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Aulas-21-a-25-7-1

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FACULDADE FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PRÁTICA E SIMULAÇÃO CONTÁBIL I 
 
 
APOSTILA 
PORTUGUÊS II 
 
 
 
 VOTUPORANGA – SP 
1 PREPARAÇÃO PARA O FECHAMENTO DO BALANÇO PATRIMONIAL 
Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa 
e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da 
Entidade. 
A previsão da obrigatoriedade de escrituração contábil e apuração do Balanço 
Patrimonial é decorrente de Lei (Código Civil Brasileiro, artigo 1.179 e seguintes e Lei 
6.404/1976 - Lei das S/A, artigo 176 e seguintes). 
A contabilidade deve escriturar toda a movimentação financeira, inclusive 
bancária, contendo a movimentação das contas: caixa, bancos conta corrente, bancos 
conta aplicações, numerários em trânsito, entre outras. 
1.1 Procedimentos para elaboração do balanço 
Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao 
levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das 
contas da razão e conferir sua exatidão. 
No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer 
patrimoniais quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos. 
As contas do balancete, no fim do exercício, sejam patrimoniais ou de resultado, 
nem sempre representam, entretanto, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem 
as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham 
a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve. 
Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de 
valor, sem que a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e 
despesas, recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos 
ingressos e ao custo do período. 
Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de 
resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem, em realidade, 
os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício. 
AULAS DE 21 A 25 
1.2 Conciliações dos saldos contábeis 
A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com 
uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à 
exatidão do saldo em análise. 
As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis 
são os livros fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de 
cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc. 
1.3 Ajustes e reclassificações patrimoniais 
Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e 
reclassificações nas contas patrimoniais, como bancos (contas movimento), aplicações 
financeiras, estoques, empréstimos, contas a pagar e outros direitos e obrigações. 
 
Bancos conta movimento 
Registrar todas as operações realizadas e conciliar o saldo dos extratos bancários 
com os registros contábeis, de modo que o saldo contábil represente, com fidelidade, a 
realidade patrimonial. 
Cheques pré-datados e cheques não compensados devem ser registrados 
adequadamente. Os cheques pré-datados, por serem uma obrigação a vencer, deverão 
ser registrados em rubrica específica, no passivo. 
 
Aplicações financeiras 
Contabilizar os juros devidos pelo regime de competência, fazendo o rateio da 
taxa pelos dias aplicados até a data do balanço. 
 
Inventário de estoques 
No final de cada exercício, as empresas devem inventariar seus estoques de 
materiais (matérias primas, materiais de embalagem, etc.), produtos acabados e em 
elaboração, serviços em andamento e mercadorias para revenda. 
Tal inventário deve ser escriturado no “Livro de Registro de Inventário”, sendo 
que devem ser observadas as prescrições fiscais exigidas (ICMS, IPI e Imposto de 
Renda). 
 
Empréstimos 
Efetua-se o ajuste (juros e encargos devidos) dos empréstimos e financiamentos 
obtidos, conforme previstos nos contratos com as respectivas Instituições Financeiras. 
1.4 Obrigações tributárias 
Contabilizar adequadamente, incluindo juros e multas, das obrigações tributárias 
vencidas e vincendas (PIS, COFINS, IPI, ICMS, ISS, Contribuições Previdenciárias), 
inclusive débitos parcelados (REFIS), separando-os conforme o prazo de vencimento das 
parcelas (passivo circulante as parcelas vencíveis até 12 meses do balanço e as demais 
no passivo não circulante). 
1.5 Folha de pagamento 
A folha de pagamento, incluindo pró-labore, deve ser contabilizada em conta de 
obrigação, caso não tenha sido integralmente paga até o final do Balanço Patrimonial. 
 
Fonte: www.praticacontabil.cnt.br 
1.6 Provisões 
Através dos relatórios de Recursos Humanos, faz-se o ajuste para a Provisão de 
Férias. Contabiliza-se o valor devido à Participação nos Lucros ou Resultados dos 
funcionários e administradores, segundo o regime de competência. 
Calcula-se também a provisão para o Imposto de Renda e a Contribuição Social 
sobre o Lucro Líquido, de acordo com as normas tributárias vigentes, fazendo-se a 
respectiva contabilização.1 
2 CONTABILIZAR IRPJ E CSLL POR ESTIMATIVA MENSAL 
As empresas tributadas pelo lucro real podem pagar o Imposto de Renda Pessoa 
Jurídica (IRPJ) e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) devidos no ano em 
uma das seguintes formas: 
a) com base no resultado apurado em balanços/balancetes trimestrais (lucro 
real trimestral); ou 
b) por estimativa mensal (balanço anual), com a opção de redução ou 
suspensão 
da estimativa com base em balanços ou balancetes periódicos. 
Se a empresa optar pelo pagamento por estimativa, a contabilização dos valores 
poderá ser feita conforme demonstrado a seguir. 
2.1 Contabilização da estimativa mensal 
As parcelas de estimativa devem ser registradas no Ativo Circulante, no grupo de 
“Impostos a Recuperar/Compensar”. 
E as contrapartidas dos valores da estimativa devida devem ser contabilizadas 
no Passivo Circulante, no grupo de “Impostos a Recolher“. 
 
1 Texto de: Júlio César Zanluca. Extraído: www.portaldecontabilidade.com.br 
Recomendamos que as parcelas de estimativa sejam registradas no próprio mês 
a que se referirem, e não apenas no momento do efetivo pagamento. 
2.2 IRPJ e CSL Por Estimativa Mensal 
Vamos considerar que uma empresa optante pela estimativa apure os seguintes 
valores no mês de janeiro/2016: 
IRPJ = R$ 10.000,00; 
CSLL = R$ 8.000,00; 
Nesse caso, temos os seguintes lançamentos contábeis: 
1). Pelo registro do IRPJ por estimativa devido no mês: 
D – IRPJ Devido por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante – Impostos a 
Recuperar) R$ 10.000,00 
C – IRPJ Devido por Estimativa a Recolher (Passivo Circulante – Impostos a 
Recolher) R$ 10.000,00 
2). Pelo registro da CSL por estimativa devida no mês: 
D – CSLL Devida por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante – Impostos a 
Recuperar) R$ 8.000,00 
C – CSLL Devida por Estimativa a Recolher (Passivo Circulante – Impostos a 
Recolher) R$ 8.000,00 
Considerando que o pagamento foi efetuado na data do vencimento (28/02/2016), 
temos o seguinte lançamento: 
3). Pelo pagamento das estimativas: 
D – IRPJ Devido por Estimativa a Recolher (Passivo Circulante – Impostos a 
Recolher) R$ 10.000,00 
D – CSLL Devida por Estimativa a Recolher (Passivo Circulante – Impostos a 
Recolher) R$ 8.000,00 
C – Caixa ou Bancos Conta Movimento (Ativo Circulante – Disponibilidades) R$ 
18.000,00 
2.3 Empresas prestadoras de serviços e fornecedoras a órgãos públicos federais 
– IRPJ e CSLL retidos na fonte 
A compensação do IRPJ e da CSLL retidos na fonte pelas empresas prestadoras 
de serviços e pelas fornecedoras a órgãos públicos federais deve ser feita da seguinte 
forma: 
A). Se a empresa não provisionar as estimativas devidas mensalmente, ela deve 
compensaro imposto da seguinte maneira: 
a.1) transferir o saldo da conta “IRRF a Compensar” para a conta “IRPJ Devido 
por Estimativa a Recuperar“, ambas no Ativo Circulante; e 
a.2) transferir o saldo da conta “CSLL Retida na Fonte a Compensar” para a conta 
“CSLL Devida por Estimativa a Recuperar“, ambas no Ativo Circulante. 
b) se a empresa provisionar as estimativas mensalmente, ela deve compensar o 
imposto transferindo: 
b.1) o saldo da conta “IRRF a Compensar” no Ativo Circulante para a 
conta “IRPJ 
Devido por Estimativa a Recolher“, no Passivo Circulante; e 
b.2) o saldo da conta “CSLL Retida na Fonte a Compensar” para a conta 
“CSLL Devida por Estimativa a Recolher“, no Passivo Circulante. 
No caso de a empresa ser tributada pelo lucro real trimestral, a compensação dos 
saldos das contas “IRPJ Retido na Fonte a Compensar” e “CSL Retida na Fonte a 
Compensar”, no Ativo Circulante, serão feitas contra as contas “Provisão para o IRPJ” e 
“Provisão para o CSLL”, no Passivo Circulante. 
Se o montante a compensar for maior que os valores devidos, você deve baixar 
parcialmente, de modo que as contas do Passivo Circulante fiquem zeradas. 
 
Fonte: www.mercadocontabil.com 
 
 
2.4 Transferência dos valores contabilizados no Ativo Circulante quando do 
fechamento do Balanço Anual e registro do pagamento efetuado em janeiro 
do ano seguinte 
Para a transferência das estimativas, a empresa deve observar o seguinte: 
a) se o valor da provisão anual for maior que o da estimativa do ano, os saldos 
das estimativas constantes do Ativo Circulante em 31 de dezembro (inclusive a estimativa 
desse mês) serão transferidos para as contas “Provisão para o IRPJ” e “Provisão para a 
CSLL” (Passivo Circulante) até que as contas do Ativo fiquem zeradas; 
b) em 31 de janeiro (do ano seguinte), por conta do pagamento das estimativas 
referentes ao mês de dezembro do ano anterior, os valores pagos serão debitados nas 
contas do Passivo Circulante que registram essas obrigações (“Impostos a Recolher”) e 
não terá nenhum ajuste a ser feito na Provisão para o IRPJ e/ou para a CSLL. 
c) se o valor da provisão anual for menor que o da estimativa do ano, o 
procedimento será inverso, e o saldo que restar na conta do Imposto a Recuperar será 
mantido no Ativo Circulante até que ocorra a compensação ou a restituição; 
Exemplo 
Dando sequência ao exemplo deste artigo, vamos admitir que as estimativas 
durante o ano de 2015 totalizem R$ 100.000,00, a título de IRPJ, e R$ 80.000,00, de 
CSLL. 
Consideremos, ainda, que no balanço encerrado em 31.12.2015 a empresa 
tivesse provisionado, respectivamente, os valores de R$ 103.000,00 e R$ 82.000,00 
(portanto, superiores ao valor das estimativas), por conta do IRPJ e da CSLL, devidos no 
ano-calendário. 
Nesse caso, temos os seguintes lançamentos contábeis: 
4). Pela compensação das parcelas pagas por estimativa com o montante 
do imposto provisionado 
D – Provisão para o Imposto de Renda (Passivo Circulante – Impostos a 
Recolher) R$ 100.000,00 
C – IRPJ Devido por Estimativa Recuperar (Ativo Circulante – Impostos a 
Recuperar) R$ 100.000,00 
5). Pela compensação das parcelas pagas por estimativa com o montante 
da contribuição provisionado 
D – Provisão para a CSLL (Passivo Circulante a Recolher) R$ 80.000,00 
C – CSLL Devida por Estimativa a Recuperar (Ativo Circulante – Impostos a 
Recuperar) R$ 80.000,00 
Observe que, pelo nosso exemplo, as contas de Provisão de IRPJ e CSLL ficam 
ainda com um saldo em 31 de dezembro de R$ 3.000,00 e R$ 2.000,00 
respectivamente. Esses saldos devem ser recolhidos normalmente, em 31 de janeiro do 
ano seguinte. 
Base Legal: 
 Lei nº 10.833/2003; 
Lei nº 9.430/1996.2 
 
2 Texto de: Luis Batista. Extraído: www.comocontabilizar.com.br

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