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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA 
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA 
CURSO DE AGRONOMIA 
 
 
 
 
COEFICIENTE DE EXPANSÃO E BIOMETRIA EM GRÃOS DE MILHO-PIPOCA 
DE ORIGENS DIFERENTES 
 
 
 
 
Milton Robson Nunes Spies 
 
 
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA 
 
 
 
 
Brasília - DF 
Dezembro/2017 
Universidade de Brasília – UnB 
 
Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária – FAV 
Curso de Agronomia 
 
Coeficiente de expansão e biometria em grãos de milho-pipoca de origens diferentes 
 
Milton Robson Nunes Spies 
Matrícula: 11/0133536 
Projeto final de Estágio Supervisionado, submetido à Faculdade de Agronomia e 
Medicina Veterinária da Universidade de Brasília, como requisito parcial para a 
obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo. 
 
APROVADO PELA BANCA EXAMINADORA: 
 
_________________________________ 
Dr. Carlos Roberto Spehar, Universidade de Brasília, UnB 
Prof. da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, FAV 
(Orientador) e-mail: spehar@unb.br 
 
__________________________________ 
Dr. Everaldo Anastácio Pereira, Universidade de Brasília, UnB 
Prof. da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, FAV 
(Examinador) e-mail: everaldo@unb.br 
 
__________________________________ 
Dr. Marcelo Fagioli, Universidade de Brasília, UnB 
Prof. da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, FAV 
(Examinador) e-mail: mfagioli@unb.br 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA 
 SPIES, M.R.N. 
 Coeficiente de expansão e biometria em grãos de milho-pipoca de origens 
diferentes/ Milton Robson Nunes Spies; orientação de Calos Roberto Spehar - 
Brasília, 2017 
 
 Monografia - Universidade de Brasília/ Faculdade de Agronomia e Medicina 
Veterinária, 2017. 
 
 1. Milho-pipoca - genótipo. 2. Milho-pipoca - Coeficiente de Expansão 
 
 I. Spehar. C.R. de II. Título 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 
 
SPIES, M.R.N; Coeficiente de expansão e biometria em grãos de milho-pipoca 
de origens diferentes. 2017. 28f. Monografia (Graduação em Agronomia) - 
Universidade de Brasília -UnB, Brasília, 2017. 
 
CESSÃO DE DIREITOS 
Nome do Autor: Milton Robson Nunes Spies 
Título da Monografia de Conclusão de Curso: Coeficiente de expansão e 
biometria em grãos de milho-pipoca de origens diferentes. 
 
Grau: 3º Ano: 2017 
É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta monografia 
e para emprestar ou vender tais cópias somente pra propósitos acadêmicos e científicos. Os 
autores reservam-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta monografia 
pode ser reproduzida sem a autorização por escrito dos autores. 
 
____________________________ 
Milton Robson Nunes Spies 
Matrícula: 11/0133536 
End.: SCLN 406, Bloco D, apto 218, Entrada 51, Asa Norte-DF. CEP 70847-540 
Tel.: (61) 98354-5300/E-mail: robson_mrns@hotmail.com
i 
 
DEDICATÓRIA 
 
Aos meus familiares, companheira e colegas que com muito apoio e carinho não 
mediram esforços para me apoiar nesta árdua jornada que pareceu não ter fim. 
 
ii 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Primeiramente a Deus, por guiar, dar força e saúde para poder viver um dia 
após o outro buscando sempre vencer nas etapas da vida. 
 Ao meu orientador e amigo Professor Dr. Carlos Roberto Spehar, por todo 
conhecimento, apoio e incentivo, que foram essenciais para realização deste 
experimento. 
 Ao Nélio, técnico do laboratório de sementes que ajudou de maneira geral 
para proceder com as análises experimentais. 
 Ao Marcio, técnico do laboratório de alimentos, que também ajudou de forma 
geral e com seu conhecimento, concedeu dicas para como proceder com algumas 
etapas. 
 Aos amigos Mariana Bohme Silva, João Lucas, Paulo Póvoa, Priscila 
Sebastiana Grigore de Amorim, que deram apoio nas medições e análise do 
experimento, e também deram força emocional para seguir em frente. 
 Aos amigos e colegas que fiz na época do meu estágio na CAIXA, pois 
contribuíram muito em conhecimento, e, além disso, como bons amigos, e tive muito 
apoio e força, principalmente, pelo Marcio Barata e Carlos Paludo. 
 A minha mãe Dulce Spies que se manteve ao meu lado nesta que foi uma 
nova jornada na minha vida e me deu apoio e broncas para finalizar com essa etapa. 
 Ao meu pai Milton Pereira Nunes pelo apoio em todos os sentidos. Ainda que 
morando longe, nas horas fáceis e difíceis, sempre esteve comigo, mesmo 
encabulado por eu não concluir logo o curso. 
 
iii 
 
SUMÁRIO 
RESUMO.................................................................................................................... iv 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 1 
2. OBJETIVO .............................................................................................................. 3 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................... 4 
 3.1 Origem e classificação botânica ............................................................. 4 
 3.2 Importância e usos ................................................................................... 4 
 3.3 Milho-pipoca no Brasil e no Mundo ........................................................ 5 
 3.4 Produtividade e coeficiente de expansão ............................................... 6 
4. MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................... 9 
 4.1 Grãos utilizadas ........................................................................................ 9 
 4.2 Preparo das amostras .............................................................................. 9 
 4.3 Análises dos grãos ................................................................................... 9 
 4.4 Coeficiente de expansão ........................................................................ 10 
 4.5 Forno Micro-ondas ................................................................................. 10 
 4.6 Análise estatística................................................................................... 11 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 12 
6. CONCLUSÕES ..................................................................................................... 17 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 18 
 
 
 
iv 
 
SPIES, M.R.N; Coeficiente de expansão e biometria em grãos de milho-pipoca 
de origens diferentes. 2017. 28f. Monografia (Graduação em Agronomia) - 
Universidade de Brasília -UnB, Brasília, 2017. 
 
RESUMO 
 Com o crescimento constante do mercado de milho-pipoca no mundo, por 
consequência, cresce também a produção no Brasil. Mesmo assim, o seu cultivo 
ainda não tem recebido a devida atenção, diante de um mercado promissor. Este 
trabalho teve como objetivo avaliar o coeficiente de expansão do grão de milho-
pipoca produzido em diferentes regiões e avaliar a biometria que possa interferir na 
qualidade do grão e da pipoca. Foram utilizados seis genótipos incluindo três marcas 
brasileiras, Provatti, Mega Bom e Yoki. Três genótipos procedentes e produzidos 
nos Estados Unidos da América (EUA), com endosperma de coloração branca, azul 
e vermelha, estes foram multiplicados no Brasil (Fazenda Água Limpa-FAL/UnB). 
Objetivou-se avaliar o efeito ambiental nas características de qualidade do grão em 
relação ao coeficiente de expansão. Quando comparados os grãos, de origem norte 
americana e com estes produzidos em solo brasileiro, usando-se milho-pipoca de 
marcas regionais como parâmetro de comparação. Avaliaram-se o teor de água, 
peso de 100 grãos, relação espessura/largura, índice de circularidade da cariopse, 
coeficiente de expansão e quantidade de grãos não pipocados (piruás). Para estimar 
o coeficiente de expansão foi utilizado um micro-ondas doméstico comum. Oexperimento foi com o delineamento inteiramente casualizado, com três repetições. 
Quando a variância mostrou significância, as médias de cada parâmetro foram 
comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os resultados obtidos 
mostraram que a diferença entre regiões para a produção do milho-pipoca interfere 
significativamente no coeficiente de expansão do grão de milho-pipoca. Os 
parâmetros de biometria do grão não mostraram correlação linear com o coeficiente 
de expansão. 
 
Palavras-chave: Zea mays L., pop corn, milho especial, capacidade de expansão
1 
 
1. INTRODUÇÃO 
 Descoberto nas Américas, o milho-pipoca é apreciado por milhões de 
pessoas em todo o mundo. Sua popularidade está associada a eventos como 
feriados, jogos, feiras, parques, cinemas e outros. Na atualidade, os norte-
americanos são os que mais consomem pipoca (POPCORN, 2017). 
 Os Estados Unidos da América são os maiores produtores de milho-pipoca, 
seguidos pelo Brasil em segundo lugar (MOTERLE, 2010). Sendo que neste ano, a 
expectativa de produção está em torno de 300 mil toneladas, somente no Mato 
Grosso, ou seja, bem superior a média anual de 80 mil toneladas (MATO, 2017) 
 A principal característica que define qualidade do milho-pipoca é o coeficiente 
de expansão dos grãos, que quando aquecidos, o óleo e a umidade exercem 
pressão sobre o pericarpo até que ele se rompa, formando a pipoca, sendo essa a 
principal característica que difere dos demais tipos de milho (ZINSLY; MACHADO, 
1978). 
 O coeficiente de expansão é afetado por propriedades físicas do grão, como 
espessura do pericarpo, injúrias mecânicas sofridas pelo pericarpo e endosperma, 
causados pelo inadequado manuseio durante seu processamento da colheita até o 
armazenamento e por insetos. Além das propriedades físicas, as propriedades 
químicas também podem afetar a capacidade de expansão, como o arranjo dos 
grânulos de amido (farináceo ou vítreo), teor de água, assim como a composição 
química de amilose no endosperma (FREIRE, 2015). 
 Outros fatores, relativos ao grão de milho-pipoca, indicam que o comprimento 
e largura tem influência negativa sobre o coeficiente de expansão, enquanto a 
espessura tem relação positiva. (CABRAL et al., 2016). 
 O peso de 100 grãos também é uma característica agronômica importante, 
tem uma associação positiva com a produtividade e negativa com o coeficiente de 
expansão do grão de milho-pipoca, o que carece de estudos em melhoramento 
visando inverter esse dado (RANGEL et al., 2011). 
 Segundo Carpentieri-Pípolo et al.(2002), é necessário conhecer as 
correlações entre as características de importância econômica, para poder auxiliar 
no processo de seleção de genótipos superiores. Em milho-pipoca, as principais 
características de interesse agronômico e comercial são o coeficiente de expansão 
em primeiro lugar, seguido da produtividade dos grãos. O que se busca é associar 
2 
 
rendimento com capacidade de expansão, estabelecendo relação positiva entre as 
duas características. 
3 
 
2. OBJETIVO 
 O presente trabalho teve como objetivo avaliar se existe diferença na 
qualidade dos grãos de milho-pipoca quando produzidos em regiões diferentes e 
avaliar outros fatores físicos, como a biometria, que influencia na qualidade do 
coeficiente de expansão. 
 
4 
 
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
3.1 Origem e classificação botânica 
 Segundo Vavilov (1951), o milho-pipoca, variação de milho comum e 
pertencente à mesma espécie (Zea mays L.) tem como centro de origem o Sul do 
México e a América Central. Esta seria uma hipótese plausível, pois nesta região 
ocorre grande variabilidade na espécie e em outras relacionadas, entre elas o 
teosinto (Zea spp.). Por outro lado, essa hipótese foi questionada, encontrando 
restrições para sua aceitação definitiva (PATERNIANI; VIEGAS, 1987 apud FREIRE, 
2015). 
 O milho-pipoca (Zea mays L.) é uma cultura pertencente à família Poaceae, 
subfamília Panicoideae, tribo Maydeae, gênero Zea, espécie Z. mays. Trata-se de 
cultura essencialmente alógama, pois a fecundação é cruzada entre indivíduos em 
uma população (PATERNIANI; CAMPOS, 2005). 
 O milho-pipoca se encontra na categoria dos milhos especiais, estes que não 
são cultivados para produção de grãos secos, commodities. Dos milhos "especiais" 
tem-se o milho verde comum, milho verde doce, milho destinado a produção de 
minimilho, milho para teor de óleo e vários outros (FILHO; CRUZ, 2009). 
 Ao ser comparado ao milho comum, o milho-pipoca apresenta geralmente 
sementes mais duras, grãos menores, maior prolificidade (número de 
espigas/planta) e menor vigor. No entanto, o milho-pipoca possui capacidade de 
expansão, diferenciando-o do milho comum. Isso ocorre quando os grãos são 
aquecidos a aproximadamente 170 ºC, então a umidade interna em vesículas de ar 
tende a expandir, exercendo pressão sobre o pericarpo até que ele se rompa, 
formando a pipoca. A característica de expandir-se, resultando em pipoca, é que o 
torna diferente dos demais tipos de milho, lhe conferem maciez e sabor, bastante 
apreciáveis (ZINSLY; MACHADO, 1978). 
 
3.2 Importância e usos 
 O milho-pipoca, utilizado para consumo humano, é muito apreciado e popular, 
tanto no Brasil quanto no mundo e sua demanda concentra-se principalmente nos 
meses de maio, junho e julho devido ao período de festas juninas. No Brasil há certa 
dificuldade para obter dados estatísticos sobre a cultura, aspectos econômicos da 
5 
 
comercialização e produção. Estima-se que o consumo esteja em torno de 80 mil 
toneladas por ano. Esta demanda é suprida em maior parte por sementes 
importadas, híbridos norte-americanos registrados por empacotadoras que fornecem 
as sementes aos produtores. Isso é devido à baixa qualidade da pipoca disponível 
no mercado brasileiro e o elevado coeficiente de expansão (CE) dos híbridos 
(SCAPIM et al., 2006). 
 O consumo deste produto tem aumentado exponencialmente, mostrando 
mercado promissor e crescente no país. No Brasil o consumo está em torno de 17 
quilos/habitante/ano. Ainda baixo, se comparado a outros países como o México que 
tem consumo médio de 77 quilos/habitantes/ano. Devido à grande necessidade de 
importação para suprir a demanda, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) vem 
lançando variedades de milho-pipoca no intuito de diminuir a dependência da 
importação de sementes de milho-pipoca (MILHO, 2009). 
 
3.3 Milho-pipoca no Brasil e no mundo 
 No Brasil, ainda diante da carência em se estimar área plantada, produção e 
produtividade, sua importância econômica tem se concentrado em algumas regiões 
do país. Ademais, existe certa dificuldade em obter estatísticas oficiais, em que 
essas informações são estimadas por órgãos governamentais e por empresários do 
setor. As regiões que se concentram a produção do milho-pipoca no Brasil estão 
localizadas próximo às grandes empresas empacotadoras, que fornecem as 
sementes e compram a produção dos produtores (SAWAZAKI et al., 2003). 
No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 
2014), as regiões de Nova Prata-RS e Campo Novo do Parecis-MT são as maiores 
produtoras de milho-pipoca. 
Em nível mundial, os EUA são os maiores produtores de pipoca do mundo, e 
é a partir dos híbridos norte-americanos que a produção do milho-pipoca no mundo 
se expandiu como no Brasil e na Argentina. Neste último, por exemplo, a produção 
se deve a companhias norte-americanas que lá atuam, com grande parte dessa 
produção exportada para países como o Brasil (SAWASAKI, 2011). 
A região nos Estados Unidos conhecida como cinturão do milho, que se 
localiza mais na região centro-norte do país, é onde se produz tanto o milho comum 
como os milhos especiais, pois a região possui condições favoráveis para a 
6 
 
produção. Esta região foi determinada pelo governo americano a fim de organizar o 
zoneamento das áreas produtivas, levando em consideraçãoo solo, mercados 
consumidores, questões históricas de colonização e além de fatores climáticos 
favoráveis, quais sejam temperatura diurna elevada, alternada por noites com 
menores temperaturas (BINI, 2011). 
Os EUA têm sido os maiores produtores de milho-pipoca mundiais, com uma 
produção média de 500 mil toneladas por ano, seguido pelo Brasil, com produção 
média de 80 mil toneladas anuais. Naquele país, a maior parte da produção tem sido 
destinada a processamento em micro-ondas, equivalendo a 68% da produção, 
enquanto no Brasil este número se reduz a 13%. Isso ocorre devido à baixa 
qualidade do milho-pipoca (para estouro em micro-ondas) no mercado brasileiro, o 
que leva o Brasil a importar grãos de milho-pipoca da Argentina e EUA (SIMON et 
al., 2004; SCAPIM et al., 2002). 
 
3.4 Produtividade e coeficiente de expansão 
 A produtividade de grãos e seu coeficiente de expansão são duas 
características de importância para o milho-pipoca. Bons resultados em apenas uma 
destas características não propiciam desempenho econômico da cultura. Embora 
seja almejada a maior produtividade da lavoura, é o coeficiente de expansão que 
tem papel decisivo no valor comercial da pipoca (ZINSLY; MACHADO, 1987). 
 A produtividade no meio agrícola é definida como a quantidade de produção 
por unidade de área. Como fatores que influenciam a produtividade para o milho-
pipoca, encontram-se o manejo, semelhante ao do milho comum e devem ser 
respeitados épocas e locais de plantio, e uso de sementes adequados para região e 
ambiente. Fator de destaque é a adubação, que deve ser equilibrada em macro e 
micro nutrientes e, se tratando de híbridos de milho-pipoca, a produção em área 
irrigada pode chegar de 4 a 6 t/ha. Outro fator importante é o controle fitossanitário 
(SAWAZAKI, 2001). 
 Em se tratando de pipoca, o parâmetro mais utilizado para medir a qualidade 
do grão de milho é o coeficiente de expansão, ou seja, a relação entre o volume da 
pipoca e o volume do grão de milho. Essa relação pode ser medida em 
volume/volume (mL/mL) ou volume/gramas (mL/g), sendo a amostra em peso mais 
7 
 
precisa devido à comercialização dos grãos ser efetuada por peso, enquanto o 
produto final é avaliado por volume (EMATNÉ, 2011). 
 A expansão da pipoca ocorre da seguinte forma, na medida em que o calor no 
interior do grão aumenta e as moléculas de água se agitam e se expandem, 
formando vapor, aumenta a pressão interna e quando a temperatura atinge 
aproximadamente 180 ºC e a pressão no grão alcança 930,8 kPa, o pericarpo se 
rompe e o endosperma se expande violentamente por meio das fraturas do 
pericarpo (RUFFATO et al., 2000). 
 Segundo Zinsly e Machado (1987), uma variedade comercial de milho-pipoca 
deve apresentar valores de coeficiente de expansão superior a 15 mL/mL, pois 
abaixo desse índice, a pipoca apresenta-se muito rígida e com muitos grãos sem 
estourar. Por outro lado, para Galvão et al. (2000), variedade de milho-pipoca deve 
apresentar coeficiente de expansão de no mínimo de 21 mL/mL, com valores acima 
de 26 mL/mL indicando pipoca de qualidade. 
 No Brasil, a Instrução Normativa 61(BRASIL, 2011) estabelece regulamento 
técnico do milho-pipoca, que estabelece classes (de acordo com a coloração) e tipo 
(de acordo com o coeficiente de expansão). Em todas as classes deve haver 95% 
de peso de grãos definido pela cor, e o valor mínimo de capacidade de expansão 
tem que ser de 30 mL/g. 
 Para se determinar o coeficiente de expansão, as amostras devem estar 
uniformes em relação ao teor de água, tamanho, livre de danos mecânicos e danos 
por insetos (BRASIL, 2011). Estes insetos perfuram o pericarpo, tornando o grão 
incapaz de estourar devido à perda de pressão ocasionada pelo dano. Teores de 
água situados entre 10,2 e 13,4% têm se mostrado os mais adequados para 
obtenção do índice máximo de coeficiente de expansão (KRUG et al., 1996). Para 
fins de comercialização, o teor de água estabelecido situa-se em 13,5% (BRASIL, 
2011). 
 Dentre os métodos para analisar o coeficiente de expansão, se destacam 
dois, a pipoqueira de ar quente e o aparelho de micro-ondas. Segundo Ematné 
(2011), são obtidos bons resultados utilizando micro-ondas doméstico para pipocar e 
proveta graduada nas medições do volume. Tanto a pipoqueira quanto o micro-
ondas são sistemas eficientes, recomendando-se para o aparelho de micro-ondas 
um tempo de 140 segundos para uma amostra de 10 g e 220 segundos para uma 
8 
 
amostra de 30 a 90 g (MATTA; VIANA, 2001). Contudo, é possível utilizar amostras 
de tamanhos e tempos diferentes, fazendo-se adaptações nas quais o tempo 
máximo é determinado para que não ocorra queima da pipoca. Esses ajustes 
tornam-se necessários, pois os eletrodomésticos de fabricação independente 
apresentam capacidade e potência diferentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
4. MATERIAL E MÉTODOS 
 
4.1 Grãos utilizados 
 Para o desenvolvimento do experimento foram utilizados nove diferentes tipos 
de grãos, três da marca American Farmer (Red, White & Blue) Popcorn, 
provenientes de Madison, Wisconsin, EUA, que foram separados pelas respectivas 
cores, vermelho, branco e azul. Estes foram multiplicados no Brasil, mais 
especificamente na Fazenda Água Lima (FAL) - UnB, em áreas isoladas, mantendo-
se as mesmas cores. O solo em que foram multiplicadas as sementes na FAL foi 
classificado como LATOSSOLO VERMELHO AMARELO, fase Cerrado, temperatura 
média durante a multiplicação foi de 20,4 ºC, com máxima média de 27,7 ºC e 
mínima média de 15,0 ºC, umidade relativa média de 61%. Incluíram-se ainda três 
marcas comerciais disponíveis no mercado brasileiro, a Yoki, Mega Bom e Provatti. 
 
4.2 Preparo das amostras 
 Os grãos de milho-pipoca foram divididos em lotes representando Azul (EUA), 
Branco (EUA), Vermelho (EUA), Azul (BRASIL), Branco (BRASIL) e Vermelho 
(BRASIL), incluindo-se Yoki, Mega Bom e Provatti disponíveis no mercado. Os grãos 
foram mantidos em ambiente de laboratório de sementes, com temperatura de 
25±5°C, entre abril até realização dos testes, início de agosto, a fim de adquirirem 
uniformidade no teor de água do grão. De cada lote foram coletadas amostras de 
10 g, sendo três repetições para cada. 
 
4.3 Análises dos grãos 
 Para determinação do teor de água, foi utilizada uma quantidade conhecida 
de grãos para cada genótipo, que foram levadas a estufa aquecida a 105±3 ºC por 
24 horas. 
 Foi medido em balança analítica com resolução de 0,001 g, o peso de 100 
grãos de cada genótipo, com três repetições. 
 Para a biometria, determinou-se a relação espessura/largura (REL) e o índice 
de circularidade da cariopse (ICC) foram tomados 10 grãos por amostra, dos quais 
foram medidos comprimento, espessura e largura. 
10 
 
 A REL é verificada para inferir sobre o formato mais arredondado ou mais 
comprido do grão e o ICC estima o quanto é arredondado o grão e é definido pela 
equação: ICC= E/(L+C), sendo "E" = espessura, "L" = largura e "C" = comprimento 
do grão, sedo que o valor 0,5 revela a maior simetria entre as dimensões 
(GONÇALVES, 2016). 
 
4.4 Coeficiente de expansão 
 As amostras foram submetidas ao teste, os valores foram obtidos pela razão 
entre o volume da pipoca expandida e o peso de grãos de acordo com o método 
descrito por Matta e Viana (2001). 
 O volume final da pipoca foi medido em proveta graduada de 1000 mL e o 
peso foi medido em balança analítica com resolução de 0,001 g. 
 Os grãos não pipocados (piruás) de cada análise foram separados e pesados 
em balança analítica com resolução de 0,001 g. 
 
4.5 Forno micro-ondas 
 O aparelho utilizado foi um forno micro-ondas marca Brastemp modelo single, 
com capacidade de 18 litros, potência máxima de 1200 watts e frequência das 
micro-ondas de 2450 MHz. Cada amostra possuía 10 gramas, com as quais foram 
feitos testes preliminares para determinar o tempo utilizado no experimento (MATTA;VIANA, 2001). Foi estabelecido o tempo de 60 segundos, antes do início da queima 
da pipoca, para essa quantidade de grãos. 
 Além do tempo estabelecido para estourar as pipocas, adotou-se um intervalo 
de 5 minutos entre as análises. Isto possibilitou diminuir a saturação do ar pela 
umidade produzida pelo aquecimento dos grãos, a qual poderia comprometer o 
aquecimento das amostras subsequentes (GONÇALVES, 2016). Antes de proceder 
com a primeira análise, foram realizados pelo menos dois testes para verificar o 
desempenho do micro-ondas e manter um padrão desde a primeira análise. 
 Como recipiente dos grãos a serem pipocados, utilizou-se saco de papel 
pardo comum descrito como sugerido na avaliação do coeficiente de expansão em 
forno micro-ondas de maneira eficiente (MATTA; VIANA, 2001). 
 As amostras foram colocadas de forma centralizada no interior do saco de 
papel pardo, tendo dimensões de 160,0 x 360,0 x 0,10 mm. Antes de submetido ao 
11 
 
pipocamento, os sacos foram dobrados a 10 cm da parte superior, com a dobra 
voltada para baixo. A disposição do saco no prato do micro-ondas foi centralizada 
para todas as amostras. 
 
4.6 Análise estatística 
 O delineamento experimental adotado foi o Delineamento Inteiramente 
Casualizado (DIC), com três repetições, sendo as médias comparadas pelo teste de 
Tukey, em nível de 5% de probabilidade. Os dados foram analisados pelo software 
“ASSISTAT”, versão 7.7 beta (SILVA, 2014). 
 
 
12 
 
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 Ao analisar o coeficiente de expansão (CE), observaram-se diferenças 
estatísticas significativas nos tratamentos, com valores entre 22,60 e 34,52 mL/g 
(Tabela 1). Segundo a Instrução Normativa 61 (BRASIL, 2011) as amostras de 
sementes azul (EUA), vermelho (EUA), azul (BRA) e vermelho (BRA) estariam 
ligeiramente inferiores ao permitido na comercialização no mercado brasileiro, em 
que o valor mínimo exigido de coeficiente de expansão é de 30 mL/g. Vale 
acrescentar que os lotes de grãos Branco, Vermelho e Azul procedentes dos EUA, 
mostraram valores próximos quando comparados com os lotes dos respectivos 
grãos obtidos na multiplicação feita no Brasil. Isto indica que estes lotes de milho-
pipoca sofreram mais influência das condições de armazenamento do que do 
ambiente de produção, pois os grãos vindos dos EUA estavam armazenados por um 
maior período. 
 
Tabela 1. Coeficiente de expansão (CE), em mL/g, peso de 100 grãos (P100), em 
gramas, relação espessura/largura do grão (REL) e índice de circularidade 
da cariopse (ICC) dos lotes de sementes de milho-pipoca. 
 
 Nas avaliações de peso de 100 grãos (P100) observaram-se diferenças 
estatísticas significativas (P<0,05), ocorrendo variação entre 10,953 e 19,100 g entre 
os tratamentos (Tabela 1). Esta é uma característica associada à produtividade, 
GENÓTIPO CE P100 REL ICC PIRUÁ 
 -- ml/g -- -- g -- -- g -- 
PROVATTI 33,86 ab 14,660 c 0,719 cd 0,300 cd 0,879 a 
MEGA BOM 34,52 a 15,526 b 0,754 bcd 0,314 bcd 1,190 a 
YOKI 30,51 ab 19,110 a 0,671 d 0,279 d 1,401 a 
BRANCO (EUA) 30,46 ab 10,953 f 0,736 cd 0,291 d 1,205 a 
AZUL(EUA) 26,24 ab 14,570 cd 0,857 ab 0,337 abc 0,291 a 
VERMELHO (EUA) 24,83 ab 11,380 ef 0,798 abc 0,304 bcd 0,265 a 
BRANCO (BRA) 32,79 ab 12,033 e 0,816 abc 0,336 abc 0,160 a 
AZUL (BRA) 28,75 ab 13,876 d 0,904 a 0,378 a 0,462 a 
VERMELHO (BRA) 22,60 b 11,873 e 0,865 ab 0,348 ab 0,197 a 
MÉDIA¹ 29,39 13,77 0,791 0,321 0.67281 
TESTE F² 3,1896 * 271,0290 ** 9,7386 ** 12,4467 ** 1.3897 ns 
DMS (TUKEY 5%)4 11,51 0,77 0,12 0,04 2.08 
CV%³ 13,67 1,97 5,35 4,82 108.33 
1
Médias dos resultados; ²Estatística do teste F; ³Coeficiente de variação; 
4
Diferença mínima significativa; Médias 
seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; *valor 
significativo a 5% de probabilidade e **valor significativo a 1% pelo teste F.
 
13 
 
quanto maior e mais pesado o grão, mais interessante é para o produtor. Neste 
experimento, o peso de 100 grãos mostrou relação direta com o coeficiente de 
expansão, verificada nos genótipos MEGA BOM, YOKI e VERMELHO (BRA), 
contrariando em parte os resultados obtidos por Cabral (2016). O autor concluiu que 
peso de 100 grãos e produtividade do milho-pipoca estão diretamente associados, 
porém essa relação mostrou-se inversamente proporcional ao coeficiente de 
expansão do grão, que foi percebido no restante das análises. 
 Na análise da relação espessura/largura (REL) observaram-se diferenças 
estatísticas significativas variando entre 0,671 e 0,904 (P<0,05) (Tabela 1). Este 
parâmetro avalia a forma bidimensional do grão, ou seja, infere sobre o formato mais 
arredondado ou mais comprido do grão, e quanto mais próximo de 1, mais 
arredondado é o grão. A REL influencia diretamente no CE, indicando que grãos 
mais arredondados possuem uma correlação positiva moderada com o CE 
(GONÇALVES, 2016). Este parâmetro não apresentou correlação direta, pois como 
se observou, o maior REL analisado foi o da azul (BRA) e este não foi o genótipo 
com maior CE e o menor valor de REL foi a YOKI e que, mesmo com menor 
expansão, não mostrou diferença significativa em relação aos demais tratamentos, 
exceto Vermelho (BRA), que foi estatisticamente diferente dos demais. 
 A análise de índice de circularidade da cariopse (ICC) mostrou diferenças 
estatísticas significativas variando entre 0,279 e 0,378 (P<0,05) (Tabela 1). Essa 
variável é usada para estimar quanto arredondado é o grão, permite análise das três 
dimensões, quanto mais próximo de 0,5, maior a simetria entre as dimensões. O ICC 
não teve influencia positiva no CE, como pode ser observado no VERMELHO (BRA) 
que teve menor CE e teve um valor de ICC considerado alto em relação aos demais. 
Mas no BRANCO (BRA), o valor de ICC se mostrou positivo em relação o CE, o que 
vai de acordo com Gonçalves (2016) afirmando que quanto maior a simetria entre as 
dimensões, maior o CE. No entanto, apesar da influencia positiva sobre o CE, em se 
tratando de produtividade a relação é negativa. Isto pode ser entendido por vários 
fatores, como déficit hídrico, qualidade do solo, polinização, gerando preenchimento 
irregular dos grãos na espiga, que ficam mais arredondados devido ao maior espaço 
disponível e os grãos das extremidades tende a serem menores (BROCCOLI; 
BURAK, 2004). Grãos mais simétricos, arredondados e maiores chamam a atenção 
do consumidor, que busca produto mais atrativo e vistoso. 
14 
 
 Quando se compara coeficiente de expansão com a quantidade de piruás (em 
gramas), não houve diferença estatística significativa (P<0,05) (Tabela 1). Como 
estes dados foram estatisticamente semelhantes, não é possível aferir a influência 
causada na quantidade de piruás em relação ao CE, ainda que suas proporções 
tenham sido relativamente baixas. Uma maneira de diminuir a quantidade de piruás 
seria aumentar o tempo de pipocamento, mas isto resultaria em queima das pipocas 
que já foram estouradas. Isso foi percebido nos testes para determinar o tempo ideal 
de pipocamentio em relação à quantidade da amostra e ao micro-ondas utilizado. 
 Para um melhor entendimento entre a relação do CE com o P100, foi feita 
uma análise técnica representada pelo Gráfico 1, facilitando a visualização desta 
relação, que mostra de maneira geral uma interação positiva entre esses 
parâmetros. 
 
Gráfico 1. Regressão entre e Peso de 100 grãos (P100) e Capacidade de Expansão 
 (CE).
 
 
 Os parâmetros de REL e ICC em relação ao CE podem ser observados 
melhor no Gráfico 2, que mostra uma relação negativa, maior no REL e pouco 
significativa com o ICC. 
 
 
y = 0,227x + 7,096
R² = 0,133
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
20 22 24 26 28 30 32 34 36
P
e
s
o
 d
e
 1
0
0
 g
rã
o
s
 
 P
(1
0
0
)
Coeficiente de Expansão (CE)
15 
 
Gráfico 2. Regressão da Relação espessura/Largura (REL) e Índice de circularidade 
 dacariopse (ICC) com o Coeficiente de Expansão (CE). 
 
 
 Quando se compara o coeficiente de expansão dividido em três grandes 
grupos, as comerciais brasileiras (PROVATTI, MEGA BOM e YOKI) produzidas no 
Mato Grosso e Rio Grande do Sul, as produzidas no cinturão do milho, na região 
Centro-Oeste dos EUA (BRANCO, AZUL e VERMELHO) e estas produzidos na 
FAL/UnB, Brasília-DF, percebeu-se diferença significativa entre os tratamentos 
(P<0,05). Portanto, o maior CE foi obtido com marcas comerciais brasileiras e em 
seguida as sementes de origem americana, produzidas no Brasil. Este coeficiente 
abaixo do mínimo aceitável pode ser devido às condições que os grãos se 
encontravam, com baixo teor de água (Tabela 2). Teores água situados entre 10,2 e 
13,4% foram os que resultaram índice máximo de coeficiente de expansão (KRUG et 
al, 1996). As amostras utilizadas neste experimento estiveram abaixo destes 
valores, provavelmente por serem mantidas à temperatura e umidade ambientes 
durante o período da seca, quando a umidade relativa é baixa. Portanto, houve 
provável perda de água pelos grãos e isto pode ter influenciado o coeficiente de 
expansão, que mostra ser afetado principalmente pelo teor de água dos grãos 
(GREEN; HARRIS, 1960). Assim, o ambiente de produção da semente influencia o 
CE. 
 
y = -0,010x + 1,097
R² = 0,316
y = -0,002x + 0,395
R² = 0,113
0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1
20 22 24 26 28 30 32 34 36
Coeficiente de expansão (CE)
16 
 
Tabela 2. Valores médios de coeficiente de expansão (CE) por região de produção e 
média de teor de água (TA) dos lotes de grãos. 
GRUPOS CE TA 
 -- ml/g -- -- % -- 
BRASIL 33,07 a 8,07 a 
EUA 27,28 b 8,16 a 
COLORIDAS BRASIL 28,05 ab 8,18 a 
MÉDIA¹ 29,47 8,14 
TESTE F (tratamento)² 4,0246 * 0,3459 ns 
DMS (TUKEY 5%)4 5,53 0,45 
CV%³ 15,95 2,23 
1
Médias dos resultados; ²Estatística do teste F; ³Coeficiente de variação; 
4
Diferença mínima significativa; 
Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade; 
NS
Valor não significativo; *valor significativo a 5% de probabilidade. 
 
 
 Nas avaliações de teor de água não existiu diferença estatística significativa 
(P<0,05) (Tabela 2), mostrando uniformidade dos lotes. Este teve influencia direta no 
coeficiente de expansão (GREEN; HARRIS, 1996). Mesmo o teor de água estando 
abaixo da recomendação para se avaliar a CE (10,2 a 13,4%), os resultados se 
mostraram satisfatórios em relação ao CE, o que possibilitou fazer as comparações 
entre lotes de sementes, por origem, e relacionar com outros parâmetros como 
P100, REL e ICC. 
 A embalagem, o aparelho micro-ondas utilizado e o tamanho da amostra são 
fatores que influenciaram na quantidade de semente não expandida (piruá) (MATTA; 
VIANA, 2001). Neste experimento a quantidade de piruás esteve relativamente 
baixa, confirmando eficiência de comparação. Outro fator que pode influenciar são 
os possíveis danos presentes nos grãos, além de outros fatores ainda não 
identificados. Por exemplo, se houver rompimento do pericarpo por efeito externo ao 
esquentar o grão, não haverá pressão suficiente para o estouro (pipocamento). 
 
17 
 
6. CONCLUSÕES 
 
 Pela interpretação dos resultados obtidos pode-se concluir que: 
1. O ambiente agrícola no Brasil apresenta capacidade de produção de milho-pipoca 
independente da origem, com eficiência em qualidade dos grãos relativa ao 
coeficiente de expansão. 
2. O teor de água dos grãos, mesmo estando abaixo do aceitável, mostra serem 
viáveis quanto ao coeficiente de expansão aceitável. 
3. O Planalto Central brasileiro se mostra eficiente na produção de grãos de milho-
pipoca, na comparação de lotes produzidos nos Estados Unidos, Mato Grosso e Rio 
Grande do Sul. 
 
18 
 
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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