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Introdução à biossegurança Apresentação Biossegurança é um conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização ou eliminação de riscos que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos em atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços (TEIXEIRA, 2010). A biossegurança e as boas práticas de laboratório são conseguidas através da integração dos técnicos em parceria com a administração e direção do laboratório em todos os procedimentos rotineiros, assegurando condições adequadas, sistemas de garantia e qualidade na segurança de trabalho e bem estar dos pacientes. Assegurar o cumprimento dos princípios de biossegurança é fundamental não só para os profissionais da saúde, mas para os pacientes, o meio ambiente e todas as pessoas que convivem socialmente, estejam elas envolvidas ou não com as atividades de saúde. Nessa unidade, vamos compreender os aspectos básicos da biossegurança. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever os principais conceitos e definições aplicados à biossegurança;• Reconhecer a classificação de risco biológico e os níveis de biossegurança;• Diferenciar barreiras primárias e secundárias de biossegurança.• Desafio Por muitos anos a humanidade vem sofrendo com grandes Epidemias mundiais. Por exemplo, os casos fatais de Ebola vírus os quais foram reportados em 1976, no Sudão e na República Democrática do Congo. Desde então várias pesquisas e descobertas vêm sendo feitas. No entanto isso não impediu de, em 2014, ter havido um grande surto de ebola, o maior e mais complexo de todos os já reportados, em alguns países do continente africano. Essa situação descrita para o ebola é, na verdade, vista para muitos outros vírus, fungos e bactérias que voltaram a desencadear doenças consideradas erradicadas ou até novas doenças causadas pelas mutações e resistências causando diversas patogenias. Pensando nisso e nos aspectos de biossegurança, responda: 1. Na sua opinião, o que pode explicar o ressurgimento de doenças consideradas erradicadas ou controladas? Será que estamos nos tornando negligentes em termos de biossegurança e permitindo que essas doenças ressurjam? Defenda seu ponto de vista. 2. Quais seriam os passos iniciais em termos de biossegurança para controlar a disseminação de agravos relativos à doenças emergentes e reemergentes? 3. Indicar a classificação de risco biológico, o nível de biossegurança aplicável e os tipos de barreira aplicáveis no caso de manipulação ou infecção por vírus ebola? Infográfico A seguir, a visão geral dos conteúdos a serem estudados nesta Unidade. Conteúdo do livro A construção e a manutenção de ambientes seguros é um dos principais objetivos da biossegurança. As ações necessárias para atingir esse objetivo são bastante diversas e se aplicam a diferentes ambientes de saúde. Aprofunde seus conhecimentos lendo o capítulo Introdução à biossegurança, do livro Biossegurança, base teórica para esta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura! BIOSSEGURANÇA Mariana Brandalise Introdução à biossegurança Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Descrever os principais conceitos e definições aplicados à bios segurança. Reconhecer a classificação de risco biológico e os níveis de bios segurança. Diferenciar barreiras primárias e secundárias de biossegurança. Introdução A construção e a manutenção de ambientes seguros é um dos principais objetivos da biossegurança. As ações necessárias para atingir esse objetivo são bastante diversas e se aplicam a diferentes ambientes de saúde. As- segurar o cumprimento dos princípios de biossegurança é fundamental, não apenas para os profissionais da saúde, mas para os pacientes, o meio ambiente e todas as pessoas que convivem socialmente, estejam elas envolvidas ou não com as atividades de saúde. Neste capítulo, vamos compreender os aspectos básicos da biossegurança. Conceitos e definições sobre biossegurança A biossegurança compreende um conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes que podem comprometer a saúde do homem. Ela tem o papel fundamental na promoção à saúde, uma vez que aborda medidas de controle de infecção para proteção dos trabalhadores da área da saúde, além de colaborar para a preservação do meio ambiente, no que se refere ao descarte de resíduos provenientes desse ambiente, contribuindo, dessa forma, para a redução de riscos à saúde de todos (CHAVES, 2016). O objetivo principal da biossegurança é criar um ambiente de trabalho onde se promova a contenção do risco de exposição a agentes potencialmente nocivos ao trabalhador, aos pacientes e ao meio ambiente, de modo que esse risco seja minimizado ou eliminado. Essas definições mostram que a biossegurança envolve as relações tecnologia/risco/homem, e que o controle dos riscos na área da saúde inclui o desenvolvimento e a divulgação de informações, além da adoção de procedimentos relacionados às boas práticas de segurança para profissionais, pacientes e meio ambiente, de forma a controlar e minimizar os riscos operacionais das atividades de saúde (DAVID et al., 2012). A avaliação de risco incorpora ações que objetivam o reconhecimento ou a identificação dos agentes biológicos e a probabilidade do dano proveniente destes, por vários critérios, que dizem respeito não só ao agente biológico manipulado, mas também ao tipo de ensaio realizado e ao próprio trabalhador. Assim, os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas são distribuídos em classes de risco, que são definidos como o grau de risco associado ao agente biológico manipulado. De acordo com as Diretrizes Gerais para o Trabalho em Contenção com Material Biológico, elaborado em 2004 pela Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), do Ministério da Saúde, os tipos de agentes biológicos são classificados em 5 classes, sendo elas: Classe de risco 1 (baixo risco individual e para a coletividade): inclui os agentes biológicos conhecidos por não causarem doenças em pessoas ou animais adultos sadios. Exemplo: Lactobacillus sp. Classe de risco 2 (moderado risco individual e limitado risco para a comu- nidade): inclui os agentes biológicos que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente é limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profi láticas efi cazes. Exemplo: Schistosoma mansoni. Classe de risco 3 (alto risco individual e moderado risco para a comuni- dade): inclui os agentes biológicos que têm capacidade de transmissão por via respiratória e causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem, usualmente, medidas de tratamento e/ou de prevenção. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa para pessoa. Exemplo: Bacillus anthracis. Classe de risco 4 (alto risco individual e para a comunidade): inclui os agentes biológicos com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Até o momento, não há nenhuma medida profi lática ou terapêutica efi caz contra infecções ocasionadas por estes. Causam Introdução à biossegurança 2 doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de dissemi- nação na comunidade e no meio ambiente. Essa classe inclui, principalmente, os vírus. Exemplo: Vírus Ebola. Classe de risco especial (alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente): inclui agentes biológicos de doença animal não existente no país e que, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas e/ou na produção de alimentos. Exemplo:Achantina fulica (caramujo-gigante-africano trazido para o Brasil para produção e comercialização de escargot) (BRASIL, 2006; ARAÚJO et al., 2009). Dessa forma, para a manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das classes, devem ser atendidos os requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário, que são denominados Níveis de Biossegurança. Assim, de acordo com suas características e sua capacitação para manipular microrganismos de risco 1, 2, 3 ou 4, os laboratórios são designados como nível 1 de biossegurança ou proteção básica (P1), nível 2 de biossegurança básica (P2), nível 3 de biossegurança de contenção (P3) e nível 4 de biossegurança de contenção máxima (P4), respectivamente (SANTA CATARINA, 2000). Os quatro níveis de biossegurança (NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4) estão em ordem crescente conforme o maior grau de contenção e complexidade do nível de proteção. NB- 1: Nível de Biossegurança 1 Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 1), que, normalmente, não causam doenças em seres humanos ou em animais de laboratório: trabalho que envolva agentes bem caracterizados e conhecidos por não provocarem doenças; trabalho em bancadas abertas; o laboratório não fica separado das demais dependências do edifício; é necessário o uso de EPIs (equipamento de proteção individual): jaleco, óculos e luvas. 3Introdução à biossegurança NB- 2: Nível de Biossegurança 2 Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 2) que sejam capazes de causar doenças em seres humanos ou em animais de laboratório, sem apresentar risco grave aos trabalhadores, à comunidade ou ao ambiente. Trata-se de agentes não transmissíveis pelo ar. Há tratamento efetivo e medidas preventivas disponíveis, dessa forma, o risco de contami- nação é pequeno. Especificações estabelecidas para o NB-1 e mais: fazer uso de autoclave; trabalhar em cabine de segurança biológica; restringir o acesso ao laboratório, pois este deve ser limitado durante os procedimentos operacionais; usar proteção facial, aventais e luvas. NB- 3: Nível de Biossegurança 3 Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 3) que geralmente causam doenças em seres humanos, ou em animais, e podem representar risco se forem disseminados na comunidade, mas, usualmente, existem medidas de tratamento e prevenção: é necessário que haja contenção para impedir a transmissão pelo ar; toda manipulação deverá ser realizada em cabine de segurança; todos os resíduos e outros materiais devem ser descontaminados ou autoclavados antes de sair do laboratório; o acesso ao espaço é controlado; é importante ter sistemas de ventilação. NB- 4: Nível de Biossegurança 4 Requer procedimentos para o trabalho com microrganismos (classe de risco 4) que causam doenças graves ou letais para seres humanos e animais, que são de fácil transmissão por contato individual casual. Não existem medidas preventivas e de tratamento para esses agentes: Introdução à biossegurança 4 deve haver nível máximo de segurança; a instalação precisa ser construída em um prédio separado ou em uma zona completamente isolada; ter cabines de segurança biológica ou com um macacão individual suprido com pressão de ar positivo; controlar, de forma rigorosa, o acesso ao local. Elementos de contenção O objetivo da contenção no ambiente laboratorial é reduzir ou eliminar a exposição da equipe de um laboratório, de outras pessoas e do meio ambiente em geral aos agentes potencialmente perigosos. Há três elementos de contenção: práticas e técnicas laboratoriais; equipamentos de segurança; projeto de instalação. Esses elementos são divididos em contenção primária e contenção secundária. A contenção primária é proporcionada por técnicas de biossegurança, nas quais os indivíduos necessitam receber treinamento em relação a elas. Cada unidade do estabelecimento deve desenvolver seu próprio manual de biossegurança, identificando os riscos e os procedimentos operacionais de trabalho, o qual deverá ficar à disposição de todos os usuários do local. As boas práticas laboratoriais constituem um conjunto de normas, proce- dimentos e atitudes de segurança, as quais visam a minimizar os acidentes que envolvem as atividades desempenhadas pelos laboratoristas, bem como incrementam a produtividade, asseguram a melhoria da qualidade dos serviços desenvolvidos nos laboratórios de ensino de microbiologia e parasitologia e, ainda, ajudam a manter o ambiente seguro. 5Introdução à biossegurança Os equipamentos de segurança também são considerados como barreiras primárias de contenção e, juntamente com as boas práticas em laboratório, visam à proteção dos indivíduos e dos próprios laboratórios, sendo classificados como EPI e EPC (equipamento de proteção coletiva). EPI é todo o dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. A sua regulamentação está descrita na Norma Regulamentadora n° 06 (NR-06) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O EPC, por sua vez, é todo o dispositivo que proporciona proteção a todos os profissionais expostos a riscos no ambiente laboral (BRASIL, 1978). Um exemplo de barreira de contenção bastante utilizada em laboratórios é a cabine de segurança biológica, que é o dispositivo principal utilizado para proporcionar a contenção de borrifos ou aerossóis infecciosos provocados por inúmeros procedimentos microbiológicos. Há três tipos de cabines de segurança biológica (Classe I, II e III) normal- mente utilizados. As cabines de segurança biológica Classe I e II, que possuem a frente aberta, são barreiras primárias que oferecem níveis significativos de proteção para a equipe do laboratório e para o meio ambiente, quando utilizadas com boas técnicas microbiológicas. A cabine de segurança biológica Classe II também fornece uma proteção contra a contaminação externa de materiais (p. ex., cultura de células, estoque microbiológico) que serão manipulados dentro das cabines. A cabine de segurança biológica Classe III é hermética e impermeável aos gases e proporciona o mais alto nível de proteção aos funcionários e ao meio ambiente. Além desses elementos citados, a imunização da equipe também faz parte da con- tenção primária. Já a contenção secundária diz respeito ao planejamento e à construção das instalações do laboratório, de forma a contribuir para a proteção da equipe de trabalho, das pessoas que se encontram fora do laboratório, da comunidade e do meio ambiente contra agentes infecciosos que podem ser liberados aci- dentalmente do laboratório. Introdução à biossegurança 6 As barreiras secundárias incluem, tanto o projeto, como a construção das instalações e da infraestrutura do laboratório. Essas características do projeto incluem: sistemas de ventilação especializados em assegurar o fluxo de ar unidirecionado; sistemas de tratamento de ar para a descontaminação ou a remoção do ar liberado; zonas de acesso controlado; câmaras pressurizadas com entradas separadas para o laboratório ou módulos para isolamento do laboratório. A estrutura física laboratorial deve ser elaborada e/ou adaptada mediante a participação conjunta de especialistas, incluindo pesquisadores, técnicos do laboratório, arquitetos e engenheiros, de modo a estabelecer padrões e normas para garantir as condições específicas de segurança de cada laboratório (SANTA CATARINA, 2000; SANGIONI et al., 2010). 7Introdução à biossegurança ARAÚJO, A. S. D. et al. Manual de biossegurança: boas práticas nos laboratórios de aulas práticas da área básica das Ciências Biológicas e da Saúde. Vitória: Universi- dade Potiguar, 2009. Disponível em: <http://www.unp.br/arquivos/pdf/institucional/ docinstitucionais/manuais/manualdebiosseguranca.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2018. BRASIL. Ministério da Saúde. Classificação de risco dosagentes biológicos. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2006. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). BRASIL. NR 6: Equipamento de Proteção Individual – EPI. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 06 jul. 1978. Atualizada em 07 jun. 2017. Disponível em: <http://trabalho.gov.br/ images/Documentos/SST/NR/NR6.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2018. CHAVES, M. J. F. Manual de biossegurança e boas práticas laboratoriais. 2016. Dispo- nível em: <https://genetica.incor.usp.br/wp-content/uploads/2014/12/Manual-de- biosseguran%C3%A7a-e-Boas-Pr%C3%A1ticas-Laboratoriais1.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2018. DAVID, C. L. et al. Biossegurança para laboratórios de ensino e pesquisa. Salvador: IMS/ CAT-UFBA, 2012. Disponível em: <http://www.ims.ufba.br/wp-content/uploads/ downloads/2012/09/Livro-biosseguranca-IMS1.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2018. SANGIONI, L. A. et al. Princípios de Biossegurança aplicados aos laboratórios de ensino universitário de microbiologia e parasitologia. Ciência Rural, Santa Maria, [online], 2010. Disponível em: <https://cesmac.edu.br/admin/wp-content/uploads/2015/09/ Artigo-de-biosseguranca.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2018. SANTA CATARINA. Sistema Único de Saúde. Laboratório Central de Saúde Pública. Manual de biossegurança. Florianópolis: LACEN, 2000. Disponível em: <http://lacen. saude.sc.gov.br/arquivos/MBS01.pdf>. Acesso em: 24 fev. 2018. Introdução à biossegurança 10 Conteúdo: Dica do professor O vídeo a seguir apresentará uma definição de biossegurança e os riscos a que os trabalhadores da área da saúde estão expostos. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/3ba31bd140e46a7693f627e7c415883f Exercícios 1) Assinale a alternativa correta: A) A classe de risco 3 inclui os agentes biológicos que representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. B) Agentes biológicos que causam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade é limitado pertencem à classe de risco 1. C) A classe de risco 2 contempla agentes biológicos que oferecem alto risco individual e moderado risco para a comunidade. D) Podem ser distribuídos em classes de risco todos agentes biológicos que afetam somente o ser humano. E) A classe de risco 4 contempla agentes biológicos com alto risco individual e para a comunidade, que necessariamente causam eventos hemorrágicos ao homem e animais. 2) Medidas de contenção são fundamentais na área de biossegurança. Sobre contenção, assinale a alternativa correta: A) Contenção refere-se aos métodos usados para eliminar e/ou inativar os microrganismos. B) Em um laboratório, podem ser considerados elementos de contenção a prática e a técnica laboratorial, o equipamento de segurança e o projeto da instalação. C) A vacinação da equipe de trabalho que tem contato com contaminantes constitui uma medida de contenção secundária. D) As medidas de contenção secundária referem-se ao uso de equipamentos de proteção individual. E) A contenção visa reduzir a exposição somente da equipe profissionais que está exposta a agentes biológicos de risco. 3) Sobre o escopo da biossegurança, assinale a alternativa correta: A) A biossegurança não contempla aspectos relacionados à engenharia genética e organismos transgênicos. B) A biossegurança aplica-se somente a ambientes laboratoriais. C) Os princípios de biossegurança se aplicam às práticas relacionadas aos organismos geneticamente modificados e a células-tronco embrionárias. D) As ações de biossegurança não se aplicam em nível industrial. E) As ações de biossegurança não interferem nos riscos ocupacionais. 4) Assinale a alternativa correta: A) Todas exigências aplicáveis a laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) devem ser mantidas em laboratórios com nível de biossegurança 4 (NB-4). B) Laboratórios com nível de biossegurança 2 (NB-2) podem ser de livre acesso às pessoas, mas seus trabalhadores devem receber treinamento técnico especifico. C) Laboratórios com nível de biossegurança 2 e 3 (NB-2 e NB-3) devem ter linhas de vácuo protegidas com filtro de ar de elevada eficiência (filtros HEPA) e coletores com líquido desinfetante. D) Em instalações de laboratórios com nível de biossegurança 3 (NB-3) não é necessário torneiras com sistema automático de acionamento ou sistema de pedais. E) Em um laboratório com nível de biossegurança 1 (NB-1) são exigidos diversos equipamentos de contenção de agentes classificados no Grupo de Risco I. 5) Assinale a alternativa correta sobre avaliação de riscos em termos de biossegurança: A) O número de organismos infectados por unidade de volume (concentração de organismos infectados) não é importante na determinação do risco. B) A origem (localização geográfica, hospedeiro, etc) do material potencialmente infeccioso não é importante para avaliação dos riscos. C) Não é importante considerar a patogenicidade de um agente biológico na avaliação de riscos. Ao trabalhar com um agente biológico novo, com modo de transmissão ainda desconhecido, recomenda-se considerar sua transmissão por via aerossol, ou seja, de alto risco, até que se D) tenha mais dados. E) A existência de vacinas profiláticas não interfere na avaliação de risco de agentes biológicos. Na prática Muitas vezes as pessoas pensam que biossegurança é um tema que se restringe aos laboratórios. Ledo engano! A biossegurança permeia uma ampla gama de áreas, da saúde, da tecnologia, da biotecnologia, da veterinária, da agronomia, entre tantas outras. Quer um exemplo de biossegurança permeando o seu dia a dia? Você já ingeriu algum alimento geneticamente modificado na última semana? Provavelmente você não saiba responder a essa pergunta com tanta certeza, porque, ao comprarmos um determinado alimento, não sabemos ao certo se esse sofreu ou não algum tipo de modificação genética. Os organismos geneticamente modificados (OGMs) são alvos de intensos debates, principalmente nas últimas duas décadas. Soja, batata e milho que produzem mais e resistem a pragas e insetos, carne de porco ou gado com teor reduzido de gordura, animais manipulados para atuar como biorreatores, produzindo enzimas e outras substâncias de interesse comercial e de saúde, são alguns exemplos de OGMs. A pesquisa e comercialização de OGM e seus derivados passa por órgãos oficiais que avaliam os riscos zoofitossanitários à saúde humana e ao meio ambiente que esses OGMs podem acarretar. No Brasil, essa regulamentação é feita pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A CTNBio é uma instância colegiada multidisciplinar de caráter consultivo e deliberativo, cuja finalidade é prestar apoio técnico e de assessoramento ao Governo Federal na formulação, atualização e implementação da Política Nacional de Biossegurança - PNB de Organismos Geneticamente Modificados - OGM e seus derivados, tendo como diretrizes o estímulo ao avanço científico na área de biossegurança e biotecnologia, a proteção à vida e à saúde humana, animal e vegetal e a observância do princípio da precaução para a proteção do meio ambiente. No website da CTNBio você pode encontrar diversas informações sobre o assunto. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Classificação de risco dos agentes biológicos / Ministério da Saúde, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Departamento de Ciência e Tecnologia. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2006. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Biossegurança nas atividades exercidas na unidade (Manual de biossegurança USP). Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/classificacaoderiscodosagentesbiologicos.pdfhttp://www.icb.usp.br/cibio/ARQUIVOS/manuais/manual_biosseguranca_usp.pdf
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