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Podcast Disciplina: Direito Tributário Título do tema: Impostos Autoria: Thuanny Pereira Leitura crítica: Elizabeth Martos Somessari Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos falar sobre como impostos! O Brasil é o país da América Latina que mais reduz a desigualdade por meio de investimentos em saúde, educação, e seguridade social, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe da ONU! Isso só é possível por conta da arrecadação de impostos. A Constituição Federal de 1988 estabelece o princípio da capacidade contributiva a ser aplicada nos impostos, sempre que possível. Traduzindo: cada um deve contribuir conforme a própria capacidade, isto é, quem ganha mais deve pagar mais impostos, quem ganha menos deve pagar menos. Porém, o sistema tributário atual acaba fazendo o contrário e aumentando a desigualdade. Quem ganha menos acaba pagando mais impostos no Brasil. O motivo: 50% da carga tributária brasileira é composta por impostos sobre consumo, como os da conta de luz e gás. A sonegação de impostos no Brasil é superior a R$ 500 bilhões por ano, segundo estimativa do Sinprofaz. Esse dinheiro poderia ser investido em saúde, educação, segurança. Ainda, uma outra curiosidade sobre impostos, e, neste caso, sobre um imposto específico que é o IPI – imposto sobre produtos industrializados, são as diferentes formas de industrialização que possuímos e que consideramos como industrialização e também a diferença entre não incidência, isenção e alíquota zero do referido tributo. De acordo com o Regulamento do IPI, são 5 as modalidades de operações consideradas de industrialização que envolvem o IPI: transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento e reacondicionamento, renovação ou recondicionamento. Vamos entender cada uma delas? A transformação trata-se de uma operação exercida sobre produtos intermediários ou matérias-primas, que importe na obtenção de um novo produto. O beneficiamento trata-se de aperfeiçoar um mesmo produto. Em outras palavras, beneficiamento é a operação que importe em aperfeiçoar, modificar, ou alterar a aparência, a utilização, o funcionamento ou o acabamento do produto. A montagem trata-se de uma operação que importe na reunião de produtos, peças ou partes que resultam em um novo produto ou unidade autônoma. W B A 1 1 8 7 _ v1 .0 O acondicionamento ou reacondicionamento trata-se de ser utilizado o mesmo produto, mas com nova apresentação. Aqui, altera-se a apresentação do produto pela colocação da embalagem, ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da mercadoria. A renovação ou recondicionamento trata-se de utilizar o mesmo produto renovado, mas com objetivo de comercialização a terceiros. Nesta categoria está a operação exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, que remova ou restaure o produto para utilização. Ainda, com relação aos benefícios fiscais de IPI, vamos falar primeiramente da alíquota zero! Alíquota zero, diferente de como muitos pensam, não significa não incidência ou isenção, mas sim que o ente tributante competente definiu que a tributação daquela determinada operação ou daquele determinado produto seria zerada por conta de alguma política pública ou econômica de incentivo ao consumo. Já a isenção se dá quando uma lei a respeito daquela operação ou daquele determinado produto é editada excluindo a necessidade do pagamento do tributo. Assim, existe a previsão legal, o fato gerador chega a ocorrer, nasce a obrigação tributária, porém o pagamento é dispensado por força da lei que criou a isenção. Então, é importante que o contribuinte tenha reconhecido pelo órgão competente que se enquadra naquela ocasião de isenção da lei e ter em mente que a isenção não é eterna, se a lei que a instituiu for revogada, a isenção também cairá junto com ela e o tributo voltará a ser exigido normalmente a partir da data de revogação da lei. Com relação à não incidência, é o acontecimento no mundo dos fatos que não corresponde à descrição legal tributária. Assim, em relação a não incidência faltam elementos para enquadrar determinado fato na hipótese de incidência prevista em lei, ou seja, é a não previsão do fato na hipótese de incidência. Com efeito, não há obrigação tributária e, por conseguinte, não há crédito tributário. Isso se dá mais efetivamente com o IPI, mas pode acontecer também com outros tributos de outras competências! Fechamento: Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!
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