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ALICE – MEDICINA – T4 MECANISMOS DE LESÃO CELULAR E MORTE CELULAR HIPÓXIA E ISQUEMIA • A deficiência de oxigênio à falha de muitas vias metabólicas dependentes de energia e à morte celular por necrose; • Mecanismos compensatórios como o HIF-1 estimulam a síntese de várias proteínas que ajudam a célula a sobreviver em situações de hipóxia, como o fator de crescimento vascular endotelial (VEGF). A glicólise anaeróbia pode gerar ATP na ausência de oxigênio utilizando glicose derivada da circulação ou da hidrólise do glicogênio intracelular; • Embora pareça contraintuitivo, as células que proliferam rapidamente e as células malignas do câncer dependem de glicólise aeróbica para produzir grande parte de sua energia, um fenômeno conhecido como efeito Warburg. LESÃO POR ISQUEMIA – REPERFUSÃO • Sob certas circunstâncias, a restauração do fluxo para os tecidos isquêmicos, mas ainda viáveis, resulta, paradoxalmente, no aumento da lesão celular. Este é o inverso do resultado esperado da restauração do fluxo sanguíneo, que normalmente resolva na recuperação de células lesionadas de forma reversível; • Esse é um processo clinicamente importante que pode contribuir significativamente para o dano tecidual, especialmente após a isquemia miocárdica e cerebral. ESTRESSE OXIDATIVO • Refere-se às anormalidades celulares que são induzidas por ROS, que pertencem a um grupo de moléculas conhecidas como radicais livres. A morte celular pode acontecer por necrose, apoptose ou pelo padrão misto de necroptose; • Geração e remoção de espécies reativas de oxigênio: estes intermediários incluem superóxido e podem atravessar membranas biológicas. Na presença de metais, o H2O2 é convertido no radical hidroxila, altamente reativo; • As ROS são produzidas em leucócitos fagocíticos, principalmente em neutrófilos e macrófagos. REMOVEDORES DE RADICAIS LIVRES • A taxa de decomposição do superóxido é aumentada significativamente pela ação da superóxido dismutase (SOD); • As glutaniona-peroxidases (GSH) são uma família de enzimas cuja função principal é proteger as células das lesões oxidativas; • A catalase, presente nos peroxissomas, catalisa a decomposição do peróxido de hidrogênio (2H2O2 → O2 + 2H2O); (2H2O2 → O2 + 2H2O); • Os antioxidantes endógenos ou exógenos podem bloquear a formação de radicais livres ou removê-los, uma vez que tenham sido formados; ALICE – MEDICINA – T4 LESÃO CELULAR CAUSADA POR TOXINAS • Toxinas, incluindo substâncias químicas ambientais e substâncias produzidas por patógenos infecciosos, induzem lesão celular que culmina principalmente na morte celular necrótica; • Toxinas de ação direta: intoxicação por cloreto de mercúrio (como pode ocorrer pela ingestão de frutos do mar contaminados); • Toxinas latentes: as toxinas geralmente afetam as células nas quais estão ativadas. Em geral, isso é realizado pelo cromossomo P-450 no RE agranular do fígado e outros órgãos. O mecanismo mais importante de lesão celular envolve a formação de radicais livres. ESTRESSE DO RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO • O acúmulo de proteínas mal dobradas em uma célula pode estressar vias compensatórias no RE e levar à morte celular por apoptose; • Se proteínas não dobradas ou anormalmente dobradas se acumulam no RE, elas primeiro induzem uma resposta celular chamada de proteína não dobrada; • O dobramento anormal da proteína dentro das células pode causar doença por criar a deficiência de uma proteína essencial ou induzindo apoptose. DANO DO DNA • A exposição das células à radiação ou a agentes quimioterápicos, a geração intracelular de ROS e a aquisição de mutações podem induzir danos no DNA, que, se graves, podem desencadear a morte apoptótica. Primeiramente, p53 suspense o ciclo celular (na fase G1) para permitir que o DNA seja reparado antes de ser replicado. No entanto, se o dano for muito grande para ser reparado com êxito, a p53 desencadeia a apoptose. INFLAMAÇÃO • Uma causa comum de lesão celular e tecidual é a reação inflamatória que é provocada por patógenos, células necróticas e respostas imunes desreguladas, como nas doenças autoimunes e alergias. Em todas essas situações, as células inflamatórias, secretam produtos que evoluíram para destruir microrganismos, mas também podem danificar tecidos hospedeiros. EVENTOS COMUNS NA LESÃO CELULAR DE CAUSAS DIVERSAS • Disfunção mitocondrial; • Defeitos na permeabilidade da membrana; ADAPTAÇOES CELULARES AO ESTRESSE • As adaptações fisiológicas geralmente representam respostas celulares ao estímulo normal de hormônios ou mediadores químicos endógenos, ou as exigências de estresse mecânico. As adaptações patológicas são respostas ao estresse que permitem às células modulares sua estrutura e função e, assim, ALICE – MEDICINA – T4 escapar da lesão, mas à custa da função normal. HIPERTROFIA • Consiste no aumento do tamanho das células que resultam em aumento no tamanho do órgão; • Pode ser fisiológica ou patológica e é causada pelo aumento da demanda funcional ou por fatores de crescimento ou estimulação hormonal. HIPERPLASIA • Aumento no número de células em um órgão que resulta da proliferação aumentada de células diferenciadas ou, em alguns casos, de células progenitoras menos diferenciadas; • Pode ser fisiológica ou patológica: em ambas as situações, a proliferação celular é estimulada por fatores de crescimento que são produzidos por vários tipos de células; • Em todas essas situações, o processo hiperplásico permanece controlado; se os sinais que o iniciam são diminuídos ou interrompidos, a hiperplasia desaparece. ATROFIA • É a diminuição das células por perda de substância celular; • Embora as células atróficas possam apresentar função diminuída, elas não estão mortas; • A atrofia celular resulta da combinação da síntese proteica e a maior degradação de proteínas; • A degradação das proteínas celulares ocorre principalmente pela via ubiquitina- proteassoma. METAPLASIA • É uma alteração na qual um tipo de célula adulta (epitelial ou mesenquimal) é substituído por outro tipo de célula adulta; • Acredita-se que a metaplasia surja devido a uma reprogramação de células tronco para se diferenciar ao longo de uma nova via, em vez de uma alteração fenotípica (transdiferenciação) de células já diferenciadas. ACÚMULOS INTRACELULARES • A célula pode estar localizada no citoplasma, dentro de organelas (tipicamente lisossomas) ALICE – MEDICINA – T4 ou no núcleo, e pode ser sintetizada pelas células afetadas ou pode ser produzida em outra parte; • As principais vias de acúmulo intracelular anormal são a remoção e a degradação inadequada, ou produção excessiva de uma substância endógena, ou deposição de um material exógeno anormal. ENVELHECIMENTO CELULAR • O envelhecimento celular é o resultado do declínio progressivo do tempo de vida e da capacidade funcional das células. Várias anormalidades são responsáveis pelo envelhecimento celular: - Acúmulo de mutações no DNA; - Diminuição da replicação celular; - Homeostasia defeituosa das proteínas; - Inflamação persistente.
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