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CENTRO UNIVERSITÁRIO REDENTOR – PARAÍBA DO SUL CONCEITOS BÁSICOS DO CONFORTO TERMICO Rodrigo Soares Martins Disciplina Conforto Ambiental I Professor: Marcus Rosário Paraíba do Sul 2018 FICHAMENTO DE CONTEÚDO: Noções de clima e adequação da arquitetura. FROTA, A.B.; SCHIFFER S.R. Manual de Conforto Térmico, 7ª ed., São Paulo: Studio Nobel, 2005. P.53-63. Podemos dizer que a arquitetura é essencial na vida dos seres humanos, além de te a possibilidade de inovar, criar e diferenciar, ainda temos a possibilidade de adequar qualquer construção conforme a suas condições climáticas. Temos como os principais fatores que interferem no desempenho térmico dos espaços construídos a oscilação diária e anual da temperatura e umidade relativa, a quantidade de radiação solar incidente, o grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o sentido dos ventos e índices pluviométricos. Essas variáveis se alteram para diferentes lugares do planeta terra com a influência atmosférica, distribuição de terras e mares, relevo do solo, latitude e altitude e revestimento do solo. Temos como radiação solar uma energia eletromagnética que atinge a terra após ser parcialmente absorvida pela atmosfera, e sua maior influência se baseia na distribuição da temperatura do globo que varia conforme a época do ano e sua latitude. Temos o Sol que se movimenta ao redor da Terra ao decorrer dos dias e com isso varia-se a inclinação dos raios em função da hora e da época do ano. A Terra é uma esfera, que possui eixos imaginários como o Eixo Polar, Polo Norte, Polo Sul e a Linha do Equador. A Longitude são medidas de 0° a 180° a leste ou oeste que se posicionam no Meridiano de Greenwich, situado na Inglaterra. Já a Latitude é baseada na linha do Equador, onde mede-se em 0° e 90 ° tanto para o Norte, se estiver acima da linha do Equador, ou no Sul se estiver abaixo. Em relação as posições aparentes do sol podemos concluir que o Sol percorrerá uma região do céu correspondente na Terra àquela compreendida nas linhas imaginarias denominadas trópicos de Câncer (no Hemisfério Norte) e Capricórnio (Hemisfério Sul) Além de marcar o limite de inclinação dos raios solares, os trópicos também possuem outras funções como a de localização geográfica, de forma que essas linhas permitem-nos conhecer as chamadas regiões intertropicais, ou seja, aquelas localidades que se situam entre os dois trópicos. Os trópicos foram criados por serem os pontos onde o sol incide perpendicularmente durante os Solstícios que são os períodos do ano em que os dias e as noites têm durações diferentes, período do ano em que a Terra recebe uma quantidade maior de luz sobre um hemisfério, ocorrem nos dias 21 de junho e 21 de dezembro. Já o Equinócio é o fenômeno acontece quando os raios solares atingem com grande intensidade a zona intertropical, o que favorece uma uniformidade quanto à quantidade de luz e calor recebida pelos dois hemisférios (Norte e Sul), ocorrem duas vezes por ano nos dias 20 de março e 23 de setembro. Podemos afirmar que quanto maior for a latitude de um local menor será a quantidade de radiação solar recebida e assim as temperaturas do ar tenderão a ser menos elevadas. Temos a não- uniformidade de distribuição de massas de terra e mar como outro fator que interfere na variação de temperatura, onde o calor específico da água é aproximadamente o dobro da Terra. Se dizermos que o calor específico de uma substancia é definido como sendo a quantidade de energia necessária para elevar de um grau Celsius a temperatura de uma unidade de massa, a água necessita quase do dobro de energia térmica que a terra para uma mesma elevação de temperatura. O ar úmido que paira sobre os oceanos tem a capacidade de receber e de reter calor, e por causa disso os oceanos são considerados uma grande parte da reserva do calor mundial, deixando-o mais frescos no verão e mais quentes no inverno. As brisas terra-mar são correntes de ar que surgem nas regiões litorâneas, onde está relacionada com as diferenças entre os calores específicos da água e da área. Durante o dia a terra se aquece mais rápido que a água, e o ar ao ascender da região mais fria para a mais quente, forçará uma circulação de brisa marítima no sentido mar-terra. A topografia é um outro fator que interfere na temperatura do ar, onde com a natural diferença de radiação solar recebida por vertentes, há um relevo acidentado onde pode se constituir em barreiras aos ventos, modificando muitas vezes as condições de umidade e de temperatura do ar em relação à escala regional. O revestimento do solo interfere nas condições climáticas locais, onde quanto maior for a umidade do solo, maior será a sua condutibilidade térmica. Temos o ar como um mau condutor térmico, onde um solo pouco úmido se esquenta mais depressa durante o dia, mas a noite devolvera o calor armazenado rapidamente provocando assim uma grande amplitude térmica diária. A umidade atmosférica é um importante elemento atmosférico que compõe o clima, e ainda é determinada por alguns fatores climáticos e regula alguns outros, como por exemplo as variações de temperatura. Ela é a quantidade de agua presente na atmosfera, consequência da evaporação das águas e da transpiração das plantas. A umidade Relativa varia com a temperatura do ar, diminuindo com o aumento dela. É definido como a temperatura até a qual o ar (ou gás) deve ser resfriado para que a condensação de água se inicie, ou seja, para que o ar fique saturado de vapor de água. Na temperatura do ponto de orvalho a quantidade de vapor de água presente no ar é máxima. Quando o ar contendo uma certa quantidade de agua é esfriado, sua capacidade de reter agua é reduzida, aumentando a umidade relativa até se tornar saturado. Com isso, a temperatura desse ar a ser saturada é chamado de orvalho. Temos a precipitação atmosférica como a condensação do vapor d’agua em forma de chuva, com massas de ar úmido em ascensão, que são esfriadas rapidamente por contato com massas de ar mais frias. A nebulosidade é estimada visualmente, imaginando-se todas as nuvens arrumadas juntas e arbitrando-se, aproximadamente, a fração do céu que isso representa. Quando há muitas nuvens presentes é preferível imaginar a fração que seria ocupada pelos espaços não cobertos, caso fossem hipoteticamente agrupados em uma única área. Os ventos são fenômenos meteorológico formado pelo movimento do ar na atmosfera. É gerado através de fenômenos naturais como, por exemplo, os movimentos de rotação e translação do Planeta Terra. A variação de temperatura do ar no globo provoca deslocamento de massas de ar, pois se a Terra não girasse em torno dela mesma, o movimento do ar seria constante e ascendentes dos polos para o Equador. Sobre cada hemisfério há cintos de alta e baixa pressão atmosférica, podendo ser permanentes os cíclicos. Temos o cíclicos equatorial como a principal região de baixa pressão. Possuímos três cintos globais de ventos em cada hemisfério, como os alíseos, os de oeste e os polares. Temos como o mais importante o alíseos, que são originados nas regiões subtropicais de alta pressão, nos dois hemisférios. FICHAMENTO DE CONTEÚDO: O organismo humano e a termorregulação Mecanismo de troca térmicas FROTA,A.B.; SCHIFFER S.R. Manual de Conforto Termico, 7º ed., São Paulo: Studio Nobel, 2005. P19-23 e 31-39. O texto baseia-se sobre o organismo humano e a termorregulação, em relação ao conforto térmico. Temos a absoluta certeza de que o homem é um animal hemeotérmico, onde sua temperatura interna é mantida a mais ou menos 37 °. E assim, a energia térmica produzida pelo nosso organismo possui reações químicas internas, sendo a combinação de carbono, que vem sobre forma de alimento, e o oxigênio vindo pela extração do ar pela respiração. Temos ometabolismo, que é responsável pela produção de energia interna, gerado pela combinação de combustíveis orgânicos, onde temos cerca de 20% dessa energia transformada em trabalho, e os outros 80% é transformado em calor, deixando assim o organismo bem equilibrado. Os Seres humanos precisam manter a temperatura corporal dentro de um determinado padrão para sobreviver, e isso somos considerados homeotérmicos. Temos a termorregulação como um meio natural onde se tem o controle de perdas de calor pelo organismo, e quando isso acontece, o mesmo experimenta sensações de conforto térmico quando perde para o ambiente. Quando há a perda de calor do corpo, o organismo reage através do sistema nervoso simpático, onde busca reduzir as perdas e aumentar as condições internas. A redução de trocas térmicas entre o indivíduo e o ambiente se faz através do aumento da resistência térmica da pele por meio da vasoconstrição (diminuição dos vasos sanguíneos). O incremento das perdas de calor para o ambiente ocorre por meio da vasodilatação (aumento dos vasos sanguíneos) e da exsudação. Quando o organismo passa pelo processo de fadiga, temos três tipos: a física, muscular e resultante do trabalho de força; o termo-higrométria relativa ao calor ou ao frio; e a nervosa, particularmente visual e sonora. Quando efetuamos trabalhos mecânicos, o nosso musculo se contraem e produz calor, e a quantidade de liberação desse calor dependerá do trabalho realizado, podendo chegar a 1200w. Esse calor é dissipado através das trocas térmicas entre o corpo e o ambiente, onde há as trocas secas (condução, convecção e radiação) denominado como calor sensível, e as úmidas (evaporação) denominada como calor latente. Quando o indivíduo está vestido e calçado, o calor é dissipado por condução pequena. Podemos afirmar que as trocas de calor por convecção dependem da diferença entre a temperatura do ar e do sistema corpo- vestimenta e da velocidade do ar em contato com o sistema. A exaustão absorve o calor do corpo enquanto a pele transpira. Temos que a é através da pele que se realizam as trocas de calor. A temperatura é regulada pelo fluxo sanguíneo, e ao sentir desconforto térmico, o primeiro mecanismo fisiológico a ser ativado é a regulagem vasomotora do fluxo sanguíneo da câmara periférica do corpo, a camada subcutânea através da vasodilatação, reduzindo ou aumentando a resistência térmica dessa camada. Também temos a respiração ativa é um mecanismo termorregulador, que se faz através das glândulas sudoríparas. As vestimentas tem a função de manter a umidade adequada do organismo pela transpiração, funcionando como um isolador térmico para o corpo. Com as condições do conforto dependem do vestimenta do indivíduo e das suas condições de saúde, fatores que podem interferir nessas tais condições. Conforme diz o autor, as trocas térmicas de calor no corpo humano precisam de duas condições, como a temperatura diferentes dos corpos e a mudança de estado de agregação. Com isso, as trocas secas são denominadas como aquelas em que há uma variação de temperatura, dividida em convecção, radiação e condução. A convecção nada mais é do que a troca de calor entre dois corpos, um de cada um de um estado físico diferente. Criam-se correntes circulares chamadas de "correntes de convecção", as quais são determinadas pela diferença de densidade entre o fluido mais quente e o mais frio. A radiação se baseia-se na troca de calor de dois corpos, porem essa troca pode ser entre si e com qualquer distância, pois possui a capacidade de emitir e de absorver energia térmica. Essa transferência de calor que ocorre por meio de ondas eletromagnéticas Isso porque a natureza eletromagnética faz sua parte, provocando efeitos térmicos sem a necessidade da ocorrência deste no vácuo. A condução é a troca de calor entre dois corpos, a energia propaga-se em virtude da agitação molecular. A trocas térmicas é a mudança de estado, como as trocas úmidas, que é do estado liquido para o vapor. Podemos citar como as fases de trocas térmicas a evaporação e a condensação. A evaporação se baseia na troca do liquido para o estado gasoso. Só é possível essa troca porque as moléculas que se encontram na superfície do líquido escapam para o exterior, e a energia necessária para que o líquido evapore é obtida a partir do próprio líquido e do recipiente que está ao seu redor, sendo isso em qualquer temperatura. Já a condensação é o processo inverso à evaporação, onde corresponde à transição do estado gasoso para o estado líquido, e isso só ocorre quando é retirada uma quantidade de calor suficiente para que a substância que está na forma de vapor condense-se. Quando a temperatura se eleva em 100¢ podemos dizer que ela atingiu o ponto de orvalho. Temos a condensação superficial, que é comum em cozinhas e banheiros, e segundo o autor ocorre quando o ar saturado de vapor entra em contato com uma superfície cuja temperatura está abaixo do seu ponto de orvalho, onde o excesso de vapor se condensa sobre a superfície, caso esta seja impermeável. Um meio para eliminar esse fator é a eliminação do vapor d’agua pela ventilação. A condutância térmica quantifica a habilidade dos materiais de conduzir energia térmica, onde essas englobam as trocas térmicas que se dão na superfície da parede. Temos assim: “coeficiente de condutância térmica superficial expressa as trocas de calor por convecção e por radiação”. Assim se dá a diferença de temperaturas de um ambiente para o outro, tanto externo quanto interno. Os espaços de ar confinados apesentam resistências térmicas que se dão pela espessura da lâmina de ar e emissividade das superfícies em confronto. Conforme o autor, o coeficiente Global de Transmissão Térmica(K) inclui as trocas térmicas superficiais e as trocas térmicas através do material, sendo assim, leva em consideração a espessura da lâmina, o coeficiente de condutibilidade térmica, a posição e o sentido do fluxo. Como diz o autor, temos o coeficiente K como um papel importante, pois quantifica o material a ser atravessado pelo fluxo de calor induzido por uma diferença de temperatura entre os dois ambientes. https://brasilescola.uol.com.br/fisica/calor-sensivel-calor-latente.htm https://pt.wikipedia.org/wiki/Mat%C3%A9ria https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_t%C3%A9rmica https://pt.wikipedia.org/wiki/Energia_t%C3%A9rmica
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