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Av1 - Fundamentos de História Para Ciências Humanas
GABARITO – 1-C / 2-E / 3-A / 4-A / 5-C
1) A história está sempre no centro das controvérsias. De que assuntos deve tratar? Os acontecimentos apenas, ou também os desígnios da providência, os progressos da humanidade, os fenômenos repetitivos, as estruturas? Deve pôr tônica na continuidade ou, pelo contrário, nas revoluções, nas rupturas, nas catástrofes? Deve ocupar-se prioritariamente dos indivíduos promovidos ao papel de heróis ou de massa? De quem tem poder e autoridade no Estado ou na Igreja ou, ao contrário, dos camponeses, do proletariado, dos burgueses, da população no seu conjunto e de todas as classes que a compõem?
Na citação acima, o historiador Jacques Le Goff enumera os desafios de qual corrente historiográfica. Alternativas:
· a) Escola Metódica francesa
· b) Historicismo alemão (Historische Zeitschrif)
· c) Nova histórica, ou Escola dos Annales
· d) Materialismo histórico marxista
· e) História dos vencedores
 Nova histórica, ou Escola dos Annales
2) "O historiador aparece e confessa seus pressupostos e conceitos, seus problemas e hipóteses, seus documentos e suas técnicas e o modo como as utilizou e, sobretudo, a partir de qual lugar social e institucional ele fala"
O texto acima destaca uma característica do historiador no fazer historiográfico proposto pela Nova História que é: Alternativas:
· a) A produção da história-problema e a constatação de que o passado é algo dado e acessível em sua integralidade e veracidade.
· b) A reconstrução do passado exige imparcialidade do historiador e uma observação passiva.
· c) A adoção de uma noção teleológica da temporalidade histórica.
· d) A delimitação da história-problema independe do ponto de vista do analista, uma vez que o passado é fixo e determinado por uma narrativa irrefutável.
· e) A experiência presente exige que o historiador revisite e interrogue o passado e, a cada visitação, ele reconstrói esse passado estimulado pelas novas experiências do presente.
A experiência presente exige que o historiador revisite e interrogue o passado e, a cada visitação, ele reconstrói esse passado estimulado pelas novas experiências do presente.
3) "Para estabelecer outros tipos de perguntas sobre o passado e selecionar novos objetos de estudo era necessário buscar novos tipos de fontes e até mesmo fazer releituras dos registros oficiais. Relatos orais, textos literários, evidências de imagens e informações estatísticas são apenas alguns exemplos de registros que passaram a ser considerados fontes de informação e expressão de uma cultura passíveis de serem analisados pelo historiador"
A partir desta Nova História, constroem-se múltiplas ideias do passado, rompendo com o realismo que era predominante na historiografia no século XIX. Esta vertente incorpora: Alternativas:
· a) A ‘expansão documental’ e a multiplicação de metodologias e abordagens das fontes históricas.
· b) O evolucionismo, o historicismo e a ideia de progresso.
· c) O reforço na dimensão diplomática e política dos eventos e fatos a partir da análise dos documentos oficiais.
· d) A prática do historiador determinada pela escrita sob o ditado dos documentos como repositório da verdade.
· e) A superação da história de longa duração e do diálogo com a etnografia e a psicologia; estruturalismo, as práticas simbólicas; iconografia e a literatura.
A ‘expansão documental’ e a multiplicação de metodologias e abordagens das fontes históricas.
4) "É na escala local, na do bairro, da cidade ou da microrregião que alguns problemas da vida diária podem ser regulados, por exemplo, os que se referem à organização dos serviços públicos. A solidariedade e a sociabilidade podem se desenvolver dentro de redes muito dispersas, mas são muitas vezes mais fáceis de criar quando se apoiam na vizinhança. Enfim, o quadro local pode servir para se organizarem grupos muito unidos, ou coalizões para a ação".
Sobre o espaço local como referência da análise histórica, é possível considerar: Alternativas:
· a) o espaço local se constitui ponto de referência onde podem ocorrer as ações práticas dos indivíduos e da coletividade
· b) o conhecimento do local de pertença não oportuniza ao indivíduo a consolidação da identidade social
· c) esfera da história local é demasiado específica para tronar possível a articulação entre conhecimento e identidade social dos seus agentes. Tal tarefa se restringe às áreas como a psicologia.
· d) a construção e elaboração da história local podem ser reveladoras da realidade cotidiana das comunidades, mas não explicam os problemas por elas enfrentados, por estes serem de cunho íntimo e privado do indivíduo.
· e) a composição da identidade social calcada numa práxis histórica define o caráter do indivíduo, mas não a sua inserção social como agente histórico.
A alternativa correta é a letra a) o espaço local se constitui ponto de referência onde podem ocorrer as ações práticas dos indivíduos e da coletividade. A análise histórica que se concentra no espaço local é importante porque permite entender as dinâmicas sociais e culturais que se desenvolvem em determinado lugar. É nesse espaço que os indivíduos e as comunidades vivem e interagem, e é a partir dele que podem ocorrer ações práticas e transformações sociais. Além disso, o espaço local pode ser um ponto de partida para a compreensão de fenômenos mais amplos, já que as relações sociais e as práticas culturais que se desenvolvem nesse espaço podem estar relacionadas a processos mais amplos de transformação social.
5) O exercício de produzir a História de um local implica o reconhecimento de processos de identificação, dependentes de sistemas culturais que articulam relações de vizinhança, territorialidade e sentimento de pertença. Nessa perspectiva, a história corresponde a uma reconstrução consciente do passado com base na memória compartilhada pelo grupo. Do mesmo modo que o sujeito é definido por sua biologia, seu meio ambiente, seu passado, suas influências acidentais, sua maneira de ver o mundo e sua forma de preparar sua imagem pública, também a história exerce um papel essencial na construção de sentido, de territorialidade e de lugar pelo ser humano.
Sobre a relação entre história e território, é possível afirmar: Alternativas:
· a) O desenvolvimento local e a formação do território contemplam somente aspectos situados na dimensão econômica.
· b) Práticas culturais comunitárias atentam contra os processos coletivos de conhecimento, reconhecimento e autoconhecimento.
· c) A natureza social da identidade se liga aos lugares habitados e à acumulação cultural que se inscreve num espaço e tempo.
· d) Os processos históricos do lugar e identificação do sujeito são aspectos que não podem ser associados por serem categorias distintas de análise
e) O processo de construção das identidades sociais e culturais independem do processo histórico
A alternativa correta é a letra c) A natureza social da identidade se liga aos lugares habitados e à acumulação cultural que se inscreve num espaço e tempo. A relação entre história e território é estreita e complexa, uma vez que o território é um espaço físico, mas também simbólico e culturalmente construído. A história de um território está ligada às práticas sociais, culturais, políticas e econômicas que ocorreram nesse espaço ao longo do tempo. A identidade social também está relacionada ao território, uma vez que a história e as práticas culturais de um determinado lugar moldam a forma como as pessoas se veem e se identificam com esse lugar. Portanto, a identidade social é construída a partir da acumulação cultural que se inscreve em um espaço e tempo específicos, e a história é fundamental para compreender a formação e a transformação dessas identidades ao longo do tempo.

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