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Sumário
Capítulo 1 — Terra: planeta água? 
A origem e a estrutura da Terra
Camada mais superficial
Camada intermediária
Camada mais interna
Riquezas do subsolo
Os minerais da crosta terrestre
Classificação das rochas segundo sua origem
Ciclo das rochas
Ciência prática
Capítulo 2 — Camada de água: disponibilidade 
de vida
A composição da água
A água potável
Propriedades da água
A água é considerada um solvente universal
Estados físicos da água
Mudando o estado físico
Ciclo da água
Ciência prática
Capítulo 3 — Conhecendo a atmosfera
As camadas da atmosfera
Ciência prática
Capítulo 4 — A complexidade estrutural do ser 
humano
A célula – viagem ao mundo invisível
Evolução da microscopia
Microscópio óptico
Microscópio eletrônico
Ciência prática
Capítulo 5 — Célula: unidade fundamental da 
vida – Parte I
Constituição das células
Membrana plasmática
Processo de troca entre a célula e o meio externo
Difusão
Osmose
Bomba de sódio (Na) e potássio (K)
Transporte de grandes moléculas
Ciência prática
Capítulo 6 — Célula: unidade fundamental da 
vida – Parte II
Citoplasma
Organoides citoplasmáticos
Núcleo
Estrutura do núcleo
Ciência prática
Capítulo 7 — Tecidos: o segredo do equilíbrio 
está no trabalho de uma grande equipe
O que é um tecido?
Tecidos epiteliais
Epitélio de revestimento
Epitélio glandular (de secreção)
Tecidos conjuntivos
Tecido conjuntivo propriamente dito
Tecido adiposo
Tecido ósseo
Tecido cartilaginoso
Tecido sanguíneo
O que é coagulação sanguínea?
Elementos figurados do sangue
Tecido muscular
Tecido nervoso
Ciência prática
Capítulo 8 — Sistema digestório: transformar 
para aproveitar
O que acontece com o que comemos?
Explorando o sistema digestório
Etapas da digestão
Sistema digestório: saúde e problemas
Ciência prática
Capítulo 9 — Sistema respiratório: a chave do 
equilíbrio
Explorando o sistema respiratório
Os pulmões e os movimentos respiratórios
Alvéolos pulmonares
Sistema respiratório: saúde e doenças
Ciência prática
06
06
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Capítulo 10 — Sitema cardiovascular: a vida 
em movimento
Distribuição dos nutrientes
Explorando o sistema cardiovascular
Os componentes do sangue
Vasos sanguíneos
O coração
O que é pressão arterial?
A circulação sanguínea
Os grupos sanguíneos
Sistema linfático
Sistema cardiovascular: saúde e doenças
Ciência prática
Capítulo 11 — Sistema excretor: a essência do 
equilíbrio
Funções do sistema excretor
O que acontece com o álcool ingerido?
As excretas
O sistema urinário
Filtração renal
A formação da urina
Examinando a urina: algumas pistas de que algo 
não vai bem
Ciência prática
Capítulo 12 — Sistema locomotor: garantia de 
movimento
Sistema muscular
Músculo estriado esquelético
Músculo estriado cardíaco
Músculo não estriado, liso ou visceral
A contração muscular e a fadiga
Sistema esquelético
Articulações
Esqueleto axial
A medula óssea: uma fábrica no interior dos ossos
Esqueleto apendicular
Sistema locomotor: saúde e lesões
Ciência prática
Capítulo 13 — Sistema sensorial: a conexão 
com o mundo
Os sentidos
Visão
Problemas oculares
Problemas de refração
Lentes corretivas
Olfato
Audição
Problemas na orelha
Gustação, ou paladar
Tato
Ciência prática
Capítulo 14 — Sistema nervoso: integrando 
para acontecer
Explorando o sistema nervoso
Os neurônios
Sistema nervoso central (SNC)
Sistema nervoso periférico (SNP)
Ato reflexo
Sistema nervoso periférico autônomo (SNPA)
Sistema nervoso: saúde e doença
O sistema nervoso e as drogas
Ciência prática
Capítulo 15 – Sitema Glandular: secreção no 
alvo
As glândulas
Glândulas exócrinas
Glândulas endócrinas
Glândulas mistas, ou anfícrinas
Sistema endócrino: saúde e doença
Ciência prática
Capítulo 16 — Átomo: eternamente em 
movimento
Substâncias químicas
Misturas
Separação de misturas
Ciência prática
Capítulo 17 — Transformações da matéria: 
ação versus reação
Transformações químicas
Transformações físicas
Equações químicas
Ciência prática
101
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Sumário
Capítulo 1 — Terra: planeta água? 
A origem e a estrutura da Terra
Camada mais superficial
Camada intermediária
Camada mais interna
Riquezas do subsolo
Os minerais da crosta terrestre
Classificação das rochas segundo sua origem
Ciclo das rochas
Ciência prática
Capítulo 2 — Camada de água: disponibilidade 
de vida
A composição da água
A água potável
Propriedades da água
A água é considerada um solvente universal
Estados físicos da água
Mudando o estado físico
Ciclo da água
Ciência prática
Capítulo 3 — Conhecendo a atmosfera
As camadas da atmosfera
Ciência prática
Capítulo 4 — A complexidade estrutural do ser 
humano
A célula – viagem ao mundo invisível
Evolução da microscopia
Microscópio óptico
Microscópio eletrônico
Ciência prática
Capítulo 5 — Célula: unidade fundamental da 
vida – Parte I
Constituição das células
Membrana plasmática
Processo de troca entre a célula e o meio externo
Difusão
Osmose
Bomba de sódio (Na) e potássio (K)
Transporte de grandes moléculas
Ciência prática
Capítulo 6 — Célula: unidade fundamental da 
vida – Parte II
Citoplasma
Organoides citoplasmáticos
Núcleo
Estrutura do núcleo
Ciência prática
Capítulo 7 — Tecidos: o segredo do equilíbrio 
está no trabalho de uma grande equipe
O que é um tecido?
Tecidos epiteliais
Epitélio de revestimento
Epitélio glandular (de secreção)
Tecidos conjuntivos
Tecido conjuntivo propriamente dito
Tecido adiposo
Tecido ósseo
Tecido cartilaginoso
Tecido sanguíneo
O que é coagulação sanguínea?
Elementos figurados do sangue
Tecido muscular
Tecido nervoso
Ciência prática
Capítulo 8 — Sistema digestório: transformar 
para aproveitar
O que acontece com o que comemos?
Explorando o sistema digestório
Etapas da digestão
Sistema digestório: saúde e problemas
Ciência prática
Capítulo 9 — Sistema respiratório: a chave do 
equilíbrio
Explorando o sistema respiratório
Os pulmões e os movimentos respiratórios
Alvéolos pulmonares
Sistema respiratório: saúde e doenças
Ciência prática
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Capítulo 10 — Sitema cardiovascular: a vida 
em movimento
Distribuição dos nutrientes
Explorando o sistema cardiovascular
Os componentes do sangue
Vasos sanguíneos
O coração
O que é pressão arterial?
A circulação sanguínea
Os grupos sanguíneos
Sistema linfático
Sistema cardiovascular: saúde e doenças
Ciência prática
Capítulo 11 — Sistema excretor: a essência do 
equilíbrio
Funções do sistema excretor
O que acontece com o álcool ingerido?
As excretas
O sistema urinário
Filtração renal
A formação da urina
Examinando a urina: algumas pistas de que algo 
não vai bem
Ciência prática
Capítulo 12 — Sistema locomotor: garantia de 
movimento
Sistema muscular
Músculo estriado esquelético
Músculo estriado cardíaco
Músculo não estriado, liso ou visceral
A contração muscular e a fadiga
Sistema esquelético
Articulações
Esqueleto axial
A medula óssea: uma fábrica no interior dos ossos
Esqueleto apendicular
Sistema locomotor: saúde e lesões
Ciência prática
Capítulo 13 — Sistema sensorial: a conexão 
com o mundo
Os sentidos
Visão
Problemas oculares
Problemas de refração
Lentes corretivas
Olfato
Audição
Problemas na orelha
Gustação, ou paladar
Tato
Ciência prática
Capítulo 14 — Sistema nervoso:integrando 
para acontecer
Explorando o sistema nervoso
Os neurônios
Sistema nervoso central (SNC)
Sistema nervoso periférico (SNP)
Ato reflexo
Sistema nervoso periférico autônomo (SNPA)
Sistema nervoso: saúde e doença
O sistema nervoso e as drogas
Ciência prática
Capítulo 15 – Sitema Glandular: secreção no 
alvo
As glândulas
Glândulas exócrinas
Glândulas endócrinas
Glândulas mistas, ou anfícrinas
Sistema endócrino: saúde e doença
Ciência prática
Capítulo 16 — Átomo: eternamente em 
movimento
Substâncias químicas
Misturas
Separação de misturas
Ciência prática
Capítulo 17 — Transformações da matéria: 
ação versus reação
Transformações químicas
Transformações físicas
Equações químicas
Ciência prática
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6 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 7
•	Solo: camada mais superficial, que permite a so-
brevivência de plantas, favorecendo, dessa forma, a 
agricultura. 
•	Subsolo: camada abaixo do solo, de onde retira-
mos muitos recursos, como petróleo, carvão e vários 
outros minerais. 
•	Rocha matriz: camada mais interna da crosta ter-
restre, originada do resfriamento do manto, que fica 
logo abaixo.
Solo
Subsolo
Rocha matriz
Camada intermediária 
O manto fica abaixo da crosta terrestre e é a maior 
camada do nosso planeta, apresentando 83% do seu vo-
lume total, com temperatura média de 2.200 °C. Suas ro-
chas se encontram em consistência pastosa, fluidifican-
do à medida que se aprofundam. 
O manto pode apresentar regiões mais quentes 
que outras. Essas regiões recebem o nome de 
hotspots (pontos quentes), assim denominadas pelo 
geógrafo canadense J. Tuzo Wilson (1908–1993). O 
material que constitui essas áreas mais quentes tende 
a subir, atravessando a crosta terrestre. Quando isso 
acontece, registra-se o surgimento de um vulcão, em 
razão de aquela camada superficial que estudamos, 
a crosta, não ser fechada. Ela apresenta algumas 
fendas, por onde o material do interior da Terra pode 
sair. Quando essas aberturas ocorrem e a parte mais 
fluida do manto ( magma) chega à superfície da Terra, 
esse material recebe o nome de lava, configurando, 
então, uma erupção vulcânica. 
O manto pode ser dividido em duas regiões: 
•	Manto superior: localiza-se próximo à crosta ter-
restre, tem cerca de 600 quilômetros de espessura e 
uma temperatura relativamente baixa (100 °C). 
•	Manto inferior: encontra-se abaixo do manto su-
perior, tem cerca de 2.400 quilômetros de espessura 
e possui temperaturas mais altas, que deixam o mag-
ma menos denso. À medida que se desce da crosta 
em direção ao núcleo da Terra, ocorre um aumento 
médio de 1 °C a cada 54 metros percorridos.
A Terra é um grande ímã? 
A Terra se comporta como um enorme ímã. Os 
seus polos magnéticos não coincidem com os polos 
geográficos de seu eixo, e, além disso, suas posições 
não são constantes. A partir disso, a bússola, instru-
mento que utiliza o polo magnético da Terra como re-
ferência, ajuda viajantes a não se perderem em locais 
desconhecidos.
Você sabia?
Agulha magnética
Norte geográfico
Sul geográfico
Sul 
magnético
Norte
magnético
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Ciências – 6o ano 6
1
Capítulo
Terra: planeta água? 
A origem e a estrutura da 
Terra 
Por muito tempo, o ser humano acreditava que o pla-
neta Terra era composto basicamente de rochas. Hoje, 
sabe-se que, na verdade, nosso planeta possui diversas 
camadas e que apenas a mais superficial delas, em que 
nós pisamos, apresenta essa característica. A Terra tem o 
formato próximo ao de uma esfera, porém irregular e é le-
vemente achatada nos polos, a esse formato singular foi 
dado o nome de geiode. Sua estrutura interna é compos-
ta por três camadas que se sobrepõem: a crosta, o man-
to e o núcleo. Essas camadas diferem entre si pela com-
posição e temperatura apresentadas. Mas, uma vez que o 
ser humano nunca foi ao interior do Planeta para coletar 
essas informações (o ponto mais profundo escavado foi 
de 12 km, na Rússia), como podemos saber que existem 
camadas no interior da Terra? É possível estudar o inte-
rior do Planeta de forma indireta, a partir de propagações 
sísmicas ocorridas em camadas mais internas, por meio 
de aparelhos chamados sismógrafos. Esses aparelhos 
conseguem detectar movimentações que vêm do interior 
da Terra. É graças a essa tecnologia que especialistas po-
dem estudar o local de ocorrência, a origem e o risco de 
destruição dos terremotos.
Terremotos, vulcões e tsunamis, embora fisicamen-
te distantes do nosso dia a dia, estão sempre presentes 
nos noticiários. Você já parou para se perguntar por que 
esses fenômenos acontecem? A sua ocorrência está liga-
da justamente à origem e à composição do nosso plane-
ta. Para entender melhor, vamos realizar uma viagem ao 
centro da Terra, conhecendo a composição e as caracte-
rísticas de cada uma das suas camadas. Além disso, va-
mos entender como o Planeta se formou, dando origem 
à estrutura que descrevemos agora. 
Os traços registrados no papel de medição pelo sismógrafo são chamados de 
sismogramas, que mostram a potência de um terremoto.
eb
c
A ciência que estuda a origem e a estrutura do planeta 
Terra é chamada de Geologia (Geo significa terra; e logia, 
estudo). A partir de agora, vamos entender alguns con-
ceitos básicos dessa ciência. 
Camada mais superficial 
A crosta terrestre é a menor camada e a mais superfi-
cial da Terra. Para entender como ela surgiu, precisaremos 
voltar um pouco no tempo.
Nem sempre nosso planeta teve a estrutura que co-
nhecemos. Quando ele se formou, era composto de ma-
terial fluido, chamado magma, e sua temperatura era 
muito alta. Após um processo de resfriamento desse 
material, uma fina camada solidificou-se na superfície, 
dando origem à crosta terrestre. 
Essa camada sofre frequentes alterações, seja pela 
ação de agentes internos, como o vulcanismo e o tecto-
nismo, seja pela ação de agentes externos, como vento 
e chuva. Formada, principalmente, de oxigênio, silício, 
alumínio, magnésio, enxofre e cálcio, apresenta espes-
sura variando de 5 quilômetros, em regiões sob os ocea-
nos, a 70 quilômetros, em regiões continentais.
A crosta terrestre é dividida em três camadas: 
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BNCC
Habilidades trabalhadas no capítulo
(EF06CI11) Identificar as diferentes cama-
das que estruturam o planeta Terra (da es-
trutura interna à atmosfera) e suas princi-
pais características. 
(EF06CI12) Identificar diferentes tipos de 
rocha, relacionando a formação de fósseis 
a rochas sedimentares em diferentes perío-
dos geológicos.
(EF06CI13) Selecionar argumentos e evidên-
cias que demonstrem a esfericidade da Terra. 
(EF06CI14) Inferir que as mudanças na 
sombra de uma vara (gnômon) ao longo do 
dia em diferentes períodos do ano são uma 
evidência dos movimentos relativos en-
tre a Terra e o Sol, que podem ser explica-
dos por meio dos movimentos de rotação e 
translação da Terra e da inclinação de seu 
eixo de rotação em relação ao plano de sua 
órbita em torno do Sol.
Objetivos
didáticos
•	 Origem e composição da Terra. 
•	 As camadas da Terra. 
•	 Formação e movimento das placas tec-
tônicas. 
•	 Minerais encontrados na crosta terrestre. 
•	 Classificação e ciclo das rochas. 
•	 Utilização das rochas no dia a dia.
Objetivos
pedagógicos
•	 Reconhecer as camadas que compõem a 
estrutura do planeta Terra. 
•	 Enunciar a hipótese da deriva continental. 
•	 Conhecer a teoria tectônica das placas. 
•	 Associar vulcões, terremotos, maremo-
tos e tsunamis à estrutura da Terra. 
Leitura
complementar
O enigma da crosta terrestre
Cientistas embarcamnuma viagem ao centro da Terra para estudar buraco no oceano
•	 Distinguir minerais de rochas. 
•	 Relacionar os tipos de rocha e sua respectiva origem. 
•	 Descobrir o que são fósseis e como se formam. 
•	 Compreender os agentes das transformações da superfície terrestre. 
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7Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 7
•	Solo: camada mais superficial, que permite a so-
brevivência de plantas, favorecendo, dessa forma, a 
agricultura. 
•	Subsolo: camada abaixo do solo, de onde retira-
mos muitos recursos, como petróleo, carvão e vários 
outros minerais. 
•	Rocha matriz: camada mais interna da crosta ter-
restre, originada do resfriamento do manto, que fica 
logo abaixo.
Solo
Subsolo
Rocha matriz
Camada intermediária 
O manto fica abaixo da crosta terrestre e é a maior 
camada do nosso planeta, apresentando 83% do seu vo-
lume total, com temperatura média de 2.200 °C. Suas ro-
chas se encontram em consistência pastosa, fluidifican-
do à medida que se aprofundam. 
O manto pode apresentar regiões mais quentes 
que outras. Essas regiões recebem o nome de 
hotspots (pontos quentes), assim denominadas pelo 
geógrafo canadense J. Tuzo Wilson (1908–1993). O 
material que constitui essas áreas mais quentes tende 
a subir, atravessando a crosta terrestre. Quando isso 
acontece, registra-se o surgimento de um vulcão, em 
razão de aquela camada superficial que estudamos, 
a crosta, não ser fechada. Ela apresenta algumas 
fendas, por onde o material do interior da Terra pode 
sair. Quando essas aberturas ocorrem e a parte mais 
fluida do manto ( magma) chega à superfície da Terra, 
esse material recebe o nome de lava, configurando, 
então, uma erupção vulcânica. 
O manto pode ser dividido em duas regiões: 
•	Manto superior: localiza-se próximo à crosta ter-
restre, tem cerca de 600 quilômetros de espessura e 
uma temperatura relativamente baixa (100 °C). 
•	Manto inferior: encontra-se abaixo do manto su-
perior, tem cerca de 2.400 quilômetros de espessura 
e possui temperaturas mais altas, que deixam o mag-
ma menos denso. À medida que se desce da crosta 
em direção ao núcleo da Terra, ocorre um aumento 
médio de 1 °C a cada 54 metros percorridos.
A Terra é um grande ímã? 
A Terra se comporta como um enorme ímã. Os 
seus polos magnéticos não coincidem com os polos 
geográficos de seu eixo, e, além disso, suas posições 
não são constantes. A partir disso, a bússola, instru-
mento que utiliza o polo magnético da Terra como re-
ferência, ajuda viajantes a não se perderem em locais 
desconhecidos.
Você sabia?
Agulha magnética
Norte geográfico
Sul geográfico
Sul 
magnético
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Ciências – 6o ano 6
1
Capítulo
Terra: planeta água? 
A origem e a estrutura da 
Terra 
Por muito tempo, o ser humano acreditava que o pla-
neta Terra era composto basicamente de rochas. Hoje, 
sabe-se que, na verdade, nosso planeta possui diversas 
camadas e que apenas a mais superficial delas, em que 
nós pisamos, apresenta essa característica. A Terra tem o 
formato próximo ao de uma esfera, porém irregular e é le-
vemente achatada nos polos, a esse formato singular foi 
dado o nome de geiode. Sua estrutura interna é compos-
ta por três camadas que se sobrepõem: a crosta, o man-
to e o núcleo. Essas camadas diferem entre si pela com-
posição e temperatura apresentadas. Mas, uma vez que o 
ser humano nunca foi ao interior do Planeta para coletar 
essas informações (o ponto mais profundo escavado foi 
de 12 km, na Rússia), como podemos saber que existem 
camadas no interior da Terra? É possível estudar o inte-
rior do Planeta de forma indireta, a partir de propagações 
sísmicas ocorridas em camadas mais internas, por meio 
de aparelhos chamados sismógrafos. Esses aparelhos 
conseguem detectar movimentações que vêm do interior 
da Terra. É graças a essa tecnologia que especialistas po-
dem estudar o local de ocorrência, a origem e o risco de 
destruição dos terremotos.
Terremotos, vulcões e tsunamis, embora fisicamen-
te distantes do nosso dia a dia, estão sempre presentes 
nos noticiários. Você já parou para se perguntar por que 
esses fenômenos acontecem? A sua ocorrência está liga-
da justamente à origem e à composição do nosso plane-
ta. Para entender melhor, vamos realizar uma viagem ao 
centro da Terra, conhecendo a composição e as caracte-
rísticas de cada uma das suas camadas. Além disso, va-
mos entender como o Planeta se formou, dando origem 
à estrutura que descrevemos agora. 
Os traços registrados no papel de medição pelo sismógrafo são chamados de 
sismogramas, que mostram a potência de um terremoto.
eb
c
A ciência que estuda a origem e a estrutura do planeta 
Terra é chamada de Geologia (Geo significa terra; e logia, 
estudo). A partir de agora, vamos entender alguns con-
ceitos básicos dessa ciência. 
Camada mais superficial 
A crosta terrestre é a menor camada e a mais superfi-
cial da Terra. Para entender como ela surgiu, precisaremos 
voltar um pouco no tempo.
Nem sempre nosso planeta teve a estrutura que co-
nhecemos. Quando ele se formou, era composto de ma-
terial fluido, chamado magma, e sua temperatura era 
muito alta. Após um processo de resfriamento desse 
material, uma fina camada solidificou-se na superfície, 
dando origem à crosta terrestre. 
Essa camada sofre frequentes alterações, seja pela 
ação de agentes internos, como o vulcanismo e o tecto-
nismo, seja pela ação de agentes externos, como vento 
e chuva. Formada, principalmente, de oxigênio, silício, 
alumínio, magnésio, enxofre e cálcio, apresenta espes-
sura variando de 5 quilômetros, em regiões sob os ocea-
nos, a 70 quilômetros, em regiões continentais.
A crosta terrestre é dividida em três camadas: 
FC_Ciências_BNCC_6A_01.indd 6 24/02/2020 09:11:33
Como surgiu a Terra, o início de tudo 
Diretor: Mike Ibeji 
https://youtu.be/F8CGcoEcnRM
Sugestão de
vídeo
Uma “ferida na Terra” está intrigando 
cientistas. A crosta terrestre tem uma es-
pessura de cerca de 72 km embaixo dos 
continentes. Sob os oceanos, ela tem me-
nos de 8 km. Porém, há um buraco de 3 km 
de profundidade em uma área do Atlântico 
que não possui crosta nenhuma, deixando 
o manto terrestre completamente exposto. 
O manto é a camada mais espessa da Ter-
ra, formada por ferro e outros metais. Para 
investigar a falha, um grupo de cientistas 
britânicos embarcou até o local no início 
de março. Até o fechamento desta edição, 
eles ainda estavam na dorsal mesoatlân-
tica — uma cordilheira submarina entre os 
continentes americano e africano.
De acordo com Roger Searle, pesqui-
sador da Universidade de Durham, exis-
tem três hipóteses que explicam a fenda. 
Quando as placas tectônicas se afastam, 
o magma, que é o manto liquefeito e pro-
duto das erupções vulcânicas, se eleva. 
Quando esfria, se solidifica e forma a cros-
ta. Uma das explicações para o buraco é 
que, em um desses deslizamentos, o mag-
ma não foi formado. Outra possibilidade é 
que o manto derreteu, mas não alcançou 
a superfície — hipótese mais forte entre os 
cientistas. Por fim, a crosta pode ter sido 
formada, mas removida posteriormente. 
Os cientistas esperam encontrar pistas nas 
rochas dos arredores da fenda, de onde se-
rão retiradas amostras. “Esperamos achar 
algumas respostas. Se encontrarmos uma 
mistura de rochas vulcânicas com não vul-
cânicas, por exemplo, excluímos a primeira 
hipótese”, disse Searle a Galileu, direto do 
navio RRS James Cook.
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Galileu/
0,,EDG76808-7943-189,00-O+ENIGMA+DA+CROSTA+TERRESTRE.html.
Acesso em: 11/05/2018. Adaptado.
Anotações
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8 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 9
3| Descreva a camada intermediária da Terra segundo a classificação dos geólogos.
2| Descubra os erros do texto abaixo e reescreva-o corretamente: 
“No início, os continentes estavam unidos num grande bloco de massa de terras emersas chamadorocha magmá-
tica. Entretanto, o movimento dos continentes, conhecido como pangeia, moldou a estrutura daquilo que existe hoje.”
Exercite sua memória
No início, os continentes estavam unidos num grande bloco de massa de terras emersas chamado Pangeia. Entretanto, 
o movimento dos continentes, conhecido como deriva continental, moldou a estrutura daquilo que existe hoje.
A camada intermediária é também chamada de manto e é dividida em duas regiões: manto superior e manto inferior.
1| Analise o mapa acima, no qual estão representadas as posições dos continentes atuais em relação às placas tectô-
nicas, e elabore uma justificativa para a ausência de vulcões ativos e a baixa ocorrência de terremotos em nosso país.
Sugestão de resposta: O fato de o Brasil estar localizado, aproximadamente, no centro da Placa Sul-Americana, distante do 
limite com outras placas, faz com que ele esteja menos vulnerável a instabilidades. 
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Ciências – 6o ano 8
As camadas da Terra
Camada mais interna 
Abaixo do manto, temos a camada mais interna da 
Terra, o núcleo. Ela é caracterizada por sua densidade 
elevada e é rica em ferro e níquel. Pode ser dividida em: 
•	Núcleo externo: encontra-se em estado líquido, a 
uma temperatura de 3.000 °C, e é formado, principal-
mente, de ferro. 
•	Núcleo interno: encontra-se em estado sólido, ape-
sar de alcançar temperaturas em torno dos 5.000 °C, já 
que seus cristais de ferro e níquel estão submetidos 
a alta pressão.
1
3
4
5
1 – Crosta terrestre: 0 a 40 km (em média)
2 – Manto superior: 40 a 600 km
3 – Manto inferior: 600 a 2.890 km
4 – Núcleo externo: 2.890 a 5.150 km
5 – Núcleo interno: 5.150 a 6.370 km
2
Como vimos, além do resfriamento que deu origem à 
crosta terrestre, nem sempre a superfície da Terra teve a 
configuração atual. Você já parou para observar um glo-
bo terrestre? Já percebeu como os continentes parecem 
se encaixar? Além desse “encaixe”, existem outros indí-
cios de que, num passado remoto, os continentes per-
tenceram a um único bloco, batizado de Pangeia, que 
significa toda a Terra. Esse bloco teria se desagregado, 
num movimento conhecido como deriva continental. 
Para entendermos isso, é preciso conhecer melhor a su-
perfície do nosso planeta.
Litosfera é o nome que se dá ao conjunto forma-
do pela crosta terrestre e a camada superior do manto, 
que, como vimos, é mais sólida. Essa camada não é re-
gular: ela pode ser mais ou menos espessa em regiões 
diferentes. Além disso, ela é composta de placas, cha-
madas placas tectônicas, que se encaixam como um 
quebra-cabeça. Essas placas estão em constante movi-
mento, e, graças a esse movimento, o Planeta adquiriu 
a vastidão de formas de relevo que conhecemos hoje: 
montanhas, cordilheiras, planícies, etc. 
Agora ficou mais fácil entender por que vulcões e ter-
remotos acontecem. Ambos estão ligados ao movimento 
dessas placas. O vulcão, como já vimos, deriva das fendas 
que existem na crosta e que permitem a passagem do ma-
terial fluido e muito quente do interior da Terra. Já os terre-
motos são resultado da energia gerada pelo contato entre 
as placas litosféricas, causando deformação em rochas da 
crosta e bastante destruição. Como essa energia se pro-
paga em ondas, pode ser sentida a grandes distâncias. 
É por essa razão que localidades situadas às bordas das 
placas sofrem mais com terremotos, como o Japão, que 
se situa no encontro de três dessas placas.
Na era Mesozoica da Terra, a Pangeia se dividiu em 
duas massas continentais denominadas de Gondwana 
(que correspondia às atuais América do Sul, África, 
Austrália e Índia) e Laurásia (onde estavam a Améri-
ca do Norte, a Europa, a Ásia e o Ártico). Ao longo do 
tempo, novas divisões ocorreram no Planeta até que 
ele chagasse à configuração atual.
Você sabia?
Pangeia
Aproximadamente 250 milhões de anos atrás
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Sugestão de
atividade
As camadas da Terra em escala 
reduzida 
1ª Etapa 
1. Para introduzir o tema, leve para a 
sala de aula imagens do nosso planeta vis-
to do espaço. 
2. Após algumas considerações sabre a 
forma e a estrutura da Terra, leve os alunos 
ao laboratório de informática, se a escola 
possuir esse recurso, para complementar a 
discussão com um vídeo de sua preferên-
cia que retrate como surgiu nosso planeta. 
Em seguida, discuta os diversos aspectos 
abordados no vídeo e peça para que ano-
tem as conclusões no caderno. 
3. Prepare os alunos para a atividade 
prática de representação das camadas da 
Terra em escala reduzida, esclarecendo 
que será adotada uma proporção matemá-
tica, em que, para cada 1 cm assinalado, 
serão, na realidade, contabilizados 64 km. 
2º Etapa 
1. Explique para os alunos a esca-
la de redução a ser adotada, que viabili-
zara a montagem do experimento e a vi-
sualização total das partes que formam 
a estrutura da Terra. Considerando o 
diâmetro da Terra em aproximadamen-
te 12.800 km, será adotada a proporção 
de 1:6.400.000, isto é, 1 cm equivalen-
te a 6.400.000 (seis milhões e quatrocen-
tos mil centímetros), em que, na prática, 
cada 1 cm valerá 64 km. 
2. Após esclarecimentos sobre a escala 
adotada, mostre um esquema da estrutura 
da Terra, que será reduzido ao espaço de 2 
m de diâmetro, na escala proposta. 
Para conhecer mais sobre a estrutu-
ra da Terra, acesse o Portal do Professor: 
http://portaldoprofessor.mec.gov.br/ficha-
TecnicaAula.html?aula=27935. 
Caracterize cada camada mostrada no 
esquema, destacando seus principais ele-
mentos constituintes: 
•	 Crosta: camada mais externa, com es-
pessura média de 40 km, composta 
principalmente de silicatos de alumí-
nio, sendo também chamada de SiAl.
•	 Manto: camada intermediária, com 
cerca de 2.900 km de espessura, onde 
predominam elementos como o ferro e 
a magnésia, em temperaturas de 100° a 
3.500°. 
•	 Núcleo: camada interna do Planeta, 
com cerca de 3.500 km de espessura, 
constituída principalmente por níquel 
e ferro, sendo também conhecida como 
NiFe, em que a temperatura supera os 
4.000 °C.
3. Divida a turma em grupos de cinco 
alunos e solicite que providenciem os ma-
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9Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 9
3| Descreva a camada intermediária da Terra segundo a classificação dos geólogos.
2| Descubra os erros do texto abaixo e reescreva-o corretamente: 
“No início, os continentes estavam unidos num grande bloco de massa de terras emersas chamado rocha magmá-
tica. Entretanto, o movimento dos continentes, conhecido como pangeia, moldou a estrutura daquilo que existe hoje.”
Exercite sua memória
No início, os continentes estavam unidos num grande bloco de massa de terras emersas chamado Pangeia. Entretanto, 
o movimento dos continentes, conhecido como deriva continental, moldou a estrutura daquilo que existe hoje.
A camada intermediária é também chamada de manto e é dividida em duas regiões: manto superior e manto inferior.
1| Analise o mapa acima, no qual estão representadas as posições dos continentes atuais em relação às placas tectô-
nicas, e elabore uma justificativa para a ausência de vulcões ativos e a baixa ocorrência de terremotos em nosso país.
Sugestão de resposta: O fato de o Brasil estar localizado, aproximadamente, no centro da Placa Sul-Americana, distante do 
limite com outras placas, faz com que ele esteja menos vulnerável a instabilidades. 
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Ciências – 6o ano 8
As camadas da Terra
Camada mais interna 
Abaixo do manto, temos a camada mais interna da 
Terra, o núcleo. Ela é caracterizada por sua densidade 
elevada e é rica em ferro e níquel. Pode ser dividida em: 
•	Núcleo externo: encontra-se em estado líquido, a 
uma temperatura de 3.000 °C, e é formado, principal-
mente, de ferro. 
•	Núcleo interno: encontra-se em estado sólido, ape-
sar de alcançar temperaturas em torno dos 5.000 °C, já 
que seus cristais de ferro e níquel estão submetidosa alta pressão.
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1 – Crosta terrestre: 0 a 40 km (em média)
2 – Manto superior: 40 a 600 km
3 – Manto inferior: 600 a 2.890 km
4 – Núcleo externo: 2.890 a 5.150 km
5 – Núcleo interno: 5.150 a 6.370 km
2
Como vimos, além do resfriamento que deu origem à 
crosta terrestre, nem sempre a superfície da Terra teve a 
configuração atual. Você já parou para observar um glo-
bo terrestre? Já percebeu como os continentes parecem 
se encaixar? Além desse “encaixe”, existem outros indí-
cios de que, num passado remoto, os continentes per-
tenceram a um único bloco, batizado de Pangeia, que 
significa toda a Terra. Esse bloco teria se desagregado, 
num movimento conhecido como deriva continental. 
Para entendermos isso, é preciso conhecer melhor a su-
perfície do nosso planeta.
Litosfera é o nome que se dá ao conjunto forma-
do pela crosta terrestre e a camada superior do manto, 
que, como vimos, é mais sólida. Essa camada não é re-
gular: ela pode ser mais ou menos espessa em regiões 
diferentes. Além disso, ela é composta de placas, cha-
madas placas tectônicas, que se encaixam como um 
quebra-cabeça. Essas placas estão em constante movi-
mento, e, graças a esse movimento, o Planeta adquiriu 
a vastidão de formas de relevo que conhecemos hoje: 
montanhas, cordilheiras, planícies, etc. 
Agora ficou mais fácil entender por que vulcões e ter-
remotos acontecem. Ambos estão ligados ao movimento 
dessas placas. O vulcão, como já vimos, deriva das fendas 
que existem na crosta e que permitem a passagem do ma-
terial fluido e muito quente do interior da Terra. Já os terre-
motos são resultado da energia gerada pelo contato entre 
as placas litosféricas, causando deformação em rochas da 
crosta e bastante destruição. Como essa energia se pro-
paga em ondas, pode ser sentida a grandes distâncias. 
É por essa razão que localidades situadas às bordas das 
placas sofrem mais com terremotos, como o Japão, que 
se situa no encontro de três dessas placas.
Na era Mesozoica da Terra, a Pangeia se dividiu em 
duas massas continentais denominadas de Gondwana 
(que correspondia às atuais América do Sul, África, 
Austrália e Índia) e Laurásia (onde estavam a Améri-
ca do Norte, a Europa, a Ásia e o Ártico). Ao longo do 
tempo, novas divisões ocorreram no Planeta até que 
ele chagasse à configuração atual.
Você sabia?
Pangeia
Aproximadamente 250 milhões de anos atrás
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teriais para a aula seguinte: 2,5 m de barbante; fita métrica de 3 m de comprimento; te-
soura ou estilete. 
4. Solicite aos alunos que reproduzam um desenho esquemático da estrutura da Ter-
ra no caderno, identificando e pintando as partes em cores diferentes para facilitar a assi-
milação do conteúdo proposto.
3ª Etapa 
1. Leve os alunos ao pátio da escola para a representação das camadas da Terra. A ati-
vidade deve ser realizada por grupos de cinco alunos. 
2. Confeccionem um compasso caseiro. 
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=36151. Acesso em: 02/10/2019. Adaptado.
Anotações
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10 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 11
Classificação das rochas 
segundo sua origem
As rochas originam-se de processos distintos na cros-
ta terrestre, resultando em propriedades diferentes: com-
posição química, cor, dureza, etc. Por isso, podemos clas-
sificá-las, conforme a sua origem, em magmáticas, ou 
ígneas; metamórficas e sedimentares.
Rochas magmáticas, ou ígneas 
Como vimos, a crosta terrestre formou-se devi-
do ao resfriamento de um material fluido, chamado 
magma, que se solidificou. Esse processo deu origem 
às primeiras rochas da crosta terrestre, as rochas 
magmáticas, a partir das quais derivaram outros ti-
pos de rocha. Nem todas as rochas ígneas originaram-
-se do mesmo processo. Algumas delas resultaram do 
resfriamento do magma no interior da crosta terres-
tre. A estas dá-se o nome de intrusivas ou plutôni-
cas, a exemplo do granito. Por outro lado, estudamos 
que o magma pode ser expelido do interior da crosta 
por meio de fendas na superfície, como nas erupções 
vulcânicas. As rochas resultantes do resfriamento 
desse material, proveniente de erupções vulcânicas 
atuais ou antigas, recebem o nome de extrusivas, a 
exemplo do basalto e da pedra-pomes.
O granito tem, na sua composição, minerais como 
quartzo, mica e feldspato. Apesar de ser uma rocha mui-
to dura, pode ser trabalhada, inclusive é muito utilizada 
em construções. 
O basalto tem, na sua composição, grande número 
de minerais, como a augita, a magnetita e o quartzo. É 
utilizado na fabricação de asfalto.
Porosidade – É a qualidade daquilo que é poro-
so, que tem poros.
Vítreo – É aquilo que tem aparência de vidro.
Glossário
A pedra-pomes, por ser espuma de lava solidificada, 
apresenta grande porosidade. Essa rocha apresenta pro-
priedades abrasivas, ou seja, é capaz de provocar polimen-
to em superfícies por meio da fricção. Por isso, é bastante 
encontrada em produtos odontológicos e, na área estéti-
ca, entra na composição de produtos de função esfoliante.
Amostra de rochas magmáticas. Granito e basalto, respectivamente.
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O quartzo, também conhecido como cristal de ro-
cha, é um mineral duro, normalmente vítreo. Pes-
quise de que maneira a energia nuclear pode mudar 
a cor e o preço dos cristais.
Investigue
Em virtude de seu processo de formação, as rochas 
sedimentares podem abrigar, entre suas camadas, res-
tos ou vestígios de seres que habitaram a Terra no pas-
sado. Esses materiais são denominados fósseis e apre-
sentam inestimável valor para a Ciência.
Você sabia?
Rochas sedimentares 
São rochas compostas de fragmentos de outras ro-
chas e matéria orgânica que, por meio da ação física do 
vento, da chuva, do gelo e da temperatura, foram se se-
dimentando e se organizando em forma de estratos, ou 
camadas. Enquanto as rochas magmáticas resultam de 
processos ocorridos no interior da crosta, as sedimenta-
Pedra-pomes.
FC_Ciências_BNCC_6A_01.indd 11 24/02/2020 09:11:36
Ciências – 6o ano 10
As principais propriedades físicas empregadas na 
identificação dos minerais são: cor, brilho, traço, cliva-
gem, diferenciação entre moléculas, densidade e dureza. 
Você sabia?
Quando caminhamos pelas mais diversas paisagens, po-
demos observar uma variedade de cores e formas no solo 
em que pisamos, nas montanhas, nas pedras que encontra-
mos, etc. Essa diversidade ocorre porque a crosta terrestre é 
composta de inúmeros minerais, que podem ser encontra-
dos isoladamente ou de forma combinada com outros, for-
mando as rochas, que são aglomerados naturais deles. Em 
algumas rochas, podemos ver claramente a diversidade de 
Os minerais da crosta 
terrestre
minerais que as compõem: é o caso do granito. Você já ob-
servou que um piso de granito parece ser “estampado”? Isso 
acontece porque os cristais de minerais que o constituem 
podem ser vistos a olho nu, formando cores e texturas que 
se misturam, oferecendo, com isso, material riquíssimo es-
teticamente, muito utilizado na Arquitetura.
Veja a seguir:
O granito é uma rocha muito utilizada no nosso dia a dia na fabricação de 
pias e mesas, por exemplo. Pode apresentar diferentes colorações; isso se 
deve à presença de diferentes minerais na sua composição.
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Minerais nativos com metais isolados
Platina Prata Cobre Ouro
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Minerais nativos com metais 
combinados
Cassiterita
Minério de estanho
Galena
Minério de chumbo
Pirita
Minério de enxofre
Bauxita
Minério de alumínio
Hematita
Minério de ferro
Manganês
Minério de manganês
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Riquezas do subsolo
Vimos no começo do capítulo que a crosta terrestre é di-
vidida em solo, subsolo e rocha matriz. É no subsolo que po-
demos encontrar, guardado, um patrimônio material de ex-
trema importância para a economia mundial: seus minerais.
A palavra mineral vem do latim mineralis (relativo à 
mina) e abrange compostos químicos naturais, originados 
de processos que ocorreram na crosta terrestre. Cada mine-
ral contém propriedades únicas devido à sua estrutura quí-
mica. Quando um mineral apresenta importância econômi-
ca, é denominado minério. Os principais recursos minerais 
utilizados pelo ser humano podem ser classificados em:
•	Minerais metálicos: são aqueles que, em sua compo-
sição, apresentam elementos metálicos capazes de per-
mitir condução de calor e eletricidade. Exemplos: ferro, 
alumínio e cobre.
•	Minerais não metálicos: são aqueles que, em sua 
composição, não apresentam elementos metálicos. 
Exemplos: diamante, calcário e areia.
•	Recursos energéticos fósseis: são aqueles que, em 
sua composição, apresentam elementos de origem or-
gânica. Exemplos: petróleo, gás natural e carvão.
FC_Ciências_BNCC_6A_01.indd 10 24/02/2020 09:11:36
Camadas da Terra
Para tal atividade, será necessário di-
vidir a sala em grupos e pedir os seguintes 
materiais para cada grupo:
•	 Meia bola de isopor (de tamanho grande).
•	 4 palitos de sorvete.
•	 Um pouco de argila.
•	 Massa de modelar, nas cores marrom ou 
vermelho.
•	 Gel para cabelo. 
•	 Tinta guache.
Peça para que os alunos de cada gru-
po utilizem esses materiais para representar 
uma secção do planeta Terra e suas camadas 
interiores. Para tanto, eles deverão eleger 
quais são os materiais que melhor represen-
tariam cada camada. Os palitos de sorvete 
deverão ser utilizados para identificar as ca-
madas litosfera, crosta, manto e núcleo. Os 
alunos poderão colorir o gel para cabelo se 
acharem melhor, bem como pintar a face ex-
terna da bola de isopor para representar a li-
tosfera. 
Após a realização da atividade, peça 
aos alunos que apresentem seus trabalhos 
em sala.
Disponível em: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTec-
nicaAula.html?aula=17573. Acesso em: 02/10/2019.
Sugestão de
atividade
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 10 05/03/2020 10:38:25
11Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 11
Classificação das rochas 
segundo sua origem
As rochas originam-se de processos distintos na cros-
ta terrestre, resultando em propriedades diferentes: com-
posição química, cor, dureza, etc. Por isso, podemos clas-
sificá-las, conforme a sua origem, em magmáticas, ou 
ígneas; metamórficas e sedimentares.
Rochas magmáticas, ou ígneas 
Como vimos, a crosta terrestre formou-se devi-
do ao resfriamento de um material fluido, chamado 
magma, que se solidificou. Esse processo deu origem 
às primeiras rochas da crosta terrestre, as rochas 
magmáticas, a partir das quais derivaram outros ti-
pos de rocha. Nem todas as rochas ígneas originaram-
-se do mesmo processo. Algumas delas resultaram do 
resfriamento do magma no interior da crosta terres-
tre. A estas dá-se o nome de intrusivas ou plutôni-
cas, a exemplo do granito. Por outro lado, estudamos 
que o magma pode ser expelido do interior da crosta 
por meio de fendas na superfície, como nas erupções 
vulcânicas. As rochas resultantes do resfriamento 
desse material, proveniente de erupções vulcânicas 
atuais ou antigas, recebem o nome de extrusivas, a 
exemplo do basalto e da pedra-pomes.
O granito tem, na sua composição, minerais como 
quartzo, mica e feldspato. Apesar de ser uma rocha mui-
to dura, pode ser trabalhada, inclusive é muito utilizada 
em construções. 
O basalto tem, na sua composição, grande número 
de minerais, como a augita, a magnetita e o quartzo. É 
utilizado na fabricação de asfalto.
Porosidade – É a qualidade daquilo que é poro-
so, que tem poros.
Vítreo – É aquilo que tem aparência de vidro.
Glossário
A pedra-pomes, por ser espuma de lava solidificada, 
apresenta grande porosidade. Essa rocha apresenta pro-
priedades abrasivas, ou seja, é capaz de provocar polimen-
to em superfícies por meio da fricção. Por isso, é bastante 
encontrada em produtos odontológicos e, na área estéti-
ca, entra na composição de produtos de função esfoliante.
Amostra de rochas magmáticas. Granito e basalto, respectivamente.
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O quartzo, também conhecido como cristal de ro-
cha, é um mineral duro, normalmente vítreo. Pes-
quise de que maneira a energia nuclear pode mudar 
a cor e o preço dos cristais.
Investigue
Em virtude de seu processo de formação, as rochas 
sedimentares podem abrigar, entre suas camadas, res-
tos ou vestígios de seres que habitaram a Terra no pas-
sado. Esses materiais são denominados fósseis e apre-
sentam inestimável valor para a Ciência.
Você sabia?
Rochas sedimentares 
São rochas compostas de fragmentos de outras ro-
chas e matéria orgânica que, por meio da ação física do 
vento, da chuva, do gelo e da temperatura, foram se se-
dimentando e se organizando em forma de estratos, ou 
camadas. Enquanto as rochas magmáticas resultam de 
processos ocorridos no interior da crosta, as sedimenta-
Pedra-pomes.
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Ciências – 6o ano 10
As principais propriedades físicas empregadas na 
identificação dos minerais são: cor, brilho, traço, cliva-
gem, diferenciação entre moléculas, densidade e dureza. 
Você sabia?
Quando caminhamos pelas mais diversas paisagens, po-
demos observar uma variedade de cores e formas no solo 
em que pisamos, nas montanhas, nas pedras que encontra-
mos, etc. Essa diversidade ocorre porque a crosta terrestre é 
composta de inúmeros minerais, que podem ser encontra-
dos isoladamente ou de forma combinada com outros, for-
mando as rochas, que são aglomerados naturais deles. Em 
algumas rochas, podemos ver claramente a diversidade de 
Os minerais da crosta 
terrestre
minerais que as compõem: é o caso do granito. Você já ob-
servou que um piso de granito parece ser “estampado”? Isso 
acontece porque os cristais de minerais que o constituem 
podem ser vistos a olho nu, formando cores e texturas que 
se misturam, oferecendo, com isso, material riquíssimo es-
teticamente, muito utilizado na Arquitetura.
Veja a seguir:
O granito é uma rocha muito utilizada no nosso dia a dia na fabricação de 
pias e mesas, por exemplo. Pode apresentar diferentes colorações; isso se 
deve à presença de diferentes minerais na sua composição.
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Minerais nativos com metais isolados
Platina Prata Cobre Ouro
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Minerais nativos com metais 
combinados
Cassiterita
Minério de estanho
Galena
Minério de chumbo
Pirita
Minério de enxofre
Bauxita
Minério de alumínio
Hematita
Minério de ferro
Manganês
Minério de manganês
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Riquezas do subsolo
Vimos no começo do capítulo que a crosta terrestre é di-
vidida em solo, subsolo e rocha matriz. É no subsolo que po-
demos encontrar, guardado, um patrimônio material de ex-
trema importância para a economia mundial: seus minerais.
A palavra mineral vem do latim mineralis (relativo à 
mina) e abrange compostos químicos naturais, originados 
de processos que ocorreram na crosta terrestre. Cada mine-
ral contém propriedades únicas devido à sua estrutura quí-
mica. Quando um mineral apresenta importância econômi-
ca, é denominado minério. Os principais recursos minerais 
utilizados pelo ser humano podem ser classificados em:
•	Mineraismetálicos: são aqueles que, em sua compo-
sição, apresentam elementos metálicos capazes de per-
mitir condução de calor e eletricidade. Exemplos: ferro, 
alumínio e cobre.
•	Minerais não metálicos: são aqueles que, em sua 
composição, não apresentam elementos metálicos. 
Exemplos: diamante, calcário e areia.
•	Recursos energéticos fósseis: são aqueles que, em 
sua composição, apresentam elementos de origem or-
gânica. Exemplos: petróleo, gás natural e carvão.
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12 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 13
Utilizações das rochas metamórficas
so de preparo, não temos mais aqueles ingredientes, e sim 
uma substância completamente nova, com cor, consistên-
cia e aroma diferentes dos que apresentam os componen-
tes isolados. A temperatura e a pressão também fazem isso 
com as rochas: podem alterar sua cor, resistência, entre 
outras características. São exemplos de rochas metamór-
ficas: xisto, mármore, ardósia, gnaisse, etc.
1. Ardósia – Originária do argilito, pode ser encontrada em diversas 
cores, como preta, rósea, branca ou esverdeada e, quando lapidada, é 
utilizada em construções.
2. Mármore – De cor cinza-azulada ou cinza-esverdeada, é utilizada na 
decoração de ambientes.
1 2
Exercite sua 
memória
1| “A transformação de uma lagarta em crisálida e desta 
em borboleta se denomina metamorfose. No livro famoso 
de Kafka,  Metamorfose, o personagem principal transfor-
ma-se, de maneira inquietante, em um inseto. Metamor-
fose significa transformação, mudança de forma, sem que 
se perca a essência da matéria em transformação […]. Me-
tamorfismo, em Geologia, define o conjunto de processos 
pelos quais uma determinada rocha é transformada, por 
meio de reações que se processam no estado sólido, em 
outra rocha, com características distintas daquelas que ela 
apresentava antes da atuação do metamorfismo.”
(RUBERTI, E. et al. Rochas Metamórficas. In: TEIXEIRA, W. et al. 
(orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 382).
O processo de metamorfismo descrito, responsável pela 
formação das rochas metamórficas, ocorre a partir de dois 
principais fatores condicionantes. Quais são esses fatores?
2| O intemperismo é um tipo de agente de transformação 
de relevo caracterizado por atuar por meio de proces-
sos químicos, físicos e biológicos, modificando as rochas. 
Que tipo de rocha é formado pela ação do intemperismo?
Rocha sedimentar.
Temperatura e pressão do ambiente.
Ciclo das rochas
 
Conforme você pôde perceber, embora as rochas te-
nham origens diversas, elas passam por vários proces-
sos que, ao longo do tempo, provocam transformações. 
Desse modo, um tipo de rocha pode transformar-se em 
outro, como pode ser observado no esquema a seguir.
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Metamorfismo
Rochas magmáticas
Solidificação
Magma
Fusão
Rochas metamórficas
Diagênese
Sedimentos Rochas
sedimentares
Intemperismo,
erosão,
deposição
O Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísti-
cos do Rio de Janeiro, é um enorme monólito (um só 
bloco de rocha). Composto pela rocha conhecida como 
gnaisse facoidal, considerada uma rocha metamórfica 
por ter se originado do granito. Após sofrer alterações 
por pressão e temperatura, emergiu com o choque en-
tre os continentes sul-americano e africano há mais de 
600 milhões de anos.
Você sabia?
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Ciências – 6o ano 12
res resultam de processos externos, que provocam a de-
sagregação de rochas mais antigas. Você já parou para 
observar como o muro de uma casa sofre mais desgaste 
que as paredes internas? Isso acontece porque ele está 
exposto à ação das chuvas, das temperaturas e de ou-
tros agentes que, com o tempo, vão alterando sua cor 
ou mesmo sua estrutura. Com as rochas sedimentares, 
há um conjunto de fatores que provocam sua formação: 
•	A chuva, o vento ou as ondas do mar vão desgas-
tando a superfície das rochas e desagregando-as em 
partículas menores: intemperismo.
•	Essas partículas são carregadas pelas águas das chu-
vas e de rios ou mesmo pela ação do vento: erosão.
•	Acumuladas em regiões com desníveis, essas par-
tículas vão se depositando em camadas horizontais: 
deposição.
•	Essas camadas unem-se tanto pela ação da água, 
que preenche espaços como uma espécie de cimen-
to, quanto pela própria pressão que uma partícula 
exerce sobre a outra: sedimentação. 
 São exemplos de rochas sedimentares: arenito, cal-
cário, argilito, carvão mineral, etc.
Intemperismo é o conjunto de processos físicos, 
químicos ou biológicos que provocam a desintegra-
ção das rochas.
Glossário
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Utilizações das rochas sedimentares
1. Arenito – Formado pela compactação de areia. É utilizado na cons-
trução civil.
2. Calcário – Possibilita a obtenção de cal e cimento.
3. Carvão mineral – Surge pelo acúmulo de restos minerais e vegetais 
fossilizados. É usado, principalmente, como combustível sólido nos 
altos-fornos das siderúrgicas.
4. Argilito – Pode ser utilizado na construção civil, pois permite a fabri-
cação de tijolos, telhas e azulejos.
Rochas metamórficas 
As rochas metamórficas surgem da transformação de 
rochas sedimentares ou magmáticas, devido ao aumen-
to de pressão e temperatura. Como o próprio nome suge-
re, há uma metamorfose. Mas todas as rochas que descre-
vemos até aqui não resultam de transformações também 
(lava em rocha, frações de rocha em uma nova rocha, etc.)? 
No caso das rochas metamórficas, a temperatura e a pres-
são podem alterar definitivamente suas propriedades: a 
nova rocha surge, portanto, com composição e proprieda-
des distintas daquelas que a originaram, pela reorganiza-
ção dos minerais que as compõem. Isso acontece de for-
ma similar ao preparo de uma receita: quando levamos 
ao fogo um conjunto de ingredientes, ao final do proces-
1
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O Grand Canyon, no Arizona, Estados Unidos, é um exemplo das causas do 
intemperismo. Possui cerca de 446 km de comprimento, 29 km de largura e 
profundidade de mais de 1,8 km.
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Leitura
complementar
O misterioso “elemento perdido” 
do núcleo da Terra que cientistas 
dizem ter encontrado 
Cientistas japoneses afirmaram ter iden-
tificado um misterioso elemento perdido 
no núcleo da Terra. Eles vinham procuran-
do esse elemento por décadas, acreditan-
do que ele respondia por uma parcela signi-
ficativa do centro do nosso planeta, depois 
do ferro e do níquel. Agora, ao recriar as al-
tas temperaturas e pressões encontradas 
nas profundezas do Planeta, experimentos 
sugerem que o candidato mais provável é o 
silício. O elemento é de grande utilidade na 
fabricação de semicondutores e de compo-
nentes de máquinas e motores, e na produ-
ção de silicone. A descoberta pode ajudar os 
cientistas a entender melhor como a Terra 
se formou. Em entrevista à BBC, o responsá-
vel pela pesquisa, Eiji Ohtani, da Universida-
de de Tohoku, no Japão, disse acreditar que 
o silício é um “elemento importante”. 
“Cerca de 5% (do núcleo interno da Ter-
ra) do peso do nosso planeta pode ser silí-
cio dissolvido em ligas metálicas de ferro-
-níquel”, explicou ele.
Difícil de alcançar 
Cientistas acreditam que a estrutu-
ra mais interna da Terra é uma bola sólida 
com um raio de 1,2 mil quilômetros. Como 
é impossível acessá-la diretamente, eles 
estudam como as ondas sísmicas atraves-
sam a região para detalhar sua composi-
ção. Essa parte é principalmente compos-
ta de ferro, que corresponde a 85% de seu 
peso, e níquel, que responde por outros 
10%. Somando esses dois elementos, so-
bram ainda 5% restantes. 
Para conduzir o experimento, Eiji Ohtani 
e suaequipe criaram ligas metálicas de fer-
ro e níquel e as misturou com silício. Eles, 
então, submeteram esses materiais às 
imensas pressões e temperaturas que exis-
tem no interior da Terra. Os cientistas desco-
briram, então, que essa mistura correspondia 
àquela observada nas profundezas do Plane-
ta a partir de dados sísmicos. Ohtani afirmou 
que mais pesquisas são necessárias para 
confirmar a existência de silício e descartar 
a de outros elementos.
Formação do núcleo 
Comentando sobre o estudo, Simon 
Redfern, professor de Física Mineral de Ciên-
cias da Terra da Universidade de Cambridge, 
elogiou as descobertas.
“Esses experimentos são realmente 
instigantes porque fornecem uma jane-
la sobre o interior da Terra logo depois 
de nosso planeta ter se formado, 4,5 bi-
lhões de anos atrás, quando seu inte-
rior começou a se separar das partes ro-
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13Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 13
Utilizações das rochas metamórficas
so de preparo, não temos mais aqueles ingredientes, e sim 
uma substância completamente nova, com cor, consistên-
cia e aroma diferentes dos que apresentam os componen-
tes isolados. A temperatura e a pressão também fazem isso 
com as rochas: podem alterar sua cor, resistência, entre 
outras características. São exemplos de rochas metamór-
ficas: xisto, mármore, ardósia, gnaisse, etc.
1. Ardósia – Originária do argilito, pode ser encontrada em diversas 
cores, como preta, rósea, branca ou esverdeada e, quando lapidada, é 
utilizada em construções.
2. Mármore – De cor cinza-azulada ou cinza-esverdeada, é utilizada na 
decoração de ambientes.
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Exercite sua 
memória
1| “A transformação de uma lagarta em crisálida e desta 
em borboleta se denomina metamorfose. No livro famoso 
de Kafka,  Metamorfose, o personagem principal transfor-
ma-se, de maneira inquietante, em um inseto. Metamor-
fose significa transformação, mudança de forma, sem que 
se perca a essência da matéria em transformação […]. Me-
tamorfismo, em Geologia, define o conjunto de processos 
pelos quais uma determinada rocha é transformada, por 
meio de reações que se processam no estado sólido, em 
outra rocha, com características distintas daquelas que ela 
apresentava antes da atuação do metamorfismo.”
(RUBERTI, E. et al. Rochas Metamórficas. In: TEIXEIRA, W. et al. 
(orgs.). Decifrando a Terra. São Paulo: Oficina de Textos, 2000. p. 382).
O processo de metamorfismo descrito, responsável pela 
formação das rochas metamórficas, ocorre a partir de dois 
principais fatores condicionantes. Quais são esses fatores?
2| O intemperismo é um tipo de agente de transformação 
de relevo caracterizado por atuar por meio de proces-
sos químicos, físicos e biológicos, modificando as rochas. 
Que tipo de rocha é formado pela ação do intemperismo?
Rocha sedimentar.
Temperatura e pressão do ambiente.
Ciclo das rochas
 
Conforme você pôde perceber, embora as rochas te-
nham origens diversas, elas passam por vários proces-
sos que, ao longo do tempo, provocam transformações. 
Desse modo, um tipo de rocha pode transformar-se em 
outro, como pode ser observado no esquema a seguir.
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Metamorfismo
Rochas magmáticas
Solidificação
Magma
Fusão
Rochas metamórficas
Diagênese
Sedimentos Rochas
sedimentares
Intemperismo,
erosão,
deposição
O Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísti-
cos do Rio de Janeiro, é um enorme monólito (um só 
bloco de rocha). Composto pela rocha conhecida como 
gnaisse facoidal, considerada uma rocha metamórfica 
por ter se originado do granito. Após sofrer alterações 
por pressão e temperatura, emergiu com o choque en-
tre os continentes sul-americano e africano há mais de 
600 milhões de anos.
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Ciências – 6o ano 12
res resultam de processos externos, que provocam a de-
sagregação de rochas mais antigas. Você já parou para 
observar como o muro de uma casa sofre mais desgaste 
que as paredes internas? Isso acontece porque ele está 
exposto à ação das chuvas, das temperaturas e de ou-
tros agentes que, com o tempo, vão alterando sua cor 
ou mesmo sua estrutura. Com as rochas sedimentares, 
há um conjunto de fatores que provocam sua formação: 
•	A chuva, o vento ou as ondas do mar vão desgas-
tando a superfície das rochas e desagregando-as em 
partículas menores: intemperismo.
•	Essas partículas são carregadas pelas águas das chu-
vas e de rios ou mesmo pela ação do vento: erosão.
•	Acumuladas em regiões com desníveis, essas par-
tículas vão se depositando em camadas horizontais: 
deposição.
•	Essas camadas unem-se tanto pela ação da água, 
que preenche espaços como uma espécie de cimen-
to, quanto pela própria pressão que uma partícula 
exerce sobre a outra: sedimentação. 
 São exemplos de rochas sedimentares: arenito, cal-
cário, argilito, carvão mineral, etc.
Intemperismo é o conjunto de processos físicos, 
químicos ou biológicos que provocam a desintegra-
ção das rochas.
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Utilizações das rochas sedimentares
1. Arenito – Formado pela compactação de areia. É utilizado na cons-
trução civil.
2. Calcário – Possibilita a obtenção de cal e cimento.
3. Carvão mineral – Surge pelo acúmulo de restos minerais e vegetais 
fossilizados. É usado, principalmente, como combustível sólido nos 
altos-fornos das siderúrgicas.
4. Argilito – Pode ser utilizado na construção civil, pois permite a fabri-
cação de tijolos, telhas e azulejos.
Rochas metamórficas 
As rochas metamórficas surgem da transformação de 
rochas sedimentares ou magmáticas, devido ao aumen-
to de pressão e temperatura. Como o próprio nome suge-
re, há uma metamorfose. Mas todas as rochas que descre-
vemos até aqui não resultam de transformações também 
(lava em rocha, frações de rocha em uma nova rocha, etc.)? 
No caso das rochas metamórficas, a temperatura e a pres-
são podem alterar definitivamente suas propriedades: a 
nova rocha surge, portanto, com composição e proprieda-
des distintas daquelas que a originaram, pela reorganiza-
ção dos minerais que as compõem. Isso acontece de for-
ma similar ao preparo de uma receita: quando levamos 
ao fogo um conjunto de ingredientes, ao final do proces-
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O Grand Canyon, no Arizona, Estados Unidos, é um exemplo das causas do 
intemperismo. Possui cerca de 446 km de comprimento, 29 km de largura e 
profundidade de mais de 1,8 km.
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chosas”, afirmou. “Mas outros estudos 
sugeriram recentemente que o oxigê-
nio pode ser um elemento importante 
na região”, acrescentou. Redfern afir-
mou que conhecer as profundezas da 
Terra pode ajudar os cientistas a enten-
derem melhor as condições que preva-
leciam durante sua formação. Especifi-
camente, acrescentou ele, se o oxigênio 
era limitado naquela ocasião —fenôme-
no conhecido como condições reduto-
ras. Ou se o elemento era encontrado 
em abundância — nesse caso, descrito 
como oxidante.
Se uma grande quantidade de silício ti-
ver sido incorporada ao interior da Terra há 
mais de 4 bilhões de anos, como indicaram 
os resultados do estudo japonês, isso teria 
deixado o restante do Planeta relativamen-
te rico em oxigênio.
Mas, caso contrário, se o oxigênio tiver 
sido sugado para o interior do núcleo, o 
manto rochoso em torno dele teria ficado 
privado do elemento.
“De certa forma, essas duas opções 
são alternativas reais que dependem mui-
to das condições que prevaleciam quando 
o interior do núcleo da Terra começou a se 
formar”, explicou Redfern. “Os resultados 
mais recentes contribuem para o nosso en-
tendimento, mas suspeito que não esteja-
mos no fim da linha em termos de desco-
bertas”, acrescentou oespecialista.
Os cientistas japoneses apresenta-
ram as descobertas em uma conferência 
da União Geofísica Americana em San 
Francisco, na Califórnia.
Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/geral-3856
7989. Acesso em: 02/10/2019. Adaptado.
Anotações
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14 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 15
Procedimento:
1. Pegue as duas bolas de isopor. Pinte a maior de azul 
e a pequena de amarelo.
2. Peça a ajuda de um adulto para cortar, com estilete, 
as duas bolas ao meio. 
3. Na parte branca da face da bola maior, desenhe um 
círculo grande com um compasso e pinte ao redor 
desse círculo de vermelho, formando um anel.
4. Tomando como referência esse anel vermelho, de-
senhe mais duas camadas de tamanhos diferentes 
(médio e pequeno) dentro dele.
5. Pinte o segundo anel formado de laranja e o terceiro 
de vermelho.
6. Para finalizar, cole a face branca da metade da bola 
menor no meio da bola maior. 
7. Se preferir, confeccione plaquinhas com o nome das 
camadas para identificá-las e aplique sobre o globo 
de isopor. 
Confira o resultado abaixo.
 ■ 1 bola de isopor grande e 1 pequena. ■ 1 folha de isopor (10 mm). ■ Tintas nas cores vermelha, azul, laranja e amarela. ■ Pincel. ■ Lápis. ■ Estilete. ■ Cola de isopor. ■ Compasso.
Materiais:
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crosta
manto superior
manto inferior
núcleo externo
núcleo interno
Ciência prática
1| Com relação à formação dos solos, assinale a alterna-
tiva correta.
a. X O solo se forma a partir do processo de decom-
posição da rocha de origem.
b. O solo é formado a partir de processos internos 
do planeta Terra, como o movimento das placas tec-
tônicas.
c. O solo da Terra se formou há milhares de anos 
a partir do acúmulo de sedimentos que caíram com 
meteoros no Planeta.
d. O solo é exclusivamente uma consequência da 
ação humana sobre o espaço.
e. O solo se forma com mais facilidade em áreas com 
pouco vento, chuva, variação climática e seres vivos.
2| Durante uma visita ao Museu de Geologia, estudantes 
do 6º ano foram desafiados por um monitor a decifrar o 
seguinte problema: 
“Três rochas estavam relacionadas conforme o esque-
ma abaixo. As setas indicam os processos sofridos por 
cada rocha, de modo a originar a seguinte”.
Rocha A Rocha B
Rocha C
Intemperismo, 
erosão, 
compactação e 
litificação.
Alteração de 
temperatura e 
pressão. 
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Ciências – 6o ano 14
Exercite sua 
memória
Laboratório de 
ciências
1| Complete o texto abaixo usando as palavras adequadas 
que estão no quadro a seguir.
Você já sabe que as rochas são agregados natu-
rais de um ou mais minerais . As rochas for-
madas pelo resfriamento do magma são chamadas  
magmáticas , já as formadas pela transformação de ou-
tras rochas submetidas a condições de elevada pressão 
e temperatura são chamadas  metamórficas . A chuva, 
o vento, os agentes biológicos e as variações de tempe-
ratura desgastam as rochas, formando fragmentos. Esse 
processo é chamado  intemperismo . O material desa-
gregado das rochas pode ser transportado pela água ou 
pelo vento e, depois de compactado, formar um tipo de 
rocha chamado  sedimentar . Nessas rochas, 
é comum encontrarmos vestígios de animais e plantas, 
os   fósseis , que permitem reconstruir como se 
deu a evolução do nosso planeta.
2| Utilizando seus conhecimentos sobre rochas, comple-
te o diagrama a seguir.
a) Rochas formadas pelas transformações de outras sob 
grandes pressões e altas temperaturas.
b) O tipo mais comum de rocha magmática, formado de 
quartzo, feldspato e mica.
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N
T
A
R
E
S
a. b.
c.
d. e.
f.
magmáticas – minerais – metamórficas
sedimentar – intemperismo – fósseis
c) Um dos minerais que fazem parte da composição do 
granito e do gnaisse. Pode ser de algumas cores, como 
preto, roxo e branco amarelado.
d) Um dos agentes do intemperismo.
e) Rochas primitivas de origem vulcânica.
f) Rochas formadas pela deposição em sucessivas cama-
das do material decorrente da erosão de outras rochas.
Camadas da Terra
Objetivo:
Construir uma maquete das camadas da Terra para 
uma maior compreensão da estrutura de nosso planeta.
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Sugestão de
vídeo
Fundamentos da geodiversidade 
– propriedades dos minerais
Direção: Antônio Ricardo
https://www.youtube.com/watch?v=2DDw
I9l_1OE
Professor, se possível, agende um pas-
seio com a sua escola até o MM Gerdau, se 
não for possível, leve a turma até o labo-
ratório de informática e solicite aos alunos 
que acessem o site e conheçam um pouco 
do museu de forma online. Ao final da pes-
quisa, faça uma roda de conversa, pedindo 
para que cada aluno fale o que mais cha-
mou atenção. 
Acesse: http://www.mmgerdau.org.br/visita
Sugestão de
atividade
Leitura
complementar
O tesouro em minerais raros 
encontrado em montanha 
submarina no Oceano Atlântico 
Uma equipe de investigadores do Cen-
tro Nacional de Oceanografia (NOC, sigla 
em inglês) do Reino Unido identificou uma 
crosta de rochas extremamente rica em 
minerais raros nas paredes desse monte, a 
500 quilômetros das Ilhas Canárias. 
Amostras trazidas à superfície detec-
taram a presença de uma substância rara 
conhecida como telúrio em concentrações 
50 mil vezes mais elevadas que as já iden-
tificadas na Terra. O telúrio, comum em li-
gas metálicas, é usado também em um tipo 
avançado de painel solar. 
A montanha também contém minerais 
e terras-raras usados na fabricação de tur-
binas eólicas e em dispositivos eletrônicos. 
A descoberta levanta uma questão deli-
cada: se a busca por recursos alternativos 
de energia pode impulsionar a exploração 
mineral no fundo do mar.
Controvérsia 
O monte submarino, cujo nome é Tropic, 
tem três mil metros de altura e seu cume 
fica a 1 mil metros da superfície. 
Anotações
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15Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 15
Procedimento:
1. Pegue as duas bolas de isopor. Pinte a maior de azul 
e a pequena de amarelo.
2. Peça a ajuda de um adulto para cortar, com estilete, 
as duas bolas ao meio. 
3. Na parte branca da face da bola maior, desenhe um 
círculo grande com um compasso e pinte ao redor 
desse círculo de vermelho, formando um anel.
4. Tomando como referência esse anel vermelho, de-
senhe mais duas camadas de tamanhos diferentes 
(médio e pequeno) dentro dele.
5. Pinte o segundo anel formado de laranja e o terceiro 
de vermelho.
6. Para finalizar, cole a face branca da metade da bola 
menor no meio da bola maior. 
7. Se preferir, confeccione plaquinhas com o nome das 
camadas para identificá-las e aplique sobre o globo 
de isopor. 
Confira o resultado abaixo.
 ■ 1 bola de isopor grande e 1 pequena. ■ 1 folha de isopor (10 mm). ■ Tintas nas cores vermelha, azul, laranja e amarela. ■ Pincel. ■ Lápis. ■ Estilete. ■ Cola de isopor. ■ Compasso.
Materiais:
se
ve
ni
w
e/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
crosta
manto superior
manto inferior
núcleo externo
núcleo interno
Ciência prática
1| Com relação à formação dos solos, assinale a alterna-
tiva correta.
a. X O solo se forma a partir do processo de decom-
posição da rocha de origem.
b. O solo é formado a partir de processos internos 
do planeta Terra, como o movimento das placas tec-
tônicas.
c. O solo da Terra se formou há milhares de anos 
a partir do acúmulo de sedimentos que caíram com 
meteoros no Planeta.
d. O solo é exclusivamente uma consequência da 
ação humana sobre o espaço.
e. O solo se forma com mais facilidade em áreas com 
pouco vento, chuva, variação climática e seres vivos.
2| Durante uma visita ao Museu de Geologia, estudantes 
do 6º ano foram desafiados por um monitora decifrar o 
seguinte problema: 
“Três rochas estavam relacionadas conforme o esque-
ma abaixo. As setas indicam os processos sofridos por 
cada rocha, de modo a originar a seguinte”.
Rocha A Rocha B
Rocha C
Intemperismo, 
erosão, 
compactação e 
litificação.
Alteração de 
temperatura e 
pressão. 
FC_Ciências_BNCC_6A_01.indd 15 24/02/2020 09:11:38
Ciências – 6o ano 14
Exercite sua 
memória
Laboratório de 
ciências
1| Complete o texto abaixo usando as palavras adequadas 
que estão no quadro a seguir.
Você já sabe que as rochas são agregados natu-
rais de um ou mais minerais . As rochas for-
madas pelo resfriamento do magma são chamadas  
magmáticas , já as formadas pela transformação de ou-
tras rochas submetidas a condições de elevada pressão 
e temperatura são chamadas  metamórficas . A chuva, 
o vento, os agentes biológicos e as variações de tempe-
ratura desgastam as rochas, formando fragmentos. Esse 
processo é chamado  intemperismo . O material desa-
gregado das rochas pode ser transportado pela água ou 
pelo vento e, depois de compactado, formar um tipo de 
rocha chamado  sedimentar . Nessas rochas, 
é comum encontrarmos vestígios de animais e plantas, 
os   fósseis , que permitem reconstruir como se 
deu a evolução do nosso planeta.
2| Utilizando seus conhecimentos sobre rochas, comple-
te o diagrama a seguir.
a) Rochas formadas pelas transformações de outras sob 
grandes pressões e altas temperaturas.
b) O tipo mais comum de rocha magmática, formado de 
quartzo, feldspato e mica.
R
F
I
C
A
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M
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M
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T
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A
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S
a. b.
c.
d. e.
f.
magmáticas – minerais – metamórficas
sedimentar – intemperismo – fósseis
c) Um dos minerais que fazem parte da composição do 
granito e do gnaisse. Pode ser de algumas cores, como 
preto, roxo e branco amarelado.
d) Um dos agentes do intemperismo.
e) Rochas primitivas de origem vulcânica.
f) Rochas formadas pela deposição em sucessivas cama-
das do material decorrente da erosão de outras rochas.
Camadas da Terra
Objetivo:
Construir uma maquete das camadas da Terra para 
uma maior compreensão da estrutura de nosso planeta.
FC_Ciências_BNCC_6A_01.indd 14 24/02/2020 09:11:38
Os pesquisadores do Centro Oceanográ-
fico Nacional do Reino Unido usaram robôs 
submarinos para investigar a crosta de grãos 
finos que cobre toda a superfície da monta-
nha e tem espessura de quatro centímetros.
Bram Murton, líder da expedição que 
explora a Tropic, contou à BBC que espe-
rava encontrar minerais em abundância no 
local, mas jamais imaginou que as concen-
trações destes seriam tão elevadas. 
“Esta crosta é incrivelmente rica e é isso 
que faz com que essas rochas sejam incri-
velmente especiais e valiosas do ponto de 
vista de recursos”, explicou.
Debate necessário 
Murton calcula que as 2.670 toneladas 
de telúrio da montanha equivalem a um 
duodécimo de todo o consumo mundial.
O pesquisador deixou claro que não 
está defendendo a prática da mineração 
no mar. A atividade foi recentemente regu-
lamentada pela ONU, mas já provoca con-
trovérsia pelos danos potenciais que pode 
causar ao meio ambiente marinho. 
Ainda assim, Burton quer que a desco-
berta da equipe dele — parte de um projeto 
mais amplo chamado MarineE-Tech — pro-
voque um debate sobre de onde devem vir 
os recursos vitais.
“Se precisamos de energia verde, preci-
samos de materiais para construir disposi-
tivos capazes de gerar esse tipo de energia 
limpa. E esses materiais têm de vir de algum 
lugar”, disse.
“Ou os tiramos da terra e fazemos um 
buraco lá, ou os tiramos do fundo do mar e 
fazemos ali um buraco comparativamente 
menor”, afirmou Murton, que acredita que 
esse é um dilema que precisa ser enfrenta-
do por toda a sociedade. “Tudo o que faze-
mos tem um custo”.
Pesquisadores têm investigado os be-
nefícios e os riscos da mineração em terra 
e no mar.
Disponível em: http://www.bbc.com/portuguese/curiosidades-
39652072. Acesso em: 18/02/2019. Adaptado.
Sugestão de
filme
Ouro e cobiça
Direção: Stephen Gaghan
Ano: 2017
Kenny Wells é um homem norte-america-
no que tem como sonho mudar de vida. Fi-
lho de pai garimpeiro, ele vê na busca pelo 
ouro a chance para mudar sua realidade e 
é por isso que vai atrás de um geólogo pi-
careta para juntos viajarem para Indoné-
sia em busca de grandes reservas do metal 
precioso. O que não esperavam é que, ao 
encontrar o que procuravam, terão de fu-
gir de ferozes inimigos que querem impe-
dir seus negócios.
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 15 05/03/2020 10:38:27
16 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 17
Os fósseis, a exemplo da imagem anterior, costumam se 
formar em apenas um tipo específico de estrutura ro-
chosa, em virtude de suas características de formação. 
Os tipos de rocha que permitem a fossilização são:
a. as metamórficas, pois o metamorfismo dos so-
los permite a conservação da estrutura dos elemen-
tos orgânicos.
b. X as sedimentares, pois o transporte de sedimen-
tos pelos agentes exógenos permite o soterramento 
dos restos orgânicos, iniciando, assim, o processo de 
fossilização. 
c. as magmáticas, pois é possível a sua formação 
apenas em condições elevadas de pressão interna, 
causadas pelo “afundamento” dos fósseis ao longo 
de milhares de anos.
d. as ígneas, pois elas são o único tipo de rocha 
que apresenta uma estrutura maleável para a forma-
ção de fósseis.
7| O basalto, o carvão mineral e o gnaisse são, respecti-
vamente, exemplos de rochas:
a. magmática extrusiva, metamórfica e magmáti-
ca intrusiva.
b. X magmática extrusiva, sedimentar e metamórfica.
c. metamórfica, sedimentar orgânica e magmática.
d. química, orgânica e detrítica.
e. orgânica, metamórfica e magmática.
O esquema da imagem mostra depósitos em que apare-
cem fósseis de animais do Período Jurássico. As rochas 
em que se encontram esses fósseis são:
8| (Enem)
TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora 
Nacional, 2009. Adaptado.
A imagem representa o fóssil de um animal pré-históri-
co. O fenômeno da fossilização só pode ocorrer em ro-
chas sedimentares, pois:
a. essas rochas não possuem densidade suficiente 
para destruir os fósseis.
b. são estruturas geologicamente antigas, de 
quando os primeiros animais surgiram.
c. X ocorre durante o processo de diagênese, com a 
formação das rochas sedimentares.
d. são as únicas rochas encontradas abaixo da su-
perfície.
e. originam-se a partir do congelamento dos sedi-
mentos, conservando a estrutura dos restos fósseis.
9| Observe a fotografia abaixo:
Exemplo de um fóssil.
ch
in
na
ch
ot
e/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
a. magmáticas, pois a ação de vulcões causou as 
maiores extinções desses animais já conhecidas ao 
longo da história terrestre.
b. X sedimentares, pois os restos podem ter sido so-
terrados e litificados com o restante dos sedimentos.
c. magmáticas, pois são as rochas mais facilmente 
erodidas, possibilitando a formação de tocas que fo-
ram posteriormente lacradas.
d. sedimentares, já que cada uma das camadas 
encontradas na figura simboliza um evento de ero-
são dessa área representada.
e. metamórficas, pois os animais representados 
precisavam estar perto de locais quentes.
FC_Ciências_BNCC_6A_01.indd 17 24/02/2020 09:11:39
Ciências – 6o ano 16
A partir do esquema:
a. não se pode afirmar, com certeza, a quais tipos 
pertencem as rochas A, B e C.
b. a rocha B é do tipo metamórfica e a C é sedimentar.
c. B e C são rochas metamórficas, mas não se pode 
afirmar, com certeza, a qual tipo A pertence.
d. X embora não possamos determinar o tipo de A, 
podemos concluir que B e C são, respectivamente, 
uma rocha sedimentar e uma metamórfica. 
e. pode-se observar que a rocha A é sedimentar, 
tendo em vista que ela é a primeira na sequência.3| Assinale a alternativa que melhor define a Teoria da 
deriva continental.
a. É a hipótese de que todos os continentes são de-
rivados de um substrato magmático que emergiu a 
partir de fissuras ou falhas geológicas.
b. É o sistema de classificação dos continentes, 
conforme as suas respectivas origens.
c. X É a teoria que afirma que todos os continentes, 
no passado, formavam apenas um, a Pangeia, que 
posteriormente se fragmentou graças à tectônica 
das placas.
d. É o postulado da Economia que debate acerca 
da dependência financeira dos continentes do mun-
do em relação à Europa.
e. É a lenda relacionada à existência de um conti-
nente perdido, denominado Atlantis.
4| Considere as seguintes afirmativas sobre rochas:
I. Rocha dura, resistente, formada pela solidificação 
da lava e usada na pavimentação de calçadas.
II. Rocha formada por várias camadas de sedimentos 
de grãos de quartzo e usada para revestir pisos, pa-
redes e calçadas.
III. Rocha que se origina da transformação de argilito, 
usada em revestimentos de pisos, paredes e calça-
das, entre outras aplicações.
IV. Rocha dura e resistente, formada ao longo de va-
garoso processo de resfriamento e solidificação do 
magma no interior da Terra; largamente usada no 
5| Num trabalho sobre rochas, um grupo de estudantes 
preparou a seguinte tabela.
Tipo Exemplos
Magmática
Basalto
Pedra-pomes
Granito
Sedimentar
Arenito
Argilito
Calcário
Metamórfica
Gnaisse
Ardósia
Mármore
Sobre a tabela, podemos afirmar que:
a. existe um erro nos exemplos de rochas sedi-
mentares.
b. pedra-pomes não é rocha magmática.
c. ardósia e mármore são rochas magmáticas.
d. X a tabela está correta. 
6| Observe a imagem abaixo.
Sn
ow
sh
ill
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
revestimento de pisos e paredes e na confecção de 
pias, mesas e bancadas.
V. Rocha leve e porosa, usada na limpeza da pele e 
para retirar calosidades.
São exemplos de rochas magmáticas somente:
a. I, II, III e V. b. II e IV.
c. X I, IV e V. d. III, IV e V.
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Sugestão de
vídeo
Tipos de rochas 
https://www.youtube.com/watch?v=u4rV 
2I66Wr8
Rochas: manual fácil de estudo e 
classificação 
Autor: Sebastião de Oliveira Menezes 
Apresenta um roteiro para o estudo das ro-
chas com base nos fundamentos da Petro-
logia. Explica o processo de formação de 
rochas de origem ígnea, sedimentar e me-
tamórfica. Apoiado em ilustrações para fa-
cilitar o entendimento do tema, a obra de-
talha as propriedades físicas das rochas 
e apresenta uma chave para o reconhe-
cimento macroscópico de alguns de seus 
principais tipos.
Sugestão de
leitura
Sugestão de
atividade
Confecção de um fóssil em sala de aula
Os fósseis de verdade levam milhares de anos para se formar. Mas você pode usar gesso branco 
para fazer um fóssil em poucos minutos. 
Material: 
1 forma de bolo. 
1 quilo de areia. 
1 quilo de gesso (compre gesso de estuque em uma casa de material de construção).
Anotações
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17Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 17
Os fósseis, a exemplo da imagem anterior, costumam se 
formar em apenas um tipo específico de estrutura ro-
chosa, em virtude de suas características de formação. 
Os tipos de rocha que permitem a fossilização são:
a. as metamórficas, pois o metamorfismo dos so-
los permite a conservação da estrutura dos elemen-
tos orgânicos.
b. X as sedimentares, pois o transporte de sedimen-
tos pelos agentes exógenos permite o soterramento 
dos restos orgânicos, iniciando, assim, o processo de 
fossilização. 
c. as magmáticas, pois é possível a sua formação 
apenas em condições elevadas de pressão interna, 
causadas pelo “afundamento” dos fósseis ao longo 
de milhares de anos.
d. as ígneas, pois elas são o único tipo de rocha 
que apresenta uma estrutura maleável para a forma-
ção de fósseis.
7| O basalto, o carvão mineral e o gnaisse são, respecti-
vamente, exemplos de rochas:
a. magmática extrusiva, metamórfica e magmáti-
ca intrusiva.
b. X magmática extrusiva, sedimentar e metamórfica.
c. metamórfica, sedimentar orgânica e magmática.
d. química, orgânica e detrítica.
e. orgânica, metamórfica e magmática.
O esquema da imagem mostra depósitos em que apare-
cem fósseis de animais do Período Jurássico. As rochas 
em que se encontram esses fósseis são:
8| (Enem)
TEIXEIRA, W. et. al. (Orgs.) Decifrando a Terra. São Paulo: Companhia Editora 
Nacional, 2009. Adaptado.
A imagem representa o fóssil de um animal pré-históri-
co. O fenômeno da fossilização só pode ocorrer em ro-
chas sedimentares, pois:
a. essas rochas não possuem densidade suficiente 
para destruir os fósseis.
b. são estruturas geologicamente antigas, de 
quando os primeiros animais surgiram.
c. X ocorre durante o processo de diagênese, com a 
formação das rochas sedimentares.
d. são as únicas rochas encontradas abaixo da su-
perfície.
e. originam-se a partir do congelamento dos sedi-
mentos, conservando a estrutura dos restos fósseis.
9| Observe a fotografia abaixo:
Exemplo de um fóssil.
ch
in
na
ch
ot
e/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
a. magmáticas, pois a ação de vulcões causou as 
maiores extinções desses animais já conhecidas ao 
longo da história terrestre.
b. X sedimentares, pois os restos podem ter sido so-
terrados e litificados com o restante dos sedimentos.
c. magmáticas, pois são as rochas mais facilmente 
erodidas, possibilitando a formação de tocas que fo-
ram posteriormente lacradas.
d. sedimentares, já que cada uma das camadas 
encontradas na figura simboliza um evento de ero-
são dessa área representada.
e. metamórficas, pois os animais representados 
precisavam estar perto de locais quentes.
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Ciências – 6o ano 16
A partir do esquema:
a. não se pode afirmar, com certeza, a quais tipos 
pertencem as rochas A, B e C.
b. a rocha B é do tipo metamórfica e a C é sedimentar.
c. B e C são rochas metamórficas, mas não se pode 
afirmar, com certeza, a qual tipo A pertence.
d. X embora não possamos determinar o tipo de A, 
podemos concluir que B e C são, respectivamente, 
uma rocha sedimentar e uma metamórfica. 
e. pode-se observar que a rocha A é sedimentar, 
tendo em vista que ela é a primeira na sequência. 
3| Assinale a alternativa que melhor define a Teoria da 
deriva continental.
a. É a hipótese de que todos os continentes são de-
rivados de um substrato magmático que emergiu a 
partir de fissuras ou falhas geológicas.
b. É o sistema de classificação dos continentes, 
conforme as suas respectivas origens.
c. X É a teoria que afirma que todos os continentes, 
no passado, formavam apenas um, a Pangeia, que 
posteriormente se fragmentou graças à tectônica 
das placas.
d. É o postulado da Economia que debate acerca 
da dependência financeira dos continentes do mun-
do em relação à Europa.
e. É a lenda relacionada à existência de um conti-
nente perdido, denominado Atlantis.
4| Considere as seguintes afirmativas sobre rochas:
I. Rocha dura, resistente, formada pela solidificação 
da lava e usada na pavimentação de calçadas.
II. Rocha formada por várias camadas de sedimentos 
de grãos de quartzo e usada para revestir pisos, pa-
redes e calçadas.
III. Rocha que se origina da transformação de argilito, 
usada em revestimentos de pisos, paredes e calça-
das, entre outras aplicações.
IV. Rocha dura e resistente, formada ao longo de va-
garoso processo de resfriamento e solidificação do 
magma no interior da Terra; largamente usada no 
5| Num trabalho sobre rochas, um grupo de estudantes 
preparou a seguinte tabela.
Tipo Exemplos
Magmática
Basalto
Pedra-pomes
Granito
Sedimentar
Arenito
Argilito
Calcário
Metamórfica
Gnaisse
Ardósia
Mármore
Sobre a tabela, podemos afirmar que:
a. existe um erro nos exemplos de rochas sedi-
mentares.
b. pedra-pomes não é rocha magmática.
c. ardósia e mármore são rochas magmáticas.
d.X a tabela está correta. 
6| Observe a imagem abaixo.
Sn
ow
sh
ill
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
revestimento de pisos e paredes e na confecção de 
pias, mesas e bancadas.
V. Rocha leve e porosa, usada na limpeza da pele e 
para retirar calosidades.
São exemplos de rochas magmáticas somente:
a. I, II, III e V. b. II e IV.
c. X I, IV e V. d. III, IV e V.
FC_Ciências_BNCC_6A_01.indd 16 24/02/2020 09:11:39
•	 1 litro de água. 
•	 1 pote de plástico para fazer a mistura. 
•	 1 régua pequena.
•	 1 pincel macio de tamanho médio. 
Procedimento:
1- Pegue a areia e despeje-a na forma. Umedeça-a, até ficar boa para a modelagem. Alise a areia 
com a régua até ficar bem plana (a areia deve ficar um centímetro mais baixa do que a borda da 
forma). Com o punho fechado, compacte toda a superfície da areia, socando bem. Alise-a nova-
mente com a régua.
2- Coloque a forma sobre um banquinho de cozinha. Ponha a mão lentamente sobre a 
areia, faça pressão para baixo. Depois reti-
re a mão com cuidado. 
3- Verifique se o molde ficou legal. Se ficou, 
siga em frente. Se não ficou, comece tudo 
novamente.
Preparação do gesso: 
Despeje 1 litro de água no pote para a mistu-
ra. Em seguida, despeje, aos poucos, ½ quilo 
de gesso e aguarde um minuto. Depois mistu-
re bem o gesso com a água, com a ajuda da co-
lher de pau, como se fosse uma massa de bolo.
Sem perder tempo — mas com calma —, 
despeje a massa na forma a partir do canto 
da forma (bem devagar mesmo, de modo a 
não derrubar a areia nem fazer bolhas no 
gesso). Espere trinta minutos até o gesso 
endurecer e retire a figura moldada. Para 
tirar o excesso de areia, use o pincel. 
Atenção: Não jogue água com gesso na pia. 
Disponível em: http://chc.org.br/faca-um-fossil-2/. Acesso em: 
19/02/2019. Adaptado.
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 17 05/03/2020 10:38:28
18 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 19
A composição da água 
A água é uma molécula simples formada por dois ele-
mentos químicos diferentes, o oxigênio e o hidrogênio, 
quando um átomo de oxigênio se liga a dois átomos de 
hidrogênio. Essa mesma molécula interage com outras 
moléculas iguais, determinando a existência de água no 
estado sólido, líquido ou gasoso, dependendo da tem-
peratura. Mais adiante, vamos compreender por que e 
como ocorrem esses estados físicos. 
Representação da molécula da água. O formato semelhante à letra V facilita 
a união com outras substâncias, fazendo, assim, com que seja considerado 
um solvente universal. 
A água potável 
Quando tomamos um copo de água, não podemos 
ver os seus componentes, porém sabemos que, além das 
moléculas de água, existem outros constituintes, como 
os mais diversos sais minerais, essenciais à nossa saúde. 
Essa é a que chamamos de água potável. Você deve es-
tar se perguntando: mas, afinal, o que é água potável? É 
aquela propícia para se beber, ou seja, cristalina (incolor), 
livre de quaisquer impurezas (micro-organismos nocivos 
à saúde), sem cheiro (inodora) e sem sabor (insípida). 
Vale mencionar que a água mineral contém uma quan-
tidade maior de sais minerais vindos do subsolo. Quando 
chega à superfície, se apresentar temperatura elevada, 
passa a ser denominada água termal, muito procurada 
para fins medicinais. Você também já deve ter ouvido fa-
lar em água doce. Ela é de fato doce? Não. Quando uti-
lizamos essa expressão, queremos dizer apenas que ela 
apresenta menor quantidade de sais do que a água sal-
gada, presente em mares e oceanos.
Propriedades da água 
Quando falamos da molécula de água, ou seja, 
duas partes de hidrogênio para uma de oxigênio, fa-
lamos da água enquanto substância pura, ou seja, 
sem as partículas que nela se encontram dissolvidas, 
como os sais minerais, que não podemos ver a olho 
nu, mas estão na água que bebemos. Quando pura, a 
água possui uma série de propriedades. Estudaremos 
algumas delas.
Temperatura da água e 
sobrevivência 
A temperatura da água exerce influência na solu-
bilidade dos gases, como o oxigênio. Por esse mo-
tivo, é um fator ecológico de grande importância. 
Certas espécies de peixes precisam viver em águas 
que tenham grande quantidade de gás oxigênio. Por 
isso, sobrevivem somente em águas bem frias, com 
maior quantidade de gás dissolvido. Outros peixes, 
que necessitam de menor quantidade de oxigênio, 
conseguem viver em águas mais quentes. 
Assim, a distribuição das espécies de peixes pe-
los mares e oceanos do Planeta depende, em gran-
de parte, da temperatura da água.
Você sabia?
A água é considerada um 
solvente universal 
Por ser capaz de dissolver muitos compostos, a água re-
cebeu a denominação de solvente universal e passou a fa-
zer parte das mais diferentes soluções. Contudo, existem 
substâncias que não são solúveis em água, como o óleo, 
que possui propriedades químicas diferentes das da água. 
Toda substância solúvel em água é chamada hidros-
solúvel.
•	Solvente: componente presente em maior quanti-
dade numa solução, permitindo a dispersão do soluto.
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Ciências – 6o ano 18
2
Capítulo
Camada de água: 
disponibilidade de vida
No capítulo anterior, realizamos uma viagem ao in-
terior do nosso planeta que nos possibilitou entender 
a composição da sua camada sólida e também a de al-
guns minerais que encontramos na superfície. É na su-
perfície que encontramos aquilo que nosso planeta pos-
sui em maior abundância: a água.
Você já observou um mapa-múndi ou globo terrestre 
daqueles coloridos que usamos para estudar? Já se per-
guntou por que tanto azul? Geralmente, a cor azul é uti-
lizada para representar mares, rios, oceanos, ou seja, a 
água do nosso planeta, conhecida como hidrosfera. Hi-
drosfera é a camada de água que representa cerca de 
70% do planeta Terra. É por isso que o azul predomina 
no globo terrestre. A maior parte desse percentual (97%) 
comporta águas oceânicas. O volume restante (3%) en-
contra-se distribuído entre águas continentais de lagos, 
rios, geleiras, lençóis freáticos (águas subterrâneas) e 
disperso sob a forma de vapor (ou seja, no estado físi-
co gasoso) em volta da Terra, na atmosfera, camada que 
estudaremos adiante. 
Além disso, também encontramos água no interior 
dos seres vivos. Embora presente em diferentes quanti-
dades em cada espécie, é, sem dúvida, o principal cons-
tituinte deles. Na espécie humana, a quantidade de 
água presente no seu corpo varia em função de idade, 
sexo e biótipo (composição corporal, relação de massa 
muscular e percentual adiposo): quanto maior for o per-
centual de massa muscular, maior será a quantidade de 
A palavra freático vem do grego phreatikós e sig-
nifica do poço, justamente pelo fato de a água sub-
terrânea poder ser explorada por meio de poços.
Glossário
água no corpo; e, quanto maior o percentual de massa 
gordurosa, menor será a quantidade de água no corpo. 
Observe a comparação entre os percentuais de água no 
corpo humano:
Recém-nascido: 80% X idoso: 50%
Homem: 60% X mulher: 55%
Nos órgãos e tecidos, o percentual de água também 
varia, os valores em média são: 
•	86% nos pulmões e no fígado.•	83% nos rins.•	81% no sangue.•	75% no cérebro, no coração e nos músculos.•	22% nos ossos.
O ser humano possui cerca de 22% de água nos os-
sos e 75% no cérebro, enquanto existem animais, como 
a água-viva, que apresentam mais de 90% de seu corpo 
no estado líquido. 
Vale mencionar, também, as diversas propriedades 
da água. Ela pode ser encontrada sólida, em forma de 
gelo; líquida, compondo rios e oceanos; e como vapor, 
que sobe para a atmosfera, formando as nuvens.
A água em seu estado líquido, for-
mando rios, cachoeiras e oceanos, 
faz parte da hidrosfera.
Forma gasosa da água, quando eva-
pora para a atmosfera.
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Objetivos
pedagógicos
Objetivosdidáticos
•	 Os estados físicos da água. 
•	 Ciclo hidrológico.
•	 Analisar a quantidade de água do corpo 
dos seres vivos. 
•	 Valorizar a água potável como um recur-
so finito e escasso. 
•	 Reconhecer os reservatórios de água na 
natureza. 
•	 Identificar por que a água é importante 
para os seres vivos. 
•	 Compreender os estados de agregação da 
água (estados físicos) e suas mudanças. 
•	 Descrever o ciclo da água. 
Leitura
complementar
Qual é a verdadeira quantidade 
de água que temos no planeta 
Terra? 
Se juntássemos toda a água da Terra em 
um único lugar, qual seria o tamanho dessa 
gota gigante?
Nosso planeta muitas vezes é desenha-
do como uma “majestosa bola azul” com 
detalhes marrons, que seriam os continen-
tes. Não é à toa que a Terra é também co-
nhecida como Planeta Água, afinal, essa 
substância é muito abundante aqui. 
Que a maior parte do nosso planeta é 
coberta de água, isso é algo que todos co-
nhecem... Mas você já se perguntou quanto 
do nosso planeta é realmente composto de 
água? Bem, a resposta para essa pergunta 
é um pouco mais complicada do que ima-
ginamos. Devemos levar vários fatores em 
questão, mas, a princípio, podemos afir-
mar que a água preenche 71% da superfí-
cie da Terra, enquanto 29% é composto de 
continentes e ilhas.
Cerca de 97% de toda a água da Ter-
ra está nos oceanos como água salgada, 
enquanto apenas 3,5% são lagos de água 
doce e água congelada presa em geleiras 
ou calotas polares. Quase toda a água doce 
do mundo está em forma de gelo: 69%, 
para ser mais exato. Se pudéssemos derre-
ter todo esse gelo (e se a superfície da Ter-
ra fosse plana), os níveis do mar subiriam a 
uma altitude de 2,7 km.
Além da água em forma de gelo, exis-
te também uma quantidade surpreenden-
te de água doce em forma líquida, sob a 
superfície da Terra. Se pudéssemos reunir 
toda a água doce (líquida) da Terra em uma 
única gota gigante, estima-se que essa gota 
iria medir cerca de 1.386 milhões de quilô-
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19Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 19
A composição da água 
A água é uma molécula simples formada por dois ele-
mentos químicos diferentes, o oxigênio e o hidrogênio, 
quando um átomo de oxigênio se liga a dois átomos de 
hidrogênio. Essa mesma molécula interage com outras 
moléculas iguais, determinando a existência de água no 
estado sólido, líquido ou gasoso, dependendo da tem-
peratura. Mais adiante, vamos compreender por que e 
como ocorrem esses estados físicos. 
Representação da molécula da água. O formato semelhante à letra V facilita 
a união com outras substâncias, fazendo, assim, com que seja considerado 
um solvente universal. 
A água potável 
Quando tomamos um copo de água, não podemos 
ver os seus componentes, porém sabemos que, além das 
moléculas de água, existem outros constituintes, como 
os mais diversos sais minerais, essenciais à nossa saúde. 
Essa é a que chamamos de água potável. Você deve es-
tar se perguntando: mas, afinal, o que é água potável? É 
aquela propícia para se beber, ou seja, cristalina (incolor), 
livre de quaisquer impurezas (micro-organismos nocivos 
à saúde), sem cheiro (inodora) e sem sabor (insípida). 
Vale mencionar que a água mineral contém uma quan-
tidade maior de sais minerais vindos do subsolo. Quando 
chega à superfície, se apresentar temperatura elevada, 
passa a ser denominada água termal, muito procurada 
para fins medicinais. Você também já deve ter ouvido fa-
lar em água doce. Ela é de fato doce? Não. Quando uti-
lizamos essa expressão, queremos dizer apenas que ela 
apresenta menor quantidade de sais do que a água sal-
gada, presente em mares e oceanos.
Propriedades da água 
Quando falamos da molécula de água, ou seja, 
duas partes de hidrogênio para uma de oxigênio, fa-
lamos da água enquanto substância pura, ou seja, 
sem as partículas que nela se encontram dissolvidas, 
como os sais minerais, que não podemos ver a olho 
nu, mas estão na água que bebemos. Quando pura, a 
água possui uma série de propriedades. Estudaremos 
algumas delas.
Temperatura da água e 
sobrevivência 
A temperatura da água exerce influência na solu-
bilidade dos gases, como o oxigênio. Por esse mo-
tivo, é um fator ecológico de grande importância. 
Certas espécies de peixes precisam viver em águas 
que tenham grande quantidade de gás oxigênio. Por 
isso, sobrevivem somente em águas bem frias, com 
maior quantidade de gás dissolvido. Outros peixes, 
que necessitam de menor quantidade de oxigênio, 
conseguem viver em águas mais quentes. 
Assim, a distribuição das espécies de peixes pe-
los mares e oceanos do Planeta depende, em gran-
de parte, da temperatura da água.
Você sabia?
A água é considerada um 
solvente universal 
Por ser capaz de dissolver muitos compostos, a água re-
cebeu a denominação de solvente universal e passou a fa-
zer parte das mais diferentes soluções. Contudo, existem 
substâncias que não são solúveis em água, como o óleo, 
que possui propriedades químicas diferentes das da água. 
Toda substância solúvel em água é chamada hidros-
solúvel.
•	Solvente: componente presente em maior quanti-
dade numa solução, permitindo a dispersão do soluto.
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Ciências – 6o ano 18
2
Capítulo
Camada de água: 
disponibilidade de vida
No capítulo anterior, realizamos uma viagem ao in-
terior do nosso planeta que nos possibilitou entender 
a composição da sua camada sólida e também a de al-
guns minerais que encontramos na superfície. É na su-
perfície que encontramos aquilo que nosso planeta pos-
sui em maior abundância: a água.
Você já observou um mapa-múndi ou globo terrestre 
daqueles coloridos que usamos para estudar? Já se per-
guntou por que tanto azul? Geralmente, a cor azul é uti-
lizada para representar mares, rios, oceanos, ou seja, a 
água do nosso planeta, conhecida como hidrosfera. Hi-
drosfera é a camada de água que representa cerca de 
70% do planeta Terra. É por isso que o azul predomina 
no globo terrestre. A maior parte desse percentual (97%) 
comporta águas oceânicas. O volume restante (3%) en-
contra-se distribuído entre águas continentais de lagos, 
rios, geleiras, lençóis freáticos (águas subterrâneas) e 
disperso sob a forma de vapor (ou seja, no estado físi-
co gasoso) em volta da Terra, na atmosfera, camada que 
estudaremos adiante. 
Além disso, também encontramos água no interior 
dos seres vivos. Embora presente em diferentes quanti-
dades em cada espécie, é, sem dúvida, o principal cons-
tituinte deles. Na espécie humana, a quantidade de 
água presente no seu corpo varia em função de idade, 
sexo e biótipo (composição corporal, relação de massa 
muscular e percentual adiposo): quanto maior for o per-
centual de massa muscular, maior será a quantidade de 
A palavra freático vem do grego phreatikós e sig-
nifica do poço, justamente pelo fato de a água sub-
terrânea poder ser explorada por meio de poços.
Glossário
água no corpo; e, quanto maior o percentual de massa 
gordurosa, menor será a quantidade de água no corpo. 
Observe a comparação entre os percentuais de água no 
corpo humano:
Recém-nascido: 80% X idoso: 50%
Homem: 60% X mulher: 55%
Nos órgãos e tecidos, o percentual de água também 
varia, os valores em média são: 
•	86% nos pulmões e no fígado.•	83% nos rins.•	81% no sangue.•	75% no cérebro, no coração e nos músculos.•	22% nos ossos.
O ser humano possui cerca de 22% de água nos os-
sos e 75% no cérebro, enquanto existem animais, como 
a água-viva, que apresentam mais de 90% de seu corpo 
no estado líquido. 
Vale mencionar, também, as diversas propriedades 
da água. Ela pode ser encontrada sólida, em forma de 
gelo; líquida, compondo rios e oceanos; e como vapor, 
que sobe para a atmosfera, formando as nuvens.
A água em seu estado líquido, for-
mando rios, cachoeiras e oceanos, 
faz parte da hidrosfera.
Forma gasosa da água, quando eva-
pora para a atmosfera.
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metros cúbicos (km3) em volume. Apesar 
de parecer muito, repare que a gota maior 
de água só existe quando incluímos toda a 
água salgada nessa conta. Enquanto isso, 
a quantidade de água doce que existe em 
rios, lagos, córregos e abaixo da superfí-
cie constituiria pouco mais de 10,6 milhões 
de km3, o que representa cerca de 0,7% de 
tudo isso. Visto nesse contexto, o caráter 
limitado e precioso da água doce se tor-
na verdadeiramente claro! Mas quanto da 
Terra é água de fato? Qual a porcentagem 
de água na Terra? Isso inclui toda a água, e 
toda a massa do Planeta (não apenas sua 
superfície). A resposta é de assustar!
Enquanto a água cobre 71% da superfí-
cie da Terra, ela representa apenas 0,02% da 
massa total do nosso planeta. Segundo os 
cientistas, a massa total dos oceanos da Ter-
ra é de 1,35 x 10¹8 toneladas métricas, o que 
representa 1/4400 da massa total da Terra.
Essa quantidade de água em nosso pla-
neta (comparada com a massa total da Ter-
ra) pode até parecer pouca, mas foi sufi-
ciente para que toda essa biodiversidade 
prosperasse aqui.
Disponível em: http://www.galeriadometeorito.com/2014/12/qual-
e-porcentagem-de-agua-na-terra.html. Acesso em: 19/02/2019. 
Adaptado.
Anotações
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20 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 21
gasoso
líquido sólido
As moléculas vibram e se 
movimentam livremente.
As moléculas deslizam 
umas sobre as outras.
As moléculas estão 
fixas.
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Solidificação
Fusão
Cite um local do Planeta onde se pode encontrar, ao 
mesmo tempo e em condições naturais, grande quan-
tidade de água nos estados sólido, líquido e gasoso.
Investigue
Mudando o estado físico
Já vimos que tanto o vapor da chaleira quanto os 
cubos de gelo são a mesma água. Também vimos que 
ela é capaz de mudar seu estado físico, graças à dispo-
sição das suas moléculas. Imagine que as moléculas de 
água são pequenas pedras (do tipo miçanga) usadas 
para fabricar colares, chaveiros, bordados, etc. Agora, 
imagine que essas pedrinhas estão unidas umas às ou-
tras fortemente por um fio de náilon, formando figuras 
como um coração ou uma estrela. Assim é a água em 
seu estado sólido: suas moléculas, tal como as pedras, 
encontram-se tão unidas e organizadas que o gelo assu-
me forma geométrica própria, como cubos ou bolinhas.
Depois disso, imagine que essas pedras estão ar-
mazenadas em uma caixa quadrada e transparente; 
dentro destas, elas assumem o formato da caixa, mas, 
quando despejadas sobre a mesa, espalham-se por ela 
e perdem a organização anterior. Da mesma forma é a 
água no estado líquido: ela assume o formato do re-
cipiente onde está armazenada, mas, ao ser despeja-
da, espalha-se desordenadamente pela superfície. Por 
fim, imagine que algumas pedras caem da mesa, umas 
distantes das outras, e começam a quicar no chão, de 
forma que, para recolhê-las, precisássemos varrer: as-
sim é a água no estado gasoso, suas partículas encon-
tram-se mais afastadas e em intenso movimento, o que 
caracteriza o vapor. 
Do mesmo modo como as pedras podem agrupar-
-se ou afastar-se de forma mais ou menos organizada, 
as moléculas da água também podem mudar de con-
figuração, e é por isso que aquele cubo de gelo que 
você esqueceu fora do congelador se transforma em 
uma pequena poça de água. Vamos conhecer agora as 
transformações de estado físico que a água sofre. 
O que está representado na imagem a seguir é a fu-
são, ou seja, quando uma substância muda do estado 
sólido para o líquido.
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Ciências – 6o ano 20
•	Soluto: componente de uma solução que se en-
contra em menor quantidade, sendo disperso pelo 
solvente.
•	Solução: mistura do solvente com o soluto, como 
o soro fisiológico (solução líquida ministrada a doen-
tes que necessitam de hidratação).
Estados físicos da água
Quando abrimos a torneira e enchemos uma cha-
leira de água, ela está em seu estado líquido. Ao aque-
cermos essa chaleira durante algum tempo, a água co-
meça a fazer borbulhas e, pelo bico da chaleira, libera 
vapor. Esse vapor é a mesma água que você tirou da 
torneira, mas agora em outro estado físico: gasoso. 
Já no congelador, encontramos alguns cubos de gelo, 
que usamos para diversas finalidades, como aliviar a 
dor de uma pancada ou mesmo refrescar uma bebida. 
Se deixarmos esses cubos fora do congelador num dia 
quente, eles rapidamente vão perdendo a sua forma e 
vão se transformando em água, a mesma que pusemos 
na chaleira, pois o gelo é a água em estado sólido.
Com relação às propriedades físicas, a água pode ser 
encontrada na natureza em três estados físicos: sólido, 
líquido e gasoso.
•	Estado sólido: nesse estado físico, as molécu-
las da água estão fortemente unidas, compondo o 
que conhecemos como gelo. Para se solidificar, a 
água precisa ser submetida à temperatura mínima 
de 0 °C.
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Para exemplificar, coloque um termômetro dentro 
de um recipiente cheio de cubos de gelo e, depois de 
alguns minutos, verifique a temperatura que ele está 
marcando.
•	Estado líquido: nesse estado, as moléculas de 
água não estão tão próximas umas das outras quan-
to no sólido. É no estado líquido que a água pode ser 
encontrada em maior quantidade no nosso planeta.
Água no estado líquido.
Água no estado sólido.
•	Estado gasoso: no caso do estado gasoso, as mo-
léculas de água estão mais separadas do que nos es-
tados físicos anteriores, possuindo um movimento 
desordenado com alto teor de energia. Além disso, a 
água pura atinge esse estado físico à temperatura de 
100 °C estando ao nível do mar.
Vapor de água.
Observe o comportamento das moléculas de água 
no esquema a seguir.
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Sugestão de
leitura
O século da escassez: uma nova 
cultura de cuidado com a água: 
impasses e desafios
Autoras: Marussia Whately e Maura 
Campanili
Historicamente vista como um recurso in-
finito, a água começou a faltar em diversas 
partes do mundo. Escrito de modo claro e 
acessível, O século da escassez convida es-
tudantes, poder público, ambientalistas e 
a população em geral a refletirem juntos 
sobre um tema cada vez mais crucial.
Água que é líquida e sólida ao 
mesmo tempo é descoberta por 
cientistas
Quando a gente é criança, uma das pri-
meiras coisas que aprendemos são os esta-
dos físicos da água: sólido, líquido e gasoso. 
Podemos passar a vida toda certos de que é 
só isso, mas, por mais incrível que possa pa-
recer, não é bem assim. 
Cientistas do Laboratório Nacional 
Lawrence Livermore, localizado na Califórnia, 
publicaram um estudo para detalhar a recente 
descoberta da água superiônica, uma forma 
de água que é simultaneamente sólida e 
líquida, prevista por físicos teóricos há trinta 
anos e só agora observada de maneira real. O 
estudo foi publicado na Nature. 
Para entender do que se trata, é preciso 
começar pelo básico: a água é formada por 
dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio 
— daí a famosa fórmula H2O. Eles normal-
mente se agrupam num formato de V, com o 
átomo de oxigênio se ligando aos dois de hi-
drogênio. 
Leitura
complementar
O gelo comum, que conhecemos e usa-
mos no dia a dia, é chamado de 1H, e as mo-
léculas de H2O se agrupam formando espé-
cies de hexágonos. Mas há outras formas que 
se estruturam de maneiras diferentes, de-
pendendo da temperatura e da pressão do 
momento do congelamento. Os cientistas 
conhecem ao menos doze delas.
Os cientistas do Lawrence Livermore usa-
ram dois pedaços de diamante para compri-
mir uma certa quantidade de água, numa 
pressão de 25 mil quilogramas-força por cen-
tímetro quadrado,criando o gelo VII, cerca de 
60% mais denso que a água comum e sólido 
à temperatura ambiente. 
Depois disso, utilizaram luz laser para 
provocar ondas de choque no gelo, elevando 
sua temperatura em milhares de graus centí-
grados e exercendo uma pressão de mais de 
um milhão de vezes a da atmosfera da Terra. 
O gelo superiônico virou líquido a uma tem-
peratura de 4.700 °C.
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21Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 21
gasoso
líquido sólido
As moléculas vibram e se 
movimentam livremente.
As moléculas deslizam 
umas sobre as outras.
As moléculas estão 
fixas.
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Solidificação
Fusão
Cite um local do Planeta onde se pode encontrar, ao 
mesmo tempo e em condições naturais, grande quan-
tidade de água nos estados sólido, líquido e gasoso.
Investigue
Mudando o estado físico
Já vimos que tanto o vapor da chaleira quanto os 
cubos de gelo são a mesma água. Também vimos que 
ela é capaz de mudar seu estado físico, graças à dispo-
sição das suas moléculas. Imagine que as moléculas de 
água são pequenas pedras (do tipo miçanga) usadas 
para fabricar colares, chaveiros, bordados, etc. Agora, 
imagine que essas pedrinhas estão unidas umas às ou-
tras fortemente por um fio de náilon, formando figuras 
como um coração ou uma estrela. Assim é a água em 
seu estado sólido: suas moléculas, tal como as pedras, 
encontram-se tão unidas e organizadas que o gelo assu-
me forma geométrica própria, como cubos ou bolinhas.
Depois disso, imagine que essas pedras estão ar-
mazenadas em uma caixa quadrada e transparente; 
dentro destas, elas assumem o formato da caixa, mas, 
quando despejadas sobre a mesa, espalham-se por ela 
e perdem a organização anterior. Da mesma forma é a 
água no estado líquido: ela assume o formato do re-
cipiente onde está armazenada, mas, ao ser despeja-
da, espalha-se desordenadamente pela superfície. Por 
fim, imagine que algumas pedras caem da mesa, umas 
distantes das outras, e começam a quicar no chão, de 
forma que, para recolhê-las, precisássemos varrer: as-
sim é a água no estado gasoso, suas partículas encon-
tram-se mais afastadas e em intenso movimento, o que 
caracteriza o vapor. 
Do mesmo modo como as pedras podem agrupar-
-se ou afastar-se de forma mais ou menos organizada, 
as moléculas da água também podem mudar de con-
figuração, e é por isso que aquele cubo de gelo que 
você esqueceu fora do congelador se transforma em 
uma pequena poça de água. Vamos conhecer agora as 
transformações de estado físico que a água sofre. 
O que está representado na imagem a seguir é a fu-
são, ou seja, quando uma substância muda do estado 
sólido para o líquido.
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Ciências – 6o ano 20
•	Soluto: componente de uma solução que se en-
contra em menor quantidade, sendo disperso pelo 
solvente.
•	Solução: mistura do solvente com o soluto, como 
o soro fisiológico (solução líquida ministrada a doen-
tes que necessitam de hidratação).
Estados físicos da água
Quando abrimos a torneira e enchemos uma cha-
leira de água, ela está em seu estado líquido. Ao aque-
cermos essa chaleira durante algum tempo, a água co-
meça a fazer borbulhas e, pelo bico da chaleira, libera 
vapor. Esse vapor é a mesma água que você tirou da 
torneira, mas agora em outro estado físico: gasoso. 
Já no congelador, encontramos alguns cubos de gelo, 
que usamos para diversas finalidades, como aliviar a 
dor de uma pancada ou mesmo refrescar uma bebida. 
Se deixarmos esses cubos fora do congelador num dia 
quente, eles rapidamente vão perdendo a sua forma e 
vão se transformando em água, a mesma que pusemos 
na chaleira, pois o gelo é a água em estado sólido.
Com relação às propriedades físicas, a água pode ser 
encontrada na natureza em três estados físicos: sólido, 
líquido e gasoso.
•	Estado sólido: nesse estado físico, as molécu-
las da água estão fortemente unidas, compondo o 
que conhecemos como gelo. Para se solidificar, a 
água precisa ser submetida à temperatura mínima 
de 0 °C.
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Para exemplificar, coloque um termômetro dentro 
de um recipiente cheio de cubos de gelo e, depois de 
alguns minutos, verifique a temperatura que ele está 
marcando.
•	Estado líquido: nesse estado, as moléculas de 
água não estão tão próximas umas das outras quan-
to no sólido. É no estado líquido que a água pode ser 
encontrada em maior quantidade no nosso planeta.
Água no estado líquido.
Água no estado sólido.
•	Estado gasoso: no caso do estado gasoso, as mo-
léculas de água estão mais separadas do que nos es-
tados físicos anteriores, possuindo um movimento 
desordenado com alto teor de energia. Além disso, a 
água pura atinge esse estado físico à temperatura de 
100 °C estando ao nível do mar.
Vapor de água.
Observe o comportamento das moléculas de água 
no esquema a seguir.
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Os cientistas acreditam que essa forma-
ção de gelo pode estar presente em diferentes 
planetas no Sistema Solar e fora dele, incluin-
do Netuno e Urano. É possível que a descoberta 
ajude até a explicar o comportamento do cam-
po magnético desses planetas, cujas atmosfe-
ras têm constantes chuvas de diamante. 
Disponível em: http://www.hypeness.com. br/2018/02/agua-que-
e-liquida-e-solida-ao-mesmo-tempo-e-descoberta-por-cientis-
tas/. Acesso em: 09/10/2019.
Anotações
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22 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 23
É comum ouvirmos dizer que “o orvalho caiu” ou “a 
geada caiu”. Você acha que essas expressões corres-
pondem ao que de fato ocorreu? Justifique.
Investigue
•	A sublimação corresponde à passagem de uma 
substância do estado sólido diretamente para o es-
tado gasoso, ou vice-versa, sem passar pelo estado 
líquido. Por exemplo: quando colocamos gelo seco 
(composto de gás carbônico) num copo, o gelo pas-
sa do estado sólido diretamente para o estado de 
vapor, e o contrário, quando os flocos de neve (for-
ma sólida) se transformam em vapor de água (for-
ma gasosa), que originará o nevoeiro (sob baixa 
umidade relativa do ar e intensa incidência solar).
Resumindo:
Ve
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Condensação
Sublimação
Solidificação
Sólido
Líquido
GasosoFusão Vaporização
0 °C
0 °C
100 °C
100 °C
Gelo seco é gás carbônico, ou dióxido de carbono (CO2), quando se apresenta 
no estado sólido.
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Ciclo da água
A água existente no nosso planeta não fica parada. 
Ela muda de lugar (circula entre a atmosfera, pelo solo, 
pela superfície, por áreas subterrâneas e por plantas e 
Você aprendeu que, ao passar do estado líquido 
para o estado de vapor, a água recebe energia na 
forma de calor. Pense nisso e explique por que senti-
mos frio quando saímos molhados de um banho de 
mar ou piscina.
Investigue
O ciclo hidrológico tem início com o Sol aquecendo a 
água dos rios, mares e lagos (estado líquido), levando-
-a ao estado de vapor pelo processo da evaporação. À 
medida que esse vapor sobe para a atmosfera, resfria-se 
e condensa-se em seguida, formando as nuvens. Essas 
nuvens circulam livremente pela atmosfera até que as 
gotículas que as compõem se tornem tão grandes e pe-
sadas que não suportem permanecer suspensas no ar. 
Quando isso acontece, essas gotículas retornam à terra 
na forma de chuva (precipitação) e, se a temperatura es-
tiver muito baixa, na forma de granizo (pedras de gelo) 
ou flocos de neve.
 Nesse ciclo, participam também os seres vivos, por 
meio da eliminação da água que resulta dos seus pro-
cessos metabólicos, como respiração, transpiração, for-
mação de urina e fezes.
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Precipitação
Lençóis freáticos
Transpiração
Evaporação
Condensaçãoanimais) e de estado físico ao longo do tempo, originan-
do o que chamamos de ciclo da água, ou ciclo hidroló-
gico. A ciência que se dedica ao estudo da água é cha-
mada Hidrologia.
Ao longo dessa dinâmica, a água apresenta estado 
líquido quando faz parte de rios, mares e lagos; gaso-
so durante sua evaporação para a atmosfera; e sólido 
quando se transforma em neve ou gelo.
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Ciências – 6o ano 22
Água em solidificação.
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Quando aquecemos a água, ela absorve calor e, ao 
atingir 100 °C, torna-se vapor, num processo denominado 
vaporização. Mas, como essa mudança de estado pode se 
realizar envolvendo quantidade de energia e velocidade 
diferentes, pode ser obtida de três formas:
•	Evaporação: processo que ocorre à temperatura 
ambiente, de forma lenta e progressiva, sem forma-
ção de bolhas.
Exemplos: quando a água dos rios se transforma em 
vapor, como etapa do ciclo da água, ou quando colo-
camos roupa para secar no varal.
Roupas no varal, bem estendidas, secam mais rápido porque possuem maior 
área de contato com o ar.
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•	Ebulição: processo que ocorre quando o líquido 
atinge o seu ponto de ebulição — no caso da água, a 
100 °C — de forma rápida e visível, uma vez que são 
produzidas bolhas na superfície do líquido.
Exemplo: quando colocamos água para ferver em 
uma panela.
Quando levamos uma panela com água ao fogo, ocorre a ebulição da água, 
que é um tipo de vaporização.
Ro
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•	Calefação: processo em que a água passa, repen-
tinamente, do estado líquido para o gasoso (vapor).
Exemplo: quando deixamos cair gotas de água em 
uma chapa preaquecida.
Calefação é uma fase quase instantânea em que gotas de água vaporizam 
rapidamente, emitindo um chiado característico.
Caso aconteça o contrário, ou seja, se o vapor per-
der calor e voltar ao estado líquido, estamos diante de 
um processo denominado condensação, ou liquefa-
ção. Quando uma panela contém água aquecida e a 
destampamos de repente, observamos gotículas de 
água na tampa: essas gotículas são justamente o va-
por de água, que, ao entrar em contato com a tempe-
ratura ambiente, mais baixa, retorna ao estado líquido, 
ou seja, condensa-se.
Ao entrar em contato com uma superfície mais fria, o vapor de água do am-
biente se condensa.
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Já na solidificação, ocorre o contrário: a substância 
passa do estado líquido para o estado sólido. Por exem-
plo: a água congelando dentro do freezer.
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Sugestão de
leitura
Em busca da água: um guia 
para passar da escassez à 
sustentabilidade
Autor: Brian Richter
Brian Richter é um líder global em conser-
vação da água, já acompanhou mais de 120 
projetos hídricos pelo mundo e é assessor 
das Nações Unidas para assuntos ligados à 
água. Nesse livro, ele ajuda o leitor a com-
preender a crise hídrica que assola várias 
regiões do mundo, como também propõe 
soluções — medidas a serem tomadas por 
governos, empresas e cidadãos para uma 
gestão sustentável deste recurso vital.
Os estados da matéria | vídeos educati-
vos para crianças
https://www.youtube.com/watch?v=v-JX
rAl_bjg
Sugestão de
vídeo
Sugestão de
atividade
Já vimos em noticiários que a água do 
Planeta está acabando, mas não é a quan-
tidade de água que está diminuindo, e sim 
a procura por ela que está ficando cada vez 
maior. Há também outro fator agravante: 
sua poluição.
É extremamente importante que to-
dos se conscientizem sobre o valor da água 
Anotações
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23Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 23
É comum ouvirmos dizer que “o orvalho caiu” ou “a 
geada caiu”. Você acha que essas expressões corres-
pondem ao que de fato ocorreu? Justifique.
Investigue
•	A sublimação corresponde à passagem de uma 
substância do estado sólido diretamente para o es-
tado gasoso, ou vice-versa, sem passar pelo estado 
líquido. Por exemplo: quando colocamos gelo seco 
(composto de gás carbônico) num copo, o gelo pas-
sa do estado sólido diretamente para o estado de 
vapor, e o contrário, quando os flocos de neve (for-
ma sólida) se transformam em vapor de água (for-
ma gasosa), que originará o nevoeiro (sob baixa 
umidade relativa do ar e intensa incidência solar).
Resumindo:
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Condensação
Sublimação
Solidificação
Sólido
Líquido
GasosoFusão Vaporização
0 °C
0 °C
100 °C
100 °C
Gelo seco é gás carbônico, ou dióxido de carbono (CO2), quando se apresenta 
no estado sólido.
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Ciclo da água
A água existente no nosso planeta não fica parada. 
Ela muda de lugar (circula entre a atmosfera, pelo solo, 
pela superfície, por áreas subterrâneas e por plantas e 
Você aprendeu que, ao passar do estado líquido 
para o estado de vapor, a água recebe energia na 
forma de calor. Pense nisso e explique por que senti-
mos frio quando saímos molhados de um banho de 
mar ou piscina.
Investigue
O ciclo hidrológico tem início com o Sol aquecendo a 
água dos rios, mares e lagos (estado líquido), levando-
-a ao estado de vapor pelo processo da evaporação. À 
medida que esse vapor sobe para a atmosfera, resfria-se 
e condensa-se em seguida, formando as nuvens. Essas 
nuvens circulam livremente pela atmosfera até que as 
gotículas que as compõem se tornem tão grandes e pe-
sadas que não suportem permanecer suspensas no ar. 
Quando isso acontece, essas gotículas retornam à terra 
na forma de chuva (precipitação) e, se a temperatura es-
tiver muito baixa, na forma de granizo (pedras de gelo) 
ou flocos de neve.
 Nesse ciclo, participam também os seres vivos, por 
meio da eliminação da água que resulta dos seus pro-
cessos metabólicos, como respiração, transpiração, for-
mação de urina e fezes.
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Precipitação
Lençóis freáticos
Transpiração
Evaporação
Condensação
animais) e de estado físico ao longo do tempo, originan-
do o que chamamos de ciclo da água, ou ciclo hidroló-
gico. A ciência que se dedica ao estudo da água é cha-
mada Hidrologia.
Ao longo dessa dinâmica, a água apresenta estado 
líquido quando faz parte de rios, mares e lagos; gaso-
so durante sua evaporação para a atmosfera; e sólido 
quando se transforma em neve ou gelo.
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Ciências – 6o ano 22
Água em solidificação.
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Quando aquecemos a água, ela absorve calor e, ao 
atingir 100 °C, torna-se vapor, num processo denominado 
vaporização. Mas, como essa mudança de estado pode se 
realizar envolvendo quantidade de energia e velocidade 
diferentes, pode ser obtida de três formas:
•	Evaporação: processo que ocorre à temperatura 
ambiente, de forma lenta e progressiva, sem forma-
ção de bolhas.
Exemplos: quando a água dos rios se transforma em 
vapor, como etapa do ciclo da água, ou quando colo-
camos roupa para secar no varal.
Roupas no varal, bem estendidas, secam mais rápido porque possuem maior 
área de contato com o ar.
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•	Ebulição: processo que ocorre quando o líquido 
atinge o seu ponto de ebulição — no caso da água, a 
100 °C — de forma rápida e visível, uma vez que são 
produzidas bolhas na superfície do líquido.
Exemplo: quando colocamos água para ferver em 
uma panela.
Quando levamos uma panela com água ao fogo, ocorre a ebulição da água, 
que é um tipo de vaporização.
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•	Calefação: processo em que a água passa, repen-
tinamente, do estado líquido para o gasoso (vapor).
Exemplo: quando deixamos cair gotas de água em 
uma chapa preaquecida.
Calefação é uma fase quase instantânea em que gotas de água vaporizam 
rapidamente, emitindo um chiado característico.
Caso aconteça o contrário, ou seja, se o vapor per-der calor e voltar ao estado líquido, estamos diante de 
um processo denominado condensação, ou liquefa-
ção. Quando uma panela contém água aquecida e a 
destampamos de repente, observamos gotículas de 
água na tampa: essas gotículas são justamente o va-
por de água, que, ao entrar em contato com a tempe-
ratura ambiente, mais baixa, retorna ao estado líquido, 
ou seja, condensa-se.
Ao entrar em contato com uma superfície mais fria, o vapor de água do am-
biente se condensa.
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Já na solidificação, ocorre o contrário: a substância 
passa do estado líquido para o estado sólido. Por exem-
plo: a água congelando dentro do freezer.
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para os seres vivos e entendam o que a fal-
ta dela pode nos causar.
Uma atividade fácil pode ser feita de 
forma simples em sala de aula, utilizan-
do materiais baratos e de fácil acesso para 
conscientizar a turma. Para essa ativida-
de serão utilizados os seguintes materiais: 
uma garrafa PET transparente de dois litros 
com tampa, água, um copo de 200 ml e um 
copo de 50 ml.
O professor deve encher a garrafa PET com 
água e pedir aos alunos que imaginem que, 
dentro daquela garrafa, está toda a água do 
mundo. Nesse momento, eles podem ser in-
dagados acerca de diversos assuntos, como: 
“Que tipo de água temos em nosso plane-
ta?”; “Onde existe água em nosso planeta?”; 
“Será que toda a água que temos no mundo 
é potável?”; “Por que a água é tão importante 
para a vida?”; “Quais organismos precisam de 
água?”; “O que pode acontecer se um ser vivo 
ficar sem água?”; “De que forma você conso-
me água?”, entre tantas outras perguntas. 
Depois de questionar os alunos, o profes-
sor deve encher o copo de 200 ml com a água 
que está dentro da garrafa, informando que 
aquela quantidade no copo é o total de água 
doce existente em nosso planeta. Em seguida, 
o professor deve encher o copo de 50 ml com 
a água que está dentro do copo de 200 ml. 
O copo de 50 ml representa a água de fácil 
acesso, como rios, lagos, represas e poços ar-
tesianos. Feito isso, o professor enche a tam-
pinha de água da garrafa PET com a água que 
está dentro do copo de 50 ml, sendo a tampa 
da garrafa uma representação da quantida-
de aproximada de água doce disponível para 
o consumo humano. 
Ao longo dessa atividade, é fundamen-
tal o professor ter momentos de interação 
e esclarecimento, pois se trata de uma ati-
vidade que visa à conscientização de todos 
que consomem água. Assim, o professor 
também pode trabalhar o ciclo da água, 
como ela é utilizada pelas plantas e pe-
los animais, como ocorre a purificação da 
água e quais são as suas propriedades. 
Depois da atividade, o professor pode 
pedir aos alunos sugestões de como evitar 
o desperdício de água; e, se houver possibi-
lidade, promover fóruns e debates com ou-
tras turmas da escola. 
Disponível em: http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrate-
gias-ensino/Agua.htm. Acesso em: 09/10/2019. Adaptado. 
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 23 05/03/2020 10:38:34
24 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 25
b. Como se chama o processo pelo qual passa a água que 
estava nas roupas?
5| As situações, a seguir, exemplificam mudanças do es-
tado físico da água. Identifique o processo ocorrido em 
cada situação (nome da mudança de fase).
Situação Nome do Processo
Derretimento de um 
picolé
Fusão
Poça de água que secou Evaporação
Água fervendo Ebulição
Formação de nuvens Condensação
Formação de neve Solidificação
Evaporação.
Laboratório de 
ciências
Os estados físicos da água
Objetivos:
 ■ Reconhecer as diferenças entre os estados físicos 
da água.
 ■ Vivenciar situações do dia a dia dos estados físicos 
da água, contribuindo, assim, para a internalização 
do conhecimento.
 ■ Identificar os diferentes estados físicos da água e 
seus processos de transformação na natureza.
Materiais:
 ■ Água. ■ Formas para fazer gelo.  ■ Xícara com pires.  ■ Garrafa térmica com água quente.  ■ Bacia.
1. Em que estado físico estava a água quando você a co-
locou na fôrma de gelo?
 Sólido Líquido Gasoso
Procedimento:
1. Encha as fôrmas para gelo com água e coloque-as no 
congelador por algumas horas. 
2. Retire-as do congelador e observe o que aconteceu com 
a água. Faça suas anotações na ficha de observação. 
3. Despeje o conteúdo das forminhas numa bacia com 
água e aguarde alguns minutos. Observe e anote o 
que aconteceu com o gelo. 
4. Com a ajuda de um adulto, encha meia panela com 
água e leve-a ao fogo, até que a água comece a fer-
ver. Coloque a água numa garrafa térmica. Depois, 
despeje um pouco de água quente na xícara e tam-
pe-a com um pires. Deixe um minuto e retire o pires. 
Observe e registre o que aconteceu.
Ficha de observação:
2. Em que estado físico estava a água quando você reti-
rou a fôrma da geladeira?
 Sólido Líquido Gasoso
4. Em que estado físico estava a água quando você colo-
cou o gelo na bacia com água?
 Sólido Líquido Gasoso
3. O que provocou a mudança do estado físico da água 
ao retirá-la do congelador? E como se chama essa mu-
dança de estado físico?
5. Após algum tempo, o que aconteceu com o gelo que 
você colocou na bacia com água? Como se denomina 
esse processo?
6. Após a fervura da água, o que você observou? Como 
se denomina esse processo?
7. Quando você cobriu a xícara com o pires e aguardou al-
guns minutos, o que você observou no pires ao retirá-lo?
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Ciências – 6o ano 24
Se a maior parte da água que evapora no Planeta 
vem dos oceanos, por que não chove uma gota se-
quer de água salgada?
Investigue
O gelo seco não é composto de água 
Isso mesmo. O gelo seco é formado de gás carbôni-
co. Primeiramente, faz-se uma liquefação do gás carbô-
nico num tanque a –20 °C. Depois, elimina-se a pressão 
de dentro do tanque e, consequentemente, há um res-
friamento do gás para –78 °C, o suficiente para solidifi-
car o gás carbônico. 
1| Leia o texto: 
O gelo seco, quando exposto a temperatura e pressão ambientes, sublima, 
formando uma névoa muito utilizada em espetáculos.
a. A temperatura de solidificação do gás carbônico é 
igual à da água? Diga, então, o ponto de solidificação da 
água.
Agora, responda:
Não, a solidificação do gás carbônico ocorre a –78 °C. O 
ponto de solidificação da água é de 0 °C.
b. Qual fenômeno caracteriza a passagem do gelo seco 
diretamente para o estado gasoso, ao entrar em contato 
com o ar atmosférico?
a. Qual das roupas secou mais depressa: a sua ou a do 
seu irmão? Por quê?
a. Identifique cada mudança de estado indicada pelos 
números.
b. Identifique também em que passagens a água ganha 
energia em forma de calor e em que passagens ela per-
de energia na forma de calor.
2| Dizemos que um rio tem água doce. Ela é doce mes-
mo? O que queremos dizer com a expressão “água 
doce”?
3| Na ilustração abaixo, pode-se ver a passagem de um 
pouco de água por três estados físicos. As mudanças es-
tão indicadas por números.
4| Você e seu irmão tomaram chuva quando vinham da es-
cola. Em casa, os dois trocaram de roupa. Seu irmão es-
queceu a roupa molhada num canto do quarto dele. Você 
estendeu a roupa no varal do quintal, onde bate muito Sol.
Sublimação.
Não, ela recebe esse nome porque não possui grande 
quantidade de sal.
sólido líquido vapor
2
6
4
3
1
5
1
1) Vaporização; 2) Solidificação; 3) Sublimação; 4) Fu-
são; 5) Condensação; 6) Sublimação.
Ganha calor – 1, 3 e 4.
Perde calor – 2, 5 e 6.
A minha, pois no varal ela ficou exposta ao calor do Sol, e 
isso acelerou o processo de vaporização da água da roupa.
Exercite sua 
memória
An
na
 O
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Pacto Azul: a crise global da água 
e a batalha pelo controle da água 
potável no mundo 
Autora: Maude BarlowO livro aborda o problema da água em todo 
o mundo, a poluição, a escassez que provoca 
mortes e doenças e a dominação das minas 
de água potável pelas grandes corporações. 
Maude Barlow mais uma vez nos alerta 
com a apresentação de exemplos, locais e 
dados estatísticos surpreendentes. Um li-
vro oportuno e importante que denuncia e 
apresenta caminhos para discussão de po-
líticas internacionais.
Sugestão de
leitura
Água no Oriente Médio: o fluxo da 
paz 
Autor: Luis Antonio Bittar Venturi 
A obra traz um profundo estudo sobre 
a relação da escassez hídrica e os con-
flitos recorrentes na região. A proposta 
é levar ao leitor uma nova perspectiva, 
contrária ao fatalismo predominante, 
em busca da compreensão da água pelo 
fluxo da paz.
Sugestão de
atividade
Evaporação dos líquidos 
Objetivos: 
Verificar se a evaporação de líquidos 
provoca abaixamento de temperatura. 
Comparar evaporação de líquidos dife-
rentes. 
Anotações
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25Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 25
b. Como se chama o processo pelo qual passa a água que 
estava nas roupas?
5| As situações, a seguir, exemplificam mudanças do es-
tado físico da água. Identifique o processo ocorrido em 
cada situação (nome da mudança de fase).
Situação Nome do Processo
Derretimento de um 
picolé
Fusão
Poça de água que secou Evaporação
Água fervendo Ebulição
Formação de nuvens Condensação
Formação de neve Solidificação
Evaporação.
Laboratório de 
ciências
Os estados físicos da água
Objetivos:
 ■ Reconhecer as diferenças entre os estados físicos 
da água.
 ■ Vivenciar situações do dia a dia dos estados físicos 
da água, contribuindo, assim, para a internalização 
do conhecimento.
 ■ Identificar os diferentes estados físicos da água e 
seus processos de transformação na natureza.
Materiais:
 ■ Água. ■ Formas para fazer gelo.  ■ Xícara com pires.  ■ Garrafa térmica com água quente.  ■ Bacia.
1. Em que estado físico estava a água quando você a co-
locou na fôrma de gelo?
 Sólido Líquido Gasoso
Procedimento:
1. Encha as fôrmas para gelo com água e coloque-as no 
congelador por algumas horas. 
2. Retire-as do congelador e observe o que aconteceu com 
a água. Faça suas anotações na ficha de observação. 
3. Despeje o conteúdo das forminhas numa bacia com 
água e aguarde alguns minutos. Observe e anote o 
que aconteceu com o gelo. 
4. Com a ajuda de um adulto, encha meia panela com 
água e leve-a ao fogo, até que a água comece a fer-
ver. Coloque a água numa garrafa térmica. Depois, 
despeje um pouco de água quente na xícara e tam-
pe-a com um pires. Deixe um minuto e retire o pires. 
Observe e registre o que aconteceu.
Ficha de observação:
2. Em que estado físico estava a água quando você reti-
rou a fôrma da geladeira?
 Sólido Líquido Gasoso
4. Em que estado físico estava a água quando você colo-
cou o gelo na bacia com água?
 Sólido Líquido Gasoso
3. O que provocou a mudança do estado físico da água 
ao retirá-la do congelador? E como se chama essa mu-
dança de estado físico?
5. Após algum tempo, o que aconteceu com o gelo que 
você colocou na bacia com água? Como se denomina 
esse processo?
6. Após a fervura da água, o que você observou? Como 
se denomina esse processo?
7. Quando você cobriu a xícara com o pires e aguardou al-
guns minutos, o que você observou no pires ao retirá-lo?
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Ciências – 6o ano 24
Se a maior parte da água que evapora no Planeta 
vem dos oceanos, por que não chove uma gota se-
quer de água salgada?
Investigue
O gelo seco não é composto de água 
Isso mesmo. O gelo seco é formado de gás carbôni-
co. Primeiramente, faz-se uma liquefação do gás carbô-
nico num tanque a –20 °C. Depois, elimina-se a pressão 
de dentro do tanque e, consequentemente, há um res-
friamento do gás para –78 °C, o suficiente para solidifi-
car o gás carbônico. 
1| Leia o texto: 
O gelo seco, quando exposto a temperatura e pressão ambientes, sublima, 
formando uma névoa muito utilizada em espetáculos.
a. A temperatura de solidificação do gás carbônico é 
igual à da água? Diga, então, o ponto de solidificação da 
água.
Agora, responda:
Não, a solidificação do gás carbônico ocorre a –78 °C. O 
ponto de solidificação da água é de 0 °C.
b. Qual fenômeno caracteriza a passagem do gelo seco 
diretamente para o estado gasoso, ao entrar em contato 
com o ar atmosférico?
a. Qual das roupas secou mais depressa: a sua ou a do 
seu irmão? Por quê?
a. Identifique cada mudança de estado indicada pelos 
números.
b. Identifique também em que passagens a água ganha 
energia em forma de calor e em que passagens ela per-
de energia na forma de calor.
2| Dizemos que um rio tem água doce. Ela é doce mes-
mo? O que queremos dizer com a expressão “água 
doce”?
3| Na ilustração abaixo, pode-se ver a passagem de um 
pouco de água por três estados físicos. As mudanças es-
tão indicadas por números.
4| Você e seu irmão tomaram chuva quando vinham da es-
cola. Em casa, os dois trocaram de roupa. Seu irmão es-
queceu a roupa molhada num canto do quarto dele. Você 
estendeu a roupa no varal do quintal, onde bate muito Sol.
Sublimação.
Não, ela recebe esse nome porque não possui grande 
quantidade de sal.
sólido líquido vapor
2
6
4
3
1
5
1
1) Vaporização; 2) Solidificação; 3) Sublimação; 4) Fu-
são; 5) Condensação; 6) Sublimação.
Ganha calor – 1, 3 e 4.
Perde calor – 2, 5 e 6.
A minha, pois no varal ela ficou exposta ao calor do Sol, e 
isso acelerou o processo de vaporização da água da roupa.
Exercite sua 
memória
An
na
 O
m
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
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Material: 
•	 1 termômetro (-10 °C a 110 °C ou -10 °C a 50 °C). 
•	 Frasco com álcool. 
•	 Frasco com água. 
•	 Frasco com acetona. 
•	 3 tiras de papel absorvente (10 cm x 2 cm). 
Procedimento: 
1- Introduza o termômetro na água do frasco. Aguarde 30 segundos e anote a temperatura. 
2- Retire o termômetro da água e, segurando-o pela extremidade oposta ao bulbo, obser-
ve por 1 minuto se a temperatura permanece a mesma ou aumenta. 
3- Enxugue o termômetro e repita os proce-
dimentos anteriores, trabalhando primeiro 
com o álcool e depois com a acetona.
4- Escreva nas tiras de papel absorvente: 
água, álcool e acetona.
Molhe as tiras com o líquido corresponden-
te, deixe-as sobre a mesa e observe-as.
Sugestão de questões:
a) Qual dos líquidos apresentou maior 
diminuição de temperatura?
b) Os líquidos que molhavam o termô-
metro estavam evaporando enquanto você 
observava o registro de temperatura?
c) Qual das tiras de papel absorvente 
secou mais depressa? Qual demorou mais?
d) Escreva a sua conclusão sobre a ativi-
dade prática realizada.
Conclusão:
As três substâncias líquidas apresentam 
temperaturas diferentes. A água está com 
temperatura de 27 °C, o álcool está com 
temperatura de 28 °C e a acetona está com 
temperatura de 31 °C. A evaporação da ace-
tona foi bem rápida, depois foi o álcool que 
evaporou e a água apresentou a evapora-
ção mais lenta de todas. Logo, a temperatu-
ra mais alta influencia na evaporação.
Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/
pde/arquivos/1874-6.pdf. Acesso em: 09/10/2019. Adaptado.
Anotações
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26 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 27
7| A fórmula química da água é H2O. Conclui-se que essa 
fórmula apresenta:
a. 2 átomos de hidrogênio (H) e 2 átomos de oxigê-
nio (O).
b. X 2 átomos de hidrogênio (H) e 1 átomo de 
oxigênio(O).
c. 1 átomo de hidrogênio (H) e 2 átomos de oxigê-
nio (O).
d. 1 átomo de hidrogênio (H) e 1 átomo de oxigê-
nio (O).
Assinale a alternativa que corresponde à sequência 1, 2, 
3, 4.
a. Solidificação, sublimação, vaporização e fusão.
b. Fusão, condensação, solidificação e sublimação.
c. X Fusão, vaporização,solidificação e condensação.
d. Solidificação, condensação, vaporização e fusão.
1
3
2
4
sólido líquido vapor (não é visível)
8| Na ilustração abaixo, pode-se ver a passagem de um 
pouco de água por três estados físicos.
Da nuvem até o chão, 
Do chão até o bueiro, 
Do bueiro até o cano, 
Do cano até o rio, 
Do rio até a cachoeira... 
Da cachoeira até a represa, 
Da represa até a caixa-
-d’água, 
Da caixa-d’água até a 
torneira, 
Da torneira até o filtro, 
Do filtro até o copo. 
Do copo até a boca, 
Da boca até a bexiga, 
Da bexiga até a privada, 
Da privada até o cano, 
Do cano até o rio... 
Do rio até outro rio, 
Do outro rio até o mar, 
Do mar até outra nuvem...
10| Considere a canção Água, de Paulo Tatit e Arnaldo 
Antunes.
A letra da canção faz referência:
a. X ao ciclo da água e à ação do ser humano sobre a 
natureza.
b. à rede hidrográfica e ao consumo inadequado 
da água.
c. à rede de esgoto e à ação da natureza sobre o 
ser humano.
d. à bacia hidrográfica e à submissão do ser humano 
à natureza.
9| (UFG) Os processos envolvidos nas mudanças de esta-
do físico da matéria, conforme esquema a seguir, envol-
vem transferência de calor.
Entre esses processos, os que envolvem, respectiva-
mente, absorção e liberação de calor são:
a. solidificação e condensação.
b. X sublimação e solidificação.
c. fusão e vaporização.
d. vaporização e fusão.
Sólido Líquido Gasoso
11| (Facimpa) Observe:
I. Uma pedra de naftalina deixada no armário.
II. Uma vasilha de água deixada no freezer.
III. Uma vasilha de água deixada no fogo.
IV. O derretimento de um pedaço de chumbo quando 
aquecido.
Nesses fatos, estão relacionados corretamente os se-
guintes fenômenos:
a. X I. Sublimação; II. Solidificação; III. Vaporização; 
IV. Fusão.
b. I. Sublimação; II. Sublimação; III. Vaporização; 
IV. Solidificação.
c. I. Fusão; II. Sublimação; III. Vaporização; 
 IV. Solidificação.
d. I. Vaporização; II. Solidificação; III. Fusão; IV. Su-
blimação.
e. I. Vaporização; II. Sublimação; III. Fusão; 
 IV. Solidificação.
(SILVEIRA, Ieda. A Geografia da gente. São Paulo: Ática, 2003. P. 8)
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Ciências – 6o ano 26
2| Indique a afirmativa correta.
a. X A maior parte da água do Planeta é salgada.
b. As nuvens são feitas apenas de vapor de água.
c. A maior parte da água doce do Planeta encontra-
-se no estado líquido.
d. As plantas participam do ciclo da água por meio 
da precipitação.
1| Considerando as características da água potável, é 
incorreto afirmar que ela é:
a. X pura.
b. insípida.
6| Dona Maria guardou bolas de naftalina em seu guar-
da-roupa sem a embalagem. Passados alguns dias, foi 
procurá-las, e não achou. Desconfiando de travessuras, 
foi logo reclamar com Zezinho, seu neto.
— Zezinho, você pegou as bolas de naftalina pra brincar?!
— Eu não, vovó!
— Então o que aconteceu?
O “sumiço” das bolas está associado às mudanças de 
estado físico que ocorrem em diversas situações do 
cotidiano. Analise as alternativas a seguir e assinale 
a que corresponde ao que aconteceu com as bolas de 
naftalina.
a. Ocorreu um processo de calefação, fazendo com 
que elas evaporassem.
b. X Ocorreu um processo de sublimação, em que 
elas passaram do estado sólido para o gasoso.
c. Ocorreu um processo de ebulição e as gotas líqui-
das de naftalina foram distribuídas pelo ambiente.
d. Ocorreu a solidificação, visto que elas passaram 
do estado sólido para o gasoso.
4| Existe um tipo de água que é boa para beber porque 
é tratada e livre de micro-organismos. Como é chama-
da essa água?
a. Água mineral.
b. X Água potável.
5| “O Sol aquece a superfície da Terra, e parte da água dos 
lagos, rios e oceanos passa para a atmosfera na forma de 
vapor. Ao resfriar-se, o vapor de água origina minúsculas 
gotinhas de água, que compõem as nuvens. Por fim, na 
forma de chuva, a água volta à superfície da Terra, caindo 
sobre o solo, os lagos, os rios e os oceanos.” 
Que alternativa identifica as mudanças de estado da 
água destacadas no texto?
a. Evaporação, gasoso, condensação e líquido.
b. Vaporização, gasoso, solidificação, líquido.
c. X Vaporização e condensação.
d. Gasoso e líquido.
Ciência prática
3| Observe o esquema a seguir:
Precipitação
Evaporação
A
B
Infiltração
du
cu
59
us
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
A alternativa que corresponde aos fenômenos expres-
sos em A e B, respectivamente, é:
a. evaporação e precipitação.
b. diluição e pluviosidade.
c. X transpiração e condensação.
d. transpiração orgânica e formação de nuvens.
e. bioatividade e umidificação.
c. inodora.
d. incolor.
c. Água doce.
d. Água salgada.
8. Em que estado físico estava a água quando você en-
cheu a panela e levou-a ao fogo?
 Sólido Líquido Gasoso
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Dos pântanos à escassez: uso da 
água e conflito na Baixada dos 
Goytacazes 
Autor: Paulo Roberto Ferreira Carneiro 
O livro discute os conflitos em torno do uso 
da água na Baixada dos Goytacazes, no 
norte do Estado do Rio de Janeiro, ofere-
cendo um esquema analítico alternativo 
ao da literatura técnica especializada, que 
atribui tais conflitos à escassez objetiva do 
recurso hídrico. Paulo Roberto Carneiro de-
monstra que os conflitos pelo uso da água 
não decorrem apenas da luta pelo recurso 
escasso, mas das condições jurídico-políti-
cas específicas de regulação e das formas 
culturais subjacentes aos diferentes modos 
de apropriação da água. Traz para a discus-
são as relações de poder e dominação sub-
jacentes, evidenciando os diferentes proje-
tos sociais e culturais em disputa.
Sugestão de
leitura
Anotações
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27Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 27
7| A fórmula química da água é H2O. Conclui-se que essa 
fórmula apresenta:
a. 2 átomos de hidrogênio (H) e 2 átomos de oxigê-
nio (O).
b. X 2 átomos de hidrogênio (H) e 1 átomo de 
oxigênio(O).
c. 1 átomo de hidrogênio (H) e 2 átomos de oxigê-
nio (O).
d. 1 átomo de hidrogênio (H) e 1 átomo de oxigê-
nio (O).
Assinale a alternativa que corresponde à sequência 1, 2, 
3, 4.
a. Solidificação, sublimação, vaporização e fusão.
b. Fusão, condensação, solidificação e sublimação.
c. X Fusão, vaporização, solidificação e condensação.
d. Solidificação, condensação, vaporização e fusão.
1
3
2
4
sólido líquido vapor (não é visível)
8| Na ilustração abaixo, pode-se ver a passagem de um 
pouco de água por três estados físicos.
Da nuvem até o chão, 
Do chão até o bueiro, 
Do bueiro até o cano, 
Do cano até o rio, 
Do rio até a cachoeira... 
Da cachoeira até a represa, 
Da represa até a caixa-
-d’água, 
Da caixa-d’água até a 
torneira, 
Da torneira até o filtro, 
Do filtro até o copo. 
Do copo até a boca, 
Da boca até a bexiga, 
Da bexiga até a privada, 
Da privada até o cano, 
Do cano até o rio... 
Do rio até outro rio, 
Do outro rio até o mar, 
Do mar até outra nuvem...
10| Considere a canção Água, de Paulo Tatit e Arnaldo 
Antunes.
A letra da canção faz referência:
a. X ao ciclo da água e à ação do ser humano sobre a 
natureza.
b. à rede hidrográfica e ao consumo inadequado 
da água.
c. à rede de esgoto e à ação da natureza sobre o 
ser humano.
d. à bacia hidrográfica e à submissão do ser humano 
à natureza.
9| (UFG) Os processos envolvidos nas mudanças de esta-
do físico da matéria, conforme esquema a seguir, envol-
vem transferência de calor.
Entre esses processos, os que envolvem, respectiva-
mente, absorção e liberação de calor são:
a. solidificação e condensação.
b. X sublimação e solidificação.
c. fusão e vaporização.
d. vaporização e fusão.
Sólido Líquido Gasoso
11| (Facimpa) Observe:
I. Uma pedra de naftalina deixada no armário.
II. Uma vasilha de água deixada no freezer.
III. Uma vasilha de água deixada no fogo.
IV. O derretimento de um pedaço de chumbo quando 
aquecido.
Nesses fatos,estão relacionados corretamente os se-
guintes fenômenos:
a. X I. Sublimação; II. Solidificação; III. Vaporização; 
IV. Fusão.
b. I. Sublimação; II. Sublimação; III. Vaporização; 
IV. Solidificação.
c. I. Fusão; II. Sublimação; III. Vaporização; 
 IV. Solidificação.
d. I. Vaporização; II. Solidificação; III. Fusão; IV. Su-
blimação.
e. I. Vaporização; II. Sublimação; III. Fusão; 
 IV. Solidificação.
(SILVEIRA, Ieda. A Geografia da gente. São Paulo: Ática, 2003. P. 8)
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Ciências – 6o ano 26
2| Indique a afirmativa correta.
a. X A maior parte da água do Planeta é salgada.
b. As nuvens são feitas apenas de vapor de água.
c. A maior parte da água doce do Planeta encontra-
-se no estado líquido.
d. As plantas participam do ciclo da água por meio 
da precipitação.
1| Considerando as características da água potável, é 
incorreto afirmar que ela é:
a. X pura.
b. insípida.
6| Dona Maria guardou bolas de naftalina em seu guar-
da-roupa sem a embalagem. Passados alguns dias, foi 
procurá-las, e não achou. Desconfiando de travessuras, 
foi logo reclamar com Zezinho, seu neto.
— Zezinho, você pegou as bolas de naftalina pra brincar?!
— Eu não, vovó!
— Então o que aconteceu?
O “sumiço” das bolas está associado às mudanças de 
estado físico que ocorrem em diversas situações do 
cotidiano. Analise as alternativas a seguir e assinale 
a que corresponde ao que aconteceu com as bolas de 
naftalina.
a. Ocorreu um processo de calefação, fazendo com 
que elas evaporassem.
b. X Ocorreu um processo de sublimação, em que 
elas passaram do estado sólido para o gasoso.
c. Ocorreu um processo de ebulição e as gotas líqui-
das de naftalina foram distribuídas pelo ambiente.
d. Ocorreu a solidificação, visto que elas passaram 
do estado sólido para o gasoso.
4| Existe um tipo de água que é boa para beber porque 
é tratada e livre de micro-organismos. Como é chama-
da essa água?
a. Água mineral.
b. X Água potável.
5| “O Sol aquece a superfície da Terra, e parte da água dos 
lagos, rios e oceanos passa para a atmosfera na forma de 
vapor. Ao resfriar-se, o vapor de água origina minúsculas 
gotinhas de água, que compõem as nuvens. Por fim, na 
forma de chuva, a água volta à superfície da Terra, caindo 
sobre o solo, os lagos, os rios e os oceanos.” 
Que alternativa identifica as mudanças de estado da 
água destacadas no texto?
a. Evaporação, gasoso, condensação e líquido.
b. Vaporização, gasoso, solidificação, líquido.
c. X Vaporização e condensação.
d. Gasoso e líquido.
Ciência prática
3| Observe o esquema a seguir:
Precipitação
Evaporação
A
B
Infiltração
du
cu
59
us
/S
hu
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er
st
oc
k.
co
m
A alternativa que corresponde aos fenômenos expres-
sos em A e B, respectivamente, é:
a. evaporação e precipitação.
b. diluição e pluviosidade.
c. X transpiração e condensação.
d. transpiração orgânica e formação de nuvens.
e. bioatividade e umidificação.
c. inodora.
d. incolor.
c. Água doce.
d. Água salgada.
8. Em que estado físico estava a água quando você en-
cheu a panela e levou-a ao fogo?
 Sólido Líquido Gasoso
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28 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 29
Gases nobres – Compostos gasosos, inodoros, 
incolores, pouco reativos e estáveis, formados pelos 
elementos hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio 
e radônio.
Gases-traço – Compostos gasosos presentes na 
atmosfera, em pequena quantidade, como o gás 
carbônico, o metano e o ozônio.
Glossário
O ar atmosférico é uma complexa mistura de gases, 
entre os quais merecem destaque o nitrogênio (N2), e o 
oxigênio (O2). Qual é o papel desempenhado por esses 
gases em relação à sobrevivência das espécies que ha-
bitam o nosso planeta?
Investigue
As camadas da atmosfera 
Você já ouviu falar que algumas pessoas podem sen-
tir falta de ar ao escalar uma montanha ou visitar uma 
região muito elevada? Isso acontece devido ao que cha-
mamos de ar rarefeito. Algumas cidades ou regiões com 
altitude elevada (distância vertical de um ponto qual-
quer em relação ao nível do mar) possuem o ar mais rare-
feito, ou seja, menos denso e com menor concentração de 
oxigênio, o que torna a respiração mais difícil. Isso acon-
tece porque, em toda a sua extensão, a atmosfera varia 
em sua composição, sendo possível definir camadas ao 
longo dela. São cinco as camadas que se sobrepõem: 
Troposfera 
É a primeira camada e vai do solo a, aproximadamen-
te, 7 km de altura nos polos e 17 km na Linha do Equador. É 
da troposfera que os seres vivos retiram o oxigênio necessá-
rio para a sobrevivência. Nessa camada, ocorre a presença 
de nuvens, ventos, neve, chuva, raios, etc. Representando 
75% da massa total da atmosfera, nessa região a tempera-
tura diminui, em média, 6,5 °C por quilômetro, chegando a 
até – 60 °C em seu ponto mais elevado. 
Estratosfera
Corresponde à segunda camada e inicia-se, apro-
ximadamente, no local onde termina a troposfera, al-
cançando os 50 km de altitude. É nela que os aviões 
preferem trafegar, já que a ausência de nuvens e tem-
pestades propicia melhor visibilidade. Nessa região, a 
temperatura é constante em –56,5 °C ao longo dos pri-
meiros 10 km e aumenta gradativamente até atingir 
cerca de 18 km. Essa elevação de temperatura ocorre 
devido à presença do gás ozônio (O3). Esse gás forma 
uma camada capaz de absorver as radiações ultravio-
leta (UV) do Sol, reduzindo sua incidência na Terra. A 
radiação UV pode provocar câncer de pele nos seres 
humanos, mas outras formas de vida também são sus-
ceptíveis à ação danosa desses raios. No entanto, al-
gumas substâncias produzidas pelo ser humano têm 
comprometido a eficiência dessa “filtragem” à medi-
da que destroem gradativamente a estratosfera, pro-
vocando “buracos”. 
Mesosfera
Essa região inicia-se a cerca de 50 km de altura, acima 
da estratosfera, alcançando uma altitude de 80 km e uma 
temperatura em torno de –120 °C. A essa camada, chegam 
os balões-sonda, importantes ao estudo meteorológico, 
enfrentando as mais baixas temperaturas da atmosfera, 
em consequência do ar muito rarefeito. É também nessa 
camada que, esporadicamente, podemos observar pe-
quenos meteoritos se incendiarem ao entrar em contato 
com os gases ali presentes, formando as populares es-
trelas cadentes. 
Funções da atmosfera
 Proteger a superfície de meteoritos, que queimam e 
se fragmentam ao entrar em contato com ela.
 Amenizar a ação dos raios solares que incidem sobre o 
nosso planeta.
 Favorecer a sobrevivência de muitos seres vivos graças 
à sua composição gasosa.
 Ajudar na manutenção de uma temperatura adequa-
da, retendo o calor essencial à vida.
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Ciências – 6o ano 28
3
Capítulo
Conhecendo a 
atmosfera
Nos capítulos anteriores, estudamos a litosfera e a hi-
drosfera. Além da crosta rochosa em que pisamos e da 
camada líquida que nos proporciona nutrição, higiene, 
lazer, nosso planeta possui outra camada. Essa camada 
não pode ser vista tão nitidamente quanto a litosfera e a 
hidrosfera, mas é igualmente importante para nossa so-
brevivência: a atmosfera, uma camada de matéria em 
estado gasoso que envolve a Terra. 
Você já se perguntou de onde vem o ar que você respi-
ra? Mais precisamente, o que é esse ar? Ele é uma mistu-
ra de gases que se encontra na atmosfera terrestre. Mas o 
que é exatamente essa atmosfera? 
A atmosfera terrestre é uma camada com cerca de 800 
quilômetros de espessura que produz pressão sobre nos-
so corpo devido aos gases que a constituem. Neste ca-
pítulo, vamos estudar sua formação, sua composição e 
suas propriedades.
A atmosfera terrestre não foi sempre como a que co-
nhecemos hoje. A Terra formou-se há, aproximadamen-
te, 4,5 bilhões de anos. Ao longo desse tempo, tanto a su-
perfície do Planeta foi modificando-se comoteve início a 
formação de uma grossa camada de gases ao redor, a at-
A Terra vista do espaço. A faixa azul clara corresponde à sua atmosfera.
 K
ey
Fa
m
e/
Sh
ut
te
rs
to
ck
.c
om
mosfera primitiva. Essa camada era composta de gases, 
como nitrogênio e gás carbônico, além de vapor de água. 
Muitos desses gases foram liberados a partir da intensa 
atividade vulcânica da época.
Há cerca de 600 milhões de anos, surgiu o primeiro or-
ganismo capaz de utilizar diretamente a luz solar como 
mecanismo energético por meio da fotossíntese. Por esse 
processo, ocorre a absorção da luz que incide nas molé-
culas de clorofila dos vegetais, responsáveis por absorver 
parte da energia luminosa e converter o gás carbônico 
em glicose, com a liberação de gás oxigênio. Progressiva-
mente, a composição da atmosfera foi sofrendo mudan-
ças que propiciaram a diversificação das formas de vida.
Atualmente, considera-se que o ar atmosférico é com-
posto, aproximadamente, de 78% de nitrogênio, 21% de 
oxigênio e 1% de gases-traço, como o gás carbônico, e os 
gases nobres, além de vapor de água, que participa da 
regulação do clima local. Mesmo após milhões de anos, 
continuamos a depender dessa camada, que nos fornece 
o ar que respiramos, além de proteção contra a radiação 
ultravioleta, manutenção da temperatura média do Pla-
neta, entre outras funções.
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Objetivos
didáticos
•	 A importância da atmosfera terrestre 
para os seres vivos. 
•	 Camadas atmosféricas. 
Objetivos
pedagógicos
•	 Reconhecer que a Terra está envolta pela 
atmosfera. 
•	 Compreender a importância da atmosfe-
ra para a manutenção da vida no Planeta. 
•	 Compreender que o ar é uma mistura de 
gases. 
•	 Conhecer as principais camadas da at-
mosfera e suas características. 
•	 Entender qual é a função da camada de 
ozônio. 
Sugestão de
vídeo
Você já pensou na nossa 
atmosfera hoje?
Direção: Thiago Foresti
https://www.youtube.com/watch?v=ALDz
Zc53bkM
Leitura
complementar
E se a atmosfera desaparecesse 
de repente? 
Você já deve ter ouvido milhões de ve-
zes que a atmosfera terrestre é funda-
mental para a existência de vida no nosso 
planeta. Ela contém o oxigênio — e uma 
combinação de outros gases —, indispen-
sável para a nossa respiração, nos protege 
da radiação solar e evita que o calor que re-
cebemos da nossa estrela escape de volta 
para o espaço. Você consegue imaginar o que aconteceria se essa “bolha” vital que envol-
ve a Terra desaparecesse?
De acordo com Natalie Wolchover, do portal Live Science, a primeira coisa que notaría-
mos seriam aves, insetos e organismos que se encontram voando ou suspensos no ar sim-
plesmente desabando como tijolos ao nosso redor — por conta da ausência da atmosfera 
contra a qual bater suas asas. Além disso, como as ondas sonoras precisam do ar para viajar 
e se propagar, o nosso mundo cairia no mais profundo silêncio.
Sucessão de catástrofes 
Após o susto de ver animais caindo do céu e do silêncio, vem o que você já deve ter imagina-
do, ou seja, nós morreríamos por conta da falta de oxigênio — e em cerca de 3 minutos. O pior 
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29Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 29
Gases nobres – Compostos gasosos, inodoros, 
incolores, pouco reativos e estáveis, formados pelos 
elementos hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio 
e radônio.
Gases-traço – Compostos gasosos presentes na 
atmosfera, em pequena quantidade, como o gás 
carbônico, o metano e o ozônio.
Glossário
O ar atmosférico é uma complexa mistura de gases, 
entre os quais merecem destaque o nitrogênio (N2), e o 
oxigênio (O2). Qual é o papel desempenhado por esses 
gases em relação à sobrevivência das espécies que ha-
bitam o nosso planeta?
Investigue
As camadas da atmosfera 
Você já ouviu falar que algumas pessoas podem sen-
tir falta de ar ao escalar uma montanha ou visitar uma 
região muito elevada? Isso acontece devido ao que cha-
mamos de ar rarefeito. Algumas cidades ou regiões com 
altitude elevada (distância vertical de um ponto qual-
quer em relação ao nível do mar) possuem o ar mais rare-
feito, ou seja, menos denso e com menor concentração de 
oxigênio, o que torna a respiração mais difícil. Isso acon-
tece porque, em toda a sua extensão, a atmosfera varia 
em sua composição, sendo possível definir camadas ao 
longo dela. São cinco as camadas que se sobrepõem: 
Troposfera 
É a primeira camada e vai do solo a, aproximadamen-
te, 7 km de altura nos polos e 17 km na Linha do Equador. É 
da troposfera que os seres vivos retiram o oxigênio necessá-
rio para a sobrevivência. Nessa camada, ocorre a presença 
de nuvens, ventos, neve, chuva, raios, etc. Representando 
75% da massa total da atmosfera, nessa região a tempera-
tura diminui, em média, 6,5 °C por quilômetro, chegando a 
até – 60 °C em seu ponto mais elevado. 
Estratosfera
Corresponde à segunda camada e inicia-se, apro-
ximadamente, no local onde termina a troposfera, al-
cançando os 50 km de altitude. É nela que os aviões 
preferem trafegar, já que a ausência de nuvens e tem-
pestades propicia melhor visibilidade. Nessa região, a 
temperatura é constante em –56,5 °C ao longo dos pri-
meiros 10 km e aumenta gradativamente até atingir 
cerca de 18 km. Essa elevação de temperatura ocorre 
devido à presença do gás ozônio (O3). Esse gás forma 
uma camada capaz de absorver as radiações ultravio-
leta (UV) do Sol, reduzindo sua incidência na Terra. A 
radiação UV pode provocar câncer de pele nos seres 
humanos, mas outras formas de vida também são sus-
ceptíveis à ação danosa desses raios. No entanto, al-
gumas substâncias produzidas pelo ser humano têm 
comprometido a eficiência dessa “filtragem” à medi-
da que destroem gradativamente a estratosfera, pro-
vocando “buracos”. 
Mesosfera
Essa região inicia-se a cerca de 50 km de altura, acima 
da estratosfera, alcançando uma altitude de 80 km e uma 
temperatura em torno de –120 °C. A essa camada, chegam 
os balões-sonda, importantes ao estudo meteorológico, 
enfrentando as mais baixas temperaturas da atmosfera, 
em consequência do ar muito rarefeito. É também nessa 
camada que, esporadicamente, podemos observar pe-
quenos meteoritos se incendiarem ao entrar em contato 
com os gases ali presentes, formando as populares es-
trelas cadentes. 
Funções da atmosfera
 Proteger a superfície de meteoritos, que queimam e 
se fragmentam ao entrar em contato com ela.
 Amenizar a ação dos raios solares que incidem sobre o 
nosso planeta.
 Favorecer a sobrevivência de muitos seres vivos graças 
à sua composição gasosa.
 Ajudar na manutenção de uma temperatura adequa-
da, retendo o calor essencial à vida.
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Ciências – 6o ano 28
3
Capítulo
Conhecendo a 
atmosfera
Nos capítulos anteriores, estudamos a litosfera e a hi-
drosfera. Além da crosta rochosa em que pisamos e da 
camada líquida que nos proporciona nutrição, higiene, 
lazer, nosso planeta possui outra camada. Essa camada 
não pode ser vista tão nitidamente quanto a litosfera e a 
hidrosfera, mas é igualmente importante para nossa so-
brevivência: a atmosfera, uma camada de matéria em 
estado gasoso que envolve a Terra. 
Você já se perguntou de onde vem o ar que você respi-
ra? Mais precisamente, o que é esse ar? Ele é uma mistu-
ra de gases que se encontra na atmosfera terrestre. Mas o 
que é exatamente essa atmosfera? 
A atmosfera terrestre é uma camada com cerca de 800 
quilômetros de espessura que produz pressão sobre nos-
so corpo devido aos gases que a constituem. Neste ca-
pítulo, vamos estudar sua formação, sua composição e 
suas propriedades.
A atmosfera terrestre não foi sempre como a que co-
nhecemos hoje. A Terra formou-se há, aproximadamen-
te, 4,5 bilhões de anos. Ao longo desse tempo, tanto a su-
perfície do Planeta foi modificando-se como teve início a 
formação de uma grossa camada de gases ao redor, a at-
A Terra vista do espaço. A faixa azul clara correspondeà sua atmosfera.
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mosfera primitiva. Essa camada era composta de gases, 
como nitrogênio e gás carbônico, além de vapor de água. 
Muitos desses gases foram liberados a partir da intensa 
atividade vulcânica da época.
Há cerca de 600 milhões de anos, surgiu o primeiro or-
ganismo capaz de utilizar diretamente a luz solar como 
mecanismo energético por meio da fotossíntese. Por esse 
processo, ocorre a absorção da luz que incide nas molé-
culas de clorofila dos vegetais, responsáveis por absorver 
parte da energia luminosa e converter o gás carbônico 
em glicose, com a liberação de gás oxigênio. Progressiva-
mente, a composição da atmosfera foi sofrendo mudan-
ças que propiciaram a diversificação das formas de vida.
Atualmente, considera-se que o ar atmosférico é com-
posto, aproximadamente, de 78% de nitrogênio, 21% de 
oxigênio e 1% de gases-traço, como o gás carbônico, e os 
gases nobres, além de vapor de água, que participa da 
regulação do clima local. Mesmo após milhões de anos, 
continuamos a depender dessa camada, que nos fornece 
o ar que respiramos, além de proteção contra a radiação 
ultravioleta, manutenção da temperatura média do Pla-
neta, entre outras funções.
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Sugestão de
leitura
Atmosfera, tempo e clima 
Autor: Roger G. Barry
Este livro apresenta uma introdução abran-
gente dos processos atmosféricos e das con-
dições climáticas, suas mudanças e varia-
ções, projeções e tendências futuras. Desde 
explanações claras dos princípios químicos 
e físicos da atmosfera até descrições de cli-
mas regionais e suas mudanças, a obra apre-
senta uma cobertura abrangente da meteo-
rologia e da climatologia global. Esta edição 
traz os mais recentes avanços da área e as 
ideias científicas mais atuais em um texto 
claro. Destaque também para os aspectos 
didáticos, como objetivos de aprendizagem 
na abertura dos capítulos, temas para dis-
cussão e quadros informativos sobre avan-
ços significativos do século XX.
é que nem mesmo os pacientes conectados a respiradores nos hospitais ou os mergulhadores 
equipados com cilindros poderiam sobreviver, já que é necessário haver pressão para que seja 
possível respirar.
Isso porque a pressão atmosférica é necessária para o processo de respiração aconte-
cer, já que os nossos pulmões funcionam aumentando e diminuindo a pressão do ar em 
seu interior com relação à pressão externa. Sem esse diferencial, é simplesmente impos-
sível respirar.
Conforme mencionamos anteriormente, a atmosfera terrestre ajuda a manter o calor 
que recebemos do Sol próximo à superfície. Portanto, depois de termos morrido azuis de 
falta de ar, a temperatura do nosso planeta começaria a despencar gradativamente, e a mé-
dia global passaria a ser de –18 °C — em vez dos muito mais agradáveis 15 °C atuais. Além 
disso, a variação térmica entre o dia e a noi-
te seria enorme.
Disponível em: https://www.megacurioso.com.br/fim-do-
mundo/98896-e-se-a-atmosfera-desaparecesse-de-repente.
htm. Acesso em: 09/10/2019. Adaptado.
Anotações
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30 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 31
Conectando Saberes
Terra: forma e movimento
A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar. É um 
planeta rochoso e apresenta o formato semelhante a 
uma esfera, porém com superfície irregular e levemen-
te achatada nos polos. Esse formato singular recebe o 
nome de geoide. É o único planeta do Sistema Solar a 
apresentar água no estado líquido, o que é imprescin-
dível para a ocorrência de vida, ao menos como a que 
conhecemos até então. 
 Filósofos e astrônomos da Antiguidade (especialmen-
te os gregos) identificaram seu formato aproximado mui-
to antes das primeiras viagens espaciais. Isso foi possí-
vel graças à observação de alguns fatos simples, como a 
sombra que a Terra projeta na Lua durante os eclipses e o 
desaparecimento gradual de partes de uma embarcação 
que se deslocava em direção ao horizonte (primeiro o cas-
co e depois partes mais altas, indicando que ela se deslo-
ca em uma trajetória curva). 
Movimentos da Terra
 
A Terra não permanece parada, ao contrário, movi-
menta-se constantemente. Entre esses movimentos, dois 
merecem especial atenção: o movimento de rotação e o 
de translação. 
A rotação é o movimento que a Terra realiza em tor-
Solstício de 21 ou 22 de dezembro
Início do inverno no Hemisfério 
Norte e início do verão no 
Hemisfério Sul.
Equinócio de 20 ou 21 de março
Início da primavera no Hemisfério 
Norte e início do outono no 
Hemisfério Sul.
Solstício de 21 ou 22 de junho
Início do verão no Hemisfério 
Norte e início do inverno no 
Hemisfério Sul.
Equinócio de 22 ou 23 de 
setembro 
Início do outono no Hemisfério 
Norte e início da primavera no 
Hemisfério Sul.
Órbita da Terra: caminho percorrido pela Terra no seu movimento em torno do Sol.
no de seu próprio eixo (a linha imaginária que une um 
polo a outro, passando pelo centro dela). Ele leva, apro-
ximadamente, 24 horas para se concluir. Uma conse-
quência direta do movimento de rotação é a sucessão 
de dias e noites que observamos cotidianamente. Ao 
longo desse período, percebemos uma aparente traje-
tória do Sol pelo céu, quando, na realidade, é a Terra 
que se movimenta. 
O movimento de translação, por sua vez, é realizado 
em torno do Sol. A Terra leva 365 dias e 6 horas para com-
pletar sua trajetória ao redor do Sol, o que denominamos 
de órbita terrestre. Por conta dessas horas sobressalen-
tes, a cada quatro anos, temos o chamado ano bissexto, 
com 366 dias. 
 A órbita terrestre tem formato de elipse, e o Sol não 
está posicionado exatamente no centro, desse modo, ao 
longo do ano, a distância entre a Terra e o Sol não é a 
mesma. 
A sucessão das estações do ano resulta da inclinação do 
eixo terrestre associada ao seu movimento de translação. 
Isso ocorre porque, graças a essa combinação, a incidência 
da luz solar sobre a superfície terrestre muda ao longo do 
percurso de sua órbita. Dessa forma, há meses em que um 
dos dois hemisférios terrestres recebe maior luminosida-
de e calor (verão), enquanto o outro recebe menos desses 
recursos (inverno). Em outros meses, os dois hemisférios 
recebem, ao mesmo tempo, quantidade similar de calor e 
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Ciências – 6o ano 30
Termosfera
Sendo a quarta camada, alcança cerca de 500 km aci-
ma da superfície terrestre e atinge temperaturas mais 
elevadas, em relação às suas antecessoras, chegando 
aos 1.000 ºC. 
É nela, também, que existem partículas carregadas de 
eletricidade denominadas íons, as quais facilitam a pro-
pagação das ondas de rádio, permitindo que nos comu-
niquemos com povos distantes e que ouçamos nossas 
rádios preferidas. Pela intensa presença dos íons, essa re-
gião é denominada ionosfera. Nela, ocorrem as auroras 
polares, que estudaremos adiante. 
É na termosfera que ocorre a aurora boreal.
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Exosfera
Camada mais externa da atmosfera. Começa, aproxi-
madamente, a 600 km de altura e chega a atingir 800 km 
de altitude. A exosfera é uma zona de transição entre a 
atmosfera e o espaço sideral. Nessa região, o ar é rarefei-
to, composto de 50% de hidrogênio e 50% de gás hélio, 
razão de a temperatura atingir cerca de 1.000 °C.
O telescópio espacial Hubble, da Nasa, assim como outros satélites artificiais, 
orbita na exosfera.
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A atmosfera da Terra apresenta-se subdividida em cinco camadas cujas composições variam de acordo com a altura de cada uma.
Atmosfera da Terra
Exosfera
Termosfera
Mesosfera
Estratosfera
Troposfera
Camada de ozônio
O avanço tecnológico nos possibilitou obter evi-
dências mais concretas em relação ao formato do 
Planeta, como as fotografias obtidas por satélites e 
telescópios espaciais. Pesquise outros fatos que de-
monstrem a esfericidade da Terra.
Investigue
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Leitura
complementar
Anotações
Por que a Terra tem a atmosfera 
diferente dos outros planetas? 
Nossa atmosfera é composta 78% de ni-
trogênio e 21% de oxigênio, com traços de 
outros elementos, como água e dióxido de 
carbono. É uma mistura estranha se com-
parada às atmosferas de outros planetas: 
Júpiter e Saturno, por exemplo, são domi-
nados por hidrogênio e hélio. A atmosfera 
densa de Vênus tem quase 96% de dióxi-
do de carbono e quase 3% de nitrogênio, o 
que é quase a mesma proporção que a at-
mosfera de Marte. Então, por que a nossa 
atmosfera é tão dominada por nitrogênio?
Não foi sempre desse jeito. Assim como 
a maioria dos planetas, a atmosfera mais 
rudimentar da Terra era dominada por hi-
drogênio e hélio. Esses dois elementos são, 
de longe, os mais abundantes no Univer-
so. Quase 92% dos átomos criados no big 
bang eram de hidrogênio. Todos os ele-
mentos na tabela periódica são formados 
por processos astrofísicos, como fusões no 
coração de uma estrela. Até hoje eles cons-
tituem uma pequena parte dos elementos 
cósmicos. Quando planetas se formam ini-
cialmente, são compostos, em sua maio-
ria, de hidrogênio e hélio. Alguns átomos 
de hidrogênio formam laços com outros 
elementos, mas a maioria deles continua 
livre. Tanto o hidrogênio como o hélio são 
elementos livres, então eles tendem a eva-
porar para o espaço com o passar do tem-
po. Um planeta grande como Júpiter (11 
vezes maior do que a Terra) tem a gravida-
de suficiente para atrair esse tipo de áto-
mo, enquanto a Terra não tem.
Dos elementos restantes, carbono, ni-
trogênio e oxigênio são os mais abundantes. 
Isso se dá pelo fato de que a principal reação 
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31Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 31
Conectando Saberes
Terra: forma e movimento
A Terra é o terceiro planeta do Sistema Solar. É um 
planeta rochoso e apresenta o formato semelhante a 
uma esfera, porém com superfície irregular e levemen-
te achatada nos polos. Esse formato singular recebe o 
nome de geoide. É o único planeta do Sistema Solar a 
apresentar água no estado líquido, o que é imprescin-
dível para a ocorrência de vida, ao menos como a que 
conhecemos até então. 
 Filósofos e astrônomos da Antiguidade (especialmen-
te os gregos) identificaram seu formato aproximado mui-
to antes das primeiras viagens espaciais. Isso foi possí-
vel graças à observação de alguns fatos simples, como a 
sombra que a Terra projeta na Lua durante os eclipses e o 
desaparecimento gradual de partes de uma embarcação 
que se deslocava em direção ao horizonte (primeiro o cas-
co e depois partes mais altas, indicando que ela se deslo-
ca em uma trajetória curva). 
Movimentos da Terra
 
A Terra não permanece parada, ao contrário, movi-
menta-se constantemente. Entre esses movimentos, dois 
merecem especial atenção: o movimento de rotação e o 
de translação. 
A rotação é o movimento que a Terra realiza em tor-
Solstício de 21 ou 22 de dezembro
Início do inverno no Hemisfério 
Norte e início do verão no 
Hemisfério Sul.
Equinócio de 20 ou 21 de março
Início da primavera no Hemisfério 
Norte e início do outono no 
Hemisfério Sul.
Solstício de 21 ou 22 de junho
Início do verão no Hemisfério 
Norte e início do inverno no 
Hemisfério Sul.
Equinócio de 22 ou 23 de 
setembro 
Início do outono no Hemisfério 
Norte e início da primavera no 
Hemisfério Sul.
Órbita da Terra: caminho percorrido pela Terra no seu movimento em torno do Sol.
no de seu próprio eixo (a linha imaginária que une um 
polo a outro, passando pelo centro dela). Ele leva, apro-
ximadamente, 24 horas para se concluir. Uma conse-
quência direta do movimento de rotação é a sucessão 
de dias e noites que observamos cotidianamente. Ao 
longo desse período, percebemos uma aparente traje-
tória do Sol pelo céu, quando, na realidade, é a Terra 
que se movimenta. 
O movimento de translação, por sua vez, é realizado 
em torno do Sol. A Terra leva 365 dias e 6 horas para com-
pletar sua trajetória ao redor do Sol, o que denominamos 
de órbita terrestre. Por conta dessas horas sobressalen-
tes, a cada quatro anos, temos o chamado ano bissexto, 
com 366 dias. 
 A órbita terrestre tem formato de elipse, e o Sol não 
está posicionado exatamente no centro, desse modo, ao 
longo do ano, a distância entre a Terra e o Sol não é a 
mesma. 
A sucessão das estações do ano resulta da inclinação do 
eixo terrestre associada ao seu movimento de translação. 
Isso ocorre porque, graças a essa combinação, a incidência 
da luz solar sobre a superfície terrestre muda ao longo do 
percurso de sua órbita. Dessa forma, há meses em que um 
dos dois hemisférios terrestres recebe maior luminosida-
de e calor (verão), enquanto o outro recebe menos desses 
recursos (inverno). Em outros meses, os dois hemisférios 
recebem, ao mesmo tempo, quantidade similar de calor e 
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Ciências – 6o ano 30
Termosfera
Sendo a quarta camada, alcança cerca de 500 km aci-
ma da superfície terrestre e atinge temperaturas mais 
elevadas, em relação às suas antecessoras, chegando 
aos 1.000 ºC. 
É nela, também, que existem partículas carregadas de 
eletricidade denominadas íons, as quais facilitam a pro-
pagação das ondas de rádio, permitindo que nos comu-
niquemos com povos distantes e que ouçamos nossas 
rádios preferidas. Pela intensa presença dos íons, essa re-
gião é denominada ionosfera. Nela, ocorrem as auroras 
polares, que estudaremos adiante. 
É na termosfera que ocorre a aurora boreal.
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Exosfera
Camada mais externa da atmosfera. Começa, aproxi-
madamente, a 600 km de altura e chega a atingir 800 km 
de altitude. A exosfera é uma zona de transição entre a 
atmosfera e o espaço sideral. Nessa região, o ar é rarefei-
to, composto de 50% de hidrogênio e 50% de gás hélio, 
razão de a temperatura atingir cerca de 1.000 °C.
O telescópio espacial Hubble, da Nasa, assim como outros satélites artificiais, 
orbita na exosfera.
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A atmosfera da Terra apresenta-se subdividida em cinco camadas cujas composições variam de acordo com a altura de cada uma.
Atmosfera da Terra
Exosfera
Termosfera
Mesosfera
Estratosfera
Troposfera
Camada de ozônio
O avanço tecnológico nos possibilitou obter evi-
dências mais concretas em relação ao formato do 
Planeta, como as fotografias obtidas por satélites e 
telescópios espaciais. Pesquise outros fatos que de-
monstrem a esfericidade da Terra.
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de fusão em estrelas é o ciclo CNO, que pro-
duz esses elementos. Eles reagem facilmen-
te com outros elementos e produzem água 
(H2O), dióxido de carbono (CO2) e amônia 
(NH3). Antigamente, a Terra era muito mais 
ativa do que hoje, e seus vulcões, que libe-
ravam grandes quantidades dessas molécu-
las, ajudaram a fazer com que a atmosfera 
da Terra fosse dominada por elas.
A atmosfera formada pelo vulcanismo 
da Terra era, sim, dominada pelo carbono, 
mas a Terra tinha também vastos oceanos 
de água líquida. Dióxido de carbono dis-
solve muito facilmente na água, por isso 
nossos oceanos absorveram tanto do CO2, 
o que deixa a atmosfera dominada por 
amônia, que é um elemento muito instá-
vel e, quando atingido pelos raios ultra-
violetas do Sol, ele se quebra em partes 
de nitrogênio e oxigênio. O nitrogênio li-
berado subiu à atmosfera, deixando o hi-
drogênio para trás.
A atmosfera da Terra poderia muito 
bem ser dominada por dióxido de carbo-
no se não fosse pela aparição da vida. Cia-
nobactérias usaram a luz do Sol e dióxido 
de carbono para produzir energia, e, conse-
quentemente, produziram oxigênio.
À medida que o dióxido foi dividido pe-
las cianobactérias, mais CO2 era dissolvido 
no oceano. Isso deu à luz à nossa atmos-
fera moderna, dominada por nitrogênioe 
oxigênio.
Disponível em: http://forbes.uol.com.br/colunas/2016/08/
por-que-a-terra-tem-a-atmosfera-diferente-dos-outros-pla-
netas/. Acesso em: 03/10/2019. Adaptado.
Anotações
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32 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 33
O que é uma aurora? 
Na termosfera, podem-se formar fenômenos lu-
minescentes — que emitem luz — chamados auro-
ra boreal, no Hemisfério Norte; e aurora austral, no 
Hemisfério Sul. Tais fenômenos acontecem sob ação 
do campo magnético da Terra, e há formação de um 
brilho intenso, pois as partículas vindas do Sol inte-
ragem com as partículas da termosfera.
Você sabia?
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Laboratório de 
ciências
As camadas da atmosfera
Atividade prática
Simular as camadas atmosféricas no interior de uma 
caixa de sapato.
Materiais:
 ■ Uma caixa de sapato. ■ Tinta azul e branca. ■ Massa de modelar. ■ Serragem. ■ Pedras e quaisquer outros materiais para fazer o 
relevo.
 ■ Algodão. 
Procedimento:
1. A caixa de sapato servirá como base para nossa re-
presentação da atmosfera. Então, com a caixa aberta 
e em pé, pinte todo o fundo dela com 5 faixas de azul, 
do tom mais escuro para o mais claro.
2. Para deixar as tonalidades diferentes, pode-se fazer 
uso da tinta branca e, assim, tornar as camadas da 
atmosfera visivelmente distintas.
3. Como já vimos, cada parte que constitui a atmos-
fera tem seu nome e sua característica própria. Por 
isso, utilize os textos explicativos do início do capí-
tulo em cada camada para diferenciá-las, seguin-
do esta ordem (de cima para baixo): exosfera, ter-
mosfera, mesosfera, estratosfera, troposfera.
4. Para complementar a distinção dessas camadas, po-
dem ser usados materiais diversos, como algodão 
(para as nuvens), avião de brinquedo, minissatélites 
de papel ou quaisquer objetos que você tiver à sua 
disposição.
5. Para representar o solo, utilize massa de modelar, 
pedras, carrinhos de brinquedo, etc. Você pode usar 
sua imaginação para criar a sua representação da at-
mosfera, fique livre para construir do seu jeito. 
Ciência prática
1| Para facilitar o estudo da atmosfera, é comum sua di-
visão em camadas, de acordo com suas características e 
sua composição. Atualmente, são conhecidas cinco ca-
madas atmosféricas. Sobre a camada troposfera, é cor-
reto afirmar que:
a. é a maior camada de todas, com cerca de 50 km, 
e é onde ocorrem os principais fenômenos meteoro-
lógicos.
b. concentra todos os gases atmosféricos.
c. X nela, a temperatura diminui à medida que a alti-
tude aumenta.
d. é nela onde está a camada de ozônio, que filtra 
os raios ultravioleta A e B.
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Ciências – 6o ano 32
2| Na termosfera, existem muitas partículas carregadas 
de eletricidade, chamadas íons. Qual é a importância 
desses íons para a vida dos seres humanos?
luz (primavera e outono). Em regiões próximas à Linha 
do Equador, as estações não são bem definidas, pois há 
pouca variação na incidência de luz. Já em zonas tem-
peradas mais distantes, essa variação é mais intensa, 
gerando uma demarcação mais evidente. 
O estudo da Astronomia possibilitou, a muitos 
povos antigos, a construção de sistemas de medição 
de tempo, como relógios e calendários. Usando uma 
vareta fincada no chão (gnômon, cuja sombra fun-
ciona como o ponteiro), os egípcios eram capazes de 
medir a passagem das horas. Os principais referen-
ciais eram o nascer e o pôr do Sol e o meio-dia, iden-
tificado pelo momento em que a sombra é mínima. 
Essa é a base do relógio solar. 
Embora seja de fácil construção, o relógio solar 
não é totalmente preciso, devido a irregularidades 
na movimentação da Terra e em sua órbita elíptica. 
Apesar disso, ele foi um sistema de medida de tem-
po extremamente valioso para os diversos povos. 
Também aos egípcios, atribui-se a criação de um 
tipo de calendário solar. Nesse calendário, cada ano 
tinha doze meses, sendo estes compostos por 30 dias, 
e estavam inclusos mais 5 dias adicionais, correspon-
dentes ao aniversário de algumas de suas principais 
divindades: Osíris, Hórus, Ísis, Néftis e Seth. No total, 
o ano apresentava 365 dias, divididos em três esta-
ções relacionadas ao Rio Nilo: tempo da inundação, 
tempo da semeadura e tempo da colheita.
Ao meio-dia solar.
Exercite sua 
memória
1| Faça a associação correta.
a. Vivemos nesta camada e nela ocorrem fenômenos 
como furacões e ciclones.
b. Camada importante para os meios de comunicação 
por refletir ondas de rádio.
c. Nesta camada, encontramos o ozônio, gás importan-
te, pois filtra a radiação ultravioleta do Sol.
d. Camada mais alta da atmosfera. Nela quase não há ar.
e. Camada aonde chegam os balões meteorológicos e 
onde ocorrem as estrelas cadentes. 
 a Troposfera.
c Estratosfera.
e Mesosfera.
b Termosfera.
d Exosfera.
Graças à existência de seus íons, essa camada é capaz 
de transmitir ondas de rádio, propiciando, assim, para 
o ser humano, mecanismos de comunicação que se ba-
seiem nesse fenômeno. 
Manhã
Gnômon
A menor sombra
de um dia
Tarde
N
S
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Sugestão de
leitura
Oceano de ar: por que o vento sopra 
e outros mistérios da atmosfera 
Autora: Gabrielle Walker 
O ar é muito mais do que aquilo que respi-
ramos. Ele é a substância que se transfor-
ma em alimento sólido, e sem a qual todas 
as criaturas que habitam o Planeta passa-
riam fome; ele é o cobertor que envolve a 
Terra e garante que ela permaneça aque-
cida. Este livro apresenta a atmosfera ter-
restre àqueles que desejam conhecer mais 
profundamente o tema. 
Meteorologistas e profetas da 
chuva: conhecimentos, práticas e 
políticas da atmosfera 
Autor: Renzo Taddei 
As narrativas e práticas humanas ligadas 
ao clima — as previsões, as profecias e 
mesmo os rituais mágicos — estão imbrica-
das no Brasil contemporâneo. Os estudos 
antropológicos reunidos neste livro pelo 
antropólogo Renzo Taddei apresentam um 
Sugestão de
vídeo
O que é uma aurora boreal? 
https://www.youtube.com/watch?v=Sdx0
JbWDx50
caleidoscópio em que ciência, cultura, es-
piritualidade, política e meios de comu-
nicação se relacionam e se transformam 
reciprocamente. As análises tratam dos 
vínculos — necessários, mas também con-
flituosos — entre meteorologia e Estado, e 
discutem as práticas científicas de meteo-
rologistas e sua relação com sertanejos 
e pequenos agricultores que detêm o co-
nhecimento tradicional sobre o meio am-
biente, os chamados “profetas da chuva” 
do sertão. Além disso, trazem à cena práti-
cas xamânicas de pajés amazônicos e os ri-
tuais afro-brasileiros de produção de chu-
va da Fundação Cacique Cobra Coral.
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 32 05/03/2020 10:38:37
33Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 33
O que é uma aurora? 
Na termosfera, podem-se formar fenômenos lu-
minescentes — que emitem luz — chamados auro-
ra boreal, no Hemisfério Norte; e aurora austral, no 
Hemisfério Sul. Tais fenômenos acontecem sob ação 
do campo magnético da Terra, e há formação de um 
brilho intenso, pois as partículas vindas do Sol inte-
ragem com as partículas da termosfera.
Você sabia?
M
ik
eD
ra
go
cz
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
Laboratório de 
ciências
As camadas da atmosfera
Atividade prática
Simular as camadas atmosféricas no interior de uma 
caixa de sapato.
Materiais:
 ■ Uma caixa de sapato. ■ Tinta azul e branca. ■ Massa de modelar. ■ Serragem. ■ Pedras e quaisquer outros materiais para fazer o 
relevo.
 ■ Algodão. 
Procedimento:
1. A caixa de sapato servirá como base para nossa re-
presentação da atmosfera. Então, com a caixa aberta 
e em pé, pinte todo o fundo dela com 5 faixas de azul, 
do tom mais escuro para o mais claro.
2. Para deixar as tonalidades diferentes, pode-se fazer 
uso da tinta branca e, assim, tornar as camadas da 
atmosfera visivelmente distintas.
3. Como já vimos, cada parte que constitui a atmos-
fera tem seu nomee sua característica própria. Por 
isso, utilize os textos explicativos do início do capí-
tulo em cada camada para diferenciá-las, seguin-
do esta ordem (de cima para baixo): exosfera, ter-
mosfera, mesosfera, estratosfera, troposfera.
4. Para complementar a distinção dessas camadas, po-
dem ser usados materiais diversos, como algodão 
(para as nuvens), avião de brinquedo, minissatélites 
de papel ou quaisquer objetos que você tiver à sua 
disposição.
5. Para representar o solo, utilize massa de modelar, 
pedras, carrinhos de brinquedo, etc. Você pode usar 
sua imaginação para criar a sua representação da at-
mosfera, fique livre para construir do seu jeito. 
Ciência prática
1| Para facilitar o estudo da atmosfera, é comum sua di-
visão em camadas, de acordo com suas características e 
sua composição. Atualmente, são conhecidas cinco ca-
madas atmosféricas. Sobre a camada troposfera, é cor-
reto afirmar que:
a. é a maior camada de todas, com cerca de 50 km, 
e é onde ocorrem os principais fenômenos meteoro-
lógicos.
b. concentra todos os gases atmosféricos.
c. X nela, a temperatura diminui à medida que a alti-
tude aumenta.
d. é nela onde está a camada de ozônio, que filtra 
os raios ultravioleta A e B.
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Ciências – 6o ano 32
2| Na termosfera, existem muitas partículas carregadas 
de eletricidade, chamadas íons. Qual é a importância 
desses íons para a vida dos seres humanos?
luz (primavera e outono). Em regiões próximas à Linha 
do Equador, as estações não são bem definidas, pois há 
pouca variação na incidência de luz. Já em zonas tem-
peradas mais distantes, essa variação é mais intensa, 
gerando uma demarcação mais evidente. 
O estudo da Astronomia possibilitou, a muitos 
povos antigos, a construção de sistemas de medição 
de tempo, como relógios e calendários. Usando uma 
vareta fincada no chão (gnômon, cuja sombra fun-
ciona como o ponteiro), os egípcios eram capazes de 
medir a passagem das horas. Os principais referen-
ciais eram o nascer e o pôr do Sol e o meio-dia, iden-
tificado pelo momento em que a sombra é mínima. 
Essa é a base do relógio solar. 
Embora seja de fácil construção, o relógio solar 
não é totalmente preciso, devido a irregularidades 
na movimentação da Terra e em sua órbita elíptica. 
Apesar disso, ele foi um sistema de medida de tem-
po extremamente valioso para os diversos povos. 
Também aos egípcios, atribui-se a criação de um 
tipo de calendário solar. Nesse calendário, cada ano 
tinha doze meses, sendo estes compostos por 30 dias, 
e estavam inclusos mais 5 dias adicionais, correspon-
dentes ao aniversário de algumas de suas principais 
divindades: Osíris, Hórus, Ísis, Néftis e Seth. No total, 
o ano apresentava 365 dias, divididos em três esta-
ções relacionadas ao Rio Nilo: tempo da inundação, 
tempo da semeadura e tempo da colheita.
Ao meio-dia solar.
Exercite sua 
memória
1| Faça a associação correta.
a. Vivemos nesta camada e nela ocorrem fenômenos 
como furacões e ciclones.
b. Camada importante para os meios de comunicação 
por refletir ondas de rádio.
c. Nesta camada, encontramos o ozônio, gás importan-
te, pois filtra a radiação ultravioleta do Sol.
d. Camada mais alta da atmosfera. Nela quase não há ar.
e. Camada aonde chegam os balões meteorológicos e 
onde ocorrem as estrelas cadentes. 
 a Troposfera.
c Estratosfera.
e Mesosfera.
b Termosfera.
d Exosfera.
Graças à existência de seus íons, essa camada é capaz 
de transmitir ondas de rádio, propiciando, assim, para 
o ser humano, mecanismos de comunicação que se ba-
seiem nesse fenômeno. 
Manhã
Gnômon
A menor sombra
de um dia
Tarde
N
S
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34 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 35
8| (Enem) A adaptação dos integrantes da seleção brasi-
leira de futebol à altitude de La Paz foi muito comenta-
da em 1995, por ocasião de um torneio, como pode ser 
lido no seguinte texto:
“A seleção brasileira embarca hoje para La Paz, capital da 
Bolívia, situada a 3.640 metros de altitude, onde disputará 
o torneio Interamérica. A adaptação deverá ocorrer em um 
prazo de 10 dias, aproximadamente. O organismo humano, 
em atitudes elevadas, necessita desse tempo para se adap-
tar, evitando-se, assim, risco de um colapso circulatório”.
(Fonte: Placar, edição fev. 1995.)
A adaptação da equipe foi necessária principalmente 
porque a atmosfera de La Paz, quando comparada à das 
cidades brasileiras, apresenta:
a. X menor pressão e menor concentração de oxigênio.
b. maior pressão e maior quantidade de oxigênio.
c. maior pressão e maior concentração de gás car-
bônico.
d. menor pressão e maior temperatura.
e. maior pressão e menor temperatura.
7| A América do Sul corresponde a uma fração do conti-
nente americano. É composta por 12 países e abriga cer-
ca de 6% da população mundial. É uma região dotada 
de vastos recursos naturais. A tabela a seguir reúne al-
gumas das capitais de países sul-americanos e suas res-
pectivas altitudes. Analise-a atentamente.
A capital onde o ar é mais rarefeito é:
a. Buenos Aires.
b. X La Paz.
c. Brasília.
d. Santiago.
10| É a camada de ar mais próxima da superfície terres-
tre, com altitude média de 15 km. Nela, concentra-se 
a maior parte dos gases atmosféricos, cerca de 80%, e 
formam-se ventos, nuvens, chuvas, neve, tempestades, 
raios e trovões. A camada em questão é a:
a. exosfera.
b. mesosfera.
c. X troposfera.
d. ionosfera.
País Capital Altitude
Argentina Buenos Aires 25 m
Bolívia La Paz 3.640 m
Brasil Brasília 1.171 m
Chile Santiago 520 m
Venezuela Caracas 922 m 
Linha do
Equador
Colômbia
Venezuela
Guiana
Suriname
Guiana Francesa
Peru
Equador
Bolívia
Brasil
Paraguai
Uruguai
Argentina
Chile Oceano
Atlântico
Oceano
Pacífico
9| (Unifei) A maior parte dos fenômenos meteorológi-
cos, como as chuvas, os ventos e os deslocamentos de 
massas de ar, ocorre na:
a. Estratosfera.
b. X Troposfera.
c. Mesosfera.
d. Termosfera
e. Exosfera.
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Ciências – 6o ano 34
6| Apollo 11 foi a quinta missão espacial tripulada do 
Programa Apollo e a primeira a conseguir levar o ho-
mem à Lua. A aterrissagem em solo lunar ocorreu no dia 
20 de julho de 1969. Após o pouso na Lua, o módulo de 
comando retornou à Terra quatro dias depois. A sequên-
cia correta em que a nave atravessou as camadas at-
mosféricas durante o trajeto de retorno até atingir o solo 
terrestre foi:
a. X exosfera, termosfera, mesosfera, estratosfera e 
troposfera.
b. troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera 
e exosfera.
c. estratosfera, mesosfera, troposfera, exosfera e 
termosfera.
d. exosfera, mesosfera, termosfera, troposfera e 
estratosfera.
O movimento em questão é o de:
a. rotação, responsável pelo ciclo de estações do 
ano.
b. translação, relacionado à formação dos anos 
bissextos.
c. X rotação, que explica a sucessão dos dias e das 
noites.
d. translação, associado ao movimento de marés.
3| A atmosfera terrestre é fundamental para a existência 
de vida em nosso planeta. Sem a atmosfera, a vida não 
seria possível, pois ela:
a. é fonte de gás carbônico para a respiração dos 
seres vivos.
b. intensifica os efeitos dos raios solares sobre a 
Terra.
c. bloqueia totalmente a radiação ultravioleta, 
prejudicial aos seres vivos.
d. X contribui para manter a temperatura terrestre 
em níveis que permitem a vida.
5| Durante um dia, temos a impressão de que o Sol nas-
ce no leste, percorre o céu e se põe no oeste. Também 
no período noturno, a Lua e as estrelas aparentam reali-
zar semelhante trajetória. Porém, na realidade, quem se 
move é o nosso planeta, levando cerca de 24 horas para 
dar uma volta completa em torno de seu eixo, conforme 
a imagem a seguir. 
Noite
Dia
2| Definir o que não vemos costuma ser algo difícil. Com 
o ar não é diferente, mas, emboranão possamos vê-lo, 
somos capazes de sentir sua presença ao nosso redor. 
Ele é uma mistura de diferentes gases, que formam uma 
espécie de “capa gasosa” ao redor do Planeta. Sobre 
esse material, fundamental à nossa existência, analise 
as proposições a seguir.
I. O gás mais abundante na atmosfera é o nitrogênio. 
II. Como nós não respiramos o nitrogênio, esse gás 
não apresenta papel determinante para nossa so-
brevivência.
III. Gases presentes na atmosfera em pequena quanti-
dade são chamados gases-traço. Os principais ga-
ses-traço são o oxigênio e os gases nobres.
IV. O vapor-d’água presente na atmosfera é muito im-
portante para os ecossistemas, participando da re-
gulação do clima deles.
Está correto o que se afirma em:
a. I e II.
b. X I e IV.
c. II e III.
d. II e IV.
4| É a camada onde se localizam os ventos adequados 
para o voo de aviões e também a camada de ozônio, res-
ponsável por proteger a Terra contra a radiação ultravio-
leta do Sol. Estamos falando da:
a. X estratosfera.
b. troposfera.
c. termosfera.
d. mesosfera.
FC_Ciências_BNCC_6A_03.indd 34 23/10/2019 11:40:05
Leitura
complementar
Planeta bate novo recorde de 
concentração de CO2 na atmosfera
A concentração de dióxido de carbono 
(CO2) na atmosfera, responsável pelo aque-
cimento global, alcançou um nível recorde 
em 2016, anunciou a Organização Meteo-
rológica Mundial (OMM), que adverte sobre 
um “aumento perigoso da temperatura”. A 
agência ressaltou que a ação humana e o 
“poderoso” El Niño são os principais res-
ponsáveis pelo resultado.
“A última vez que a Terra conheceu uma 
quantidade de CO2 comparável ocorreu há 
entre três e cinco milhões de anos: a tem-
peratura era entre 2 e 3 °C maior e o nível 
do mar era 10 ou 20 metros mais elevado 
que o nível atual”, recordou a agência em 
seu boletim mundial sobre os gases que 
provocam o efeito estufa.
De acordo com a ONU, o aumento do gás 
na atmosfera tem potencial de aumentar o 
nível do mar em 20 metros e de aumentar 
a temperatura em 3 °C — como no cenário 
de milhões de anos atrás. O boletim registra 
que a concentração de dióxido de carbono, 
o principal do efeito estufa, alcançou 403.3 
partes por milhão (ppm). No ano passado, 
foi a primeira vez que a medição, relativa a 
2015, ultrapassou 400 ppm.
A taxa de crescimento na última déca-
da foi 50% mais rápida que a média. O ní-
vel de CO2 é 45% mais alto que o da era pré-
-industrial. “Hoje, a concentração de mais 
de 400 ppm excede a variação natural vista 
em centenas de milhares de anos”, ressal-
tou a OMM no boletim, que constatou o ní-
vel mais alto em 800 mil anos.
Disponível em: https://oglobo.globo.com/sociedade/plane-
ta-bate-novo-recorde-de-concentracao-de-co2-na-atmos-
fera-22008142. Acesso em: 03/10/2019. Adaptado.
Leitura
complementar
O buraco na camada de ozônio 
está diminuindo, afirma Nasa
Pela primeira vez, cientistas da Nasa 
conseguiram provar, por meio de observa-
ções de satélites, que o buraco na camada 
de ozônio está diminuindo. Em um estudo 
publicado no periódico Geophysical Research 
Letters, pesquisadores do Centro de Voo 
Espacial Goddard, da agência espacial 
americana, relacionam a novidade ao Pro-
tocolo de Montreal.
Em vigor desde 1989, o documento es-
tipula que os países participantes subs-
tituam as substâncias que empobrecem 
a camada de ozônio, com destaque para 
o clorofluorcarboneto, também conheci-
do como CFC, usado em aerossóis. Esses 
compostos podem chegar na estratosfera, 
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 34 05/03/2020 10:38:38
35Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 35
8| (Enem) A adaptação dos integrantes da seleção brasi-
leira de futebol à altitude de La Paz foi muito comenta-
da em 1995, por ocasião de um torneio, como pode ser 
lido no seguinte texto:
“A seleção brasileira embarca hoje para La Paz, capital da 
Bolívia, situada a 3.640 metros de altitude, onde disputará 
o torneio Interamérica. A adaptação deverá ocorrer em um 
prazo de 10 dias, aproximadamente. O organismo humano, 
em atitudes elevadas, necessita desse tempo para se adap-
tar, evitando-se, assim, risco de um colapso circulatório”.
(Fonte: Placar, edição fev. 1995.)
A adaptação da equipe foi necessária principalmente 
porque a atmosfera de La Paz, quando comparada à das 
cidades brasileiras, apresenta:
a. X menor pressão e menor concentração de oxigênio.
b. maior pressão e maior quantidade de oxigênio.
c. maior pressão e maior concentração de gás car-
bônico.
d. menor pressão e maior temperatura.
e. maior pressão e menor temperatura.
7| A América do Sul corresponde a uma fração do conti-
nente americano. É composta por 12 países e abriga cer-
ca de 6% da população mundial. É uma região dotada 
de vastos recursos naturais. A tabela a seguir reúne al-
gumas das capitais de países sul-americanos e suas res-
pectivas altitudes. Analise-a atentamente.
A capital onde o ar é mais rarefeito é:
a. Buenos Aires.
b. X La Paz.
c. Brasília.
d. Santiago.
10| É a camada de ar mais próxima da superfície terres-
tre, com altitude média de 15 km. Nela, concentra-se 
a maior parte dos gases atmosféricos, cerca de 80%, e 
formam-se ventos, nuvens, chuvas, neve, tempestades, 
raios e trovões. A camada em questão é a:
a. exosfera.
b. mesosfera.
c. X troposfera.
d. ionosfera.
País Capital Altitude
Argentina Buenos Aires 25 m
Bolívia La Paz 3.640 m
Brasil Brasília 1.171 m
Chile Santiago 520 m
Venezuela Caracas 922 m 
Linha do
Equador
Colômbia
Venezuela
Guiana
Suriname
Guiana Francesa
Peru
Equador
Bolívia
Brasil
Paraguai
Uruguai
Argentina
Chile Oceano
Atlântico
Oceano
Pacífico
9| (Unifei) A maior parte dos fenômenos meteorológi-
cos, como as chuvas, os ventos e os deslocamentos de 
massas de ar, ocorre na:
a. Estratosfera.
b. X Troposfera.
c. Mesosfera.
d. Termosfera
e. Exosfera.
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Ciências – 6o ano 34
6| Apollo 11 foi a quinta missão espacial tripulada do 
Programa Apollo e a primeira a conseguir levar o ho-
mem à Lua. A aterrissagem em solo lunar ocorreu no dia 
20 de julho de 1969. Após o pouso na Lua, o módulo de 
comando retornou à Terra quatro dias depois. A sequên-
cia correta em que a nave atravessou as camadas at-
mosféricas durante o trajeto de retorno até atingir o solo 
terrestre foi:
a. X exosfera, termosfera, mesosfera, estratosfera e 
troposfera.
b. troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera 
e exosfera.
c. estratosfera, mesosfera, troposfera, exosfera e 
termosfera.
d. exosfera, mesosfera, termosfera, troposfera e 
estratosfera.
O movimento em questão é o de:
a. rotação, responsável pelo ciclo de estações do 
ano.
b. translação, relacionado à formação dos anos 
bissextos.
c. X rotação, que explica a sucessão dos dias e das 
noites.
d. translação, associado ao movimento de marés.
3| A atmosfera terrestre é fundamental para a existência 
de vida em nosso planeta. Sem a atmosfera, a vida não 
seria possível, pois ela:
a. é fonte de gás carbônico para a respiração dos 
seres vivos.
b. intensifica os efeitos dos raios solares sobre a 
Terra.
c. bloqueia totalmente a radiação ultravioleta, 
prejudicial aos seres vivos.
d. X contribui para manter a temperatura terrestre 
em níveis que permitem a vida.
5| Durante um dia, temos a impressão de que o Sol nas-
ce no leste, percorre o céu e se põe no oeste. Também 
no período noturno, a Lua e as estrelas aparentam reali-
zar semelhante trajetória. Porém, na realidade, quem se 
move é o nosso planeta, levando cerca de 24 horas para 
dar uma volta completa em torno de seu eixo, conforme 
a imagem a seguir. 
Noite
Dia
2| Definir o que não vemos costuma ser algo difícil. Com 
o ar não é diferente, mas, embora não possamos vê-lo, 
somos capazes de sentir sua presença ao nosso redor. 
Ele é uma mistura de diferentes gases, que formam uma 
espécie de “capa gasosa” ao redor do Planeta. Sobre 
esse material, fundamental à nossa existência, analise 
as proposiçõesa seguir.
I. O gás mais abundante na atmosfera é o nitrogênio. 
II. Como nós não respiramos o nitrogênio, esse gás 
não apresenta papel determinante para nossa so-
brevivência.
III. Gases presentes na atmosfera em pequena quanti-
dade são chamados gases-traço. Os principais ga-
ses-traço são o oxigênio e os gases nobres.
IV. O vapor-d’água presente na atmosfera é muito im-
portante para os ecossistemas, participando da re-
gulação do clima deles.
Está correto o que se afirma em:
a. I e II.
b. X I e IV.
c. II e III.
d. II e IV.
4| É a camada onde se localizam os ventos adequados 
para o voo de aviões e também a camada de ozônio, res-
ponsável por proteger a Terra contra a radiação ultravio-
leta do Sol. Estamos falando da:
a. X estratosfera.
b. troposfera.
c. termosfera.
d. mesosfera.
FC_Ciências_BNCC_6A_03.indd 34 23/10/2019 11:40:05
onde são afetados pela radiação ultravio-
leta do Sol, liberando os átomos de cloro 
que destroem as moléculas de ozônio que, 
por sua vez, protegem a Terra de absorver a 
radiação que pode prejudicar as formas de 
vida do Planeta. 
Segundo os pesquisadores, medições 
mostram que o protocolo assinado no fim 
da década de 1980 foi eficaz: as quantida-
des de cloro na Antártica, por exemplo, fo-
ram 20% mais baixas em 2016 em relação a 
2005. “Vemos com clareza que o cloro dos 
CFCs está diminuindo no buraco da cama-
da de ozônio, e que temos um menor esgo-
tamento dela por conta disso”, afirmou a au-
tora do estudo, Susan Strahan, em anúncio. 
Strahan e sua equipe acompanharam a 
formação do buraco na camada de ozônio, 
que ocorre durante o inverno do Hemisfé-
rio Sul, quando os raios solares catalisam 
o ciclo de destruição do ozônio que envol-
ve, principalmente, o cloro dos CFCs. Des-
de 2005, os cientistas têm feito medições 
ao redor do mundo por meio de um dispo-
sitivo acoplado no satélite Aura da Nasa. 
As principais observações foram feitas 
no inverno da Antártica, quando as tempe-
raturas ficam baixas e estáveis, entre 2005 
e 2016. “Durante esse período, as tempera-
turas da Antártica são sempre bem baixas, 
então a destruição causada na camada de 
ozônio depende somente da quantidade 
de cloro”, afirmou Strahan.
Foi assim que ela e seu time descobri-
ram que há um menor esgotamento da ca-
mada de ozônio, já que os níveis de cloro 
estão diminuindo a uma taxa de 0,8% por 
ano. Nessa velocidade, os cientistas esti-
mam que, por volta de 2060, o buraco te-
nha diminuído consideravelmente — ou 
até desaparecido. 
Disponível em: http://revistagalileu.globo.com/ Ciencia/
noticia/2018/01/o-buraco-na-camada-de-ozonio-esta-dimin-
uindo-afirma-nasa.html. Publicado em: 08/01/18. Acesso em: 
04/10/2019. Adaptado.
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 35 05/03/2020 10:38:39
36 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 37
Por isso, a célula é considerada o primeiro nível de 
organização dos seres vivos, já que ela se especializa em 
formas e funções específicas. E, como pudemos ver, as 
diversas estruturas têm relação com a função que ela 
precisa desempenhar. 
Você já deve ter ouvido falar em célula-tronco. Já se 
perguntou por que ela é objeto de atenção da comuni-
dade científica? Esse tipo de célula possui a capacida-
de de se diferenciar, de se transformar em uma célula 
com forma e função específica, e de se multiplicar. No 
campo da Medicina, essa é uma esperança para a cura 
de algumas doenças, pois é possível criar células sãs 
para substituir tecidos lesionados permanentemente. 
Os tecidos também apresentam funções específicas. 
Observe a imagem a seguir.
Vaso sanguíneo com células em fluxo, levando oxigênio para as mais variadas 
partes do corpo. Em branco, as células de defesa, os glóbulos brancos, e em 
vermelho as hemácias. 
Esse é o tecido sanguíneo, um tecido conjuntivo que 
tem a função de transportar substâncias. Como você 
pode ver, há diferentes células nesse tecido e cada uma 
cumpre uma função específica. Você já observou um he-
mograma? Onde há “série branca” e “série vermelha”, 
podemos ver a contagem de vários tipos e subtipos de 
célula sanguínea. Um médico, ao observar valores anor-
mais em um componente específico, pode associá-los à 
presença de determinada enfermidade. 
 No nível seguinte, temos os órgãos. Mais uma vez, cada 
um cumpre sua função, no entanto é necessária a ação 
conjunta com outros componentes para realizar os proces-
sos fundamentais à manutenção da máquina, o corpo hu-
mano. Por isso, no terceiro nível, temos o sistema. Para en-
tender essa relação, observe a imagem a seguir.
Ka
te
ry
na
 K
on
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
La Gorda/Shutterstock.com
No sistema digestório, o alimento percorre um longo 
caminho até se converter em nutrientes, ser absorvido 
pelo organismo e ter os resíduos desse processo elimi-
nados. Cada órgão desempenha uma função específica 
nesse processo, e a falta de um deles poderia desequili-
brar ou mesmo inviabilizá-lo. 
Então, como pudemos ver, é possível observar ní-
veis crescentes de complexidade. Esses conjuntos fun-
cionam coordenadamente, de modo que cada um atue 
na forma e no momento adequados e se integre a estru-
turas maiores. Por isso, nosso corpo é considerado uma 
máquina fantástica. 
Boca
Vesícula
biliar
Intestino 
grosso
Intestino 
delgado
Esôfago
Fígado
Estômago
Pâncreas
FC_Ciências_BNCC_6A_04.indd 37 23/10/2019 11:41:36
Ciências – 6o ano 36
4
Capítulo
A complexidade estrutural 
do ser humano
Você já ouviu falar que o corpo humano é uma máqui-
na fantástica? Isso porque, a exemplo de uma máquina 
complexa, nosso corpo realiza inúmeras funções simul-
taneamente e nos adapta ao ambiente ao nosso redor. 
Você já se perguntou por que aquele ferimento no joe-
lho vai diminuindo de tamanho e um dia simplesmente 
cicatriza? Ou como seu organismo transforma aquela re-
feição em nutrientes e energia para você desempenhar 
suas atividades diárias? Ou mesmo por que seus olhos 
produzem lágrimas ao entrar um cisco? 
Cada uma dessas reações, que, de tão “automáticas”, 
nem percebemos, requer a ação coordenada de um con-
junto de estruturas que permitem a proteção e o funcio-
namento correto do nosso corpo. Sabemos da impor-
tância dos órgãos (como a pele, o estômago e os olhos) 
para a realização dos processos que mencionamos aci-
ma. Mas, até chegar a eles, temos estruturas bem meno-
res, que se agrupam e também atuam de forma coorde-
nada. Neste capítulo, procuramos estreitar o caminho 
para o entendimento e conhecimento dos mecanismos 
que compõem nosso corpo. 
Tudo começa com uma simples célula, a menor uni-
dade estrutural de um ser vivo. Em uma sequência, obe-
decendo ao critério de ordem crescente de complexida-
de estrutural de nosso corpo, temos:
•	Um conjunto de células constitui um tecido. •	Um conjunto de tecidos constitui um órgão. •	Um conjunto de órgãos constitui um sistema. •	Um conjunto de sistemas constitui um organismo.
A célula é considerada uma unidade fundamental 
porque é a menor estrutura com função específica num 
organismo. Dessa forma, ela se agrupa com outras uni-
dades de igual característica para, juntas, desempenha-
rem determinada função. 
Os neurônios são células com ramificações porque seu trabalho é similar ao 
de um fio condutor: transmitir impulsos elétricos. Juntos, eles compõem um 
tecido que se assemelha a uma rede de fios: o tecido nervoso.
Essas células têm a função de revestir e proteger nosso corpo, tanto exter-
namente quanto no interior das cavidades, por isso elas se assemelham a 
um pavimento, com blocos perfeitamente encaixados, formando os tecidos 
epiteliais. 
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Objetivos
didáticos
•	 Tipos de célula. 
•	 Criação e evolução do microscópio. 
•	 Teoria celular. 
Objetivos
pedagógicos
•	 Reconhecer o que são células.
•	 Conhecer a estrutura geral de uma cé-
lula procariótica e deuma célula euca-
riótica.
•	 Conhecer o funcionamento de um mi-
croscópio. 
•	 Reconhecer a importância da microsco-
pia no aprofundamento do estudo das 
células.
A organização do corpo humano 
h t t p s : / / w w w . y o u t u b e . c o m/watch?v=uw
uWbxlv_lw
Sugestão de
vídeo
Células: uma abordagem 
multidisciplinar 
Autores: Hernandes F. Carvalho e Carla 
Beatriz Collares Buzato 
O livro considera, com maior abrangên-
cia, os diferentes tipos celulares, seus 
aspectos morfológicos e funcionais, 
além de suas inter-relações teciduais 
e doenças associadas. Além do caráter 
multidisciplinar, merecem destaque as 
imagens e ilustrações coloridas, que o 
tornam mais informativo e instrutivo. A 
obra organiza-se em 34 capítulos, cor-
Sugestão de
leitura
respondentes a tipos celulares avalia-
dos como mais significativos, cada qual 
descrito por um ou mais especialistas, 
de diferentes áreas, que tiveram seus 
estilos e a qualidade de seus trabalhos 
preservados. Destinada a estudantes e 
profissionais da área biomédica, a sua 
leitura compreende, em especial, as dis-
ciplinas Biologia Celular, Histologia, Fi-
siologia, Farmacologia e Patologia.
Anotações
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37Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 37
Por isso, a célula é considerada o primeiro nível de 
organização dos seres vivos, já que ela se especializa em 
formas e funções específicas. E, como pudemos ver, as 
diversas estruturas têm relação com a função que ela 
precisa desempenhar. 
Você já deve ter ouvido falar em célula-tronco. Já se 
perguntou por que ela é objeto de atenção da comuni-
dade científica? Esse tipo de célula possui a capacida-
de de se diferenciar, de se transformar em uma célula 
com forma e função específica, e de se multiplicar. No 
campo da Medicina, essa é uma esperança para a cura 
de algumas doenças, pois é possível criar células sãs 
para substituir tecidos lesionados permanentemente. 
Os tecidos também apresentam funções específicas. 
Observe a imagem a seguir.
Vaso sanguíneo com células em fluxo, levando oxigênio para as mais variadas 
partes do corpo. Em branco, as células de defesa, os glóbulos brancos, e em 
vermelho as hemácias. 
Esse é o tecido sanguíneo, um tecido conjuntivo que 
tem a função de transportar substâncias. Como você 
pode ver, há diferentes células nesse tecido e cada uma 
cumpre uma função específica. Você já observou um he-
mograma? Onde há “série branca” e “série vermelha”, 
podemos ver a contagem de vários tipos e subtipos de 
célula sanguínea. Um médico, ao observar valores anor-
mais em um componente específico, pode associá-los à 
presença de determinada enfermidade. 
 No nível seguinte, temos os órgãos. Mais uma vez, cada 
um cumpre sua função, no entanto é necessária a ação 
conjunta com outros componentes para realizar os proces-
sos fundamentais à manutenção da máquina, o corpo hu-
mano. Por isso, no terceiro nível, temos o sistema. Para en-
tender essa relação, observe a imagem a seguir.
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La Gorda/Shutterstock.com
No sistema digestório, o alimento percorre um longo 
caminho até se converter em nutrientes, ser absorvido 
pelo organismo e ter os resíduos desse processo elimi-
nados. Cada órgão desempenha uma função específica 
nesse processo, e a falta de um deles poderia desequili-
brar ou mesmo inviabilizá-lo. 
Então, como pudemos ver, é possível observar ní-
veis crescentes de complexidade. Esses conjuntos fun-
cionam coordenadamente, de modo que cada um atue 
na forma e no momento adequados e se integre a estru-
turas maiores. Por isso, nosso corpo é considerado uma 
máquina fantástica. 
Boca
Vesícula
biliar
Intestino 
grosso
Intestino 
delgado
Esôfago
Fígado
Estômago
Pâncreas
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Ciências – 6o ano 36
4
Capítulo
A complexidade estrutural 
do ser humano
Você já ouviu falar que o corpo humano é uma máqui-
na fantástica? Isso porque, a exemplo de uma máquina 
complexa, nosso corpo realiza inúmeras funções simul-
taneamente e nos adapta ao ambiente ao nosso redor. 
Você já se perguntou por que aquele ferimento no joe-
lho vai diminuindo de tamanho e um dia simplesmente 
cicatriza? Ou como seu organismo transforma aquela re-
feição em nutrientes e energia para você desempenhar 
suas atividades diárias? Ou mesmo por que seus olhos 
produzem lágrimas ao entrar um cisco? 
Cada uma dessas reações, que, de tão “automáticas”, 
nem percebemos, requer a ação coordenada de um con-
junto de estruturas que permitem a proteção e o funcio-
namento correto do nosso corpo. Sabemos da impor-
tância dos órgãos (como a pele, o estômago e os olhos) 
para a realização dos processos que mencionamos aci-
ma. Mas, até chegar a eles, temos estruturas bem meno-
res, que se agrupam e também atuam de forma coorde-
nada. Neste capítulo, procuramos estreitar o caminho 
para o entendimento e conhecimento dos mecanismos 
que compõem nosso corpo. 
Tudo começa com uma simples célula, a menor uni-
dade estrutural de um ser vivo. Em uma sequência, obe-
decendo ao critério de ordem crescente de complexida-
de estrutural de nosso corpo, temos:
•	Um conjunto de células constitui um tecido. •	Um conjunto de tecidos constitui um órgão. •	Um conjunto de órgãos constitui um sistema. •	Um conjunto de sistemas constitui um organismo.
A célula é considerada uma unidade fundamental 
porque é a menor estrutura com função específica num 
organismo. Dessa forma, ela se agrupa com outras uni-
dades de igual característica para, juntas, desempenha-
rem determinada função. 
Os neurônios são células com ramificações porque seu trabalho é similar ao 
de um fio condutor: transmitir impulsos elétricos. Juntos, eles compõem um 
tecido que se assemelha a uma rede de fios: o tecido nervoso.
Essas células têm a função de revestir e proteger nosso corpo, tanto exter-
namente quanto no interior das cavidades, por isso elas se assemelham a 
um pavimento, com blocos perfeitamente encaixados, formando os tecidos 
epiteliais. 
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38 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 39
Cianobactérias – Organismos procariontes uni-
celulares capazes de realizar fotossíntese.
Glossário
As células que apresentam núcleo organizado, no 
qual o material genético se encontra envolvido pela 
carioteca (envelope nuclear), são classificadas como 
eucarióticas; e os organismos que as possuem, como 
eucariontes. Esse tipo celular é encontrado na maio-
ria dos seres vivos, como animais, vegetais, fungos e 
protozoários.
Membrana 
plasmática 
Carioteca
Citoplasma
Núcleo
Te
fi/
Sh
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te
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ck
.c
om
O ser humano é um organismo eucarionte.
Podemos também classificar os seres vivos de acor-
do com a quantidade de células. Quando um ser vivo 
apresenta apenas uma célula, é classificado como uni-
celular, como as bactérias e os protozoários. Quan-
do apresenta mais de uma célula, é classificado como 
pluricelular, ou multicelular, como todos os animais 
e vegetais.
Evolução da microscopia
A utilização do microscópio é fundamental para o 
estudo da Citologia. Esse aparelho foi inventado no fi-
nal do século XVI pelo fabricante de óculos holandês 
Hans Janssen e por seu filho Zacharias Janssen, que foi 
o responsável pela montagem das lentes. Tudo come-
çou quando Zacharias combinou duas lentes convexas 
justapostas na ponta de um tubo e conseguiu ampliar a 
imagem de um objeto várias vezes.
O microscópio foi aperfeiçoado pelo também ho-
landês Antonie van Leeuwenhoek, que construiu um 
aparelho simples com apenas uma lente. Em 1665, o 
inglês Robert Hooke utilizou um microscópio construí-
do por ele mesmo para examinar uma cortiça (tecido 
vegetal morto) e observou que ela era formada por pe-
quenos compartimentos, os quais chamou de células,cujo significado é pequenas celas (compartimentos).
Gravura do microscópio 
de Hooke de seu livro 
Micrographia.
Em meados do século XIX, após as descobertas de 
Hooke, o botânico alemão Matthias Schleiden e o zoó-
logo alemão Theodor Schwann começaram a desenvol-
ver pesquisas com vegetais e animais e, mais tarde, che-
garam à conclusão de que ambos eram constituídos por 
células. Propuseram, então, a Teoria Celular.
De acordo com essa teoria, proposta por eles, um 
ser só é considerado vivo se possuir célula. Assim, re-
conheciam a célula como unidade fundamental dos 
seres vivos.
Na época, muitos biólogos reconheceram e apoia-
ram as ideias de Schleiden e Schwann, o que facili-
tou a disseminação da teoria e também seu aperfei-
çoamento a partir de proposições complementares. 
Entre elas, merecem destaque a de 1855, feita pelo 
pesquisador Rudolf Virchow, de que as células origi-
nam-se de outras preexistentes; e a de 1878, que des-
creve o processo de divisão celular, feita pelo biólogo 
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Ciências – 6o ano 38
•	Macroscópicas: podem ser observadas a olho nu.
Exemplos: a gema do ovo, o alvéolo da laranja, a fibra 
do algodão.
Com frequência, dizemos que as células são forma-
das por membrana plasmática, citoplasma e núcleo, mas 
nem todas o são. Isso acontece porque o núcleo pode 
não estar organizado, ou seja, com uma membrana (ca-
rioteca) envolvendo o seu material genético. Um exem-
plo desse tipo de organização é apresentado pelas bac-
térias e cianobactérias, pois, pelo fato de o seu material 
genético estar disperso no citoplasma, ele passa a rece-
ber a denominação de nucleoide. Portanto, classificamos 
como procariótica a célula com essa organização celular, 
e os organismos que a possuem, procariontes.
A gema de ovo é rica em proteína. É dela que nascem os filhotes da galinha; e 
da parte transparente, a clara, eles se alimentam. 
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A bactéria é um organismo procarionte.
A célula – viagem ao 
mundo invisível
A célula é uma estrutura fundamental para a forma-
ção de todos os seres vivos, pois nela ocorrem ativida-
des essenciais à manutenção da vida. Essa estrutura 
fundamental é estudada por um ramo da Biologia deno-
minado Citologia.
Mas, como é possível observar uma célula, se a maio-
ria delas não é observável a olho nu, ou seja, sem o auxílio 
de um instrumento? Sabemos que o ser humano desen-
volveu instrumentos para aprimorar o alcance da visão 
humana. Você já manuseou um binóculo? Já percebeu 
que, ao utilizá-lo, as imagens bem distantes aparentam 
estar bem próximas? Quem precisa de óculos já percebeu 
como um “simples” par de lentes pode tornar nítida uma 
imagem que antes parecia desfocada e confusa. A Cito-
logia também se beneficiou dos avanços tecnológicos na 
criação de lentes, por meio da microscopia. Normalmen-
te, usa-se um instrumento chamado microscópio (apare-
lho composto de lentes com capacidade de ampliar pe-
quenos objetos), para observar as células. Considerando 
o tamanho, as células são classificadas em microscópicas 
e macroscópicas.
•	Microscópicas: só podem ser observadas com a 
ajuda do microscópio. 
Exemplos: célula nervosa, glóbulo vermelho, a maio-
ria das células ósseas.
Visão microscópica da biópsia da medula óssea. Parte do osso é visível à direita 
(rosa).
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Ribossomos DNA
Citoplasma
Fímbrias
Flagelo
Membrana plasmática
Parede celular
Cápsula
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Leitura
complementar
Teoria da “evolução” do microscópio
É impossível imaginar os avanços do co-
nhecimento científico que temos hoje sem 
pensar em um equipamento de fundamen-
tal importância, o microscópio. Ele nos per-
mitiu a descoberta de um mundo que até 
então era desconhecido e foi fundamental 
para quebrar paradigmas, como o da teoria 
da geração espontânea. Atualmente, pos-
suímos aparelhos tão modernos que é pos-
sível observarmos macromoléculas, orga-
nelas, e até o DNA de uma célula, possuindo 
uma capacidade de aumento formidável. 
No entanto, não podemos esquecer as ori-
gens, como foi a descoberta e o avanço des-
se instrumento tão importante para a nossa 
evolução científica.
Estima-se, segundo alguns relatos, que 
tudo tenha começado com os chineses, 
em 2.000 a.C., que utilizavam uma espécie 
de tubo com uma lente no final, e então o 
preenchiam com água e o nível da água de-
terminava o grau de ampliação que eles de-
sejavam. Mais recentemente, Hans Jansen 
e seu filho Zacharias Jansen (holandeses) 
eram fabricantes de óculos e criaram o pri-
meiro microscópio propriamente dito em 
1590. Ele consistia de três tubos cilíndricos 
usados para apoiar a ocular. As lentes eram 
inseridas no final desses tubos. A lente da 
ocular era biconvexa e a lente da objetiva 
era plano-convexa, uma combinação avan-
çada para a época.
Em 1625, Galileu Galilei iniciou seus ex-
perimentos com lentes. A invenção do mi-
croscópio foi erroneamente atribuída a ele, 
e foi contestada por muitos. Foi descrito 
como um “telescópio modificado para ver 
objetos de muito perto”. Johannes Faber, 
amigo de Galileu, conferiu ao instrumento 
o nome de microscópio, antes chamado de 
occhialino.
Em 1665, Robert Hooke publicou a 
obra Micrographia, a qual possuía uma 
descrição detalhada de 57 observações 
realizadas com o microscópio que o pró-
prio cientista fabricou. Nela, aparece 
pela primeira vez o termo célula, ao refe-
rir-se aos poros observados numa fina lâ-
mina de cortiça, que o faziam lembrar-se 
das celas dos monges. Então, o holandês 
Antoni Van Leeuvenhoek construiu seu 
próprio microscópio, que possuía uma 
ampliação de até 300 vezes, que possibi-
litou a primeira visualização das células 
vermelhas sanguíneas, bem como a des-
coberta das bactérias e do esperma hu-
mano em 1673. Foi o primeiro pesquisa-
dor a relatar observações em material 
biológico.
Um dos maiores empecilhos daque-
la época era a tecnologia das lentes. Hoje, 
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 38 05/03/2020 10:38:41
39Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 39
Cianobactérias – Organismos procariontes uni-
celulares capazes de realizar fotossíntese.
Glossário
As células que apresentam núcleo organizado, no 
qual o material genético se encontra envolvido pela 
carioteca (envelope nuclear), são classificadas como 
eucarióticas; e os organismos que as possuem, como 
eucariontes. Esse tipo celular é encontrado na maio-
ria dos seres vivos, como animais, vegetais, fungos e 
protozoários.
Membrana 
plasmática 
Carioteca
Citoplasma
Núcleo
Te
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O ser humano é um organismo eucarionte.
Podemos também classificar os seres vivos de acor-
do com a quantidade de células. Quando um ser vivo 
apresenta apenas uma célula, é classificado como uni-
celular, como as bactérias e os protozoários. Quan-
do apresenta mais de uma célula, é classificado como 
pluricelular, ou multicelular, como todos os animais 
e vegetais.
Evolução da microscopia
A utilização do microscópio é fundamental para o 
estudo da Citologia. Esse aparelho foi inventado no fi-
nal do século XVI pelo fabricante de óculos holandês 
Hans Janssen e por seu filho Zacharias Janssen, que foi 
o responsável pela montagem das lentes. Tudo come-
çou quando Zacharias combinou duas lentes convexas 
justapostas na ponta de um tubo e conseguiu ampliar a 
imagem de um objeto várias vezes.
O microscópio foi aperfeiçoado pelo também ho-
landês Antonie van Leeuwenhoek, que construiu um 
aparelho simples com apenas uma lente. Em 1665, o 
inglês Robert Hooke utilizou um microscópio construí-
do por ele mesmo para examinar uma cortiça (tecido 
vegetal morto) e observou que ela era formada por pe-
quenos compartimentos, os quais chamou de células, 
cujo significado é pequenas celas (compartimentos).
Gravura do microscópio 
de Hooke de seu livro 
Micrographia.
Em meados do século XIX, após as descobertas de 
Hooke, o botânicoalemão Matthias Schleiden e o zoó-
logo alemão Theodor Schwann começaram a desenvol-
ver pesquisas com vegetais e animais e, mais tarde, che-
garam à conclusão de que ambos eram constituídos por 
células. Propuseram, então, a Teoria Celular.
De acordo com essa teoria, proposta por eles, um 
ser só é considerado vivo se possuir célula. Assim, re-
conheciam a célula como unidade fundamental dos 
seres vivos.
Na época, muitos biólogos reconheceram e apoia-
ram as ideias de Schleiden e Schwann, o que facili-
tou a disseminação da teoria e também seu aperfei-
çoamento a partir de proposições complementares. 
Entre elas, merecem destaque a de 1855, feita pelo 
pesquisador Rudolf Virchow, de que as células origi-
nam-se de outras preexistentes; e a de 1878, que des-
creve o processo de divisão celular, feita pelo biólogo 
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Ciências – 6o ano 38
•	Macroscópicas: podem ser observadas a olho nu.
Exemplos: a gema do ovo, o alvéolo da laranja, a fibra 
do algodão.
Com frequência, dizemos que as células são forma-
das por membrana plasmática, citoplasma e núcleo, mas 
nem todas o são. Isso acontece porque o núcleo pode 
não estar organizado, ou seja, com uma membrana (ca-
rioteca) envolvendo o seu material genético. Um exem-
plo desse tipo de organização é apresentado pelas bac-
térias e cianobactérias, pois, pelo fato de o seu material 
genético estar disperso no citoplasma, ele passa a rece-
ber a denominação de nucleoide. Portanto, classificamos 
como procariótica a célula com essa organização celular, 
e os organismos que a possuem, procariontes.
A gema de ovo é rica em proteína. É dela que nascem os filhotes da galinha; e 
da parte transparente, a clara, eles se alimentam. 
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A bactéria é um organismo procarionte.
A célula – viagem ao 
mundo invisível
A célula é uma estrutura fundamental para a forma-
ção de todos os seres vivos, pois nela ocorrem ativida-
des essenciais à manutenção da vida. Essa estrutura 
fundamental é estudada por um ramo da Biologia deno-
minado Citologia.
Mas, como é possível observar uma célula, se a maio-
ria delas não é observável a olho nu, ou seja, sem o auxílio 
de um instrumento? Sabemos que o ser humano desen-
volveu instrumentos para aprimorar o alcance da visão 
humana. Você já manuseou um binóculo? Já percebeu 
que, ao utilizá-lo, as imagens bem distantes aparentam 
estar bem próximas? Quem precisa de óculos já percebeu 
como um “simples” par de lentes pode tornar nítida uma 
imagem que antes parecia desfocada e confusa. A Cito-
logia também se beneficiou dos avanços tecnológicos na 
criação de lentes, por meio da microscopia. Normalmen-
te, usa-se um instrumento chamado microscópio (apare-
lho composto de lentes com capacidade de ampliar pe-
quenos objetos), para observar as células. Considerando 
o tamanho, as células são classificadas em microscópicas 
e macroscópicas.
•	Microscópicas: só podem ser observadas com a 
ajuda do microscópio. 
Exemplos: célula nervosa, glóbulo vermelho, a maio-
ria das células ósseas.
Visão microscópica da biópsia da medula óssea. Parte do osso é visível à direita 
(rosa).
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Ribossomos DNA
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Cápsula
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com o avanço da tecnologia ao nosso fa-
vor, a história deste equipamento fantás-
tico ainda continua sendo escrita, e quem 
sabe, daqui mais alguns anos, com o avan-
ço da tecnologia, nós não possamos des-
cobrir novos mundos e quebrar ainda mais 
paradigmas.
Disponível em: http://museudinamicointerdisciplinar.word-
press.com/2014/05/17/teoria-da-evolucao-do-microscopio/. 
Acesso em: 04/10/2019. Adaptado.
Anotações
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40 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 41
Microscópio eletrônico
O microscópio eletrônico é um aparelho que revolucio-
nou o mundo da ciência. Seu inventor foi o engenheiro-ele-
tricista alemão Ernst August Friedrich Ruska, em 1932. 
Ao longo dos anos, o microscópio eletrônico foi 
aperfeiçoado, e hoje temos aparelhos capazes de am-
pliar uma célula mais de 100 mil vezes, o que possibi-
lita a observação de elementos celulares importantes.
Existem dois tipos de microscópio eletrônico: 
•	O microscópio eletrônico de transmissão, capaz 
de transmitir um feixe de elétrons que atravessa um 
material biológico (como a célula), captando o que 
atravessou e transformando os dados em imagens. 
•	O microscópio eletrônico de varredura, capaz de 
analisar a superfície de células e até mesmo de mo-
léculas.
Após o surgimento das técnicas de microscopia, 
presenciamos o avanço de diversas áreas das ciên-
cias, destacando-se a descoberta de novos organis-
mos nocivos à nossa saúde e a produção de nano-
tecnologia. O que a invenção do microscópio nos 
possibilitou?
Investigue
Laboratório de 
ciências
Objetivo:
Aprender como preparar material a ser observado 
em um microscópio.
Materiais: 
 ■ Água. ■ Corante (lugol). ■ Papel absorvente. ■ 1 cebola. ■ 1 lâmina. ■ 1 lamínula. ■ 1 pipeta ou conta-gotas. ■ Microscópio óptico.
Procedimento: 
1. Com a ajuda de um adulto, corte a cebola ao meio e 
retire uma raspa (um tecido). 
2. Coloque uma gota de água no centro da lâmina. 
3. Em cima da gota de água, espalhe bem o tecido vegetal. 
4. Sobre o tecido vegetal, coloque uma gota de lugol. 
5. Coloque a lamínula em cima do material, fazendo 
uma leve pressão. 
6. Com o papel absorvente, enxugue em torno da lamínula. 
7. Coloque a lâmina em um microscópio e regule-o con-
forme a sua visão.
Sobre o experimento: 
 ■ Desenhe o que foi observado e defina tecido. ■ Em que objetiva e ocular você teve melhor visua-
lização? 
 ■ Quantas vezes o material observado foi ampliado? ■ Qual é a importância da microscopia para o avan-
ço da ciência?
•	Aumento da objetiva: 10x. 
•	Aumento da ocular: 5x. 
•	Ampliação: 10 x 5 = 50 (o objeto será ampliado cin-
quenta vezes quando observado pelo microscópio 
óptico).
•	Aumento da objetiva: 40x. 
•	Aumento da ocular: 10x. 
•	Ampliação: 40 x 10 = 400 (o objeto será ampliado 
quatrocentas vezes quando observado pelo micros-
cópio óptico).
Técnicas para 
preparação de lâmina 
para observação de 
célula vegetal 
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Ciências – 6o ano 40
Microscópio óptico 
O microscópio óptico é um aparelho largamente uti-
lizado em laboratórios de análises clínicas. Ele funciona 
com lentes e feixe de luz capaz de atravessar o material 
biológico observado, transmitindo a imagem, que chega 
aos nossos olhos de uma forma ampliada, podendo va-
riar de 100 a 1.500 vezes. 
A capacidade de ampliação é calculada pela mul-
tiplicação da capacidade de aumento da lente ocular 
pela capacidade de aumento da lente objetiva. Veja os 
exemplos:
2| Até o momento, você pôde observar que tanto 
os microscópios quanto a própria Teoria Celular fo-
ram aprimorados ao longo do tempo, graças aos es-
forços de vários cientistas. Diante dessa reflexão, o 
que podemos concluir sobre o avanço da ciência e 
da tecnologia?
Sugestão de resposta: Ciência e tecnologia são produ-
ções humanas e coletivas. A partir da divulgação do co-
nhecimento científico, é possível que outros cientistas 
possam aprofundar, complementar ou mesmo descar-
tar as hipóteses formuladas uns pelos outros, propician-
do o avanço da ciência e o desenvolvimento de bens ou 
serviços a partir dela, o que chamamos de tecnologia. 
Exercite sua 
memória
1| A Teoria Celular é uma das mais importantes no estu-
do da Biologia. Cite, resumidamente, seus três pontos 
principais.
Sugestão de resposta: 1 – Todo ser vivo é formado por cé-
lulas; 2 – As atividades fundamentais à vida ocorrem no 
ambiente intracelular; 3 – Toda célula deriva de uma pree-
xistente, da qual herda características por meio do mate-
rial genético e é formada por meio de divisãocelular.
Walther Flemming, auxiliando na compreensão dos 
mecanismos de hereditariedade, ou seja, como uma 
célula ajudava a transmitir o material genético.
Porém, existem exemplos de seres que contrariam a 
Teoria Celular: os vírus. Considerando as propostas des-
sa teoria, os vírus não seriam seres vivos. Por outro lado, 
eles são organismos portadores de material genético e 
capazes de se replicar, podendo, inclusive, sofrer muta-
ções, modificando seu material genético. Se considerar-
mos essa característica, por exemplo, os vírus poderiam 
ser considerados seres vivos.
Os primeiros microscópios eram conhecidos como 
“óculos de pulga”. Por que será?
Investigue
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Sugestão de
vídeo
Bio é vida – viagem à célula 
https://www.youtube.com/watch?v=JEZ
E9ykJGpg
Sugestão de
leitura
Leitura
complementar
Microscopia 
Com o avanço da tecnologia e a con-
sequente invenção do microscópio, pude-
mos finalmente observar as unidades es-
truturais e funcionais dos organismos vivos 
— as células. 
Desde então, esses avanços permiti-
Microscopia: contexto histórico, 
técnicas e procedimentos para 
observação de amostras biológicas 
Autor: Alexander Brilhante Coelho 
Os diferentes tipos de microscópio e as téc-
nicas de preparo de materiais comumente 
utilizadas em laboratórios são destacados 
nesta obra. Ela também apresenta uma 
proposta de discussão sobre as aplicações 
dos microscópios em processos que envol-
vem a observação de amostras biológicas, 
desde o preparo de lâminas até a escolha 
de aparelhos, lentes e técnicas adequa-
das para o que se deseja observar. O estu-
do inicia-se com um breve relato da histó-
ria do uso do microscópio. 
Apresenta, ainda, a diversidade de micros-
cópios ópticos e eletrônicos, seus compo-
nentes, usos particulares e a importância 
que esses aparelhos tiveram em diferen-
tes áreas do conhecimento. Procedimen-
tos como cortes de amostras e técnicas de 
coloração para o preparo de lâminas são 
abordados com atenção aos processos físi-
cos e químicos relacionados.
Anotações
ME_FC_Ciências_6A_01.indd 40 05/03/2020 10:38:42
41Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 41
Microscópio eletrônico
O microscópio eletrônico é um aparelho que revolucio-
nou o mundo da ciência. Seu inventor foi o engenheiro-ele-
tricista alemão Ernst August Friedrich Ruska, em 1932. 
Ao longo dos anos, o microscópio eletrônico foi 
aperfeiçoado, e hoje temos aparelhos capazes de am-
pliar uma célula mais de 100 mil vezes, o que possibi-
lita a observação de elementos celulares importantes.
Existem dois tipos de microscópio eletrônico: 
•	O microscópio eletrônico de transmissão, capaz 
de transmitir um feixe de elétrons que atravessa um 
material biológico (como a célula), captando o que 
atravessou e transformando os dados em imagens. 
•	O microscópio eletrônico de varredura, capaz de 
analisar a superfície de células e até mesmo de mo-
léculas.
Após o surgimento das técnicas de microscopia, 
presenciamos o avanço de diversas áreas das ciên-
cias, destacando-se a descoberta de novos organis-
mos nocivos à nossa saúde e a produção de nano-
tecnologia. O que a invenção do microscópio nos 
possibilitou?
Investigue
Laboratório de 
ciências
Objetivo:
Aprender como preparar material a ser observado 
em um microscópio.
Materiais: 
 ■ Água. ■ Corante (lugol). ■ Papel absorvente. ■ 1 cebola. ■ 1 lâmina. ■ 1 lamínula. ■ 1 pipeta ou conta-gotas. ■ Microscópio óptico.
Procedimento: 
1. Com a ajuda de um adulto, corte a cebola ao meio e 
retire uma raspa (um tecido). 
2. Coloque uma gota de água no centro da lâmina. 
3. Em cima da gota de água, espalhe bem o tecido vegetal. 
4. Sobre o tecido vegetal, coloque uma gota de lugol. 
5. Coloque a lamínula em cima do material, fazendo 
uma leve pressão. 
6. Com o papel absorvente, enxugue em torno da lamínula. 
7. Coloque a lâmina em um microscópio e regule-o con-
forme a sua visão.
Sobre o experimento: 
 ■ Desenhe o que foi observado e defina tecido. ■ Em que objetiva e ocular você teve melhor visua-
lização? 
 ■ Quantas vezes o material observado foi ampliado? ■ Qual é a importância da microscopia para o avan-
ço da ciência?
•	Aumento da objetiva: 10x. 
•	Aumento da ocular: 5x. 
•	Ampliação: 10 x 5 = 50 (o objeto será ampliado cin-
quenta vezes quando observado pelo microscópio 
óptico).
•	Aumento da objetiva: 40x. 
•	Aumento da ocular: 10x. 
•	Ampliação: 40 x 10 = 400 (o objeto será ampliado 
quatrocentas vezes quando observado pelo micros-
cópio óptico).
Técnicas para 
preparação de lâmina 
para observação de 
célula vegetal 
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Ciências – 6o ano 40
Microscópio óptico 
O microscópio óptico é um aparelho largamente uti-
lizado em laboratórios de análises clínicas. Ele funciona 
com lentes e feixe de luz capaz de atravessar o material 
biológico observado, transmitindo a imagem, que chega 
aos nossos olhos de uma forma ampliada, podendo va-
riar de 100 a 1.500 vezes. 
A capacidade de ampliação é calculada pela mul-
tiplicação da capacidade de aumento da lente ocular 
pela capacidade de aumento da lente objetiva. Veja os 
exemplos:
2| Até o momento, você pôde observar que tanto 
os microscópios quanto a própria Teoria Celular fo-
ram aprimorados ao longo do tempo, graças aos es-
forços de vários cientistas. Diante dessa reflexão, o 
que podemos concluir sobre o avanço da ciência e 
da tecnologia?
Sugestão de resposta: Ciência e tecnologia são produ-
ções humanas e coletivas. A partir da divulgação do co-
nhecimento científico, é possível que outros cientistas 
possam aprofundar, complementar ou mesmo descar-
tar as hipóteses formuladas uns pelos outros, propician-
do o avanço da ciência e o desenvolvimento de bens ou 
serviços a partir dela, o que chamamos de tecnologia. 
Exercite sua 
memória
1| A Teoria Celular é uma das mais importantes no estu-
do da Biologia. Cite, resumidamente, seus três pontos 
principais.
Sugestão de resposta: 1 – Todo ser vivo é formado por cé-
lulas; 2 – As atividades fundamentais à vida ocorrem no 
ambiente intracelular; 3 – Toda célula deriva de uma pree-
xistente, da qual herda características por meio do mate-
rial genético e é formada por meio de divisão celular.
Walther Flemming, auxiliando na compreensão dos 
mecanismos de hereditariedade, ou seja, como uma 
célula ajudava a transmitir o material genético.
Porém, existem exemplos de seres que contrariam a 
Teoria Celular: os vírus. Considerando as propostas des-
sa teoria, os vírus não seriam seres vivos. Por outro lado, 
eles são organismos portadores de material genético e 
capazes de se replicar, podendo, inclusive, sofrer muta-
ções, modificando seu material genético. Se considerar-
mos essa característica, por exemplo, os vírus poderiam 
ser considerados seres vivos.
Os primeiros microscópios eram conhecidos como 
“óculos de pulga”. Por que será?
Investigue
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ram que a Biologia desse um enorme sal-
to, principalmente após a invenção do mi-
croscópio eletrônico, com potencial de 
aumento muito superior ao ótico. 
Importância do microscópio 
Com o aparelho, foi possível estudar se-
res unicelulares e pluricelulares invisíveis 
a olho nu, incluindo, é claro, as bactérias e 
os protozoários responsáveis pela maioria 
das doenças hoje conhecidas. 
A citologia é dependente de equipa-
mentos que permitam a visualização com-
pleta das células humanas, pois a maioria 
delas são tão pequenas que não podem ser 
observadas sem o auxílio de instrumentos 
óticos de ampliação. 
O olho humano tem um limite de re-
solução de até 0,2 mm. Abaixo desse va-
lor, não é possível enxergar os objetos sem 
o auxílio de instrumentos, como lupas e, 
principalmente, o microscópio. 
O crédito da invenção do microscópio é 
discutível, mas sabe-se que em 1590 os ir-
mãos neerlandeses Franz, Johan e Zacarias 
Janssen compuseram um artefato rudi-
mentar munido de um sistemade lentes, 
que permitia a ampliação e a observação 
de pequenas estruturas e objetos com ra-
zoável nitidez. 
O aparelho foi denominado de micros-
cópio e constituiu a principal janela da 
ciência para o mundo além da capacidade 
de resolução do olho humano. 
Em 1665, o inglês Robert Hooke usou 
um microscópio para observar uma gran-
de variedade de pequenos objetos, além 
de animais e plantas que ele mesmo repre-
sentava em fiéis ilustrações. 
Hooke percebeu, além disso, que a 
casca do carvalho era formada por uma 
grande quantidade de alvéolos vazios, se-
melhantes à estrutura dos favos de uma 
colmeia. Naquela época, Hooke não tinha 
noção de que estava observando apenas 
contornos de células vegetais mortas. 
Publicou as suas descrições e ilustrações 
em uma obra denominada Micrographia, 
em que usa a designação little boxes or cells 
(pequenas caixas ou celas) para denominar 
os alvéolos observados, dando origem as-
sim ao termo célula. O termo acabou tor-
nando-se definitivo. 
Disponível em: http://biologo.com.br/bio/ microscopia/Aces-
so em: 20/02/2019.
Anotações
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42 Manual do Educador
Ciências – 6o ano 43
5| Leia o texto abaixo:
“O ângulo é incomum — o lado de dentro do organis-
mo. Em primeiro plano, às vezes aparecem estruturas 
com milionésimos de milímetro. Trata-se de fotos mag-
níficas do cientista italiano Pietro Motta, especialista em 
flagrar as paisagens criadas pelas células.
O trabalho do fotógrafo é meticuloso. Antes de posar 
diante das lentes, o objeto — no caso, uma amostra de te-
cido humano — deve ser preparado. Ou seja, é preciso pas-
sar pelo processo de fixação, retirando toda a água no inte-
rior das células. Feito isso, a imagem congela, isto é, nada 
sai do lugar. Resta cobrir a superfície com uma finíssima ca-
mada de ouro e disparar a máquina fotográfica. Caso con-
trário, o feixe de elétrons emitido pelo aparelho pode quei-
mar o tecido exposto. Todos esses cuidados são tomados 
pelo professor Pietro Motta antes de uma sessão de fotos. 
‘Vale a pena, pelas paisagens que conseguimos captar’, diz 
ele, um dos pioneiros nessa modalidade de microscopia, 
diretor do Instituto de Anatomia de Roma, na Itália.”
Fonte: Revista Superinteressante.
De acordo com o material utilizado na pesquisa e as es-
truturas observadas, que tipo de aparelho foi utilizado 
acoplado à máquina fotográfica?
a. X Microscópio eletrônico.
b. Microscópio óptico.
c. Lupa.
d. Luneta.
7| A construção do microscópio composto, ou binocular, 
por Robert Hooke, em 1665, permitiu a visualização de 
estruturas até então desconhecidas pelos cientistas, a 
partir da utilização de lentes de grande aumento. Com o 
advento da microscopia, os pesquisadores, após vários 
estudos em muitos tipos de plantas e animais, lançaram 
a ideia de que todos os seres vivos são formados por pe-
quenas unidades chamadas células. Essa constatação 
foi possível graças à possibilidade gerada pela combina-
ção de duas partes (A e B) do microscópio óptico.
O sistema de lentes A e B, responsável pelo aumento fi-
nal de uma célula, é chamado, respectivamente, de:
a. diafragma e condensador.
b. objetiva e condensador.
c. condensador e ocular.
d. ocular e diafragma.
e. X ocular e objetiva.
ha
m
ur
is
hi
/S
hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
A
B
6| (Vunesp) Os procariontes diferenciam-se dos eucarion-
tes porque os primeiros, entre outras características:
a. não possuem material genético.
b. X possuem material genético como os eucarion-
tes, mas são anucleados.
c. possuem núcleo, mas o material genético en-
contra-se disperso no citoplasma.
d. possuem material genético disperso no núcleo, 
mas não em estruturas organizadas denominadas 
cromossomos.
e. possuem núcleo e material genético organizado 
nos cromossomos.
8| Qual das alternativas a seguir apresenta funções da 
membrana plasmática numa célula?
a. X Dar forma à célula, além de controlar as subs-
tâncias que entram e saem dela.
b. Executar a respiração celular.
c. Fazer a síntese de proteínas dentro da célula.
d. Executar todo o processo de divisão celular.
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Ciências – 6o ano 42
4| As células são as menores unidades vivas de um orga-
nismo e estão presentes em todos os seres, com exceção 
dos vírus. Elas podem ser classificadas em procarióticas 
e eucarióticas, se levarmos em consideração a ausência 
ou presença de:
a. parede celular.
b. citoplasma.
c. X carioteca.
3| (UnB) Quando se usa o microscópio, é importante sa-
ber em quanto o instrumento ampliou a imagem do ob-
jeto. Se, por exemplo, na ocular estiver marcado 5x e na 
objetiva 12x, a ampliação é de:
a. 17 diâmetros (12x + 5x).
b. 7 diâmetros (12x – 5x).
c. X 60 diâmetros (12x . 5x).
d. 2,4 diâmetros (12x / 5x).
Ciência prática
1| Escolha a opção que mostra uma sequência lógica dos 
níveis de organização de um organismo multicelular:
a. tecidos – células – órgãos – moléculas – sistemas.
b. células – moléculas – tecidos – sistemas – órgãos.
c. X células – tecidos – órgãos – sistemas – organismo.
d. células – órgãos – tecidos – sistemas – moléculas.
e. sistemas – tecidos – moléculas – células – órgãos.
2| (UFPA) A descoberta da célula foi feita em 1665 por 
. Em 1838 e 1839, e , após observações de 
estruturas de muitas plantas e animais, concluíram que 
os seres vivos são constituídos por células. Indique a al-
ternativa que completa corretamente as frases.
a. Hooke, Weishmann, Schwann.
b. Virchow, Schleiden, Schwann.
c. Schleiden, Hooke, Schwann.
d. X Hooke, Schleiden, Schwann.
e. Virchow, Weishmann, Hooke.
Objetivo:
Aprender como preparar material a ser observado 
em um microscópio.
Materiais: 
 ■ Corante (lugol). 
 ■ Papel absorvente. 
 ■ Paleta de picolé. 
 ■ 1 lâmina. 
 ■ 1 lamínula. 
 ■ 1 pipeta ou conta-gotas.
 ■ Microscópio óptico.
Procedimento: 
1. Passe levemente a paleta de picolé na parte interna 
da bochecha para retirar a mucosa bucal (tecido que 
reveste internamente a bochecha). 
2. No centro da lâmina, esfregue o material biológico 
retirado. 
3. Sobre esse tecido animal, coloque uma gota de lugol. 
4. Coloque a lamínula em cima do material, fazendo 
uma leve pressão. 
5. Com o papel absorvente, enxugue em torno da lamí-
nula. 
6. Coloque a lâmina em um microscópio e regule-o con-
forme a sua visão.
Sobre o experimento: 
 ■ Desenhe o que foi observado. 
 ■ Em que objetiva e ocular você teve melhor visua-
lização? 
 ■ Quantas vezes foi ampliado o material observado? 
 ■ Cite uma diferença identificada entre o tecido 
vegetal (experiência anterior) e o tecido animal 
observado.
d. membrana plasmática.
e. organelas celulares.
Técnicas para 
preparação de lâmina 
para observação de 
célula animal
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Leitura
complementar
Microscópio impulsionou 
descobertas
Os microscópios ganharam a tecnologia 
básica de hoje a partir do começo do sécu-
lo XIX. Mas, mesmo no século anterior, já ha-
via microscópios com formas semelhantes. 
No século XVII, descobertas importantes fo-
ram feitas com esse tipo de aparelho. “No-
venta por cento das descobertas em citologia, 
o estudo das células, foi feito com microscópios 
rudimentares”, diz o biólogo Nelio Bizzo, espe-
cialista em ensino de Biologia na Faculdade de 
Educação da Universidade de São Paulo (USP). 
“O microscópio é uma ferramenta indis-
pensável para quem estuda biologia”, afirma 
Bizzo. “Deveria haver uma lei federal proibindo 
escolas de comprar computadores se não tive-
rem um microscópio.” Para o professor da USP, 
“quem vê uma foto de vírus, de bactérias, e que 
nunca manipulou um microscópio, não tem 
condição de entender como a foto foi feita”. 
O microscópio teve para a Biologia o mes-
mo impacto que seu parente para ver mais 
longe, o telescópio, teve na Astronomia. Gra-
ças ao telescópio foi possível enxergar novos 
planetas e novas luas girando em tornodeles, 
e confirmar a hipótese de que a Terra não era 
o centro do Universo, mas, sim, apenas mais 
um corpo celeste que girava em torno do Sol. 
Graças aos microscópios foi possível 
descobrir todo um novo mundo desconhe-
cido da ciência: aquele dos seres vivos de 
dimensões muito pequenas, microscópi-
cas, os chamados micróbios. 
Um dos mais notáveis pioneiros foi o holan-
dês Antonie van Leeuwenhoek (1632–1723), o 
primeiro pesquisador a observar micróbios 
como bactérias e protozoários. 
Ele batizou esses seres de animálcu-
los, pequenos animais que pôde observar na 
água ou no interior do próprio corpo humano. 
Nem todos podem hoje ser chamados de “ani-
mais”, mas, com seus esforços, Leeuwenhoek 
abriu toda uma área de pesquisa científica. 
Leeuwenhoek usava um microscópio 
de um modelo bem simples, que se cons-
tituía basicamente de duas placas de la-
tão entre as quais havia apenas uma lente, 
com um parafuso ajustável para manter o 
espécime sendo observado. Apesar da sim-
plicidade do microscópio, ele conseguiu 
enxergar as bactérias, pela primeira vez, 
em 1676, com um instrumento que tinha 
uma ampliação de, no máximo, 280 vezes. 
Tanto telescópios como microscópios 
surgiram no momento em que se criaram 
as bases da ciência moderna, a chama-
da Revolução Científica. Eles foram tanto 
causa como efeito dessa revolução. 
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ brasil/
fc15119821.htm. Acesso em: 04/10/2019. Adaptado.
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43Ciências – 6º ano
Ciências – 6o ano 43
5| Leia o texto abaixo:
“O ângulo é incomum — o lado de dentro do organis-
mo. Em primeiro plano, às vezes aparecem estruturas 
com milionésimos de milímetro. Trata-se de fotos mag-
níficas do cientista italiano Pietro Motta, especialista em 
flagrar as paisagens criadas pelas células.
O trabalho do fotógrafo é meticuloso. Antes de posar 
diante das lentes, o objeto — no caso, uma amostra de te-
cido humano — deve ser preparado. Ou seja, é preciso pas-
sar pelo processo de fixação, retirando toda a água no inte-
rior das células. Feito isso, a imagem congela, isto é, nada 
sai do lugar. Resta cobrir a superfície com uma finíssima ca-
mada de ouro e disparar a máquina fotográfica. Caso con-
trário, o feixe de elétrons emitido pelo aparelho pode quei-
mar o tecido exposto. Todos esses cuidados são tomados 
pelo professor Pietro Motta antes de uma sessão de fotos. 
‘Vale a pena, pelas paisagens que conseguimos captar’, diz 
ele, um dos pioneiros nessa modalidade de microscopia, 
diretor do Instituto de Anatomia de Roma, na Itália.”
Fonte: Revista Superinteressante.
De acordo com o material utilizado na pesquisa e as es-
truturas observadas, que tipo de aparelho foi utilizado 
acoplado à máquina fotográfica?
a. X Microscópio eletrônico.
b. Microscópio óptico.
c. Lupa.
d. Luneta.
7| A construção do microscópio composto, ou binocular, 
por Robert Hooke, em 1665, permitiu a visualização de 
estruturas até então desconhecidas pelos cientistas, a 
partir da utilização de lentes de grande aumento. Com o 
advento da microscopia, os pesquisadores, após vários 
estudos em muitos tipos de plantas e animais, lançaram 
a ideia de que todos os seres vivos são formados por pe-
quenas unidades chamadas células. Essa constatação 
foi possível graças à possibilidade gerada pela combina-
ção de duas partes (A e B) do microscópio óptico.
O sistema de lentes A e B, responsável pelo aumento fi-
nal de uma célula, é chamado, respectivamente, de:
a. diafragma e condensador.
b. objetiva e condensador.
c. condensador e ocular.
d. ocular e diafragma.
e. X ocular e objetiva.
ha
m
ur
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hi
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hu
tt
er
st
oc
k.
co
m
A
B
6| (Vunesp) Os procariontes diferenciam-se dos eucarion-
tes porque os primeiros, entre outras características:
a. não possuem material genético.
b. X possuem material genético como os eucarion-
tes, mas são anucleados.
c. possuem núcleo, mas o material genético en-
contra-se disperso no citoplasma.
d. possuem material genético disperso no núcleo, 
mas não em estruturas organizadas denominadas 
cromossomos.
e. possuem núcleo e material genético organizado 
nos cromossomos.
8| Qual das alternativas a seguir apresenta funções da 
membrana plasmática numa célula?
a. X Dar forma à célula, além de controlar as subs-
tâncias que entram e saem dela.
b. Executar a respiração celular.
c. Fazer a síntese de proteínas dentro da célula.
d. Executar todo o processo de divisão celular.
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Ciências – 6o ano 42
4| As células são as menores unidades vivas de um orga-
nismo e estão presentes em todos os seres, com exceção 
dos vírus. Elas podem ser classificadas em procarióticas 
e eucarióticas, se levarmos em consideração a ausência 
ou presença de:
a. parede celular.
b. citoplasma.
c. X carioteca.
3| (UnB) Quando se usa o microscópio, é importante sa-
ber em quanto o instrumento ampliou a imagem do ob-
jeto. Se, por exemplo, na ocular estiver marcado 5x e na 
objetiva 12x, a ampliação é de:
a. 17 diâmetros (12x + 5x).
b. 7 diâmetros (12x – 5x).
c. X 60 diâmetros (12x . 5x).
d. 2,4 diâmetros (12x / 5x).
Ciência prática
1| Escolha a opção que mostra uma sequência lógica dos 
níveis de organização de um organismo multicelular:
a. tecidos – células – órgãos – moléculas – sistemas.
b. células – moléculas – tecidos – sistemas – órgãos.
c. X células – tecidos – órgãos – sistemas – organismo.
d. células – órgãos – tecidos – sistemas – moléculas.
e. sistemas – tecidos – moléculas – células – órgãos.
2| (UFPA) A descoberta da célula foi feita em 1665 por 
. Em 1838 e 1839, e , após observações de 
estruturas de muitas plantas e animais, concluíram que 
os seres vivos são constituídos por células. Indique a al-
ternativa que completa corretamente as frases.
a. Hooke, Weishmann, Schwann.
b. Virchow, Schleiden, Schwann.
c. Schleiden, Hooke, Schwann.
d. X Hooke, Schleiden, Schwann.
e. Virchow, Weishmann, Hooke.
Objetivo:
Aprender como preparar material a ser observado 
em um microscópio.
Materiais: 
 ■ Corante (lugol). 
 ■ Papel absorvente. 
 ■ Paleta de picolé. 
 ■ 1 lâmina. 
 ■ 1 lamínula. 
 ■ 1 pipeta ou conta-gotas.
 ■ Microscópio óptico.
Procedimento: 
1. Passe levemente a paleta de picolé na parte interna 
da bochecha para retirar a mucosa bucal (tecido que 
reveste internamente a bochecha). 
2. No centro da lâmina, esfregue o material biológico 
retirado. 
3. Sobre esse tecido animal, coloque uma gota de lugol. 
4. Coloque a lamínula em cima do material, fazendo 
uma leve pressão. 
5. Com o papel absorvente, enxugue em torno da lamí-
nula. 
6. Coloque a lâmina em um microscópio e regule-o con-
forme a sua visão.
Sobre o experimento: 
 ■ Desenhe o que foi observado. 
 ■ Em que objetiva e ocular você teve melhor visua-
lização? 
 ■ Quantas vezes foi ampliado o material observado? 
 ■ Cite uma diferença identificada entre o tecido 
vegetal (experiência anterior) e o tecido animal 
observado.
d. membrana plasmática.
e. organelas celulares.
Técnicas para 
preparação de lâmina 
para observação de 
célula animal
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