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(20170814141814)FISIOTERAPIA E INOVAÇÃO E ARTE (1)

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FISIOTERAPIA E INOVAÇÃO
Professor Angelo Lima
Psicólogo. Especialista em Psicologia Hospitalar
Mestre em Educação em Diabetes
Coordenador da Pós Graduação em saúde Santa Casa BH
Como será o nosso semestre?
O semestre será dividido em quatro grupos de estudos
Grupo de estudo 1: Inovação em saúde
	Ciência, Arte e Inovação.
	Evolução e conceituação de Inovação em Saúde.
	Interdisciplinaridade e a Produção do Conhecimento.
	Os programas de pós-graduação interdisciplinares.
Aula expositiva + grupos de discussão de artigos + visita técnica Santa Casa BH 
Grupo de estudo 2: Sistemas de Marcha 
	Exoesqueleto: o robô da reabilitação – Miguel Nicolelis.
	Plataformas de Força.
	Sistemas de marcha "sustentada".
	Sistemas de marcha assistida.
Vídeos+ palestras com equipe interdisciplinar/fisioterapia + trabalho semestral parte 1
Grupo de estudo 4: Tecnologias em Saúde
	Dos medicamentos aos Equipamentos em saúde.
	Novas práticas em Saúde. Planejamento, organização, administração, a avaliação dos serviços de saúde.
	O saber e seus procedimentos. Os novos modos de fazer.
	Os processos de trabalho em Saúde e as tecnologias.
Aula expositiva + grupos de discussão de artigos
Grupo de estudo 4: Tecnologia Assistiva
	Categorias de tecnologias assistivas.
	Conceituações. Recursos. Serviços.
	Profissionais envolvidos.
	Tecnologia Assistiva e Funcionalidade, de acordo com a CIF.
Vídeos+ palestras com equipe interdisciplinar/fisioterapia + trabalho semestral parte 2
Trabalho semestral em duas etapas:
Etapa 1: apresentação de proposta de projeto de inovação em saúde por grupo - setembro/2018 
Etapa 2: apresentação do material, para a faculdade – novembro/2018
Total: 16 pontos
+ 04 pontos de participação em sala de aula.
Avaliação da disciplina
02 provas no valor de 10 pontos cada, no semestre.
01 trabalho semestral dividido em 02 etapas:
Primeira etapa – projeto: 08 pontos
Segunda etapa – material: 08 pontos
Participação em sala de aula: 04 pontos
Então... Vamos iniciar. Responda em grupo:
O que é inovação?
O que é inovação em saúde?
Qual a função de se inovar em saúde?
Inovação em saúde 
Ao estabelecer as competências do Sistema Único de Saúde (SUS), a Constituição Federal de 1988 incluiu o incremento do desenvolvimento científico e tecnológico. Para isso, desenvolveu-se, dentro da Política Nacional de Saúde, a Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde (PNCTIS), visando fortalecer a produção e a partilha de conhecimentos essenciais da área e uma maior articulação entre as ações de fomento científico-tecnológico e a política de saúde.
Inovação em saúde 
Atualmente, a saúde humana é o setor de atividades que engloba a maior parte do esforço científico e tecnológico no Brasil, com uma grande demanda da indústria farmacêutica e de conhecimento para produção de itens industriais, como medicamentos, vacinas, diagnósticos, equipamentos de saúde, entre outros.
Inovação em saúde
O processo de construção de uma política de inovação em saúde no país iniciou-se em 1994, por ocasião da 'I Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia em Saúde', se consolidando em 2003, com a criação, dentro do Ministério da Saúde, da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde. 
Inovação em saúde
Investimentos em políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação são fundamentais, na medida em que a assistência farmacêutica, o fomento à pesquisa e o desenvolvimento na área de saúde impactam diretamente o fortalecimento e os serviços disponibilizados pelo SUS.
https://pensesus.fiocruz.br/inovacao
Ciência, arte e inovação
A presença da ciência e da tecnologia no dia a dia das pessoas é hoje amplamente reconhecida. Assuntos dos mais relevantes centram-se em temas científicos, como novas vacinas e terapias, alimentos transgênicos, biocombustíveis, clonagem genética, mudanças climáticas e outros. Decisões políticas importantes para a sociedade muitas vezes precisam ser tomadas com base em conhecimentos científicos diferenciados daqueles do senso comum.
O desenvolvimento científico e tecnológico tornou-se um fator crucial para o bem-estar social a tal ponto que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) utiliza desde 2000 um sistema de distinção entre os povos com base na capacidade de criar ou não o conhecimento científico.
Em seus estudos sobre economia da pobreza, na Universidade Harvard, Jeffrey Sachs conclui que "ciência e tecnologia são hoje mais excludentes que o capital" e "o mundo de hoje é dividido não pela ideologia, mas pela tecnologia", destacando que ciência e tecnologia definem hoje o futuro de um povo, sua capacidade de inovar e de adaptar as tecnologias desenvolvidas em outros lugares.
No entanto, apesar da crescente qualidade e quantidade da pesquisa cientifica brasileira, que já contribui com 1,7% da produção mundial de conhecimento, é sofrível o desempenho de jovens brasileiros em provas que medem habilidades cientificas e rendimento em matemática.
Esse quadro evidencia uma enorme carência de formação de qualidade para professores de ciências, capazes de desenvolver nas atuais e nas próximas gerações de crianças e jovens um raciocínio crítico, com condutas questionadoras e propositivas voltadas para a solução dos problemas da vida diária. Advêm daí propostas governamentais de políticas de divulgação e educação científicas, que vêm sendo arduamente construídas para implementação urgente no país, envolvendo cientistas, educadores e outros atores sociais.
Artistas têm uma sensibilidade apurada para a percepção dos problemas da sociedade e comumente sintetizam e antecipam questões cruciais. No seu premiado disco Quanta, de 1995, Arnaldo Antunes e Gilberto Gil nos apresentam a música A ciência em si.
Entre mensagens mágicas e encantadoras, os versos nos dizem: A ciência não se aprende, a ciência apreende a ciência em si/A ciência não se ensina, a ciência insemina a ciência em si/e A ciência não avança, a ciência alcança a ciência em si. Aqui está, a meu ver, um importante elo nas relações entre arte e ciência: 
A arte pode sensibilizar a percepção, via expansão de nossos sentidos, de nossos olhares, e nos facilitar o encontro de novas ideias e soluções. 
O cardiologista e músico Richard Bing defendia que "a ciência e a medicina são tanto uma busca de harmonia e beleza na natureza como o são a música e a arte. Ambas requerem uma invenção de novos conceitos e ideias, e novos caminhos de percepção. Ambas requerem a mesma sensibilidade emocional e física a padrões, ritmos, consistência, novidade, metáfora e analogia. Requerem um refinado uso dos sentidos em conjunção com a mente e as mãos".
Grandes cientistas, como Galileu Galilei e Leonardo da Vinci, transitaram pelas vias de conexão entre a ciência e a arte, ao desenvolver o conhecimento e o comunicar das mais diferentes formas. Deixaram legados inestimáveis à humanidade. 
Um estudo sobre 73 cientistas de grande sucesso, dentre os quais muitos laureados com o Prêmio Nobel, realizado pela equipe do cientista Robert Root-Bernstein, da Universidade de Michigan nos Estados Unidos, identificou um grande percentual de vocações artísticas, evidenciando 25 músicos e compositores, 29 pintores, escultores, gravadores, desenhistas, 17 poetas, novelistas e teatrólogos.
Recolhendo, estudando e interpretando as histórias contadas por pensadores, artistas e cientistas eminentes, o estudo conclui que através da arte os cientistas encontram as ferramentas para tornar explícita a beleza, seja na arte, seja na ciência: "Um cientista, como um pintor ou poeta ou compositor, é um realizador e descobridor de padrões. Os padrões do cientista, como os do pintor, do poeta ou do compositor, devem ser belos; ideias, como as cores ou palavras ou notas, devem ficar juntas de modo harmônico.
A beleza é o primeiro teste nas ciências e nas artes: não há lugar permanente para a ciência feia ou não inspirada".
E defendem que os conjuntos de talentospara arte e ciência devam ser considerados complementares, a se reforçar mutuamente. Consideram que o que o cientista pode fazer depende não apenas do que ele sabe, mas de sua personalidade, suas crenças, suas habilidades e sua prática nos campos da arte.
Essa proposta não é assim tão nova, pois desde a época em que os primeiros portugueses chegaram ao Brasil Leonardo da Vinci já nos dizia, em seu livro sobre a metodologia das descobertas: "Para [ter] uma mente completa, estude a arte da ciência, estude a ciência da arte, aprenda a enxergar, perceba que tudo se conecta a tudo".
O ser humano nunca viveu sem utilizar a arte como forma de expressão, uma indicação de que a linguagem da arte é a própria linguagem da humanidade. Por isso, e para isso, a arte precisa ser mais bem compreendida e valorizada na educação, em todos os níveis de ensino, desde o ensino fundamental, em toda e qualquer escola, até o ensino de pós-graduação, para a formação de docentes e cientistas com orientação holística.
A arte pode se combinar com a ciência como parte de uma estratégia pedagógica explícita para a educação científica da população. 
Atividades de ciência e arte possibilitam o desenvolvimento de novas intuições e compreensões através da incorporação do processo artístico a outros processos investigativos. Ajudam a construir um discurso interno e público sobre a relação entre arte, ciência, atividades humanas e tópicos relacionados a atividades multidisciplinares e multiculturais. 
* Tania C. Araújo Jorge é pesquisadora-titular e atual diretora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) da Fiocruz. O presente artigo foi originalmente publicado na revista do Sesc de São Paulo

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