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ÉTICA MÉDICA e MEDICINA LEGAL

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ÉTICA MÉDICA E MEDICINA LEGAL 
CÓDIGO ÉTICA MÉDICA: mescla código moral com código administrativo, regulando aspectos prá-
ticos e políticos. Supervisão da ética profissional é mediante CFM e CRM 
 
 - PRINCÍPIOS DA BIOÉTICA 
 Autonomia: exercer a profissão com respeito a sua individualidade (vontade/crenças), exceto em 
situações de urgência ou emergência ou quando recusa possa trazer dano à saúde ao paciente 
 Beneficência: fazer o bem, ponderar risco e benefício, máximo benefícios e mínimos danos 
 Não maleficência: não fazer o mal, garantia de danos previsíveis serão evitáveis (evitar realizar 
procedimentos diagnósticos e terapêuticos desnecessários) 
 Justiça e equidade: relevância social, aplicando adequadamente os recursos de acordo com a 
necessidade 
 
- RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL: alvo- atuar em benefício da sociedade, além do paciente 
 Responsabilidade é pessoal e intransferível (a partir de que há CRM)- não assumir responsabili-
dade por ato médico que não praticou ou do qual não participou 
 Não abandonar o setor de urgência e emergência (setor que não para de funcionar), ou afastar-
se de sua atividade temporariamente sem deixar outro médico encarregado. 
 Receitar, atestar ou emitir laudos de forma sigilosa e legível- com número registro CRM da sua 
jurisdição, assinado – vedado prescrição sem ver paciente salvo em casos urgência e emergência e 
impossibilidade comprovada realiza-lo e depois de fazê-lo imediatamente atendimento presencial 
(teleconsulta deve ser anotado em prontuário- entrou em vigor na pandemia) 
 Sempre esclarecer sobre procedimento- dever de fazer termo de consentimento do paciente. 
 Respeito ao paciente para além da sua morte 
 Recusar exercer profissão em instituição pública ou privada onde condições de trabalho não se-
jam dignas ou possam prejudicar a própria saúde (segurança) ou do paciente. Comunicando justi-
ficativa e maior brevidade de sua decisão ao diretor técnico, CRM de sua jurisdição e à comissão 
ética da instituição quando houver. 
 Não abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu representante legal. 
 Vedado usar formulários para atestar, prescrever e solicitar exames ou procedimentos fora da 
instituição a que pertençam tais formulários 
 Autonomia é do paciente, desde que não em risco de vida 
 Não abandonar o paciente exceto se deteriorização da relação desde que assegure a continui-
dade do tratamento 
 
RELAÇÃO ENTRE MÉDICOS 
 - Não acobertar erro ou conduta antiética 
 - Praticar a concorrência desleal a outro médico 
 - Deixar de encaminhar o paciente que lhe foi enviado para procedimento especializado de volta 
ao médico assistente, e na ocasião fornece-lhe as devidas informações sobre o ocorrido no período 
em que por ele se responsabilizou 
 - É vedado deixar de informar ao substituto o quadro clínico dos pacientes sob sua responsabili-
dade ao ser substituído ao fim de seu turno 
 
REMUNERAÇÃO PROFISSIONAL 
 - Deve ter remuneração justa ou digna (evitar mercantilização da medicina) 
 - Não cobrar honorários de paciente assistido em instituição que se destinam à prestação de 
serviços públicos. 
 - Exercer a profissão com interação ou dependência com indústria farmacêutica 
 - Obter vantagem sobre algum tratamento 
 
SIGILO PROFISSIONAL: informações sempre sigilosas - não repassado sem consentimento dele. 
 - Direito do paciente informação, opinar e escolha aos procedimentos diagnósticos e terapêuticos 
conforme sanidade mental 
 - Criança e adolescente (não mais menor de idade)- vedado revelar sigilo se com capacidade dis-
cernimento, salvo quando não revelação acarretar dano ao paciente 
 - Informar fato do paciente deve ter consentimento (por escrito) ou salvo por dever legal 
 - Proibido revelar: fato que seja de conhecimento público ou mesmo falecimento do paciente, 
como seu depoimento como testemunha (o médico comparecerá perante a autoridade e declarará 
seu impedimento), na investigação de suspeita de crime estará impedido de revelar segredo que 
possa expor o paciente a processo penal. 
 
PUBLICIDADE MÉDICA 
 - Anúncios profissionais deve incluir nome, CRM, estado, RQE-especialidade quando anunciar 
 - Mídia: ter CRM, título de especialista 
 - Não publicar fotos/selfies com os pacientes, não mostrar tratamentos, o qual possa ser reco-
nhecido, mesmo se autorizado pelo paciente 
 
MEDICINA LEGAL 
- DECLARAÇÃO DE ÓBITO: documento do SIM/MS, fornece dados de óbitos para conhecer situação 
de saúde da população e gerar ações visando sua melhoria – formula estatísticas de mortalidade 
 3 vias fornecidas pelo MS e distribuída pelas SES e SMS 
 - Certidão de óbito: emitida pelo cartório 
 
Quem fornece DO?- exclusivamente preenchimento médico 
Morte natural 
 + assistência médica 
 +causa bem definida 
Médico assistente 
Internação: médico assistente ou substituto 
Ambulatório: médico designado pela instituição ou SVO 
Domiciliar: médico cadastrado no programa do paciente ou 
SVO (causa mal definida) 
Morte natural 
 Causa mal definida ou 
 S/ assistência médica 
Encaminhar o corpo - SVO (Serviço de Verificação de Óbito) 
Ausência SVO: médico SUS mais próximo local do evento, na 
ausência por qualquer médico da localidade 
Morte violenta 
 - homicídio, suicídio 
 - acidente (trânsito, traba-
lho, doméstico) 
Encaminhar o corpo para ILM (Instituto Médico-Legal) 
 - exame necroscópico 
Ausência IML: médico local, se único da cidade 
 TRAUMATOLOGIA MÉDICO-LEGAL 
Energia mecânica - lesões 
 Perfurante 
 Cortante 
 Contusa (eritema/hipere-
mia, edema, escoriação, equi-
mose, hematoma, fraturas, lu-
xações, entorse, lesão interna) 
 Mista- cortocontusa, per-
furocontusa, perfuroincisa 
Energia térmica 
 Calor/Frio 
 
Energia elétrica 
 Natural ou artificial 
 
 
Energia fisicoquímica 
 Afogamento 
 Soterramento 
 Confinamento 
 Sufocação 
 Enforcamento 
 Estrangulamento 
 Esganadura 
 *Se evento que levou a morte possa ter sido alguma medida com intenção diagnóstica ou terapêu-
tica indicada por agente não-médico ou realizada por quem não esteja habilitado para fazê-lo -> não 
preencher DO, comunicar à autoridade policial a fim de que corpo possa ser encaminhado ao IML 
 
*Vedado atestar óbito quando não o verificado pessoalmente ou não prestado assistência, salvo 
se como plantonista, substituto médico ou caso em caso necropsia e verificação médico legal. 
 Causas de morte- doenças, estados mórbidos ou lesões que produziram a morte, ou que contri-
buíram para ela, e as circunstâncias do acidente ou da violência que produziu as lesões 
 Causa base de morte 
(a) doença ou lesão iniciou a cadeia de acontecimentos conduziu diretamente a 
morte 
(b) circunstâncias do acidente ou violência que produziu a lesão fatal 
 
 Causa terminal de morte – evento mais recente que levou diretamente à morte, conse-
quência das causas intermediárias e básica de morte 
 
 Parte I- linhas A, B, C e D (não obrigatório preenchimento de todas) 
A- causa terminal da morte 
 B e C- causas intermediárias 
 D- causa básica da morte 
 Parte II- outras patologias que pessoa apresentava que pioraram suas condições clínicas, con-
tribuindo para a cadeia de eventos que levou à morte 
 *Erro= não deve ser rasgada, anulada para dar baixa no sistema 
 
 PEÇAS ANATÔMICAS- declaração em papel timbrado e carimba para peça ser sepultada 
 ÓBITO FETAL- fornecido pelo médico que prestou assistência à mãe se 
✓ Gestação com >=20 semanas ou 
✓ Peso fetal >=500mg e/ou 
✓ Estatura fetal >=25cm 
 *Qualquer sinal de vida extrauterina, trata-se de óbito RN = expedir DNV + DO 
 *Se nenhum destes quesitos = abortamento, não obrigatório/facultativose desejo família 
 
- DECLARAÇÃO DE NASCIDO VIDO (DNV): SINASC, 3 vias, preenchimento obrigatório todos nascidos 
vivo. Preenchimento não exclusivo do médico. Objetivo- registro de nascimento, informações es-
tatísticas ao MS e ao IBGE 
 Parto hospitalar e domiciliar seguido de assistência hospitalar: estabelecimento de saúde 
 Parto domiciliar s/ assistência médica- cartório de registro civil 
 Parto domiciliar c/ assistência médica- profissional de saúde cadastrado SINASC 
 
- ATESTADO MÉDICO: declaração de um fato médico e suas possíveis consequências após um aten-
dimento, sem compromisso prévio e independe de compromisso legal, com objetivo de sugerir um 
estado de sanidade ou de doença, anterior ou atual, para fins de licença, dispensa ou justificativa 
de faltas em serviço. 
 - CID só colocado se solicitado/autorizado pelo paciente (infração ética por revelar sigilo)- por 
isso sempre o paciente deve assinar (ciente à respeito da divulgação dessas informações). Empresa 
não pode negar o atestado sem CID, pois informações é sigilo do paciente. 
 - Pode sugerir o número de dias no atestado 
 
 É vedado: expedir sem ter praticado o ato profissional que o justifique, tendenciando ou que 
não corresponda à verdade 
 obter vantagem sobre expedição (atestar falsamente, vender) 
 deixar de fornecer laudo médico ao paciente ou seu representante legal, quando for 
encaminhado ou transferido para continuação do tratamento ou em caso de solicitação de alta 
 deixar de atestar atos executados quando solicitado pelo paciente ou seu representante legal 
PRÁTICA: requer atestado e simula 
 “Atesto para fins de comprovação junto à/ao (destinatário) que o paciente foi por mim atendido 
no dia e necessita/deverá/está sem condições de...” 
Sempre estabelecer destinação do atestado 
 
Requer laudo/declaração médico para apresentar empresa (fazer 2 vias) 
 *Diante de laudo médico de sanidade mental e capacidade física: orientar que deve ser feito 
pelo especialista, psiquiatra/ortopedia, e necessita pelo menos realizar um ECG com laudo pela 
necessidade de um exame adequado a ser constatado no mesmo. Pode fazer porém sem constar 
exame psiquiátrico e ortopédico, não colocar “Apto para a prática” pois eu como médica não ava-
lio isso. 
 “Nome do paciente” 
 “Declaro para devidos fins que o paciente supracitado, passou por atendimento médio no local 
data e horário, apresentando queixa tal ou sem queixas no momento da consulta. Em tempo, pela 
avaliação clínica não foi constatada alterações no exame físico no momento da consulta.“ 
 “Ass: ........................” 
 
Atestado- justificar ausência no emprego durante o dia por motivo de doença ou agravo à saúde. 
Declaração de comparecimento- justificar a falta ou ausência durante horário de trabalho 
 
- PRONTUÁRIO: documento organizado e conciso, referente ao registro dos cuidados médicos pres-
tados, assim como dos documentos pertinentes a essa assistência. Principal instrumento de defesa 
do médico. Sempre completo e legível. Equivalentes- cadernetes. Guarda por 20 anos 
 Colocar data, hora, assinatura e número de registro 
 Cópia do prontuário se solicitado pelo paciente ou pelo seu representante legal (é direito do pa-
ciente), se solicitado pelo CRM 
 A liberação de cópia para outra pessoa deverá ser autorizado por escrito pelo paciente. 
 A liberação da cópia é possível sem autorização prévia do paciente se para atender ordem judicial 
ou para sua própria defesa, porém deve ser autorizado por escrito pelo paciente. 
 - Quando requisitado judicialmente deverá ser encaminhado ao juízo requisitante. 
 - Quando em sua própria defesa, deve solicitar que seja observado sigilo profissional 
 
 Ordem judicial ou para própria defesa deve ser autorizado por escrito pelo paciente, só após 
deverá ser liberado a cópia que está sob sua guarda. Se não autorizado, médico deverá solicitar que 
seja observado o sigilo profissional. não será feito. 
 
 Anotar tudo que acontece no atendimento: 
 “solicito notificação para tal doença e preenchimento de termo de isolamento” 
 “será realizada a reavaliação após obtidos os resultados dos exames solicitados” 
 “paciente evadiu-se” 
 Quando negar-se a comparecer a encaminhamento: “Fui orientado quanto ao meu quadro de 
saúde e as possíveis complicações referentes a ele. Em vista disso, fui orientado sobre a necessidade 
de comparecimento imediato à unidade hospitalar para continuação do meu tratamento. Em tempo, 
durante as orientações passadas em consulta me recuso. 
 Ass: “. 
 
- NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA: doença infecto-contagiosas ou acidente de trabalho. Feito pelos mé-
dicos às autoridades competentes

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