Buscar

ENGENHARIA DE SEGURANÇA DE TRABALHO PARA CONCURSO PÚBLICO PARTE 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 184 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 184 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 184 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

APOSTILA II 
 
 
 
 
 
 
 
 
ENGENHARIA DE 
SEGURANÇA DE 
TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
#RUMOÀ 
CONVOCAÇÃO 
 
 
 
CONCURSO PÚBLICO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Todos os direitos reservados. Este 
e-book ou parte dele, não pode ser 
reproduzido sem autorização 
expressa, por escrito do autor, sob 
pena de reclusão 2 a 4 anos, e 
multa, de acordo com Art. 184, § 1º 
do Código Penal 
Sumário 
Gerenciamento de Riscos ................................................................................................................................................. 5 
FUNÇÃO E A ORIGEM DO GERENCIAMENTO DE RISCOS .................................................................................................. 8 
FUNDAMENTOS MATEMÁTICOS PARA GERÊNCIA DE RISCO NO TRABALHO ................................................................. 11 
OUTROS SIGNIFICADOS DE PROBABILIDADE .................................................................................................................. 13 
ANÁLISE E RISCOS ........................................................................................................................................................... 16 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS .................................................................................................................................... 18 
TÉCNICAS DE INCIDENTES CRÍTICOS ............................................................................................................................... 21 
NATUREZA DOS RISCOS EMPRESARIAIS, RISCOS PUROS E ESPECULATIVOS .................................................................. 23 
SEGURANÇA DE SISTEMAS. SISTEMAS E SUBSISTEMAS ................................................................................................. 26 
A EMPRESA COMO UM SISTEMA .................................................................................................................................... 29 
RESPONSABILIDADE PELO PRODUTO .............................................................................................................................. 32 
CUSTOS DE ACIDENTES ................................................................................................................................................... 34 
PREVENÇÃO E CONTROLE DE PERDAS ............................................................................................................................ 39 
PLANOS DE EMERGÊNCIA ............................................................................................................................................... 45 
ADOÇÃO DE RISCOS E AUTOSSEGURO. TRANSFERÊNCIA DE RISCOS ............................................................................. 49 
ADMINISTRAÇÃO DE SEGUROS ....................................................................................................................................... 51 
Conceitos de Análise de Riscos ....................................................................................................................................... 54 
Prevenção de Riscos ........................................................................................................................................................ 57 
Aplicabilidade da Gestão de Riscos ................................................................................................................................. 59 
Bombas Industriais .......................................................................................................................................................... 60 
Compressores Industriais ................................................................................................................................................ 62 
Trocadores de Calor ........................................................................................................................................................ 64 
Vasos de pressão ............................................................................................................................................................. 67 
Fornos Industriais ............................................................................................................................................................ 69 
Motores ........................................................................................................................................................................... 71 
Máquinas de Elevação e Transporte ............................................................................................................................... 72 
Ferramentas Manuais, Motorizadas e Pneumáticas ...................................................................................................... 74 
Veículos Industriais ......................................................................................................................................................... 75 
Equipamentos de Soldagem ........................................................................................................................................... 76 
Proteção Mecânica ......................................................................................................................................................... 78 
Utilidades ........................................................................................................................................................................ 80 
Instalações e Edificações ................................................................................................................................................. 84 
Construções e Obras ....................................................................................................................................................... 87 
Prevenção de Acidentes na Construção Civil .................................................................................................................. 89 
Sistemas Elétricos de Potência ....................................................................................................................................... 91 
Sistemas Elétricos Internos ............................................................................................................................................. 93 
Sistemas de Proteção Passiva ......................................................................................................................................... 95 
Uso de Equipamentos Elétricos em Áreas Explosivas ..................................................................................................... 98 
Choques Elétricos ............................................................................................................................................................ 99 
Manutenção .................................................................................................................................................................. 101 
Importância da proteção e combate contra incêndios (PCI) ........................................................................................ 103 
Leis e normas regulamentadoras .................................................................................................................................. 107 
Teoria do fogo e explosões (PCI). .................................................................................................................................. 110 
Combustíveis e Incêndios ............................................................................................................................................. 113 
Prevenção e combate a incêndios florestais ................................................................................................................ 116 
Comportamento dos materiaisfrente a incêndios ....................................................................................................... 119 
Métodos de extinção de incêndios ............................................................................................................................... 123 
Fundamentos do programa de proteção contra incêndios .......................................................................................... 126 
Sistemas de detecção contra incêndio ......................................................................................................................... 129 
Sistemas fixos e portáteis de combate a incêndios ...................................................................................................... 132 
Saídas de emergência, iluminação e sinalização........................................................................................................... 136 
Brigadistas e Corpo de Bombeiros no combate e prevenção contra incêndios ........................................................... 139 
O papel das empresas na PCI ........................................................................................................................................ 142 
Inspecionando o Sistema de prevenção e combate a incêndios .................................................................................. 145 
Rede de hidrantes ......................................................................................................................................................... 149 
Equipe de combate a incêndio ...................................................................................................................................... 152 
Segurança no Trabalho ................................................................................................................................................. 155 
Acidentes de Trabalho .................................................................................................................................................. 157 
Serviços Ligados à Higiene e Segurança do Trabalho ................................................................................................... 160 
Equipamentos de Proteção Individual .......................................................................................................................... 163 
Atividades e Operações Insalubres ............................................................................................................................... 164 
Atividades e Operações Perigosas ................................................................................................................................ 171 
Higiene, Ergonomia e Gestão ........................................................................................................................................ 175 
Auditorias, Laudos e Perícias ........................................................................................................................................ 177 
 
 
 
5 
 
Gerenciamento de Riscos 
Diante de um cenário nacional preocupante, onde a estimativa média é que, a cada cinquenta e nove 
segundos, um trabalhador sofre um acidente de trabalho e, a cada três horas e trinta oito minutos, um 
trabalhador perde a vida em virtude do trabalho, é de extrema importância e relevância que a Gestão 
de Riscos de Segurança do Trabalho se torne uma rotina dentro das organizações. 
 
Os dias de trabalho perdidos com afastamentos previdenciários acidentários e os gastos da 
previdência social com benefícios acidentários crescem assustadoramente. Segundo o observatório 
digital de saúde e segurança do trabalho, no período de 2012 a 2017, mais de 305 milhões de dias já 
foram perdidos com afastamentos e mais de 66 bilhões de reais já foram gastos com benefícios 
acidentários ativos. 
 
Atualmente, observa-se que nos países desenvolvidos, as grandes empresas e muitas pequenas e 
médias se utilizam, com êxito, da gestão de riscos de segurança do trabalho, pois ela proporciona 
uma correta proteção dos ativos e do patrimônio dos acionistas, eliminando e/ou reduzindo, 
efetivamente, a grande maioria dos riscos ocupacionais. 
Portanto, a incorporação de práticas de gestão de segurança no trabalho contribui para a proteção 
contra os riscos presentes no ambiente laboral, prevenindo e reduzindo os acidentes. Dessa forma, os 
trabalhadores, a empresa e a produtividade do país só têm a ganhar. 
 
O QUE A ANÁLISE DE RISCOS CONTEMPLA: 
Para que o entendimento da análise de riscos aconteça de forma clara, é interessante que o 
entendimento da gestão de riscos seja definido como sendo a elaboração e a implantação de medidas 
e procedimentos, técnicos e administrativos, que têm por objetivo prevenir, reduzir e controlar os 
riscos bem como manter uma instalação operando dentro de padrões de segurança considerados 
toleráveis ao longo de sua vida útil. 
 
Considerando que o risco é a possibilidade de ocorrência de um evento (acidente) que pode causar 
danos (consequências) a uma empresa, a redução dos riscos pode ser conseguida por meio da 
implementação de medidas que visem tanto reduzir a possibilidade de ocorrência do acidente (ações 
preventivas) como as suas respectivas consequências (ações de proteção). Os danos podem ser 
humanos, patrimoniais, financeiros, de imagem, dentre outros. 
 
Ao contrário do perigo, o risco pressupõe uma medição da chance desse evento ocorrer e a estimativa 
da sua gravidade. Por exemplo, um terremoto é um perigo. Já a chance de um terremoto ocorrer em 
determinada localidade e seus impactos é o risco. Se uma localidade possui prédios adaptados para 
suportar os tremores da terra, o risco de danos será menor, ainda que o perigo seja o mesmo. 
 
Uma análise de risco bem elaborada consiste na avaliação da probabilidade de um perigo acontecer e 
na mensuração do seu possível impacto e consequente prejuízo para a organização. Algumas 
perguntas importantes devem ser respondidas numa análise de riscos de determinada instalação, tais 
como: 
Quais os riscos presentes no ambiente verificado e o que pode acontecer de errado? Qual a 
probabilidade de ocorrência de acidentes devido aos riscos presentes? Quais os efeitos e as 
consequências destes acidentes? Como poderiam ser eliminados ou reduzidos estes riscos? 
6 
 
COMO REALIZAR A GESTÃO DE RISCOS? 
É necessário que todos os colaboradores estejam comprometidos (operadores, supervisores, 
técnicos, gerentes, diretores e presidência da organização) para que a gestão e redução de riscos 
ocorra, pois, desta forma será possível a formação de hábitos seguros e de uma cultura de 
gerenciamento de riscos exercida por todos da organização. 
 
A inspeção de segurança é um método preventivo de extrema importância, que identifica a 
possibilidade de eliminação de possíveis acidentes, seja ao patrimônio ou às pessoas. A importância 
da gestão de risco reflete nos benefícios que ela pode trazer para a empresa, tais como: a preservação 
de bens e vidas humanas, manutenção do fluxo produtivo e reputação da empresa, funcionários 
motivados, aumento da produção e competitividade, entre outros. 
 
Uma vez elaborada a análise de riscos, a gestão desse processo deverá ocorrer de forma natural. 
Segundo a norma OHSAS 18001:2007*, a organização deve estabelecer e manter procedimentos para 
a contínua identificação de perigos, avaliação de riscos e a implantação de medidas de controle 
necessárias. 
 
Assim, toda e qualquer empresa que desenvolva atividades que possam acarretar acidentes deve 
estabelecer um melhor gerenciamento de seus riscos, objetivando prover uma sistemática voltada 
para o estabelecimento de orientações gerais de gestão, com vistas à prevenção dos acidentes. 
 
O AVANÇO DE LEIS E NORMAS E A CRIAÇÃO DE PROCEDIMENTOS: 
Com o passar dos anos as leis concernentes a saúde e segurança do trabalhador têm se tornado cada 
vez mais rigorosas. Nesse sentido, implantar o gerenciamentode perigos e riscos visando a proteção 
do colaborador tornou-se uma obrigação das organizações que queiram manter-se corretamente 
diante da legislação e que também compartilham em seu estatuto, valores ligados à saúde e 
segurança da sua equipe. 
 
Provavelmente você já deve ter ouvido falar, pelo menos uma vez, algum caso de acidente de 
trabalho. As chances desse episódio ter ocorrido em uma obra da construção civil são muito grandes. 
Isso porque segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ramo da construção civil é o 
setor onde mais apresenta risco ao trabalhador. Para minimizar casos de acidentes como esses, a 
Organização Internacional de Normatização (ISO) traz a norma OHSAS 18001 focada na Gestão de 
Segurança e Saúde Ocupacional. Assim como a ISO 9001 e a ISO 14001, essa é mais uma norma 
passível de certificação, ou seja possibilita às empresas a aquisição do selo. 
 
Um dos principais requisitos da OHSAS 18001 é o gerenciamento de perigos e riscos que uma 
empresa pode proporcionar ao colaborador. A norma estipula a listagem de todas as ações ou itens da 
empresa que possam ser classificadas em um destes dois termos. Mas qual a diferença entre o 
conceito de perigo e risco? 
 
Discutiremos o significado de Perigo e Risco segundo a OHSAS 18001. Perigo, no requisito 3 da 
OHSAS 18001:2007, é definido como fonte, situação ou ato com potencial para o dano em termos de 
lesões, ferimentos ou danos para a saúde ou uma combinação destes. Ou seja, de forma simples o 
termo perigo refere-se a fonte geradora do problema. Alguns exemplos são: andaime de uma 
construção, a atividade de carga e descarga de uma transportadora; as longas escadas na rotina diária 
de um pintor. 
7 
 
Já a definição de Risco no trabalho, segundo a OHSAS 18001, consiste na Combinação da 
Probabilidade da ocorrência de um acontecimento perigoso ou exposição (ões) e da severidade das 
lesões, ferimentos, ou danos para a saúde, que pode ser causada pelo acontecimento ou pela(s) 
exposição(ões). 
 
Em linhas gerais, podemos entender o risco como os “efeitos da fonte geradora”. Utilizando-se dos 
exemplos citados no item perigo, fica mais fácil compreender o que significa risco. Por exemplo, se o 
andaime é o perigo, a queda do colaborador deste espaço, seria classificado como risco. No caso do 
pintor, se a escada é o perigo, o acidente com a escada seria denominado o risco. Portanto, o Perigo é 
a fonte, situação ou Ato, enquanto o Risco é a probabilidade X Gravidade. 
 
É importante destacar que muitos empresários vêem a importância da OHSAS 18001 apenas como 
um instrumento para evitar acidentes no local de trabalho como a fratura de um braço ou situações 
mais graves. No entanto, o gerenciamento de perigos e riscos da OHSAS 18001 pode evitar 
problemas ou doenças devido às ações repetitivas realizadas ao longo dos anos. Citamos como 
exemplo o ato de digitar incorretamente que pode provocar lesões tanto na coluna quanto nas mãos. 
Identificando os perigos e avaliando os riscos gerenciamento de perigos e riscos na saúde e segurança 
do trabalho. 
 
Para tornar o processo de identificação e avaliação o mais eficaz possível. É necessário que sejam 
observados e registrados tanto situações corriqueiras no ambiente de trabalho, quanto situações 
emergenciais ou atípicas. Nesse sentido, as operações como um todo da empresa precisam ser 
listadas e avaliadas. Recomenda-se que neste processo avaliem-se todas as fontes de perigos da 
organização, sobretudo aquelas que poderão proporcionar algum tipo de risco aos colaboradores ou 
pessoas presentes no ambiente. 
 
Para compreender melhor a terminologia, as fontes de perigo são todas aquelas fontes que de 
alguma maneira apresentem risco ao funcionário ou as outras pessoas presentes no local. Como 
explicado no tópico anterior, quando se avalia os processos dos riscos, consequentemente serão 
identificados os perigos, tendo em vista que o perigo é fonte geradora e os riscos são os efeitos da 
fonte geradora. Há locais de maior atenção no apontamento de perigo, como as das fontes de 
energia. Para cada empresa exigem-se cuidados e atenções específicas devido a singularidade de 
cada negócio. Uma dica importante é analisar os riscos segundo a severidade e probabilidade de 
ocorrência. 
 
MELHORIA CONTÍNUA DO SISTEMA DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL PERIGOS E 
RISCOS CONSTRUÇÃO CIVIL 
Toda mudança na empresa deve levar em conta o sistema de gestão de Saúde e Segurança 
Ocupacional, uma vez que deve ser observado se a mudança poderá apresentar algum perigo ou 
risco, segundo o levantamento que já foi realizado com a implementação da OHSAS 18001. Dessa 
maneira, o processo se tornará cada vez mais eficiente, evitando futuros problemas no SGSSO. Outra 
forma do aperfeiçoamento contínuo do sistema é a criação de novas listas de perigos e avaliação de 
riscos de tempos em tempos, segundo a necessidade dos processos da organização. 
 
A ideia é que as medidas de proteção se tornem cada vez mais minuciosas e eficientes no controle dos 
perigos e riscos no local de trabalho. Como criar o próprio sistema de gerenciamento de perigos e 
riscos? A OHSAS 18001 oferece as diretrizes necessárias para a análise e levantamento dos perigos e 
8 
 
riscos. Portanto, é possível seguir as orientações presentes na norma para implantar o 
gerenciamento. 
 
Todavia, os processos são bastantes minuciosos e exigem atenção extra para interpretação de 
possíveis ou futuras causas de acidentes. Sendo assim, recomenda-se que o trabalho seja feito por um 
profissional habilitado que possua experiência na área. 
 
Uma vez que para a implementação da norma com o objetivo da conquista do selo, exige-se que cada 
um dos requisitos da OHSAS 18001 sejam atendidos corretamente. Não apenas para contar com o 
sistema de gerenciamento de perigos e riscos, mas para estar em conformidade com a ISO e com a 
legislação em vigor, o acompanhamento de uma consultoria profissional é imprescindível. 
FUNÇÃO E A ORIGEM DO 
GERENCIAMENTO DE RISCOS 
A função do Gerenciamento de Riscos é reduzir perdas e minimizar os seus efeitos. Isso quer dizer que 
se assume a existência de perdas em todos os processos industriais, como um fato perfeitamente 
natural. Entretanto, por meio de técnicas, basicamente de inspeções e de análises, procura-se evitar 
que essas perdas venham a ocorrer com certa frequência, ou reduzir os efeitos dessas mesmas 
perdas, limitando-as a valores aceitáveis, ou dentro do perfil estipulado pela empresa em seus 
orçamentos anuais. 
 
Não existe um método único de Gerenciamento de Riscos, ou uma metodologia padrão. Costuma-se 
confrontar os procedimentos em vigor com procedimentos-padrão para aquele tipo de etapa, 
analisando as possíveis alterações existentes, através de um amplo conhecimento das várias etapas 
da atividade analisada. 
 
O Gerenciamento de Riscos é um contínuo processo de busca de defeitos, ou de quase-defeitos, com 
vistas à sua prevenção. Esses defeitos são chamados riscos. Risco é uma chance de perda e 
provavelmente, o mais importante degrau no processo de identificação e gerenciamento das perdas. 
 
Com as informações obtidas por intermédio da aplicação das várias técnicas adotadas no 
Gerenciamento de Riscos e o emprego de metodologias específicas pode-se também quantificar 
riscos. A partir do momento que se qualifica e quantifica um risco tem-se a sua real magnitude ou sua 
expressão matemática. A qualificação é a identificação do tipo de risco ou da qualidade, se é que 
podemos assim dizer a respeito das características dos eventos que podem surgir. Trata-se de um 
risco de incêndio, ou de um risco de explosão, ou de um risco de danos elétricos, etc. 
 
A quantificação é a determinação do valor da perda, expressa em percentual do valor dos bens ou em 
valores absolutos, ou do tamanho do prejuízo a se verificar no futuro. O risco, se ocorrer, poderá gerar 
uma perda que irá afetar 48% do patrimônio da indústria. A perda potencial é de cerca de $500,000. 
Como veremosadiante, tanto o tipo de risco quanto o valor da perda gerada são bastante 
importantes para a fixação do custo do risco, ou seja, do valor que a perda, se ocorrida, pode assumir. 
 
9 
 
Essa informação é muito importante para a execução de um programa de tratamento do risco. Em 
função do custo do risco, que pode vir a ser razoavelmente calculado por processos simples, 
consegue-se elaborar um plano de retenção das perdas ou de transferência para uma Seguradora, por 
intermédio de um contrato de seguros. Se as perdas são pequenas e a probabilidade de virem a 
ocorrer é baixa, com toda a certeza pode se tratar de um caso de retenção do risco, ou de um auto 
seguro. 
 
Por outro lado, se a perda tem características de vir a apresentar danos severos, é o momento de se 
pensar em transferi-la, por intermédio da contratação de uma apólice de seguros. Passaremos a 
entender que uma transferência de risco não é uma operação isolada. O fato de se transferir um risco 
não é um pressuposto de que todas as preocupações da empresa serão resolvidas, ou todos os 
prejuízos serão reembolsados, ou as perdas reparadas. Normalmente existem mecanismos dentro do 
contrato de seguros que transformam a empresa em corresponsável pelas perdas. Ou seja, se um 
sinistro vier a ocorrer, a empresa terá que bancar uma parte do mesmo e a seguradora a quem ela 
transferiu a responsabilidade será responsável pela diferença. 
 
Esse mecanismo de corresponsabilidade é o que denominamos de franquia ou participação 
obrigatória do segurado (POS). Assim, a empresa por não ter condições técnicas de repassar 100% 
tem que se preparar para evitar as ocorrências dos eventos. Uma das formas de prevenção se dá por 
intermédio da aplicação das técnicas corretas de Gerenciamento de Riscos, associada à adoção de 
mecanismos ou de sistemas de prevenção de perdas. No tocante a esses, destinaremos alguns 
momentos para tratar desse assunto especificamente. 
 
ORIGEM DO GERENCIAMENTO DE RISCOS 
A Gerência de Riscos surgiu como técnica nos Estados Unidos, no ano de 1963, com a publicação do 
livro Risk Management in the Business Enterprise, de Robert Mehr e Bob Hedges. Seguramente uma 
das fontes de consulta ou de inspiração dos autores foi um trabalho de Henry Fayol, divulgado na 
França em 1916. A origem da Gerência de Riscos é a mesma da Administração de Empresas, a qual, 
por sua vez, conduziu os processos de Qualidade e de Produtividade. 
 
Por ser uma técnica relativamente nova, sua divulgação e adaptação pelos países variou de acordo 
com as necessidades de momento, das experiências dos técnicos que a difundiram, da fase de 
desenvolvimento pela qual estava passando o país e outros motivos mais. 
 
No Brasil o seu ingresso deu-se na segunda metade da década de 1970, com aplicação voltada 
especificamente para a área de seguros, com vistas à prevenção de riscos em bens patrimoniais, 
segurados pelas empresas do setor. 
 
Desta forma, seus conceitos começaram a se propagar juntamente com os conceitos prevencionistas 
do Mercado Segurador Brasileiro, principalmente no que diz respeito ao risco de incêndio. Porém, 
com o intercâmbio entre os países e a melhor compreensão da técnica vislumbrou-se um melhor 
futuro para a mesma. 
 
Quase ao final da década de 70, com o desenvolvimento da Engenharia de Confiabilidade de 
Sistemas, ou a Engenharia de Segurança de Sistemas, alguns conceitos comuns passaram a se 
mesclar, dando nova configuração à Gerência de Riscos. Nas aulas a seguir faremos uma análise de 
alguns tipos de processos industriais, com destaque para os seus principais riscos e sugestões de 
formas ou de maneiras adotadas para o tratamento dos riscos. 
10 
 
 
Nos deteremos mais no tópico prevenção e combate a incêndios nessas análises, por ser esse o 
principal risco das empresas, sem, entretanto, descuidarmos da análise e da exemplificação de outros 
riscos. Existem inúmeros eventos que constantemente ameaçam o patrimônio das empresas. Porém, 
em linhas gerais, dos eventos geradores de danos que incidem em instalações industriais, tanto no 
que diz respeito à frequência de ocorrências, como também no tocante à severidade das perdas, o 
incêndio é o mais comum. 
 
Na ilustração a seguir apresenta-se um gráfico com os percentuais médios, aplicados aos riscos 
maiores ou geradores das ocorrências, verificados nos acidentes envolvendo indústrias. 
 
Figura 1 - Gráfico com os percentuais médios, aplicados aos riscos maiores ou geradores das 
ocorrências 
 
Na análise em questão abordaremos desde o conhecimento das características dos agentes extintores 
até o seu emprego, sempre com vistas à prevenção e ao controle dos riscos. Finalmente, cumpre 
ressaltar que muitas vezes a Gerência de Riscos é confundida com a Segurança Industrial. Ambas têm 
caráter preventivo. Entretanto, na Gerência de Riscos procura-se tratar o risco sob o prisma 
matemático de sua ocorrência, quase que para fins de estudos, enquanto que a Segurança Industrial 
parte direto para as medidas corretivas. 
 
A linha de trabalho que consideramos ideal é aquela que associa os métodos de análise empregados 
na Gerência de Riscos com os procedimentos da Segurança Industrial. 
11 
 
FUNDAMENTOS MATEMÁTICOS 
PARA GERÊNCIA DE RISCO NO 
TRABALHO 
CONFIABILIDADE / PROBABILIDADE: CONCEITOS BÁSICOS 
Confiabilidade (C): é a probabilidade de um equipamento ou sistema desempenhar satisfatoriamente 
suas funções específicas, por um período de tempo determinado. 
 
 
Probabilidade de falha (P): é a possibilidade de ocorrência de um determinado número de falhas num 
período de tempo considerado. A probabilidade de falha, até certa data, é denominada “n~o 
confiabilidade” e é o complemento de C. 
 
 
Taxas de falhas (λ): é a frequência com que as falhas ocorrem, num certo intervalo de tempo, e é 
medida pelo número de falhas para cada hora de operação ou número de operações do sistema. 
 
Tempo médio entre falhas (TMEF): é o recíproco da taxa de falhas. 
 
 
TIPOS DE FALHAS 
A- Falhas prematuras - Ocorrem durante o período de depuração, devido a deficiências nas 
montagens ou a componentes abaixo do padrão, que falham logo após colocados em funcionamento. 
As falhas prematuras não são consideradas na análise de confiabilidade porque se admite que o 
equipamento foi depurado e as peças iniciais defeituosas foram substituídas. Para a maioria dos 
equipamentos, 200 horas é um período considerado seguro para que haja depuração. 
 
12 
 
B- Falhas casuais - São falhas que resultam de causas complexas, incontroláveis e, algumas vezes, 
desconhecidas. Ocorrem durante a vida útil do componente ou sistema. 
C- Falhas por desgaste - São falhas que ocorrem após o período de vida útil dos componentes. A taxa 
de falha aumenta rapidamente, nesse período, devido ao tempo e a algumas falhas casuais. 
 
 
CURVA DA TAXA DE FALHA X TEMPO (“Curva de Banheira”) 
Como podemos ver na Figura 1 abaixo temos diferentes comportamentos para falhas dependendo do 
período da vida útil do produto, equipamento ou processo. 
 
Figura 1 – Curva da Banheira 
 
CÁLCULO DA CONFIABILIDADE 
É dado pela expressão matemática que indica a probabilidade com que os componentes operarão, 
sem falhas, num sistema de taxa de falhas constante, até a data t. 
 
Onde: C= Confiabilidade; e= 2,718; λ = taxa de falhas, t= tempo de operaç~o e T=tempo médio entre 
falhas. 
 
SISTEMA DE COMPONENTES EM SÉRIE 
A característica principal do sistema de componentes em série é a de que uma falha de qualquer um 
dos componentes implica na quebra ou paralisação do equipamento ou sistema. 
Sejam C1, C2, C3.........Cn, as funções de confiabilidade dos componentes de um equipamento ou 
sistema: 
 
Figura 2 – Esquema de maquinas ligadas em série 
 
A confiabilidade C do sistema é dada pela expressão: C= C1. C2. C3.............Cn; que é, também, 
denominada LEI DO PRODUTO DE CONFIABILIDADE. A probabilidade de falha será: P = 1 – C. 
13 
 
 
SISTEMA DE REDUNDÂNCIA PARALELA 
Nesse caso, para que haja a paralisação do sistemaé necessário que todos os meios ou componentes 
do sistema falhem. 
 
Figura 3 – Esquema de máquinas ligadas em paralelo 
 
Sejam P1, P2, P3.......Pn, as probabilidades de falha dos componentes de um equipamento ou 
sistema. A probabilidade de falha do equipamento ou sistema é dada pela fórmula: P = P1, P2, 
P3.......Pn; A confiabilidade ou probabilidade de não falhar será: C = 1 – P. 
 
A redundância paralela é uma ferramenta de projeto para aumentar a confiabilidade de um sistema 
ou equipamento. Essa ferramenta apresenta, entretanto, algumas desvantagens tais como: aumento 
de custo, peso, volume, complexidade, exigindo maior manutenção. 
 
OUTROS SIGNIFICADOS DE 
PROBABILIDADE 
Pode parecer intuitivamente óbvio o significado de probabilidade, mas a palavra tem, de fato, vários 
significados. Veremos abaixo, três definições básicas de probabilidade: 
 
CHANCES IGUAIS 
Uma definição de probabilidade deriva do princípio da chance igual. Se uma situação tem n chances 
iguais e efeito mutuamente exclusivo e se nA representa os resultados ou efeitos para o evento A, a 
probabilidade P(A) do evento A ocorrer, é: 
P(A) = nA/A 
 
Essa probabilidade pode ser calculada ou não por intermédio de experiências. O exemplo usualmente 
dado é o lance de um dado não viciado, o qual apresenta seis possibilidades iguais de chances. A 
probabilidade de tirarmos o número 1 é de 1/6. Outro exemplo é a retirada de 1 bola de dentro de uma 
caixa contendo 04 bolas brancas e 2 vermelhas. A chance de retirarmos 1 bola vermelha é dada pela 
razão 1/3. O princípio das chances iguais também é aplicado ao 2º caso, porque, apesar da 
possibilidade de retirar uma bola vermelha e uma branca ser desigual, a chance de retirar uma bola é 
igual. Essa definição de probabilidade é muitas vezes de utilidade limitada na engenharia, 
principalmente pela dificuldade de definir situações com chances iguais e mutuamente exclusivas nas 
aplicações práticas. 
14 
 
 
FREQUÊNCIA RELATIVA – EXPERIMENTAÇÃO 
Uma segunda definição de probabilidade é baseada no conceito de frequência relativa. Se uma 
experiência é executada n vezes e se o evento A ocorre nA vezes nessas ocasiões, então a 
probabilidade P(A) do evento A ocorrer é: 
P(A) = Lim nA/n 
 
Essa probabilidade pode somente ser determinada por experiências. Essa definição de probabilidade 
é uma das mais largamente usadas em engenharia. Em particular, esta é a definição empregada na 
estimativa da probabilidade de falha. 
 
PROBABILIDADE PESSOAL 
Uma terceira condição de probabilidade é a condição de opinião. Ela é uma medida numérica de 
confiança na qual uma pessoa tem de que o evento poderá ocorrer. Muitas vezes ela corresponde a 
frequência relativa do evento. 
 
ALGUMAS RELAÇÕES DE PROBABILIDADE 
Chegou o momento de apresentarmos as ferramentas básicas para o desenvolvimento das relações 
de probabilidades. Afinal, é com estas ferramentas que procuramos desvendar os campos da 
Engenharia de Confiabilidade. 
 
ÁLGEBRA BOOLEANA 
Devemos o desenvolvimento de Álgebra Booleana a George Boole, que a criou para aplicação ao 
estudo da lógica. A mais notável aplicação da lógica booleana, foi na implantação de sistemas 
eletrônicos digitais que originaram os computadores eletrônicos (Hardware). 
 
Mas não é só na informática que encontramos aplicação para a Álgebra Booleana. Atualmente, além 
de uma infinidade de sistemas eletrônicos e eletromecânicos, a matéria está sendo empregada nas 
análises de probabilidade, em estudos que envolvem processos decisórios (Teoria da Decisão) e ou 
Segurança de Sistemas, principalmente. A principal vantagem da Álgebra Booleana é a simplificação 
de sistemas complexos, facilitando o seu entendimento e favorecendo a sua análise. A aplicação do 
assunto fica limitada a sistemas ou processos que puderem assumir dois estados discretos, como por 
exemplo: Sim ou Não; falso ou verdadeiro; Positivo ou Negativo; Alto ou Baixo; Zero ou 1 (um). Na 
matéria é utilizado o sistema binário como sistema de numeração e uma notação simbólica 
específica. 
 
O sistema binário, como sabemos, é empregado como linguagem de computação e nos proporciona 
duas condições apenas. (Ø ou 1). 
 
NOÇÕES DE CONJUNTOS 
Por conjunto entendemos qualquer coleção de objetos, elementos, eventos, símbolos, ideias ou 
entidades matemáticas. A totalidade do conjunto é expressa pela unidade e o conjunto vazio por zero 
(Ø). 
 
Devemos lembrar que esses valores não são quantitativos, são apenas símbolos. Utiliza-se 
comumente os diagramas de Venn para identificar os conjuntos. Os desenhos que se seguem 
representam algumas situações de interações entre conjuntos e o seu significado encontra-se 
explícito ao lado. 
15 
 
 
Figura 1 - Representa a união do conjunto A com o conjunto B, A U B ou A+B 
 
Figura 2 - Representa conjuntos mutuamente exclusivos ou disjuntos 
 
Figura 3 - Representa a diferença entre os conjuntos A e B 
 
Figura 4 - Representa o complemento de A, também chamado de Ᾱ ou NÃO.A 
 
Figura 5 - Representa a lei distributiva ou seja A(B+C) = AB +AC 
 
Figura 6 - Representa também a lei distributiva ou seja (A+B).(A+C) = A +BC 
 
Como já foi observado nas explicações anteriores a união e intersecção de conjuntos pode ser escrita 
respectivamente, através da notação: 
C= A U B = A+B & C= A ÇB = A.B 
16 
 
ANÁLISE E RISCOS 
A maioria dos acidentes é devida à falta ou deficiência de algo fundamental na execução das tarefas 
diárias. A segurança dos empregados nas áreas de risco é função direta do método de trabalho que, 
infelizmente, não tem recebido o carinho, atenção e respeito que merece! Havendo problema quanto 
ao método, a segurança sempre falha!... E quando a segurança falha, os resultados são catastróficos: 
- São as mortes; 
- São as mutilações físicas e/ou mentais; 
- São as perdas materiais; 
- São as interrupções brutais do trabalho com toda sorte de prejuízo! 
 
Revisaremos alguns conceitos básicos sobre acidente e segurança. Os conceitos sobre acidente são 
estudados isoladamente apesar de que, na prática, os acidentes ocorrem sempre em cadeia. 
 
Eles são classificados em caráter pessoal, material e administrativo. Gerenciar riscos depende 
fundamentalmente do claro entendimento desses conceitos. 
 
ACIDENTE 
Ocorrência não programada que pode produzir danos. É um acontecimento que não prevemos ou, se 
prevemos, não sabemos precisar quando vai acontecer. 
Acidentes pessoais: Ocorrência com pessoas. Ex: Queda de pessoa 
Acidente Material: Ocorrência com material Ex: Queda de aparelho de medição 
Acidente Administrativo: Ocorrência com a empresa Ex: Falência, não programada. 
 
ACIDENTE DO TRABALHO 
Qualquer evento não programado que interfere negativamente na atividade produtiva e que tem a 
cobertura da seguradora. 
 
INCIDENTE CRÍTICO: 
É uma situação ou condição que se apresenta, mas não manifesta dano. É também chamado de 
quase-acidente. 
 
DANO 
Consequência negativa do acidente. É o produto ou resultado negativo do acidente (prejuízo), seja 
dano pessoal, lesão, como ferimento no braço, perturbação mental; dano material, como dano em 
aparelho, equipamento, etc; ou dano administrativo, como o prejuízo monetário e o desemprego em 
massa. 
 
RISCO 
Tudo que pode causar acidente, ou seja, que tem potencial ou probabilidade de causar acidente. De 
um modo geral, os riscos s~o mais “visíveis” nas tarefas e podem ser controlados. Por vezes ele está 
oculto no processo que envolve a realização das tarefas. Podemos descobri-lo preventivamente 
(através de conhecimento, estudo, pesquisa, testes, etc., o que é sempre difícil) ou corretivamente 
(após algum acidente). Um exemplo é o defeito de fabricação de um equipamento. Há riscos que 
nunca são descobertos. Lembre-se da m|xima “os inimigos ocultos s~o os mais perigosos!” 
 
RISCO PESSOAL 
17 
 
É o homem o maior risco da humanidade! Ele pode causar os mais variados acidentes a qualquer 
instante. 
 
RISCO MATERIAL 
Condição insegura é o risco verificadono ambiente, seja em máquinas, equipamentos, ferramentas, a 
presença (gás tóxico) ou a falta de pessoal treinado em primeiros socorros ou qualquer outra coisa no 
ambiente de trabalho. 
 
RISCO ADMINISTRATIVO 
A administração, a gerência, a supervisão ou quem os representar diretamente. É o risco mais crítico 
da Empresa. Quando o gerente é competente, o trabalho e a segurança funcionam a contento. Um 
grande número de acidentes na empresa indica sempre uma supervisão falha ou inexistente. 
 
CAUSA (DE ACIDENTE) 
Aquilo que provocou o acidente, que foi responsável por sua ocorrência, que permitiu a transformação 
do risco em acidente. 
 
Vale ressaltar que a causa só passa a existir após a ocorrência do acidente. A condição insegura (piso 
escorregadio, por exemplo) é um risco, antes de acontecer o acidente. Após o acidente a condição 
insegura é a causa do acidente (e continua sendo risco para outros acidentes). A classificação da causa 
de acidentes é descrita a seguir. 
Causa Pessoal: Ato inseguro, como, por exemplo, não seguir o fluxo padronizado das tarefas. 
Causa Material: Condição Insegura, como, por exemplo, o piso escorregadio. 
Causa Administrativa: Ato inseguro administrativo , como, por exemplo, a diretriz errada, uma ordem 
errada proveniente da chefia, de gerência, de supervisor. 
 
ATO INSEGURO 
Maneira pela qual, consciente ou inconscientemente, a pessoa física ou jurídica: em primeiro lugar se 
expõe ao risco; em segundo lugar expõe as pessoas (físicas ou jurídicas) e outras coisas ao risco. O ato 
inseguro (simplesmente) é aquele que é cometido por pessoa física, como por exemplo, o lançamento 
de cigarro aceso (pontas) pela janela. O ato inseguro administrativo é aquele que é cometido por 
pessoa jurídica, como, por exemplo, a ordem dada pela chefia para transportar mercadoria com carga 
superior à capacidade de um caminhão. 
 
CONDIÇÃO INSEGURA, OU CONDIÇÃO AMBIENTE DE INSEGURANÇA 
Condição de meio que pode causar ou favorecer a ocorrência de acidentes (risco) ou a condição do 
meio que causou ou favoreceu o acidente (causa). A condição insegura antes do acidente é risco e 
após o acidente é causa. 
 
FATOR PESSOAL (DE INSEGURANÇA) 
A condição que leva o ser humano a cometer o ato inseguro podendo ser inconsciente ou consciente, 
inerente ou não ao ser humano. Alguns exemplos são o medo e a insegurança. 
 
EXEMPLOS DE FATORES HUMANOS 
Os elementos abaixo são exemplos de fatores humanos que podem causar acidentes ou incidentes 
em processos. 
18 
 
Incompetência: física (surdez, daltonismo); mental (intelectual ou psíquico); falta de treinamento ou 
treinamento inadequados. Todos nós temos muita competência para algumas coisas e pouca 
competência para outras. 
Irresponsabilidade: omissão, indisciplina, vício (bebida, tóxico, etc.). 
Excesso de confiança: o “bom geral''. 
Falta de confiança: insegurança, dúvida, medo. 
Problemas pessoais: doenças, falta de dinheiro, preocupação, excesso de dinheiro, fome, doença na 
família, fadiga. 
Incompatibilidade: Com talento, com chefes, com colegas, com a vida. Bom seria se pudéssemos ter 
sempre “o homem certo no lugar certo”. 
ANÁLISE PRELIMINAR DE 
RISCOS 
EXEMPLOS DE ATOS INSEGUROS 
Podemos listar vários elementos como atos inseguros, dentre eles alguns nos parecem intuitivos, 
outros nos parecem menos comuns, mas precisam fazer parte da preocupação do gestor de 
segurança e risco. Podemos mencionar alguns atos inseguros, tais como: o não uso ou uso incorreto 
de EPI; o lançamento de pontas acesas de cigarro; a ligação de chave (elétrica) errada; o ato de dirigir 
sem habilitação; o ato desligar aparelhos sem conhecer ou seguir instruções; fumar em lugar proibido 
ou com risco de incêndio; o exercício de função administrativa só pelo cargo ou dinheiro (não tendo 
competência para exercê-la); o ato de emitir qualquer diretriz inadequada ou errada (chefia); fazer os 
empregados de cobaias, testando teorias utilizadas em outras civilizações, sem competência e 
conhecimento profundo do assunto e sem visão para medir consequências futuras; usar o cargo ou a 
função para impor ideias não aceitas pela totalidade dos empregados. 
 
EXEMPLOS DE CONDIÇÕES INSEGURAS 
A condição insegura pode ocorrer com qualquer funcionário desde o operador de chão de fábrica até a 
alta gerência da empresa. Dentre essas condições, podemos citar: piso defeituoso, escorregadio, com 
óleo; ambiente com produtos nocivos à saúde; ambiente com temperaturas extremas; ambiente mal 
iluminado; ambiente mal ventilado; materiais mal posicionados (sem arranjo físico); ferramentas e 
máquinas perigosas ou defeituosas; substâncias químicas e outros materiais no ar respirável; 
equipamentos energizados sem proteção e controle; falta de condições essenciais à realização do 
trabalho. 
 
SEGURANÇA 
Podemos dividir o estudo de segurança em alguns tópicos fundamentais, com essa estruturação 
reduzimos a possibilidade de confusão ou erros na criação de uma linha lógica de raciocínio. 
 
SEGURANÇA GERAL 
É a garantia de um estado de bem-estar físico e mental traduzido por saúde, paz e harmonia. 
 
SEGURANÇA DO TRABALHO 
19 
 
É a garantia de um estado satisfatório de bem-estar físico e mental do empregado, no trabalho para a 
empresa e, se possível, fora do ambiente dela (em viagem de trabalho, no lar, no lazer, etc.). 
 
SEGURANÇA E HIGIENE DO TRABALHO 
É a parte do planejamento, organização, controle e execução do trabalho, que objetiva reduzir 
permanentemente as probabilidades de ocorrência de acidentes (parte de administração com 
objetivo de reduzir permanentemente os riscos). 
 
LINHA DE ATUAÇÃO PARA ATINGIR A SEGURANÇA 
1º) Administração correta (consciente), com pessoas capazes, planejamento, organização e métodos 
eficazes e eficientes, com supervisão atuante (consciente). 
Que acredite em segurança (e no trabalho); que apoie a segurança (e o trabalho). 
2º) Conscientização dos empregados (e patrões) quanto à segurança no trabalho, pois como diz a 
m|xima “quando a pessoa acredita naquilo que faz, ela se torna mais produtiva e feliz”. 
3º) Atuação na área de risco: identificação de riscos, eliminação de riscos, controle de riscos, proteção 
do trabalhador (EPC, EPI, Layout, etc.). 
4º) Atendimento de acidentados: com os primeiros socorros médico-hospitalares, psicológicos, 
sociais. 
 
COMO FAZER SEGURANÇA NA ÁREA DE RISCO: 
1º) Com prevenção: inspeção de segurança, análise de risco, métodos de Trabalho. 
2º) Com correção: investigação de acidente e análise de acidentes 
 
TIPOS DE RISCOS: 
A criação de um conceito de tipos de riscos presentes no processo demonstra de maneira clara como 
os gestores se preocupam com a prevenção desses riscos e como é relevante essa gestão cuidadosa. 
 
CONSTANTES 
São aqueles que mantêm suas características de identificação inalteráveis em todos os períodos 
determinados, como, por exemplo, equipamentos fixos, máquinas de serrar, etc. 
 
VARIÁVEIS 
São aqueles que apresentam alterações substanciais por influência de fatores exógenos (que estão à 
superfície). Alguns exemplos são: incêndios de bosques, de acordo com a estação do ano, bem como 
acidentes de trânsito, de acordo com faixa de período. 
 
PROGRESSIVOS 
São aqueles que apresentam maior potencialidade na medida que transcorre o tempo, como, por 
exemplo, o risco de morte, o qual aumenta com a idade. 
 
NATUREZA DOS RISCOS: 
De onde podem se originar e como podem ser trabalhados os tipos de risco existentes. 
 
ESTÁTICOS (PUROS) 
Aqueles que causam somente prejuízos caso ocorram eventos associados. 
 
DINÂMICOS (IMPUROS/ESPECULATIVOS) 
20 
 
Aqueles que podem produzir lucros como prejuízos, na hipótese da ocorrência de eventos 
relacionados. 
 
Figura 1 - Mapa dos riscos estáticos presentes em uma empresa 
 
Figura 2 - Mapa dos riscos dinâmicos presentes em uma empresa 
 
RISCO x DANO x PERIGO 
Podemos definir o RISCO como uma ou mais condições de uma variável, com potencial necessário 
para causar danos. Já quando partimos para a definição de DANO costumamoscaracterizar como a 
severidade da lesão, perda física, funcional ou econômica, que pode ocorrer, caso o controle sobre um 
risco seja perdido. Já o PERIGO é expresso como uma exposição a um risco, que favorece a sua 
materialização em danos. 
21 
 
TÉCNICAS DE INCIDENTES 
CRÍTICOS 
AS INEVITÁVEIS LEIS DE MURPHY 
Qualquer operação pode ser feita de forma errada, não interessa o quanto essa possibilidade seja 
remota, ela algum dia vai ser feita desse modo. Não importa o quanto é difícil danificar um 
equipamento, alguém o fará de algum jeito. Se algo pode falhar, esta falha deve ser esperada para 
ocorrer no momento mais inoportuno e com o máximo dano. Mesmo na execução da mais perigosa e 
complicada operação, as instruções poderão ser ignoradas. 
 
FUNÇÃO EMPRESARIAL DE SEGURANÇA 
Porque devemos evitar a ocorrência de acidentes? Para manter a continuidade operacional de 
processos, para preservar a integridade física e mental de nossos trabalhadores e para garantir a 
salubridade e a segurança do público de uma forma geral. 
Quais as principais consequências de se manter o ambiente empresarial livres de acidentes? Garante 
maior racionalização do trabalho, gera bons aumentos na produtividade e leva a uma dramática 
redução nos custos de processo. 
 
DISTRIBUIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES 
Conforme podemos ver na figura 1, os setores de engenharia e segurança do trabalho das empresas 
devem ficar de olho em todos e qualquer desvio de processo que venha a ocorrer nas áreas técnicas 
que incluem a produção, a construção, a manutenção, os serviços de apoio e ETC. Obter essas 
informações é fundamental para a melhora do processo e, em seguida, os processos de vigilância e 
treinamento aplicados visam manter a segurança atingida e ampliar a mesma através da 
conscientização dos profissionais envolvidos com o processo. 
 
Figura 1 – Determinação de ações coerentes para melhoria dos parâmetros de segurança em 
processos 
Podemos ver na figura 2 que o processo de prevenção passa por vários sistemas de análise. A relação 
entre o risco e a prevenção prevê ações de precaução que evitam acidentes de forma inteligente e 
menos custosa. Entretanto, a análise probabilística dos acidentes já ocorridos pode ajudar os modelos 
de precaução, tornando evitáveis futuras ocorrências dos mesmos acidentes. 
22 
 
 
Figura 2 – Análise Probabilística/estatística define o que fazer e o que evitar 
A figura 3 nos mostra que os índices mais altos de segurança estão intimamente relacionados com 
custos com perdas e que gastos efetivos com modelos de segurança podem gerar um ponto de 
equilíbrio entre os gastos com perdas e os gastos com segurança, impedindo, assim, desperdícios do 
processo com incidentes e acidentes. 
 
Figura 3 – Análise de gastos com segurança x gastos com perdas 
 
GERÊNCIA DE RISCOS 
O conceito de Gerência de Riscos é: “Conjunto de procedimentos que visam proteger a empresa das 
consequências de eventos aleatórios que possam reduzir sua rentabilidade, sob forma de danos 
físicos, financeiros ou responsabilidades para com terceiros”. 
 
A finalidade da Gerência de Riscos é prevenir todos os fatos negativos, que distorcem um processo de 
trabalho, impedindo que se cumpra o programado, e que podem provocar danos e/ou perdas às 
pessoas e aos elementos materiais. 
 
O processo de gerência de riscos é composto de um passo a passo que direciona a tomada de decisão, 
facilitando como os gestores localizam e eliminam o risco (remetendo às etapas de identificação, 
análise, avaliação e tratamento de riscos), 
 
PREVENÇÃO: ELIMINAÇÃO, REDUÇÃO 
Toda gestão de risco é composta por um processo de prevenção sob sua ocorrência, processos de 
eliminação possível dos atos e condições inseguras e, caso seja inviável a solução, a redução ou 
mitigação dos fatores com responsabilidade. 
 
FINANCIAMENTO: REDUÇÃO (AUTO ADOÇÃO, AUTO SEGURO) e TRANSFERÊNCIA (SEM 
SEGURO; POR SEGURO). 
Podemos ver na figura 4 que três componentes serão de extrema importância para a gerência de risco 
em uma operação produtiva: a análise de riscos, processo através do qual serão levantadas as 
23 
 
possibilidades de ocorrerem falhas ou problemas em todas as áreas da firma e a tomada de ações 
para evitar tais falhas; a Engenharia de prevenção e controle de perdas, processo que vai acompanhar 
as atividades de projeto para executar ações de extirpação e controle de riscos ainda na prancheta dos 
processos e máquinas, além da correta indicação do uso de EPIs e EPCs (esse processo também criará 
uma rotina periódica de inspeção dos processos fabris, na tentativa de redução máxima dos possíveis 
riscos a funcionários e sistemas); e, por fim, a adoção de seguros que visam cobrir o que não podemos 
preservar de outras formas, afinal, imprevistos acontecem. 
 
Figura 4 – Itens componentes do gerenciamento de risco 
NATUREZA DOS RISCOS 
EMPRESARIAIS, RISCOS PUROS 
E ESPECULATIVOS 
PROCESSO DE DECISÃO NA GERÊNCIA DE RISCOS 
O processo de decisão na gerência de risco tem uma cartilha que deve ser seguida como forma mais 
simples e eficaz de pautar tal gerenciamento e tomada de decisão. Tais passos são sequenciados em: 
determinar a grandeza do risco, avaliar o risco, desenvolver alternativas para tratar o risco, selecionar 
a melhor alternativa de controle (justifique) e aplicar medidas de controle 
 
RESPONSABILIDADES DA GERÊNCIA DE RISCOS 
Os itens que são de foco e responsabilidade da equipe de gerenciamento de risco devem ser muito 
claros e objetivos, não faltando nenhum dos elementos que devem estar presentes, são eles: 
identificação dos riscos, classificação dos riscos, avaliação dos riscos, geração, atualização e 
24 
 
arquivamento de dados estatísticos e relatórios, estabelecimento de uma política de riscos, 
cooperação e busca da cooperação de todos os departamentos da empresa. 
 
IDENTIFICAÇÃO DE RISCOS 
Dentre os itens necessários para uma provável identificação de riscos, alguns são elementos 
fundamentais e necessários para a correta relação de riscos possíveis. Consistem em elementos 
fundamentais nessa descrição: questionários (CHECKLISTS), inspeção de segurança, fluxogramas, 
técnica de incidentes críticos, análise preliminar de riscos, investigação de acidentes, entre outras 
técnicas. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS 
A classificação de risco leva em consideração alguns elementos de extrema relevância para nosso 
processo de compreensão dos mesmos. Com essa divisão fica mais simples julgar o risco e evitá-lo. 
São elas: sobre propriedades; pessoais; de responsabilidade civil; sobre venda e/ou comercialização; 
financeiros; sobre produção e/ou operação; ao meio ambiente. 
 
AVALIAÇÃO DE RISCOS 
Existem várias ferramentas para ajudar no processo de avaliação dos riscos presentes em um 
processo industrial, dentre elas enumeramos as mais aplicadas e importantes para indústria atual: 
dano máximo provável (DMP); probabilidade de ocorrências do evento gerador do dano (PO); nível de 
exposição ao risco (classes de prioridades); eficiência das medidas de controle do risco; custo das 
medidas e controle do risco 
 
ASPECTOS DA GERÊNCIA DE RISCOS 
 
Figura 1 – Passo a Passo do modelo de previsão 
Como podemos ver na figura 1, o processo de previsão de riscos se divide em determinístico e 
probabilístico. É muito simples entender a diferença no processo determinístico, trabalhamos com 
um planejamento operacional, que permite que o processo rode no seu dia a dia, e são feitas e 
respondidas perguntas como: O que fazer? Como fazer? Onde fazer? Por que fazer? Para quem fazer? 
Em quanto tempo? Quem faz e quanto custará fazer? 
 
Já no planejamento probabilístico, trabalhamos com um planejamento prevencionista, ancorado em 
previsões de futuro que define aspectos muito relevantes, como, por exemplo, o que pode sair 
errado? Ou o que pode não dar tão certo assim? Como solucionar isso antes que aconteça? Existe 
forma melhor de fazer? Preciso de um sistema de backup? 
 
INOVAÇÃO – CRIATIVIDADE 
25 
 
Cada vez mais aparecem novastecnologias para prever falhas de sistemas de forma antecipada, 
reduzindo custos de processo e tornando as linhas mais confiáveis. 
 
RESPONSABILIDADE 
Disciplina ou Punição, nesse ponto devemos decidir, nossos funcionários que cometem falhas ou 
geram falhas como devemos tratá-los? 
 
PROCEDIMENTOS 
Como podemos ver na figura 2, temos um procedimento de inspeção de segurança sólido e 
estruturado para nos guiar quanto aos processos de tomada de decisão. Toda inspeção de segurança 
se inicia com um processo claro de observação que pode ser simples ou rigoroso. Essa inspeção 
analisa o ambiente de trabalho e sua relação com as pessoas, os materiais usados e a estrutura 
organizacional. O próximo passo é a identificação dos riscos, o que vem acompanhado da tentativa de 
propor medidas preventivas. É fato que tais ações fortalecem na equipe o sentimento do espírito 
protetivo, que deve imperar na organização. 
 
Figura 2 – Processo de inspeção de segurança 
Outra questão muito pertinente é a participação da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de 
Acidentes) nos processos de segurança, principalmente na elaboração de medidas como semana de 
segurança e palestras educativas. Através dessas medidas, é comum vermos funcionários cada vez 
mais interessados no seu bem-estar físico e mental, utilizando de práticas laborais mais corretas e de 
procedimentos de trabalho mais seguros. 
 
PASSO A PASSO DA INSPEÇÃO DE SEGURANÇA 
Nesse momento é importante elaborar um passo a passo que descreva como deve ser dada a 
elaboração do processo de inspeção de segurança, indicando o que precisamos saber, de quem deve 
vir tais informações e como deve ser feito esse processo de inquérito. 
 
O QUE INSPECIONAR? 
Sistemas Estáticos (Materiais, equipamentos, ferramentas, antes do uso); 
Sistemas Dinâmicos (Atividades com os recursos necessários). 
 
COMO INSPECIONAR? 
Guia de Inspeção, Manuais de Segurança, Manuais de análise de Riscos. 
 
QUEM INSPECIONAR? 
Todos envolvidos direta ou indiretamente na tarefa, mantendo certos critérios. 
 
26 
 
ONDE INSPECIONAR? 
Estabelecer programação de locais a serem inspecionados. 
 
TIPOS DE INSPEÇÃO 
Em relação aos tipos de inspeção realizadas em processos industriais, é importante sabermos quem 
inspeciona, porque e quando as inspeções são feitas. Nesse sentido, temos os tipos de inspeção 
descritos abaixo. 
 
OFICIAL: uma inspeção oficial pode ser realizada por agentes de órgãos oficiais, como o Ministério do 
Trabalho e Emprego (MTE), IBAMA ou Órgãos Ambientais Estaduais, a Vigilância Sanitária, a 
Delegacia Regional do Trabalho (DRT) ou, ainda, o corpo de bombeiros, além das próprias empresas 
de seguro. 
 
EVENTUAL: este tipo de inspeção não tem local ou período predeterminado. Pode ser executada por 
vários técnicos e tem como objetivo controlar problemas importantes que surgem nos diversos 
setores da empresa. 
 
ESPECIAL: por último, as inspeções especiais são realizadas em casos específicos ou excepcionais. 
Isso porque normalmente são mais minuciosas e técnicas, com necessidade de profissionais, 
equipamentos e aparelhos especiais. 
 
GERAL: Observaç~o “simples” de uma determinada |rea ou |reas de trabalho, instalações e 
atividades. 
 
PARCIAL: Observação rigorosa de uma área específica de trabalho ou de uma única atividade com os 
recursos necessários para executá-la. 
 
RESPONSABILIDADES: 
Quanto à questão da responsabilidade, é relevante indicar quais entes ou órgão governamentais, 
especializados ou pertencentes a empresa precisam estar envolvidos no processo de inspeção, 
identificando, assim, as responsabilidade pela execução. São eles: órgãos governamentais do 
trabalho ou securitários, órgãos especializados internos ou exteriores à empresa, chefes, supervisores, 
encarregados empreiteiros, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, membros da CIPA, 
técnico de Segurança do Trabalho, engenheiros, encarregados, empregados que executam 
diretamente a tarefa, supervisores. 
SEGURANÇA DE SISTEMAS. 
SISTEMAS E SUBSISTEMAS 
ANÁLISE DE RISCOS (INCLUSIVE OS OCULTOS NO PROCESSO) 
Para a identificação de riscos ou falhas devemos ser capazes de responder às seguintes perguntas: O 
que é feito? É necessário? Quem é o responsável? Quem executa? Onde é realizada a tarefa? Quando 
é (será) realizada? Como é feita? O que está errado? Qual a probabilidade de sair errado? Qual a 
consequência de sair errado? 
27 
 
 
São itens importantes a serem destacados: 
Mudanças: Definição (padronização) de métodos de trabalho (procedimentos, normas e orientações 
para controle e proteção). 
 
Providências: Por em prática métodos de trabalho; conscientizar empregados quanto ao uso; 
acompanhar/avaliar o emprego dos métodos adotados. 
 
ANÁLISE DE RISCOS E MÉTODOS DE TRABALHO (PADRONIZAÇÃO) 
Para uma correta análise de riscos e método de trabalho, precisamos saber primeiramente o que é um 
processo de risco, o que é uma tarefa, quais são os seus riscos e como organizar uma atividade para 
otimizar a análise do processo. 
 
O processo consiste num conjunto de tarefas que visam atingir um objetivo. Alguns exemplos são a 
manutenção de iluminação pública, faturamento, compras e vendas. 
 
A tarefa constitui cada uma das partes distintas que compõem o processo. Alguns exemplos são a 
substituição de lâmpadas, a medição de obras executadas e a coleta de preços. 
 
A atividade, por sua vez, corresponde ao conjunto de ações necessárias à execução da tarefa. Alguns 
exemplos são: retirar escada do veículo, medir as obras, consultar terminal online. 
 
ANÁLISE DE RISCO 
É a procura, investigação, pesquisa, estudo e reconhecimento de riscos existentes nas operações, 
tarefas ou serviços (de modo detalhado e organizado), para posterior eliminação, controle de riscos e 
proteção do trabalhador. 
 
SEQUÊNCIA PARA ANÁLISE DE RISCO (OU FALHAS) 
A sequência para análise de risco é: decompor o serviço em tarefas; decompor com tarefa em 
atividade; evidenciar os riscos para cada atividade; propor medidas visando à eliminação ou ao 
controle de riscos e a proteção do trabalhador para cada operação. 
 
COMO FAZER (CONDUZIR) A ANÁLISE DE RISCO OU ANÁLISE DO TRABALHO 
Começando pela observação das tarefas, é preciso: escolher empregados qualificados para observar e 
registrar (pelo menos dois, em épocas diferentes, se possível); observar as tarefas e também aos 
empregados; não interferir na realização das tarefas (na 1ª observação); discutir as tarefas com os 
executantes (após 1ª observação); pedir a repetição de operações que deixem dúvidas (se possível); 
verificar a eficiência e deficiência da tarefa. Além disso, é necessário: identificar os riscos de acidentes 
e as deficiências, bem como chegar a um consenso (entre os observadores); emitir parecer global e 
enviá-lo à chefia; emitir orientações, procedimentos e normas de serviço, sem fugir da realidade 
(chefias). 
 
Depois, por meio da discussão em grupo, deve-se escolher empregados qualificados (os 
encarregados, executantes e aqueles que tenham maior conhecimento prático e teórico não podem 
faltar) e escolher um para conduzir a discussão. Cada participante deverá, pessoalmente, sem 
censura, desmembrar processos, tarefas e atividades, identificando os riscos ou deficiências dos 
mesmos, para em seguida propor a eliminação e controle de riscos (ou deficiências) das tarefas e a 
proteção dos empregados. Posteriormente, deve-se formar grupos de discussão e repetir os itens 
28 
 
acima, evitando-se abstrações sem sentido prático, e ressaltando que cada grupo tenha um 
representante. Depois é necessário formar novos grupos (com o representante de cada grupo final de 
discussão e repetir outra vez os mesmos itens chegando ao consenso final), bem como emitir parecer 
geral (global) com orientações e procedimentos escritos. 
 
Finalmente, chega-se à mentalização (análise mental). Na realização dos vários serviços existentes na 
empresa, os empregados deparam-se algumas vezes, com situações novas, sem nenhuma orientação 
verbal ou por escrito.A execução das tarefas, em tais casos, vai depender do conhecimento, da 
vivência e prática do encarregado e sua equipe. A situação deve ser estudada e analisada 
minuciosamente pelo encarregado e sua equipe, chegando a uma definição concreta, sem deixar 
dúvidas. 
 
ANÁLISE MENTAL 
É um estudo que cada funcionário faz sobre sua atividade de forma mental, junto de seu grupo de 
trabalho, a fim de compreender os riscos presentes na atividade e otimizar o processo de redução de 
riscos. Envolve o desmembramento mental da tarefa em atividades; discussão com a equipe; a 
escolha da sequência certa ou da melhor sequência; a identificação dos riscos ou deficiências 
existentes; a eliminaç~o e o controle dos riscos ou deficiências existentes; o uso correto dos EPI’s, 
EPC’s, assim como das ferramentas e dos materiais necess|rios { execuç~o da tarefa. Só deve ser 
executada a tarefa quando houver o perfeito conhecimento de que ela pode ser realizada sem 
acidentes ou falhas e, portanto, com eficácia e eficiência. 
 
ANÁLISE MENTAL INDIVIDUAL 
É um estudo que cada funcionário faz sobre sua atividade de forma a poder mentalmente, 
individualmente, compreender os riscos presentes na atividade e otimizar o processo de redução de 
riscos. Envolve o desmembramento mental da tarefa em atividades; a escolha da sequência certa ou a 
melhor sequência; a identificação dos riscos e deficiências existentes; a eliminação e o controle dos 
riscos e deficiências existentes; o uso correto dos EPI’s, EPC’s, ferramentas e materiais necess|rios { 
execução da tarefa. 
 
INVESTIGAÇÃO E ANÁLISE DE ACIDENTE 
É a pesquisa dos fatos que envolvem um acidente e suas respectivas análises, visando aprimorar a 
Segurança do Trabalho. 
Seu objetivo é estabelecer critérios para investigação de acidentes, que orientem de maneira eficaz a 
busca de causas, a apuração de responsabilidades e adoção de recomendações preventivas 
(controles). 
 
TIPOS DE ACIDENTES 
É necessário entender os principais tipos de acidente para poder organizar como proteger os 
eventuais envolvidos. São tipos de acidente: o acidente com vítima; o acidente sem vítima; o acidente 
de trajeto; o acidente com terceiros; e o acidente com empreiteiros. 
 
CONCEITUAÇÃO DOS ACIDENTES 
O que pode ser classificado como acidente? Para gerenciar riscos é imperativo que saibamos 
claramente o que é e o que não é acidente. O acidente com vítima é aquele que causa lesão pessoal, 
resultando ou não em danos ao patrimônio da Empresa. O acidente sem vítima é aquele que não 
causa lesão pessoal, resultando ou não em danos ao patrimônio da empresa. O acidente de trajeto 
corresponde ao sofrido pelo empregado no percurso da residência para o trabalho, ou deste para 
29 
 
aquela. O acidente com terceiros ou empreiteiros constituem os eventos ocorridos com pessoas que 
não pertencem ao quadro de empregados da empresa, e nem de firmas contratadas. 
A EMPRESA COMO UM SISTEMA 
SISTEMAS 
Um sistema é um arranjo ordenado de componentes que estão inter-relacionados e que atuam e 
interagem com outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou função (objetivos) num determinado 
ambiente. 
 
SUBSISTEMAS 
Subsistemas são unidades menores de sistemas complexos. Como exemplo podemos citar os 
subsistemas, a saber: 1. Subsistema potência; 2. Subsistema controle; 3. Subsistema sensor; 4. 
Subsistema operação; 5. Subsistema de comunicação; 6. Subsistema estrutural; 7. Subsistema 
ambiental; 8. Subsistema motriz. 
 
Dada a presença de vários subsistemas dentro de uma unidade fabril, temos a possibilidade de vários 
focos de incidentes e acidentes em todo o processo, desde a criação da ideia, até que o processo seja 
aposentado. Entretanto, um questionamento povoa a mente de todos os planejadores de segurança 
desde o início dos tempos: é certo realizar atividades de prevenção de acidentes somente em uma 
fase de todo o projeto? 
 
Conforme podemos ver na figura 1, durante as fases do sistema industrial temos durante a operação a 
preocupação para prevenção costumeira do trabalho. 
 
Figura 1 – Demonstração das fases de um sistema industrial comum 
30 
 
 
Figura 2 – A empresa vista como um sistema 
Na figura 2 podemos ver a empresa como um sistema dividida em níveis tarefas bem específicos. Se, 
por exemplo, seguirmos o modelo de três níveis simples de operação temos as decisões estratégicas, 
que são tomadas por poucas pessoas e tem impactos profundos em todo o sistema se estendendo ao 
longo prazo; as decisões táticas, que são fundamentais para o funcionamento da firma e muitas vezes 
traduzem em termos práticos o que o nível estratégico queria dizer; e as decisões de nível 
operacional, que são aquelas decisões do dia a dia, que mantêm a operação funcionando e o modelo 
rodando, fazendo a empresa funcional. 
 
É importante ressaltar que todos os setores de um sistema mais complexo são redivididos e revistos 
com certa frequência. Existe sempre a necessidade de setores internos capazes de negociar com 
regulações externas, tais como os setores de finanças e seu imediato externo, o mercado financeiro, 
vendas e o seu correspondente mercado de produtos, também chamado de demanda. O sistema 
produtivo tem um correspondente externo chamado de mercado de materiais e o pessoal, ou mão de 
obra produtiva, e está sempre relacionado com o mercado de trabalho. É importante a clara indicação 
de sistema da empresa versus o seu correspondente externo porque esse par se auto regula, definindo 
salários, preços, ofertas, parâmetros de qualidade, os níveis de juros pagos e etc. 
 
PRINCIPAIS TÉCNICAS DE ANÁLISE E SEUS OBJETIVOS. 
Dentre as principais técnicas de análise de prevenção de risco e seus objetivos podemos elencar os 
itens que explicamos abaixo, deixando clara a importância de cada um deles. 
Análise Preliminar de Riscos: Permite o estudo durante a fase de concepção ou desenvolvimento de 
um novo produto ou sistema, da existência de riscos e falhas que poderão estar presentes na fase 
operacional. 
Análise de Modos de Falha e Efeitos: Permite analisar como podem falhar os componentes de um 
equipamento ou sistema, estimar suas taxas de falha, determinar os efeitos que poderão advir e 
estabelecer as mudanças necessárias para que o mesmo funcione satisfatoriamente. 
Análise de Árvores de Falhas: Permite a análise quantitativa de fatores que podem causar um evento 
indesejável (falha ou risco). 
 
31 
 
DETALHES DAS TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO 
Para compreendermos melhor o processo de análise de riscos é muito importante detalhar as práticas 
mais usadas no mercado, assim como seus processos de aplicação, objetivos, metodologias e 
resultados. 
 
ANÁLISE PRELIMINAR DE RISCOS (APR) 
Consiste numa análise inicial, qualitativa, aplicada à fase de projeto ou desenvolvimento de qualquer 
novo processo, produto ou sistema. Tem como objetivo a determinação de riscos e medidas 
preventivas antes da fase operacional. A metodologia se dá pela revisão geral de aspectos de 
segurança através de um formato padrão, levando-se causas e efeitos de cada risco, medidas de 
prevenção ou correção e categorizando-se os riscos para priorização de ações. Tem como benefícios o 
fato de criar um elenco de medidas de controle de riscos desde o início operacional do sistema, além 
de permitir revisões de projeto em tempo hábil no sentido de maior segurança, bem como a definição 
de responsabilidade no controle de riscos. É de grande importância para novos sistemas de alta 
inovação. Apesar de seu escopo básico de análise inicial, é muito útil como revisão geral de segurança 
em sistemas já operacionais, revelando aspectos às vezes desaparecidos. 
 
ANÁLISE DE MODOS DE FALHA E EFEITOS (AMFE) 
Consiste na análise detalhada, qualitativa e quantitativa, que aplica-se a riscos associados a falhas em 
equipamentos. Tem como objetivo a determinação de falhas de efeito crítico e componentes críticos, 
análise da confiabilidade de conjuntos, equipamentos e sistemas. A metodologia se dá pela 
determinação dos modos de falha decomponentes e seus efeitos em outros componentes e no 
sistema, além da determinação dos meios de detecção e compensação das falhas e reparos 
necessários, bem como a categorização de falhas para priorização das ações corretivas. Tem como 
benefícios o relacionamento das contramedidas e as formas de detecção precoce de falhas, muito 
úteis em emergências de processos ou utilidades, assim como o aumento da confiabilidade de 
equipamentos e sistemas através do tratamento de componentes críticos. É de grande utilidade na 
associação das ações de manutenção e prevenção de perdas. 
 
ANÁLISE DE ÁRVORES DE FALHAS (AAF) 
Consiste na análise quantitativa e qualitativa, que aplica-se a qualquer evento indesejado, 
especialmente em sistemas complexos. Tem como objetivo a obtenção, através de um diagrama 
lógico, do conjunto mínimo de causas (falhas) que levariam ao evento em estudo, além da obtenção 
da probabilidade de ocorrência do evento indesejado. A metodologia se dá pela seleção do evento, 
determinação dos fatores contribuintes; diagramação lógica, simplificação booleana; a aplicação de 
dados quantitativos; e a determinação de probabilidade de ocorrência. Tem como benefícios o 
conhecimento aprofundado do sistema e de sua confiabilidade, além da detecção de falhas singulares 
desencadeadas do E.C. e das consequências de eventos mais prováveis. Ademais, possibilita a 
tomada de decisões de tratamento de riscos baseados em dados quantitativos. Pode ser realizada em 
diferentes níveis de complexidade e provê ótimos resultados com a forma qualitativa da análise. 
Completa-se excelentemente com a AMFE. 
32 
 
 RESPONSABILIDADE PELO 
PRODUTO 
CONTROLE DE DANOS E PERDAS 
Em 1828, Baker escreveu a um empregador que lhe perguntava como deveria proteger seus 
empregados: “Coloque no interior de sua f|brica o seu próprio SESMT que servir| de intermedi|rio 
entre você, os seus trabalhadores e o público. Deixe-o visitar sala por sala, área por área sempre que 
ali existam pessoas trabalhando, de maneira que ele possa verificar o efeito do trabalho sobre estas 
pessoas. E se ele verificar que qualquer dos trabalhadores está sofrendo a influência de causas que 
possam ser prevenidas, a ele compete fazer tal prevenç~o”. 
 
Dessa forma, você poderá dizer: meu SESMT é a minha defesa, pois a ele dei toda a minha 
autoridade, no que diz respeito à saúde e as condições físicas dos meus operários; e se alguns deles 
vier a sofrer qualquer alteração da saúde, o SESMT a princípio e unicamente é que deve ser 
responsabilizado. O SESMT é o Serviço de Engenharia de Segurança, Medicina e Psicologia do 
Trabalho e na sua ausência alguém da empresa encarregado, superior ou gerente, devidamente 
treinado, fará este papel, buscando evidentemente apoio técnico e operacional para as medidas 
preventivas específicas. 
 
Conforme podemos ver na figura 1, os modelos prevencionistas tiveram sua evolução entre 1828 e 
1972 e diferentes autores tiveram papéis diferentes nessa evolução e nesse processo. Conforme 
podemos ver na figura abaixo, a contribuição muito marcante ao tema veio de autores como 
Hammer, Fletcher & Gretener. Entretanto, o tema é discutido e analisado até os dias de hoje e ainda 
são realizadas melhorias às normas e diretrizes apresentadas anteriormente. 
 
Figura 1 – Evolução do prevencionismo 
 
33 
 
TIPOS DE INSPEÇÃO x RESPONSABILIDADE: 
É relevante uma análise cruzada entre os tipos de inspeção e o nível de responsabilidade exposta a 
elas; A oficial é realizada por Órgãos governamentais do trabalho ou securitários. Já a especial é 
conduzida por Órgãos especializados internos ou externos à empresa. A inspeção geral consiste na 
observaç~o “simples” de uma determinada |rea ou |reas de trabalho, instalações e atividades por 
chefes, supervisores, encarregados, empreiteiros, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, 
membros da CIPA. A inspeção parcial corresponde a uma observação rigorosa de uma área específica 
de trabalho ou de uma única atividade com os recursos necessários para executá-la pelo técnico de 
segurança do trabalho, por engenheiros, engenheiros de segurança, médicos do trabalho, 
encarregados, membros da CIPA, empregados que executam diretamente a tarefa, supervisores. 
ESTUDOS COMPARATIVOS 
 
Baseados em análises estatísticas e comparativas os autores Heinrich 1931 e Bird 1966, criando duas 
pirâmides de ocorrências que comprovam como ocorrem os acidentes dentro de uma organização. 
Enquanto Heinrich se concentrou em acidentes somente com lesão de seres humanos, Bird fez a 
mesma pesquisa levando em conta qualquer acidente que gerasse qualquer tipo de dano a 
propriedade da firma. 
 
Conforme podemos ver na figura 2 e 3, a pesquisa de Bird se mostra mais extensa, nos mostrando que 
mesmo se não ocorrer acidentes que vitimem um ser humano, para cada 500 acidentes com dano ao 
patrimônio teremos pelo menos um dano incapacitante ou mesmo a morte de funcionário. Já quando 
vemos os mesmos dados na pesquisa de Heinrich, que só classificou de acidentes aqueles que 
tivessem vitimado seres humanos de alguma forma, a relação é bem inferior, sendo necessários 300 
acidentes para ocorrência de uma lesão incapacitante/morte. 
 
Figura 2 – Pirâmide de acidentes de Heinrich 
 
Figura 3 – Pirâmide de acidentes de Bird 
 
CONTROLE DE DANOS 
O senhor Frank Bird Jr. foi um engenheiro Norte Americano que publicou a maioria de suas 
descobertas no ano de 1968. Seu objetivo era procurar a identificação, o registro e a investigação de 
todos os acidentes com danos à propriedade, determinando seu custo para a empresa, e, ainda, as 
medidas preventivas. Ele criou uma REGRA CONVENCIONAL de que quando ocorrer com você ou 
com o equipamento que você opera qualquer acidente que resulte em lesão pessoal, mesmo de 
pequena importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, ao seu superior. Entretanto, 
34 
 
devido ao medo e a insegurança, essa regra sofreu algumas alterações, dando origem a REGRA 
ALTERADA, que define que quando ocorrer com você ou com o equipamento que você opera 
qualquer acidente que resulte em lesão pessoal ou dano à propriedade, mesmo de pequena 
importância, você deve comunicar o fato, imediatamente, ao seu superior. 
 
 
CONCLUSÃO DA LUKEN’S STEEL SOBRE A TEORIA DE FRANK E. BIRD. 
A Administração reconheceu que a investigação efetuada na amostra de 75.000 acidentes com danos 
materiais, o que permitiria eliminar muitas ações e condições inseguras, as quais, por sua vez, eram 
causa frequente de acidentes com lesões, fortalecendo a ação de preservação dos recursos humanos 
da companhia. A Administração admitiu e reconheceu a importância desta ação para melhorar a 
qualidade dos produtos e evitar os atrasos na produção. A redução observada nos custos dos 
acidentes com danos materiais, produto da ação programada, permitia assegurar o financiamento de 
qualquer atividade prevenir relacionada ao assunto. A Administração comprovou e reconheceu a 
importância da participação dos especialistas na prevenção para lograr a melhor utilização dos 
recursos disponíveis e, portanto, para tornar mais eficiente a ação da companhia. As possibilidades 
reais de medir e avaliar a redução no custo dos danos materiais constituem ferramenta dinâmica para 
despertar o interesse da administração. 
 
Desta forma, o fornecedor de produtos e serviços deve ser responsável pelos produtos e serviços que 
são objetos de sua atividade nas relações de consumo. Para não restar dúvidas, trataremos da 
responsabilidade pelo defeito e a responsabilidade pelo vício. 
 
Defeito é tudo o que gera dano além do vício. Fala-se em "acidente de consumo" ou, como a própria 
lei 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor) denomina: "fato do produto e do serviço". Defeito 
poderia ser ligado a "falha de segurança", enquanto que vício deve ser relacionado a "falha de 
adequação". O defeito é o vício acrescido de um problema extra, alguma coisa extrínseca ao produto 
ou serviço, que causa um dano maior do que simplesmente

Continue navegando