero) que não se justifica nas diferenças biológicas dadas pela natureza (sexo)."
(LIBARDONI, Alice. Direitos Humanos das mulheres... em outras palavras: subsídios para
capacitação de mulheres e organizações. Brasília: AGENDE, 2002. p. 109).
Dessa forma, indaga­se: como e a quem os indivíduos ou grupo de indivíduos, que aleguem ser vítimas,
podem comunicar a ocorrência de violações de quaisquer dos direitos estabelecidos na Convenção
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW)?
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia os artigos de: 
BAHIA, Alexandre Gustavo Melo Franco; SILVA, Diogo Bacha. Necessidade de criminalizar a
homofobia no Brasil: porvir democrático e inclusão das minorias. Revista da Faculdade de Direito ?
UFPR, Curitiba, v. 60, n. 2, p. 177­207, mai./ago. 2015. Disponível em:
https://www.researchgate.net/publication/282465145_NECESSIDADE_DE_CRIMINALIZAR_A_HO
MOFOBIA_NO_BRASIL_PORVIR_DEMOCRATICO_E_INCLUSAO_DAS_MINORIAS Acesso em
23 jul.2020.
BASTOS, Gustavo Grandini; GARCIA, Dantielli Assumpção; SOUSA, Lucília Maria Abrahão. A
homofobia em discurso: Direitos Humanos em circulação. Revista Linguagem em (Dis)curso, Tubarão,
v. 17, n. 1, p. 11­24, abr. 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S1518­76322017000100011&lng=en&nrm=iso Acesso em 23 jul. 2020.
8 Aprenda +
Leia as decisões de:
üCORTE INTERAMERICANA DE DERECHOS HUMANOS. Caso González y otras (?Campo
Algodonero?) vs. México. Excepción Preliminar, Fondo, Reparaciones y Costas. Sentencia de 16
d e   n o v i e m b r e ,   s e r i e   C ,   n .   2 0 5 ,   2 0 0 9 .   D i s p o n í v e l   e m :
https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_205_esp.pdf Acesso em: 24 jul. 2020.
ü BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão nº
26/DF. Relator: Celso de Mello. Plenário, 13/06/2019. Brasília, DF. Supremo Tribunal Federal,
[2019]. Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4515053 Acesso em:
23 jul. 2020.
üBRASIL. Supremo Tribunal Federal. Mandado de Injunção nº 4733/DF. Relator: Edson Fachin.
Plenário,  13/06/2019.  Brasí l ia ,  DF. Supremo Tribunal  Federal ,   [2019].  Disponível
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4239576 Acesso em: 23 jul. 2020.
Leia a Opinião Consultiva 24 da:
üCORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Identidade de gênero, e igualdade e
não discriminação de casais do mesmo sexo. Obrigações estatais em relação com a mudança de
nome, a identidade de gênero, e os direitos derivados de um vínculo entre casais do mesmo sexo
(interpretação e alcance dos artigos 1.1, 3, 7, 11.2, 13, 17, 18 y 24, em relação com o artigo 1 da
Convenção Americana sobre Direitos Humanos).  Opinião Consultiva OC­24/17  d e   2 4   d e
n o v e m b r o   d e   2 0 1 7 .   S é r i e   A ,   n .   2 4 .   D i s p o n í v e l   e m :
http://www.corteidh.or.cr/docs/opiniones/seriea_24_esp.pdf Acesso em: 24 jul. 2020.
Assista ao vídeo:
ü O que foi a criminalização da homofobia? Disponível em:  https://www.youtube.com/watch?
v=7Nga3ZgYhIE Acesso em: 24 jul. 2020.
üO caso de Gisberta. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=qnbGilxb5Js Acesso em:
24 jul. 2020.
Ouça os podcast:
ü TODAS AS LETRAS: Agora é crime, sim. Mas, como e por quê? 24 jul. 2020. Podcast.
Disponível em: https://open.spotify.com/episode/6jmqlUVtrKYITs5jQf14u5 Acesso em: 24 jul. 2020.
üSUPREMO CAST: Liberdade de expressão, discurso de ódio e homofobia. 24 jul. 2020. Podcast.
Disponível em: https://open.spotify.com/episode/699DEVdNSAAZsqg2HpmQWq Acesso em: 24 jul.
2020.
Atividade Autônoma Aura­AAA:
Olá, seja bem­vindo/a! Sabemos que você quer aprender mais, por isso, selecionamos duas questões
que revisitam o tema/tópico ministrado nesta aula. Você deve resolvê­las, completando, assim, sua
jornada de aprendizagem do dia.
01) (INEP questão adaptada) A Corte Interamericana de Direitos Humanos publicou opinião
consultiva que reitera a jurisprudência da Comissão Interamericana de Direitos Humanos de
que a orientação sexual e a identidade de gênero são direitos protegidos pela Convenção
Americana de Direitos Humanos, como direitos ligados às garantias de liberdade e de
autodeterminação que devem ser reconhecidas pelos Estados integrantes da Organização dos
Estados Americanos (OEA).
Considerando esse contexto, assinale a opção correta.
a) A decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro sobre a criminalização da homofobia, corrobora a
jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
b) A Constituição Federal brasileira de 1988, por não prever à união homoafetiva, não se coaduna
com a mencionada opinião consultiva.
c) Os Estados pertencentes da OEA estão obrigados a observar a opinião consultiva exarada pela
Corte Interamericana de Direitos Humanos.
d) A amplitude do conceito de igualdade de gênero, permite que os Estados adotem políticas públicas
restritivas a determinado grupo.
02) A Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher
(CEDAW) prevê, dentre outros meios, que os Estados adotarão políticas destinadas a eliminar a
discriminação contra a mulher, e com tal objetivo se comprometem a:
a) Tomar as medidas apropriadas para eliminar a discriminação contra a mulher praticada por qualquer
pessoa, organização ou empresa.
b) Estabelecer a proteção jurídica dos direitos da mulher numa base superior aos do homem e garantir
a proteção efetiva da mulher contra todo ato de discriminação.
c) Assegurar o direito remuneração superior aos dos homens, inclusive benefícios, e de tratamento
com respeito à avaliação da qualidade do trabalho.
d) Consagrar em suas constituições nacionais ou em outra legislação apropriada que a educação
familiar é de atribuição exclusiva da mulher.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 6: Tema ­ 2. TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Julgar o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais, estimando as necessidades de efetivação dos direitos humanos, para aperfeiçoar a
proteçãoda dignidade da pessoa humana.
4 Tópicos
4.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA TERIA DO STATUS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação na qual seja possível estabelecer a relação
entre a classificação e características dos direitos humanos e decisões judiciais que promoveram a
defesa das vítimas de violações de direitos humanos. Como sugestão, segue o roteiro abaixo:
Situação problema:
Em maio de 2014 a Corte Europeia de Direitos Humanos decidiu se o espanhol Mario González teria o
direito à privacidade e à proteção de seus dados pessoais. No famoso caso, o requerente alegou que se
qualquer pessoa digitasse o seu nome em mecanismo de busca do Google, resultaria em dois links que
expunham um anúncio de leilão imobiliário decorrente de dívidas pretéritas e, diante isso, solicitava a
remoção desses links ligados ao seu nome. A Corte Europeia afirmou que quando a prática de
processamento de dados envolvesse informações pessoais, poderia afetar significativamente os direitos
à privacidade e à proteção de dados. À luz da potencial gravidade,
essa ingerência não poderia ser fundamentada exclusivamente no interesse econômico que a empresa
tem nesse processamento, muito menos no direito à informação de outras pessoas. Pergunte à turma:
Por que algumas pessoas possuem o direito de ser esquecidas tão superiores a outras?
Metodologia: realizar um brainstorming com a turma para que as várias respostas a esta questão sejam
indicadas no quadro. Feito isso, relacionar as respostas com o conteúdo sobre a harmonização de
importantes princípios: de um lado, a liberdade de expressão e o direito à informação; de outro, a
dignidade da pessoa humana e vários de seus corolários, como a inviolabilidade da imagem, da
intimidade e da vida privada. Observar que, segundo a teoria geral dos direitos humanos a liberdade de
expressão não tem caráter absoluto, não podendo se sobrepor às garantias individuais, notadamente à
inviolabilidade da personalidade, da honra, da dignidade, da vida privada e da intimidade. Da mesma
forma, concatenar a mesma temática com decisões proferidas por outros tribunais (nacionais,
estrangeiros e internacionais), observando o possível diálogo entre as cortes. Atividade verificadora da
aprendizagem: Retomar a situação problema apresentada no início da aula e solicitar aos alunos a
apresentação de situações vivenciadas no Brasil sobre o Direito ao esquecimento (ou de ser esquecido
ou à desindexação), right to be forgotten (ou to be left in peace ou estrangeiros e internacionais),
observando o possível diálogo entre as cortes.
Atividade verificadora da aprendizagem: Retomar a situação problema apresentada no início da aula e
solicitar aos alunos a apresentação de situações vivenciadas no Brasil sobre o Direito ao esquecimento
(ou de ser esquecido ou à desindexação), right to be forgotten (ou to be left in peace ou to be left
alone), delisting request, derecho al olvido, diritto all?oblio. Ressaltar que no Supremo Tribunal
Federal o ARE 833248 foi substituído para julgamento de Tema de Repercussão Geral pelo RE
1.010.606. Por isso, para incrementar o repertório de decisões protetivas dos direitos humanos, é
preciso analisar a ação que pretende indenização por danos morais em virtude do uso não autorizado
da imagem discutida no RE 1.010.606 (falecida irmã dos autores que teve sua imagem divulgada no
programa de televisão "Linha Direta Justiça"). Além disto, indicar a realização de exercícios de
verificação de aprendizagem localizados no final do módulo.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia a decisão de:
BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº 1.660.168. Debate­se a possibilidade de se
determinar o rompimento do vínculo estabelecido por provedores de aplicação de busca na internet
entre o nome do prejudicado, utilizado como critério exclusivo de busca, e a notícia apontada nos
resultados. Brasília, DF, Superior Tribunal de Justiça, [2018]. Disponível em:
https://dissenso.org/wpcontent/
uploads/2018/04/ATC.pdf Acesso em: 23 jul. 2020.
Leia o artigo de:
EHRHARDT JÚNIOR, Marcos; MODESTO, Jéssica Andrade. Direito ao esquecimento e direito à
desindexação: uma pretensão válida? Comentários ao acórdão proferido pelo STJ no REsp nº
1.660.168 ? RJ. Revista do Programa de PósGraduação em Direito da UFBA, v. 30, n.1, p. 78105,
jan./jun 2020. Disponível em: Acesso em: 23 jul. 2020.
Leia o boletim do:
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Boletim de Jurisprudência Internacional. Direito ao
Esquecimento. Edição 5, dez. 2018. Disponível em:
https://sistemas.stf.jus.br/dspace/xmlui/handle/123456789/1214 Acesso em: 23 jul. 2020.
8 Aprenda +
Ouça os podcasts:
DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO RS: Direito ao esquecimento, Entrevistado: André
E s t e v e s ,   f e v .   2 0 1 9 .   P o d c a s t .   D i s p o n í v e l   e m :
https://open.spotify.com/episode/3zVHUrNrT2ap6s3NvVCDbj?si=J3V5t2ZdRey7XzxmoHbi5w
Acesso em: 23 jul. 2020. DIREITOS HUMANOS EM FOCO! Características dos direitos
h u m a n o s .   S i b e r i a   L i m a ,   3 0   m a r .   2 0 2 0 .   P o d c a s t .   D i s p o n í v e l   e m
https://open.spotify.com/episode/1pVQMJUVJgCzNo532d2Z2F?
si=YkoGhEAIQ5ad6rUAzpekCg Acesso em: 22 jul. 2020.
Assista aos vídeos:
"Os quatro Status de Jellinek". Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yyzv4fOT2T8
Acesso em: 18 jul. 2020. "Minuto Constitucional 05 Status
de Jellinek". Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Ah3VugMwI3Q Acesso em: 18
jul. 2020. Acesso em: 18 jul. 2020. "Minuto Constitucional 05 Status de Jellinek". Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=Ah3VugMwI3Q Acesso em: 18 jul. 2020.
Leia os artigos de:
DOUZINAS, Costas. Sete teses sobre os Direitos Humanos. Revista LatinoAmericana de Direitos
Humanos. v. 7, n. 1, p. 206218, (2016). Disponível em:
https://periodicos.ufpa.br/index.php/hendu/article/view/6016/4840 Acesso em: 23 jul. 2020.
KIRSTE, Stephan. Dignidade humana e direitos humanos: Ontologia ou construtivismo dos
direitos humanos. Revista LatinoAmericana de Direitos Humanos. v. 7, n. 1 p. 215. (2016)
Disponível em: https://periodicos.ufpa.br/index.php/hendu/article/view/5999/4824 Acesso em: 23
jul. 2020.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 7: Tema ­ 2. TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Distinguir as características dos Direitos Humanos de forma contextualizada
4 Tópicos
4.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação na qual seja possível debater decisões de
Cortes nacionais, estrangeiras e internacionais a fim de ampliar a proteção das vítimas de violações de
direitos humanos. Como sugestão, segue o roteiro abaixo:
­ Situação­problema: O site JOTA publicou reportagem sobre um posicionamento sobre a ADPF 442,
que tramita perante o Supremo Tribunal Federal. Segundo o site: "A advogada Angela Vidal Gandra
Martins é uma das autoras do pedido de ingresso como amicus curiae da União dos Juristas Católicos
de São Paulo (UJUCASP) na Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, que
questiona no Supremo Tribunal Federal (STF) os artigos do Código Penal que criminalizam o aborto.
Doutora em Filosofia do Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e membro da
Academia Brasileira de Filosofia, Gandra Martins falou ao JOTA sobre a ação, apresentada pelo
Partido Socialismo e Liberdade (Psol), que pede a descriminalização da interrupção voluntária da
gravidez até a 12a semana de gestação. Para ela, o acolhimento do pedido da legenda pelo Supremo
significaria "um aborto jurídico e um atentado ao Estado Democrático de Direito". Além disso, para
ela, haveria uma "inevitável proliferação de relações desconexas e abusivas e do número de abortos,
onerando a mulher e desestabilizando a sociedade". Irmãdo ex­presidente do Tribunal Superior do
Trabalho (TST), Ives Gandra Martins Filho, é sócia da Advocacia Gandra Martins, onde atua ao lado
do pai, Ives Gandra. A advogada explica que sua posição contrária ao aborto não vem de convicções
religiosas, mas principalmente como advogada, professora do Direito, cidadã, mulher, enfim, como ser
humano (https://www.jota.info/justica/acolher­pedido­aborto­juridico­02082018). A partir disso,
pergunte à turma: Para além dos casos admitidos em lei, o Supremo Tribunal Federal pode aumentar o
rol de cabimento do aborto no Brasil a fim de possibilitar a autonomia reprodutiva da mulher?
­ Metodologia: A partir da situação­problema e da pergunta formulada, gerar uma brainstorming com a
turma acerca do direito à vida e da autonomia reprodutiva da mulher, concepções contrapostas e que
devem ser solucionadas no caso concreto. O docente deve apresentar decisões nacionais, como as
proferidas no Habeas Corpus nº 124.306 e na ADPF nº 54, bem como a situação em que se encontra a
ADPF nº 442. Da mesma maneira, o docente deve apresentar decisões das Cortes Internacionais sobre
o assunto, como o decidido pela Corte Europeia no Case of A, B and C v. Ireland, que considerou o
instituto da margem nacional de apreciação e decisões proferidos pela Corte Interamericana de
Direitos Humanos no caso Artavia Murillo e outros ("fecundação in vitro") vs. Costa Rica e no caso
das medidas provisórias a respeito de El Salvador no assunto B. Todas as respostas da indagação acima
devem ser dispostas no quadro a fim de que todos percebam que suas ideias estão sendo levadas a
sério. Descarte as ideias duplicadas e até chegar a um número razoável de respostas com potencial
para a solução do problema apresentado.
­ Atividade verificadora da aprendizagem: Retomar a situação­problema apresentada no início da aula
e solicitar aos alunos que apresentem argumentos jurídicos em defesa do direito à vida e em defesa da
autonomia reprodutiva da mulher. Além disto, indicar a realização de exercícios de verificação de
aprendizagem localizados no final do módulo.
Estudo de caso:
A Convenção Americana sobre Direitos Humanos de 1969 dispõe que "toda pessoa tem o direito de
que se respeite sua vida. Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da
concepção" (art. 4º, 1). 
Considerando a jurisprudência da Corte Interamericana e o posicionamento da Comissão
Interamericana, indaga­se: a descriminalização do aborto no Brasil violaria o sistema interamericano
de Direitos Humanos?
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia os artigos de:
BERALDO, Ana; BIRCHAL, Telma de Souza; MAYORGA, Claudia. O aborto provocado: um estudo
a partir das experiências das mulheres. Revista de Estudos Feministas, Florianópolis , v. 25, n. 3, p.
1141­1157, 2017. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104­
026X2017000301141&lng=es&nrm=iso Acesso em: 23 jul. 2020.
GÓES, Guilherme Sandoval; RASGA, Mariana de Freitas. Limites exegéticos do ativismo judicial: por
uma estratégia hermenêutica de preservação do Estado Democrático de Direito. In. CONPEDI (Org).
Hermenêutica: XXIII Encontro Nacional do CONPEDI/UFSC (23: 2014: Florianópolis, SC), p. 416­
440. Disponível em: http://www.publicadireito.com.br/artigos/?cod=e7803c8c6041d459 Acesso em:
24 jul. 2020.
8 Aprenda +
Leia as decisões de:
ü BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Habeas Corpus nº 124.306. 1ª Turma. Relator: Marco
Aurélio. Redator do acórdão: Luís Roberto Barroso. Julgamento 09/08/2016. Brasília, DF. Supremo
Tr ibuna l  Federa l ,   [2016] .  Disponíve l   em:   http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?
incidente=4637878 Acesso em: 23 jul. 2020.
üBRASIL. Supremo Tribunal Federal. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
nº 54/DF. Plenário. Relator: Marco Aurélio. Julgamento 27/04/2005. Brasília, DF. Supremo Tribunal
Federal, [2005]. Disponível em:  http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=2226954
Acesso em: 23 jul. 2020.
Leia o boletim do:
üSUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Boletim de Jurisprudência Internacional. Aborto. Edição 3,
j u n .   2 0 1 8 .   D i s p o n í v e l   e m :
http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/jurisprudenciaBoletim/anexo/BJI3_ABORTO.pdf Acesso em: 22
jul. 2020.
Leia a notícia:
ü PASSARINHO, Nathalia. Grávida que teve pedido para interromper gestação negado pelo
Supremo faz aborto na Colômbia. UOL, Notícias, São Paulo, 09 dez. 2017. Disponível em:
https://noticias.uol.com.br/ultimas­noticias/bbc/2017/12/09/gravida­que­teve­pedido­para­
interromper­gravidez­negado­pelo­supremo­faz­aborto­na­colombia.htm?cmpid=copiaecola.  Acesso
em 23 jul. 2020.
Leia os artigos de:
ü LOREA, Roberto Arriada. Acesso ao aborto e liberdades laicas.Revista Horizontes
Antropológicos, P o r t o   A l e g r e , v .   1 2 , n .   2 6 , p .   1 8 5 ­ 2 0 1 , 2 0 0 6 .   D i s p o n í v e l   e m :
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104­
71832006000200008&lng=en&nrm=iso Acesso em: 24 Jul 2020.
üKLOCK, Gabriel Klemz; LIXA, Ivone Fernandes Morcilo. Criminalização do aborto no Brasil
como violação à Convenção Interamericana de Direitos Humanos: possibilidades jurisprudenciais.
Revista da Faculdade de Direito,  Porto Alegre, RS, n. 37, dez. 2017. Disponível em:
https://www.seer.ufrgs.br/revfacdir/article/view/76766. Acesso em: 24 jul. 2020.
Ouça o podcast:
üSALVO MELHOR JUÍZO: Aborto legal 24 jul. 2020. Podcast. Disponível em:
https://open.spotify.com/episode/1apHHG9MFinxTyttuIV5l2 Acesso em: 24 jul. 2020.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 1: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Reconhecer as características e a evolução dos Direitos Humanos
4 Tópicos
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação na qual seja possível estabelecer a relação
entre a construção ética e histórica dos direitos humanos e sua reconstrução como ponto de partida
para atuação profissional na defesa das vítimas de violações de direitos humanos. Como sugestão,
segue o roteiro abaixo:
Situação­problema:
No famoso "Debate de Valladolid", realizado nos anos de 1550 e 1551 na Espanha, o Imperador
Carlos V ordenou que fosse colocada em pauta a conquista do "Novo Mundo" e, por conseguinte, o
tratamento aos povos indígenas pelos conquistadores. Foi o primeiro debate
moral na história da Europa que questionou as relações entre os colonos europeus e os povos
originários. Ainda que essa controvérsia tenha empreendido uma nova leitura do pensamento
escolástico, não impediu a ocorrência, no século XXI, de várias violações aos direitos dos índios,
como aquelas perpetradas pelo Estado brasileiro contra o povo indígena Xucuru, que resultou no
desrespeito à integridade pessoal, à propriedade coletiva e às garantias judiciais. A partir disso, é
possível indagar: Atualmente seria possível manejar algum instrumento internacional para a proteção
dos povos originários? Como a Corte Interamericana de Direitos Humanos fundamentou a sentença no
Caso Povo indígena Xucuru e seus membros vs. Brasil?
Metodologia:
Recomenda­se que o professor utilize inicialmente o vídeo "Debate entre Sepúlveda e Bartolomè de
Las Casas: controvérsia de Valladolid", disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=OOKma5miSE.
Através do uso da metodologia ativa, explore a capacidade intelectual e criativa dos alunos por meio
de Case studybased learning ou Aprendizagem baseada no Estudo de Caso e, para isso, estimule a
formação de grupos com o propósito de reunir informações detalhadas sobre o Caso Povo indígena
Xucuru e seus membros vs. Brasil que tramitou perante a Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Os alunos devem relatar os fatos, conforme se sucederam, descrevendo e avaliando a sentença
proferida pela Corte Interamericana. Feito isso,para enfrentar as duas perguntas formuladas e
encontrar o melhor resultado, os alunos devem correlacionar suas respostas com a fundamentação
ética e histórica dos direitos humanos. para isso, estimule a formação de grupos com o propósito de
reunir informações detalhadas sobre o
Caso Povo indígena Xucuru e seus membros vs. Brasil que tramitou perante a Corte Interamericana de
Direitos Humanos. Os alunos devem relatar os fatos, conforme se sucederam, descrevendo e avaliando
a sentença proferida pela Corte Interamericana. Feito isso, para enfrentar as duas perguntas
formuladas e encontrar o melhor resultado, os alunos devem correlacionar suas respostas com a
fundamentação ética e histórica dos direitos humanos.
Atividade verificadora da aprendizagem:
Retomar a situação problema apresentada no início da aula e solicitar aos alunos a apresentação de
fundamentos, centrados na valorização do ser humano e nos instrumentos internacionais existentes,
para a defesa dos povos indígenas que sofrem graves violações
de direitos humanos no Brasil. Além disto, indicar a realização de exercícios de verificação de
aprendizagem localizados no final do módulo.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia a sentença de:
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS. Caso do povo indígena Xucuru e seus
membros vs. Brasil. Sentença de 5 de fevereiro de 2018. Disponível em:
https://www.corteidh.or.cr/docs/casos/articulos/seriec_346_por.pdf Acesso em: 18 jul. 2020.
Assista aos vídeos:
Princípios de Van Boven: a luta pelos direitos humanos. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=9pIk6gast64&feature=youtu.be Acesso em: 18 jul. 2020.
A Obrigação do estado de consultar os Povos Indígenas. Disponível em: https://youtu.be/resHK3iY4A
Acesso em: 18 jul. 2020.
Leia os artigos de:
GUTIÉRREZ, Jorge Luís. A controvérsia de Valladolid (1550): Aristóteles, os índios e a guerra justa.
Revista USP, São Paulo, n. 101, p. 223235, 30 maio 2014. Disponível em:
http://www.revistas.usp.br/revusp/article/view/87829/90750 Acesso em: 18 jul. 2020.
MURCHO, Desidério. Ética e direitos humanos. Caderno da Escola do Legislativo, Belo Horizonte, v.
12, n. 19, p. 3756,
jul./dez. 2010. Disponível
em::https://www.almg.gov.br/export/sites/default/consulte/publicacoes_assembleia/periodicas/caderno
s/arquivos/pdfs/19/4_etica_direitos_humanos.pdfhl Acesso em: 18 jul. 2020.
8 Aprenda +
Assista aos vídeos:
A Breve História dos Direitos Humanos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=uCnIKEOtbfc Acesso em: 18 jul. 2020. A Trajetória do Genocídio Nazista. Disponível em:
https://youtu.be/frae04L0k7M Acesso em: 18 jul. 2020.
Ouça o podcast:
ÉTICA INTRODUÇÃO: Ética e Direitos Humanos. Daniela Natividade, 9 jun. 2020. Podcast.
Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5XslwtykglelkqHZzKLJaO?
si=POCR8AUGRQuI06iN_w8gEw Acesso em: 18 jul. 2020.
Ouça o podcast:
ÉTICA INTRODUÇÃO: Ética e Direitos Humanos. Daniela Natividade, 9 jun. 2020. Podcast.
Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5XslwtykglelkqHZzKLJaO?
si=POCR8AUGRQuI06iN_w8gEw Acesso em: 18 jul. 2020.
Leia os artigos de:
LAFER, Celso. A reconstrução dos direitos humanos: a contribuição de Hannah Arendt. Revista
Estudos Avançados, São Paulo, vol. 11, n. 30, p. 5565,
mai/ago. 1997. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/8995/10547 Acesso em: 18
jul. 2020.
SOUZA, Elden Borges; PINHEIRO, Victor Sales. A fundamentação ética dos direitos humanos em
John Finnis. Revista Direitos Humanos e Democracia, Rio Grande do Sul, v. 4, n. 7, p. 6583,
ago./nov. 2016. Disponível em:
https://200.17.87.11/index.php/direitoshumanosedemocracia/article/view/5513 Acesso em: 18 jul.
2020.
Atividade Autônoma Aura (AAA):
Questão 01: Schopenhauer dizia que a motivação principal e fundamental, tanto no homem, como no
animal, é o egoísmo, quer dizer, o ímpeto para a existência e o bem estar. (SCHOPENHAUER, Arthur.
Sobre o Fundamento da Moral. 2001, p. 120). Ainda que predomine uma visão pessimista do
homem, os direitos humanos podem ser considerados fundamentais porque asseguram:
a)a existência da pessoa humana e sua capacidade de desenvolvimento.
b) o direito do cidadão à escravidão e à servidão.
c) a participação obrigatória do indivíduo em associações.
d) a livre faculdade do contribuinte de cumprir a lei.
Questão 02: "O Direito Internacional dos Direitos Humanos tem o escopo de proteger os indivíduos
contra violações cometidas pelo Estado ou por particulares com a conivência ou inatividade desse,
sendo formada uma relação jurídica entre o indivíduo e o Estado." (NEMER, Leonardo; SOARES,
Larissa.A inter­relação entre o direito internacional dos direitos humanos e o direito internacional
h u m a n i t á r i o   n a   p e r s p e c t i v a   u n i v e r s a l   e   i n t e r a m e r i c a n a .   D i s p o n í v e l   e m :
https://www.corteidh.or.cr/tablas/r23546.pdf). Em relação aos direitos humanos, é correto afirmar que
são:
a) previstos nas Constituições dos Estados nacionais, sempre no plano interno.
b) não estão previstos expressamente em nenhum texto legislativo.
c) restrigindos pelos direitos individuais e sociais.
d) protegidos através dos tratados ou convenções internacionais.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 2: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Identificar os argumentos teóricos e as críticas aos Direitos Humanos
4 Tópicos
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação que possa despertar emotividade e que a
temática desenvolvida possa refletir em sua futura atuação profissional a defesa das vítimas de
violações de direitos humanos. Como sugestão, segue o roteiro abaixo:
Situação­problema:
Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS, cerca de 200 milhões de mulheres vivem em países
que adotam a mutilação genital como prática cultural ou religiosa. De acordo com o Jornal El País "A
ablação genital feminina não é apenas uma das práticas mais cruéis
que sobrevivem da dominação histórica sofrida pelas mulheres no mundo; é também um crime que
atenta contra sua saúde pelos riscos de infecção, hemorragia e morte que envolve, e contra seus
direitos pela discriminação brutal que pressupõe negar seu prazer durante o ato sexual." Disponível
em: https://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/09/opinion/1470762424_356543.htmlA Acesso em: 20 jul.
2020. Em decorrência dessa situação, indaga­se: É possível apelar para as diferenças socioculturais
inerentes ao relativismo cultural para a preservação desse costume?
Metodologia:
A partir da situação problema apresentada, o docente deverá utilizar o vídeo "Na Somália, uma vítima
da mutilação genital feminina está apoiando milhares de meninas" Disponível em:
https://youtu.be/QpCF9WK8h2s (se possível em sala de aula), como elemento disparador para gerar
brainstorming com a turma, mediado pelo docente, acerca das concepções universalista e relativista
dos direitos humanos, bem como do multiculturalismo e suas vertentes. Todas as respostas da
indagação acima devem ser dispostas no quadro a fim de que todos percebam que suas ideias estão
sendo levadas a sério. Descarte as ideias duplicadas e até chegar a um número razoável de respostas
com potencial para a solução do problema apresentado.
Atividade verificadora da aprendizagem: Retomar a situação problema apresentada no início da aula e
solicitar aos alunos a apresentação de três estratégias que estimulem a educação, o envolvimento e a
participação das pessoas na promoção e proteção dos direitos humanos. Além disto, indicar a com
potencial para a solução do problema apresentado.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia o artigo de:
PEREIRA, Maria Leda Melo Lustosa;PINHEIRO, Ailk de Souza; MELO, José Wilson Rodrigues de.
O multiculturalismo na contemporaneidade e sua relação com as minorias. Revista Humanidades e
Inovação, Palmas, v. 6, n. 4, p. 105115, mai. 2019. Disponível em:
https://revista.unitins.br/index.php/humanidadeseinovacao/article/view/959 Acesso em: 18 jul. 2020.
8 Aprenda +
Assista aos vídeos:
A realidade por trás da Declaração Universal dos Direitos Humanos. TEDxGoiânia. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=MtISTU2nnHI Acesso em: 20 jul. 2020. Universalidade e
Multiculturalismo em Direitos Humanos. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=AMohmRF3eE&
t=21s Acesso em: 20 jul. 2020.
Ouça o podcast:
DIREITOS HUMANOS EM FOCO!: Universalismo e relativismo cultural. Siberia Lima, 30 mar. 2020.
Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5fsqFuTEcZYRgjpOhCrat7?
si=74kaxCyTn6HQivCtaDOtA Acesso em: 20 jul. 2020.
Leia os artigos de:
BERNER, Vanessa Oliveira Batista; LOPES, Raphaela de Araújo Lima. Direitos Humanos: o embate
entre teoria tradicional e teoria crítica. In: CONPEDI/UFPB. (Org.). Filosofia do direito. 1 ed.
Florianópolis: CONPEDI, 2014, v. III. pp. 128144. Disponível em:
http://publicadireito.com.br/artigos/?cod=0a743fa0de869f27 Acesso em: 18 jul. 2020.
MEDEIROS, Pedro Lucas Campos de. "Examinando dragões": o anti antirrelativismo como proposta
ao contrassenso da discussão clássica entre o universalismo e relativismo cultural dos direitos
humanos. Revista de Direitos Humanos e Efetividade. Goiânia v. 5, n. 1, p. 7492, jan/jun. 2019
Disponível em: https://indexlaw.org/index.php/revistadhe/article/view/5649/pdf Acesso em: 18 jul.
2020.
Atividade Autônoma Aura (AAA):
Questão 01: No site do Conselho Nacional de Justiça é possível constatar que as audiências de
custódia ?consistem na rápida apresentação do preso a um juiz nos casos de prisões em flagrante, em
uma audiência onde também são ouvidas as manifestações do Ministério Público, da Defensoria
Pública ou do advogado do preso. O juiz analisa a prisão sob o aspecto da legalidade, da necessidade e
da adequação da continuidade da prisão ou da eventual concessão de liberdade, com ou sem a
imposição de outras medidas cautelares. Avalia, ainda, eventuais ocorrências de tortura ou de maus­
tratos,  entre outras  irregularidades.? Disponível em: https:/ /www.cnj. jus.br/sistema­
carcerario/audiencia­de­custodia/. Acesso em: 28 jan. 2021.
Com base nesse texto, avalie as afirmações a seguir.
I. A realização das audiências de custódia foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal, em 2015,
nos julgamentos da ADI 5240 e da ADPF 347.
II. A instalação das audiências de custódia está prevista em tratados sobre direitos humanos
internalizados pelo Brasil.
III. Diante dos altos índices de violência urbana o Estado deve priorizar políticas que implementem o
encarceramento.
É correto o que se afirma(m) em:
a)I, apenas.
b)II, apenas.
c) I e II, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.
Questão 02: Segundo o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), através do Levantamento
Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen 2019), a população prisional no Brasil era de
755.274. Levando­se em conta todo o panorama do sistema penitenciário brasileiro, especialmente as
condições carcerárias atuais e as decisões do STF e da Corte Interamericana de Direitos Humanos
sobre o tema, é correto afirmar que o reconhecimento do estado de coisas inconstitucional autoriza o
judiciário brasileiro a:
a) realizar funções atípicas de outros poderes.
b) impor medidas concretas ao Poder Executivo.
c) modificar a estrutura legislativa do direito penitenciário.
d) admitir penas de trabalho forçado.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 3: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Contrastar a diversidade das culturas aos Direitos Humanos
4 Tópicos
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação que possa despertar emotividade e que a
temática desenvolvida possa refletir em sua futura atuação profissional a defesa das vítimas de
violações de direitos humanos. Como sugestão, segue o roteiro abaixo:
Situação­problema:
Em junho de 2020, a Agência Brasil EBC divulgou um estudo sobre a situação precária das
penitenciárias em Minas Gerais apontando que mais da metade dos detentos (51,3%) considera que a
quantidade de comida que recebem é insuficiente. Para a maioria deles (92,3%), o
espaço da cela é pequeno demais e a temperatura inadequada (94,8%). A pesquisa revelou ainda que
agressões praticadas por agentes penitenciários ocorrem com frequência. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitoshumanos/noticia/202006/estudorevelaprecariedadeempresidio
seagressoescontradetentos. Casos como esse não são fatos isolados na nossa realidade e podem ser
associados a outros episódios, como os ocorridos no ano de 2017 em oito estados brasileiros (Alagoas,
Amazonas, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Norte e Roraima) e que
resultaram em rebeliões e a ocorrência de 130 mortes. Pergunte à turma: Quais medidas poderiam ser
adotadas pelo Estado brasileiro para melhorar a situação carcerária.
Metodologia:
realizar um brainstorming com a turma para que as várias respostas a esta questão sejam indicadas no
quadro. Feito isso, relacionar as respostas com o conteúdo digital, a partir da visão de Immanuel Kant.
Correlacionar também com: 1) o conceito de Estado de Coisas Inconstitucional, reconhecido pelo
Supremo Tribunal Federal no julgamento da Medica Cautelar em Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental ADPF 347; 2) as medidas provisórias estabelecidas pela Corte Interamericana
de Direitos Humanos em relação às penitenciárias localizadas no Brasil (Pedrinhas, Complexo
Penitenciário de Curado, Instituto Penal Plácido de Carvalho e Unidade de
Internação Socioeducativa; 3) a solicitação de opinião consultiva feita pela Comissão Interamericana
de Direitos Humanos, em 25 de novembro de 2019, a fim de que o Tribunal interpretasse os enfoques
diferenciados em matéria de pessoas privadas de liberdade e 4) o diálogo entre as Cortes,
especialmente em relação ao Supremo Tribunal Federal, à Corte Constitucional Colombiana (Estado
Corte Interamericana de Direitos Humanos em relação às penitenciárias localizadas no Brasil
(Pedrinhas, Complexo Penitenciário de Curado, Instituto Penal Plácido de Carvalho e Unidade de
Internação Socioeducativa; 3) a solicitação de opinião consultiva feita pela Comissão Interamericana
de Direitos Humanos, em 25 de novembro de 2019, a fim de que o Tribunal interpretasse os enfoques
diferenciados em matéria de pessoas privadas de liberdade e 4) o diálogo entre as Cortes,
especialmente em relação ao Supremo Tribunal Federal, à Corte Constitucional Colombiana (Estado
de Coisas Inconstitucional) e a Corte Interamericana de Direitos Humanos. Atividade verificadora da
aprendizagem: Retomar a situação problema apresentada no início da aula e solicitar aos alunos que
esclareçam se as medidas propostas se coadunam com o princípio da dignidade humana. Além disto,
demonstrar que algumas soluções podem ser adotadas pelo Estado
brasileiro, tais como: a) a redução drástica dos índices de encarceramento; b) controle social do
sistema carcerário; c) redução da prisão provisória e ampliação da audiência de custódia; d) redução
do impacto da Lei de Drogas no sistema prisional; e) tratamento digno às mulheres encarceradas; f)
valorização da educação e do trabalho; g) políticas públicas para egressos; h) efetivação do direito à
saúde e i) criação de institutos Médicos Legais independentes. Por fim, indicar a realização de
exercícios de verificação de aprendizagem localizados no final do módulo.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia o artigo de:
MAGALHÃES, Breno Baía. O Estado de CoisasInconstitucional na ADPF 347 e a sedução do
Direito: o impacto da medida cautelar e a resposta dos poderes políticos. Revista Direito GV. São
Paulo, v. 15, n. 2, p. 137, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/pdf/rdgv/v15n2/23176172rdgv1502e1916. pdf Acesso em: 21 jul. 2020.
FERREIRA, Siddharta Legale; ARAÚJO, David Pereira de. O Estado de Coisas Inconvencional:
trazendo a Corte Interamericana de Direitos Humanos para o debate sobre o sistema prisional
brasileiro. Revista Publicum. Rio de Janeiro, v. 2, n. 2, p. 6782, 2016, Disponível em:
https://www.epublicacoes.uerj.br/index.php/publicum/article/view/26042/23647 Acesso em: 22 jul.
2020.
Leia a decisão de:
BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Medida Cautelar na Arguição de Descumprimento de Preceito
Fundamental n.º 347/DF. Cabível é a arguição de descumprimento de preceito fundamental
considerada a situação degradante das penitenciárias no Brasil. Brasília, DF: Supremo Federal [2015].
Disponível em: http://portal.stf.jus.br/processos/downloadPeca.asp?id=308712125&ext=.pdf Acesso
em: 22 jul. 2020.
8 Aprenda +
Ouça o podcast:
JUSTIFICANDO. 52 ? O colapso do Sistema Prisional durante a pandemia. Convidadas: Maria Clara
D?avila e Amanda Rodrigues Apresentação: André Zanardo e Mariana Boujikian, 9 mai. 2020.
Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/5M91P6wbAkyeZIaaGTxYje?
si=F5DVize0QeyCWSNPG0UHA Acesso em: 22 jul. 2020.
Leia o artigo de:
MONSALVE, Viviana Bohórquez; ROMÁN, Javier Aguirre. As tensões da dignidade humana:
conceituação e aplicação no direito internacional dos direitos humanos. Revista Internacional
deDireitos Humanos, São Paulo, v.6, n. 11, dez. 2009. Disponível em:
https://www.scielo.br/scielo.php? Leia o artigo de:
MONSALVE, Viviana Bohórquez; ROMÁN, Javier Aguirre. As tensões da dignidade humana:
conceituação e aplicação no direito internacional dos direitos humanos. Revista Internacional de
Direitos Humanos, São Paulo, v.6, n. 11, dez. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S180664452009000200003&lng=pt&nrm=iso Acesso em: 21 jul. 2020.
Atividade Autônoma Aura (AAA):
Questão 01: Antunes, jornalista de uma importante emissora de TV, disse mais de uma vez, ser
contrário a qualquer política pública que favoreça às pessoas deficientes. Em entrevista a um escritor
paraplégico chegou a afirmar que, por ele ser deficiente, não poderia exercer uma profissão tão nobre.
De acordo com o ordenamento jurídico vigente, o caso hipotético revela:
a)a prática do crime de incitação à discriminação de pessoa em razão de deficiência, com a agravante
de ter sido praticado por intermédio de meio de comunicação social.
b) apenas um ilícito civil, correspondente ao dano moral ocasionado ao deficiente entrevistado, na
medida em que atinge sua honra.
c) um problema relacionado à ética jornalista apenas, pois o desmerecimento de pessoas deficientes ou
qualquer outro vulnerável deve ser evitado.
d) a ausência de educação em direitos humanos, mas não a discriminação de pessoa em razão de sua
deficiência, em razão da liberdade de expressão jornalística.
Questão 02: (FGV ­ questão adaptada). No Caso Damião Ximenes o Brasil foi condenado a investigar
e sancionar os responsáveis pela morte de paciente em uma clínica psiquiátrica particular, na cidade de
Sobral, no Ceará. Além disso, a decisão obrigou o país a desenvolver um programa de formação e
capacitação para as pessoas vinculadas ao atendimento de saúde mental e a reparação pecuniária da
família.
Nessa situação, é correto afirmar que:
a) o Estado do Ceará respondeu solidariamente com a União pelas violações de direitos humanos na
Corte Interamericana de Direitos Humanos.
b) o Município de Sobral, por ser um ente federativo e o local de ocorrência das violações, arcou com
todos os custos da condenação.
c) a responsabilidade recaiu sobre a clínica particular e coube ao SUS, órgão federal, a supervisão do
funcionamento de todas as casas de saúde da região.
d) o Brasil, enquanto Estado soberano, respondeu através da União perante a Corte Interamericana de
Direitos Humanos.
Plano de Aula
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Semana/Tema
Semana 4: Tema ­ 1. FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
3 Objetivos
Analisar a estruturação dos Direitos Humanos no Brasil
4 Tópicos
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS
5 Procedimentos de ensino­aprendizagem
O professor deve iniciar a aula apresentando uma situação na qual seja possível estabelecer a relação
entre o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais de terceira dimensão e a efetivação dos direitos humanos. Como sugestão, segue o
roteiro abaixo:
Situação­problema:
Há certas reportagens que muito se assemelham a um libelo acusatório, por traduzirem tão bem as
circunstâncias de um ato criminoso. Foi o que aconteceu com o artigo "O crime de Brumadinho",
publicado pelo Jornal Correio Braziliense, no início de 2019: "O rompimento de mais
uma barragem, em Minas Gerais, não é a repetição de uma tragédia, nem de um erro da Vale, terceira
maior empresa do país. É a reincidência de um crime. Reza o ditado popular algo assim: 'Ou se
aprende no amor ou se aprende na dor'. Mas o Brasil parece não aprender de jeito algum. E quem é 'o
Brasil'? Neste caso, as autoridades que exercem cargos públicos, os políticos, a Justiça que não pune
como deveria. Embora com distintas responsabilidades, há uma cadeia de (ir)responsáveis. O
rompimento de mais uma barragem, em Minas Gerais, não é a repetição de uma tragédia, nem de um
erro da Vale, terceira maior empresa do país. É a reincidência de um crime; na verdade, de vários
crimes. Omissão, ambição, ganância, descaso com a natureza, falta de fiscalização. O preço é a vida
humana, sempre em risco. (...) O caso de Mariana só não foi esquecido por quem foi atingido e por
quem tenta até hoje fazer justiça à comunidade e reparar os danos ao meio ambiente. O país seguiu
sem pagar essa conta, apostando no "esquecimento" a eterna válvula de escape. Depois de Mariana, o
que foi feito para evitar novos rompimentos? Quais medidas protetivas foram tomadas para
salvaguardar a população e o meio ambiente? Você sabe responder a essa pergunta? Eu não".
Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/01/27/internabrasil,733340/artigoocrim
edebrumadinho.shtml
Metodologia:
A partir da situação problema e das perguntas formuladas pelo jornalista, que servem que foi feito para
evitar novos rompimentos? Quais medidas protetivas foram tomadas para salvaguardar a população e
o meio ambiente? Você sabe responder a essa pergunta? Eu não".
Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2019/01/27/internabrasil,733340/artigoocrim
edebrumadinho.shtml
Atividade verificadora da aprendizagem: 
Retomar a situação problema apresentada no início da aula e solicitar aos alunos a apresentação de
fundamentos para embasar a responsabilidade do Brasil pelo descumprimento de compromissos
internacionais de proteção de direitos humanos. Além disto, indicar a realização de exercícios de
verificação de aprendizagem localizados no final do módulo.
6 Recursos didáticos
Sala de aula equipada com quadro branco, projetor multimídia, caixa de som, acervo bibliográfico no
ambiente virtual.
7 Leitura específica
Leia o artigo de:
LOPES, Ana Maria D´Ávila; MARQUES, Lucas Vieira Barjud. Proteção indireta do direito ao meio
ambiente na jurisprudência das Cortes europeia e interamericana de direitos humanos. Revista
Brasileira de Direito Animal, Salvador, v. 14, n. 1, p. 5675, jan./abr. 2019. Disponível em:
https://portalseer.ufba.br/index.php/RBDA/article/download/30726/18204 Acesso em: 18 jul. 2020.
PILAU Sobrinho, L.; CALGARO, C.; Silva, T. Política pública, desenvolvimentismo neoextrativista e
a cosmovisão indígena: o polêmico projeto da rodovia cortando o TIPNIS na Bolívia.
RevistaEletrônica do Curso de Direito da UFSM. v. 14, n. 2, p. 134, 2019. Disponível em:
https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/38606

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