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P2 - ANATOMIA PATOLÓGICA GERAL DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS Anormalidades que acontecem no sistema circulatório: coração, vasos sanguíneos e sangue. HIPEREMIA: · Aumento de volume sanguíneo no leito vascular. (chegada de sangue) · É um processo ativo - excitado como uma resposta, células estão se deslocando para o local. · Dilatação arteriolar · Hiperemia fisiológica: ocorre o aumento do suprimento de O2 e nutrientes, paralelamente à demanda de sangue. Ex: Na academia malhando, tem- se hiperemia do músculo esquelético; glândula mamária. · Hiperemia patológica: ocorre o aumento do fluxo sanguíneo devido à liberação local de mediadores bioquímicos da INFLAMAÇÃO. Aumento de volume, calor, rubor e dor, perda de função. Ex: queimaduras, desidratação, radiação, infecção e traumatismo (corte). CONGESTÃO: · Aumento do volume sanguíneo no leito vascular, devido a dificuldade do sangue em sair (obstrução). · Processo passivo - consequência de um estímulo. · Bloqueio da saída de sangue · Diminuição da drenagem venosa por aumento da resistência pós-capilar. Obstrução ou compressão vascular. · Congestão local - Intussuscepção: quando uma alça intestinal se invagina sobre a alça subjacente, o tecido vem a necrosar, porém apresenta congestão. · Congestão sistêmica ou setorial - Insuficiência cardíaca congestiva: Direita - acumula sangue em vários órgão, congestão difusa, congestão da veia porta hepática. Esquerda - os pulmões vão estar congestos, o pulmão vai aumentar de volume, o sangue se choca contra os vasos, fazendo pressão de dentro para fora, congestão pulmonar. Consequências: · Edema - aumento da pressão hidrostática eleva a filtração e reduz a reabsorção capilar (pressão hidrostática - aumento da força que o sangue faz no vaso) · Hemorragias (ativa e passiva) - por diapedese ou por ruptura de capilares e pequenas vênulas. (Micro hemorragias, hemorragia por diapedese: quando a hemácia sai do vaso sem que haja um corte, lesão invasiva, sai entre as células endoteliais - acontece nos casos de insuficiência cardíaca congestiva esquerda) · Degeneração, necrose, hipotrofias e fibrose (passiva) - por redução do influxo de O2 e nutrientes. · Trombose (passiva) - por diminuição da velocidade do fluxo (trombose é o processo de formação dos trombos). EDEMA: · Acúmulo excessivo de líquidos no interstícios ou em cavidades. · Mecanismos de se formar o edema: · Aumento da permeabilidade vascular. Ex: infecções bacterianas. · Aumento da pressão hidrostática. Ex: insuficiência cardíaca esquerda (edema pulmonar) · Diminuição da pressão coloidosmótica. Ex: hipoproteinemia. · Obstrução linfática. Ex: tumores, abscessos, granulomas. · Edema agudo - no caso de inflamação · Edema crônico - insuficiência cardíaca, doença renal. HEMORRAGIA: · Saída da hemácia do vaso. · Externa - vai para a superfície corporal · Interna - vai para dentro, pode cair nas cavidades orgânicas ou espaços tissulares · A importância depende da quantidade de sangue perdida, a velocidade que ocorreu a perda do sangue e o local da hemorragia. · Tipos de hemorragia: · Por Rexis: há lesão vascular, quando o vaso rompe a sua parede, perde grande quantidade de sangue. Trauma do endotélio. · Por diapedese: hemácias passam entre as células endoteliais, quando há um aumento da permeabilidade vascular, mas sem a ruptura do vaso. Endotélio normal mas com saída de hemácia. · Formas de hemorragia: · Petéquias: hemorragias medidas em milímetros, ocorrem por meio dos mecanismos de diapedese (comum no choque). · Equimoses: hemorragias medidas em centímetros. · Sufusões: hemorragias medidas em grandes tamanhos. · Víbices: hemorragias em formas lineares. · Otohematomas: sangue entre as camadas do pavilhão auricular. · Causas da hemorragia: · Traumas · Distúrbios na coagulação do sangue · Localização da hemorragia: · Metrorragia (útero) · Enterorragia (intestinos) · Gastrorragia (estômago) · Rinorragia/epistaxe (mucosa nasal) · Cistorrafia/ hematúria (bexiga) · Hemoptise (cavidade oral) · Hemopericárdio (pericárdio) · Hemotórax (tórax) · Hemartrose (articulação) · Hemoperitônio (peritônio) HEMOSTASIA: · Processo regulado · Líquido · Tampão hemostático · Oposto de trombose · Endotélio, plaquetas e cascata de coagulação TROMBOSE: · Processo de formação de um trombo na circulação de um animal vivo. · Trombo é formado por: plaquetas + fibrinas + hemácias + leucócitos · Deve ser diferenciado da coagulação, coágulos são formados apenas por hemácias. · Características do trombo: · Consistência seca · Granular e rugoso · Brancacento ou acinzentado · Estratificado · Aderido na parede do vaso · Dano endotelial · Composto principalmente por plaquetas e fibrinas · Forma-se no sangue coagulante. · Características do coágulo (dano endotelial) · Consistência úmida · Liso e brilhante · Vermelho ou amarelo · Uniforme · Não aderido na parede do vaso · Endotélio intacto · Composto primariamente por fibrinas · Forma-se no sangue estagnado · Causas da trombose: · Lesão endotelial · Alteração no fluxo sanguíneo · Hipercoagulabilidade (alterações na composição do sangue) ÊMBOLO: · Material anormal transportado de uma área para outra, vasos de menor calibre. · Um êmbolo pode causar necrose das áreas subjacentes quando encontrar um vaso por onde ele não possa passar, e isso vai gerar um quadro de infarto. · Tipos: tromboêmbolos, gordura, gasosa, bacterianos, parasitários, neoplásicos. INFARTO: · Área de necrose que se instala após interrupção do fluxo sanguíneo, ou seja, após estímulo de isquemia ou após a localização de um trombo, parada ou um êmbolo. · Pálidos: área arterial. A artéria não consegue levar o sangue para o tecido e então deixa o tecido pálido, perdendo a cor. Área subjacente vai estar pálida, vai morrer por falta de oxigênio. Rim, coração, encéfalo. Após 8h ficam amarelos. · Vermelhos: área venosa, devido a ocorrência de congestão do sangue, vai ter uma oclusão, sangue estagnado, o sangue perde o oxigênio e as células perdem função e morrem e são banhadas pela hemoglobina. O sangue quer sair mas não consegue. Pulmão, intestino e fígado. · Inflamação - reparação - cicatrização · Fibrose - fígado, rim e baço · Morte - encéfalo, coração, pulmão, intestino. CHOQUES: · Situação na qual a perfusão tecidual (irrigação, oxigenação e nutrição do tecido pelo sangue) está comprometida, resultando em alterações metabólicas que poderão determinar a morte celular. · Causas associadas: · Falha na perfusão de sangue em órgão vitais: Hipóxia acentuada, agressão severa à homeostase, etiologias múltiplas. · Tentativas de manutenção da pressão sanguínea · compensação fisiológica · Tentativa de reduzir a perfusão · Exacerbação do choque · Tipos de choques · Hipovolêmico: falhas na quantidade de sangue disponível (diminuição do volume de sangue circulante) e o coração tem que trabalhar muito para poder bombear o sangue. Causas: perda de sangue em procedimento cirúrgico, desidratação por queimadura, vômito ou diarréia. · Cardiogênico: Falhas na bomba cardíaca (coração para de funcionar e consequentemente os tecidos não são irrigados. Ex: hemangiossarcoma no saco pericárdio. · Distributivos: Falhas na distribuição do sangue, a volemia está boa, o coração está funcionando bem, mas a lesão vai afetar a periferia. - Neurogênico (perda na capacidade neurológica de manter a circulação sanguínea, lesão do bulbo, por exemplo, é responsável pela manutenção do tônus vascular sanguíneo) - Anafilático (devido à picada de aranha, abelha, fármacos, substâncias químicas, que culminam em uma degranulação de mastócitos que fazem aumentar a permeabilidade vascular, fluindo líquidos da periferia, gerando uma diminuição do volume sanguíneo e diminuindo a perfusão tecidual). - Septicêmico (devido à bactéria e/ou toxinas bacterianas, que vão agir nos vasos fazendo vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular, ex: doença do edema, pela ação da Escherichia coli em suínos) INFLAMAÇÕESÉ a reação vascular e celular contra uma agressão (executada diante de um agente agressor. · Sinais cardinais da inflamação: · Rubor: torna o tecido vermelho devido à hiperemia · Calor: porque na inflamação ocorre a hiperemia (aumento do fluxo sanguíneo vascular mediado por um estímulo) · Dor: processo clínico · Tumor: aumento de volume devido ao extravasamento de líquidos dos vasos pelo aumento da permeabilidade dos vasos locais, é o inchaço. · Perda de função celular: substituição por tecido conjuntivo fibroso, ficando com a função comprometida. · Função do processo inflamatório: minimizar o efeito de um tecido agredido. · Exsudato: secreção de um tecido inflamatório. Servem para diluir, localizar, destruir e remover o agente. E depois substituir os tecidos lesados. · Causas: · Biológicas: bactérias, fungos, protozoários · Físicas: radiação solar · Químicas: medicamentos · Auto Imunes: imunidade contra o próprio hospedeiro. · Fisiopatologia: Agressão tecidual - que produz histamina - causa aumento da irrigação sanguínea (rubor) e aumento da permeabilidade capilar - faz quimiotaxia - diapedese - fagocitose que produz mediadores químicos - plaquetas e fatores de coagulação - caracterizando uma inflamação aguda · A inflamação aguda pode evoluir para inflamação crônica ou para reparação do tecido. · Histamina causa o aumento da permeabilidade vascular, aumento da irrigação sanguínea local permitindo assim a característica do rubor, assim, vasodilatação e aumento da permeabilidade vascular. · Inflamação aguda: a célula predominante são os neutrófilos, o exsudato nesse caso é purulento · Inflamação crônica: a célula predominante são os macrófagos, o exsudato neste caso é granulomatoso · Respostas: · A benéfica remove os debris e destrói o microorganismos agressores. · A maléfica ocorre quando a resposta inflamatória não consegue resolver o problema, e se torna progressiva. Ou uma doença autoimune. · Classificação conforme a velocidade de instalação · Super-aguda: de horas a dias, só neutrófilos · Aguda: alguns dias a semanas · Subaguda: de duas semanas a meses · Crônicas: mais de 3 meses a anos, muito macrófagos presentes · Devemos classificar a inflamação com relação ao tipo de exsudato, tempo de evolução/inflamação, intensidade e distribuição, e o órgão + sufixo ite. · ex: dermatite granulomatosa: local, cronicidade, multifocal, severa e o tipo de exsudato. · Ooforite: inflamação dos ovários · Flebite: Inflamação das veias · Arterite: inflamação artérias · Proctite: inflamação do reto · Estomatite: inflamação da boca · Desenlace da inflamação aguda · Resolução completa do problema · Cura por substituição tecidual · Formação de um abcesso, encapsulando o agente agressor · Inflamação crônica · Abscesso: acumulação de pus numa cavidade formada acidentalmente nos tecidos orgânicos, ou mesmo em órgão cavitário, em consequência de inflamação resultado de neutrófilos. · Granuloma: massa ou nódulo de tecido cronicamente inflamado, com focos circunscritos à maneira de grânulos, geralmente associado a um processo infeccioso resultado da ação de macrófagos. São pequenos nódulos de caráter inflamatório formado especialmente por macrófagos, mas que também podem conter leucócitos, e servem para isolar bactérias, fungos, ou substâncias estranhas insolúveis que o organismo foi incapaz de expulsar. INFLAMAÇÃO CRÔNICA: Uma inflamação aguda que não foi capaz de destruir o agente causador, vai gerar uma inflamação que mesmo prolongada continua ativa. É prolongada durante semanas a meses, os neutrófilos conseguem resolver a inflamação, e fazem quimiotaxia com macrófagos e linfócitos, na tentativa de reparação de danos. · O nome de uma inflamação deve conter 3 componentes básicos: · Tempo de lesão · Tipo de exsudato · Localização · Distribuição (focal, multifocal, multifocal disseminada, multifocal a coalescente ou difusa) Exemplo: Enterite fibrinosa aguda, Traqueíte mucopurulenta aguda, hepatite granulomatosa crônica, mastite hemorrágica hiperaguda Exsudatos: São classificados de acordo com sua duração e seu aspecto m aguda, subaguda ou crônica. · Exsudato seroso: · Líquido claro/translúcido que lembra saliva · Indica lesão suave · Edema por lesão vascular · Algumas poucas migrações · Muitos neutrófilos: líquido esbranquiçado · Pode ou não haver hiperemia ou rubor · geralmente indicativo de infecção inicial, geralmente ocorre em infecções virais das cavidades nasais, por exemplo. · Ex: hidrocele, coriza nasal · Exsudato fibrinoso: · A fibrina é o principal componente · Indica lesão vascular acentuada, onde o fibrinogênio se polimeriza e forma a fibrina, proteína de cadeia longa que se entrelaça e forma umas redes, que tem como objetivo sequestrar o agente infeccioso e impedir que ele se dissemine por outros tecidos. · Líquido amarelo, trama gelatinosa ou viscosa · Comumente em superfícies serosas e mucosas como pleuras peritônio, membranas sinoviais, meninges ou pulmões · Aspecto caseoso · Enterite fibrinosa por Salmonella, Retículo pericardite traumática, · Exsudato hemorrágico: · O sangue é o principal componente, sangue livre, coagulado, fibrinas e restos celulares. Há exsudação com predomínio de hemácias. · Ocorre em órgão com irrigação sanguínea abundante, como intestinos e pulmões. Indica lesão hiperaguda grave · Micro: hemorragia e necrose caseosa · Pneumonia por aspiração, enterites virais, parvovirose, hiperemias acentuadas, enterites parasitárias · Exsudato catarral: · Ocorre em membranas mucosas · O muco tem aspecto predominante nesse exsudato · Lesão agudas ou crônicas com localização e etiologias · Aspectos claro que pode variar do turvo ou róseo · Consistência líquida ou mucóide · Pode haver fragmento de sangue coagulado, fibrina em filamento, muco viscoso ou agregações amareladas · Pode ocorrer em órgãos reprodutivos, digestório, respiratórios devido a doenças que acometem esses sistemas · Febre catarral maligna, Oestrose · Exsudato purulento: · Pus predominante (neutrófilos com vírus, bactérias e fungos mortos), a consistência pode variar entre líquido, semi líquido, sólido, pastoso · Supuração: processos de formação de pus · Necroses, neutrófilos e enzimas proteolíticas · Variação de cor: verde, amarelado, marrom amarelado/esverdeado, esbranquiçado · Empiemas, pústulas, febre do embarque · Superfícies mucosas: presença de muco - Exsudato mucopurulento · Superfície serosa - Exsudato fibrinopurulento · Pústula - bolsa de pus na epiderme · Grande número de neutrófilos + microrganismos + necrose tissular - microabscesso · A medida que vai aumentando: cápsula de tecido conjuntivo (membrana piogênica) - Abscesso · Exsudato granulomatoso: · É granulomatoso, líquido com neutrófilos e bactérias, aspecto mais ressecado e muitos macrófagos. · Reação inflamatória, reparativa e degenerativa · Persistência de liberação de mediadores químicos: células inflamatórias. · Actinomicosis (causada por actinomyces bovis), Tuberculose, lúpus eritematoso. Exemplos: · Enterite fibrinosa aguda difusa severa · Traqueíte mucopurulenta aguda difusa severa · Hepatite granulomatosa crônica multifocal crônica · Mastite hemorrágica hiperaguda multifocal moderada IMUNOPATOLOGIA O sistema imune é responsável por tentar debelar ou diminuir as infecções dos agentes químicos, físicos e biológicos que estão no meio. IMUNIDADE INATA · Resposta imediata · Presente desde o nascimento · Não apresenta memória imunológica (precisa de desafio imunológico) · Formação das células na medula óssea · Tipos celulares: · Células NK · Neutrófilos · Eosinófilos · Basófilos · Mastócitos · Monócitos · Macrófagos · Células dentríticas IMUNIDADE ADQUIRIDA · Resposta não imediata · Sistema de memória - na segunda exposição ao antígeno o indivíduo gerará uma resposta · Envolvida na resposta imune humoral mediadas pelos linfócitos B e na imunoglobular mediada pelos linfócitos T, assim, como outros linfócitosT helper e T regulador · Quando o indivíduo não responde adequadamente ou não responde simplesmente, é aí que começam as imunopatologias. · Humoral e Celular REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADES · Reação exagerada, exacerbadas a um determinado antígeno. · É uma resposta imune imprópria · São classificadas de acordo com o tipo de resposta imune e o mecanismo efetor responsável pela lesão celular e tecidual · Tipos de Hipersensibilidade: HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I - IMEDIATA · IgE - relacionada a fatores ambientais, antígenos parasitários · Imediata, pois ocorre logo após a exposição - só que o hospedeiro tem que estar previamente sensibilizado ao mesmo antígeno. · Possui a fase de Sensibilização e a Fase Efetora. · Mediadores primários - armazenados nos grânulos de mastócitos. · Histamina, serotonina e adenosina, fatores quimiotáticos que atraem eosinófilos e neutrófilos, proteases neutras e heparina. · Mediadores secundária - vão passar pela reação com o ácido araquidônico · Prostaglandinas, leucotrienos, citocinas, fatores ativadores de plaquetas · Localizada: específicas de órgãos ou tecidos, caracterizada por uma inflamação aguda · Ex: Dermatite alérgica. · Sistêmica (anafilaxia): Múltiplos sistemas orgânicos sendo acometidos. · Fármacos, vacinas, venenos, soro heterólogo - podem gerar uma reação de hipersensibilidade do tipo I. HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO II - CITOTÓXICA · Cito de células e tóxica porque vai lisar a célula. · Mediada por anticorpos contra antígenos de superfície celular ou tecidos. Resulta na destruição de células ou tecidos. · Mediada pela IgM e IgG · Exemplos de doenças: · Anemia hemolítica autoimune · Reação de transfusão · Púrpura trombocitopênica autoimune · Miastenia grave · Pênfigo: foliáceo, eritematoso, vulgar, perfigoidebolhoso HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO III · Chamada de imunocomplexos · Há formação do complexo antígeno anticorpo · Mediada por IgM e a IgG · Localizada: lesão tecidual e dano vascular, reação de Arthus. · Uveíte, Alveolite alérgica extrínseca, DPOC em equinos, Infecção estafilocócica da pele do cão. · Generalizada · Doença do soro, Lúpus eritematoso sistêmico, Anemia infecciosa equina. HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO IV - RETARDADA · Mediada por células · Não é imediata · Depende de linfócitos sensibilizados previamente. · Pode ocorrer por antígeno (agente infeccioso) ou antígeno de contato (heptanos) · Exemplos: · Dermatite de contato alérgica · Doença intestinal crônica - Doença de Crohn · Uveíte equina. DOENÇA AUTOIMUNE: · Caracterizada pela atividade anormal ou excessiva das células imunes efetoras próprias. · Perda de Tolerância Imunológica - falha do sistema imune em responder ao mesmo antígeno específico. · Mediada por autoanticorpos ou por linfócitos T · Exemplos · Lúpus Eritematoso sistêmico · Artrite reumatoide · Vasculite · Síndrome Tipo Sjogren · Miopatias inflamatórias IMUNODEFICIÊNCIA · Ocorre por falhas do sistema imune · Imunodeficiência primária - congênita ou hereditária · Imunodeficiência adquirida - ocorreu na fase tardia da vida · Imunodeficiência adaptativa - específica, mediada por linfócitos B, C · Imunodeficiência inata - inespecífica, mediada pelo sistema complemento, pelas células NK. DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO CELULAR · A diferenciação celular é a especialização de algumas células em alguma atividade. · Dentro dos distúrbios de crescimento, temos problemas com o excesso de crescimento, a deficiência de crescimento e os crescimentos anormais. Dentro disso, se avalia o número de células, o tamanho de células e algumas alterações consideradas pré-neoplásicas, associadas à neoplasia ou ocorrem previamente as neoplasias. · Categorias: · Excesso de crescimento · Deficiência de crescimento · Padrões de crescimento anormais · Fatores: · Número de células · Tamanho das células · Número e tamanho das células · Alterações pré-neoplásicas · Distúrbio na formação celular: · Agenesia - Ausência total de um órgão, não se formou, aquele órgão está ausente. Exemplo: acefalia, agenesia do rim. · Distúrbios na proliferação celular: · Aplasia - Teve a gênese, porém não há proliferação celular. O órgão se formou inicialmente, mas as células não proliferaram para desenvolver o órgão completo. Na aplasia, observa-se um resquício do órgão. - Atresia - não abertura de um lúmen de um órgão para o seu exterior. · Hiperplasia - Proliferação exacerbada. Exemplo: em distúrbios humorais, fisiológicos em diversas situações como na amamentação. · Hipoplasia - o órgão cresceu pouco, não chegou ao seu tamanho maduro. Exemplo: Microcefalia em humanos. · Distúrbios no crescimento celular · Atrofia - o órgão cresceu até seu estágio maduro e depois diminuiu. Exemplo: o desuso de um membro causa diminuição de tamanho. · Hipertrofia - aumenta o tamanho individual de cada célula.Exemplo: na academia, ao malhar vai aumentar o tamanho de cada uma das fibras, não vai aumentar o número das fibras. · Distúrbio na diferenciação celular · Displasia - há uma perda da arquitetura tecidual, é uma lesão que acomete o tecido como um todo, não acomete as células individualmente. Exemplo: displasia coxo-femoralm displasia dos anexos da pele. · Metaplasia - ocorre a substituição de um tipo celular por outro tipo celular menos especializado em determinada função. Exemplo: cirrose hepática, onde os hepatócitos mortos são substituídos por tecido fibroso. LESÕES PRÉ-NEOPLÁSICAS · Displasia, hiperplasia, metaplasia podem evoluir para um aspecto verdadeiramente neoplásico. Pois são distúrbios do crescimento. Se os agentes que estimulam o crescimento e proliferação permanecem, podem evoluir para um aspecto verdadeiramente neoplásico. · Metaplasia escamosa (Ex. pulmão) - tem que ter primeiro a lesão pré-neoplásica, e depois pode vir a formar um carcinoma de células escamosas. · Hiperplasia epitelial tubular mamária - é uma lesão pré-neoplásica. Pode virar um adenocarcinoma mamário. · Lesões induzidas por Ptaquilosídeos (planta tóxica) - são substâncias carcinogênicas que tem a capacidade de desenvolver células neoplásicas, malignas, tumorais. Podem causar: · Hiperplasia · Displasia · Metaplasia · Neoplasia - Carcinoma de células escamosas do trato digestório superior e Neoplasias Vesicais. NEOPLASIA Definição: é a proliferação incoordenada de tecido, independentes dos padrões funcionais e estruturais do tecido normal e indefinidamente progressiva. O tecido está crescendo desesperadamente e não existe o controle no seu crescimento. · A origem dos neoplasmas é proveniente dos folhetos embrionários: · Ectoderma: sistema nervoso central, sensorial, epiderme e anexos. melanócitos · Mesoderma: cartilagem, osso, tecido conjuntivo, músculo liso e estriado, rins, gônadas, serosas, baço e adrenal · Endoderma: epitélios respiratórios, gástrico e vias urinárias. NOMENCLATURA DOS TUMORES: · Benigno: sufixo “OMA” · É geralmente de origem epitelial ou mesenquimal ou neuroectodérmica · Exemplo: LIPOMA · Exceção a regra: MASTOCITOMA, MELANOMA, LINFOMA. · Maligno: sufixos “CARCINOMA” “SARCOMA” · Se for de origem epitelial é carcinoma · Se for de origem mesenquimal é sarcoma Tumores epiteliais: Benigno Maligno Não glandular Papiloma Carcinoma Glandular Adenoma Adenocarcinoma Exemplo: · Hemangioma - proliferação de vasos sanguíneos, por ser benigno, ele é mais parecido possível com o vaso sanguíneo. · Hemangiossarcoma - maligno, muito diferente do tecido normal. · Neoplasias benignas não fazem metastáse. · Todo mastocitoma tem potencial de agressividade e metástase. Não tem vertente benigna. Classificação de malignidade dos tumores: · GRAU 1 - Bem diferenciado - mais parecido com a célula que lhe deu origem · GRAU 2 - Moderadamente diferenciado - intermediário · GRAU 3 - Pouco diferenciado - mais diferente possível da célula de origem. METÁSTASES: · Hematógena -sarcomas · Linfática carcinomas, sarcomas e adenocarcinomas · Transcelômica - células soltas nas cavidades - mesoteliomas e carcinoma do ovário. *Êmbolo. Tipos de Crescimento: · Crescimento expansivo · Crescimento infiltrativo EXEMPLOS:
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