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Aula 03
SEEDUC-RJ (Professor - História)
História Geral do Brasil - 2022
(Pré-Edital)
Autor:
Rosy Freire (Equipe Sérgio
Henrique), Sergio Henrique
14 de Outubro de 2021
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História.
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SUMÁRIO
00. Bate-Papo Inicial ...................................................................................................... 2
1. O Absolutismo e o Mercantilismo ............................................................................... 3
2. O Renascimento Cultural e o Humanismo na Itália ...................................................... 5
2.1. Características do Renascimento ............................................................................................ 6
2.2. Artistas do Renascimento ....................................................................................................... 7
2.2.1. Michelangelo .......................................................................................................................................................... 7
2.2.1. Leonardo da Vinci ................................................................................................................................................... 8
2.2.3. Rafael ...................................................................................................................................................................... 9
3. A Reforma e Contrarreforma Católica ........................................................................12
3.1. A Reforma Luterana ............................................................................................................. 13
3.2. A Reforma Calvinista ............................................................................................................ 13
3.3. A Reforma Anglicana ............................................................................................................ 15
3.4. A Contrarreforma Católica (Concílio de Trento) .................................................................... 16
4. Orientações de Estudo (Checklist) e Pontos a Destacar ...............................................17
4.1. O Absolutismo Monárquico .................................................................................................. 17
4.2. O Mercantilismo (Capitalismo Comercial) ............................................................................ 18
4.3. Renascimento Cultural ......................................................................................................... 19
4.4. Reforma Protestante e Contrarreforma Católica .................................................................. 20
5. Questionário de Revisão ............................................................................................23
Questionário - Somente Perguntas .............................................................................................. 23
Questionário - Perguntas e Respostas ......................................................................................... 25
6. Exercícios ..................................................................................................................31
6.1. Referências Utilizadas nos Comentários das Questões ....................................................... 114
7. Considerações Finais ............................................................................................... 116
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00. BATE-PAPO INICIAL
Olá, amigo concurseiro. É com muita alegria que o recebo novamente para falarmos de
história. Estudar a aula anterior é fundamental para que você possa compreender muitas das coisas
que vamos tratar aqui. Leia com atenção o seu texto de apoio e assista às videoaulas. Leia, releia e
pratique os exercícios. Aos poucos o conteúdo básico vai ficar retido na sua memória. É claro que,
para isso, é muito importante que você faça suas próprias anotações, seja em forma de resumo ou
comentários nos exercícios, não importa como, você escolhe! O importante é estudarmos bastante
e nos concentrarmos nos estudos. Estimule sua disciplina e procure motivação pensando em seus
sonhos. Bons estudos!
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1. O ABSOLUTISMO E O MERCANTILISMO
A Idade Moderna é a divisão convencionada pelos historiadores para caracterizarmos a
sociedade europeia entre os séculos XIV e XVIII. Esse período caracteriza-se por transformações
muito profundas na sociedade, na economia e na cultura. A Idade Moderna também pode ser
chamada de Antigo Regime. Ela compreende o período de formação das monarquias nacionais, da
expansão marítima, da colonização da América, do Renascimento Cultural e também da Reforma
Religiosa.
Portugal é considerado o primeiro Estado Nacional moderno do mundo, podendo também
ser chamado de Estado Absolutista. Numa associação da burguesia e da nobreza, colocaram D. João,
Mestre de Avis, como soberano, com isso o Estado passou a ser parceiro dos burgueses, organizando
a legislação e os impostos, a fim de estimular o comércio. Ele estabeleceu impostos, leis e moedas
nacionais (válidos em todo o território do país e não mais somente nos feudos), beneficiando-se dos
altos impostos que passou a receber, e que se tornaram a principal fonte de receita do reino.
Desse encontro entre o Estado e a economia, a política econômica mercantilista, nos quadros
de uma sociedade aristocrática, foi ganhando forma. No absolutismo monárquico, o rei concentra
todos os poderes do Estado em si, controla a economia, as relações políticas, interfere na religião e
em toda a vida social ao sabor de seus desejos. Sendo assim, como o próprio nome sugere, os
poderes do soberano eram absolutos. A justificativa para a existência de um soberano tão poderoso
era fundamentalmente religiosa. Jaques Bossuet, o principal teórico que justificou o absolutismo,
tinha um pensamento essencialmente teológico: todo o poder vem de Deus, logo, como sendo seu
representante máximo na terra, o soberano deve ter poderes absolutos. O maior exemplo de todos
foi o rei francês Luís XIV, conhecido como Rei Sol.
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Observando a imagem acima, podemos identificar um elemento social muito interessante: o
papel das vestimentas na construção da imagem de poder do rei. O vestuário, no decorrer da
história, sempre teve importante papel na diferenciação social das pessoas, assim como na
simbologia de poder e na hierarquia religiosa, militar e política.
O poder real era indiscutível, não existindo nada que o limitasse. Nessa época, não existiam
constituições, pois elas surgiram após as revoluções burguesas, sendo assim, a palavra do rei era a
lei. O mercantilismo consistiu no controle da economia pelo rei, ou mais exatamente, na intervenção
do estado na economia.
Mercantilismo: prática econômicados Estados Nacionais que pode ser sintetizada em cinco
características:
1- Metalismo: a riqueza das Nações seria determinada pela quantidade de metais preciosos
acumulados.
2- Balança comercial favorável: exportar mais que importar (superávit), a fim de favorecer
a entrada de metais preciosos com as vendas e impedir sua saída importando produtos.
3- Protecionismo: cobrança de altas taxas alfandegárias sobre produtos de outros países,
visando estimular a produção deles no seu próprio país. Taxas altas para manufaturados e
baixas para matérias-primas, de forma a estimular a manufatura para ser exportada em seu
país.
4- Incentivo à manufatura: estímulo à produção de determinados produtos e concessão de
monopólio ao fabricante, impedindo a concorrência.
5- Sistema Colonial: a busca por possuir colônias para que pudessem ser exploradas. Eram
importantes fontes de matérias-primas e mercado consumidor para as manufaturas da
metrópole. As colônias deveriam realizar comércio exclusivamente com a metrópole.
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2. O RENASCIMENTO CULTURAL E O HUMANISMO NA ITÁLIA
A partir do século XIV, o desenvolvimento comercial pelo qual a Europa passava promoveu
um grande florescimento artístico. A Itália foi a região pioneira no início do renascimento urbano-
comercial, ela era a sede da Igreja Católica e era formada por pequenas monarquias nacionais. Esse
foi um período de desenvolvimento nas artes plásticas, no qual o homem passou a ser representado
sob o olhar de uma nova cultura. O termo “renascimento” vem dos homens da Época, pois eles
acreditavam ser a vanguarda da humanidade, que teria chegado ao seu auge, rompendo com o
pensamento e a cultura que predominava durante a Idade Média, que passou a ser chamada de
“Idade das trevas”.
O termo Idade das Trevas, como referência à Idade Média, foi criado pelos homens do
renascimento. Ele diz mais sobre esses homens do que sobre o período:
1- Os homens do renascimento consideravam que estavam no momento de maior
desenvolvimento da humanidade e da cultura. Tudo que veio antes era desprezado por eles,
exceto a cultura greco-romana, que era considerada por eles uma cultura superior. Eram
extremamente eurocêntricos.
2- A Idade Média não foi a “longa noite de mil anos” como os renascentistas descreveram.
Os avanços técnicos eram muito mais lentos, no entanto, mostram-nos o equívoco dessa
afirmação: a evolução dos tipos de arado na agricultura, a técnica da rotação de culturas, as
escolas palacianas e mosteiros, as catedrais medievais, o império bizantino, os avanços na
medicina e os conhecimentos de filosofia dos árabes.
Nesse momento, os pensadores da época entraram em contato com os escritos filosóficos
dos gregos, de onde vem um profundo sentimento de valorização do homem e da natureza. As artes
floresceram principalmente em cidades como Florença, Gênova e Veneza. O alto clero católico e a
rica burguesia comercial que havia se formado contratavam artistas de renome para pintar os seus
retratos e decorar seus palácios e templos, eram os chamados mecenas, os financiadores de obras
de arte. O Renascimento floresceu na Itália e teve lá seus principais representantes, sendo a
prosperidade econômica a principal razão para isso. O Renascimento cultural teve impactos sobre a
organização política, pois ele contribuiu para o advento do Absolutismo monárquico, para uma
estrutura jurídica centralizada, revalorizando o Direito Romano, e também para a laicização da
sociedade. Laicização? O homem do renascimento era menos religioso? Não! Tanto que a maior
parte das obras de arte possuem temas cristãos, como a Pietá e o teto da Capela Sistina, ambos de
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Michelangelo. Podemos compreender como laicização a ampliação de temas de discussão política
ou da arte. Maquiavel é um homem do renascimento e separa a moral cristã da política, tratando os
temas religiosos de forma antropocêntrica.
2.1. CARACTERÍSTICAS DO RENASCIMENTO
✓ Antropocentrismo: “O Homem é a medida de todas as coisas”. Ele passa a ser visto como o
centro do universo, sendo assim representado na arte. A maior parte dos temas é religioso,
mas os personagens são retratados de forma humana.
✓ Hedonismo: a valorização de prazeres carnais e mundanos contrapondo-se à noção medieval
de sofrimento e resignação.
✓ Valorização e retorno à cultura clássica (Greco-Romana): os temas mais frequentes nas obras
eram gregos e romanos, os quais serviam de inspiração para que os renascentistas vissem o
mundo de forma antropocêntrica.
✓ Naturalismo: valorização da natureza. Os renascentistas valorizavam a observação da
natureza e a experiência. A obra de arte deveria copiar - senão melhorar - o real.
A questão é complicada, pois exige interpretação e muitos conhecimentos.
1. (Vunesp 2003) Nascido na Itália, o Renascimento – movimento intelectual, científico,
artístico e literário – espalhou-se pela Europa, mas de forma desigual.
Considere as seguintes afirmações a respeito desse movimento.
I. A arte renascentista tinha como característica principal a exploração dos motivos religiosos,
recebendo, dessa maneira, o apoio do clero e dos mecenas.
II. O Renascimento foi um movimento que valorizou o antropocentrismo, o hedonismo, o
racionalismo, o individualismo e o naturalismo.
III. No plano político, sua principal consequência foi contribuir para o advento do Absolutismo,
ao laicizar a sociedade e revalorizar o Direito Romano.
IV. O combate central das ideias renascentistas residiu na defesa das concepções de mundo
baseadas no teocentrismo e na escolástica, então emergentes.
V. A Itália acumulou maior quantidade de capital e alcançou desenvolvimento comercial e
urbano invejável, gerando excedentes econômicos para se investir em obras de arte.
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Está correto apenas o contido em:
A) I, II e III.
B) I, IV e V.
C) II, III e IV.
D) II, III e V.
E) III, IV e V.
Comentários
I. Errada. O renascimento é antropocêntrico, valoriza o homem, mas sua produção de artes
plásticas é muito grande em imagens sacras e Igrejas, porém os santos e figuras sagradas eram
representados como homens, antropocentricamente. Os motivos religiosos eram presentes
em razão, principalmente, dos principais mecenas serem do clero, como o papa. A produção
artística religiosa relaciona-se diretamente com o barroco.
II. Correta. São as características essenciais do período.
III. Correta. Uma das características fundamentais era a inspiração nas sociedades clássicas:
Grécia e Roma. Se inspiraram em tudo, inclusive na organização jurídica da sociedade. Nosso
direito é de influência direta romana.
IV. Errada. O pensamento teocêntrico e a filosofia escolástica são características centrais do
pensamento medieval.
V. Correta. As primeiras cidades a desenvolverem-se foram Gênova e Veneza, e foi justamente
na Itália que o desenvolvimento econômico promoveu a pujança artística.Gabarito: D
2.2. ARTISTAS DO RENASCIMENTO
Os principais artistas do Renascimento são artistas plásticos e escritores. Nas artes plásticas,
os mais destacados são:
2.2.1. Michelangelo
Sua obra mais importante foi a pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Veja o destaque
dado ao homem quando pinta a sua criação e os detalhes realistas de sua escultura representando
a figura bíblica “Davi”.
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2.2.1. Leonardo da Vinci
É considerado o gênio mais completo, encarnando os ideais do Renascimento. Além de artista
plástico, foi um grande inventor.
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2.2.3. Rafael
Nesta obra intitulada “A Escola de Atenas”, podemos perceber a forte influência da cultura
clássica (grega e romana).
Na literatura, os mais destacados são:
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✓ Miguel de Cervantes: “Dom Quixote de La Mancha”.
✓ Luís de Camões: “Os Lusíadas”.
✓ Bocaccio: “Decamerão”.
✓ Dante Alighieri: “ A Divina Comédia”.
✓ Erasmo de Roterdã: “O Elogia da Loucura”.
✓ Shakespeare: “Otelo”, “Romeu e Julieta”.
✓ Giordano Bruno e Nicolau Copérnico.
O Renascimento cultural na literatura é mais conhecido como humanismo. Nele a razão e o
homem eram valorizados, e críticas severas eram feitas à sociedade e à religião da época.
2. (Espcex (Aman) 2011) As transformações culturais ocorridas na Europa dos séculos XIV a XVI
ficaram conhecidas como Renascimento. Foram características deste movimento:
A) Misticismo e tentativas de reinterpretar o cristianismo.
B) Teocentrismo e recuperação de línguas clássicas (latim e grego).
C) Individualismo e utilização de novos recursos como a perspectiva no desenho e na pintura.
D) Racionalismo e críticas ao período conhecido como Antiguidade Clássica.
E) Antropocentrismo e rejeição de temas religiosos nas produções artísticas.
Comentários
O Renascimento Cultural resgatou os valores da cultura clássica greco-romana, destacando o
antropocentrismo, o racionalismo e o individualismo, no entanto vale destacar que a
religiosidade não foi desprezada, e um dos maiores artistas da época, Michelangelo, esteve
vinculado a obras sacras, patrocinado pelo Papa. Na pintura, o uso da perspectiva foi a grande
novidade, pois deu a ideia de profundidade.
A) Errado. O Renascimento era católico, com algumas manifestações protestantes na Holanda
e Alemanha. Quem reinterpreta o cristianismo é a Reforma Protestante.
B) Errado. Era antropocêntrico.
C) Correto.
D) Errado. Valorizavam profundamente a antiguidade clássica, ou seja, greco-romana.
E) Errado. Os temas religiosos passaram a ser representados como humanos e copiando a
natureza.
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Gabarito: C
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3. A REFORMA E CONTRARREFORMA CATÓLICA
Durante todo o período medieval, por volta de 1000 anos, a instituição mais poderosa que
existia era a Igreja Católica. Ela influenciava diretamente na vida cotidiana das pessoas e nas
instituições políticas e governamentais. Seu poder era inquestionável até que, no século XVI, sofreu
a maior ruptura no seu interior. Essa ruptura é conhecida como a “Reforma Religiosa”, e foi iniciada
por Martinho Lutero, na Alemanha.
Lutero, após uma intensa vida dedicada à teologia, passou a pregar contra algumas práticas
da Igreja Católica da época. Ele criticava firmemente a venda de indulgências (venda do perdão dos
pecados ou imagens sacras) e a corrupção moral do clero, que se envolvia em muitos escândalos.
Em 1517, após um período de estudos na Itália, Lutero retorna a sua cidade, Wittenberg, na
Alemanha, onde prega na catedral, em forma de protesto, placas com as “95 teses contra a venda
de indulgências”. A Igreja reagiu contra e convocou a Dieta, ou Concordata de Worms, um grande
evento da Igreja em que Lutero foi intimado a negar suas ideias. No entanto, ele reafirmou seus
pensamentos com convicção, sendo, a partir daí, excomungado da Igreja e considerado um Herege.
A propósito, todos os seguidores dele passaram a ser considerados hereges, e, portanto,
perseguidos.
Hereges eram aqueles que, de alguma forma, questionavam os dogmas da Igreja Católica.
Eram violentamente perseguidos pela inquisição e podiam ser mortos na fogueira.
As propostas de Lutero, mesmo que prontamente combatidas, espalharam-se rapidamente
por toda a Alemanha, chegando em pouco tempo a outros países. Quando ele se popularizou, houve
uma radicalização do movimento reformista. Na Alemanha, ocorreu o movimento dos Anabatistas,
liderados por Thomas Muntzer, um plebeu cunhador de moedas. Suas reivindicações eram a
radicalização da livre interpretação dos textos bíblicos e a igualdade perante a Deus. Eles não eram
contrários somente ao monopólio teológico da Igreja, mas também contra o senhorio feudal (pois
ainda permaneciam as obrigações servis) e contra o absolutismo. Ocorreram vários combates entre
anabatistas e as tropas reais. O anabatismo foi o primeiro grande movimento reformista popular da
história, dando início às primeiras batalhas de dois séculos de guerras religiosas pela Europa. No
entanto, o movimento foi totalmente sufocado, e seus integrantes foram perseguidos pelo resto de
suas vidas, principalmente por motivarem revoltas plebeias contra os senhores e contra o
imperador.
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Lutero foi contra as revoltas populares e partiu em defesa do absolutismo. Enquanto ocorriam
banhos de sangue, ele foi protegido pelo príncipe da Saxônia, um dos territórios alemães, e em
segurança no castelo, realizou a tradução da bíblia para o alemão (curiosidade: o alemão moderno
baseou sua gramática na bíblia luterana). Podemos falar em várias reformas, mas vamos destacar
aqui a luterana, a calvinista e a anglicana.
3.1. A REFORMA LUTERANA
As principais mudanças foram:
✓ A salvação só ocorre pela fé (portanto não adiantariam as indulgências).
✓ Eliminação do celibato(Os líderes religiosos poderiam então se casar).
✓ Eliminação dos sacramentos, com exceção do batismo e do casamento. (OBS: o batismo
passou a ser em adultos).
✓ A tradução da Bíblia para o Alemão.
Entre as razões que possibilitaram a ampla divulgação da nova doutrina cristã, está a
invenção da imprensa, por J. Gutemberg.
3.2. A REFORMA CALVINISTA
São as propostas do suíço Ítalo Calvino. São fundamentalmente as mesmas propostas de
Lutero e as suas particularidades estão em dois elementos fundamentais:
✓ A fé na predestinação da alma.
✓ A salvação pelo trabalho.
Calvino discordava de Lutero quanto ao assunto salvação, pois, para ele, os homens já nasciam
salvos ou não: é a ideia de predestinação da alma, cujo principal sinal era a riqueza, considerada
como uma bênção divina. Quem nasceu rico já nasceu salvo, mas quem nasceu pobre pode salvar-
se enriquecendo por meio do trabalho. Essa mentalidade colaborou para a conversão da burguesia
enquanto grupo, pois diferente do catolicismo, a riqueza e o lucro eram bem-vindos. O sociólogo
alemão Max Weber escreveu uma excelente obra, em que associou o desenvolvimento do
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capitalismo ao comportamento calvinista, intitulada “Ética protestante e o Espírito do Capitalismo”.
Os calvinistas eram guiados pela ideia de que a riqueza é uma benção, que o trabalho salva a alma,
e que era preciso buscar prosperidade, honestidade e uma vida frugal (sem ostentação). Esse
comportamento viabilizou a conquista de créditos, que estimularam grandes empreendimentos,
levando ao desenvolvimento do sistema capitalista.
3. (Espcex (Aman) 2017) As reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI devem ser
analisadas como parte integrante do processo de transição do feudalismo para o capitalismo.
Desta forma, implicaram conflitos entre a doutrina religiosa que vigorava e as novas práticas
relacionadas à nova ordem econômica.
Assinale a alternativa que se refere aos conflitos apresentados.
A) Tomismo.
B) Teologia Agostiniana.
C) Ato de Supremacia.
D) Predestinação Absoluta.
E) Prática da usura.
Comentários
A) Errado. Tomismo é a filosofia escolástica de São Tomás de Aquino. Os protestantes
criticavam a escolástica, mas o exercício fala de ordem econômica.
B) Errado. É o pensamento de Santo Agostinho.
C) Errado. Foi o documento de Henrique VIII que tomou para si os poderes da Igreja e os bens
do clero.
D) Errado. A predestinação era um dogma calvinista que também acreditava na salvação pelo
trabalho.
E) Correto. Usura é empréstimo de dinheiro a juros, uma prática totalmente condenada pela
Igreja por razões teológicas: o tempo pertence a Deus e o homem não tem o direito de ganhar
com o que não é seu. Além disso, condenava o comércio e a riqueza. Com a reforma religiosa,
principalmente a calvinista, o pensamento teológico adequava-se à vida da burguesia, que se
converteu em massa para a nova fé que valorizava a riqueza.
Gabarito: E.
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3.3. A REFORMA ANGLICANA
O anglicanismo surgiu na Inglaterra a partir da reforma realizada por Henrique VIII, em 1534.
Na Igreja anglicana, o soberano máximo da Igreja é o rei. A reforma inglesa teve dois motivos
fundamentais: o interesse do rei Henrique e de parte da nobreza em apossar-se dos bens da Igreja
Católica, até então a maior proprietária de terras e bens na Europa da época, e a recusa do papa em
aceitar o divórcio que o rei pretendia. Ele era casado com Catarina de Aragão, de quem queria
divorciar-se para se casar com Ana Bolena. Em 1534, ele decretou o “Ato de Soberania”, rompendo
com a Igreja Católica e apropriando-se de seus bens. Ele manteve quase inalterados os rituais e
dogmas já existentes, declarou-se o soberano da Igreja Anglicana e realizou o seu divórcio.
Atualmente, é o ramo protestante mais liberal quanto a algumas questões polêmicas para a religião,
como a questão da homossexualidade, pois foi a primeira instituição religiosa a realizar casamentos
entre pessoas do mesmo sexo e também a ter sacerdotes homossexuais.
4. (Espcex (Aman) 2016) Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século
XVI, podemos afirmar que:
A) foram reflexo de disputas políticas entre os jesuítas e o papa.
B) tinham o objetivo de estabelecer a venda de indulgências para os pecadores.
C) permitiram à Igreja Católica uma total hegemonia religiosa na Alemanha.
D) só foram possíveis graças às decisões adotadas no Concílio de Trento.
E) na Inglaterra foram promovidas pelo rei Henrique VIII.
Comentários
A) Errado. A cia de Jesus foi criada na contrarreforma católica.
B) Errado. Romperam com a Igreja devido às indulgências e à corrupção moral do clero.
C) Errado. A Alemanha, bem como o norte europeu, é predominantemente protestante.
D) Errado. O concílio de Trento foi a reação católica à Reforma.
E) Correto. Na Inglaterra, foi o rei que, por meio do Ato de soberania, tomou para si o poder
da Igreja e confiscou os bens do clero.
Gabarito: E
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3.4. A CONTRARREFORMA CATÓLICA (CONCÍLIO DE TRENTO)
Chamamos de Contrarreforma as reações da Igreja à Reforma protestante de Martinho
Lutero. Foram abolidas algumas práticas, como a das indulgências, reafirmados os dogmas como o
dos sacramentos, e foram criadas formas de combater o protestantismo, visto pela Igreja como
Heresia. O tribunal da Santa Inquisição, que existia desde a Idade Média, mas estava inoperante, foi
reativado, perseguindo, julgando e punindo aqueles que cometiam crimes de Heresia. Foram criados
os seminários para dar formação teológica e moral ao clero, assim como a Cia. De Jesus (mais
conhecidos como Jesuítas), que tinha a missão de expandir a fé católica nas novas terras descobertas
e impedir o protestantismo e o judaísmo na América. O continente americano foi descoberto no
contexto da expansão marítima e da reforma religiosa, com isso a Igreja garantiu a expansão de seus
domínios religiosos associando-se aos Estados Nacionais Ibéricos (Portugal e Espanha) na
colonização da América. O protestantismo foi proibido nas colônias espanholas e portuguesas.
Sintetizando:
✓ Reafirmação dos dogmas e sacramentos católicos.
✓ Abolição das indulgências.
✓ Criação dos seminários.
✓ Reativação da Inquisição.
✓ Criação da Cia de Jesus.
✓ Criação do INDEX (lista de livros proibidos). Entre eles estavam as obras de alguns
filósofos gregos e a bíblia de Martinho Lutero em Alemão.
A Reforma foi bastante conflituosa, ocorrendo, entre os séculos XVI e XVIII, violentas Guerra
Religiosas, com massacres de ambos os lados. Os conflitos religiosos na Inglaterra levaram um grupo
de calvinistas que sofriam perseguições a partirem para a colonização da América, são os chamados
colonos do Mayflower, que aportaram na Filadélfia. Desde o início da colonização dos EUA, além de
predominar a colonização de povoamento, existia a forte mentalidade de construiro paraíso nas
terras do novo mundo e uma sociedade guiada pela liberdade. A Alemanha e os países do norte
europeu são predominantemente protestantes. Portugal, Espanha, França e Itália mantiveram-se
católicos.
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4. ORIENTAÇÕES DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR
4.1. O ABSOLUTISMO MONÁRQUICO
1. Portugal é considerado o primeiro Estado Nacional moderno do mundo. Também pode ser
chamado de Estado Absolutista, Estado Nacional Centralizado ou monarquias nacionais. Essa
configuração política centralizada surgiu devido a uma associação da burguesia e da nobreza
lusitana em meio à crise sucessória portuguesa, que ocorreu com a morte do soberano.
2. O novo soberano, de uma nova dinastia, centralizou o Estado, passou a ser parceiro da
burguesia e organizou a legislação de forma a estimular o comércio. Ele estabeleceu
impostos, leis e moedas nacionais (válidos em todo o território do país e não mais somente
nos feudos), e beneficiou-se dos altos impostos que passou a receber, e que se tornaram a
principal fonte de receita do reino.
3. O clero e a nobreza são os grupos sociais dominantes no antigo regime, e a burguesia, assim
como os camponeses, são plebeus. Apesar de ricos, os burgueses não tinham poder político.
4. Lembre-se que plebeu não é sinônimo de pobre, mas sim de não nobre (não possui
propriedades e títulos nobiliárquicos por direito de nascimento). Dessa forma, tanto a rica
burguesia quanto o pobre camponês são plebeus: pagavam pesados impostos e não possuíam
nenhum tipo de privilégio social e político.
5. O Estado Nacional Absolutista é o resultado da união da burguesia, da nobreza e do soberano.
A burguesia possuía muitas riquezas, mas, por terem origem plebeia, não possuíam direito de
participação política e nem podiam ocupar cargos públicos. Pagavam pesados impostos e
financiavam as atividades do reino, sobretudo as ações militares, eram beneficiados com
medidas de estímulo à economia, como monopólios para grupos comerciais e medidas
protecionistas.
6. No absolutismo monárquico não há constituição, o poder do soberano é realmente absoluto,
controlando a economia, a política e a religião. Não existia divisão dos poderes do Estado,
pois estavam todos concentrados no soberano. O rei francês Luís XIV sintetizou bem ao ser
questionado sobre o que era o Estado, uma vez que sua resposta foi: “O Estado sou eu”.
7. Maquiavel é o principal teórico do absolutismo. O ponto central de seu pensamento é
inaugurar uma “nova ética”, a política, que seria diferente da ética religiosa. A ética cristã
preocupa-se fundamentalmente com a salvação da alma e com o comportamento humano,
que deve ser sempre bom, enquanto a preocupação da ética política é a salvação da
comunidade política, permitindo ao príncipe, caso seja necessário, ser mau.
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8. Maquiavel diz que o governante não precisa ser bom e nem possuir virtudes, mas é
importante fazer parecer que as possui. Se para manter a estabilidade e o poder do Estado
for necessário enganar ou usar da violência, não deve haver dilema ao governante e isso deve
ser feito, pois os fins do Estado justificam os meios usados para isso (lembrando que essa é
uma frase que sintetiza bem o pensamento de Maquiavel, no entanto, não foi ele quem a
escreveu).
9. “Chegamos assim à questão de saber se é melhor ser amado do que temido. A resposta é que
seria desejável ser ao mesmo tempo amado e temido, mas que, como tal combinação é difícil,
é muito mais seguro ser temido, se for preciso optar. De fato, pode-se dizer dos homens, de
modo geral, que são ingratos, volúveis, dissimulados; procuram se esquivar dos perigos e são
gananciosos; se o príncipe os beneficia, estão inteiramente do seu lado (...)” Maquiavel. O
Príncipe.
4.2. O MERCANTILISMO (CAPITALISMO COMERCIAL)
O Mercantilismo é bem simples, e você pode memorizar as características que são
importantes para entender o período. Trata-se do ambiente e das práticas econômicas do Antigo
Regime, em que a Burguesia expandiu o capitalismo comercial por meio da colonização da América,
do litoral africano e asiático. Tudo isso com apoio direto do Estado, que enriqueceu muito devido à
grande quantidade de riquezas, principalmente as riquezas minerais, encontradas e exploradas no
novo mundo. Adam Smith, o economista iluminista que defende a intervenção mínima do Estado na
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economia do século XVIII, está criticando justamente as práticas do mercantilismo. Suas principais
características são:
1. A interferência direta do Estado na Economia.
2. Metalismo (bulionismo).
3. Busca de uma balança comercial favorável (superávit: quando as exportações superam as
importações).
4. Monopólios: quando o estado concede o direito de exploração de alguma atividade a alguma
pessoa ou grupo econômico.
5. Colonialismo (para garantir matérias-primas e mercados consumidores).
6. Protecionismo: cobrança de altas taxas alfandegárias sobre os produtos de outros países, a
fim de estimular a produção no seu próprio país. Taxas altas para manufaturados e baixas
para matérias-primas, de forma a estimular a manufatura para ser exportada de seu país. Há
também a proibição de exportar matérias-primas que pudessem beneficiar os países
concorrentes.
7. Incentivo à manufatura: estímulo à produção de determinados produtos e concessão de
monopólio ao fabricante, impedindo a concorrência.
4.3. RENASCIMENTO CULTURAL
1. O Renascimento cultural foi a transformação na estética, no ideal e na compreensão de
mundo ocorrida no século XIV, XV e XVI, quando rupturas com o passado medieval
aconteceram (como exemplos já citados, a centralização do poder e o desenvolvimento
comercial e urbano). No entanto, assim como as rupturas, houve também as continuidades:
por todo o Antigo Regime permaneceu a sociedade estamental, a qual não há mobilidade
entre os estamentos. Pertencer a cada camada social não dependia do dinheiro, só do
nascimento, e a nobreza e o clero possuíam ainda privilégios medievais. Os plebeus que
sustentavam o Estado por meio dos impostos, desde o pobre camponês até o mais rico
burguês.
2. O Renascimento rompeu com o pensamento medieval teocêntrico e valorizou a visão
antropocêntrica, inspirada na cultura greco-romana.
3. Os mecenas eram os que financiavam as obras de arte, por gosto ou interesse de projeção
social. Os principais eram os membros da nobreza e do clero, e também a burguesia, que
começou a investir na arte.
4. Os homens da época acreditavam estar no mais alto grau do desenvolvimento humano e
eram eurocêntricos. Eles cunharam o termo “idade das trevas” para se referirem à Idade
Média. Isso demonstra a visão de superioridade do homem do renascimento, e também a
crença de que eles estavam no auge da humanidade.
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5. Hoje é possível percebermos, com clareza, que a visão de uma Idade Média como uma longa
noite de mil anos diz mais sobre os renascentistas (que se achavam o auge da humanidade)
do que sobre o medievo. Ocorreram inovações como o surgimento das primeiras
universidades e das grandes catedrais.
6. As características principais do Renascimento Cultural são: Antropocentrismo, Hedonismo
(busca do prazer e de experiências que eram negadas pelo clero no período medieval),
Retorno à cultura clássica (influência greco-romana), naturalismo (valorização da natureza,
do mundo e do real, em oposição ao misticismo medieval) e também o uso das proporções e
da perspectiva, que permite ao observador a sensação de profundidade nas obras.
7. Artistas e intelectuais importantes: Michelangelo (teto da Capela Sistina), Leonardo da Vinci
(Monalisa), Rafael Sânzio (A escola de Atenas), Miguel de Cervantes (Dom Quixote), Dante
Alighieri (A divina comédia) e também a obra de Wiliam Shakespeare (Otelo).
8. Nicolau Maquiavel é um pensador político renascentista, também é dessa época a proposta
do Heliocentrismo (o sol no centro do universo), de Nicolau Copérnico, que rompeu com a
visão geocêntrica medieval (a terra no centro do universo).
4.4. REFORMA PROTESTANTE E CONTRARREFORMA CATÓLICA
1. As reformas protestantes foram a maior ruptura sofrida pela Igreja Católica em sua
existência, fazendo com que surgissem novos ramos teológicos do cristianismo, que
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romperam com o monopólio de interpretação da Bíblia e com o controle da sociedade por
ela na Idade Média. Vale, principalmente, guardar as causas da Reforma, as mudanças
introduzidas por Lutero, a relação do calvinismo como o capitalismo e a reação da Igreja
Católica diante dessa grande ruptura.
2. Lutero se revoltou contra as indulgências (venda de cargos eclesiásticos e do perdão dos
pecados) e a corrupção moral do clero.
3. Principais propostas luteranas: A salvação seria pela fé, ele aboliu os sacramentos (exceto
o casamento e o batismo), extinguiu o celibato, e traduziu a bíblia para o alemão, pois
propunha a livre interpretação dela.
4. Lutero e seus seguidores foram considerados hereges, pois iam contra a interpretação
oficial da Igreja Católica, sendo duramente perseguidos pela inquisição.
5. Os anabatistas surgiram com as ideias luteranas, mas eram um movimento protestante
formado por radicais, além da crítica e rompimento com o catolicismo, eram contra o
absolutismo monárquico, os privilégios do clero e da nobreza, e também contra a servidão.
Lutero era contrário à radicalização camponesa e era apoiador do absolutismo.
6. Foi nesse contexto que o alemão Gutemberg inventou a imprensa, que foi fundamental
para a propagação das ideias reformistas. O primeiro livro impresso foi a Bíblia em alemão,
traduzida por Lutero.
7. O calvinismo foi uma das mais importantes correntes protestantes, pois acreditava que a
riqueza era sinal de salvação, pois defendia a predestinação da alma e a salvação pelo
trabalho, isso atraiu a burguesia, que, em grande parte, converteu-se ao calvinismo. O
sociólogo Max Weber escreveu o livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, em
que relaciona o sucesso do capitalismo à expansão e à moral dos protestantes, pois,
diferente dos católicos, eles possuíam uma visão positiva sobre a riqueza.
8. Na Inglaterra a reforma foi realizada pelo imperador Henrique VIII, que rompeu com o
catolicismo, fundou a religião anglicana e tornou-se chefe da Igreja por meio do “Ato de
Supremacia”. Ele tinha conflitos com a Igreja Católica, que perdeu seus bens na reforma
inglesa, sendo eles apropriados pelo Estado. Havia ainda o fato de que a Igreja não queria
permitir o seu divórcio.
9. A Igreja reagiu à reforma protestante com o concílio de Trento, entre as suas principais
deliberações podemos citar:
✓ Criação de seminários (para dar formação teológica a todos os membros do clero).
✓ Reafirmação dos dogmas e sacramentos.
✓ Reativação da inquisição para perseguir os hereges.
✓ Abolição das indulgências.
✓ Cia de Jesus (ordem dos padres jesuítas que se espalhou pelas novas terras descobertas
na América, visando expandir o catolicismo no novo mundo).
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✓ O Index: lista de livros proibidos aos católicos, entre eles estava a Bíblia em alemão de
Lutero, pois a Igreja defendia seu monopólio da interpretação das escrituras.
10. Os jesuítas fundavam as Missões, que também podem ser chamadas de colégios,
aldeamentos ou reduções, sendo elas os espaços onde os índios eram catequisados.
11. Puritanos = calvinistas ingleses. São eles que realizaram a colonização de povoamento nos
EUA e estavam fugindo das violentas perseguições religiosas na Inglaterra. Tinham o
objetivo de construir o paraíso: a terra da liberdade.
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5. QUESTIONÁRIO DE REVISÃO
QUESTIONÁRIO - SOMENTE PERGUNTAS
1) O que foi o absolutismo monárquico?
2) Explique como o estado centralizado relaciona-se com o mercantilismo, com renascimento
e com a reforma religiosa.
3) O que foi o mercantilismo? Indique suas características.
4) Qual foi o principal pensador do absolutismo monárquico?
5) Como podemos relacionar a formação do Estado Moderno (absolutista) com a ascensão
da burguesia e a expansão do capitalismo comercial?
6) O que foi o Renascimento cultural? Quais são as suas principais características?
7) Quem eram os mecenas?
8) Qual era a visão dos renascentistas sobre a Idade Média? Aponte ao menos um argumento
que desminta a visão.
9) Identifique as características do Renascimento na Obra abaixo.
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10) Quais foram as motivações de Lutero para a Reforma Religiosa?
11) O que eram as indulgências?
12) Quais foram as principais mudanças introduzidas por Lutero em sua nova religião?
13) Quem foram os anabatistas?
14) Qual a posição de Lutero em relação às revoltas dos anabatistas e em relação ao
absolutismo monárquico?
15) Explique o título do livro do sociólogo Max Weber: “A ética protestante e o espirito do
capitalismo”.
16) Como foi a reação da Igreja Católica frente à expansão do protestantismo?
17) Por que Lutero e seus seguidores foram considerados hereges? Quais as implicações
disso?
18) Explique por que a bíblia de Lutero estava no index.
19) Qual a importância da imprensa para a Reforma Religiosa?
20) Explique como a reforma ocorreu na Inglaterra.
21) O que foi o período das grandes navegações?22) Indique as razões do pioneirismo lusitano nas grandes navegações.
23) Quais foram as principais expedições portuguesas?
24) Explique a participação da Igreja no processo de expansão marítima e na conquista da
América.
25) O que foi o Tratado de Tordesilhas?
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QUESTIONÁRIO - PERGUNTAS E RESPOSTAS
1) O que foi o absolutismo monárquico?
Foi a forma de monarquia centralizada, em que o rei tem poderes totais, realmente absolutos,
podendo também pode ser chamado de Estado moderno. Resultou de um longo processo, no
decorrer do século XIV, de fortalecimento da burguesia e aproximação com a nobreza e o rei,
por meio do financiamento de atividades militares e o pagamento de pesados impostos, em
troca o rei realizava políticas de estímulo ao desenvolvimento comercial. É quando surgem as
moedas nacionais, as leis nacionais e os exércitos nacionais em oposição à monarquia medieval
descentralizada, em que cada senhor feudal tinha seu exército. Não havia lei acima do rei. Um
bom exemplo é a frase do rei francês Luís XIV que dizia “O Estado sou Eu”.
2) Explique como o estado centralizado relaciona-se com o mercantilismo, com o
renascimento e com a reforma religiosa.
O mercantilismo foi a fase do capitalismo comercial, era a prática típica dos Estados
Absolutistas em que o rei estimulava as atividades econômicas com a criação e a padronização
de moedas e impostos, com o estimulo à navegação e com o investimento em conquistas
territoriais. Como o poder do soberano era absoluto, alguns deles entraram em conflito com a
Igreja Católica, por exemplo, o príncipe Frederico da Saxônia, que abrigou Lutero durante as
reações violentas, contrárias à reforma religiosa, enquanto ele traduzia a bíblia para o alemão.
Também podemos citar a reforma anglicana, que na Inglaterra foi feita pelo imperador
Henrique VIII. Na Itália, principalmente, a pujança econômica e a dinâmica urbana criaram as
condições para o Renascimento Cultural ao longo dos séculos XIV, XV e XVI. Foi um momento
de mudança da mentalidade teocêntrica do período medieval para uma visão de mundo
antropocêntrica, em que floresceu as artes e o conhecimento.
3) O que foi o mercantilismo? Indique suas características.
Foram práticas econômicas e comerciais da Idade Moderna, em que o Estado absolutista
interferia fortemente na economia por meio da concessão de monopólios, medidas
protecionistas, estímulo às atividades comerciais e a conquista de áreas coloniais,
principalmente na América, pois mantinham o domínio metropolitano por meio do pacto
colonial, que colaborava para a metrópole obter grandes lucros e manter sua balança comercial
superavitária. Durante o período em que o mercantilismo foi hegemônico, os Estados
pensavam que a riqueza das nações era a quantidade de metais preciosos que eram
acumulados, característica que denominamos metalismo ou bulionismo.
4) Qual foi o principal pensador do absolutismo monárquico?
Foi Nicolau Maquiavel, autor do livro “O Príncipe”, em que discorre sobre como deve ser o
comportamento do soberano para manter a unidade do Estado. É o primeiro pensador a
separar a moral política da religiosa, defendendo que o rei deve, acima de tudo, manter o poder
e a unidade do Estado, e que para isso pode usar qualquer meio, pois os fins de Estado
justificam quaisquer meios usados para atingi-los.
5) Como podemos relacionar a formação do Estado Moderno (absolutista) com a ascensão
da burguesia e a expansão do capitalismo comercial?
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O Estado Moderno Absolutista foi o resultado da união da burguesia, a classe com poder
econômico, com parte da nobreza e o soberano, que representam o poder político. A burguesia
tinha dinheiro, mas não tinha poder. A nobreza tinha poder e terras, mas não tinha dinheiro,
sendo assim, se uniram. A classe econômica passou a financiar as atividades de Estado,
principalmente os exércitos nacionais, em troca o soberano estimulava as atividades
comerciais e era beneficiado com os impostos do comércio. Nessa época, surgiram as moedas
nacionais unificadas, com valor em todo o território do reino, a padronização das unidades de
medida, como o sistema métrico dos países, e principalmente o comércio marítimo. Portugal
foi o primeiro Estado Absolutista, e foi justamente isso, associado à paz interna no reino (pois
tinham finalizado a expulsão dos islâmicos do seu território) que o tornou o país pioneiro na
expansão marítima e no domínio do oceano Atlântico.
6) O que foi o Renascimento cultural? Quais são as suas principais características?
Foram as transformações ocorridas na Europa ao longo dos séculos XIV, XV e XVI, momento
em que a mentalidade mudou completamente, saindo do pensamento teocêntrico (Deus no
centro do universo), típico da idade média, para um pensamento antropocêntrico (o Homem
no centro do universo), inspirado na cultura clássica (greco-romana). A mudança do
pensamento e do comportamento é mais facilmente notada nas obras de arte dos artistas
plásticos como os mestres Leonardo da Vinci, Rafael Sânzio e Michelangelo, e também na
literatura de Luís de Camões, Miguel de Cervantes, Dante Alighieri e Willian Shakespeare. Nas
pinturas, a natureza e a realidade passaram a ser valorizadas em detrimento do pensamento
místico medieval.
7) Quem eram os mecenas?
Eram os patrocinadores das obras de arte, ou seja, aqueles que investiam nos artistas plásticos
para a realização das obras, que podiam ser retratos das famílias ou grandes projetos, como o
teto da Capela Sistina, no Vaticano, feita por Michelangelo. Os mecenas eram, principalmente,
a nobreza e o clero, mas também fazia parte a burguesia, que passou a investir em arte como
forma de ganhar destaque social.
8) Qual era a visão dos renascentistas sobre a Idade Média? Aponte ao menos um argumento
que desminta a visão.
Os homens do Renascimento pensavam que eram o auge do desenvolvimento do progresso
humano, e que a cultura tinha renascido após a “longa noite de mil anos” que foi a Idade Média.
Viam o passado como obscuro e consideravam-no como sinônimo de atraso. Apesar disso,
ocorreram avanços tecnológicos na Idade Média, por exemplo, o arado mecânico, a rotação de
culturas, o estribo para cavalgar, as catedrais medievais, as primeiras universidades e a filosofia
de Santo Agostinho e de São Tomás de Aquino.
9) Identifique as características do Renascimento na Obra abaixo.
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A obra foi pintada por Rafael Sânzio e é intitulada “A Escola de Atenas”, em uma referência
clara à influência da cultura greco-romana. Também podemos ver claramente o uso da
perspectiva, o que permite termos a noção de profundidade do ambiente, há também o
realismo e a valorização da figura humana.
10) Quais foram as motivações de Lutero para a Reforma Religiosa?
Lutero revoltou-se, fundamentalmente, contra a venda das indulgências e com o
comportamento moral do clero do vaticano daquele período.
11) O que eram asindulgências?
A venda do perdão dos pecados e de cargos eclesiásticos, sendo esses os principais motivos da
reforma Luterana.
12) Quais foram as principais mudanças introduzidas por Lutero em sua nova religião?
A primeira e principal mudança introduzida, pois é o argumento contrário às indulgências, é
que a salvação só seria conquistada pela fé. Aboliu os sacramentos, exceto o casamento e o
batismo, aboliu o celibato e o culto que era feito em latim e de costas para os fiéis, passando a
ser realizado em língua vernácula (local), para tanto, Lutero traduziu a bíblia para o alemão.
13) Quem foram os anabatistas?
Logo que as propostas de Lutero se espalharam entre o povo, tiveram grande adesão popular.
Com isso, surgiu um grupo reformista radical e revolucionário, os anabatistas, seus
participantes queriam não somente romper com o monopólio da Igreja, mas também acabar
com o poder e o privilégio da nobreza, sendo contrários ao absolutismo, além disso, pregavam
o fim imediato da exploração feudal, que ainda permanecia por meio dos pesados impostos
pagos pelos camponeses. Fizeram várias revoltas e levantes populares pelos burgos alemães,
mas foram rapidamente sufocados e dispersados. Foi o primeiro grande movimento religioso
que gerou um conflito civil.
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14) Qual a posição de Lutero em relação às revoltas dos anabatistas e em relação ao
absolutismo monárquico?
Lutero foi contra o movimento dos anabatistas e se posicionou favoravelmente ao absolutismo
monárquico, inclusive foi protegido da onda de violência pelo príncipe Frederico da Saxônia,
conseguindo, dessa forma, a empreitada de traduzir a Bíblia para o alemão.
15) Explique o título do livro do sociólogo Max Weber: A ética protestante e o espirito do
capitalismo.
Calvino pregava a predestinação da alma, para ele, uma evidência de que a pessoa nasceu salva
era a riqueza, que era vista como uma benção divina, do mesmo modo, acreditava que o
enriquecimento por meio do trabalho também levaria à salvação. Essa visão positiva em
relação à riqueza levou muitos burgueses a se converterem ao calvinismo. Max Weber, por
meio de estudos quantitativos, percebeu que, no século XIX, a maior parte da burguesia era
calvinista. O trabalho como um valor moral e um meio de salvação da alma estimulava a
dedicação ao trabalho. A vida simples e honesta era vista como virtudes socialmente, aqueles
que a praticavam possuíam muita credibilidade com os investidores da época, conseguindo
financiamentos para a realização de empreendimentos e para a formação de grandes fortunas.
Weber associou o desenvolvimento da mentalidade calvinista ao desenvolvimento econômico,
propondo que isso foi um grande estímulo ao capitalismo.
16) Como foi a reação da Igreja Católica frente à expansão do protestantismo?
Ela realizou a contrarreforma católica. A Igreja reagiu com várias medidas para se reorganizar
e combater o avanço do protestantismo, como as determinações do Concílio de Trento:
abolição das indulgências, reafirmação de todos os sacramentos, criação dos seminários, todos
os textos protestantes foram proibidos aos católicos e incluídos no index, reativação do
tribunal de Santa Inquisição e a criação da Cia de Jesus, que tinha como objetivo enviar
missionários para catequizar os nativos das novas terras descobertas e expandir a fé católica.
17) Por que Lutero e seus seguidores foram considerados hereges? Quais as implicações
disso?
Heresias são quaisquer interpretação da fé cristã diferentes da teologia oficial da Igreja
Católica. Eram proibidas e perseguidas desde o feudalismo pelo tribunal da Santa Inquisição,
que foi reativado no Concílio de Trento. Lutero e seus seguidores foram considerados hereges
por discordarem das práticas e fundamentos teológicos da Igreja Católica.
18) Explique por que a bíblia de Lutero estava no index.
O Index era a lista de livros proibidos pela Igreja Católica. A bíblia de Lutero estava no index
porque era em alemão, e na época todas as bíblias eram escritas em latim. Os textos sagrados
em alemão permitiam a proposta luterana de livre interpretação da bíblia, o que era um ataque
ao monopólio da interpretação da Igreja.
19) Qual a importância da imprensa para a Reforma Religiosa?
Gutemberg inventou a imprensa algumas décadas antes da reforma. Essa invenção impactou
bastante aquele período, pois popularizou os textos escritos, que eram uma raridade,
colaborando muito para a divulgação das ideias protestantes, uma vez que elas eram impressas
em grande quantidade para serem distribuídas, buscando propagandear a nova fé.
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20) Explique como a reforma ocorreu na Inglaterra.
Na Inglaterra, a reforma foi conduzida pelo próprio imperador Henrique VIII. Ele pretendia o
divórcio de sua esposa Ana Bolena, e também estava interessado em integrar os bens
eclesiásticos ao patrimônio da Coroa. Diante disso, ele rompeu com a Igreja Católica e fundou
a Igreja Anglicana, declarou-se o seu líder por meio do Ato de Supremacia, fechou vários
mosteiros e igrejas, apropriando-se dos bens da Igreja Católica.
21) O que foi o período das grandes navegações?
Foi a expansão do capitalismo comercial pelo mundo por meio de expedições comerciais que
percorreram o atlântico, inicialmente em busca de rotas marítimas que levassem às Índias,
culminando com a expansão do capitalismo europeu e a integração econômica da economia
metropolitana europeia às áreas coloniais na América, África e Ásia. Ocorreu a mudança do
eixo comercial do Mar Mediterrâneo para o Atlântico, o que, para alguns estudiosos, foi o
primeiro passo para a formação da globalização.
22) Indique as razões do pioneirismo lusitano nas grandes navegações.
As duas principais razões do pioneirismo português sem dúvida foram: a paz interna no reino
devido ao final da Guerra de Reconquista (expulsão dos árabes islâmicos da península Ibérica)
e a formação do primeiro Estado absolutista europeu. O período de paz possibilitou a
prosperidade econômica, que foi estimulada pelas políticas do Estado absolutista,
impulsionando a expansão comercial. Além dessas duas principais causas, podemos citar a
existência de uma grande burguesia capaz de realizar investimentos nas expedições, a posição
estratégica, a tradição em navegação e as invenções tecnológicas da época, como a bússola e
o astrolábio.
23) Quais foram as principais expedições portuguesas?
Podemos indicar como as principais expedições portuguesas:
1588: Bartolomeu Dias, que cruzou o cabo da boa esperança.
1498: Vasco da Gama conquistou Calicute na Índia.
1500: Pedro Alvarez Cabral chegou ao Brasil.
1519: Viagem de circunavegação de Fernão de Magalhães.
24) Explique a participação da Igreja no processo de expansão marítima e na conquista da
América.
“A Igreja associou-se ao Estado por meio do regime de padroado. Os estados oficializavam a
religião católica e os reis podiam interferir na indicação dos bispos e arcebispos. Por onde os
reinos se expandiam, aumentava também o poder e o alcance da fé católica. Os clérigos
colaboravam com a colonização cultural dos nativos e na demarcação de territórios para os
Estados que eles representavam. Também podemos destacar a criação da Cia de Jesus, no
Concílio de Trento, com a missão de expandir o catolicismo nos povos do novo mundo”.
25)O que foi o Tratado de Tordesilhas?
Foi a divisão do mundo entre as duas maiores potências marítimas da época, Portugal e
Espanha. O tratado foi mediado pelo papa e previa que, a partir de 370 léguas das ilhas de Cabo
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Verde, as terras a leste seriam portuguesas, e à Espanha coube o Oeste. Ele foi aprovado em
1494, um ano depois de Portugal ter negado a bula intercoetera, que fazia uma divisão similar,
mas o lado português seria a partir de 100 léguas de Cabo Verde. No Brasil, a linha passava
entre Belém do Pará e Laguna, em Santa Catarina, aos poucos os portugueses foram
colonizando as terras que foram incorporadas ao nosso território, por meio de negociações e
tratados com a Espanha.
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6. EXERCÍCIOS
1. (IDECAN - SEARH / 2016)
Texto I
“Segundo o historiador francês Fernand Braudel, ‘[...] essa política reagrupa comodamente
uma série de atos e atitudes, de projetos e ideias, de experiências que marcam, entre os séculos
XV e o século XVIII, a primeira afirmação do Estado Moderno em relação aos problemas
concretos que ele tinha que enfrentar’.” (Braudel, 1979.)
Texto II
(Disponível em:
https://iw=1920&bih=979&site=webhp&+charges&imgrc=h0QBXoU2s9qx9M%3A.)
Os textos relacionam‐se ao:
A) Liberalismo.
B) Bulionismo.
C) Capitalismo.
D) Mercantilismo.
Comentários
A alternativa A falsa, pois o liberalismo é antagônico ao que está representado no texto,
especialmente no texto II, pois a filosofia ou ideologia do liberalismo é fundada sobre as ideias de
liberdade individual e da igualdade de direitos.
A alternativa B também é falsa, uma vez que o bulionismo é uma política econômica baseada no uso
de metais preciosos, principalmente ouro e prata, que eram usados como moeda de compra e venda
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de diversos itens. O valor da moeda correspondia à quantidade de metal que ela possuía, ou seja,
quanto mais pesada ou maior, mais valia.
A alternativa C também é falsa, de tal modo que o sistema econômico capitalista é uma fenômeno
que tem seu desenvolvimento propriamente dito junto com as Revoluções Industriais, isto é,
durante os séculos XVIII e XIX.
A alternativa D é a resposta certa. O mercantilismo foi uma política econômica vigente nos reinos
europeus absolutistas, que tinham como principais características a intervenção do Estado, o
metalismo e o colonialismo. A intervenção econômica do Estado visava fortalecer e regulamentar a
estrutura financeira do reino, possibilitando assim a constituição de exércitos e marinhas, que eram
fundamentais na estrutura do Estado Moderno, sendo que uma das suas características era a
garantia de segurança. Já o metalismo consistia em manter um equilíbrio favorável ao reino entre a
saída e a entrada de metais preciosos, uma vez que se acreditava que a riqueza de um país media-
se pela quantidade de metais preciosos dentro de suas fronteiras. Também era utilizado o
protecionismo, para garantir uma balança comercial favorável, com altas taxas alfandegárias,
fazendo com que a mercadoria estrangeira se tornasse tão cara que era mais vantajoso adquirir um
produto nacional. Por último, havia a fundamental necessidade de manter colônias, ou seja, explorar
e dominar novas terras além da Europa. A função das colônias era fornecer valiosos produtos para
suas metrópoles, que seriam depois vendidas no mercado europeu. Por outro lado, as próprias
colônias eram obrigadas a comprar as manufaturas da metrópole por preços elevados, o que foi
chamado de pacto colonial.
(LIMA; PEDRO, 2005).
Gabarito: D
2. (IF-TO - IF-TO / 2016)
“As teorias e práticas mercantilistas estão inseridas no contexto da transição do Feudalismo
para o Capitalismo, possuindo ainda características marcantes das estruturas econômicas
feudais e já diversos fatores que serão mais tarde identificados com características capitalistas,
não sendo nenhum dos dois sistemas, no entanto. O termo mercantilismo define os aspectos
econômicos desse processo de transição. Se o mercantilismo tem sua contraparte política no
Estado absoluto, no campo social tem relação com a estrutura social comumente conhecida
como sociedade do Antigo Regime.”
(SILVA, Kalina V. & SILVA, Maciel Henrique. “Dicionário de conceitos históricos”. São Paulo :
Contexto, 2009, p. 283-284).
Das práticas apresentadas abaixo, qual não pode ser identificada como pertencente ao
mercantilismo:
A) Metalismo.
B) Protecionismo alfandegário.
C) Incentivo às manufaturas.
D) Balança comercial favorável.
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E) Liberalismo econômico.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois o metalismo foi uma característica importante do mercantilismo,
que usava os metais preciosos extraídos principalmente das colônias como moeda comercial.
A alternativa B também é incorreta, pois o protecionismo alfandegário consistia no aumento das
taxas alfandegárias, de tal maneira que os produtos importados ficavam mais caros. Isso ocorria para
estimular o comércio de produtos internos.
A alternativa C também é incorreta, uma vez que o incentivo às manufaturas ocorria, mas apenas
nas metrópoles dos Estados Absolutistas, que impediam a criação de manufaturas nas colônias, de
tal modo a centralizar o comércio e fortalecer o poder do Estado.
A alternativa D também é incorreta, pois a balança comercial favorável era a estratégia utilizada
pelos Estados Absolutistas com a implantação do protecionismo alfandegário, na medida em que a
balança comercial de um determinado país só está favorável quando este exporta mais do que
importa.
A alternativa E é a resposta correta, de tal modo que o liberalismo econômico é antagônico ao
mercantilismo, além de ser contrário ao Antigo Regime, pois pregava a liberdade individual e a
igualdade de direitos.
(AS GRANDES DOUTRINAS ECONÔMICAS, 2018).
Gabarito: E
3. (NUCEPE - SEDUC-PI - Professor / 2015)
“[...] devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que
consumirmos deles.”
(MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa:
Plátano, 1976.vol. II, p.223).
O pensamento contido nesta frase expressa um dos princípios do mercantilismo, que é o da
balança comercial favorável.
Assinale a alternativa CORRETA na qual conste a denominação dada ao mercantilismo na
França e Espanha, respectivamente.
A) Colbertismo e Bulionismo.
B) Industrialismo e Colbertismo.
C) Colbertismo e Exclusivo Colonial.
D) Industrialismo e Bulionismo.
E) Comercialismo e Colbertismo.
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Comentários
A alternativa A é a resposta certa. O colbertismo é a forma como também é conhecida a política
mercantilista de Jean-Baptiste Colbert (1619-1683), que se baseava na teoria da balança comercial
favorável e no pacto colonial. O pacto colonial obrigava as colónias a ter relações comerciais apenas
com a metrópole, de modo que a intervenção do Estado era muito forte, limitando a iniciativa
privada. Já o bulionismo é o nome da doutrina que considerava a acumulação de metais preciosos
como o principal e mais garantido meio de conservar e acumular riquezas. Fernando e Isabel de
Castela, os Reis Católicos, proibiam a saída de metais preciosos e atraíram as moedas estrangeiras
elevando a taxa de juros. Os vícios desta política foram o contrabando, a estagnação das forças
políticas e o atraso do crescimento industrial e comercial.
As alternativas B e D são falsas, pois o industrialismo não é nem um nome dado ao mercantilismo e
nem uma característica sua. Ao passo que o mercantilismo, especialmente por sua economia
metalista, isto é, baseada no acumulo de metais precisos, acabou freando o crescimento industrial
e comercial, pois a riqueza era baseada no que se acumulava, descartando os investimentos na
produção e alimentando a falsa ideia de que tudo poderia ser comprado e que o estoque de metais
preciosos seria sempre suficiente.
A alternativa C também é falsa, uma vez que exclusivo colonial não é um nome dado ao
mercantilismo nem na Espanha e nem na França, ao passo que a colonização no mercantilismo era
uma ação estruturante que garantia as explorações e o acúmulos de metais preciosos.
A alternativa E também é falsa, pois o comercialismo não é um nome dado ao mercantilismo nem
na Espanha e nem na França, ao passo que o comercio mercantilista tinha por característica a
balança comercial favorável, visando exportar mais do que importar.
(AS GRANDES DOUTRINAS ECONÔMICAS, 2018).
Gabarito: A
4. (IFC - IFC-SC - Professor / 2010)
Durante a fase de transição do feudalismo para o capitalismo foi colocada em prática a política
econômica mercantilista. As grandes monarquias européias do século XVI, com maior ou
menor êxito, enveredaram pela via do intervencionismo econômico. Avalie as sentenças abaixo
sobre as características gerais do mercantilismo europeu.
I – entesouramento de metais como o ouro e prata advindos tanto do comércio externo como
dos territórios conquistados.
II – o desenvolvimento da manufatura para suprir tanto o mercado interno como para
exportação.
III – esforço para exportar mais e importar menos, deixando a balança comercial favorável.
Assim:
A) Nenhuma alternativa está correta.
B) Todas as alternativas estão corretas.
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C) Somente I e II estão corretas.
D) Somente II e III estão corretas.
E) Somente I e III estão corretas.
Comentários
A alternativa B é a resposta certa, pois todas as sentenças estão corretas. As doutrinas mercantilistas
apareceram em meados do século XV e tiveram maior expressão no século XVII e XVIII. Nesta época
os descobrimentos marítimos eram proeminentes, aliados ao consequente fluxo de metais preciosos
para os cofres das metrópoles europeias. O volume de ouro e prata aumentava de forma expressiva,
forçando a substituição de uma sociedade rural e artesanal para uma sociedade comercial e
manufatureira. Surge um novo tipo de homem: o mercador audacioso ou aventureiro. A produção
manufaturada visava suprir o mercado interno e a exportação, de tal modo que deveria se exportar
mais do que importar, para garantir uma balança comercial favorável. Para tanto, foi desenvolvido
um sistema de protecionismo alfandegário, que aumentava as taxas alfandegárias dos produtos
importados, forçando o comercio interno, pois os produtos estrangeiros ficavam bem mais caros.
(AS GRANDES DOUTRINAS ECONÔMICAS, 2018).
Gabarito: B
5. (ACAFE - PC-SC / 2008)
O mercantilismo do Estado Moderno evidenciou a íntima relação entre o Estado e a economia.
Relacionadas ao mercantilismo, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
A) A expansão marítima europeia dos séculos XIV e XV e o consequente domínio de colônias
foram incentivados pelo Estado Nacional como forma de ampliar as práticas mercantilistas.
B) Defendia o liberalismo econômico e a livre concorrência, conforme pregava Adam Smith,
conhecido economista mercantil.
C) O mercantilismo defendia uma balança comercial favorável, ou seja, que as exportações
fossem maiores que as importações.
D) Uma das características do mercantilismo foi o metalismo, que identifica o poder e a riqueza
de um Estado com a quantidade de metais preciosos que ele possui.
Comentários
A alternativa A é incorreta, pois é fato que as expansões marítimas europeias dos séculos XIV e XV
favoreceram as práticas mercantilistas, de tal modo que a colonização advinda das grandes
navegações resultou na exploração e acumulo de metais preciosos, bem como na política comercial
centrada no enriquecimento das metrópoles, nos pactos coloniais e no protecionismo.
A alternativa B está correta, uma vez que o liberalismo econômico e a livre concorrência eram
contrários ao mercantilismo, uma vez que este era intervencionista e centralizador, enquanto que
os ideais liberais, aliados à burguesia ascendente, apostavam em um Estado mínimo e no mercado
alto-regulatório.
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A alternativa C também é incorreta, pois de fato a balança comercial favorável era um dos principais
pontos do sistema mercantilista. A exportação da produção manufaturada e a limitação do consumo
interno de produtos estrangeiros, por meio do protecionismo alfandegário, garantiam que o Estado
exportasse mais do que importasse.
A alternativa D também é incorreta, ao passo que o metalismo era de fato uma característica central
do mercantilismo, resumindo o poder nacional na acumulação de metais preciosos como principal e
mais garantido meio de conservar e acumular riquezas.
(AS GRANDES DOUTRINAS ECONÔMICAS, 2018).
Gabarito: B
6. (FUNCAB - SEDUC-RO - Professor / 2013)
“A França apresenta-se como o país típico do mercantilismo em sua forma clássica. Suas lutas
contra a Espanha, contra a Holanda e, por último, contra a Inglaterra, traem facilmente as
preocupações mercantis e coloniais da monarquia francesa” No governo de Luís XIV, a adoção
de uma política protecionista e manufatureira de grande amplitude caracteriza o
mercantilismo na França. Denominamos o mercantilismo francês nessa época de:
(FALCON, Francisco J.C. Mercantilismo e Transição. São Paulo: Brasiliense,Coleção, 1981. p.
75).
No governo de Luís XIV, a adoção de uma política protecionista e manufatureira de grande
amplitude caracteriza o mercantilismo na França. Denominamos o mercantilismo francês nessa
época de:
A) bulionismo.
B) metalismo.
C) fisiocratismo.
D) colbertismo.
E) pragmatismo.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois o bulionismo é o nome dado ao modelo mercantilista empregado pelo
reino de Espanha, que sebaseava no metalismo, isto é, considerava a acumulação de metais
preciosos como o principal meio de enriquecer o Estado Absolutista.
A alternativa B é incorreta, pois o metalismo é uma prática no interior do sistema mercantilista, que
considerava a acumulação de metais preciosos como o principal e mais garantido meio de conservar
e acumular a riqueza do Estado Absolutista.
A alternativa C também é falsa. Apesar do fisiocratismo ser uma prática política econômica
desenvolvida por economistas franceses do século XVIII, a sua concepção era contrária ao
mercantilismo. Ao passo que os fisiocratas expunham de uma forma clara, ordenada e sistemática
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uma concepção particular do mercado, segundo a qual este dependia apenas dos movimentos
econômicos e não do Estado.
A alternativa D está correta. A França era um dos países que não exploravam diretamente minas de
ouro ou de prata, de tal maneira que não se punha o problema de conservar os metais preciosos,
mas o de os atrais e acumular. Ao contrário do mercantilismo espanhol ou bulionismo, designa-se o
mercantilismo francês por industrialista ou estatista. A finalidade mantinha-se em aumentar os
estoques monetários. Mas o meio era a exportação da produção manufaturada e a limitação do
consumo interno e do salário dos trabalhadores. Essa modelo mercantilista é conhecido também
como colbertismo, pois foi pensado por Jean-Baptiste Colbert (1619-1683) e baseava-se na teoria da
balança comercial e no pacto colonial.
A alternativa E também é falsa, pois o pragmatismo é uma corrente de ideias que se baseia na
proposta de que a validade de uma doutrina é determinada pelo seu bom êxito prático É
especialmente aplicado ao movimento filosófico norte-americano inspirado nas ideias de Charles
Sanders Peirce (1839-1914) e William James (1842-1910).
(AS GRANDES DOUTRINAS ECONÔMICAS, 2018).
Gabarito: D
7. (CESPE - SAEB-BA - Professor / 2011)
A imagem acima é um fragmento da pintura do teto da Capela Sistina, pintada por
Michelângelo, entre 1508 e 1512. Esse pintor, juntamente com outros artistas e pensadores,
faz parte de um período a que a História chamou Humanismo. De acordo com a imagem e as
características do Humanismo, é correto concluir que
A) o homem é entendido como ser especial da criação divina, que age e reflete sobre sua
existência, mas sob os desígnios da divindade.
B) a igreja católica entrou em decadência, em razão da dificuldade de ceder às exigências dos
segmentos laicos em favor de uma postura mais caritativa.
C) a concorrência entre a religião católica e a protestante levou a igreja de Roma a decorar seus
templos com figuras humanas apelativas para atrair mais fiéis.
D) o homem passou a ocupar o centro das atenções, movimento conhecido como
antropocentrismo, negando-se Deus e a religião.
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A alternativa A é a resposta correta. Pode-se dizer que do ponto de vista do Humanismo, como ideal
e cosmovisão, o homem passou a ser o centro das indagações da sociedade. Em todos os
movimentos da época, literatos, artistas e pensadores acharam sempre que o paradigma do homem
e de tudo quanto lhe diz respeito está consubstanciado no legado dos antigos helênicos e latinos.
Até mesmo a visão acerca da divindade, que era representada sob os traços humanos, de tal modo
a sustentar que o homem era uma criação divina, sendo a sua imagem e semelhança.
A alternativa B é falsa, pois a Igreja Católica, em razão do secularismo motivado por algumas
vertentes humanistas, acirrou e fortificou as suas relações de poder e prestígio, bem como a
aceitação repressiva por meio da Inquisição.
A alternativa C também é falsa, uma vez que as 95 Teses de Martinho Lutero, que demarcaram
simbolicamente a Reforma Protestante, só foram pregadas na porta da Igreja do Castelo de
Wittenberg em 1517. Ao passo que as representações dos templos católicos com figuras humanas
já eram feitas desde a Idade Média.
A alternativa D está incorreta, pois apesar de ter havido um Humanismo de inspiração laica, não se
pode afirmar que Deus e a religião eram completamente negados, pois a estrutura dominante na
época tinha a Igreja Católica como pilar central, definindo e determinando as disputas e relações de
poder.
(MENDES, 1995).
Gabarito: A
8. (IBADE - SEE -PB / 2017)
Leia o texto.
“A arte, até então eclesiástica, sob o controle dos padres-pedreiros, torna-se laica; ela passa às
mãos dos pedreiros livres, servidores casados da Igreja cujas humildes colônias, postas sob sua
proteção constroem, mesmo em formas independentes, esses edifícios grandiosos, onde o
peito do homem encontra finalmente respiração, com a vaguidão do sonho e a liberdade dos
suspiros.”
MICHELET, Jules. A agonia da Idade Média. São Paulo: Educ, 1992, p. 23.
O extrato acima se refere à(ao):
A) arte românica.
B) período neoclássico.
C) início do renascimento
D) alta idade média,
E) idade moderna.
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A alternativa A é incorreta, uma vez que a arte românica é datada do período de expansão do
cristianismo pela Europa, entre os séculos XI e XIII, e foi o primeiro depois da queda do Império
Romano a apresentar características comuns em várias regiões. Até então a arte tinha se
fragmentado em vários estilos, sendo o românico o primeiro a trazer uma unidade nesse panorama.
A alternativa B também é incorreta, pois a arte neoclássica ocorreu já em um período onde a
arquitetura se manifestava especialmente de forma laica, tendo seu início as últimas décadas do
século XVIII e se estendendo pelo século XIX, sob a inspiração da arquitetura greco-romana.
A alternativa C é a resposta certa. O movimento artístico chamado de Renascimento, nasceu na
Itália, em Florença, nas primeiras décadas do século XV. E na primeira metade do século seguinte,
quando Roma se sobrepunha a Florença como principal centro artístico, tinha alcançado os
resultados mais clássicos, difundindo-se pelo resto da Europa, iniciando uma completa revolução
artística, cujos efeitos perdurariam, com constantes acontecimentos, durante séculos, até quase o
limiar da nossa época. Este movimento estabeleceu princípios, métodos e, sobretudo, formas
originais. Tais formas provêm de duas principais fontes: a reutilização, após um intervalo de quase
um milênio, das formas características da arte clássica – arte grega e arte romana; e a aplicação de
uma nova descoberta técnica: a perspectiva, conjunto de regras matemáticas e de desenho que
permitem reproduzir sobre uma folha de papel ou sobre qualquer superfície plana, o aspecto real
dos objetos. Nesse período ocorreram muitos progressos e incontáveis realizações no campo das
artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi, sem
dúvida, o mote desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Num sentido
amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem e da natureza, em oposição ao
divino eao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média. Agora os
arquitetos não eram mais os pedreiros orgânicos da Igreja, mas leigos. Destaca-se, pois,
Michelangelo (1475-1564) que em seus últimos anos dedicou-se à arquitetura, supervisionando a
reconstrução da Basílica de São Pedro, em Roma. Ele acreditava que “os membros da arquitetura
são derivados dos membros humanos”. As unidades arquitetônicas deveriam cercar simetricamente
um eixo central vertical, assim com braços e pernas flanqueiam o tronco humano.
A alternativa D) também é incorreta. Na Idade Média a arte tem suas raízes na época conhecida
como Paleocristã, trazendo modificações no comportamento humano e com o Cristianismo a arte
se voltou para a valorização do espírito. Os valores da religião cristã vão impregnar todos os aspectos
da vida medieval.
A alternativa E) também é incorreta, apesar do período em questão se referir à idade moderna, em
termos concretos se trata do movimento artístico, filosófico e cultural que é o renascimento.
(MARTINS; IMBROISI, 2019).
Gabarito: C
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116
A respeito das transformações da sociedade europeia entre os séculos XV e XVIII, julgue os
próximos itens.
9.
O antropocentrismo é um dos elementos caracterizadores do Renascimento.
Comentários
Talvez a mais marcante característica do Renascimento tenha sido a valorização do ser humano. O
humanismo (ou antropocentrismo, como é chamado com frequência) colocou a pessoa humana no
centro das reflexões. Não se trata de opor o homem a Deus e medir forças. Deus continuou soberano
diante do ser humano. Tratava-se, na verdade, de valorizar as pessoas em si e encontrar nelas as
qualidades e virtudes negadas pelo pensamento católico medieval. O homem era valorizado como
a mais bela e perfeita obra da natureza. Os renascentistas acreditavam que uma pessoa poderia vir
a aprender e a saber tudo o que se conhece. Seu ideal de ser humano era, portanto, aquele que
conhecia todas as artes e todas as ciências. Leonardo da Vinci foi considerado, por essa razão, o
modelo do homem renascentista, pois dominava várias ciências e artes plásticas.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Certo
10.
O fenômeno cultural do Renascimento ocorreu predominantemente no leste europeu.
Comentários
A afirmação é errada, pois o Renascimento ocorreu, em maior ou menor grau, em várias regiões da
Europa. Começou na Itália e expandiu-se para a França, Alemanha, Inglaterra, Espanha, Portugal e
Holanda. Apesar das diversidades regionais, observamos características comuns e fundamentais do
Renascimento, como: retomada da cultura clássica, o antropocentrismo, o ideal de universalidade,
a valorização da razão e da natureza.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Errado
11. (FGV - SME - SP / 2016)
Um professor de história inspira-se nas observações metodológicas de Leandro Karnal a
respeito do uso de obras de arte no ensino da História para tratar da cultura do Renascimento:
“Não se deve estabelecer na análise artística uma leitura de ‘reflexo’ da sociedade, pois
significaria negar o estatuto da própria arte. A arte não é um reflexo, mas constitui também a
maneira de perceber o mundo e passa a constituir este mesmo mundo”.
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(Piero della Francesca, Perspectiva de uma cabeça, desenho a bico de pena, in Sobre a
perspectiva do pintar, 1474.)
As opções a seguir interpretam corretamente o documento iconográfico no contexto da cultura
renascentista, sem reduzir a arte a um reflexo da sociedade, à exceção de uma. Assinale-a.
A) Os estudos de perspectiva do artista, ao tomar o corpo humano como modelo, espelham a
ideologia antropocêntrica própria da sociedade burguesados centros urbanos renascentistas.
B) A perspectiva do artista se baseia na arte da medida, entendida como projeção matemática
dos corpos sobre a superfície da pintura.
C) As grandezas sofrem uma diminuição proporcional à distância do observador, como
demonstrado na representação frontal da cabeça inclinada.
D) O artista transforma o corpo natural em sólido geométrico para torná-lo mensurável,
seccionando a cabeça por planos meridianos e paralelos.
E) O artista produziu um manual técnico sobre as regras do desenho, fornecendo imagens
explicativas para o cálculo da projeção geométrica.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, uma vez que a afirmação está reduzindo os estudos de perspectiva
do artista como um reflexo do antropocentrismo, por se tratar de uma face humana. Mas o fato é
que o desenho se trata de um estudo baseado na arte da medida, na proporção, na mensuração, em
regras e no cálculo: características definidoras da arte renascentista.
A alternativa B é incorreta, pois a perspectiva matemática era uma característica fundamental da
arte renascentista, que percebia o mundo como algo a ser traduzido através da linguagem
matemática que antecipava as obras de arte.
A alternativa C também é incorreta, pois a proporcionalidade era uma característica da arte
renascentista, demarcando a sua condição harmônica e voltada para a busca da perfeição na
representação.
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116
A alternativa D também é incorreta, pois a mensuração e a geometria na arte renascentista eram
estruturantes na proposta de representarem da melhor maneira a realidade das coisas, seja a
natureza, as obras humanas ou os próprios seres humanos.
A alternativa E também é incorreta, pois os manuais e tratados foram amplamente desenvolvidos
na arte renascentista, de tal modo a consolidar um movimento autentico.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: A
12. (UFMT - IF-MT - Professor / 2015)
A imagem abaixo é uma reprodução da célebre obra de Rafael Sanzio, A Escola de Atenas,
encomendada pelo Vaticano e pintada entre os anos de 1509 e 1510, e pode ser considerada
uma síntese perfeita do espírito renascentista em termos artísticos e intelectuais.
A partir da imagem, pode-se afirmar que os ideais estéticos e filosóficos do Renascimento são:
A) A valorização do pensamento filosófico da Antiguidade clássica e a criação da perspectiva
do ponto de fuga.
B) A defesa da escolástica e a adoção dos princípios pictóricos sistematizados pela obra de
Giotto.
C) A hegemonia das concepções teológicas agostinianas e a preservação dos preceitos do
gótico flamejante.
D) O abandono da filosofia aristotélica e a utilização da técnica do chiaroscuro.
Comentários
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A alternativa A é a resposta certa. O Renascimento foi um movimento que buscou reviver as
capacidades do homem em um novo despertar da consciência de si próprio e do universo, buscandoinspiração na antiguidade clássica greco-romana. Na pintura renascentista, os planos serviram para
dar a ideia de profundidade. Na Escola de Atenas, afresco de Rafael, representando os principais
pensadores gregos, nota-se que o espaço da obra de arte é todo construído a partir de um único
ponto de vista, o que necessitou o emprego de complexos cálculos matemáticos, empregando uma
técnica chamada de perspectiva.
A alternativa B é falsa, pois a escolástica foi o movimento teológico-filosófico que ocorreu durante
a Idade Média, baseados fundamentalmente em Aristóteles e nas interpretações deste filósofo
advindas de pensadores árabes. A escolástica teve grandes expoentes, dentre os quais citamos
Tomas de Aquino, que fundou a filosofia tomista e foi conclamado como doutor da Igreja. Além
disso, as obras de Giotto são marcadamente góticas.
A alternativa C também é falsa, pois a partir da imagem é possível constatar certa laicidade, quando
se evidencia a presença dos filósofos gregos e não as representações de figuras divinas.
A alternativa D também é falsa, uma vez que no período renascentista, apesar da filosofia aristotélica
começar a passar por algumas revisões interpretativas, principalmente no que tange aos seus
postulados acerca da natureza física, não é correto deduzir que houve um abandono da filosofia de
Aristóteles.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: A
13. (Prefeitura de Betim-MG / 2015)
Os séculos XV e XVI constituem a época dos desbravamentos e das descobertas. É quando surge
também uma nova mentalidade, que mais tarde será o Renascimento. São características desse
período na Europa, EXCETO:
A) Teocentrismo.
B) Antropocentrismo.
C) Período de grandes navegações.
D) Renovação cultural.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa, uma vez que é incorreto afirmar que o teocentrismo foi uma
característica do Renascimento europeu. Teocentrismo é a crença que considera Deus como o
centro de tudo, uma doutrina que foi amplamente sustentada durante a Idade Média e que se não
saiu de cena pelo menos entrou em declínio considerável durante o Renascimento, pois o homem
passou a ocupar o lugar de Deus, isto é, sendo o centro do universo como a mais bela e perfeita obra
criada pela natureza.
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A alternativa B é falsa, pois o antropocentrismo de fato foi uma das características principais do
movimento renascentista europeu, colocando o homem como o centro de tudo, principalmente por
causa da proposta de fazer reviver as capacidades humanas e a valorizar a razão.
A alternativa C também é falsa, de tal modo que o período das grandes navegações foi muito
importante no interior do renascentismo europeu, pois a descoberta de outros continentes, de
outros povos e de outras formas de vida natural diferentes da europeia, sobrevalorizou as
capacidades do homem europeu, levando-o a crer que o tempo e a natureza o pertenciam e que ele
deve usá-lo em benefício próprio.
A alternativa D também é falsa, ao passo que o Renascimento de fato promoveu uma revolução
cultural na Europa. Realizando um paralelo entre o período anterior podemos perceber que os
valores medievais, como a crença de que Deus está no centro do universo ou que o corpo é fonte
puramente de pecado, são contrário aos valores renascentistas, que colocavam o homem como o
centro das atenções e o corpo humano era valorizado como fonte de beleza e de prazer.
(BOULOS JÚNIOR, 2009).
Gabarito: A
14. (CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)
No que se refere à história da cultura, das linguagens, das artes, das ciências, da técnica e da
filosofia no mundo ocidental, julgue o próximo item.
O Renascimento promoveu a revalorização da cultura clássica antiga, cujos desdobramentos
marcaram as artes, a literatura, a arquitetura, a historiografia e as ciências na Europa, entre o
final da Idade Média e o começo da era moderna.
Comentários
O Renascimento cultural teve sua origem nas mudanças políticas, econômicas e sociais ocorridas a
partir da Baixa Idade Média. Foram transformações dos padrões de comportamento, das crenças,
das instituições, dos valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e que atingiram a alta
burguesia e a nobreza, excluindo os demais segmentos da sociedade. Alterações na mentalidade
humana, bem como no gosto, na arte, na filosofia, na teologia, na economia e na política fizeram
parte de um processo lento. Foram os próprios renascentistas (escritores, pintores e cientistas) que
chamaram sua época de Renascimento. Os renascentistas acreditavam que ao desconsiderar a Idade
Média e se inspirar nas obras dos gregos e romanos, eles estavam fazendo renascer a cultura.
(MOTA; BRAICK, 2005; BOULOS JÚNIOR, 2009).
Gabarito: Certo
15. (FUNCAB - SEDUC-RO - Professor / 2013)
“A reflexão humanista colocou o homem no centro do mundo e, como ele passou a ter
consciência de seus feitos no mundo, era necessário que esses feitos no mundo, era necessário
que esses feitos fossem relatados como realizações humanas.”
(COLLINGWOOD. R. G. A ideia de história . Lisboa: Presença, [s.d.], p. 98.)
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A partir da citação acima, com relação ao humanismo e ao renascimento, é correto dizer que:
A) a inspiração na cultura medieval permitiu que os humanistas valorizassem o homem e as
suas ações.
B) as ações humanas eram expressões únicas da vontade divina, daí o seu caráter teocêntrico.
C) a valorização do teocentrismo existiu como forma de oposição ao antropocentrismo
medieval.
D) as ideias socialistas desse movimento cultural inspiramos movimentos sociais da
modernidade.
E) a inspiração em ideais humanistas clássicos revalorizava a condição humana.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois foi diante de uma postura de ruptura que os renascentistas se
relacionavam com a Idade Média, acreditando que deviam buscar inspiração na Antiguidade Clássica
da Grécia e Roma.
As alternativas B e C também são falsas, uma vez que os renascentistas se distanciaram do
teocentrismo medieval, substituindo o lugar de Deus pelo do homem, que passou a ser encarado
como a criatura mais bela e perfeita da natureza.
A alternativa D também é falsa, de tal modo que o Renascimento é um movimento que ocorreu
entre o século XIV e o século XVI, ao passo que as ideias socialistas só surgem no século XIX.
A alternativa E é a resposta certa. Os humanistas surgiram nesse ambiente próprio do Renascimento,
com a renovação de ideias. Eram homens que queriam melhorar o ensino nas universidades,
introduzindo estudos baseados na razão, no cálculo e na experiência. Seu principal objetivo era o
conhecimento do homem, de seu corpo, sua história, ideias e emoções. O homem passou a construir
as coisas à sua imagem e semelhança, escolheu seu próprio passado e teve a capacidade de deixar
um testemunho da sua existência a partir da sua excelência e imortalidade.
(MOTA; BRAICK, 2005; BOULOS JÚNIOR, 2009).
Gabarito: E
16. (CESPE - Prefeitura de São Luís-MA / 2017)
Acerca da Reforma Protestante do século XVI, assinale a opção correta.
A) O sucesso da Reforma Protestante do século XVI deveu-se, essencialmente, às disputas
políticas entre o papado e os governos locais.
B) A iniciativa de Lutero estimulou a criação de diversas igrejas nacionais, que tinham nos
príncipes as maiores autoridadespolíticas e teológicas.
C) A Igreja Católica reagiu ao movimento reformista com a Contrarreforma, que se caracterizou
pela reafirmação dos princípios criticados pelos reformadores e pela criação da Inquisição.
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D) A contestação enfrentada pela Igreja Católica no século XVI foi um fato inédito, haja vista a
plena aceitação de seus dogmas e de suas decisões ao longo de toda a Idade Média.
E) O princípio da salvação pela fé era uma das bases da reforma proposta por Martinho Lutero
em oposição à doutrina católica, marcada pela confissão, pelo arrependimento e pela
penitência.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois o sucesso da Reforma Protestante do século XVI deveu-se,
essencialmente, aos abusos da Igreja Católica, que era a instituição mais rica e poderosa da face da
Terra, deixando muitas pessoas insatisfeitas, querendo uma religião mais simples e mais próxima
dos ensinamentos de Jesus.
A alternativa B também é falsa, pois o termo protestantismo não designa uma Igreja ou seita
específica, mas o movimento de reforma religiosa iniciado na Alemanha, no século XVI, por Martinho
Lutero, que deu origem a diversos grupamentos evangélicos.
A alternativa C também é falsa, uma vez que a Contrarreforma se caracterizou, na verdade, pela
reafirmação do poder papal, propôs a criação de seminários para a formação de padres, organizou
o Index, isto é, a relação de livros que os católicos estavam proibidos de ler, reativou a Inquisição
com o objetivo de vigiar, julgar e punir qualquer pessoa acusada de heresia.
A alternativa D também é falsa, pois na Idade Média a Igreja Católica era rica e poderosa. Os bispos
possuíam feudos enormes e muitos servos. O papa tinha muita força política: convocava pessoas
para participar das cruzadas, celebrava acordos entre países, interferia na escolha dos reis, etc. Além
disso, os líderes da Igreja praticavam um comércio fraudulento de artigos religiosos. Vendiam
objetos dizendo ser pedaços de ossos do jumento montado por Jesus; pedaços de pano qualquer
dizendo ser do manto de Maria e várias outras “relíquias”. E mais: bispos e padres vendiam também
as indulgências, isto é, o perdão dos pecados. Entre os primeiros reformadores estão John Wycliffe
(1320-1384), acusado de heresia, e John Huss (1369-1415) acusado de heresia e queimado vivo.
A alternativa E é a resposta certa. No início do século XVI, um monge alemão, de nome Martinho
Lutero, revoltou-se contra o escândalo da venda de indulgências e com isso deu início ao maior abalo
já ocorrido no interior da Irgeja Católica: a Reforma Protestante. A doutrina luterana criticava,
sobretudo, a venda de indulgências e a postura poderosa do papa. Essa doutrina defendia que
somente a fé em Deus salva as pessoas, que a bíblia é a única fonte realmente confiável (por isso a
traduziu para o alemão), que o batismo e a eucaristia são os dois únicos sacramentos, que o culto
aos santos e à infalibilidade do papa não tem fundamento e que qualquer membro da Igreja pode
se casar.
(BOULOS JÚNIOR, 2009).
Gabarito: E
17. (Quadrix - SEDF - Professor / 2017)
Alguns dos mais importantes fundamentos da civilização ocidental foram lançados na
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). Esse legado apresenta-se em múltiplos aspectos, entre
os quais podem ser citados as artes, a filosofia, a política e o direito. Nos mil anos que se
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seguem à queda de Roma, a Europa se ruraliza, a economia mercantil sofre grande refluxo e
verifica-se a ascendência, não apenas religiosa, de uma instituição centralizada e de extrema
capilaridade – a Igreja Católica. A Baixa Idade Média anuncia profundas transformações que
atingem a culminância no início da Idade Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, o Ocidente se
reinventa geográfica, política e culturalmente. Em fins do século XVIII, a partir da Inglaterra, a
Revolução Industrial inaugura uma nova era para uma história crescentemente globalizada.
Tendo as informações acima como referência inicial, julgue o item, relativo à história do mundo
ocidental.
Renascimento, Reforma religiosa e Estados nacionais assinalaram o início dos tempos
modernos; a expansão comercial e marítima dos séculos XV e XVI alargou os horizontes do
homem europeu, levando-o à Ásia, à África e à América.
Comentários
A divisão clássica da História indica que a Idade Moderna se inicia com o fim da Idade Média, no
século XV, quando ocorreu a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos, e se estende até o
século XVIII, com as Revoluções Industrial e Francesa. Nesse período, o mundo ocidental vivenciou
uma série de episódios que transformaram a sua História, dos quais destacam-se: a consolidação
das monarquias na Europa moderna, o absolutismo, o Renascimento cultural e científico, a
descentralização de Deus, a descentralização da Terra, a expansão ultramarina europeia, o encontro
com culturas de outros continentes, a Reforma Protestante, a Reforma Católica, a Reforma
Anglicana, as práticas mercantilistas, a colonização da América, a escravidão indígena e africana, o
primeiro livro impresso na prensa de Gutenberg, a volta ao mundo por Fernão de Magalhães, etc. A
Idade Moderna, sem dúvida, é marcada pela abertura dos horizontes da civilização europeia,
considerando aí as conquistas materiais e as barbaridades movidas pelo pensamento euro-centrista
dominador.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: Certo
18. (IDECAN - SEARH-RN /2016)
“Voltemo‐nos pois, em primeiro lugar, ‘a pessoa interior’, para ver o que faz com que ela se
torne justa, livre e verdadeiramente cristão, isto é, pessoa espiritual, nova, interior. É evidente
que em absoluto nenhuma coisa externa, qualquer que seja o nome que se lhe dê, tem
qualquer significado para a aquisição da justiça ou da liberdade cristã [...]”
(Lutero. Obras Escolhidas, vol. II, p. 437, apud Toledo.)
Martinho Lutero liderou a reforma protestante no século XVI na Europa, suas ideias que eram
consideradas até então absurdas pela igreja católica viriam desafiar a mesma, que era naquela
época quem ditava as regras. Essa nova forma de pensar de Lutero foi se espalhando primeiro
pela Alemanha e, posteriormente, por toda a Europa. A característica do mundo moderno,
também presente na doutrina Luterana, mesmo que com restrições, expressa na citação
anterior é:
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A) A laicização do estado.
B) A afirmação do individualismo.
C) A ética protestante e o espírito capitalista.
D) A crescente afirmação do profano sobre o sagrado.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois entre as propostas luteranas estava a existência de uma Igreja
nacional, sem as hierarquias religiosas como a que existia na Igreja Católica, em que o papado estava
acima de todos os cargos eclesiásticos.
A alternativa B está correta, uma vez que a Reforma Protestante rompeu com um estrutura
enrijecida, relativizando as concepções do mundo europeu e fortalecendo o sujeito individual,
especialmente ao afirmar que a fé(algo que é individual por excelência) constituía a única e
verdadeira fonte de salvação e que o dogma absoluto da religião reformada seria o texto das
Escrituras.
A alternativa C é falsa, de tal modo que “A ética protestante e o espírito do capitalismo” é o nome
de um livro escrito pelo sociólogo Max Weber em 1904-1905, que traz uma reflexão fundamental
acerca da organização capitalista e a consolidação advindo do espírito protestante, que valoriza a
ação humana. Em todo caso, não convém considerar que essa obra aposta em uma consequência
direta entre o protestantismo e o capitalismo, uma vez que o sociólogo reflete sobre as conjunções
que favoreceram no avanço de um e na consolidação do outro.
A alternativa D também é falsa, pois no interior das famosas 95 Teses de Lutero estava explicito o
combate à profanação da fé que vinha sendo realizada pelo papa, especialmente no que diz respeito
a venda de indulgencias.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: B
19. (NUCEPE - SEDUC-PI - Professor / 2015)
De forma contraditória, a Reforma Católica do século XVI teve entre seus líderes muitos
cardeais humanistas que sustentavam ideais progressistas em relação aos problemas
enfrentados pela Igreja, ideais estes sufocados durante o Concílio de Trento. Acerca da
Reforma Católica ou Contrarreforma Protestante, é CORRETO afirmar:
A) Com a Reforma Católica, a Igreja passou a adotar uma postura mais próxima aos ideais
renascentistas, com atitudes mais tolerantes com os fiéis, e dessa forma, procurava atrair de
volta aqueles que haviam aderido ao protestantismo.
B) Iniciada a Reforma Católica pelo Papa Paulo III, a Igreja Católica procurou a reconciliação
com o luteranismo e a adoção de alguns de seus princípios como forma de enfraquecer o
protestantismo.
C) O dogmatismo e a intolerância religiosa foram fortemente criticados e combatidos pela
Reforma Católica, demonstrados pela extinção do Tribunal do Santo Ofício.
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D) O Concílio de Trento criou uma Igreja mais rígida e que reafirmou seus dogmas, negados
pelo protestantismo.
E) Com a introdução do Index, a Igreja Católica procurava aproximar-se das proposições
protestantes, ao direcionar as leituras de seus seguidores.
Comentários
A alternativa A está incorreta, ao passo que uma das principais medidas da Reforma Católica foi a
reorganização do Tribunal do Santo Ofício, que atuava na Europa desde a Idade Média, julgando e
punindo aqueles que fossem suspeitos de difundir ideias e práticas religiosas em desacordo com a
Igreja.
A alternativa B também está incorreta, uma vez que a iniciativa do papa Paulo III de realizar o Concílio
de Trento (1545-1563), um dos encontros mais importantes da história milenar da Igreja, teve como
objetivo principal se posicionar frente às críticas protestantes, reafirmando o que foi negado pelo
protestantismo.
A alternativa C também está incorreta, pois os dogmas católicos foram, que eram criticados pelos
protestantes, foram reafirmados de maneira a fortalecer a Igreja, assim como a intolerância religiosa
aumentou com o reestabelecimento do Tribunal do Santo Ofício.
A alternativa D é a resposta certa. O Concílio de Trento reafirmou os dogmas católicos, a manutenção
dos sacramentos, a confirmação da transubstanciação, da hierarquia do clero e do celibato clerical.
O Concílio de Trento, contudo, também formulou normas para coibir abusos, como a venda de
indulgências e aprovou propostas para a fundação de seminários de teologia, destinados a melhorar
a formação do clero.
A alternativa E é falsa, pois o Index Librorum Proibitorum, como era chamado, era uma lista dos livros
cuja leitura era proibida aos católicos. Obras como “O elogio da loucura”, do humanista católico
Erasmo de Roterdam, edições de textos originais da Sagrada Escritura, traduzidos por teólogos
protestantes, textos de Calvino e Lutero que falavam de heresias e cismas, etc., constavam na lista
proibitiva. O Index, constantemente revisto, foi abandonado apenas em 1966.
(MOTA; BRAICK, 2005).
Gabarito: D
20. (IFC - IFC-SC - Professor / 2010)
De acordo com seus conhecimentos a respeito da Reforma Protestante, ocorrida na Europa
durante o século XVI, relacione a COLUNA A com a COLUNA B e, em seguida, marque a
alternativa correta, de cima para baixo.
COLUNA A
1 – Henrique VIII
2 – João Calvino
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3 – Martinho Lutero
COLUNA B
( ) Criou uma igreja inicialmente sem grandes modificações em termos de doutrina e culto
comparativamente à católica, mas a idéia de igreja nacional e de catolicismo sem Roma teve
em sua ação maior expressão que nos demais países – tornou-se chefe supremo desta igreja
através da aprovação pelo Parlamento do “Ato de Supremacia” (1534).
( ) Condenou a venda de indulgências (perdão dos pecados), pois acreditava que a salvação da
alma resultava da fé e que as boas obras em nada influíam para a salvação.
( ) Pregava o rigor da disciplina, a valorização moral do trabalho e da poupança, oferecendo
aos setores burgueses uma justificativa religiosa sólida a suas atividades.
( ) Negou o ato da transubstanciação (transformação do pão e do vinho em corpo e sangue de
Cristo), sugerindo que a mesma fosse vista apenas como a bênção sagrada do pão e do vinho,
que ele chamou de consubstanciação.
( ) Se mostrou favorável a livre interpretação da Bíblia, a uma igreja nacional livre da hierarquia
romana, o celibato dos padres desapareceria, haveria apenas dois sacramentos: o batismo e a
eucaristia.
A) 2, 3, 2, 1, 3
B) 2, 1, 3, 2, 1
C) 3, 2, 1, 1, 2
D) 1, 3, 2, 3, 3
E) 1, 3, 1,2 , 3
Comentários
A alternativa D é a resposta certa, pois a sequência das duas colunas está exata.
Na Inglaterra, o movimento reformista foi conduzido pelo próprio Rei. Ele vinha querendo se livrar
da interferência do papa e dos impostos cobrados pela Igreja Católica em seu país. Tudo começou
quando o Rei inglês Henrique VIII pediu ao papa que anulasse seu casamento com Catarina de
Aragão (filha dos reis da Espanha) alegando que ela não conseguiria lhe dar um filho homem para
ser seu herdeiro. Ao ter seu pedido negado pelo papa, Henrique VIII decidiu romper com a Igreja de
Roma em 1531 e se casou novamente, deste vez com Ana Bolena, uma dama da corte. O Parlamento
inglês, em comum acordo com Henrique VIII, reagiu aprovando o Ato de Supremacia em 1534, que
declarava o Rei como o novo chefe da Igreja da Inglaterra, chamada de Igreja Anglicana.
João Calvino acreditava que só a fé salva, assim como Lutero, rejeitava o culto às imagens e admitia
apenas dois sacramentos: o batismo e a eucaristia. Diferentemente de Lutero, poré, Calvino
acreditava na predestinação absoluta, ou seja, que as pessoas nada podiam fazer para mudar seu
destino. Alguns são predestinados por Deus à morte eterna; outros, à vida eterna. Em 1541, Calvino
tornou-se a principal figura do governo da cidade de Genebra, na Suíça, e a comandou com mão de
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ferro, proibindoo teatro, a dança e o jogo de cartas. Além disso, Calvino valorizava a moral do
trabalho, dizendo que se uma pessoa enriquecia por meio do próprio trabalho e de uma vida
puritana, era sinal de que tinha sido eleita por Deus. Vida puritana para ele era acordar cedo, dormir
cedo, poupar, não ingerir bebida alcoólica e dedicar-se inteiramente à oração e ao trabalho. Era a
valorização do estilo de vida burguês, o que contribuiu para a rápida difusão do calvinismo pela
Europa.
O monge alemão Martinho Lutero, no início do século XVI, revoltou-se contra o escândalo da venda
de indulgências e com isso deu início a Reforma Protestante. Por insistir na defesa de suas ideias,
Lutero acabou sendo excomungado pelo papa. Perseguido, Lutero refugiou-se na torre de um
castelo e traduziu a Bíblia para o alemão, possibilitando que muitas pessoas tivessem acesso a ela.
A sua doutrina dizia: que somente a fé em Deus salva as pessoas; que a Bíblia, por meio da qual Deus
se revela, é a única fonte realmente confiável; o batismo e a eucaristia são os dois únicos
sacramentos; o culto aos santos e a infalibilidade do papa não têm fundamento; e que qualquer
membro da Igreja pode se casar. As ideias de Lutero espalharam-se com velocidade. Para isso muito
contribuiu o aperfeiçoamento da imprensa.
(BOULOS JÚNIOR, 2009).
Gabarito: D
21. (FUNCAB - SEDUC-RO - Professor / 2013)
Durante a reforma protestante, surge um movimento em que a maioria dos convertidos era
recrutada nas massas camponesas e nos trabalhadores urbanos, cujas dificuldades materiais e
inquietações religiosas não foram levadas em conta por outros reformadores, identificados
com as classes dominantes. Identifique a qual corrente do movimento reformista o enunciado
faz referência.
A) Luteranismo.
B) Zwinglianismo.
C) Anabatista.
D) Calvinismo.
E) Anglicanismo.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois o que está sendo tratado no enunciado da questão diz respeito
ao movimento que foi dissidente do luteranismo, por este privilegiar os interesses da aristocracia.
A alternativa B também é falsa, uma vez que o zwinglianismo foi a doutrina baseada na Segunda
Confissão Helvética, promulgada por Ulrico Zuínglio (Huldrych Zwingli, em alemão) na década de
1560. Zuínglio acreditava que o Estado governava com sanção divina, que tanto a Igreja como o
Estado são colocados sob o governo soberano de Deus. Em sua doutrina, os cristãos são obrigados
a obedecer ao governo. Ele descreveu preferência por uma aristocracia sobre regra monárquica ou
democrático.
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A alternativa C é a resposta certa. Lutero tinha expectativas de que a nobreza alemã abraçasse a
religião reformada e pusesse em prática suas concepções. Havia, porém, outros setores
comprometidos com a Reforma, mais radicais do que os príncipes: os cavaleiros e as massas
camponesas reunidas em torno da seita dos anabatistas. Este grupo admitia apenas o batismo dos
adultos, pois as crianças não tinham maturidade para optar. Sua proposta de maior apelo popular
era o retorno ao igualitarismo do tempo dos apóstolos, com a partilha das riquezas e especialmente
da terra. A radicalização desses grupos não tardou. Percebendo que as propostas luteranas
beneficiavam prioritariamente a aristocracia, um dos lideres camponeses, Thomas Münzer, rompeu
com Lutero e estabeleceu sua própria doutrina, que pregava o fim da propriedade privada. Lutero
manifestou-se contrário ao movimento, condenando Thomas Müzer publicamente. O movimento
foi reprimido, terminando com a morte de mais de 100 pessoas e a decapitação do líder.
A alternativa D também é falsa, pois o calvinismo foi uma doutrina que teve grande apoio
principalmente dos burgueses, por causa das suas ideias de vocação para o trabalho e de
puritanismo.
A alternativa E também é falsa, pois o anglicanismo foi a reforma religiosa realizada pelo Rei inglês
Henrique VIII, que rompeu com a Igreja de Roma e fundou a Igreja Anglicana na Inglaterra.
(BOULOS JÚNIOR, 2009).
Gabarito: C
22. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)
Artistas reinventaram a arte com novas noções de dimensão espacial, emprego das cores e
valorização dos planos e contrastes, como luz e sombra, ornamentação detalhada e equilíbrio
geométrico. Na escrita, autores detalhavam desejos, medos, qualidades e defeitos do ser
humano e de sua moral. Descreviam a utopia de um homem novo e do mundo perfeito, num
tempo em que sonhar era arriscado.
(Angelo Adriano Faria Assis. A razão brilha para todos. Revista de História da Biblioteca
Nacional, 2013. Adaptado).
O trecho faz referência:
A) à Antiguidade Clássica.
B) ao Gótico.
C) ao Renascimento.
D) ao Barroco.
E) ao Realismo.
Comentários
O historiador brasileiro Angelo Faria Assis nos apresenta, eu seu texto, aspectos de um período
fundamental para a compreensão da História, o qual é marcado pela transição da Idade Média para
a Época Moderna, a saber, o período que ficou conhecido como o Renascimento Cultural.
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Situado entre meados do século XIV e o século XVI, o Renascimento é marcado por uma ampla
valorização do homem (sobretudo com o desenvolvimento do humanismo) e do pensamento
científico, os quais moldaram as concepções artísticas e intelectuais. Com o incentivo de uma classe
social emergente, a burguesia, as artes, através daquilo que ficou conhecido como o mecenato
(comerciantes e membros de tal camada social que financiavam as produções artísticas, seja através
de pinturas e esculturas), ganharam amplo domínio em meio ao cenário europeu, sendo
amplamente difundidas no período.
Como expoentes dessa época extremamente produtiva, tanto nas artes quanto nos escritos teórico-
filosóficos, podemos destacar Michelangelo, Rafael, Donatello, Leonardo da Vinci, Giordano Bruno,
Thomas Morus, dentre outros, os quais se destacaram em virtude de sua ampla técnica e habilidade
com as artes e as letras.
No caso das artes, por exemplo, temos a valorização dos contrastes claro-escuro (ou luz e sombra)
e do equilíbrio geométrico. Na filosofia, a valorização dos escritos sobre o homem e sua
racionalidade também ganham corpo neste período, evidenciando um novo tempo no qual o
antropocentrismo ganhava extrema relevância.
Gabarito: C
23. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)
Se existe uma evolução na descoberta do indivíduo nesse contexto, ela se deve aos
procedimentos de análise do real, aos instrumentos e ao vocabulário: a prática da dissecação,
o hábito da frequente confissão, o uso da correspondência privada, a difusão do espelho, a
técnica da pintura a óleo. A Europa do período povoou-se de retratos, de início nas igrejas e
nas capelas familiares, onde os doadores e suas famílias conquistaram seu lugar ao lado da
Virgem com o Filho ou dos santos que os apresentam e os protegem.
(Georges Duby (org.), História da vida privada. Adaptado).
O texto refere-se ao período:
A) da expansão muçulmana na Península Ibérica.
B) do início da Idade Média.
C) da Renascença.
D) do Iluminismo.
E) do Império Napoleônico.
Comentários
Georges Duby, importante historiador francês, traz uma breve descrição de um período que ficou
marcado pela produção artística na Europa, sendo que grande parte desta produção era financiada
por comerciantes e banqueiros, os quais ficaram conhecidospelo nome de mecenas.
Tanto a literatura quanto as esculturas, pinturas e arquitetura passaram a ser representadas, para
além das Igrejas e capelas familiares, como o autor bem destaca, nas casas, sendo que tal difusão
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representa um aspecto essencial da sociedade europeia entre o final do século XIV e o século XVI: a
produção de temáticas que remetessem à tradição clássica (greco-romana) e a valorização do
homem enquanto centro do universo, no que ficou conhecido como o antropocentrismo.
Ademais, a valorização do humanismo e da criação artística são aspectos essenciais deste período
ao qual o texto se refere e que chamamos de Renascimento Cultural (ou apenas Renascença), em
que tivemos grandes expoentes em sua produção artística, a saber: Michelângelo, Leonardo da Vinci,
Leonardo Bruni e Erasmo de Rotterdan, alguns dos exemplos mais conhecidos e que contribuíram,
essencialmente, para a difusão das artes no período.
Gabarito: C
24. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)
Se o homem moderno não consegue viver sem dinheiro, o homem medieval mal conhecia seu
significado, afirma Jacques Le Goff (um dos maiores medievalistas vivos). O historiador francês
demonstra como, numa sociedade dominada pelo cristianismo, a Igreja doutrinou a atitude
que um cristão deveria ter perante o dinheiro, tendo em vista as obras de teólogos e as várias
passagens bíblicas que o condenam. Para ele, a moeda começa a se desenvolver na Europa
medieval apenas nos séculos XII e XIII.
(Carolina Ferro, A Idade Média e o dinheiro. Disponível em: http://goo.gl/UG45So.
Adaptado).
O que explica esse desenvolvimento é:
A) a Reforma Protestante.
B) a Contrarreforma.
C) o Renascimento Urbano.
D) o Mercantilismo.
E) o Absolutismo.
Comentários
Jacques Le Goff, historiador francês que faleceu em 2014, nos deixou inúmeros trabalhos sobre a
Idade Média, os quais são referências mundiais desde as décadas de 1970 até os dias atuais. No
trecho apresentado, Carolina Ferro traz a visão de Le Goff acerca da interpretação histórica sobre o
dinheiro, que não existia como o conhecemos na contemporaneidade.
O dinheiro, enquanto forma de se obter produtos, superou uma consciência e moral teológicas e se
transformou em moeda de troca somente a partir dos séculos XII e XIII, no período que conhecemos
como o Renascimento Urbano. O Renascimento Urbano está diretamente associado ao
Renascimento Comercial, uma vez que o crescimento dos burgos ganhou corpo quando o comércio
passou a se expandir. Assim sendo, o sistema feudal, o qual era baseado nas trocas de mercadorias,
foi substituído pelas relações comerciais (venda dos produtos excedentes), fortalecidos no
desenvolvimento das cidades e do sistema econômico (o surgimento das moedas).
Gabarito: C
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25. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)
As palavras de Lutero não foram ao encontro apenas das angústias espirituais de uma
Alemanha dividida, mas, também, revelaram-se interessantes às controvérsias humanas.
Cavaleiros, nobres, mercadores, muitos nutriam desconfianças por Roma, e, ao mesmo tempo,
mostravam-se ávidos por incorporarem suas riquezas. A defesa que Lutero fazia da
dependência exclusiva de Deus atraiu esses indivíduos.
(Patrícia Woolley, Um destino. Revista de História da Biblioteca Nacional, 08.01.2013.
Adaptado).
Entre outros fatores, as desconfianças de que trata o texto estavam relacionadas
A) às críticas feitas pelos protestantes à aproximação dos católicos com os pobres.
B) ao excessivo poder eclesiástico e ao vasto patrimônio territorial da Igreja.
C) ao discurso da Igreja que questionava a escravidão e a exploração do trabalho.
D) ao questionamento que os católicos faziam ao modo de vida da nobreza.
E) à oposição de Roma ao movimento anabatista, ala radical dos reformadores.
Comentários
O excerto abordado traz uma temática fundamental para os estudos do período da História
Moderna: a chamada Reforma Protestante, ocorrida sob a liderança de Martinho Lutero, em 31 de
outubro de 1517, na Alemanha.
Lutero afixou uma série de questões que acreditava serem contrárias a determinadas práticas da
Igreja Católica, popularmente conhecidas como as suas “95 Teses”. Elas diziam respeito à venda de
indulgências (ou seja, o perdão dos pecados), ao luxo excessivo, dentre outras práticas existentes no
Catolicismo.
Ademais, procurava reduzir a influência que determinados eclesiásticos possuíam sobre a
sociedade, muitas vezes tendo maior poder de decisão do que aquilo que o próprio livro sagrado (a
Bíblia) defendia, sem contar as críticas de Lutero às grandes propriedades de terras que a Igreja
Católica detinha, as quais não deveriam ser acumuladas pela Igreja diante dos problemas sociais
pelos quais a sociedade, no presente caso alemã, passava.
Gabarito: B
26. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2013)
Observe a imagem para responder à questão.
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A obra O banqueiro e sua mulher (1514), de Quentin Matsys, retrata o casal:
A) como membros da nobreza europeia, característica evidenciada pelos trajes, pelo espaço
em que se encontram e pela atividade que estão desenvolvendo.
B) de forma elogiosa, refletindo a mudança de mentalidade europeia em relação às finanças
devido às revoluções burguesas ocorridas no início do século XVI.
C) como representante da avareza, fruto de um contexto em que o empréstimo a juros, o lucro
e a usura eram duramente criticados pela Igreja Católica.
D) de forma crítica, ressaltando o vínculo existente à época entre os banqueiros e os operários,
o que levou à luta radical contra o Antigo Regime e a monarquia.
E) como pessoas simples e pobres, com poucos recursos, em um contexto histórico em que
burgueses e camponeses tinham a mesma situação econômica.
Comentários
A obra acima, pintada no ano de 1514, é fruto de uma mentalidade da época conhecida como a
Idade Moderna. Como um dos marcos fundamentais deste período, podemos elucidar a defesa da
Igreja Católica em oposição à avareza das pessoas, que buscavam sempre o lucro excessivo e os
ganhos materiais.
O Catolicismo, desde o período medieval, defendia o fim da usura e da avareza, uma vez que isto
contribuía para o crescimento de propriedades privadas em detrimento do coletivo.
Assim, o quadro apresentado critica o ganho de lucros por parte da população, sob a figura do
banqueiro e de sua esposa, que desprezam as leituras sagradas (na imagem da Bíblia em suas mãos),
sendo ignoradas pelo casal. Criticam-se, assim, as vaidades humanas e a busca pelo lucro.
Gabarito: C
27. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)
A crise da monarquia absolutista na França, às vésperas da Revolução Francesa, esteve
relacionada:
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A) às lutas de camponeses e trabalhadores contra o Terceiro Estado.
B) à crítica iluminista, que defendia a manutenção do poder do monarca.
C) às intenções da burguesia de usufruir dos mesmos privilégios que a nobreza.
D) à proposta da monarquia francesa de ampliar os privilégios da nobreza.
E) à tentativa da monarquia de propor a cobrança de impostos à nobreza e ao clero.
Comentários
A Monarquia Francesa, no século XVII, necessitava de quantias muito elevadas para sustentar os
seus gastos e luxos. Diante disso, para que tal situação se mantivesse, e diante de um quadro de
crise econômica em decorrência da baixa arrecadação de impostos, decidiu-se propor a cobrança
de tributos e realizar uma reforma fiscal. A partir de então, o Primeiro e o Segundo Estados (Clero e
Nobreza, respectivamente) também seriam taxados.
Tal medida não agradou as ordens sociais mais elevadas, visto que isto implicaria na redução de seus
lucros e, consequentemente, na redução das propriedades particulares. A situação se agravou,
sendo que tais características contribuíram para a redução da força da Monarquia Absolutista,
culminando com a Revolução Francesa, em 1789.
Gabarito: E
28. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)
O termo Idade Média foi empregado pela primeira vez por humanistas italianos para
caracterizar um período intermediário entre a Antiguidade e o Renascimento dos antigos. Tais
humanistas queriam se descolar da Idade Média, afirmando ser esta um período de trevas. O
termo Renascimento foi criado por Giorgio Vassari (1511-1574), artista italiano, para designar
uma redescoberta da Antiguidade, uma volta ao passado.
(Flavio de Campos, A Escrita da História).
Para muitos historiadores, o Renascimento representa a ruptura com o mundo medieval e o
início da Idade Moderna, pois marca:
A) a transformação do rural agrário para o urbano industrializado.
B) a retomada dos mitos e deuses antigos em detrimento do cristianismo.
C) a queda das monarquias absolutistas e a chegada da burguesia ao poder.
D) a passagem do teocentrismo medieval para o antropocentrismo moderno.
E) o fim da servidão e a generalização do trabalho assalariado.
Comentários
O Renascimento ocorreu na Europa entre os séculos XIV e XVI, sendo que as suas principais marcas
dizem respeito a uma retomada dos valores da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), além do
rompimento com o período Medieval.
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Neste sentido, aspectos culturais e sociais se modificaram, ainda que a sociedade tenha levado
alguns séculos para se industrializar (isto somente ocorreria a partir do século XVII), ou seja, ainda
era essencialmente agrícola.
Como religião predominante, o cristianismo permaneceu muito influente, sendo inclusive retratado
em obras de artistas da época. Um exemplo claro disso é visto na Capela Sistina, cujo teto foi
concebido com um afresco pintado por Michelangelo no século XVI, a pedido do Papa Júlio II.
Diante disso, podemos notar que se alterou o foco das discussões filosóficas do período, sendo a
racionalidade o elemento fundamental delas, com base na compreensão dos problemas sociais por
meio da valorização do homem (antropocentrismo), em oposição às explicações unicamente
religiosas (teocentrismo).
Gabarito: D
29. (Espcex (Aman) 2018)
No início da Era Moderna, a Igreja Católica foi abalada por uma série de acontecimentos que
levaram a significativas mudanças internas e ao surgimento de novas religiões na Europa. Entre
as ideias dos principais reformadores e contrarreformadores, podemos encontrar a(o):
I. Criação do Index.
II. Predestinação.
III. Criação da Companhia de Jesus.
IV. Uso da língua inglesa.
V. A Bíblia como fonte de fé e livre exame.
VI. Extinção da hierarquia eclesiástica.
Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta ideias relacionadas com a Igreja Calvinista.
A) III, V e VI.
B) I, II e VI.
C) II, V e VI.
D) I, II e V.
E) II, IV e V.
Comentários
A alternativa C é a resposta certa. A ideia de predestinação é um dos pontos definidores do
calvinismo. A ideia é que o desejo de Deus é a salvação de todos os homens, mas aquele que é
delituoso e pecador não será salvo. Contudo, se depender dessas condições, ninguém será salvo,
pois todos são pecadores. Por isso, Deus, movido por seu amor à humanidade, incluiu no seu plano
celestial a salvação daqueles que aceitarem que só Ele salva, chamando isso de predestinação: Jesus
chama os salvos de elites ou escolhidos. Além disso, outra base do movimento protestante, de onde
vem o calvinismo, era a livre interpretação e tradução da Bíblia, que foi proibida a leitura por leigos
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em 1229 pela Igreja Católica, em uma época que só era divulgada em latim. A livre interpretação e
tradução da Bíblia revolucionou as bases do cristianismo, de tal forma que desestruturou os alicerces
da hierarquia eclesiástica. Como só os membros da Igreja podiam ler, interpretar e pregar a Bíblia,
era formada uma hierarquia que os dava o poder soberano da verdade, pois a livre interpretação e
tradução retirou o poder absoluto da Igreja Católica do “dom” da verdade divina.
(REV. ADÃO CARLOS NASCIMENTO, [S.D.]).
Gabarito: C
30. (Espcex (Aman) 2017)
As reformas religiosas ocorridas na Europa no século XVI devem ser analisadas como parte
integrante do processo de transição do feudalismo para o capitalismo. Desta forma, implicaram
conflitos entre a doutrina religiosa que vigorava e as novas práticas relacionadas à nova ordem
econômica.
Assinale a alternativa que se refere aos conflitos apresentados.
A) Tomismo
B) Teologia Agostiniana
C) Ato de Supremacia
D) Predestinação Absoluta
E) Prática da usura
Comentários
A alternativa A não está correta, pois o Tomismo era uma doutrina teológica difundida pelas obras
de Tomás de Aquino, o Doutor Angélico, que sustentou os ensinamentos da Igreja Católica sobre as
bases da filosofia aristotélica. O Tomismo parte da realidade das coisas, e não de ideias imaginadas
pelo filósofo que delas conclui todo um sistema coordenado de teses. Origina-se o Tomismo da
percepção sensível do mundo, para, após, dela tirar, no plano abstrativo da inteligência, todo um
conjunto consequente e harmonioso de teses (a Suma Teológica foi composta por XXIV teses).
A alternativa B também não é correta, pois o que é relevante ser destacado é que na teologia de
Agostinho é colocada a realização plena da felicidade e da vida humana na contemplação beatífica
do Criador, não implicando em uma prática econômica.
A alternativa C também não é correta, uma vez que o Ato de Supremacia (em inglês: Act of
Supremacy) foi criado pelo rei Henrique VIII da Inglaterra, no séc. XVI, concedendo Real Supremacia
à autoridade legal do Monarca do Reino Unido. A Real Supremacia é especificamente utilizada para
descrever a soberania jurídica das leis civis sobre as leis da Igreja na Inglaterra. Não se tratava, pois,
de uma postura frente à uma nova ordem econômica, mas sim à uma nova ordem jurídica.
A alternativa D também não é correta, de tal modo que a ideia da predestinação é que o desejo de
Deus é a salvação de todos os homens, mas aquele que é delituoso e pecador não será salvo. Mas,
se depender dessas condições ninguémserá salvo, pois todos são pecadores. Por isso, Deus, movido
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por seu amor à humanidade, incluiu no seu plano celestial a salvação daqueles que aceitarem que
só Ele salva, chamando isso de predestinação: Jesus chama os salvos de elitos ou escolhidos.
A alternativa E é a resposta certa. A usura pode ser considerada um dos grandes problemas
enfrentados pela Igreja, que mudou a forma de encará-lo. O fato é que a irrupção e difusão da
economia monetária ameaçava os velhos valores cristãos. Um novo sistema econômico estava a
ponto de se formar. Para sua arrancada inicial, era necessário o intenso uso de práticas até então
condenadas pela Igreja. A religião católica opunha tradicionalmente Deus e o dinheiro. A
mentalidade neste período da história é fortemente ligada aos valores pregados pela Igreja, por isto,
o ato de usura era tão condenável. Contudo houve um tempo em que ela passou a justificar a
riqueza. Tal justificativa, numa perspectiva de longa duração, é possível ser entendida ao reconhecer
no usurário a qualidade de precursor de um novo sistema econômico: o capitalismo. Os iniciadores
do capitalismo são os usurários, mercadores do futuro, mercadores do tempo, segundo Le Goff.
(PIRES; COSTA, 2013; MATTOS, 2011).
Gabarito: E
31. (Espcex (Aman) 2016)
Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século XVI, podemos afirmar que
A) foram reflexo de disputas políticas entre os jesuítas e o papa.
B) tinham o objetivo de estabelecer a venda de indulgências para os pecadores.
C) permitiram à Igreja Católica uma total hegemonia religiosa na Alemanha.
D) só foram possíveis graças às decisões adotadas no Concílio de Trento.
E) na Inglaterra foram promovidas pelo rei Henrique VIII.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a Companhia de Jesus foi fundada justamente no contexto da reforma
protestante, com o intuito de promover a centralização racionalizada do poder da Igreja Católica, no
processo conhecido como Contrarreforma. A Ratio Stutiorum atestava tal intuito dos jesuítas, que
visava à formação integral do homem cristão católico sobre bases “racionais” e universalistas.
A alternativa B também é falsa, uma vez que um dos motivos da Reforma era o protesto contra a
venda de indulgências, isto é, o comércio do perdão dos pecados, uma espécie de compra de um
terreno no reino dos céus.
A alternativa C também é falsa, pois o contexto do séc. XVI na Alemanha foi quando Martinho Lutero
começou a questionar as medidas da Igreja Católica. Naquele período, a Igreja recebia doações de
vários países para se organizar. No caso de países com monarquia consolidada, como ocorria na
França, as taxas eram menores como uma forma de protecionismo. A Alemanha, que se encontrava
dividida, colaborava com a Igreja romana. Com os sermões de Martinho Lutero, contrários às
práticas da Igreja Católica, os alemães começam a entender que sua fortuna estava sendo
apropriada por Roma. Em outubro de 1517, Martinho Lutero afixou 95 teses em latim na porta da
igreja de Winttenberg. Todas elas eram contrárias às atitudes da Igreja.
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A alternativa D também é falsa, uma vez que o Concílio de Trento, realizado de 1545 a 1563, foi
convocado pelo Papa Paulo III para assegurar a unidade da fé e a disciplina eclesiástica, no contexto
da Reforma da Igreja Católica e da reação à divisão então vivida na Europa devido à Reforma
Protestante, razão pela qual é denominado também de Concílio da Contrarreforma.
A alternativa E é a resposta certa. Enquanto em outras regiões da Europa a Reforma Protestante foi
comandada por indivíduos extremamente religiosos, na Inglaterra ela foi iniciada pelo próprio rei. O
monarca em questão era Henrique VIII (1491- 1547), da dinastia Tudor. Tudo começou quando o rei
Henrique VIII pediu o divórcio de sua esposa, Catarina de Aragão, para casar-se com outra mulher.
A alegação de Henrique era que sua esposa Catarina não havia lhe dado um filho homem para
sucedê-lo no trono. Henrique decidido a casar-se com a amante, a cortesã Ana Bolena, enviou ao
Papa uma carta de solicitação de divórcio. Entretanto, o divórcio não poderia ser autorizado pela
Igreja, pois para os católicos a dissolução do casamento era um pecado gravíssimo. Aproveitando-se
do impasse, Henrique VIII rompeu com a Igreja Católica, declarando-se o novo chefe supremo da
Igreja na Inglaterra. Em consequência, todos os bens e as terras pertencentes à Igreja passam para
as mãos do soberano. A nova Igreja fundada por Henrique foi denominada de Igreja Anglicana.
(ARAÚJO, 2018; FABER, 2018).
Gabarito: E
32. (Espcex (Aman) 2014)
“A partir do século XI, a Europa Ocidental foi palco de uma série de mudanças: crescimento da
população, avanço técnico, aumento da produtividade agrícola, intensificação do comércio
entre o Ocidente e o Oriente e ascensão da burguesia (mercadores, armadores, banqueiros).
Todas essas mudanças inspiraram uma nova visão do mundo, da arte e do conhecimento,
impulsionando, assim, um movimento de grande renovação cultural, único na história do
Ocidente: o Renascimento.”
(BOULOS JR, 2011)
São características do Renascimento:
A) antropocentrismo e misticismo.
B) hedonismo e antropocentrismo.
C) teocentrismo e individualismo.
D) teocentrismo e nacionalismo.
E) misticismo e hedonismo.
Comentários
A alternativa B está certa, de tal modo que uma das ideias basilares do Renascimento foi o
antropocentrismo, descentrando Deus e focalizando o homem. A principal característica do
movimento renascentista foi sua busca por compreender a humanidade como um todo através da
investigação individual, postulando leis gerais e estabelecendo padrões universais. Essa
preocupação orientou o desenvolvimento das ciências, da política, das artes e até da religião que
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passaram a colocar o ser humano no centro de suas pesquisas. Neste sentido também, o hedonismo
passou a vigorar com força, uma vez que a centralidade do homem deu lugar à afirmação dos
prazeres da vida como uteis a experiência humana, no sentido que procurava fundamentar-se numa
concepção mais ampla de prazer entendida como felicidade para o maior número de pessoas.
As alternativas A, C, D e E estão incorretas pelo mesmo motivo, uma vez que nem o misticismo e
nem o teocentrismo podem ser identificados como uma característica do Renascimento. Os
renascentistas acreditavam estar vivendo um novo momento na história humana, denominando a
si mesmos como modernos, ao passo que aqueles que viveram antes deles eram os medievos ou
medievais, vistos como atrasados, pois eram apegados demasiadamente à religião e ao misticismo,
em detrimento do uso da razão, por isso denominada de forma pejorativa como Idade das Trevas
(termo que vem sendo desconstruído pelos historiadores). Para os modernos a razão deveria tomar
o lugar do misticismo e a ciência o lugar da religião.
(FABER, 2018).
Gabarito: B
33. (Espcex (Aman)2013)
A Reforma protestante foi um movimento ocorrido no século XVI que causou uma grande
ruptura no mundo cristão e deu origem a novas doutrinas religiosas. Dentre os fatores que
levaram a esse movimento, está(estão) o(a)(s):
A) apoio da Igreja católica à prática da usura e ao lucro.
B) críticas de alguns membros da Igreja a práticas promovidas pela instituição, como a venda
de indulgências (perdão dos pecados).
C) reação à decisão da Igreja de restabelecer e reorganizar a Inquisição.
D) valorização do racionalismo e do cientificismo, além dos ideais iluministas.
E) estímulo à leitura e à livre interpretação da Bíblia, promovido pelo Vaticano.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a prática da usura e o lucro eram condenados pela Igreja,
baseados em princípios bíblicos, de tal modo que o ato da usura era considerado mais do que um
crime, um pecado. Em um primeiro momento, o usurário continuou a ser excluído e discriminado
como pecador. Em seguida, anos à frente, nota-se que a usura passa a ser vista mais brandamente
e o usurário não seria, em todos os casos, mandado diretamente ao Inferno. Isso indica que a usura
não era por completo pecaminosa, o que era considerado pecado era a taxa que ultrapassava a taxa
de juros determinada. Com isso chegamos a ideia de Purgatório, criado em um período em que a
Igreja já não mais podia sustentar a ideia que havia apenas o Paraíso e o Inferno. No contexto da
Reforma Protestante a prática da usura já era justificável.
A alternativa B está correta, pois a venda de indulgências foi um dos principais motivos de protesto
inscrito nas 95 Teses de Martinho Lutero, que foi provocado pela oferta do Papa Leão X, em 1517,
que ofereceu o perdão dos pecados àqueles cristãos que dessem esmolas para a reconstrução da
Basílica de São Pedro, em Roma.
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A alternativa C é falsa, uma vez que a decisão da Igreja de restabelecer e reorganizar a Inquisição se
deu após a Reforma Protestante, no intuito de enrijecer seu poder e demonstrar sua força contra os
hereges.
A alternativa D também é falsa, de tal modo que a valorização do racionalismo e do cientificismo,
por mais que entremeou os ideais reformistas, não foram, destarte, culminantes nos
desdobramentos do processo histórico. Além disso, não é certo dizer que os ideais iluministas
influenciaram a Reforma Protestante, pois o Iluminismo é uma corrente política-filosófica datada
dos dois séculos posteriores à Reforma.
A alternativa E também é falsa, pois o Vaticano era avesso ao estímulo da leitura e da livre
interpretação da Bíblia, prática proibida em 1229 pela Igreja Católica, em uma época que só era
divulgada em latim. De outro lado, porém, uma das bases do movimento Protestante era a livre
interpretação e tradução da Bíblia. A livre interpretação e tradução da Bíblia revolucionou as bases
do cristianismo. De tal forma que desestruturou os alicerces da hierarquia eclesiástica.
(PIRES; COSTA, 2013; REV. ADÃO CARLOS NASCIMENTO, [S.D.]).
Gabarito: B
34. (Espcex (Aman) 2011)
As transformações culturais ocorridas na Europa dos séculos XIV a XVI ficaram conhecidas
como Renascimento. Foram características deste movimento:
A) Misticismo e tentativas de reinterpretar o cristianismo.
B) Teocentrismo e recuperação de línguas clássicas (latim e grego).
C) Individualismo e utilização de novos recursos como a perspectiva no desenho e na pintura.
D) Racionalismo e críticas ao período conhecido como Antiguidade Clássica.
E) Antropocentrismo e rejeição de temas religiosas nas produções artísticas.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois os renascentistas acreditavam estar vivendo um novo momento na
história humana, denominando a si mesmos como modernos, ao passo que aqueles que viveram
antes deles eram os medievos ou medievais, que eram vistos como atrasados, apegados
demasiadamente à religião e ao misticismo, em detrimento do uso da razão, por isso denominada
de forma pejorativa como Idade das Trevas (termo que vem sendo desconstruído pelos
historiadores). Para os modernos a razão deveria tomar o lugar do misticismo e a ciência o lugar da
religião.
A alternativa B também é falsa, uma vez que uma das ideias basilares do Renascimento foi o
antropocentrismo, descentrando Deus e focalizando o homem. Quanto às línguas clássicas, deve se
ter em vista que o latim era a língua franca difundida pela Igreja Católica desde a Alta Idade Média,
então não se trata de uma recuperação, apesar do grego ter ocupado uma posição marginal. Na
verdade, mais do que as línguas clássicas, os renascentistas tinham grande interesse na cultura, na
ciência, na filosofia, na arquitetura, etc., que foi produzida pelos antigos gregos e latinos.
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A alternativa C está correta. O Renascimento foi um movimento intelectual e cultural que iniciou na
Itália, por volta do século XIV, se espalhando para toda Europa. O Renascimento recebeu esse nome
porque seus integrantes buscavam na cultura da Antiguidade Clássica greco-romana os ideais para
sua época, pois acreditavam que a antiguidade havia representado a era de ouro da história da
civilização ocidental. Quando entraram em contato com o racionalismo grego, os renascentistas
romperam com a visão de mundo religiosa e supersticiosa da Idade Média. Assim, a principal
característica do movimento renascentista foi sua busca por compreender a humanidade como um
todo através da investigação individual, postulando leis gerais e estabelecendo padrões universais.
Essa preocupação orientou o desenvolvimento das ciências, da política, das artes e até da religião
que passaram a colocar o ser humano no centro de suas pesquisas (antropocentrismo). Por isso, a
ideologia surgida no centro do movimento ser chamada de Humanista. Quanto à arte, o
renascimento teve por características principais: o desenvolvimento das técnicas de perspectiva e
profundidade, o impressionante realismo das obras e a ampliação das técnicas de sombreamento
com luz e sombra.
A alternativa D está incorreta, pois o racionalismo foi sim uma característica central do
Renascimento, mas as críticas ao período conhecido como Antiguidade Clássica não. Na verdade a
Antiguidade Clássica foi inspiradora para os renascentistas, que buscavam reviver a ciência, a arte,
a filosofia, a arquitetura, etc. que era produzida pelos antigos, daí o nome Renascimento.
A alternativa E também está incorreta, pois o antropocentrismo era de fato um dos pontos centrais
defendidos pelos renascentistas, mas a rejeição de temas religiosas nas produções artísticas é uma
afirmação falsa. Apesar dos renascentistas rejeitarem o misticismo religioso eles não deixavam de
pintar, desenhar e esculpir temas religiosos, pois aquele era o universo vigente. Sobre este ponto, é
preciso que fique claro que a proposta renascentista não apaga definitivamente o pensamento e as
práticas medievais. Por isso eles não deixam de representar os temas religiosos por causa da lógica
prática do momento em que viviam. Contudo, suas técnicas são inovadoras e as representações da
figura humana adquiriram solidez, majestade e poder, refletindo o sentimento de autoconfiança de
uma sociedade que se tornava muito rica e complexa, com vários níveis e classes sociais.
Representando, desta forma,a superação da cultura burguesa sobre a cultura medieval em
decadência.
(FABER, 2018).
Gabarito: C
35. (Espcex (Aman) 2011)
A Reforma foi um movimento religioso ocorrido no século XVI, marcado pelo surgimento de
novas religiões cristãs. Dentre suas consequências, observamos
A) uma grande ruptura na Igreja Católica, levando ao retrocesso de práticas, como a usura e os
juros nas regiões onde foi adotado o luteranismo.
B) o aumento da interferência da Igreja Católica em questões políticas, nos países que se
tornaram calvinistas.
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C) o surgimento da Igreja Anglicana na Inglaterra, que adotou o calvinismo e criou um novo
papa, para se tornar o chefe da nova igreja.
D) a reação da Igreja Católica, para tentar acabar com o avanço do movimento, promovendo
guerras religiosas contra os países protestantes e revendo alguns de seus dogmas.
E) a tentativa da Igreja Católica de se fortalecer novamente, promovendo uma reorganização
da Instituição e reafirmando princípios tradicionais.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois dizer que a usura e os juros são um retrocesso da Reforma é fazer
um juízo de valor seguido de um anacronismo, uma vez que a usura e os juros podem ser
considerados um dos grandes problemas do século XIII, e foram se abrandando com o tempo,
resolvendo as questões teológicas com a ideia do purgatório. No contexto da Reforma, no séc. XVIII,
as questões acerca dos juros e da usura.
A alternativa B também está incorreta, uma vez que o aumento da interferência da Igreja Católica
em questões políticas, nos países que se tornaram calvinistas, não foi uma consequência da
Reforma. Ao passo que houve, na verdade, a diminuição, mediante as transformações políticas,
hierárquicas e as relações de poder.
A alternativa C é falsa. A Igreja Anglicana define sua origem entre os antigos celtas, e que no século
VI teve sua Igreja incorporada à Igreja Católica Romana pelas missões gregorianas do século VI,
lideradas por Agostinho da Cantuária. A igreja inglesa renunciou a autoridade papal e voltou a ser
independente de Roma quando Henrique VIII de Inglaterra buscou a anulação de seu casamento
com Catarina de Aragão em meados do século XVI, iniciando uma grande disputa entre os líderes e
polarizando o cristianismo inglês. Nos primórdios da Reforma Inglesa, inspirada na Reforma
Protestante de Martinho Lutero, havia uma grande quantidade de mártires católicos, porém
protestantes radicais foram igualmente perseguidos em determinados períodos.
A alternativa D também está incorreta. Por mais que tenha havido o fortalecimento da Inquisição e
conflitos religiosos internos nos Estados Nacionais, não se pode afirmar houve uma reação bélica da
Igreja Católica para tentar acabar com o avanço do movimento, promovendo guerras religiosas
contra os países protestantes.
A alternativa E é a resposta certa. Dentre as consequências da Reforma Protestante e seu impacto,
a Contrarreforma Católica foi uma resposta àquela, a partir de 1545. Em 1545, a Igreja Católica
Romana convocou o Concílio de Trento (na cidade italiana de Trento) estabelecendo entre outras
medidas, a retomada do Tribunal do Santo Ofício, a criação do Index Librorum Prohibitorum, com
uma relação de livros proibidos pela Igreja e o incentivo à catequese dos povos do Novo Mundo,
com a criação de novas ordens religiosas, dentre elas a Companhia de Jesus.
Gabarito: E
36. (Fgv 2017)
Leia trechos do Manifesto dos camponeses, documento de 1525.
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(...) nos sejam dados poder e autoridade, para que cada comunidade possa eleger o seu pastor
e, da mesma forma, possa demiti-lo, caso se porte indevidamente.
(...) somos prejudicados ainda pelos nossos senhores, que se apoderaram de todas as florestas.
Se o pobre precisa de lenha ou madeira tem que pagar o dobro por ela.
(...) preocupam-nos os serviços que somos obrigados a prestar e que aumentam dia a dia(...)
In Antologia humanística alemã, apud Marques e outros. História moderna através de textos,
2010.
A partir do documento, é correto afirmar que, no território da atual Alemanha,
A) os movimentos camponeses foram liderados por Lutero contra a exploração feita pelos
nobres que, de forma ilegal, apropriavam-se das florestas e reprimiam violentamente os
movimentos trabalhistas.
B) os movimentos dos trabalhadores em favor das mudanças propostas por Lutero baseavam-
se na solidariedade entre os homens e em contraposição ao individualismo tão característico
da Idade Média.
C) a liderança dos movimentos camponeses defendeu a exploração dos trabalhadores, na
Alemanha, apoiada por Lutero, e, juntos, receberam proteção dos nobres locais contra a
perseguição feita pela Igreja Católica.
D) as revoltas camponesas irromperam exigindo reformas sociais e religiosas que prejudicariam
parte da nobreza apoiada por Lutero, o qual se colocou abertamente contra os movimentos.
E) as experiências dos camponeses contra os nobres, apoiados por Lutero, restringiram-se aos
aspectos religiosos, isto é, de domínio da Igreja Católica, pois a cooperação entre os
trabalhadores e os proprietários marcava a sociedade alemã.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois a revolta dos camponeses alemães foi liderada não por Lutero,
mas por Thomas Müntzer, um pastor da Saxônia. A revolta camponesa alastrou-se pelos campos e
cidades da Alemanha. Os revoltosos baseavam-se na Bíblia para afirmar que os camponeses
nasceram livres e reivindicavam a livre escolha dos líderes espirituais, a abolição da servidão, a
diminuição dos impostos sobre a terra e a liberdade para caçar nas florestas pertencentes à nobreza.
Lutero condenou o movimento dos camponeses, apoiando os príncipes e nobres.
A alternativa B também está incorreta. Apesar de Thomas Müntzer ter tido contato com os
ensinamentos de Lutero em 1514 e como pregador na paróquia de Zwickau, no leste do país, ter
divulgado as teorias da Reforma, ao contrário de Lutero, ele acreditava que as pessoas simples
entendiam muito melhor sua pregação que os nobres e ricos. Sua conclusão de que a Igreja sempre
estava ao lado dos ricos e poderosos levou ao conflito com Lutero e seus seguidores, sendo afastado
da paróquia em 1521.
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A alternativa C também está incorreta, pois o líder Thomas Müntzer os camponeses alemães se
revoltaram contra os senhores feudais, para os quais eram obrigados a trabalhar. A crise do sistema
feudal havia modificado a situação da população rural.
A alternativa D está correta. A Revolta dos Camponeses alemães foi uma revolta popular
generalizada nos países da língua alemã na Europa Central, entre 1524-1525. A revolta incorporou
alguns princípios e retórica na emergente Reforma Protestante, através do qual os camponeses
buscavam a liberdade e influência. Contudo, Lutero foi frente de combate às ideias e ao carisma de
Thomas Müntzer. A Revolta dos Camponeses falhou por causa da intensa oposição da aristocracia,que abateu até 100 mil dos 300 mil camponeses e agricultores mal armados e mal conduzidos. Os
sobreviventes foram multados e obtiveram poucos ou nenhum de seus objetivos.
A alternativa E é falsa, pois a Revolta dos Camponeses não se restringiu apenas aos aspectos
religiosos (que tampouco diziam respeito à Igreja Católica nesta época, mas à Igreja Luterana).
(DW, 2012).
Gabarito: D
37. (Fgv 2016)
“Só para mim nasceu Dom Quixote, e eu para ele: ele para praticar as ações e eu para as
escrever (...) a contar com pena de avestruz, grosseira e mal aparada, as façanhas do meu
valoroso cavaleiro, porque não é carga para os seus ombros, nem assunto para o seu frio
engenho; e a esse advertirás, se acaso chegares a conhecê-lo, que deixe descansar na sepultura
os cansados e já apodrecidos ossos de Dom Quixote (...), pois não foi outro o meu intento,
senão o de tornar aborrecidas dos homens as fingidas e disparatadas histórias dos livros de
cavalarias, que vão já tropeçando com as do meu verdadeiro Dom Quixote, e ainda hão de cair
de todo, sem dúvida.”
(Miguel de Cervantes Saavedra, Dom Quixote de la Mancha, 1991)
Sobre a obra em questão, é correto afirmar que
A) Dom Quixote é um homem de valores de cavalaria, instituição típica da modernidade
ocidental, com suas aventuras tragicômicas, fruto de suas leituras, que vão do heroísmo à
ingenuidade, caracterizando a sensibilidade do homem moderno, mais ligado à ciência e à
experiência, em oposição ao primado da fé.
B) o homem medieval, representado por Dom Quixote, considera a cavalaria, instituição típica
do período, o símbolo dos valores cristãos, como a fé, a honra e a justiça, e vê, na guerra santa,
forma de propagar esses valores, em defesa do mundo que crê nas lições dos livros sagrados,
sem duvidar das verdades tradicionais.
C) a figura trágica de Dom Quixote é a representação do homem do mundo antigo, ou seja,
aquele que considera a guerra como missão a fim de louvar os deuses e transformar as ações
em mitos, condenando a injustiça e as civilizações frágeis, o que possibilita localizar o texto no
final da Antiguidade.
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D) Cervantes cria Dom Quixote, o cavaleiro andante, um fidalgo cujas proezas o tornam
inadequado à época moderna, marcando o limite entre o heroísmo e a fantasia, pois não só
aspira a uma missão purificadora do mundo como acredita nela, e revela que, na passagem do
homem medieval para o moderno, a cavalaria era algo ultrapassado.
E) o texto de Cervantes nos conta a aventura de um fidalgo que, por meio de leituras de livros
de cavalaria, torna-se um cavaleiro, uma personagem identificada com os valores medievais,
de guerra, honra e justiça, mostrando como, na Idade Moderna, esses valores são importantes,
ainda têm lugar e guiam a ação e a consciência do homem moderno.
Comentários
A alternativa D é a resposta correta.
A obra de Miguel de Cervantes tem um aspecto que faz de Dom Quixote o precursor da literatura
moderna, resaltando as ideias modernas. A essência da modernidade pode ser condensada na
seguinte ideia: o homem descobre a perspectiva antropocêntrica e faz de si próprio o centro do
cosmo. Ora, nesse antropocentrismo prometeico e iconoclasta, o homem “ousa” representar Deus
à sua imagem e semelhança. Cervantes apropria-se dessa perspectiva antropocêntrica e ergue um
ideal ético para o homem moderno: o da pessoa-amor, que ama incondicionalmente e que, ao redor
desse amor-doação constrói o seu mundo, ou melhor, faz evanescer o mundo real na névoa da
metáfora continuada da loucura quixotesca. Dom Quixote não era o cavaleiro ideal das prosas
militares. Nesse ato prometeico de criar um novo homem a partir da vontade de amar, Cervantes,
com a sua ética do dever, emerge das profundezas subjetivas da liberdade transcendental. Em uma
das passagens do livro, Dom Quixote e Sancho Pança chegaram a um local onde havia trinta ou
quarenta moinhos de vento. Dom Quixote disse a Sancho Pança que havia dezenas de míseros
gigantes que ele ia combater. Sancho pediu para Dom Quixote observar melhor, pois não eram
gigantes e simplesmente moinhos de vento. Dom Quixote aproximou dos moinhos e com
pensamento em sua deusa, Dulcinéia de Toboso, à qual dedicava sua aventura, arremeteu, de lança
em riste, contra o primeiro moinho. O vento ficou mais forte e lançou o cavaleiro para longe. Sancho
socorreu-o e reafirmou que eram apenas moinhos. Dom Quixote, respondeu que era Frestão quem
tinha transformado os gigantes em moinhos. Interpretando a passagem, podemos dizer que
Cervantes via a Nobreza como “caduca”, criando falsas aventuras e guerras. Vale dizer também da
oposição simbólica de La Mancha e Castela. De um lado La Mancha, o lugar que forneceu o cenário
da pátria do Fidalgo, seria os horizontes irreais, os campos desertos, as vendas incômodas e sem
luxos, os sonhos exaltados, a figura humaníssima do tosco e visionário Sancho. De outro lado Castela,
rimava com a hora de melancolia da Espanha declinante, que ainda era tudo, mas que começava a
não sê-lo, que se recolhia e se trancafiava em si mesma.
(BUSSUNDA, 2018; RODRÍGUEZ, 2005).
Gabarito: D
38. (Fgv 2016)
Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o valor da Escritura decorre da vontade da
Igreja, como se dependesse do arbítrio humano a eternal e inviolável verdade de Deus, pois,
com grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem nos fará crer que provém de Deus?
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Como nos certificamos de que chegou salva e intacta aos nossos dias? Quem pode nos
persuadir de que este livro deve ser recebido com reverência e outro expurgado? Exceto que,
acerca disso, a regra seja prescrita pela Igreja?
CALVINO, J. A instituição da religião cristã. Trad.: Editora Unesp, São Paulo:2007, tomo I, p.
71.
O texto acima refere-se
A) à perspectiva reformista de salvação humana pelo conjunto das obras e pelo conhecimento
da Bíblia.
B) à afirmação do papel da Igreja como orientador do conhecimento divino e como base para
a salvação.
C) ao livre arbítrio como guia para o conhecimento de Deus e como validação dos escritos
sagrados.
D) à valorização da verdade inserida nas Sagradas Escrituras e à crítica à intermediação da
Igreja.
E) ao culto aos santos e ao Espírito Santo como caminho para a compreensão dos desígnios de
Deus.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois não se trata da salvação através do conhecimento da Bíblia. Entre
os cinco pontos do calvinismo (conhecidos pelo acróstico TULIP, referente às iniciais dos pontos em
inglês) a natureza da graça de Deus na salvação da criatura humana tem como eixo a afirmação de
que Deus é perfeitamente capaz de salvar cada pessoa que Ele tenha a intenção de tornar objeto de
sua graça salvadora e que seu trabalho não pode ser frustrado por algo ou alguém que fique no
caminho, na tentativa de impedir sua conclusão.
A alternativa B também é falsa, de tal modo que a perspectiva calvinista relativizava a afirmação do
papel da Igreja como orientadora do conhecimento divino, defendendo que as próprias escrituras
tinha a verdade em si, não necessitando, portanto, do intermédio institucional da Igreja.
A alternativa C também é falsa, uma vez que os teólogos reformadores acreditavam que Deus
comunicava o conhecimentode si mesmo para as pessoas através da Palavra de Deus. As pessoas
não são capazes de saber nada sobre Deus, exceto através desta autorrevelação. A especulação
sobre qualquer coisa que Deus não revelou através de sua Palavra não se justifica. Todavia, os
calvinistas entendem que Deus é infinito, e as pessoas finitas são incapazes de compreender um ser
infinito. Enquanto o conhecimento revelado por Deus nunca está incorreto, ele também nunca é
completo.
A alternativa D é a resposta certa, pois o calvinismos se baseava nas doutrinas luteranas que
defendiam a livre interpretação das Escrituras Sagradas, sem a necessidade do intermédio da Igreja
Católica que, segundo eles, desvirtuava as verdades eternas em razão dos interesses dos homens
eclesiásticos.
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A alternativa E também é falsa, pois entre os reformadores, incluindo os calvinistas, as imagens, as
relíquias e a eucaristia não eram aceitos, fundamentando tal posicionamento em textos bíblicos. O
uso das imagens de santos é questionado pelo calvinismo, que afirmava ser idolatria (pecado mortal
para Igreja Católica) a veneração de imagens de barros que não tinham vida. Eles também negavam
o culto à Virgem Maria e questionavam a autoridade papal.
Gabarito: D
39. (Fgv 2013)
Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de Imigração e Colonização do
Ministério das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3 000 imigrantes
de origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a conversão ao
catolicismo. Pressionados pelos acontecimentos que marcavam a história do III Reich, os
judeus, mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valores culturais em troca do título
de cristão.
[Maria Luiza Tucci Carneiro, O antissemitismo na Era Vargas (1930-1945)]
A situação apresentada tem semelhança com o processo histórico da
A) permissão apenas do culto católico no Brasil, conforme preceito presente na primeira
Constituição, de 1891.
B) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois recaiu sobre os sertanejos a
acusação de ateísmo.
C) obrigatoriedade, conforme costume colonial, dos negros alforriados de conversão ao
catolicismo para a obtenção da efetiva liberdade.
D) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Portugal, a partir do final do século XV,
o que gerou a denominação cristão-novo.
E) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada pelo Governo Provisório da
República, comandada por Deodoro da Fonseca.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois foi na primeira Constituição do Império Brasileiro, datada de 1824, que
a Religião Católica Apostólica Romana foi oficializada no Brasil independente, sendo as outras
religiões proibidas de fazerem cultos exteriores, mas apenas cultos domésticos.
A alternativa B também é falsa, pois o arraial de Canudos tinha como religião “oficial” o catolicismo,
sob orientação do líder Antônio Conselheiro.
A alternativa C também é falsa, uma vez que a conversão dos negros era obrigatória antes mesmo
de uma possível alforria, de tal modo que seus cultos de religiões de matrizes africanas eram
realizados às escondidas ou sob a apropriação de símbolos católicos que se relacionassem às suas
crenças.
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A alternativa D está correta, uma vez que uma das condições de apoio da Igreja Católica aos reinóis
de Espanha e Portugal era a expulsão dos judeus de seus reinos ou a conversão forçada ao
catolicismo, se quisessem permanecer no território. Em Portugal, o édito de 5 de dezembro de 1496
marca o surgimento dos cristãos-novos, que eram os judeus forçados à conversão, inclusive devendo
trocar os nomes e sobrenomes de batismo.
A alternativa E também é falsa, pois ao ser considerado o Brasil como Estado laico, em 1890, não
forçou nenhuma crença religiosa à conversão, mas o contrário, pelo menos em tese, respeitando as
diferentes manifestações.
(BRASIL, 1824; PINHEIRO, 2015).
Gabarito: D
40. (Fgv 2009)
A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verificada por meio:
A) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos
príncipes alemães às teses luteranas.
B) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja
nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma.
C) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos
camponeses alemães, em 1524.
D) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos
interessados em reforçar o poder da Igreja católica.
E) da interferência da nobreza alemã para que os luteranos e calvinistas se mantivessem fiéis
ao papa.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa. Frederico III, também conhecido como Frederico, o Sábio, (1463 -
1525) foi um membro do Sacro Império Romano-Germánico, Príncipe-eleitor da Saxónia entre 1486
e 1525. Ele protegeu Lutero do imperador e do papa ao ordenar que o abrigassem no castelo de
Wartburg após a Assembleia de Worms. Frederico, contudo, teve pouco contato pessoal com Lutero,
tendo permanecido católico romano. Lutero também era protegido pela nobreza da Alemanha, a
qual apoiou durante a Revolta dos Camponeses.
A alternativa B é falsa. A ação de Henrique VIII não era pautada pela doutrina da predestinação divina
e nem estava ligada a Roma, uma vez que a fundação da Igreja Anglicana declarava justamente o
rompimento com o papa.
A alternativa C também é falsa, pois Martinho Lutero não apoiou a Revolta dos Camponeses
Alemães, apesar deles terem sido inspirados pelos preceitos difundidos por ele. Lutero, de seu lado,
apoiou a nobreza da Alemanha, numa espécie de retribuição de favores.
A alternativa D também é falsa, uma vez que João Calvino não tinha interesse algum em reforçar o
poder da Igreja Católica, de tal modo que fazia várias críticas ao papa e ao clero no geral.
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A alternativa E também é falsa, pois luteranos e calvinistas romperam com o papa e a Igreja Católica.
(ARAÚJO, 2018).
Gabarito: A
41. (Fgv 2005)
Foram elementos da Reforma Católica no século XVI:
A) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a defesa do princípio da infalibilidade
da Igreja e a proibição do casamento dos clérigos.
B) A afirmação da doutrina da predestinação, a condenação das indulgências como
instrumento para a salvação e a manutenção do celibato dos clérigos.
C) A manutenção do latim como língua litúrgica, a reafirmação do livre-arbítrio e a eliminação
do batismo como um dos sacramentos.
D) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a abolição da confissão e a crítica ao
culto das imagens.
E) A manutenção do latim como língua litúrgica, o estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício
e a criação da Companhia de Jesus.
Comentários
A alternativa A é falsa, pois a tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais,chamadas
vulgatas, foi uma das bandeiras levantadas pela Reforma Protestante, contra a hegemonia Católica
que proibia a tradução da Bíblia em outra língua senão o latim.
A alternativa B está incorreta, pois a afirmação da doutrina da predestinação e a condenação das
indulgências como instrumento para a salvação não eram defendidos pela Contrarreforma Católica,
mas sim pela Reforma Protestante.
A alternativa C também está incorreta, uma vez que a eliminação do batismo como um dos
sacramentos não era defendido pela Contrarreforma, de tal modo que esse é o primeiro sacramento
da Igreja Católica.
A alternativa D também está incorreta, pois a tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais,
a abolição da confissão e a crítica ao culto das imagens foram reivindicações da Reforma Protestante
e não da Contrarreforma.
A alternativa E é a resposta certa. De fato, a Contrarreforma, que tem como marco inicial o Concílio
de Trento convocado em 1545, reforçava as tradições e doutrinas da Igreja Católica, como a
manutenção do latim como língua litúrgica e franca, o estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício
e a criação da Companhia de Jesus.
Gabarito: E
42. (Fgv 2005)
É comum referir-se ao calvinismo como a religião do capitalismo, pois essa crença
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A) defendia que o trabalho deveria ser valorizado, que o comércio não deveria ser condenado,
além de concordar com a cobrança de juros.
B) acreditava que o comércio das coisas sagradas, como os cargos eclesiásticos e as
indulgências, traria benefícios para os fiéis e para a sociedade.
C) apresentava doutrina que relacionava a salvação eterna do fiel com a frequência aos cultos,
com a presença da fé e das obras de caridade.
D) preconizava o comércio como uma atividade voltada para o sagrado; assim, grande parte do
lucro obtido deveria ser doado para os templos religiosos.
E) praticava a cobrança de todos os sacramentos, especialmente do batismo e da confissão,
além do pagamento do dízimo eclesiástico.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa. Na análise que fez Max Weber do protestantismo ele partiu da
constatação de que em certos países da Europa um número desproporcional de protestantes
estavam envolvidos com ocupações ligadas ao capital, à indústria e ao comércio. Além disso,
algumas regiões de fé calvinista ou reformada estavam entre aquelas onde mais floresceu o
capitalismo. Na sua pesquisa, ele baseou-se principalmente nos puritanos e em grupos influenciados
por eles. Ao analisar os dados, Weber concluiu que entre os puritanos surgiu um "espírito capitalista"
que fez do lucro e do ganho um dever. Ele argumenta que esse espírito resultou do sentido cristão
de vocação dado pelos protestantes ao trabalho e do conceito de predestinação, tido como central
na teologia calvinista. Isso gerou o individualismo e um novo tipo de ascetismo "no mundo"
caracterizado por uma vida disciplinada, apego ao trabalho e valorização da poupança. Finalmente,
a secularização do espírito protestante gerou a mentalidade burguesa e as realidades cruéis do
mundo dos negócios. Calvino de fato interessou-se vivamente por questões econômicas e existem
elementos na sua teologia que certamente contribuíram para uma nova atitude em relação ao
trabalho e aos bens materiais. A sua aceitação da posse de riquezas e da propriedade privada, a sua
doutrina da vocação e a sua insistência no trabalho e na frugalidade foram alguns dos fatores que
colaboraram para o eventual surgimento do capitalismo.
A alternativa B é falsa, pois, seguindo os princípios protestantes, o calvinismo era contra o comércio
religioso, especialmente as indulgências.
A alternativa C também é falsa, pois no calvinismo Deus graciosamente oferece a salvação da morte
sob a condição de fé em Jesus Cristo. O calvinista acredita que Deus é Soberano em todas as coisas
e, portanto, o homem não tem participação alguma na própria salvação, logo, Deus predestinou os
seus escolhidos para a salvação, uma vez que a humanidade após o pecado não teria condições de
se voltar ao Criador por estarem mortos em seus pecados e delitos.
A alternativa D também é falsa, pois afirmar que o calvinismo preconizava o comércio como uma
atividade voltada para o sagrado, de modo que parte do lucro obtido deveria ser doado para os
templos religiosos, é associa-lo à prática de indulgências, que era combatida pelos protestantes.
A alternativa E está incorreta. O calvinismo, na verdade, defendia o sacramento da Santa Ceia e do
Batismo, incluindo o batismo infantil. Portanto, não praticava a cobrança de todos os sacramentos.
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(MATOS, 2018).
Gabarito: A
43. (Fgv 2001)
"(...) João Calvino (...) dinamizou o movimento reformista através de novos princípios,
completando e ampliando a doutrina luterana.
(AQUINO, Rubim Leão (et al.). "História das Sociedades: das sociedades modernas às
sociedades contemporâneas")
Entre as mudanças propostas por Calvino à doutrina luterana, NÃO estão a:
A) a separação da Igreja do Estado e a livre interpretação da Bíblia;
B) aceitação do livre-arbítrio e o reforço da autoridade papal;
C) negação da autoridade do Papa e o repúdio ao livre-arbítrio;
D) justificativa para as atividades econômicas, anteriormente condenadas pela Igreja, e a livre
interpretação da Bíblia;
E) separação da Igreja do Estado e a aceitação do livre-arbítrio.
Comentários
A alternativa A não é a resposta certa, pois de fato nas propostas calvinistas, diferentemente nos
luteranos e anglicanos, a separação da Igreja e do Estado é defendida. Além disso, a livre
interpretação da Bíblia também é pregada pelos calvinistas.
A alternativa B é a resposta certa, uma vez que a autoridade papal é contestada e não reafirmada.
Além disso, o livre-arbítrio era negado, em razão da doutrina da predestinação. Nas palavras de
Calvino, “quando se atribui ao homem o livre-arbítrio, quantos não haverá que incontinenti se
julgarão mestres e senhores do seu juízo e da sua vontade, e capazes de fazer girar a virtude de um
e de outro lado?” Portanto o que se afirma não condiz com as propostas de Calvino.
A alternativa C também não é a resposta certa, pois Calvino, assim como Lutero, negava a autoridade
do Papa e o livre arbítrio.
A alternativa D também não é a resposta certa, de tal modo que o calvinismo realmente justificava
as atividades econômicas através da graça de Deus, exaltando o trabalho e os frutos vindos dele.
Além disso, a livre interpretação da Bíblia realmente era defendida.
A alternativa E também não é a resposta certa. Essa alternativa traz uma proposição que condiz com
a doutrina calvinista (separação da Igreja do Estado), fazendo a alternativa ser falsa; e outra que não
condiz com a doutrina calvinista (a aceitação do livre-arbítrio), fazendo da alternativa a resposta
certa. Mas, pela lógica, se uma das proposições é falsa, logo a conclusão também é falsa. Portanto,
essa alternativa também não é a resposta certa.
(CASTRO, 2011).
Gabarito: B
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44. (Fgv 2000)
"Postulados
1. (...); 2. O centro da terra não é o centro do universo, mas tão somente da gravidade e da
esfera lunar; 3. Todas as esferas giram ao redor do sol como de seu ponto médio, e, portanto,
o sol é o centro do universo; 4. (...); 5. Todo movimento aparente que se percebe nos céus
provém do movimento da terra, e não de algum movimento do firmamento, qualquer que seja;
6. O que nos parece movimento deste, mas do movimento da terra e de nossa esfera, junto
com a qual giramos em redor do sol, o que acontece com qualquer outro planeta; 7. (...)."
(séc. XVI) (citado em Berutti et al)."
O documento refere-se à:
A) ruptura com o heliocentrismo, conduzida pelas investigações de Kepler.
B) ruptura com o antropocentrismo, conduzida pelas investigações de Galileu Galilei;
C) concepção de universo, que recupera o pensamento de Ptolomeu, recusado pela Igreja
durante a Idade Média;
D) concepção de universo, que recupera as preocupações de Heráclito ("tudo está em
movimento"), apresentada por Isaac Newton;
E) ruptura com o geocentrismo, conduzida pelas investigações de Copérnico.
Comentários
A alternativa A está incorreta, pois o heliocentrismo é justamente o que se afirma na passagem
quando se lê: “Todas as esferas giram ao redor do sol como de seu ponto médio, e, portanto, o sol
é o centro do universo”.
A alternativa B também está incorreta, uma vez que as considerações elencadas no trecho em nada
tem a ver com uma ruptura com o antropocentrismo.
A alternativa C também está incorreta, ao passo que a Teoria Ptolomaica, aceita pela Igreja, tinha
como premissa a Terra ser o centro do Universo.
A alternativa D também está incorreta, uma vez o trecho citado é datado do séc. XVI, enquanto Isaac
Newton nasceu no séc. XVII e morreu no princípio do séc. XVIII (1643-1727).
A alternativa E é a resposta certa. O polonês Nicolau Copérnico (1473-1543) foi um dos pais da
astronomia moderna. A sua teoria heliocêntrica, segundo a qual o Sol é o centro do sistema solar,
refutava e rompia com a teoria geocêntrica, segundo a qual a Terra é o centro do sistema solar. Até
então, a Igreja Católica – que controlava o poder religioso, político e econômico na Idade Média –
adotava a Teoria Geocêntrica, em que a Terra era o centro do universo. Em sua obra, Copérnico
afirma que a Terra não está fixa no centro do universo, e sim girando em uma órbita circular ao redor
do Sol, assim como os demais planetas. Apesar do erro com relação à órbita circular dos planetas, a
sua teoria heliocêntrica abriu caminho para a busca de uma maior compreensão do universo.
Deduziu, após sucessivos cálculos matemáticos, que é a Terra o corpo celeste que executa um
movimento completo em torno do próprio eixo, explicando o porquê do dia e da noite. Copérnico
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também ordenou os planetas por suas distâncias em relação ao Sol e concluiu que quanto menor a
órbita, maior a velocidade orbital.
(GOUVEIA, 2018).
Gabarito: E
45. (Fgv 1999)
"Votos da Companhia de Jesus.
Que os membros consagrarão suas vidas ao constante serviço de Cristo e do Papa, lutarão sob
a bandeira da cruz e servirão ao Senhor e ao Pontífice romano como vigário de Deus na Terra,
de tal forma que executarão imediatamente e sem vacilação ou escusa tudo que o Pontífice
reinante ou seus sucessores puderem ordenar-lhes para proveito das almas ou para a
propagação da fé, e assim agirão em toda a província aonde forem enviados, entre os turcos
ou quaisquer outros infiéis, na Índia distante, assim como na região dos hereges cismáticos ou
indivíduo de qualquer tipo."
O texto acima está diretamente vinculado à(s):
A) Querela das Investiduras, disputa entre a Igreja e os Imperadores Alemães (XI);
B) radicalização da Igreja frente à ameaça do Cisma do Oriente e à criação da Ordem Jesuítica.
C) decisões do Papa Inocêncio III (XIII) em constituir os Tribunais de Inquisição;
D) Cruzadas e a imposição da fé cristã aos infiéis (XI - XIII);
E) decisões do Concílio de Trento após as Reformas Protestantes (XVI).
Comentários
A alternativa A, C e D são falsas, uma vez que a Ordem dos Jesuítas ou Companhia de é datada do
séc. XVI.
A alternativa B está incorreta, pois a Ordem dos Jesuítas esteve ligada ao movimento da
Contrarreforma, que foi uma resposta às Reformas Protestantes.
A alternativa E é a resposta certa. O Concílio de Trento, entre 1545 a 1563, é o marco da chama
Contrarreforma, investida da Igreja Católica em resposta às Reformas Protestantes. A fundação da
Companhia de Jesus em 1534, reconhecida pelo Papa em 1540, esteve diretamente ligada à
Contrarreforma. Os primeiros jesuítas participaram ativamente da Contrarreforma Católica e do
esforço de renovação teológica da Igreja Católica. No Concílio de Trento, destacaram-se dois
companheiros do fundador da companhia, Santo Inácio (Laínez e Salmerón). Desejando levar a fé a
todos os campos do saber, os jesuítas dedicaram-se às mais diversas ciências e artes: Matemática,
Física, Astronomia. Entre os nomes de crateras da Lua há mais de 30 nomes de jesuítas. No campo
do Direito, Suarez e seus discípulos desenvolveram a doutrina da origem popular do poder. Na
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Arquitetura, destacaram-se muitos irmãos jesuítas, combinando o estilo barroco da época com um
estilo mais funcional. Os jesuítas exerceram papel importante na colonização ultramarina dos
Estados europeus e na catequese religiosa.
Gabarito: E
46. (Fgv 1996)
Acerca do Renascimento:
I - As características do homem no Renascimento são: racionalismo, individualismo,
naturalismo e antropocentrismo, em oposição aos valores medievais baseados no
teocentrismo.
II - O Renascimento não foi um processo homogêneo. Seu desenvolvimento foi muito desigual
e as manifestações mais expressivas se deram nos campos das artes e das ciências, sendo que
no campo artístico, a literatura e as artes plásticas ocupavam lugar de destaque.
III - A arte renascentista tornou-se predominantemente religiosa, retratando a vida de santos,
de clérigos e o cotidiano cristão da época.
IV - A Itália foi o centro do Renascimento porque era o centro do pré-capitalismo e do
desenvolvimento comercial e urbano, que gerava os excedentes de capital mercantil para o
investimento em obras de arte.
V - A ascensão do clero foi fundamental para que se desenvolvesse nos Estados italianos um
poderoso mecenato, plenamente identificado com as concepções terrenas dominantes entre
os eclesiásticos.
É correto apenas o afirmado em:
A) I, II, III.
B) I, II, IV.
C) I, II, V.
D) I, III, V.
E) II, IV, V.
Comentários
A alternativa B) é a resposta certa, pois apenas o que se afirma em I, II e IV é verdadeiro.
I – O Renascimento foi um movimento artístico-cultural ocorrido na Europa nos séculos XIV, XV e
XVI, tendo como principal causa o desenvolvimento econômico e a formação de uma nova visão de
mundo, baseada no individualismo, no racionalismo, no naturalismo e no antropocentrismo.
II – O desenvolvimento renascentista não foi homogêneo em todas as regiões. Variou de um lugar
para o outro, mas seu maior esplendor aconteceu na Itália, em especial na cidade de Florença, mas
tambémna região de Flandres e na Alemanha. De modo geral, eram localidades em que o comércio
fez surgir uma burguesia rica, que se dispôs a financiar a produção artística e intelectual da época.
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De modo geral, pode-se dizer que o Renascimento ocasionou uma imensa renovação nos mais
variados campos do conhecimento e produziu artistas, pensadores, cientistas cujos trabalhos
influenciaram toda a produção intelectual dos séculos seguintes.
III – Na verdade, o Renascimento procurou fazer o resgate da cultura clássica de Grécia e Roma, ao
passo que criticava a cultura católica medieval. Obviamente não foi possível simplesmente apagar
mil anos de influência religiosa e o Renascimento ficou marcado por obras de arte que eram
humanistas, porém com apelos religiosos, como são exemplos David e Pietá, ambas obras de
Michelangelo.
IV – Devido a diversos aspectos a Itália serviu de berço para o movimento renascentista que depois
iria se espalhar pelo Velho Mundo (de forma não homogênea). Os principais motivos de o
Renascimento ter surgido na península itálica: desenvolvimento comercial; contato comercial com
Árabes, que difundiam a cultura antiga; influência dos bizantinos, que preservavam parte da cultura
greco-romana; desenvolvimento da burguesia e surgimento dos “mecenas” (patrocinadores de
artistas).
V – Na verdade, o Renascimento era um movimento leigo (desvinculado da Igreja, apesar de se servir
dela) e burguês, de renovação cultural, que transformava o Homem no centro dos acontecimentos.
O Renascimento foi protegido e impulsionado pela burguesia e setores da realeza, que possuíam
recursos suficientes para patrocinar as atividades artísticas. Em suas obras, os artistas renascentistas
acabavam por interpretar as aspirações e a visão de mundo da burguesia. Famílias de mercadores-
banqueiros, os próprios reis, ou então a Igreja, contratavam os melhores artistas para fazerem em
suas cidades suntuosos edifícios, palácios, igrejas, estátuas, pinturas ou até mesmo para produzirem
obras de arte em suas residências. Conhecidos como mecenas (referência a um patrocinador das
artes na Roma antiga), essas pessoas tornaram-se protetoras da produção cultural renascentista,
garantindo o sustento desses artistas.
(RENASCIMENTO; BUSSUNDA, 2018).
Gabarito: B
47. (Ufrgs 2018)
Sobre o desenvolvimento do pensamento moderno no Ocidente, entre os séculos XIV e XVIII,
é correto afirmar que
A) os estudos empíricos sobre a natureza, realizados no Renascimento, contribuíram para o
desenvolvimento da ciência europeia.
B) o abandono do dogma cristão pelo pensamento humanista motivou a criação dos tribunais
do Santo Ofício para combater as heresias.
C) a filosofia foi marcada por uma completa ruptura em relação à visão de mundo, elaborada
durante a antiguidade.
D) a Reforma Protestante caracterizou-se pela reafirmação dos valores institucionais da Igreja
e pela defesa do papado.
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E) a rígida separação social entre a elite letrada e a população camponesa impedia o
desenvolvimento de práticas culturais populares.
Comentários
A alternativa A é a resposta certa. Durante o Renascimento, observamos que a troca de
conhecimento não possibilitou somente o desenvolvimento de novas formas de arte. De fato, uma
considerável parcela dos nomes dessa época esteve envolvida no desenvolvimento de estudos
relacionados ao homem e à natureza. Podemos assim ver, que esse período também fora marcado
por um “renascimento científico”, onde vários campos do conhecimento como a astronomia, a
matemática, a física e a medicina avançaram. Em geral, os cientistas dessa época organizavam suas
pesquisas através de observações e experimentos capazes de suscitarem novas questões científicas
e elaborar outras formas de conhecimento. Historicamente, essa nova atitude com relação ao
mundo estabelecia um grande marco na produção do saber. Afinal, através da razão, os homens
desse tempo rompiam com o monopólio de conhecimento exercido pela Igreja ao longo da Idade
Média.
A alternativa B é falsa, uma vez que o combate as heresias é bem anterior ao Renascimento, de tal
modo que a Inquisição começou a funcionar sistematicamente no séc. XII na França para combater
a propagação do sectarismo religioso, em particular, em relação aos cátaros e valdenses.
A alternativa C também é falsa, pois no âmbito filosófico o Renascimento e as correntes de
pensamento subsequentes influenciaram justamente na revalorização das obras antigas,
principalmente gregas e latinas. Vale dizer que Aristóteles foi sem dúvida a grande inspiração de
toda a Idade Média, mas no Renascimento muitas das concepções e mundividências aristotélicas
foram contestadas e deram lugar a outras perspectivas.
A alternativa D também é falsa, uma vez que a Reforma Protestante não foi a reafirmação dos
valores institucionais da Igreja e do papado, mas o contrário. A Reforma Protestante agiu contra a
soberania da Igreja e do papa.
A alternativa E também é falsa, uma vez que a “cultura das classes subalternas” ou cultura popular
na Idade Moderna vem sendo muito estuda pelos historiadores, por mais difícil que seja, devido às
poucas fontes. Haja vista, todavia, os estudos de Carlo Ginzburg e Peter Burke, para citar dois
grandes e influentes historiadores. Não se trata, portanto, de afirmar que a separação entre elite
letrada e a população camponesa impedia o desenvolvimento de práticas culturais populares, vindo
a crer que havia, na verdade, uma riqueza cultural movimentada por festas e ritos, como o carnaval,
por exemplo.
(BURKE, 2009; SOUSA, 2018).
Gabarito: A
48. (Vunesp 2016)
As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra:
A) a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja Católica.
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B) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da ascensão da
burguesia.
C) o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e doutrinária da
Igreja Católica.
D) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e na Ásia.
E) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica
Comentários
Dentre os questionamentos promovidos pelos protestantes religiosos estavam: (1) a corrupção da
Igreja (venda de indulgências e simonia), (2) a intromissão da Igreja em assuntos políticos e (3) o
excesso de poder do Papa.
Gabarito: A
49. (Vunesp 2014)
O comércio foi de fato o nervo da colonização do Antigo Regime, isto é, para incrementar as
atividades mercantis processava-se a ocupação, povoamento e valorização das novas áreas. E
aqui ressalta de novo o sentido da colonização da época Moderna; indo em curso na Europa a
expansão da economia de mercado, com a mercantilização crescente dos vários setores
produtivos antes à margem da circulação de mercadorias – a produção colonial era uma
produção mercantil,ligada às grandes linhas do tráfico internacional.
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), 1981.
Adaptado.)
O mecanismo principal da colonização foi o comércio entre colônia e metrópole, fato que se
manifesta:
A) na ampliação do movimento de integração econômica europeia por meio do amplo acesso
de outras potências aos mercados coloniais.
B) na ausência de preocupações capitalistas por parte dos colonos, que preferiam manter o
modelo feudal e a hegemonia dos senhores de terras.
C) nas críticas das autoridades metropolitanas à persistência do escravismo, que impedia a
ampliação do mercado consumidor na colônia.
D) no desinteresse metropolitano de ocupar as novas terras conquistadas, limitando-se à
exploração imediatista das riquezas encontradas.
E) no condicionamento político, demográfico e econômico dos espaços coloniais, que deveriam
gerar lucros para as economias metropolitanas.
Comentários
Somente a proposição [E] está correta. A Idade Moderna, XV ao XVIII, foi caracterizada pela transição
do feudalismo para o capitalismo e pelo Antigo Regime (Absolutismo e Mercantilismo). Os Estados
Nacionais Modernos surgiram no final da Idade Média e se notabilizaram nos Tempos Modernos
necessitavam de muitos recursos para montar e equipar o exército e a marinha bem como manter
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a burocracia estatal. Desta forma, o Sistema Colonial visava gerar lucros e recursos para a metrópole
(aspecto econômico), a submissão da Colônia à Metrópole (aspecto político) e ocupar as áreas
coloniais (aspecto demográfico). As demais alternativas estão incorretas. As autoridades
metropolitanas não criticavam o escravismo colonial. Não ocorreu o modelo feudal na Colônia. Havia
o interesse da metrópole em ocupar as novas áreas conquistadas.
Gabarito: E
50. (Vunesp 2013)
Podemos afirmar que as obras A divina comédia, escrita por Dante Alighieri no início do século
XIV, e Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes no início do século XVII,
A) parodiaram as novelas de cavalaria e defenderam a hegemonia da Igreja Católica e da
aristocracia, respectivamente.
B) derivaram de registros orais e foram apenas organizadas e sistematizadas na escrita de seus
autores.
C) contribuíram para a unificação e o estabelecimento da forma moderna dos idiomas italiano
e espanhol.
D) assumiram forte conotação anticlerical e intensificaram as críticas renascentistas à conduta
e ao poder da Igreja Católica.
E) retrataram o imaginário da burguesia comercial ascendente na Itália e na Espanha do final
da Idade Média.
Comentários
Os dois autores são considerados como marcos do movimento renascentista, ao longo da Idade
Moderna. Nesse período, as características nacionalistas se desenvolveram ou se aprofundaram.
Apesar da região italiana não ter se unificado politicamente, o renascimento resgatou a cultura
antiga romana, dando maior unidade cultural à península. No caso espanhol, a formação da nação
ocorreu no final século XV, porém, a unificação política não eliminou as divisões internas nem as
influências de origem árabe. Nesse sentido, pode-se entender a importância de um grande autor
que seja considerado como “espanhol” e, ao ser difundido em todo o país, gerar forte influência
linguística para maior padronização.
Gabarito: C
51. (Vunesp 2012)
Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela
presença de um número razoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que
por motivações variadas — glorificação familiar ou individual, desejo de hegemonia ou ânsia
de salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas.
Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem
quantidades consideráveis de recursos eventualmente destinados à produção artística. Além
disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como
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de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores
propriamente ditos: um público não homogêneo, certamente (...).
(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.)
Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser identificados:
A) nos mosteiros medievais, onde se valorizava especialmente a arte sacra.
B) nas cidades modernas, onde floresceu o Renascimento cultural.
C) nos centros urbanos romanos, onde predominava a escultura gótica.
D) nas cidades-estados gregas, onde o estilo dórico era hegemônico.
E) nos castelos senhoriais, onde prevalecia a arquitetura românica.
Comentários
O texto se refere às cidades europeias da época moderna e a prática do mecenato, principalmente
nos séculos XV e XVI, quando do desenvolvimento do renascimento cultural. A prática do mecenato,
de origem romana, deu-se por diversas razões, materiais ou religiosas, e significou principalmente o
apoio financeiro aos artistas ou a centros de desenvolvimento cultural, sendo um dos mais famosos
a Academia de Florença, mantida pela Família Médici.
Gabarito: B
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se
viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo
que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...)
Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava
vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga
e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo
de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande
escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa
entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de
obra cativa.
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008.Adaptado.)
52. (Vunesp 2012)
Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto:
A) destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na
constituição de um novo espaço de produção e circulação de mercadorias.
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B) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações
comerciais estabelecidas através do Oceano Atlântico.
C) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou,
na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvidas.
D) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel
fundamental na integração do continente americano com a economia que se desenvolveu no
Oceano Atlântico.
E) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para
a Europae de que alguns desses produtos eram usados na troca por escravos africanos.
Comentários
O tráfico negreiro deve ser percebido dentro das estruturas do modelo mercantilista, parte do
processo de pré-acumulação capitalista da época moderna. O texto deixa claro o papel de cada um
dos elementos constitutivos do processo conhecido como “tráfico negreiro”. Apesar dos papeis
diferenciados, os grupos destacados no texto colaboraram para a consolidação de um sistema de
trabalho em grande parte da América colonizada, fortalecendo as bases do mercantilismo e da
acumulação de capitais.
Gabarito: A
53. (Vunesp 2011)
O fim último causa final e desígnio dos homens (...), ao introduzir aquela restrição sobre si
mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e
com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra
que é a consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um
poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao
cumprimento de seus pactos (...).
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1651. In: Os pensadores, 1983.)
De acordo com o texto,
A) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a disputa e a competição entre
eles.
B) as sociedades dependem de pactos internos de funcionamento que diferenciem os homens
bons dos maus.
C) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, necessários para sua
convivência.
D) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, preocupados em expandir seus
domínios territoriais.
E) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o convívio social entre
eles.
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Comentários
Como um dos maiores expoentes da filosofia moderna e defensor do Absolutismo como uma
condição necessária à coexistência pacifica entre os homens, Hobbes considerava que o ser humano
tendia ao conflito e à destruição coletiva (“estado de natureza”) se não fosse colocado sob a tutela
de uma autoridade superior capaz de deter o caos através da força e coerção. Desse modo,
acreditava que os próprios homens estabeleceram a sociedade civil e o Estado como um esforço no
sentido de preservar a sua própria existência. A superação do “estado de natureza” só foi possível
graças ao “contrato social” estabelecido entre os homens e mantido pelo Estado.
Gabarito: E
54. (Vunesp 2009)
Quando sucumbe o monarca, a majestade real não morre só, mas, como um vórtice, arrasta
consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema.
(Hamlet, 1603.)
Essas palavras, pronunciadas por Rosencrantz, personagem de um drama teatral de William
Shakespeare, aludem:
A) ao absolutismo monárquico, regime político predominante nos países europeus da Idade
Moderna.
B) à monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos derivam do consentimento
popular.
C) ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei reina, mas
não governa”.
D) à oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia e à emergência das revoluções
democráticas.
E) à decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante as Revoluções Puritana e
Gloriosa.
Comentários
O Absolutismo Monárquico foi um regime político que predominou na Europa Ocidental no período
da Idade Moderna. Nele, todo o poder concentrava-se nas mãos dos monarcas que, como o texto
deixa claro, eram os centros de seus reinos (“basta que o rei suspire para que todo o reino gema”).
Gabarito: A
55. (Vunesp 2009)
(...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses
e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais
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alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o
murmúrio é uma disposição para a sedição.
(Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), Política tirada da Sagrada Escritura. apud Gustavo de
Freitas, 900 textos e documentos de História)
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
A) O autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua autoridade em relação aos
homens.
B) Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite nenhum tipo de oposição
dos homens.
C) Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações impostas pelas
obrigações para com Deus.
D) Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante da autoridade divina dos
reis.
E) O autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano que não se mostre digno
de sua função.
Comentários
Somente a proposição [B] está correta. Inspirado na Bíblia, Jacques Bossuet escreveu sua obra
máxima chamada Política Tirada da Sagrada Escritura, defendendo o poder divino dos reis
absolutistas. Segundo ele, o rei é um intermediário entre Deus e os homens e que cabem aos homens
obedecerem a Deus e aos reis. As demais alternativas estão incorretas. O autor não critica o
absolutismo, “pois o trono real é o trono do próprio Deus”. Não defende limitações do poder real e
muito menos a soberania dos homens diante da autoridade dos reis. Não cabe ao homem o direito
de se rebelar contra o rei, pois seria se revoltar contra o próprio Deus.
Gabarito: B
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1. (IDECAN - SEARH / 2016)
Texto I
“Segundo o historiador francês Fernand Braudel, ‘[...] essa política reagrupa comodamente
uma série de atos e atitudes, de projetos e ideias, de experiências que marcam, entre os séculos
XV e o século XVIII, a primeira afirmação do Estado Moderno em relação aos problemas
concretos que ele tinha que enfrentar’.” (Braudel, 1979.)
Texto II
(Disponível em:
https://iw=1920&bih=979&site=webhp&+charges&imgrc=h0QBXoU2s9qx9M%3A.)
Os textos relacionam‐se ao:
A) Liberalismo.
B) Bulionismo.
C) Capitalismo.
D) Mercantilismo.
2. (IF-TO - IF-TO / 2016)
“As teorias e práticas mercantilistas estão inseridas no contexto da transição do Feudalismo
para o Capitalismo, possuindo ainda características marcantes das estruturas econômicas
feudais e já diversos fatores que serão mais tarde identificados com características capitalistas,
não sendo nenhum dos dois sistemas, no entanto. O termo mercantilismo define os aspectos
econômicos desse processo de transição. Se o mercantilismo tem sua contraparte política no
Estado absoluto, no campo social tem relação com a estrutura social comumente conhecida
como sociedade do Antigo Regime.”
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(SILVA, Kalina V. & SILVA, Maciel Henrique. “Dicionário de conceitos históricos”. São Paulo:
Contexto, 2009, p. 283-284).
Das práticas apresentadas abaixo, qual não pode ser identificada como pertencente ao
mercantilismo:
A) Metalismo.
B) Protecionismo alfandegário.
C) Incentivo às manufaturas.
D) Balança comercial favorável.
E) Liberalismo econômico.
3. (NUCEPE - SEDUC-PI - Professor / 2015)
“[...] devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que
consumirmos deles.”
(MUN, Thomas. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa:
Plátano, 1976.vol. II, p.223).
O pensamento contido nesta frase expressa um dos princípios do mercantilismo, que é o da
balança comercial favorável.
Assinale a alternativa CORRETA na qual conste a denominação dada ao mercantilismo na
França e Espanha, respectivamente.
A) Colbertismo e Bulionismo.
B) Industrialismo e Colbertismo.
C) Colbertismo e Exclusivo Colonial.
D) Industrialismo e Bulionismo.
E) Comercialismo e Colbertismo.
4. (IFC - IFC-SC - Professor / 2010)
Durante a fase de transição do feudalismo para o capitalismo foi colocada em prática a política
econômica mercantilista. As grandes monarquias européias do século XVI, com maior ou
menor êxito, enveredaram pela via do intervencionismo econômico. Avalie as sentenças abaixo
sobre as características gerais do mercantilismo europeu.
I – entesouramento de metais como o ouro e prata advindos tanto do comércio externo como
dos territórios conquistados.
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116
II – o desenvolvimento da manufatura para suprir tanto o mercado interno como para
exportação.
III – esforço para exportar mais e importar menos, deixando a balança comercial favorável.
Assim:
A) Nenhuma alternativa está correta.
B) Todas as alternativas estão corretas.
C) Somente I e II estão corretas.
D) Somente II e III estão corretas.
E) Somente I e III estão corretas.
5. (ACAFE - PC-SC / 2008)
O mercantilismo do Estado Moderno evidenciou a íntima relação entre o Estado e a economia.
Relacionadas ao mercantilismo, todas as alternativas estão corretas, exceto a:
A) A expansão marítima europeia dos séculos XIV e XV e o consequente domínio de colônias
foram incentivados pelo Estado Nacional como forma de ampliar as práticas mercantilistas.
B) Defendia o liberalismo econômico e a livre concorrência, conforme pregava Adam Smith,
conhecido economista mercantil.
C) O mercantilismo defendia uma balança comercial favorável, ou seja, que as exportações
fossem maiores que as importações.
D) Uma das características do mercantilismo foi o metalismo, que identifica o poder e a riqueza
de um Estado com a quantidade de metais preciosos que ele possui.
6. (FUNCAB - SEDUC-RO - Professor / 2013)
“A França apresenta-se como o país típico do mercantilismo em sua forma clássica. Suas lutas
contra a Espanha, contra a Holanda e, por último, contra a Inglaterra, traem facilmente as
preocupações mercantis e coloniais da monarquia francesa” No governo de Luís XIV, a adoção
de uma política protecionista e manufatureira de grande amplitude caracteriza o
mercantilismo na França. Denominamos o mercantilismo francês nessa época de:
(FALCON, Francisco J.C. Mercantilismo e Transição. São Paulo: Brasiliense,Coleção, 1981. p.
75).
No governo de Luís XIV, a adoção de uma política protecionista e manufatureira de grande
amplitude caracteriza o mercantilismo na França. Denominamos o mercantilismo francês nessa
época de:
A) bulionismo.
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B) metalismo.
C) fisiocratismo.
D) colbertismo.
E) pragmatismo.
7. (CESPE - SAEB-BA - Professor / 2011)
A imagem acima é um fragmento da pintura do teto da Capela Sistina, pintada por
Michelângelo, entre 1508 e 1512. Esse pintor, juntamente com outros artistas e pensadores,
faz parte de um período a que a História chamou Humanismo. De acordo com a imagem e as
características do Humanismo, é correto concluir que
A) o homem é entendido como ser especial da criação divina, que age e reflete sobre sua
existência, mas sob os desígnios da divindade.
B) a igreja católica entrou em decadência, em razão da dificuldade de ceder às exigências dos
segmentos laicos em favor de uma postura mais caritativa.
C) a concorrência entre a religião católica e a protestante levou a igreja de Roma a decorar seus
templos com figuras humanas apelativas para atrair mais fiéis.
D) o homem passou a ocupar o centro das atenções, movimento conhecido como
antropocentrismo, negando-se Deus e a religião.
8. (IBADE - SEE -PB / 2017)
Leia o texto.
“A arte, até então eclesiástica, sob o controle dos padres-pedreiros, torna-se laica; ela passa às
mãos dos pedreiros livres, servidores casados da Igreja cujas humildes colônias, postas sob sua
proteção constroem, mesmo em formas independentes, esses edifícios grandiosos, onde o
peito do homem encontra finalmente respiração, com a vaguidão do sonho e a liberdade dos
suspiros.”
MICHELET, Jules. A agonia da Idade Média. São Paulo: Educ, 1992, p. 23.
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O extrato acima se refere à(ao):
A) arte românica.
B) período neoclássico.
C) início do renascimento
D) alta idade média,
E) idade moderna.
(CESPE - SEDUC-AL - Professor / 2018)
A respeito das transformações da sociedade europeia entre os séculos XV e XVIII, julgue os
próximos itens.
9.
O antropocentrismo é um dos elementos caracterizadores do Renascimento.
10.
O fenômeno cultural do Renascimento ocorreu predominantemente no leste europeu.
11. (FGV - SME - SP / 2016)
Um professor de história inspira-se nas observações metodológicas de Leandro Karnal a
respeito do uso de obras de arte no ensino da História para tratar da cultura do Renascimento:
“Não se deve estabelecer na análise artística uma leitura de ‘reflexo’ da sociedade, pois
significaria negar o estatuto da própria arte. A arte não é um reflexo, mas constitui também a
maneira de perceber o mundo e passa a constituir este mesmo mundo”.
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(Piero della Francesca, Perspectiva de uma cabeça, desenho a bico de pena, in Sobre a
perspectiva do pintar, 1474.)
As opções a seguir interpretam corretamente o documento iconográfico no contexto da cultura
renascentista, sem reduzir a arte a um reflexo da sociedade, à exceção de uma. Assinale-a.
A) Os estudos de perspectiva do artista, ao tomar o corpo humano como modelo, espelham a
ideologia antropocêntrica própria da sociedade burguesados centros urbanos renascentistas.
B) A perspectiva do artista se baseia na arte da medida, entendida como projeção matemática
dos corpos sobre a superfície da pintura.
C) As grandezas sofrem uma diminuição proporcionalà distância do observador, como
demonstrado na representação frontal da cabeça inclinada.
D) O artista transforma o corpo natural em sólido geométrico para torná-lo mensurável,
seccionando a cabeça por planos meridianos e paralelos.
E) O artista produziu um manual técnico sobre as regras do desenho, fornecendo imagens
explicativas para o cálculo da projeção geométrica.
12. (UFMT - IF-MT - Professor / 2015)
A imagem abaixo é uma reprodução da célebre obra de Rafael Sanzio, A Escola de Atenas,
encomendada pelo Vaticano e pintada entre os anos de 1509 e 1510, e pode ser considerada
uma síntese perfeita do espírito renascentista em termos artísticos e intelectuais.
A partir da imagem, pode-se afirmar que os ideais estéticos e filosóficos do Renascimento são:
A) A valorização do pensamento filosófico da Antiguidade clássica e a criação da perspectiva
do ponto de fuga.
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116
B) A defesa da escolástica e a adoção dos princípios pictóricos sistematizados pela obra de
Giotto.
C) A hegemonia das concepções teológicas agostinianas e a preservação dos preceitos do
gótico flamejante.
D) O abandono da filosofia aristotélica e a utilização da técnica do chiaroscuro.
13. (Prefeitura de Betim-MG / 2015)
Os séculos XV e XVI constituem a época dos desbravamentos e das descobertas. É quando surge
também uma nova mentalidade, que mais tarde será o Renascimento. São características desse
período na Europa, EXCETO:
A) Teocentrismo.
B) Antropocentrismo.
C) Período de grandes navegações.
D) Renovação cultural.
14. (CESPE - SEE-AL - Professor / 2013)
No que se refere à história da cultura, das linguagens, das artes, das ciências, da técnica e da
filosofia no mundo ocidental, julgue o próximo item.
O Renascimento promoveu a revalorização da cultura clássica antiga, cujos desdobramentos
marcaram as artes, a literatura, a arquitetura, a historiografia e as ciências na Europa, entre o
final da Idade Média e o começo da era moderna.
15. (FUNCAB - SEDUC-RO - Professor / 2013)
“A reflexão humanista colocou o homem no centro do mundo e, como ele passou a ter
consciência de seus feitos no mundo, era necessário que esses feitos no mundo, era necessário
que esses feitos fossem relatados como realizações humanas.”
(COLLINGWOOD. R. G. A ideia de história . Lisboa: Presença, [s.d.], p. 98.)
A partir da citação acima, com relação ao humanismo e ao renascimento, é correto dizer que:
A) a inspiração na cultura medieval permitiu que os humanistas valorizassem o homem e as
suas ações.
B) as ações humanas eram expressões únicas da vontade divina, daí o seu caráter teocêntrico.
C) a valorização do teocentrismo existiu como forma de oposição ao antropocentrismo
medieval.
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D) as ideias socialistas desse movimento cultural inspiramos movimentos sociais da
modernidade.
E) a inspiração em ideais humanistas clássicos revalorizava a condição humana.
16. (CESPE - Prefeitura de São Luís-MA / 2017)
Acerca da Reforma Protestante do século XVI, assinale a opção correta.
A) O sucesso da Reforma Protestante do século XVI deveu-se, essencialmente, às disputas
políticas entre o papado e os governos locais.
B) A iniciativa de Lutero estimulou a criação de diversas igrejas nacionais, que tinham nos
príncipes as maiores autoridades políticas e teológicas.
C) A Igreja Católica reagiu ao movimento reformista com a Contrarreforma, que se caracterizou
pela reafirmação dos princípios criticados pelos reformadores e pela criação da Inquisição.
D) A contestação enfrentada pela Igreja Católica no século XVI foi um fato inédito, haja vista a
plena aceitação de seus dogmas e de suas decisões ao longo de toda a Idade Média.
E) O princípio da salvação pela fé era uma das bases da reforma proposta por Martinho Lutero
em oposição à doutrina católica, marcada pela confissão, pelo arrependimento e pela
penitência.
17. (Quadrix - SEDF - Professor / 2017)
Alguns dos mais importantes fundamentos da civilização ocidental foram lançados na
Antiguidade Clássica (Grécia e Roma). Esse legado apresenta-se em múltiplos aspectos, entre
os quais podem ser citados as artes, a filosofia, a política e o direito. Nos mil anos que se
seguem à queda de Roma, a Europa se ruraliza, a economia mercantil sofre grande refluxo e
verifica-se a ascendência, não apenas religiosa, de uma instituição centralizada e de extrema
capilaridade – a Igreja Católica. A Baixa Idade Média anuncia profundas transformações que
atingem a culminância no início da Idade Moderna. Entre os séculos XVI e XVIII, o Ocidente se
reinventa geográfica, política e culturalmente. Em fins do século XVIII, a partir da Inglaterra, a
Revolução Industrial inaugura uma nova era para uma história crescentemente globalizada.
Tendo as informações acima como referência inicial, julgue o item, relativo à história do mundo
ocidental.
Renascimento, Reforma religiosa e Estados nacionais assinalaram o início dos tempos
modernos; a expansão comercial e marítima dos séculos XV e XVI alargou os horizontes do
homem europeu, levando-o à Ásia, à África e à América.
18. (IDECAN - SEARH-RN /2016)
“Voltemo‐nos pois, em primeiro lugar, ‘a pessoa interior’, para ver o que faz com que ela se
torne justa, livre e verdadeiramente cristão, isto é, pessoa espiritual, nova, interior. É evidente
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que em absoluto nenhuma coisa externa, qualquer que seja o nome que se lhe dê, tem
qualquer significado para a aquisição da justiça ou da liberdade cristã [...]”
(Lutero. Obras Escolhidas, vol. II, p. 437, apud Toledo.)
Martinho Lutero liderou a reforma protestante no século XVI na Europa, suas ideias que eram
consideradas até então absurdas pela igreja católica viriam desafiar a mesma, que era naquela
época quem ditava as regras. Essa nova forma de pensar de Lutero foi se espalhando primeiro
pela Alemanha e, posteriormente, por toda a Europa. A característica do mundo moderno,
também presente na doutrina Luterana, mesmo que com restrições, expressa na citação
anterior é:
A) A laicização do estado.
B) A afirmação do individualismo.
C) A ética protestante e o espírito capitalista.
D) A crescente afirmação do profano sobre o sagrado.
19. (NUCEPE - SEDUC-PI - Professor / 2015)
De forma contraditória, a Reforma Católica do século XVI teve entre seus líderes muitos
cardeais humanistas que sustentavam ideais progressistas em relação aos problemas
enfrentados pela Igreja, ideais estes sufocados durante o Concílio de Trento. Acerca da
Reforma Católica ou Contrarreforma Protestante, é CORRETO afirmar:
A) Com a Reforma Católica, a Igreja passou a adotar uma postura mais próxima aos ideais
renascentistas, com atitudes mais tolerantes com os fiéis, e dessa forma, procurava atrair de
volta aqueles que haviam aderido ao protestantismo.
B) Iniciada a Reforma Católica pelo Papa Paulo III, a Igreja Católica procurou a reconciliação
com o luteranismo e a adoção de alguns deseus princípios como forma de enfraquecer o
protestantismo.
C) O dogmatismo e a intolerância religiosa foram fortemente criticados e combatidos pela
Reforma Católica, demonstrados pela extinção do Tribunal do Santo Ofício.
D) O Concílio de Trento criou uma Igreja mais rígida e que reafirmou seus dogmas, negados
pelo protestantismo.
E) Com a introdução do Index, a Igreja Católica procurava aproximar-se das proposições
protestantes, ao direcionar as leituras de seus seguidores.
20. (IFC - IFC-SC - Professor / 2010)
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De acordo com seus conhecimentos a respeito da Reforma Protestante, ocorrida na Europa
durante o século XVI, relacione a COLUNA A com a COLUNA B e, em seguida, marque a
alternativa correta, de cima para baixo.
COLUNA A
1 – Henrique VIII
2 – João Calvino
3 – Martinho Lutero
COLUNA B
( ) Criou uma igreja inicialmente sem grandes modificações em termos de doutrina e culto
comparativamente à católica, mas a idéia de igreja nacional e de catolicismo sem Roma teve
em sua ação maior expressão que nos demais países – tornou-se chefe supremo desta igreja
através da aprovação pelo Parlamento do “Ato de Supremacia” (1534).
( ) Condenou a venda de indulgências (perdão dos pecados), pois acreditava que a salvação da
alma resultava da fé e que as boas obras em nada influíam para a salvação.
( ) Pregava o rigor da disciplina, a valorização moral do trabalho e da poupança, oferecendo
aos setores burgueses uma justificativa religiosa sólida a suas atividades.
( ) Negou o ato da transubstanciação (transformação do pão e do vinho em corpo e sangue de
Cristo), sugerindo que a mesma fosse vista apenas como a bênção sagrada do pão e do vinho,
que ele chamou de consubstanciação.
( ) Se mostrou favorável a livre interpretação da Bíblia, a uma igreja nacional livre da hierarquia
romana, o celibato dos padres desapareceria, haveria apenas dois sacramentos: o batismo e a
eucaristia.
A) 2, 3, 2, 1, 3
B) 2, 1, 3, 2, 1
C) 3, 2, 1, 1, 2
D) 1, 3, 2, 3, 3
E) 1, 3, 1,2 , 3
21. (FUNCAB - SEDUC-RO - Professor / 2013)
Durante a reforma protestante, surge um movimento em que a maioria dos convertidos era
recrutada nas massas camponesas e nos trabalhadores urbanos, cujas dificuldades materiais e
inquietações religiosas não foram levadas em conta por outros reformadores, identificados
com as classes dominantes. Identifique a qual corrente do movimento reformista o enunciado
faz referência.
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A) Luteranismo.
B) Zwinglianismo.
C) Anabatista.
D) Calvinismo.
E) Anglicanismo.
22. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2018)
Artistas reinventaram a arte com novas noções de dimensão espacial, emprego das cores e
valorização dos planos e contrastes, como luz e sombra, ornamentação detalhada e equilíbrio
geométrico. Na escrita, autores detalhavam desejos, medos, qualidades e defeitos do ser
humano e de sua moral. Descreviam a utopia de um homem novo e do mundo perfeito, num
tempo em que sonhar era arriscado.
(Angelo Adriano Faria Assis. A razão brilha para todos. Revista de História da Biblioteca
Nacional, 2013. Adaptado).
O trecho faz referência:
A) à Antiguidade Clássica.
B) ao Gótico.
C) ao Renascimento.
D) ao Barroco.
E) ao Realismo.
23. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2016)
Se existe uma evolução na descoberta do indivíduo nesse contexto, ela se deve aos
procedimentos de análise do real, aos instrumentos e ao vocabulário: a prática da dissecação,
o hábito da frequente confissão, o uso da correspondência privada, a difusão do espelho, a
técnica da pintura a óleo. A Europa do período povoou-se de retratos, de início nas igrejas e
nas capelas familiares, onde os doadores e suas famílias conquistaram seu lugar ao lado da
Virgem com o Filho ou dos santos que os apresentam e os protegem.
(Georges Duby (org.), História da vida privada. Adaptado).
O texto refere-se ao período:
A) da expansão muçulmana na Península Ibérica.
B) do início da Idade Média.
C) da Renascença.
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D) do Iluminismo.
E) do Império Napoleônico.
24. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2015)
Se o homem moderno não consegue viver sem dinheiro, o homem medieval mal conhecia seu
significado, afirma Jacques Le Goff (um dos maiores medievalistas vivos). O historiador francês
demonstra como, numa sociedade dominada pelo cristianismo, a Igreja doutrinou a atitude
que um cristão deveria ter perante o dinheiro, tendo em vista as obras de teólogos e as várias
passagens bíblicas que o condenam. Para ele, a moeda começa a se desenvolver na Europa
medieval apenas nos séculos XII e XIII.
(Carolina Ferro, A Idade Média e o dinheiro. Disponível em: http://goo.gl/UG45So.
Adaptado).
O que explica esse desenvolvimento é:
A) a Reforma Protestante.
B) a Contrarreforma.
C) o Renascimento Urbano.
D) o Mercantilismo.
E) o Absolutismo.
25. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2014)
As palavras de Lutero não foram ao encontro apenas das angústias espirituais de uma
Alemanha dividida, mas, também, revelaram-se interessantes às controvérsias humanas.
Cavaleiros, nobres, mercadores, muitos nutriam desconfianças por Roma, e, ao mesmo tempo,
mostravam-se ávidos por incorporarem suas riquezas. A defesa que Lutero fazia da
dependência exclusiva de Deus atraiu esses indivíduos.
(Patrícia Woolley, Um destino. Revista de História da Biblioteca Nacional, 08.01.2013.
Adaptado).
Entre outros fatores, as desconfianças de que trata o texto estavam relacionadas
A) às críticas feitas pelos protestantes à aproximação dos católicos com os pobres.
B) ao excessivo poder eclesiástico e ao vasto patrimônio territorial da Igreja.
C) ao discurso da Igreja que questionava a escravidão e a exploração do trabalho.
D) ao questionamento que os católicos faziam ao modo de vida da nobreza.
E) à oposição de Roma ao movimento anabatista, ala radical dos reformadores.
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26. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2013)
Observe a imagem para responder à questão.
A obra O banqueiro e sua mulher (1514), de Quentin Matsys, retrata o casal:
A) como membros da nobreza europeia, característica evidenciada pelos trajes, pelo espaço
em que se encontram e pela atividade que estão desenvolvendo.
B) de forma elogiosa, refletindo a mudança de mentalidade europeia em relação às finanças
devido às revoluções burguesas ocorridas no início do século XVI.
C) como representante da avareza, fruto de um contexto em que o empréstimo a juros, o lucro
e a usura eram duramente criticados pela Igreja Católica.
D) de forma crítica, ressaltando o vínculo existente à épocaentre os banqueiros e os operários,
o que levou à luta radical contra o Antigo Regime e a monarquia.
E) como pessoas simples e pobres, com poucos recursos, em um contexto histórico em que
burgueses e camponeses tinham a mesma situação econômica.
27. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)
A crise da monarquia absolutista na França, às vésperas da Revolução Francesa, esteve
relacionada:
A) às lutas de camponeses e trabalhadores contra o Terceiro Estado.
B) à crítica iluminista, que defendia a manutenção do poder do monarca.
C) às intenções da burguesia de usufruir dos mesmos privilégios que a nobreza.
D) à proposta da monarquia francesa de ampliar os privilégios da nobreza.
E) à tentativa da monarquia de propor a cobrança de impostos à nobreza e ao clero.
28. (VUNESP - PM-SP - Oficial / 2012)
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O termo Idade Média foi empregado pela primeira vez por humanistas italianos para
caracterizar um período intermediário entre a Antiguidade e o Renascimento dos antigos. Tais
humanistas queriam se descolar da Idade Média, afirmando ser esta um período de trevas. O
termo Renascimento foi criado por Giorgio Vassari (1511-1574), artista italiano, para designar
uma redescoberta da Antiguidade, uma volta ao passado.
(Flavio de Campos, A Escrita da História).
Para muitos historiadores, o Renascimento representa a ruptura com o mundo medieval e o
início da Idade Moderna, pois marca:
A) a transformação do rural agrário para o urbano industrializado.
B) a retomada dos mitos e deuses antigos em detrimento do cristianismo.
C) a queda das monarquias absolutistas e a chegada da burguesia ao poder.
D) a passagem do teocentrismo medieval para o antropocentrismo moderno.
E) o fim da servidão e a generalização do trabalho assalariado.
29. (Espcex (Aman) 2018)
No início da Era Moderna, a Igreja Católica foi abalada por uma série de acontecimentos que
levaram a significativas mudanças internas e ao surgimento de novas religiões na Europa. Entre
as ideias dos principais reformadores e contrarreformadores, podemos encontrar a(o):
I. Criação do Index.
II. Predestinação.
III. Criação da Companhia de Jesus.
IV. Uso da língua inglesa.
V. A Bíblia como fonte de fé e livre exame.
VI. Extinção da hierarquia eclesiástica.
Assinale, abaixo, a alternativa que apresenta ideias relacionadas com a Igreja Calvinista.
A) III, V e VI.
B) I, II e VI.
C) II, V e VI.
D) I, II e V.
E) II, IV e V.
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30. implicaram conflitos entre a doutrina religiosa que vigorava e as novas práticas relacionadas à
nova ordem econômica.
Assinale a alternativa que se refere aos conflitos apresentados.
A) Tomismo
B) Teologia Agostiniana
C) Ato de Supremacia
D) Predestinação Absoluta
E) Prática da usura
31. (Espcex (Aman) 2016)
Com relação às Reformas Religiosas ocorridas na Europa no século XVI, podemos afirmar que
A) foram reflexo de disputas políticas entre os jesuítas e o papa.
B) tinham o objetivo de estabelecer a venda de indulgências para os pecadores.
C) permitiram à Igreja Católica uma total hegemonia religiosa na Alemanha.
D) só foram possíveis graças às decisões adotadas no Concílio de Trento.
E) na Inglaterra foram promovidas pelo rei Henrique VIII.
32. (Espcex (Aman) 2014)
“A partir do século XI, a Europa Ocidental foi palco de uma série de mudanças: crescimento da
população, avanço técnico, aumento da produtividade agrícola, intensificação do comércio
entre o Ocidente e o Oriente e ascensão da burguesia (mercadores, armadores, banqueiros).
Todas essas mudanças inspiraram uma nova visão do mundo, da arte e do conhecimento,
impulsionando, assim, um movimento de grande renovação cultural, único na história do
Ocidente: o Renascimento.”
(BOULOS JR, 2011)
São características do Renascimento:
A) antropocentrismo e misticismo.
B) hedonismo e antropocentrismo.
C) teocentrismo e individualismo.
D) teocentrismo e nacionalismo.
E) misticismo e hedonismo.
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33. (Espcex (Aman) 2013)
A Reforma protestante foi um movimento ocorrido no século XVI que causou uma grande
ruptura no mundo cristão e deu origem a novas doutrinas religiosas. Dentre os fatores que
levaram a esse movimento, está(estão) o(a)(s):
A) apoio da Igreja católica à prática da usura e ao lucro.
B) críticas de alguns membros da Igreja a práticas promovidas pela instituição, como a venda
de indulgências (perdão dos pecados).
C) reação à decisão da Igreja de restabelecer e reorganizar a Inquisição.
D) valorização do racionalismo e do cientificismo, além dos ideais iluministas.
E) estímulo à leitura e à livre interpretação da Bíblia, promovido pelo Vaticano.
34. (Espcex (Aman) 2011)
As transformações culturais ocorridas na Europa dos séculos XIV a XVI ficaram conhecidas
como Renascimento. Foram características deste movimento:
A) Misticismo e tentativas de reinterpretar o cristianismo.
B) Teocentrismo e recuperação de línguas clássicas (latim e grego).
C) Individualismo e utilização de novos recursos como a perspectiva no desenho e na pintura.
D) Racionalismo e críticas ao período conhecido como Antiguidade Clássica.
E) Antropocentrismo e rejeição de temas religiosas nas produções artísticas.
35. (Espcex (Aman) 2011)
A Reforma foi um movimento religioso ocorrido no século XVI, marcado pelo surgimento de
novas religiões cristãs. Dentre suas consequências, observamos
A) uma grande ruptura na Igreja Católica, levando ao retrocesso de práticas, como a usura e os
juros nas regiões onde foi adotado o luteranismo.
B) o aumento da interferência da Igreja Católica em questões políticas, nos países que se
tornaram calvinistas.
C) o surgimento da Igreja Anglicana na Inglaterra, que adotou o calvinismo e criou um novo
papa, para se tornar o chefe da nova igreja.
D) a reação da Igreja Católica, para tentar acabar com o avanço do movimento, promovendo
guerras religiosas contra os países protestantes e revendo alguns de seus dogmas.
E) a tentativa da Igreja Católica de se fortalecer novamente, promovendo uma reorganização
da Instituição e reafirmando princípios tradicionais.
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36. (Fgv 2017)
Leia trechos do Manifesto dos camponeses, documento de 1525.
(...) nos sejam dados poder e autoridade, para que cada comunidade possa eleger o seu pastor
e, da mesma forma, possa demiti-lo, caso se porte indevidamente.
(...) somos prejudicados ainda pelos nossos senhores, que se apoderaram de todas as florestas.
Se o pobre precisade lenha ou madeira tem que pagar o dobro por ela.
(...) preocupam-nos os serviços que somos obrigados a prestar e que aumentam dia a dia(...)
In Antologia humanística alemã, apud Marques e outros. História moderna através de textos,
2010.
A partir do documento, é correto afirmar que, no território da atual Alemanha,
A) os movimentos camponeses foram liderados por Lutero contra a exploração feita pelos
nobres que, de forma ilegal, apropriavam-se das florestas e reprimiam violentamente os
movimentos trabalhistas.
B) os movimentos dos trabalhadores em favor das mudanças propostas por Lutero baseavam-
se na solidariedade entre os homens e em contraposição ao individualismo tão característico
da Idade Média.
C) a liderança dos movimentos camponeses defendeu a exploração dos trabalhadores, na
Alemanha, apoiada por Lutero, e, juntos, receberam proteção dos nobres locais contra a
perseguição feita pela Igreja Católica.
D) as revoltas camponesas irromperam exigindo reformas sociais e religiosas que prejudicariam
parte da nobreza apoiada por Lutero, o qual se colocou abertamente contra os movimentos.
E) as experiências dos camponeses contra os nobres, apoiados por Lutero, restringiram-se aos
aspectos religiosos, isto é, de domínio da Igreja Católica, pois a cooperação entre os
trabalhadores e os proprietários marcava a sociedade alemã.
37. (Fgv 2016)
“Só para mim nasceu Dom Quixote, e eu para ele: ele para praticar as ações e eu para as
escrever (...) a contar com pena de avestruz, grosseira e mal aparada, as façanhas do meu
valoroso cavaleiro, porque não é carga para os seus ombros, nem assunto para o seu frio
engenho; e a esse advertirás, se acaso chegares a conhecê-lo, que deixe descansar na sepultura
os cansados e já apodrecidos ossos de Dom Quixote (...), pois não foi outro o meu intento,
senão o de tornar aborrecidas dos homens as fingidas e disparatadas histórias dos livros de
cavalarias, que vão já tropeçando com as do meu verdadeiro Dom Quixote, e ainda hão de cair
de todo, sem dúvida.”
(Miguel de Cervantes Saavedra, Dom Quixote de la Mancha, 1991)
Sobre a obra em questão, é correto afirmar que
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A) Dom Quixote é um homem de valores de cavalaria, instituição típica da modernidade
ocidental, com suas aventuras tragicômicas, fruto de suas leituras, que vão do heroísmo à
ingenuidade, caracterizando a sensibilidade do homem moderno, mais ligado à ciência e à
experiência, em oposição ao primado da fé.
B) o homem medieval, representado por Dom Quixote, considera a cavalaria, instituição típica
do período, o símbolo dos valores cristãos, como a fé, a honra e a justiça, e vê, na guerra santa,
forma de propagar esses valores, em defesa do mundo que crê nas lições dos livros sagrados,
sem duvidar das verdades tradicionais.
C) a figura trágica de Dom Quixote é a representação do homem do mundo antigo, ou seja,
aquele que considera a guerra como missão a fim de louvar os deuses e transformar as ações
em mitos, condenando a injustiça e as civilizações frágeis, o que possibilita localizar o texto no
final da Antiguidade.
D) Cervantes cria Dom Quixote, o cavaleiro andante, um fidalgo cujas proezas o tornam
inadequado à época moderna, marcando o limite entre o heroísmo e a fantasia, pois não só
aspira a uma missão purificadora do mundo como acredita nela, e revela que, na passagem do
homem medieval para o moderno, a cavalaria era algo ultrapassado.
E) o texto de Cervantes nos conta a aventura de um fidalgo que, por meio de leituras de livros
de cavalaria, torna-se um cavaleiro, uma personagem identificada com os valores medievais,
de guerra, honra e justiça, mostrando como, na Idade Moderna, esses valores são importantes,
ainda têm lugar e guiam a ação e a consciência do homem moderno.
38. (Fgv 2016)
Cresce entre muitos o erro perniciosíssimo de que o valor da Escritura decorre da vontade da
Igreja, como se dependesse do arbítrio humano a eternal e inviolável verdade de Deus, pois,
com grande desprezo pelo Espírito Santo, perguntam: quem nos fará crer que provém de Deus?
Como nos certificamos de que chegou salva e intacta aos nossos dias? Quem pode nos
persuadir de que este livro deve ser recebido com reverência e outro expurgado? Exceto que,
acerca disso, a regra seja prescrita pela Igreja?
CALVINO, J. A instituição da religião cristã. Trad.: Editora Unesp, São Paulo:2007, tomo I, p.
71.
O texto acima refere-se
A) à perspectiva reformista de salvação humana pelo conjunto das obras e pelo conhecimento
da Bíblia.
B) à afirmação do papel da Igreja como orientador do conhecimento divino e como base para
a salvação.
C) ao livre arbítrio como guia para o conhecimento de Deus e como validação dos escritos
sagrados.
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D) à valorização da verdade inserida nas Sagradas Escrituras e à crítica à intermediação da
Igreja.
E) ao culto aos santos e ao Espírito Santo como caminho para a compreensão dos desígnios de
Deus.
39. (Fgv 2013)
Em 1939, atendendo ao apelo do Papa Pio XII, o Conselho de Imigração e Colonização do
Ministério das Relações Exteriores do Brasil resolveu autorizar a entrada de 3 000 imigrantes
de origem “semita”. Condição sine qua non para obter “o visto da salvação”: a conversão ao
catolicismo. Pressionados pelos acontecimentos que marcavam a história do III Reich, os
judeus, mais uma vez, foram obrigados a abandonar seus valores culturais em troca do título
de cristão.
[Maria Luiza Tucci Carneiro, O antissemitismo na Era Vargas (1930-1945)]
A situação apresentada tem semelhança com o processo histórico da
A) permissão apenas do culto católico no Brasil, conforme preceito presente na primeira
Constituição, de 1891.
B) repressão ao arraial de Canudos, no sertão baiano, pois recaiu sobre os sertanejos a
acusação de ateísmo.
C) obrigatoriedade, conforme costume colonial, dos negros alforriados de conversão ao
catolicismo para a obtenção da efetiva liberdade.
D) conversão obrigatória dos judeus na Espanha e em Portugal, a partir do final do século XV,
o que gerou a denominação cristão-novo.
E) separação entre Estado e Igreja no Brasil, determinada pelo Governo Provisório da
República, comandada por Deodoro da Fonseca.
40. (Fgv 2009)
A ligação entre os reformadores com o poder político pode ser verificada por meio:
A) da defesa que o duque Frederico da Saxônia fez de Martinho Lutero e da adesão dos
príncipes alemães às teses luteranas.
B) da ação de Henrique VIII que, pautado pela doutrina da predestinação divina, funda a igreja
nacional na Inglaterra, mas ainda ligada a Roma.
C) do decisivo apoio político de Martinho Lutero e dos seus seguidores à revolta dos
camponeses alemães, em 1524.
D) da efetivação da aliança, a partir de 1533, entre João Calvino e a monarquia francesa, ambos
interessados em reforçar o poder da Igreja católica.
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E) da interferênciada nobreza alemã para que os luteranos e calvinistas se mantivessem fiéis
ao papa.
41. (Fgv 2005)
Foram elementos da Reforma Católica no século XVI:
A) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a defesa do princípio da infalibilidade
da Igreja e a proibição do casamento dos clérigos.
B) A afirmação da doutrina da predestinação, a condenação das indulgências como
instrumento para a salvação e a manutenção do celibato dos clérigos.
C) A manutenção do latim como língua litúrgica, a reafirmação do livre-arbítrio e a eliminação
do batismo como um dos sacramentos.
D) A tradução da Bíblia para as diversas línguas nacionais, a abolição da confissão e a crítica ao
culto das imagens.
E) A manutenção do latim como língua litúrgica, o estabelecimento do Tribunal do Santo Ofício
e a criação da Companhia de Jesus.
42. (Fgv 2005)
É comum referir-se ao calvinismo como a religião do capitalismo, pois essa crença
A) defendia que o trabalho deveria ser valorizado, que o comércio não deveria ser condenado,
além de concordar com a cobrança de juros.
B) acreditava que o comércio das coisas sagradas, como os cargos eclesiásticos e as
indulgências, traria benefícios para os fiéis e para a sociedade.
C) apresentava doutrina que relacionava a salvação eterna do fiel com a frequência aos cultos,
com a presença da fé e das obras de caridade.
D) preconizava o comércio como uma atividade voltada para o sagrado; assim, grande parte do
lucro obtido deveria ser doado para os templos religiosos.
E) praticava a cobrança de todos os sacramentos, especialmente do batismo e da confissão,
além do pagamento do dízimo eclesiástico.
43. (Fgv 2001)
"(...) João Calvino (...) dinamizou o movimento reformista através de novos princípios,
completando e ampliando a doutrina luterana.
(AQUINO, Rubim Leão (et al.). "História das Sociedades: das sociedades modernas às
sociedades contemporâneas")
Entre as mudanças propostas por Calvino à doutrina luterana, NÃO estão a:
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A) a separação da Igreja do Estado e a livre interpretação da Bíblia;
B) aceitação do livre-arbítrio e o reforço da autoridade papal;
C) negação da autoridade do Papa e o repúdio ao livre-arbítrio;
D) justificativa para as atividades econômicas, anteriormente condenadas pela Igreja, e a livre
interpretação da Bíblia;
E) separação da Igreja do Estado e a aceitação do livre-arbítrio.
44. (Fgv 2000)
"Postulados
1. (...); 2. O centro da terra não é o centro do universo, mas tão somente da gravidade e da
esfera lunar; 3. Todas as esferas giram ao redor do sol como de seu ponto médio, e, portanto,
o sol é o centro do universo; 4. (...); 5. Todo movimento aparente que se percebe nos céus
provém do movimento da terra, e não de algum movimento do firmamento, qualquer que seja;
6. O que nos parece movimento deste, mas do movimento da terra e de nossa esfera, junto
com a qual giramos em redor do sol, o que acontece com qualquer outro planeta; 7. (...)."
(séc. XVI) (citado em Berutti et al)."
O documento refere-se à:
A) ruptura com o heliocentrismo, conduzida pelas investigações de Kepler.
B) ruptura com o antropocentrismo, conduzida pelas investigações de Galileu Galilei;
C) concepção de universo, que recupera o pensamento de Ptolomeu, recusado pela Igreja
durante a Idade Média;
D) concepção de universo, que recupera as preocupações de Heráclito ("tudo está em
movimento"), apresentada por Isaac Newton;
E) ruptura com o geocentrismo, conduzida pelas investigações de Copérnico.
45. (Fgv 1999)
"Votos da Companhia de Jesus.
Que os membros consagrarão suas vidas ao constante serviço de Cristo e do Papa, lutarão sob
a bandeira da cruz e servirão ao Senhor e ao Pontífice romano como vigário de Deus na Terra,
de tal forma que executarão imediatamente e sem vacilação ou escusa tudo que o Pontífice
reinante ou seus sucessores puderem ordenar-lhes para proveito das almas ou para a
propagação da fé, e assim agirão em toda a província aonde forem enviados, entre os turcos
ou quaisquer outros infiéis, na Índia distante, assim como na região dos hereges cismáticos ou
indivíduo de qualquer tipo."
O texto acima está diretamente vinculado à(s):
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A) Querela das Investiduras, disputa entre a Igreja e os Imperadores Alemães (XI);
B) radicalização da Igreja frente à ameaça do Cisma do Oriente e à criação da Ordem Jesuítica.
C) decisões do Papa Inocêncio III (XIII) em constituir os Tribunais de Inquisição;
D) Cruzadas e a imposição da fé cristã aos infiéis (XI - XIII);
E) decisões do Concílio de Trento após as Reformas Protestantes (XVI).
46. (Fgv 1996)
Acerca do Renascimento:
I - As características do homem no Renascimento são: racionalismo, individualismo,
naturalismo e antropocentrismo, em oposição aos valores medievais baseados no
teocentrismo.
II - O Renascimento não foi um processo homogêneo. Seu desenvolvimento foi muito desigual
e as manifestações mais expressivas se deram nos campos das artes e das ciências, sendo que
no campo artístico, a literatura e as artes plásticas ocupavam lugar de destaque.
III - A arte renascentista tornou-se predominantemente religiosa, retratando a vida de santos,
de clérigos e o cotidiano cristão da época.
IV - A Itália foi o centro do Renascimento porque era o centro do pré-capitalismo e do
desenvolvimento comercial e urbano, que gerava os excedentes de capital mercantil para o
investimento em obras de arte.
V - A ascensão do clero foi fundamental para que se desenvolvesse nos Estados italianos um
poderoso mecenato, plenamente identificado com as concepções terrenas dominantes entre
os eclesiásticos.
É correto apenas o afirmado em:
A) I, II, III.
B) I, II, IV.
C) I, II, V.
D) I, III, V.
E) II, IV, V.
47. (Ufrgs 2018)
Sobre o desenvolvimento do pensamento moderno no Ocidente, entre os séculos XIV e XVIII,
é correto afirmar que
A) os estudos empíricos sobre a natureza, realizados no Renascimento, contribuíram para o
desenvolvimento da ciência europeia.
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B) o abandono do dogma cristão pelo pensamento humanista motivou a criação dos tribunais
do Santo Ofício para combater as heresias.
C) a filosofia foi marcada por uma completa ruptura em relação à visão de mundo, elaborada
durante a antiguidade.
D) a Reforma Protestante caracterizou-se pela reafirmação dos valores institucionais da Igreja
e pela defesa do papado.
E) a rígida separação social entre a elite letrada e a população camponesa impedia o
desenvolvimento de práticas culturais populares.
48. (Vunesp 2016)
As reformas protestantes do princípio do século XVI, entre outros fatores, reagiam contra:
A) a venda de indulgências e a autoridade do Papa, líder supremo da Igreja Católica.
B) a valorização, pela Igreja Católica, das atividades mercantis, do lucro e da ascensãoda
burguesia.
C) o pensamento humanista e permitiram uma ampla revisão administrativa e doutrinária da
Igreja Católica.
D) as missões evangelizadoras, desenvolvidas pela Igreja Católica na América e na Ásia.
E) o princípio do livre-arbítrio, defendido pelo Santo Ofício, órgão diretor da Igreja Católica
49. (Vunesp 2014)
O comércio foi de fato o nervo da colonização do Antigo Regime, isto é, para incrementar as
atividades mercantis processava-se a ocupação, povoamento e valorização das novas áreas. E
aqui ressalta de novo o sentido da colonização da época Moderna; indo em curso na Europa a
expansão da economia de mercado, com a mercantilização crescente dos vários setores
produtivos antes à margem da circulação de mercadorias – a produção colonial era uma
produção mercantil, ligada às grandes linhas do tráfico internacional.
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), 1981.
Adaptado.)
O mecanismo principal da colonização foi o comércio entre colônia e metrópole, fato que se
manifesta:
A) na ampliação do movimento de integração econômica europeia por meio do amplo acesso
de outras potências aos mercados coloniais.
B) na ausência de preocupações capitalistas por parte dos colonos, que preferiam manter o
modelo feudal e a hegemonia dos senhores de terras.
C) nas críticas das autoridades metropolitanas à persistência do escravismo, que impedia a
ampliação do mercado consumidor na colônia.
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D) no desinteresse metropolitano de ocupar as novas terras conquistadas, limitando-se à
exploração imediatista das riquezas encontradas.
E) no condicionamento político, demográfico e econômico dos espaços coloniais, que deveriam
gerar lucros para as economias metropolitanas.
50. (Vunesp 2013)
Podemos afirmar que as obras A divina comédia, escrita por Dante Alighieri no início do século
XIV, e Dom Quixote, escrita por Miguel de Cervantes no início do século XVII,
A) parodiaram as novelas de cavalaria e defenderam a hegemonia da Igreja Católica e da
aristocracia, respectivamente.
B) derivaram de registros orais e foram apenas organizadas e sistematizadas na escrita de seus
autores.
C) contribuíram para a unificação e o estabelecimento da forma moderna dos idiomas italiano
e espanhol.
D) assumiram forte conotação anticlerical e intensificaram as críticas renascentistas à conduta
e ao poder da Igreja Católica.
E) retrataram o imaginário da burguesia comercial ascendente na Itália e na Espanha do final
da Idade Média.
51. (Vunesp 2012)
Os centros artísticos, na verdade, poderiam ser definidos como lugares caracterizados pela
presença de um número razoável de artistas e de grupos significativos de consumidores, que
por motivações variadas — glorificação familiar ou individual, desejo de hegemonia ou ânsia
de salvação eterna — estão dispostos a investir em obras de arte uma parte das suas riquezas.
Este último ponto implica, evidentemente, que o centro seja um lugar ao qual afluem
quantidades consideráveis de recursos eventualmente destinados à produção artística. Além
disso, poderá ser dotado de instituições de tutela, formação e promoção de artistas, bem como
de distribuição das obras. Por fim, terá um público muito mais vasto que o dos consumidores
propriamente ditos: um público não homogêneo, certamente (...).
(Carlo Ginzburg. A micro-história e outros ensaios, 1991.)
Os “centros artísticos” descritos no texto podem ser identificados:
A) nos mosteiros medievais, onde se valorizava especialmente a arte sacra.
B) nas cidades modernas, onde floresceu o Renascimento cultural.
C) nos centros urbanos romanos, onde predominava a escultura gótica.
D) nas cidades-estados gregas, onde o estilo dórico era hegemônico.
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E) nos castelos senhoriais, onde prevalecia a arquitetura românica.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
Os africanos não escravizavam africanos, nem se reconheciam então como africanos. Eles se
viam como membros de uma aldeia, de um conjunto de aldeias, de um reino e de um grupo
que falava a mesma língua, tinha os mesmos costumes e adorava os mesmos deuses. (...)
Quando um chefe (...) entregava a um navio europeu um grupo de cativos, não estava
vendendo africanos nem negros, mas (...) uma gente que, por ser considerada por ele inimiga
e bárbara, podia ser escravizada. (...) O comércio transatlântico (...) fazia parte de um processo
de integração econômica do Atlântico, que envolvia a produção e a comercialização, em grande
escala, de açúcar, algodão, tabaco, café e outros bens tropicais, um processo no qual a Europa
entrava com o capital, as Américas com a terra e a África com o trabalho, isto é, com a mão de
obra cativa.
(Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos, 2008.Adaptado.)
52. (Vunesp 2012)
Ao caracterizar a “integração econômica do Atlântico”, o texto:
A) destaca os diferentes papéis representados por africanos, europeus e americanos na
constituição de um novo espaço de produção e circulação de mercadorias.
B) reconhece que europeus, africanos e americanos se beneficiaram igualmente das relações
comerciais estabelecidas através do Oceano Atlântico.
C) afirma que a globalização econômica se iniciou com a colonização da América e não contou,
na sua origem, com o predomínio claro de qualquer das partes envolvidas.
D) sustenta que a escravidão africana nas colônias europeias da América não exerceu papel
fundamental na integração do continente americano com a economia que se desenvolveu no
Oceano Atlântico.
E) ressalta o fato de a América ter se tornado a principal fornecedora de matérias-primas para
a Europa e de que alguns desses produtos eram usados na troca por escravos africanos.
53. (Vunesp 2011)
O fim último causa final e desígnio dos homens (...), ao introduzir aquela restrição sobre si
mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e
com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra
que é a consequência necessária (...) das paixões naturais dos homens, quando não há um
poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao
cumprimento de seus pactos (...).
(Thomas Hobbes. Leviatã, 1651. In: Os pensadores, 1983.)
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De acordo com o texto,
A) os homens são bons por natureza, mas a sociedade instiga a disputa e a competição entre
eles.
B) as sociedades dependem de pactos internos de funcionamento que diferenciem os homens
bons dos maus.
C) os castigos permitem que as pessoas aprendam valores religiosos, necessários para sua
convivência.
D) as guerras são consequências dos interesses dos Estados, preocupados em expandir seus
domínios territoriais.
E) os Estados controlam os homens, permitindo sua sobrevivência e o convívio social entre
eles.
54. (Vunesp 2009)
Quando sucumbe o monarca, a majestadereal não morre só, mas, como um vórtice, arrasta
consigo tudo quanto o rodeia (...) Basta que o rei suspire para que todo o reino gema.
(Hamlet, 1603.)
Essas palavras, pronunciadas por Rosencrantz, personagem de um drama teatral de William
Shakespeare, aludem:
A) ao absolutismo monárquico, regime político predominante nos países europeus da Idade
Moderna.
B) à monarquia parlamentarista, na qual os poderes políticos derivam do consentimento
popular.
C) ao poder mais simbólico do que verdadeiro do rei, expresso pela máxima “o rei reina, mas
não governa”.
D) à oposição dos Estados europeus à ascensão da burguesia e à emergência das revoluções
democráticas.
E) à decapitação do monarca inglês pelo Parlamento durante as Revoluções Puritana e
Gloriosa.
55. (Vunesp 2009)
(...) O trono real não é o trono de um homem, mas o trono do próprio Deus. Os reis são deuses
e participam de alguma maneira da independência divina. O rei vê de mais longe e de mais
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alto; deve-se acreditar que ele vê melhor, e deve obedecer-se-lhe sem murmurar, pois o
murmúrio é uma disposição para a sedição.
(Jacques-Bénigne Bossuet (1627-1704), Política tirada da Sagrada Escritura. apud Gustavo de
Freitas, 900 textos e documentos de História)
Com base no texto, assinale a alternativa correta.
A) O autor critica o absolutismo do rei e enfatiza o limite da sua autoridade em relação aos
homens.
B) Para Bossuet, o poder real tem legitimidade divina e não admite nenhum tipo de oposição
dos homens.
C) Bossuet defende a autoridade do rei, mas alerta para as limitações impostas pelas
obrigações para com Deus.
D) Os princípios de Bossuet defendem a soberania dos homens diante da autoridade divina dos
reis.
E) O autor reconhece o direito humano de revolta contra o soberano que não se mostre digno
de sua função.
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1. Alternativa D
2. Alternativa E
3. Alternativa A
4. Alternativa B
5. Alternativa B
6. Alternativa D
7. Alternativa A
8. Alternativa C
9. Alternativa C
10. Alternativa E
11. Alternativa A
12. Alternativa A
13. Alternativa A
14. Alternativa C
15. Alternativa E
16. Alternativa E
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18. Alternativa B
19. Alternativa D
20. Alternativa D
21. Alternativa C
22. Alternativa C
23. Alternativa C
24. Alternativa C
25. Alternativa B
26. Alternativa C
27. Alternativa E
28. Alternativa D
29. Alternativa C
30. Alternativa E
31. Alternativa E
32. Alternativa B
33. Alternativa B
34. Alternativa C
35. Alternativa E
36. Alternativa D
37. Alternativa D
38. Alternativa D
39. Alternativa D
40. Alternativa A
41. Alternativa E
42. Alternativa A
43. Alternativa B
44. Alternativa E
45. Alternativa E
46. Alternativa B
47. Alternativa A
48. Alternativa A
49. Alternativa E
50. Alternativa C
51. Alternativa B
52. Alternativa A
53. Alternativa E
54. Alternativa A
55. Alternativa B
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6.1. REFERÊNCIAS UTILIZADAS NOS COMENTÁRIOS DAS QUESTÕES
ARAÚJO, Felipe. Reforma na Alemanha. Disponível em:
<https://www.infoescola.com/historia/reforma-na-alemanha/>. Acesso em: 14 dez. 2018.
AS GRANDES DOUTRINAS ECONÔMICAS. Disponível em:
<https://www.fep.up.pt/docentes/joao/material/grandes_doutrinas.pdf>. Acesso em: 12 nov.
2018.
BRASIL. Constituição (1824). Constituição Política do Império do Brasil, de 25 de março de 1824.
Manda observar a Constituição Política do Império, oferecida e jurada por Sua Majestade o
Imperador. Rio de Janeiro, 25 mar. 1824. Disponível em:
<http://www.monarquia.org.br/PDFs/CONSTITUICAODOIMPERIO.pdf>. Acesso em: 22 nov. 2018.
BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História, Sociedade & Cidadania. São Paulo: Editora FTD, 2009. 400 p.
BURKE, Peter. Cultura Popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800. São Paulo: Editora Schwarcz
Ltda, 2009. 601 p. (Companhia de Bolso). Disponível em:
<https://www.portalconservador.com/livros/Peter-Burke-Cultura-Popular-na-Idade-
Moderna.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2018.
BUSSUNDA, Prof.. IDADE MODERNA: Renascimento. Mundo História. Disponível em:
<https://mundoedu.com.br/uploads/pdf/538326d511d50.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2018.
CASTRO, Ricardo V.. O Livre Arbítrio, na visão Calvinista. 2011. Disponível em:
<https://bereianos.blogspot.com/2011/09/o-livre-arbitrio-na-visao-calvinista.html>. Acesso em: 14
dez. 2018.
DW NOTÍCIAS. 1525: O fim da Guerra dos Camponeses. 2012. Disponível em:
<https://www.dw.com/pt-br/1525-o-fim-da-guerra-dos-camponeses/a-542971>. Acesso em: 14
dez. 2018.
FABER, Marcos Emílio Ekman. HENRIQUE VIII E A REFORMA NA INGLATERRA: O
ANGLICANISMO. Disponível em: <http://www.historialivre.com/moderna/anglicana.htm>. Acesso
em: 14 dez. 2018.
FABER, Marcos. O Renascimento: [S.I.]: História Livre, 2018. 35 slides, color. Disponível em:
<https://www.historialivre.com/moderna/renascimento2.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2018.
GOUVEIA, Rosimar. Nicolau Copérnico. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/nicolau-
copernico/>. Acesso em: 14 dez. 2018.
LIMA, Lizânias de Souza; PEDRO, Antonio. “Das monarquias nacionais ao absolutismo”. In: História
da civilização ocidental. São Paulo: FTD, 2005. pp. 142-147.
MARTINS, Simone R.; IMBROISI, Margaret H. História das Artes. Disponível em:
<http://www.historiadasartes.com/nomundo/>. Acesso em: 28 fev. 2019.
MATOS, Alderi Souza de. Calvinismo e Capitalismo: Qual é Mesmo a Sua Relação? Disponível em:
<http://www.monergismo.com/textos/calvinismo/calvinismo_alderi.htm>. Acesso em: 14 dez.
2018.
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116
MATTOS, Prof. Dr. José Roberto Abreu de. Ética Agostiniana. Revista de Cultura Teológica, [s.l.], v.
19, n. 73, p.117-127, mar. 2011.
MENDES, João Pedro. Considerações sobre o Humanismo. Hvmanitas, Coimbra, v. XLVII, p.791-797,
1995. Disponível em:
<https://www.uc.pt/fluc/eclassicos/publicacoes/ficheiros/humanitas47/50.1_Joao_Pedro_Mendes
.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2019.
MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História das cavernas ao terceiro milénio. São Paulo:
Editora Moderna, 2005. 728 p.
PINHEIRO, Paula Moura. Como os Judeus viveram em Tomar até ao século XV. 2015. Disponível em:
<http://ensina.rtp.pt/artigo/como-os-judeus-viveram-em-tomar-ate-ao-seculo-xvi/>. Acesso em:
22 nov. 2018.
PIRES, Kassia Amariz; COSTA, Natália de Medeiros. LE GOFF, Jaques. A bolsa e a vida: a usura na Idade
Média. 3 ed. São Paulo: Brasiliense, 2004. Cadernos de Clio, Curitiba, n. 4, p.387-394, 2013. UFPR.
Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/clio/article/viewFile/40448/24680>. Acesso em: 14 dez.
2018.
RENASCIMENTO nas Artes: Desenvolvimentocultural na Idade Média. Desenvolvimento cultural na
Idade Média. UOL Educação. Disponível em:
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cultural-na-idade-moderna.htm>. Acesso em: 14 dez. 2018.
REV. ADÃO CARLOS NASCIMENTO. Os Cinco Pontos do Calvinismo.Campinas: Pedras Vivas, [S.D.]. 75
p. Disponível em: <http://files.missaoneemias.webnode.com.br/200000224-395363a4e3/Os-Cinco-
Pontos-Do-Calvinismo2.pdf>. Acesso em: 15 nov. 2018.
RODRÍGUEZ, Ricardo Vélez. DOM QUIXOTE: ASPECTOS ESTRATÉGICOS, ANTROPOLÓGICOS E
CULTURAIS. Centro de Pesquisas Estratégicas Paulino Soares de Souza, UFJF: Juiz de Fora, 21p. 2005.
Disponível em: <http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/DomQuixote.pdf>. Acesso em: 14 dez. 2018.
SOUSA, Rainer. Renascimento científico. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/historiag/renascimento-cientifico.htm>. Acesso em: 14 dez. 2018.
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História.
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7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Muito bem, querido (a) concurseiro. Se você chegou até aqui é um bom sinal: o de que tentou
praticar todos os exercícios. Não se esqueça da importância de ler a teoria completa e sempre
consultá-la. Não se esqueça dos seus objetivos e dedique-se com toda a força para alcançá-los.
Sonhe alto, pois “quem sente o impulso de voar, nunca mais se contentará em rastejar”. Encontro-
te na nossa próxima aula.
Bons estudos, um grande abraço e foco no sucesso.
Até logo...
Prof. Sérgio Henrique Lima Reis.
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