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Plano de Ensino Direitos Humanos

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Plano de Aprendizagem
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Natureza
Extensão
3 Carga horária semestral
80
4 Carga horária semanal
4 horas de Extensão
5 Perfil docente
O docente deve ser graduado em Direito e possuir Pós­graduação Lato Sensu (especialização), embora
seja desejável a Pós­graduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do curso ou áreas
afins. É desejável que o docente possua experiência na área de Direitos Humanos, além de
competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de
interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de
ensino­aprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos
Pedagógicos dos Cursos que a disciplina faz parte na Matriz Curricular.
É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em
especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala
de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em
protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino
baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na
articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o
docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos.
6 Área temática
Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática
priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça.
7 Linha eixo de extensão e pesquisa
Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Democracia, Direitos
Humanos e Gestão Pública.
8 Competências a serem trabalhadas
Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas
desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução
CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente
serão prioritariamente: 
? flexibilidade cognitiva, autonomia do aprendizado, centrado na resolução de problemas, na
resiliência, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica
e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas; 
? compreensão, interpretação e aplicação do Direito de forma sistemática e geral, com percepção
crítica e humanística, articulando­o com a Filosofia, Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia,
valorando os elementos sociais e promovendo a cidadania.
9 Ementa
Fundamentação histórica dos Direitos Humanos. A justiça e o grupo de vulneráveis. Sistemas de
proteção internacional dos Direitos Humanos. Teoria dos Direitos Humanos.
10 Objetivos
­ Utilizar os instrumentos internacionais, pautados na sua fundamentação ética­histórica, para
promover a defesa das vítimas de grave violações de Direitos Humanos;
­ Definir políticas públicas que estimulem a educação, o envolvimento e a participação das pessoas,
baseando­se no primado da dignidade humana, a fim de elevar a sociedade brasileira aos mais altos
padrões de promoção e proteção dos Direitos Humanos perante a comunidade internacional;
­ Desenvolver soluções para casos concretos, com base na jurisprudência dos sistemas regionais e no
diálogo entre as cortes, para incrementar o repertório de decisões protetivas;
­ Debater decisões de Cortes e organismos internacionais, avaliando os principais casos julgados na
sua história e efetividade, para ampliar a proteção das vítimas de graves violações de Direitos
Humanos;
­ Julgar o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais, estimando as necessidades de efetivação dos Direitos Humanos, para aperfeiçoar a
proteção da dignidade da pessoa humana;
­ Elaborar estratégias técnicas para aplicação dos Direitos Humanos, com base nos normas nacionais e
internacionais de garantias de direitos fundamentais, para intervir na comunidade gerando impacto
social relevante;
11 Objetivos sociocomunitários
­ Traçar estratégias de efetivação dos Direitos Humanos, considerando as necessidades da população
local e os conhecimentos técnicos inerentes ao componente curricular, para impulsionar a
transformação social do entorno;
­ Diagnosticar violações de Direitos Humanos vivenciadas pelo público participante, utilizando as
ferramentas metodológicas definidas pelo docente, para produzir o levantamento da realidade social
tratada; 
­ Confrontar os conhecimentos técnicos à luz dos saberes locais, dialogando e estabelecendo trocas
com a comunidade e/ou público trabalhado, para propiciar uma melhor interação entre a universidade
e sociedade;
­ Produzir proposta de educomunicação, baseada nos princípios e diretrizes de Direitos Humanos, para
promover educação para cidadania, sustentabilidade e difusão de direitos;
12 Descrição do público envolvido
O público externo à IES e implicado na ação proposta pode ser composto por: Comunidades indígenas,
quilombolas, igrejas, terreiros de cultos africanos, organizações sociais/terceiro setor, associações de
bairros, escolas, coletivos sociais, dentre outros.
13 Justificativa
De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de
2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de
pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da
aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes
setores da sociedade brasileira e internacional. 
Esse componente na formação do aluno justifica­se pela importância de promover a atuação da
comunidade acadêmica, orientada pelas demandas sociocomunitárias do território/região onde se
encontra a IES, para o enfrentamento das questões da sociedade brasileira, inclusive por meio do
desenvolvimento econômico, social e cultural. 
No curso de Direito, na disciplina Direitos Humanos, a extensão se justifica na medida em que uma
parcela significativa da população é excluída do gozo de Direitos Humanos de forma reiterada,
ademais, outro problema significativo na sociedade brasileira é desconhecimento dos Direitos básicos
assegurados a todos os cidadãos. De acordo com os dados fornecidos pela Pesquisa Síntese dos
Indicadores Sociais do IBGE 2017 e 2018, cerca de 65% da população do Brasil não têm pelo menos
um dos seguintes direitos assegurados: à proteção social, à moradia digna, à educação, à internet e ao
saneamento básico. 
Apesar do grande desconhecimento por parte da população, os Direitos Humanos perpassam todas as
esferas da convivência social, tanto em um âmbito global, quanto local, estando presente nas
interações comunitárias, coletivas e ainda na existência individual, sendo elemento imprescindível
para a democracia e para o próprio progresso da humanidade. Neste sentido, a educação em Direitos
Humanos, especialmente através da Educomunicação, mostra­se como estratégica e metodologia
adequada, haja vista que mobiliza conjuntos articulados de ações educacionais para o diálogo social,
através da utilização das tecnologias da informação, especialmente as mídias, como mecanismo para
promover o conhecimento de direitos pela população, e ainda como eficaz meio para disseminação de
uma cultura de Direitos Humanos.
14 Procedimentos de ensino­aprendizagem 
O componente curricular de Direitos Humanos adotará a metodologia de aprendizagem baseada em
projetos orientados por problemas/demandas reais, alternando­se com momentos de aprofundamento
teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão dos componentes
curriculares relativos aos Direitos Humanos consiste em elaborar e implementar um projeto de
educomunicaçãousando um dos três tipos de linguagem do audiovisual (verbal, sonora e/ou visual)
que proporcione educação em Direitos Humanos. São admitidas quaisquer alternativas metodológicas
que envolvam ferramentas do audiovisual, criando produtos como: desenvolvimento de podcasts;
curtas­metragens; minidocumentários; imagens fotográficas. Os materiais produzidos podem ser
publicizados em redes sociais ou sites e podem ser considerados como produção técnica tanto dos
estudantes quanto do docente, possibilitando ainda a apresentação em concursos acadêmicos como,
por exemplo, o Circuito Tela Verde do Governo Federal. Sugere­se utilizar as ferramentas disponíveis
na plataforma Google Workspace for Educacion (https://edu.google.com/intl/ALL_br/workspace­for­
education/editions/overview/) para elaboração dos produtos de audiovisual pelos estudantes e
interação com o docente.
Sugere­se trabalhar nos projetos com eixo temático do componente curricular com alto potencial
extensionista, tais como: igualdade racial; diálogo interreligioso; multiculturalidade; sustentabilidade
ambiental; equidade de gênero; etnocentrismo; redução das desigualdades; grupos vulneráveis (idosos;
crianças; pessoas com deficiência); dentre outros com aderência temática.
O desenvolvimento do projeto deve seguir as seguintes etapas:
a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; 
b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais)
compartilhados com os alunos;
c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de
levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes a Direitos Humanos). Vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4;
d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e
Teorização, itens 1 a 4);
e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, construir referencial
teórico de Direitos Humanos que subsidie a proposição de ações/elaboração de plano de trabalho (vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5);
f) Elaboração de Plano de Trabalho (indicando as ações, objetivos/metas, atores, papéis e atribuições,
processos/indicadores de avaliação ? inclusive como serão avaliados/demonstrados os resultados
alcançados (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto);
g) Desenvolvimento das ações de Educomunicação planejadas (podcasts ou minidocumentários ou
curtas­metragens ou exposição fotográfica, dentre outros)
h) Apresentação/exibição dos produtos desenvolvidos perante a comunidade impactada;
i) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão
III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos
envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. 
j) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os
objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente
evidenciados em relação ao público participante.
15 Temas de aprendizagem
1.   FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS
2.   TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
2.1 TEORIAS E CLASSIFICAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
2.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA TERIA DO STATUS
2.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
3.   SISTEMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
3.1 PAPEL DA ONU
3.2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
3.3 TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
4.   A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS (ATIVIDADE PRÁTICA
SUPERVISIONADA)
4.1 GRUPO VULNERÁVEL E PROTEÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS
4.2 DISCUSSÕES DE GÊNERO
4.3 PROTEÇÃO AO IDOSO
16 Procedimentos de avaliação
O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do
semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o
componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser
realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de
extensão trabalhado no âmbito da disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o
grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente
curricular DIREITOS HUMANOS será composta da soma das notas das seguintes etapas
1. Pesquisa exploratória e referencial teórico – entrega física com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro – I­
Diagnóstico e Teorização).
2. Plano de trabalho – entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no
início do semestre – 1,0 (atribuir até um ponto) (Vide Roteiro II ­ Planejamento para o
Desenvolvimento do Projeto).
3. Entrega coletiva e individual: relatório final (3,0) (atribuir até três pontos) e relato de experiência
(2,0) (atribuir até dois pontos). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão – III Encerramento
do Projeto).
4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados – com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos).
Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática
da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a
articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade
proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo;
engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas
para problemas.
Para aprovação na disciplina, o aluno deverá: 
• atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF);
• frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
17 Bibliografia básica
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 17 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600274/cfi/4!/4/4@0.00:0.00
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553616633/cfi/3!/4/4@0.00:16.3
SILVA, Fernanda Duarte Lopes Lucas da; FILHO, Rafael Mario Iorio; SILVA, Ronaldo Lucas da.
Direitos Humanos. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
Disponível em: http://repositorio.novatech.net.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8FE50208­8475­
4065­AA3D­7F0DC0F70A37
18 Bibliografia complementar
BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século
XXI.. Porto Alegre: Penso, 2014.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 12 ed. São Paulo:
Saraiva, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553607884/cfi/0!/4/4@0.00:68.6
GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: curso elementar. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547213664/recent
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530982843/cfi/6/10!/4/22/2@0:29.3
MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina
Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. 2 edição. Rio de Janeiro: Forense, 2022.
Disponível em: Leitor ­ Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br)
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional: estudo comparativo dos sistemas
interamericano, europeu e africano. 9 ed. SãoPaulo: Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610198/cfi/4!/4/4@0.00:5.17
RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 6 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553612567/cfi/3!/4/2@100:0.00
Plano de Aprendizagem
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Natureza
Extensão
3 Carga horária semestral
80
4 Carga horária semanal
4 horas de Extensão
5 Perfil docente
O docente deve ser graduado em Direito e possuir Pós­graduação Lato Sensu (especialização), embora
seja desejável a Pós­graduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do curso ou áreas
afins. É desejável que o docente possua experiência na área de Direitos Humanos, além de
competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de
interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de
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Pedagógicos dos Cursos que a disciplina faz parte na Matriz Curricular.
É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em
especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala
de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em
protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino
baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na
articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o
docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos.
6 Área temática
Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática
priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça.
7 Linha eixo de extensão e pesquisa
Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Democracia, Direitos
Humanos e Gestão Pública.
8 Competências a serem trabalhadas
Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas
desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução
CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente
serão prioritariamente: 
? flexibilidade cognitiva, autonomia do aprendizado, centrado na resolução de problemas, na
resiliência, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica
e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas; 
? compreensão, interpretação e aplicação do Direito de forma sistemática e geral, com percepção
crítica e humanística, articulando­o com a Filosofia, Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia,
valorando os elementos sociais e promovendo a cidadania.
9 Ementa
Fundamentação histórica dos Direitos Humanos. A justiça e o grupo de vulneráveis. Sistemas de
proteção internacional dos Direitos Humanos. Teoria dos Direitos Humanos.
10 Objetivos
­ Utilizar os instrumentos internacionais, pautados na sua fundamentação ética­histórica, para
promover a defesa das vítimas de grave violações de Direitos Humanos;
­ Definir políticas públicas que estimulem a educação, o envolvimento e a participação das pessoas,
baseando­se no primado da dignidade humana, a fim de elevar a sociedade brasileira aos mais altos
padrões de promoção e proteção dos Direitos Humanos perante a comunidade internacional;
­ Desenvolver soluções para casos concretos, com base na jurisprudência dos sistemas regionais e no
diálogo entre as cortes, para incrementar o repertório de decisões protetivas;
­ Debater decisões de Cortes e organismos internacionais, avaliando os principais casos julgados na
sua história e efetividade, para ampliar a proteção das vítimas de graves violações de Direitos
Humanos;
­ Julgar o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais, estimando as necessidades de efetivação dos Direitos Humanos, para aperfeiçoar a
proteção da dignidade da pessoa humana;
­ Elaborar estratégias técnicas para aplicação dos Direitos Humanos, com base nos normas nacionais e
internacionais de garantias de direitos fundamentais, para intervir na comunidade gerando impacto
social relevante;
11 Objetivos sociocomunitários
­ Traçar estratégias de efetivação dos Direitos Humanos, considerando as necessidades da população
local e os conhecimentos técnicos inerentes ao componente curricular, para impulsionar a
transformação social do entorno;
­ Diagnosticar violações de Direitos Humanos vivenciadas pelo público participante, utilizando as
ferramentas metodológicas definidas pelo docente, para produzir o levantamento da realidade social
tratada; 
­ Confrontar os conhecimentos técnicos à luz dos saberes locais, dialogando e estabelecendo trocas
com a comunidade e/ou público trabalhado, para propiciar uma melhor interação entre a universidade
e sociedade;
­ Produzir proposta de educomunicação, baseada nos princípios e diretrizes de Direitos Humanos, para
promover educação para cidadania, sustentabilidade e difusão de direitos;
12 Descrição do público envolvido
O público externo à IES e implicado na ação proposta pode ser composto por: Comunidades indígenas,
quilombolas, igrejas, terreiros de cultos africanos, organizações sociais/terceiro setor, associações de
bairros, escolas, coletivos sociais, dentre outros.
13 Justificativa
De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de
2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de
pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da
aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes
setores da sociedade brasileira e internacional. 
Esse componente na formação do aluno justifica­se pela importância de promover a atuação da
comunidade acadêmica, orientada pelas demandas sociocomunitárias do território/região onde se
encontra a IES, para o enfrentamento das questões da sociedade brasileira, inclusive por meio do
desenvolvimento econômico, social e cultural. 
No curso de Direito, na disciplina Direitos Humanos, a extensão se justifica na medida em que uma
parcela significativa da população é excluída do gozo de Direitos Humanos de forma reiterada,
ademais, outro problema significativo na sociedade brasileira é desconhecimento dos Direitos básicos
assegurados a todos os cidadãos. De acordo com os dados fornecidos pela Pesquisa Síntese dos
Indicadores Sociais do IBGE 2017 e 2018, cerca de 65% da população do Brasil não têm pelo menos
um dos seguintes direitos assegurados: à proteção social, à moradia digna, à educação, à internet e ao
saneamento básico. 
Apesar do grande desconhecimento por parte da população, os Direitos Humanos perpassam todas as
esferas da convivência social, tanto em um âmbito global, quanto local, estando presente nas
interações comunitárias, coletivas e ainda na existência individual, sendo elemento imprescindível
para a democracia e para o próprio progresso da humanidade. Neste sentido, a educação em Direitos
Humanos, especialmente através da Educomunicação, mostra­se como estratégica e metodologia
adequada, haja vista que mobiliza conjuntos articulados de ações educacionais para o diálogo social,
através da utilização das tecnologias da informação, especialmente as mídias, como mecanismo para
promover o conhecimento de direitos pela população, e ainda como eficaz meio para disseminação de
uma cultura de Direitos Humanos.
14 Procedimentos de ensino­aprendizagem 
O componente curricular de DireitosHumanos adotará a metodologia de aprendizagem baseada em
projetos orientados por problemas/demandas reais, alternando­se com momentos de aprofundamento
teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão dos componentes
curriculares relativos aos Direitos Humanos consiste em elaborar e implementar um projeto de
educomunicação usando um dos três tipos de linguagem do audiovisual (verbal, sonora e/ou visual)
que proporcione educação em Direitos Humanos. São admitidas quaisquer alternativas metodológicas
que envolvam ferramentas do audiovisual, criando produtos como: desenvolvimento de podcasts;
curtas­metragens; minidocumentários; imagens fotográficas. Os materiais produzidos podem ser
publicizados em redes sociais ou sites e podem ser considerados como produção técnica tanto dos
estudantes quanto do docente, possibilitando ainda a apresentação em concursos acadêmicos como,
por exemplo, o Circuito Tela Verde do Governo Federal. Sugere­se utilizar as ferramentas disponíveis
na plataforma Google Workspace for Educacion (https://edu.google.com/intl/ALL_br/workspace­for­
education/editions/overview/) para elaboração dos produtos de audiovisual pelos estudantes e
interação com o docente.
Sugere­se trabalhar nos projetos com eixo temático do componente curricular com alto potencial
extensionista, tais como: igualdade racial; diálogo interreligioso; multiculturalidade; sustentabilidade
ambiental; equidade de gênero; etnocentrismo; redução das desigualdades; grupos vulneráveis (idosos;
crianças; pessoas com deficiência); dentre outros com aderência temática.
O desenvolvimento do projeto deve seguir as seguintes etapas:
a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; 
b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais)
compartilhados com os alunos;
c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de
levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes a Direitos Humanos). Vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4;
d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e
Teorização, itens 1 a 4);
e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, construir referencial
teórico de Direitos Humanos que subsidie a proposição de ações/elaboração de plano de trabalho (vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5);
f) Elaboração de Plano de Trabalho (indicando as ações, objetivos/metas, atores, papéis e atribuições,
processos/indicadores de avaliação ? inclusive como serão avaliados/demonstrados os resultados
alcançados (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto);
g) Desenvolvimento das ações de Educomunicação planejadas (podcasts ou minidocumentários ou
curtas­metragens ou exposição fotográfica, dentre outros)
h) Apresentação/exibição dos produtos desenvolvidos perante a comunidade impactada;
i) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão
III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos
envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. 
j) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os
objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente
evidenciados em relação ao público participante.
15 Temas de aprendizagem
1.   FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS
2.   TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
2.1 TEORIAS E CLASSIFICAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
2.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA TERIA DO STATUS
2.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
3.   SISTEMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
3.1 PAPEL DA ONU
3.2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
3.3 TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
4.   A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS (ATIVIDADE PRÁTICA
SUPERVISIONADA)
4.1 GRUPO VULNERÁVEL E PROTEÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS
4.2 DISCUSSÕES DE GÊNERO
4.3 PROTEÇÃO AO IDOSO
16 Procedimentos de avaliação
O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do
semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o
componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser
realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de
extensão trabalhado no âmbito da disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o
grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente
curricular DIREITOS HUMANOS será composta da soma das notas das seguintes etapas
1. Pesquisa exploratória e referencial teórico – entrega física com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro – I­
Diagnóstico e Teorização).
2. Plano de trabalho – entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no
início do semestre – 1,0 (atribuir até um ponto) (Vide Roteiro II ­ Planejamento para o
Desenvolvimento do Projeto).
3. Entrega coletiva e individual: relatório final (3,0) (atribuir até três pontos) e relato de experiência
(2,0) (atribuir até dois pontos). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão – III Encerramento
do Projeto).
4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados – com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos).
Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática
da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a
articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade
proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo;
engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas
para problemas.
Para aprovação na disciplina, o aluno deverá: 
• atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF);
• frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
17 Bibliografia básica
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 17 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600274/cfi/4!/4/4@0.00:0.00
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553616633/cfi/3!/4/4@0.00:16.3
SILVA, Fernanda Duarte Lopes Lucas da; FILHO, Rafael Mario Iorio; SILVA, Ronaldo Lucas da.
Direitos Humanos. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
Disponível em: http://repositorio.novatech.net.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8FE50208­8475­
4065­AA3D­7F0DC0F70A37
18 Bibliografia complementar
BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século
XXI.. Porto Alegre: Penso, 2014.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 12 ed. São Paulo:
Saraiva, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553607884/cfi/0!/4/4@0.00:68.6
GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: curso elementar. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547213664/recent
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530982843/cfi/6/10!/4/22/2@0:29.3
MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO,José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina
Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. 2 edição. Rio de Janeiro: Forense, 2022.
Disponível em: Leitor ­ Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br)
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional: estudo comparativo dos sistemas
interamericano, europeu e africano. 9 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610198/cfi/4!/4/4@0.00:5.17
RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 6 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553612567/cfi/3!/4/2@100:0.00
Plano de Aprendizagem
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Natureza
Extensão
3 Carga horária semestral
80
4 Carga horária semanal
4 horas de Extensão
5 Perfil docente
O docente deve ser graduado em Direito e possuir Pós­graduação Lato Sensu (especialização), embora
seja desejável a Pós­graduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do curso ou áreas
afins. É desejável que o docente possua experiência na área de Direitos Humanos, além de
competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de
interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de
ensino­aprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos
Pedagógicos dos Cursos que a disciplina faz parte na Matriz Curricular.
É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em
especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala
de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em
protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino
baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na
articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o
docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos.
6 Área temática
Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática
priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça.
7 Linha eixo de extensão e pesquisa
Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Democracia, Direitos
Humanos e Gestão Pública.
8 Competências a serem trabalhadas
Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas
desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução
CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente
serão prioritariamente: 
? flexibilidade cognitiva, autonomia do aprendizado, centrado na resolução de problemas, na
resiliência, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica
e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas; 
? compreensão, interpretação e aplicação do Direito de forma sistemática e geral, com percepção
crítica e humanística, articulando­o com a Filosofia, Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia,
valorando os elementos sociais e promovendo a cidadania.
9 Ementa
Fundamentação histórica dos Direitos Humanos. A justiça e o grupo de vulneráveis. Sistemas de
proteção internacional dos Direitos Humanos. Teoria dos Direitos Humanos.
10 Objetivos
­ Utilizar os instrumentos internacionais, pautados na sua fundamentação ética­histórica, para
promover a defesa das vítimas de grave violações de Direitos Humanos;
­ Definir políticas públicas que estimulem a educação, o envolvimento e a participação das pessoas,
baseando­se no primado da dignidade humana, a fim de elevar a sociedade brasileira aos mais altos
padrões de promoção e proteção dos Direitos Humanos perante a comunidade internacional;
­ Desenvolver soluções para casos concretos, com base na jurisprudência dos sistemas regionais e no
diálogo entre as cortes, para incrementar o repertório de decisões protetivas;
­ Debater decisões de Cortes e organismos internacionais, avaliando os principais casos julgados na
sua história e efetividade, para ampliar a proteção das vítimas de graves violações de Direitos
Humanos;
­ Julgar o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais, estimando as necessidades de efetivação dos Direitos Humanos, para aperfeiçoar a
proteção da dignidade da pessoa humana;
­ Elaborar estratégias técnicas para aplicação dos Direitos Humanos, com base nos normas nacionais e
internacionais de garantias de direitos fundamentais, para intervir na comunidade gerando impacto
social relevante;
11 Objetivos sociocomunitários
­ Traçar estratégias de efetivação dos Direitos Humanos, considerando as necessidades da população
local e os conhecimentos técnicos inerentes ao componente curricular, para impulsionar a
transformação social do entorno;
­ Diagnosticar violações de Direitos Humanos vivenciadas pelo público participante, utilizando as
ferramentas metodológicas definidas pelo docente, para produzir o levantamento da realidade social
tratada; 
­ Confrontar os conhecimentos técnicos à luz dos saberes locais, dialogando e estabelecendo trocas
com a comunidade e/ou público trabalhado, para propiciar uma melhor interação entre a universidade
e sociedade;
­ Produzir proposta de educomunicação, baseada nos princípios e diretrizes de Direitos Humanos, para
promover educação para cidadania, sustentabilidade e difusão de direitos;
12 Descrição do público envolvido
O público externo à IES e implicado na ação proposta pode ser composto por: Comunidades indígenas,
quilombolas, igrejas, terreiros de cultos africanos, organizações sociais/terceiro setor, associações de
bairros, escolas, coletivos sociais, dentre outros.
13 Justificativa
De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de
2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de
pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da
aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes
setores da sociedade brasileira e internacional. 
Esse componente na formação do aluno justifica­se pela importância de promover a atuação da
comunidade acadêmica, orientada pelas demandas sociocomunitárias do território/região onde se
encontra a IES, para o enfrentamento das questões da sociedade brasileira, inclusive por meio do
desenvolvimento econômico, social e cultural. 
No curso de Direito, na disciplina Direitos Humanos, a extensão se justifica na medida em que uma
parcela significativa da população é excluída do gozo de Direitos Humanos de forma reiterada,
ademais, outro problema significativo na sociedade brasileira é desconhecimento dos Direitos básicos
assegurados a todos os cidadãos. De acordo com os dados fornecidos pela Pesquisa Síntese dos
Indicadores Sociais do IBGE 2017 e 2018, cerca de 65% da população do Brasil não têm pelo menos
um dos seguintes direitos assegurados: à proteção social, à moradia digna, à educação, à internet e ao
saneamento básico. 
Apesar do grande desconhecimento por parte da população, os Direitos Humanos perpassam todas as
esferas da convivência social, tanto em um âmbito global, quanto local, estando presente nas
interações comunitárias, coletivas e ainda na existência individual, sendo elemento imprescindível
para a democracia e para o próprio progresso da humanidade. Neste sentido, a educação em Direitos
Humanos, especialmente através da Educomunicação, mostra­se como estratégica e metodologia
adequada, haja vista que mobiliza conjuntos articulados deações educacionais para o diálogo social,
através da utilização das tecnologias da informação, especialmente as mídias, como mecanismo para
promover o conhecimento de direitos pela população, e ainda como eficaz meio para disseminação de
uma cultura de Direitos Humanos.
14 Procedimentos de ensino­aprendizagem 
O componente curricular de Direitos Humanos adotará a metodologia de aprendizagem baseada em
projetos orientados por problemas/demandas reais, alternando­se com momentos de aprofundamento
teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão dos componentes
curriculares relativos aos Direitos Humanos consiste em elaborar e implementar um projeto de
educomunicação usando um dos três tipos de linguagem do audiovisual (verbal, sonora e/ou visual)
que proporcione educação em Direitos Humanos. São admitidas quaisquer alternativas metodológicas
que envolvam ferramentas do audiovisual, criando produtos como: desenvolvimento de podcasts;
curtas­metragens; minidocumentários; imagens fotográficas. Os materiais produzidos podem ser
publicizados em redes sociais ou sites e podem ser considerados como produção técnica tanto dos
estudantes quanto do docente, possibilitando ainda a apresentação em concursos acadêmicos como,
por exemplo, o Circuito Tela Verde do Governo Federal. Sugere­se utilizar as ferramentas disponíveis
na plataforma Google Workspace for Educacion (https://edu.google.com/intl/ALL_br/workspace­for­
education/editions/overview/) para elaboração dos produtos de audiovisual pelos estudantes e
interação com o docente.
Sugere­se trabalhar nos projetos com eixo temático do componente curricular com alto potencial
extensionista, tais como: igualdade racial; diálogo interreligioso; multiculturalidade; sustentabilidade
ambiental; equidade de gênero; etnocentrismo; redução das desigualdades; grupos vulneráveis (idosos;
crianças; pessoas com deficiência); dentre outros com aderência temática.
O desenvolvimento do projeto deve seguir as seguintes etapas:
a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; 
b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais)
compartilhados com os alunos;
c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de
levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes a Direitos Humanos). Vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4;
d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e
Teorização, itens 1 a 4);
e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, construir referencial
teórico de Direitos Humanos que subsidie a proposição de ações/elaboração de plano de trabalho (vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5);
f) Elaboração de Plano de Trabalho (indicando as ações, objetivos/metas, atores, papéis e atribuições,
processos/indicadores de avaliação ? inclusive como serão avaliados/demonstrados os resultados
alcançados (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto);
g) Desenvolvimento das ações de Educomunicação planejadas (podcasts ou minidocumentários ou
curtas­metragens ou exposição fotográfica, dentre outros)
h) Apresentação/exibição dos produtos desenvolvidos perante a comunidade impactada;
i) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão
III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos
envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. 
j) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os
objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente
evidenciados em relação ao público participante.
15 Temas de aprendizagem
1.   FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS
2.   TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
2.1 TEORIAS E CLASSIFICAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
2.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA TERIA DO STATUS
2.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
3.   SISTEMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
3.1 PAPEL DA ONU
3.2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
3.3 TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
4.   A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS (ATIVIDADE PRÁTICA
SUPERVISIONADA)
4.1 GRUPO VULNERÁVEL E PROTEÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS
4.2 DISCUSSÕES DE GÊNERO
4.3 PROTEÇÃO AO IDOSO
16 Procedimentos de avaliação
O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do
semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o
componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser
realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de
extensão trabalhado no âmbito da disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o
grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente
curricular DIREITOS HUMANOS será composta da soma das notas das seguintes etapas
1. Pesquisa exploratória e referencial teórico – entrega física com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro – I­
Diagnóstico e Teorização).
2. Plano de trabalho – entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no
início do semestre – 1,0 (atribuir até um ponto) (Vide Roteiro II ­ Planejamento para o
Desenvolvimento do Projeto).
3. Entrega coletiva e individual: relatório final (3,0) (atribuir até três pontos) e relato de experiência
(2,0) (atribuir até dois pontos). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão – III Encerramento
do Projeto).
4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados – com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos).
Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática
da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a
articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade
proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo;
engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas
para problemas.
Para aprovação na disciplina, o aluno deverá: 
• atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF);
• frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
17 Bibliografia básica
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 17 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600274/cfi/4!/4/4@0.00:0.00
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553616633/cfi/3!/4/4@0.00:16.3
SILVA, Fernanda Duarte Lopes Lucas da; FILHO, Rafael Mario Iorio; SILVA, Ronaldo Lucas da.
Direitos Humanos. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
Disponível em: http://repositorio.novatech.net.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8FE50208­8475­
4065­AA3D­7F0DC0F70A37
18 Bibliografia complementar
BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século
XXI.. Porto Alegre: Penso, 2014.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 12 ed. São Paulo:
Saraiva, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553607884/cfi/0!/4/4@0.00:68.6
GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: curso elementar. 5ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547213664/recent
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530982843/cfi/6/10!/4/22/2@0:29.3
MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina
Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. 2 edição. Rio de Janeiro: Forense, 2022.
Disponível em: Leitor ­ Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br)
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional: estudo comparativo dos sistemas
interamericano, europeu e africano. 9 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610198/cfi/4!/4/4@0.00:5.17
RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 6 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553612567/cfi/3!/4/2@100:0.00
Plano de Aprendizagem
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Natureza
Extensão
3 Carga horária semestral
80
4 Carga horária semanal
4 horas de Extensão
5 Perfil docente
O docente deve ser graduado em Direito e possuir Pós­graduação Lato Sensu (especialização), embora
seja desejável a Pós­graduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do curso ou áreas
afins. É desejável que o docente possua experiência na área de Direitos Humanos, além de
competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de
interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de
ensino­aprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos
Pedagógicos dos Cursos que a disciplina faz parte na Matriz Curricular.
É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em
especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala
de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em
protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino
baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na
articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o
docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos.
6 Área temática
Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática
priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça.
7 Linha eixo de extensão e pesquisa
Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Democracia, Direitos
Humanos e Gestão Pública.
8 Competências a serem trabalhadas
Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas
desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução
CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente
serão prioritariamente: 
? flexibilidade cognitiva, autonomia do aprendizado, centrado na resolução de problemas, na
resiliência, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica
e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas; 
? compreensão, interpretação e aplicação do Direito de forma sistemática e geral, com percepção
crítica e humanística, articulando­o com a Filosofia, Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia,
valorando os elementos sociais e promovendo a cidadania.
9 Ementa
Fundamentação histórica dos Direitos Humanos. A justiça e o grupo de vulneráveis. Sistemas de
proteção internacional dos Direitos Humanos. Teoria dos Direitos Humanos.
10 Objetivos
­ Utilizar os instrumentos internacionais, pautados na sua fundamentação ética­histórica, para
promover a defesa das vítimas de grave violações de Direitos Humanos;
­ Definir políticas públicas que estimulem a educação, o envolvimento e a participação das pessoas,
baseando­se no primado da dignidade humana, a fim de elevar a sociedade brasileira aos mais altos
padrões de promoção e proteção dos Direitos Humanos perante a comunidade internacional;
­ Desenvolver soluções para casos concretos, com base na jurisprudência dos sistemas regionais e no
diálogo entre as cortes, para incrementar o repertório de decisões protetivas;
­ Debater decisões de Cortes e organismos internacionais, avaliando os principais casos julgados na
sua história e efetividade, para ampliar a proteção das vítimas de graves violações de Direitos
Humanos;
­ Julgar o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais, estimando as necessidades de efetivação dos Direitos Humanos, para aperfeiçoar a
proteção da dignidade da pessoa humana;
­ Elaborar estratégias técnicas para aplicação dos Direitos Humanos, com base nos normas nacionais e
internacionais de garantias de direitos fundamentais, para intervir na comunidade gerando impacto
social relevante;
11 Objetivos sociocomunitários
­ Traçar estratégias de efetivação dos Direitos Humanos, considerando as necessidades da população
local e os conhecimentos técnicos inerentes ao componente curricular, para impulsionar a
transformação social do entorno;
­ Diagnosticar violações de Direitos Humanos vivenciadas pelo público participante, utilizando as
ferramentas metodológicas definidas pelo docente, para produzir o levantamento da realidade social
tratada; 
­ Confrontar os conhecimentos técnicos à luz dos saberes locais, dialogando e estabelecendo trocas
com a comunidade e/ou público trabalhado, para propiciar uma melhor interação entre a universidade
e sociedade;
­ Produzir proposta de educomunicação, baseada nos princípios e diretrizes de Direitos Humanos, para
promover educação para cidadania, sustentabilidade e difusão de direitos;
12 Descrição do público envolvido
O público externo à IES e implicado na ação proposta pode ser composto por: Comunidades indígenas,
quilombolas, igrejas, terreiros de cultos africanos, organizações sociais/terceiro setor, associações de
bairros, escolas, coletivos sociais, dentre outros.
13 Justificativa
De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de
2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de
pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da
aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes
setores da sociedade brasileira e internacional. 
Esse componente na formação do aluno justifica­se pela importância de promover a atuação da
comunidade acadêmica, orientada pelas demandas sociocomunitárias do território/região onde se
encontra a IES, para o enfrentamento das questões da sociedade brasileira, inclusive por meio do
desenvolvimento econômico, social e cultural. 
No curso de Direito, na disciplina Direitos Humanos, a extensão se justifica na medida em que uma
parcela significativa da população é excluída do gozo de Direitos Humanos de forma reiterada,
ademais, outro problema significativo na sociedade brasileira é desconhecimento dos Direitos básicos
assegurados a todos os cidadãos. De acordo com os dados fornecidos pela Pesquisa Síntese dos
Indicadores Sociais do IBGE 2017 e 2018, cerca de 65% da população do Brasil não têm pelo menos
um dos seguintes direitos assegurados: à proteção social, à moradia digna, à educação, à internet e ao
saneamento básico. 
Apesar do grande desconhecimento por parte da população, os Direitos Humanos perpassam todas as
esferas da convivência social, tanto em um âmbito global, quanto local, estando presentenas
interações comunitárias, coletivas e ainda na existência individual, sendo elemento imprescindível
para a democracia e para o próprio progresso da humanidade. Neste sentido, a educação em Direitos
Humanos, especialmente através da Educomunicação, mostra­se como estratégica e metodologia
adequada, haja vista que mobiliza conjuntos articulados de ações educacionais para o diálogo social,
através da utilização das tecnologias da informação, especialmente as mídias, como mecanismo para
promover o conhecimento de direitos pela população, e ainda como eficaz meio para disseminação de
uma cultura de Direitos Humanos.
14 Procedimentos de ensino­aprendizagem 
O componente curricular de Direitos Humanos adotará a metodologia de aprendizagem baseada em
projetos orientados por problemas/demandas reais, alternando­se com momentos de aprofundamento
teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão dos componentes
curriculares relativos aos Direitos Humanos consiste em elaborar e implementar um projeto de
educomunicação usando um dos três tipos de linguagem do audiovisual (verbal, sonora e/ou visual)
que proporcione educação em Direitos Humanos. São admitidas quaisquer alternativas metodológicas
que envolvam ferramentas do audiovisual, criando produtos como: desenvolvimento de podcasts;
curtas­metragens; minidocumentários; imagens fotográficas. Os materiais produzidos podem ser
publicizados em redes sociais ou sites e podem ser considerados como produção técnica tanto dos
estudantes quanto do docente, possibilitando ainda a apresentação em concursos acadêmicos como,
por exemplo, o Circuito Tela Verde do Governo Federal. Sugere­se utilizar as ferramentas disponíveis
na plataforma Google Workspace for Educacion (https://edu.google.com/intl/ALL_br/workspace­for­
education/editions/overview/) para elaboração dos produtos de audiovisual pelos estudantes e
interação com o docente.
Sugere­se trabalhar nos projetos com eixo temático do componente curricular com alto potencial
extensionista, tais como: igualdade racial; diálogo interreligioso; multiculturalidade; sustentabilidade
ambiental; equidade de gênero; etnocentrismo; redução das desigualdades; grupos vulneráveis (idosos;
crianças; pessoas com deficiência); dentre outros com aderência temática.
O desenvolvimento do projeto deve seguir as seguintes etapas:
a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; 
b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais)
compartilhados com os alunos;
c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de
levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes a Direitos Humanos). Vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4;
d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e
Teorização, itens 1 a 4);
e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, construir referencial
teórico de Direitos Humanos que subsidie a proposição de ações/elaboração de plano de trabalho (vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5);
f) Elaboração de Plano de Trabalho (indicando as ações, objetivos/metas, atores, papéis e atribuições,
processos/indicadores de avaliação ? inclusive como serão avaliados/demonstrados os resultados
alcançados (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto);
g) Desenvolvimento das ações de Educomunicação planejadas (podcasts ou minidocumentários ou
curtas­metragens ou exposição fotográfica, dentre outros)
h) Apresentação/exibição dos produtos desenvolvidos perante a comunidade impactada;
i) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão
III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos
envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. 
j) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os
objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente
evidenciados em relação ao público participante.
15 Temas de aprendizagem
1.   FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS
2.   TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
2.1 TEORIAS E CLASSIFICAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
2.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA TERIA DO STATUS
2.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
3.   SISTEMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
3.1 PAPEL DA ONU
3.2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
3.3 TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
4.   A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS (ATIVIDADE PRÁTICA
SUPERVISIONADA)
4.1 GRUPO VULNERÁVEL E PROTEÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS
4.2 DISCUSSÕES DE GÊNERO
4.3 PROTEÇÃO AO IDOSO
16 Procedimentos de avaliação
O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do
semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o
componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser
realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de
extensão trabalhado no âmbito da disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o
grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente
curricular DIREITOS HUMANOS será composta da soma das notas das seguintes etapas
1. Pesquisa exploratória e referencial teórico – entrega física com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro – I­
Diagnóstico e Teorização).
2. Plano de trabalho – entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no
início do semestre – 1,0 (atribuir até um ponto) (Vide Roteiro II ­ Planejamento para o
Desenvolvimento do Projeto).
3. Entrega coletiva e individual: relatório final (3,0) (atribuir até três pontos) e relato de experiência
(2,0) (atribuir até dois pontos). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão – III Encerramento
do Projeto).
4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados – com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos).
Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática
da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a
articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade
proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo;
engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas
para problemas.
Para aprovação na disciplina, o aluno deverá: 
• atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF);
• frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
17 Bibliografia básica
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 17 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600274/cfi/4!/4/4@0.00:0.00
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553616633/cfi/3!/4/4@0.00:16.3
SILVA, Fernanda Duarte Lopes Lucas da; FILHO, Rafael Mario Iorio; SILVA, Ronaldo Lucas da.
Direitos Humanos. Rio de Janeiro: SESES, 2016.
Disponível em: http://repositorio.novatech.net.br/site/index.html#/objeto/detalhes/8FE50208­8475­
4065­AA3D­7F0DC0F70A37
18 Bibliografia complementar
BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século
XXI.. Porto Alegre: Penso,2014.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788584290000/recent
COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos Direitos Humanos. 12 ed. São Paulo:
Saraiva, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553607884/cfi/0!/4/4@0.00:68.6
GUERRA, Sidney. Direitos Humanos: curso elementar. 5 ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547213664/recent
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direitos Humanos. 6 ed. Rio de Janeiro: Forense, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788530982843/cfi/6/10!/4/22/2@0:29.3
MELLO, Cleyson de Moraes; ALMEIDA NETO, José Rogério Moura de; PETRILLO, Regina
Pentagna. Curricularização da Extensão Universitária. 2 edição. Rio de Janeiro: Forense, 2022.
Disponível em: Leitor ­ Biblioteca Virtual Universitária (bvirtual.com.br)
PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional: estudo comparativo dos sistemas
interamericano, europeu e africano. 9 ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553610198/cfi/4!/4/4@0.00:5.17
RAMOS, André de Carvalho. Processo Internacional de Direitos Humanos. 6 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2019.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553612567/cfi/3!/4/2@100:0.00
Plano de Aprendizagem
1 Código e nome da disciplina
ARA0082 DIREITOS HUMANOS
2 Natureza
Extensão
3 Carga horária semestral
80
4 Carga horária semanal
4 horas de Extensão
5 Perfil docente
O docente deve ser graduado em Direito e possuir Pós­graduação Lato Sensu (especialização), embora
seja desejável a Pós­graduação Stricto Sensu (Mestrado e/ou Doutorado) na área do curso ou áreas
afins. É desejável que o docente possua experiência na área de Direitos Humanos, além de
competências teóricas e práticas, habilidades de comunicação em ambiente acadêmico, capacidade de
interação e influência digital para utilizar ferramentas necessárias ao desenvolvimento do processo de
ensino­aprendizagem (SGC, SAVA, BdQ e SIA). Importante, também, o conhecimento dos Projetos
Pedagógicos dos Cursos que a disciplina faz parte na Matriz Curricular.
É necessário que o docente domine as metodologias ativas inerentes a educação por competências, em
especial a metodologia de aprendizagem por projetos, além de ferramentas digitais que tornem a sala
de aula mais interativa. Para tanto, deve demonstrar capacidade de transformar o discente em
protagonista na sala de aula; utilizar novas tecnologias educacionais; conhecer método de ensino
baseado em casos concretos. As estratégias utilizadas pelo docente precisam ser baseadas na
articulação entre ensino, pesquisa e extensão, teoria e prática, sendo, também, indispensável que o
docente estimule o autoconhecimento e autoaprendizagem entre seus alunos.
6 Área temática
Em atendimento à Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, que Estabelece as
Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira e dá outras providências, a área temática
priorizada neste Plano é Direitos Humanos e Justiça.
7 Linha eixo de extensão e pesquisa
Os eixos de extensão e as linhas de pesquisa priorizados neste Plano são: Democracia, Direitos
Humanos e Gestão Pública.
8 Competências a serem trabalhadas
Com base na proposta institucional para a formação do egresso e as competências gerais e específicas
desenvolvidas no curso de Direito, previstas em seu PPC e em consonância com a Resolução
CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de 2018, as competências que serão trabalhadas neste componente
serão prioritariamente: 
? flexibilidade cognitiva, autonomia do aprendizado, centrado na resolução de problemas, na
resiliência, no domínio das ferramentas digitais, na capacidade de conduzir projetos de forma dinâmica
e encontrar caminhos para aprender em situações adversas, plurais, voláteis, incertas e ambíguas; 
? compreensão, interpretação e aplicação do Direito de forma sistemática e geral, com percepção
crítica e humanística, articulando­o com a Filosofia, Antropologia, Sociologia, Psicologia, Economia,
valorando os elementos sociais e promovendo a cidadania.
9 Ementa
Fundamentação histórica dos Direitos Humanos. A justiça e o grupo de vulneráveis. Sistemas de
proteção internacional dos Direitos Humanos. Teoria dos Direitos Humanos.
10 Objetivos
­ Utilizar os instrumentos internacionais, pautados na sua fundamentação ética­histórica, para
promover a defesa das vítimas de grave violações de Direitos Humanos;
­ Definir políticas públicas que estimulem a educação, o envolvimento e a participação das pessoas,
baseando­se no primado da dignidade humana, a fim de elevar a sociedade brasileira aos mais altos
padrões de promoção e proteção dos Direitos Humanos perante a comunidade internacional;
­ Desenvolver soluções para casos concretos, com base na jurisprudência dos sistemas regionais e no
diálogo entre as cortes, para incrementar o repertório de decisões protetivas;
­ Debater decisões de Cortes e organismos internacionais, avaliando os principais casos julgados na
sua história e efetividade, para ampliar a proteção das vítimas de graves violações de Direitos
Humanos;
­ Julgar o descumprimento pelo Estado, instituições e empresas brasileiras dos compromissos
internacionais, estimando as necessidades de efetivação dos Direitos Humanos, para aperfeiçoar a
proteção da dignidade da pessoa humana;
­ Elaborar estratégias técnicas para aplicação dos Direitos Humanos, com base nos normas nacionais e
internacionais de garantias de direitos fundamentais, para intervir na comunidade gerando impacto
social relevante;
11 Objetivos sociocomunitários
­ Traçar estratégias de efetivação dos Direitos Humanos, considerando as necessidades da população
local e os conhecimentos técnicos inerentes ao componente curricular, para impulsionar a
transformação social do entorno;
­ Diagnosticar violações de Direitos Humanos vivenciadas pelo público participante, utilizando as
ferramentas metodológicas definidas pelo docente, para produzir o levantamento da realidade social
tratada; 
­ Confrontar os conhecimentos técnicos à luz dos saberes locais, dialogando e estabelecendo trocas
com a comunidade e/ou público trabalhado, para propiciar uma melhor interação entre a universidade
e sociedade;
­ Produzir proposta de educomunicação, baseada nos princípios e diretrizes de Direitos Humanos, para
promover educação para cidadania, sustentabilidade e difusão de direitos;
12 Descrição do público envolvido
O público externo à IES e implicado na ação proposta pode ser composto por: Comunidades indígenas,
quilombolas, igrejas, terreiros de cultos africanos, organizações sociais/terceiro setor, associações de
bairros, escolas, coletivos sociais, dentre outros.
13 Justificativa
De acordo com os artigos 3º e 6º do Capítulo I da Resolução CNE/CES nº 7, de 18 de dezembro de
2018, a Extensão na Educação Superior Brasileira ao integrar a matriz curricular e à organização de
pesquisa, promove, em um processo interdisciplinar, a formação integral do aluno, através da
aprendizagem por projetos, que estabelece um diálogo construtivo e transformador com diferentes
setores da sociedade brasileira e internacional. 
Esse componente na formação do aluno justifica­se pela importância de promover a atuação da
comunidade acadêmica, orientada pelas demandas sociocomunitárias do território/região onde se
encontra a IES, para o enfrentamento das questões da sociedade brasileira, inclusive por meio do
desenvolvimento econômico, social e cultural. 
No curso de Direito, na disciplina Direitos Humanos, a extensão se justifica na medida em que uma
parcela significativa da população é excluída do gozo de Direitos Humanos de forma reiterada,
ademais, outro problema significativo na sociedade brasileira é desconhecimento dos Direitos básicos
assegurados a todos os cidadãos. De acordo com os dados fornecidos pela Pesquisa Síntese dos
Indicadores Sociais do IBGE 2017 e 2018, cerca de 65%da população do Brasil não têm pelo menos
um dos seguintes direitos assegurados: à proteção social, à moradia digna, à educação, à internet e ao
saneamento básico. 
Apesar do grande desconhecimento por parte da população, os Direitos Humanos perpassam todas as
esferas da convivência social, tanto em um âmbito global, quanto local, estando presente nas
interações comunitárias, coletivas e ainda na existência individual, sendo elemento imprescindível
para a democracia e para o próprio progresso da humanidade. Neste sentido, a educação em Direitos
Humanos, especialmente através da Educomunicação, mostra­se como estratégica e metodologia
adequada, haja vista que mobiliza conjuntos articulados de ações educacionais para o diálogo social,
através da utilização das tecnologias da informação, especialmente as mídias, como mecanismo para
promover o conhecimento de direitos pela população, e ainda como eficaz meio para disseminação de
uma cultura de Direitos Humanos.
14 Procedimentos de ensino­aprendizagem 
O componente curricular de Direitos Humanos adotará a metodologia de aprendizagem baseada em
projetos orientados por problemas/demandas reais, alternando­se com momentos de aprofundamento
teórico e prática em diferentes cenários. A proposta de atividade de extensão dos componentes
curriculares relativos aos Direitos Humanos consiste em elaborar e implementar um projeto de
educomunicação usando um dos três tipos de linguagem do audiovisual (verbal, sonora e/ou visual)
que proporcione educação em Direitos Humanos. São admitidas quaisquer alternativas metodológicas
que envolvam ferramentas do audiovisual, criando produtos como: desenvolvimento de podcasts;
curtas­metragens; minidocumentários; imagens fotográficas. Os materiais produzidos podem ser
publicizados em redes sociais ou sites e podem ser considerados como produção técnica tanto dos
estudantes quanto do docente, possibilitando ainda a apresentação em concursos acadêmicos como,
por exemplo, o Circuito Tela Verde do Governo Federal. Sugere­se utilizar as ferramentas disponíveis
na plataforma Google Workspace for Educacion (https://edu.google.com/intl/ALL_br/workspace­for­
education/editions/overview/) para elaboração dos produtos de audiovisual pelos estudantes e
interação com o docente.
Sugere­se trabalhar nos projetos com eixo temático do componente curricular com alto potencial
extensionista, tais como: igualdade racial; diálogo interreligioso; multiculturalidade; sustentabilidade
ambiental; equidade de gênero; etnocentrismo; redução das desigualdades; grupos vulneráveis (idosos;
crianças; pessoas com deficiência); dentre outros com aderência temática.
O desenvolvimento do projeto deve seguir as seguintes etapas:
a) Apresentação da proposta de trabalho aos alunos e organização dos grupos; 
b) Discussão dos referenciais selecionados (fundamentação inicial, curadoria prévia de materiais)
compartilhados com os alunos;
c) Pesquisa Exploratória: caracterização do público participante no projeto e realização de
levantamento in loco das suas principais demandas/necessidades (aderentes a Direitos Humanos). Vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, itens 1 a 4;
d) Priorização de demandas com os públicos interessados (vide Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e
Teorização, itens 1 a 4);
e) Pesquisa Aprofundada: a partir das demandas apreendidas e priorizadas, construir referencial
teórico de Direitos Humanos que subsidie a proposição de ações/elaboração de plano de trabalho (vide
Roteiro de Extensão I ? Diagnóstico e Teorização, item 5);
f) Elaboração de Plano de Trabalho (indicando as ações, objetivos/metas, atores, papéis e atribuições,
processos/indicadores de avaliação ? inclusive como serão avaliados/demonstrados os resultados
alcançados (vide Roteiro de Extensão II ? Planejamento para Desenvolvimento do Projeto);
g) Desenvolvimento das ações de Educomunicação planejadas (podcasts ou minidocumentários ou
curtas­metragens ou exposição fotográfica, dentre outros)
h) Apresentação/exibição dos produtos desenvolvidos perante a comunidade impactada;
i) Elaboração dos Relatórios Coletivo e Individual (relato de experiência) ? vide Roteiro de Extensão
III ? Encerramento ? itens 1 e 2. Obs: o Relatório coletivo deve apresentar a avaliação pelos públicos
envolvidos acerca dos resultados alcançados com as ações desenvolvidas. 
j) Seminário de socialização de experiências e aprendizados com o trabalho realizado, apresentando os
objetivos, metas e resultados encontrados com as ações e processos utilizados, devidamente
evidenciados em relação ao público participante.
15 Temas de aprendizagem
1.   FUNDAMENTAÇÃO HISTÓRICA DOS DIREITOS HUMANOS
1.1 EVOLUÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
1.2 ARGUMENTOS TEÓRICOS E CRÍTICAS
1.3 DIVERSIDADE DAS CULTURAS
1.4 ESTRUTURA DOS DIREITOS HUMANOS
2.   TEORIA DOS DIREITOS HUMANOS
2.1 TEORIAS E CLASSIFICAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS
2.2 A CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS A PARTIR DA TERIA DO STATUS
2.3 CARACTERÍSTICAS DOS DIREITOS HUMANOS
3.   SISTEMAS INTERNACIONAIS DE DIREITOS HUMANOS
3.1 PAPEL DA ONU
3.2 SISTEMAS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
3.3 TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL E PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
4.   A JUSTIÇA NO BRASIL E OS GRUPOS VULNERÁVEIS (ATIVIDADE PRÁTICA
SUPERVISIONADA)
4.1 GRUPO VULNERÁVEL E PROTEÇÃO AOS POVOS INDÍGENAS
4.2 DISCUSSÕES DE GÊNERO
4.3 PROTEÇÃO AO IDOSO
16 Procedimentos de avaliação
O processo de avaliação se dá através de NOTA FINAL ÚNICA (NF), estabelecida ao fim do
semestre. Os procedimentos de avaliação contemplarão as competências desenvolvidas durante o
componente curricular, bem os resultados dos projetos extensionistas. As avaliações poderão ser
realizadas por meio de diversas atividades, definidas de acordo com o perfil do componente de
extensão trabalhado no âmbito da disciplina. A soma de todas as atividades que possam vir a compor o
grau final da NF não poderá ultrapassar o máximo de 10 (dez) pontos. A avaliação do componente
curricular DIREITOS HUMANOS será composta da soma das notas das seguintes etapas
1. Pesquisa exploratória e referencial teórico – entrega física com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos) (vide roteiro – I­
Diagnóstico e Teorização).
2. Plano de trabalho – entrega física com data a ser determinada pelo professor e já informada no
início do semestre – 1,0 (atribuir até um ponto) (Vide Roteiro II ­ Planejamento para o
Desenvolvimento do Projeto).
3. Entrega coletiva e individual: relatório final (3,0) (atribuir até três pontos) e relato de experiência
(2,0) (atribuir até dois pontos). Essa etapa soma cinco pontos (Roteiro de Extensão – III Encerramento
do Projeto).
4. Seminário com apresentação do grupo e PPT com os resultados – com data a ser determinada pelo
professor e já informada no início do semestre – 2,0 (atribuir até dois pontos).
Observação: A cada etapa de entrega dos estudantes, o docente deverá avaliar a pertinência temática
da proposta apresentada pelo grupo frente aos temas de aprendizagem do componente curricular; a
articulação do conhecimento técnico e aplicação prática; a relevância e impacto social da atividade
proposta. Ademais, o docente deverá avaliar a capacidade de autonomia de aprendizado do grupo;
engajamento dos seus integrantes e espírito de equipe; a habilidade de encontrar soluções criativas
para problemas.
Para aprovação na disciplina, o aluno deverá: 
• atingir resultado igual ou superior a 6,0 (seis) na NOTA FINAL ÚNICA (NF);
• frequentar, no mínimo, 75% das aulas ministradas.
17 Bibliografia básica
PIOVESAN, Flávia. Direitos Humanos e o Direito Constitucional Internacional. 17 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2018.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553600274/cfi/4!/4/4@0.00:0.00
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 7 ed. São Paulo: Saraiva, 2020.
Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788553616633/cfi/3!/4/4@0.00:16.3
SILVA, Fernanda Duarte Lopes Lucas da; FILHO, Rafael

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