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MEDICINA LEGAL

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 Rayanne Persi - ano 2023 - Medicina Legal 
 → Introdução; 
 Os documentos médicos podem ser 
 definidos como informações escritas por um 
 médico que relatam uma questão médica de 
 interesse jurídico. 
 São considerados documentos 
 médico entre outros: 
 ● Atestado 
 ● Receita 
 ● Prontuário 
 ● Relatório 
 ● Laudo 
 ● Termo de consentimento motivado 
 → Declaração de óbito (DO): 
 A declaração de óbito é o 
 documento-base do Sistema de Informações 
 sobre Mortalidade do Ministério da Saúde 
 (SIM/MS). É composta por 3 vias 
 autocopiativas, pré- numeradas 
 sequencialmente, fornecida pelo Ministério 
 da Saúde e distribuída pelas secretarias 
 estaduais e municipais de saúde conforme 
 fluxo padronizado para todos o país. 
 Os dados de óbitos servem para uma 
 função legal, os dados são utilizados para 
 conhecer a situação de saúde da população 
 e gerar ações visando a sua melhoria. Para 
 tanto, devem ser fidedignos e refletir a 
 realidade. 
 As estatísticas de mortalidade são 
 produzidas com base na DO emitida pelo 
 médico; 
 Quem fornece a Declaração de Óbito? 
 Quando a morte é natural com 
 assistência médica e causa bem 
 conhecida : 
 ● Médico assistente 
 ● Plantonista 
 ● Médico designado pela instituição 
 Quando é morte natural sem 
 assistência médica OU com causa mal 
 definida: 
 ● Serviço de Verificação de Óbitos 
 (SVO) 
 Morte Violenta: 
 ● Instituto Médico Legal (IML) 
 Os médicos quando forem preencher a DO, 
 obedecerão às seguintes regras: 
 ● Morte Natural, morte sem assistência 
 médica: 
 ○ Nas localidades com Serviço 
 de Verificação de Óbito (SVO) 
 ■ A DO deverá ser 
 fornecida pelos 
 médicos do SVO 
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 Rayanne Persi - ano 2023 - Medicina Legal 
 ○ Nas localidades sem SVO: 
 ■ A DO deverá ser 
 fornecida pelos 
 médicos do serviço 
 público de saúde mais 
 próximo do local que 
 ocorreu o evento. Na 
 sua ausência, por 
 qualquer médico da 
 localidade. 
 ● Morte com Assistência médica: 
 ○ DO deverá ser fornecida 
 sempre que possível pelo 
 médico que vinha prestando 
 assistência ao paciente; 
 ○ O paciente internado sob 
 regime hospitalar: deverá ser 
 fornecida pelo médico 
 assistente e, na sua falta, pelo 
 médico substituto pertencente 
 à instituição; 
 ○ Paciente em tratamento sob 
 regime ambulatorial: deverá 
 ser fornecida por médico 
 designado pela instituição que 
 prestava assistência ou pelo 
 SVO 
 ○ A DO do paciente em 
 tratamento sob regime 
 domiciliar (Programa Saúde 
 da Família, internação 
 domiciliar e outros) deverá ser 
 fornecida pelo médico 
 pertencente ao programa ao 
 qual o paciente estava 
 cadastrado, ou pelo SVO, 
 caso o médico não consiga 
 correlacionar o óbito com o 
 quadro clínico concernente ao 
 acompanhamento do 
 paciente. 
 ● Mortes violentas ou não naturais: 
 ○ A DO deverá, ser 
 obrigatoriamente, ser 
 fornecida pelos serviços 
 médicos legais 
 → O que deve constar em uma DO? 
 Todas as doenças, estados mórbidos 
 ou lesões que produziram a morte ou que 
 contribuíram para ela, e as circunstâncias do 
 acidente ou da violência que produziu essas 
 lesões. 
 Causas do óbito, podemos dividi-las 
 em 3 tipos: 
 ● Causa Básica de morte =Doença ou 
 lesão que iniciou a cadeia de 
 acontecimentos patológicos que 
 conduziram diretamente a morte; 
 ● Causa terminal do Óbito = é o evento 
 mais recente que levou diretamente a 
 morte, e é consequência das causas 
 intermediárias e básicas de morte. 
 ● Causas intermediária = As 
 circunstâncias do acidente ou 
 violência que produziu a lesão fatal 
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 Rayanne Persi - ano 2023 - Medicina Legal 
 → Como preencher a declaração de 
 óbito? 
 Parte I 
 ● Vamos encontrar as linhas A , B, C, e 
 D 
 ● Na lina A refere a causa terminal da 
 morte 
 ● Nas linhas B e C as causas 
 intermediárias 
 ● Na linha D a causa básica da morte 
 Caso não existam 4 causas para 
 colocar, deve-se preencher sempre 
 iniciando-se pela linha A, sendo que a última 
 linha preenchida será considerada causa 
 básica de morte. 
 Parte II: 
 Está relacionada a outras patologias 
 que o indivíduo apresentava e que pioram 
 suas condições clínicas, contribuindo para a 
 cadeia de eventos que levou a morte; 
 Exemplo 1 : um paciente cai de um andaime, 
 e morre de trauma crânio encefálico. 
 Linha A: trauma crânio encefálico 
 Linha B: queda acidental 
 Exemplo 2: indivíduo portador de 
 esquistossomose, em razão da doença 
 evoluiu com Hipertensão portal, e 
 consequentemente desenvolveu varize 
 esofagiadas, que se romperam levando ao 
 choque hipovolemico. 
 Linha A: Choque hipovolêmico 
 Linha B: ruptura das varizes esofagianas 
 Linha C: hipertensão portal 
 Linha D: esquistossomose 
 → Óbito fetal: 
 ● Gestação com duração igual ou 
 superior a 20 semanas ou; 
 ● Se o feto tiver peso corporal igual ou 
 superior a 500 g e/ou, 
 ● Estatura igual ou superior a 25 cm 
 Caso não atinja esses objetivos 
 citados acima, estamos diante de um 
 abortamento. Não sendo necessário uma 
 DOF; 
 Caso tenha ocorrido qualquer sinal de 
 vida extrauterina não se trata de óbito fetal, 
 mais sim de óbito de recém nascido. Nesse 
 caso, deverá ser expedida também a 
 Declaração de Nascido Vivo, e além disso 
 a Declaração de óbito; 
 → Código de ética médica: 
 Art. 114: nao pode atestar óbito 
 quando não tenha verificado pessoalmente 
 ou quando não tenha prestado assistência ao 
 paciente , salvo, no último caso, se o fizer 
 como plantonista, médico substituto ou em 
 caso necropsia e verificação médico legal 
 Art. 115: não pode deixar de deixar de 
 atestar óbito de paciente ao qual vinha 
 prestando assistência, exceto quando houver 
 indícios de morte violenta; 
 Art 87: deixar de elaborar prontuário legível 
 para cada paciente; 
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 Rayanne Persi - ano 2023 - Medicina Legal 
 → Atestado médico: 
 “É uma declaração pura e simples, 
 por escrito, de um fato médico e suas 
 possíveis consequências. É um documento 
 particular, elaborado sem compromisso 
 prévio e independente de compromisso legal, 
 fornecido por qualquer médico que esteja no 
 exercício regular de sua profissão. Tem 
 unicamente o propósito de sugerir um estado 
 de sanidade ou de doença, anterior ou atual, 
 para fins de licença, dispensa, ou justificativa 
 de faltas em serviço, entre outros”; 
 É vedado ao médico: 
 Art 80: expedir documento médico 
 sem ter praticado ato profissional que o 
 justifique, que seja tendencioso ou que não 
 corresponda à verdade; 
 Art 81: atestar como forma de obter 
 vantagem; 
 Art 86: médico não pode deixar de fornecer 
 laudo médico ao paciente ou a seu 
 representante legal quando aquele for 
 encaminhado ou transferido para 
 continuação do tratamento ou em caso de 
 solicitação de alta; 
 Art 9: não pode deixar de atestar atos 
 executados no exercício profissional, quando 
 solicitado pelo paciente ou por seu 
 representante legal; 
 De acordo com a resolução CFMnº 
 1658/2002, na elaboração do atestado 
 médico, o médico deverá especificar o tempo 
 concedido de dispensa à atividade, 
 necessário para a recuperação do paciente , 
 e estabelecero diagnóstico quando 
 expressamente autorizado pelo paciente. 
 Quando o atestado for solicitado pelo 
 paciente ou seu representante legal, para 
 fins de perícia médica, deverá observar o 
 provável tempo de repouso estimado 
 necessário para a sua recuperação, que 
 complementa o parecer fundamentado do 
 médico perito, a quem cabe legalmente a 
 decisão do benefício previdenciário, tais 
 como: aposentadoria, invalidez definitiva e 
 readaptação 
 Art. 89:Liberar cópias do prontuário sob sua 
 guarda, exceto para atender a ordem judicial 
 ou para sua própria defesa, assim como 
 autorizado por escrito pelo paciente. 
 Emissão de Atestado Falso: 
 Art 302: dar o médico, no exercício da 
 sua profissão atestado falso: 
 - pena - detenção de um mês há um 
 ano 
 - Parágrafo único - se o crime é 
 cometido com fim de lucro, aplica-se 
 também multa 
 → Prontuário: 
 Todo acervo documental padronizado, 
 organizado e conciso, r eferente ao registro 
 dos cuidados médicos prestados , assim 
 como dos documentos pertinentes a essa 
 assistência; 
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 Rayanne Persi - ano 2023 - Medicina Legal 
 O documento é essencial, quando 
 necessário, avaliar evolução do estado de 
 saúde do periciado 
 O prontuário é o principal instrumento 
 de defesa do médico quando precisa provar 
 sua inocência em processos judiciais ou 
 ético-profissionais. Por essa razão, deve 
 sempre estar completo e legível. 
 O prontuário deve conter os dados 
 clínicos necessários para uma boa condução 
 do caso, sendo preenchido, em cada 
 avaliação, em ordem cronológica com data, 
 hora assinatura e número de registro do 
 médico no Conselho Regional de Medicina. 
 O pronturaria estará sob a guarda do médico 
 ou da instituição que assiste o paciente; 
 Cabe ao médico assistente ou a seu 
 substituto elaborar e entregar o sumário de 
 alta ao paciente ou, na sua impossibilidade, 
 ao seu representante legal; 
 Art. 88: Negar ao paciente, ou na sua 
 impossibilidade, a seu representante legal, 
 acesso a seu prontuário, deixar de lhe 
 fornecer cópia quando solicitada bem como 
 deixar de lhe dar explicações necessárias a 
 sua compreensão, salvo quando 
 ocasionarem risco ao próprio paciente ou a 
 terceiros 
 → Notificação: 
 Notificação compulsória feita pelos 
 médicos as autoridades competentes de um 
 fato profissional, por necessidade social ou 
 sanitária, como acidentes de trabalho e 
 doenças infectocontagiosas; 
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