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GUIA FOTOGRÁFICO 
A V E S D O L I T O R A L D O R I O G R A N D E D O S U L 
  M U S E U D E C I Ê N C I A S N A T U R A I S   D A 
U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D O R I O G R A N D E D O S U L 
E X P O S I Ç Ã O T E M P O R Á R I A 
C U R A D O R I A A L I C E P E R E I R A
 
 
 
P436g Pereira, Alice. 
 Guia fotográfico: aves do Rio Grande do Sul. Exposição 
 temporária / Alice Pereira ; Maurício Tavares [revisão] ; 
 Lucas A. Morates [organizador]. – 
Imbé, RS: Alice Pereira, 2018. 
49 p. : il. color. 
 
Exposição temporária do Museu de Ciências Naturais (MUCIN) da 
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) – Aves do litoral do 
 Rio Grande do Sul. 
 
 1. Aves litorâneas do Rio Grande do Sul. 2. Ecossistemas costeiros e 
 marinhos. 3. Tavares, Maurício. I. Morates, Lucas A. II. Título. 
 
 
 CDU 598.2(816.5) (036) 
 
 
 Ismael Cabral CRB 10/2484 
MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS DA  
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO
GRANDE DO SUL  
 
 
GUIA FOTOGRÁFICO 
IMBÉ/RS 2018 
 
Alice Pereira 
 
 
 
AVES DO LITORAL DO RIO
GRANDE DO SUL 
EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA 
 
 
REALIZAÇÃO 
APRESENTAÇÃO 
          O Museu de Ciências Naturais da Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul (MUCIN/UFRGS), faz parte do Centro de Estudos 
Costeiros, Limnológicos e Marinhos – CECLIMAR, e tem sido desde sua 
inauguração em 1983, um espaço de referência educativo-cultural no 
Litoral Norte do Estado. Sua temática está relacionada às questões 
ambientais, como a biodiversidade e a conservação dos ecossistemas 
costeiros e marinhos. 
          Para a exposição temporária de 2018, o tema escolhido foi o 
grupo das aves. Algumas grandes, outras pequenas, algumas mais 
coloridas que outras. Pernas compridas, pernas curtas, bico comprido, 
bico pequeno. No ar, no mar, na terra. Por onde quer que andemos 
sempre é possível avistar alguma ave, mesmo sem percebermos que é 
enorme a diversidade desses animais que habitam os diferentes 
ecossistemas do nosso planeta. 
          Ao olharmos com atenção, é possível perceber peculiaridades de 
cada uma delas, porém, há algumas características que só 
descobrimos estudando-as. Para tanto, elaboramos a presente 
exposição e este guia, no intuito de demonstrar alguns dos muitos 
aspectos fascinantes sobre elas. Com enfoque no litoral do Rio Grande 
do Sul, mais especificamente, nas aves 
marinhas, limícolas e costeiras, exploramos um pouco dos hábitos e 
características de cada grupo. Além disso, propomos 
uma reflexão sobre o estado de conservação dessas aves e como 
podemos colaborar para sua sobrevivência. 
Com esse guia esperamos despertar o interesse para o conhecimento e 
proteção desses animais. 
 
Boa leitura!
 
 
Revisores 
Aline Portella Fernandes 
Daniela Martins 
Ismael Cabral 
Guilherme Tavares Nunes 
Maurício Tavares 
 
Fotografias 
Alexandre Azevedo 
Alice Pereira 
Daniela Martins 
Ignacio Benites Moreno 
Maurício Tavares 
 
Diagramação 
Lucas Antonio Morates
A ZONA COSTEIRA 
RIO GRANDE DO SUL 
       A zona costeira do Rio Grande do Sul estende-se 
desde Torres até a Barra do Chuí, totalizando 620 km, e 
em alguns  setores, pode  alcançar mais de 100 km de 
largura (1). A região costeira é contínua lateralmente, 
retilínea e  influenciada  por ventos dos  quadrantes SO- 
NE, sendo também sua característica uma costa aberta 
e dominada pela ação das ondas (2).  Além disso, a  
região  apresenta um complexo sistema do tipo  laguna- 
barreira, em que   barreiras  arenosas aprisionam corpos 
lagunares de tamanhos variados.  Esses corpos d'água 
podem estar isolados ou conectados por canais entre si, 
e formam uma bacia hidrográfica que se conecta com o 
mar (3). 
       A planície costeira do RS é formada por um mosaico 
de ambientes composto por praias arenosas, lagoas, 
lagunas, marismas, banhados, campos, dunas, e matas 
de restinga (3).  No entanto, esta disposição do  ambi- 
ente costeiro é, em muitos locais,  interrompida devido à 
urbanização. 
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S
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YA zona urbana está invariavelmente sobre os campos 
de  dunas, estendendo-se até as margens de lagunas 
ou sobre as dunas frontais. As  lagoas são  margeadas 
por  banhados e marismas, que  também  podem 
ocorrer nos campos de dunas em períodos de alta 
precipitação (3, 4, 5). As  dunas  móveis   não  são 
vegetadas e são constantemente modificadas pelo 
regime de ventos ao longo do ano (6). Os ventos de 
sudeste no inverno e nor-deste no verão controlam o 
perfil da costa, bem como os alagamentos nas margens 
das lagoas.  
       Esse ambiente entre a face  praial e a lagoa é rico 
em diversidade tanto florística quanto faunística: ofe- 
rece  alimento e lugares ideais para  ninhos  e tocas  
de aves, pequenos mamíferos, serpentes e lagartos e 
outros. Além do mais, os corpos d’água temporários 
abrigam peixes sazonais e uma ampla diversidade de 
anfíbios (4), o que  também atrai uma ampla diversi- 
dade de aves. 
 
Lagoa do Rincão 
Lagoa do Cipó 
Lagoa da Porteira 
Oceano 
Atlântico 
Campos Arenosos 
Campos Vegetados 
Face Praial 
Região da localidade de Quintão, litoral médio-leste. 
Imagem Google Maps, 2018.
A ZONA OCEÂNICA DO 
RIO GRANDE DO SUL 
       No que tange à porção  oceânica do 
nosso Estado, o  Rio Grande  do Sul está  inserido  
na Plataforma Sul. Esta região compreende a 
porção continental entre o Cabo de Santa Marta, 
no Estado de Santa Catarina (SC), e o Chuí (RS). 
Além de incluir a porção arenosa da costa, a 
Plataforma Sul estende-se mar adentro até o 
limite de 200 m de profundidade, o que se dá 
entre 120-200 km de  distância da costa (7).  As 
águas costeiras e oceânicas dessa unidade são 
influenciadas pela confluência da Corrente Marí- 
tima do Brasil,  vinda do nordeste do país, e das 
Malvinas, vinda do sul da América  do Sul. A 
primeira é uma massa de águas tropicais e a 
segunda de águas subantárticas, e a resultante 
de sua convergência são águas ricas em nutrien- 
tes, de características  oceanográficas únicas (4). 
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YA biomassa de fito e zooplâncton gerada pela 
abundância de nutrientes alimenta uma intrinca- 
da teia trófica durante todo ano. Os índices de 
clorofila que identificam a abundância do fito- 
plâncton são elevados durante o final de inverno 
e primavera (8).  A biomassa de zooplâncton é 
mais alta nas águas costeiras durante o verão e 
nas águas oceânicas durante o inverno (9). Esses 
organismos sustentam uma grande biomassa de 
peixes, o que pode ser observado  na abundância 
de pescarias que ocorrem no RS, um importante 
polo pesqueiro no Brasil. A alta produtividade 
biológica na Plataforma Sul, devido às caracterís- 
ticas oceanográficas descritas, torna-se impor- 
tante área de alimentação para diversos orga- 
nismos, entre eles as aves marinhas (10, 11, 12). 
 
Oceano 
Atlântico 
. 
Imagem Google Maps, 2018.
Rio Grande do Sul 
Corrente das Malvinas 
Corrente do Brasil 
AVES 
MARINHAS 
           São todas aquelas que dependem do am- 
biente marinho para alimentação, e devido ao alto 
nível de adaptação para esse ambiente, não so- 
breviveriam longe dele. Passam a maior parte da 
sua vida deslocando-se pelos oceanos, permane- 
cendo em terra firme apenas no período reprodu- 
tivo. Quase todas as aves marinhas reproduzem-se 
em ilhas oceânicas ou costeiras. Raras exceções  
como os pinguins reproduzem em faixas costeiras 
desabitadas. A reprodução ocorre apenas uma 
vez ao ano e em algumas espécies de albatrozes 
é bianual. O casal formado pode se repetir por 
toda vida dos indivíduos, ou no mínimo por toda a 
estação reprodutiva. O cuidado parental pelo ca- 
sal é fundamental para garantir a sobrevivência 
do filhote em um ambiente de recursos de difí- 
cil aceso e diversos predadores. Em geral, geram 
apenas um filhote em cadaestação. Algumas 
espécies colocam um ovo a mais, chamado de 
"ovo de segurança", porém dificilmente conse- 
guem sustentar dois filhotes. A reprodução se da 
na primavera/verão, de acordo com o hemisfério 
de origem da ave (13, 14, 10, 15). 
       
             Algumas das adaptações cruciais das aves  
para sobreviver neste ambiente inóspito são:   
a) Ponta do bico em a forma de gancho que possi- 
bilita a captura de presas rápidas e lisas, como pei- 
xes e lulas. 
b)Glândulas de sal que retiram o excesso de cloreto 
de sódio do sangue. Essas glândulas  situam-se em 
uma cavidade entalhada no crânio e posicionada so- 
bre cada órbita. O sal ingerido via alimentação é 
excretado em forma de solução concentrada pelas 
narinas. 
c) As patas são palmadas, ou seja, possuem uma 
membrana entre os três dígitos anteriores. Elas exer- 
cem função de remo, auxiliando na natação, na de- 
colagem e no pouso dessas aves no mar. 
d) A forma da asa proporciona economia de energia 
durante o voo. Em oceano aberto e também nas bor- 
das das ilhas predominam ventos fortes e constantes 
que servem de “combustível” para o voo dessas aves. 
Ao invés de baterem asas constantemente, os alba- 
trozes, pardelas e petréis  planam nessas correntes 
de vento. Os pinguins são aves exclusivamente mer- 
gulhadoras-propulsoras, deslocando-se como se 
"voassem" embaixo d'água. Para tal, suas asas são 
em forma de nadadeiras como as dos golfinhos.
É uma das espécies de albatroz mais 
abundante nas águas do Rio Grande 
do Sul junto do albatroz-de- 
sobrancelha. Nidifica apenas no 
Oceano Atlântico Sul, nas ilhas 
subantárticas do Arquipélago de 
Tristão da Cunha e na ilha de Gough. 
Forrageia principalmente no Atlântico 
Sul, ocorrendo desde águas costeiras à 
águas profundas. Prefere águas mais 
quentes, sendo dominante nas águas 
oceânicas do sudoeste do Atlântico, 
quando a corrente do Brasil (quente) é 
mais intensa. É o menor dos albatrozes 
de seu gênero, com média de 
envergadura de 1,8 metros. 
 Exibe diferentes estágios de 
plumagem e coloração de bico ao 
longo da vida. O adulto (foto) 
apresenta o dorso do bico de um 
amarelo brilhante, a ponta rósea e as 
laterais do bico e mandíbula negras.  
Atinge a maturidade sexual a partir dos 
5 anos. Reproduz-se anualmente e a 
postura é de somente um ovo.
Albatroz-de- 
nariz-amarelo 
Thalassarche chlororhynchos
Foto: Ignacio Benites Moreno 
Albatroz-de-nariz-amarelo 
Thalassarche chlororhynchos 
Foto: Ignacio Benites Moreno 
Um dos albatrozes mais comuns nas 
águas do Atlântico Sul. Utilizam as 
águas do sul do Brasil como área de 
invernagem (fora do período 
reprodutivo), e é durante os meses de 
maior intensidade da Corrente das 
Malvinas/Falkland em que são mais 
comuns. O período reprodutivo ocorre 
entre setembro e abril. A maior parte 
das aves que frequentam a Plataforma 
Sul nidifica nas Ilhas Malvinas/ Falkland. 
 O albatroz-de-sobrancelha pode 
atingir a envergadura de 2 metros 
e massa corporal em torno de 2 quilos. 
Também apresenta diferentes  
plumagens e colorações de bicos 
relacionadas a idade da ave. O 
indivíduo adulto (foto) exibe o bico 
amarelo-alaranjado com ponta rósea. 
Pode atingir a maturidade sexual a 
partir dos 7 anos, quando finalmente 
volta ao lugar em que nasceu para 
acasalar.
Albatroz-de- 
sobrancelha 
Thalassarche melanophris 
Foto: Daniela Martins (acima) Ignacio Benites Moreno 
Indivíduo jovem
Indivíduo adulto
Albatroz-de- sobrancelha 
Thalassarche melanophris 
Foto: Ignacio Benites Moreno 
 
Restrito ao Hemisfério Sul, o 
petrel-grande é migrante austral, 
ocorrendo na Plataforma Sul 
durante os meses de inverno. Os 
juvenis são mais frequentes de 
serem avistados do que os adultos 
fora da temporada reprodutiva. É 
carniceiro de aves e mamíferos 
marinhos mortos ou moribundos. 
Preda ovos e filhotes de outras 
aves,  além de alimentar-se de 
peixes. Pinguins são parte 
importante de sua dieta. Nidifica 
nas ilhas de Geórgia do Sul, 
Malvinas/Falkland, Gough e ilhas 
próximas ao continente Antártico. 
Possui plumagem diferenciada 
entre o jovem e o adulto, assim 
como os albatrozes. Também se 
assemelham no porte aos 
albatrozes menores, com uma 
envergadura média de 1,8 metros, 
podendo pesar quase 3 quilos de 
massa corporal.
Petrel-grande 
Macronectes giganteus 
Foto: Alice Pereira
Petrel-grande 
Macronectes giganteus 
Foto: Alice Pereira 
       A espécie reproduz-se tanto no Oceano 
Atlântico, ao longo da costa da Argentina e 
Ilhas Malvinas/Falkland, como também no 
Oceano Pacífico, no Chile. Os indivíduos da 
costa Atlântica iniciam sua migração de inverno 
saindo de suas colônias em meados de março 
dirigindo-se para norte do continente sul- 
americano, chegando ao litoral do Uruguai e 
Brasil. Retornam em meados de setembro para 
as colônias de origem. O sul do Brasil é área de 
invernada e importante área de alimentação 
para jovens e adultos. O Rio Grande do Sul é 
o Estado brasileiro com  maior incidência dessas 
aves em suas águas, bem como de carcaças 
encontradas nas praias. 
A maior parte dos indivíduos de pinguim-de- 
Magalhães encontrados mortos e recebidos 
vivos em centros de reabilitação no Brasil é de 
jovens no primeiro ano de vida. A partir dos 5 
anos estão aptos para reprodução. A postura é 
de um a dois ovos, sendo que tanto macho 
quanto fêmea cuidam ativamente dos ovos e 
filhotes. Como outras aves marinhas, são 
longevas.
Pinguim-de- 
Magalhães 
Spheniscus magellanicus 
Foto: Alice Pereira
Indivíduo adulto 
Pinguim-de-Magalhães 
Spheniscus magellanicus 
Foto: Ignacio Benites Moreno 
Indivíduo jovem 
Migrante do Hemisfério Norte, realiza 
migrações transequatoriais vindos de 
suas colônias na Europa, na Islândia e 
nas Bermudas. Fogem do inverno boreal 
migrando para as águas argentinas e 
são encontrados nas águas do Rio 
Grande do Sul durante os meses de 
setembro a novembro. Podem cobrir 
mais de 7500 km em seis dias, somente 
na vinda para costa argentina. Podem 
realizar um percurso muito maior no 
retorno, passando ao longo de toda 
costa brasileira e pelas ilhas do Caribe. 
É pequeno, com 35 cm de comprimento 
e em média 300 g. Nidifica em buracos 
escavados pela própria ave. A ave mais 
velha anilhada, recapturada em 2002, 
tinha 55 anos. Alimenta-se de peixes e 
crustáceos.
Bobo-pequeno 
Puffinus puffinus 
Foto: Alexandre Azevedo
Bobo-pequeno 
Puffinus puffinus 
Foto: Maurício Tavares 
Aves Limícolas 
        As aves limícolas pertencem a ordem dos 
Charadriiformes. Nidificam em praias arenosas 
ou rochosas, mas é muito comum a nidificação 
próxima à lagos, lagoas e rios interioranos (16, 
17). As espécies limícolas que realizam migra- 
ções  longas, em sua maioria, são oriundas do 
Hemisfério Norte, onde nidificam na região 
da tundra ártica. Algumas espécies são oriun- 
das do extremo sul do Hemisfério Sul (18). Mas, 
por que essas aves, em geral, tão pequenas 
(como o maçarico-de-sobre branco, que mede 
entre 13 e 15 cm de comprimento) deslocam-se 
para tão longe de onde nascem e se reprodu- 
zem? 
 A migração acontece em função da escassez 
de alimento nos locais onde essas aves 
nascem  e reproduzem.  O inverno rigoroso 
das regiões austrais e boreais os impulsiona  
a buscar alimentos em regiões em que presas 
similares são abundantes. Assim, uma grande 
jornada se dá, sincronizada com cada pico 
de abundância de presas em seus locais de 
parada/alimentação. 
         Existem espécies de aves limícolas re- 
sidentes no Brasil, como a narceja (Gallinago 
paraguaiae) e a batuíra-de-coleira (Chara- 
drius collaris). 
Batuíra-de-bando
    Migrante do Hemisfério Norte, é uma espécie comum em praias arenosas e lodosas ao
longo da costa brasileira. Abundantes no outono, o pico de indivíduos registrados na La-
goa do Peixe, no litoral médio do Rio Grande do Sul, em abril registrou 767 indivíduos(19).
Chegam a América do Sul a partir de setembro e a preparação para o retorno aos sítios
reprodutivos começa em março e dura até maio, quando essas aves deixam o continente
sul-americano. Alguns indivíduos podem ser vistos durante o restante do ano, esperando o
próximo período reprodutivo. Reproduzem-se em junho na região ártica. Medem entre 17 e
19 cm de comprimento. Apresentam um colar negro no peito, pernas alaranjadas e as
patas semipalmadas, ou seja separadas parcialmente por uma membrana de pele entre os
dedos. Os indivíduos reprodutivos, apresentam a base de seu pequeno bico alaranjada e o
restante é todo negro. Durante esse período, a porção branca da testa e fronte é mais
estreita, dando lugar a um margeado negro acima do bico, na testa e olho. Os indivíduos
fora do período reprodutivo têm bico acinzentado e a fronte com uma larga área branca.
A plumagem do dorso e peito é similar à reprodutiva, mas em geral, menos viva e mais
acinzentada nas porções negras.
Foto:  D
aniela M
artins 
 Charadrius semipalmatus 
Batuíra-de-coleira
    Esta batuíra é residente e reproduz-se nas dunas costeiras ao longo da costa do RS. 
O pico de abundância desses indivíduos na beira da praia é entre abril e maio, quando 
os jovens deixam os ninhos e se juntam aos pais forrageando ao longo da costa. Possui 
um colar negro no peito, mas diferente da batuíra de bando, esse colar não se com- 
pleta no dorso. A fronte é branca e a testa possui uma larga banda negra, também di- 
ferente da batuíra-de-bando. O topo da cabeça e nuca exibe cor marrom-acanelada. 
O dorso é acinzentado e o bico negro, com um traço alaranjado na base da mandíbu- 
la. Indivíduos reprodutivos e não-reprodutivos são iguais, já os jovens são acinzenta- 
dos, sem qualquer traço de cor negra no colar e na testa. Mede 15 cm.
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 Charadrius collaris
Maçarico-branco
      É uma das espécies mais abundantes no Brasil em seu período migratório. Fedrizzi 
(2008) registrou 7.000 indivíduos em abril do Arroio Chuí a Mostardas, no RS. Em dezem- 
bro, durante a migração para o sul da América do Sul, foi o mais abundante na Lagoa do 
Peixe, sendo registrados 4.000 indivíduos. Nidifica em áreas ao longo do Círculo Polar 
Ártico, voando em média 25 mil km até chegar à sua área de invernagem na Terra do 
Fogo, extremo sul da América do Sul. A reprodução ocorre em junho, e em agosto já po- 
dem ser encontrados no Brasil, sendo abundantes em novembro no RS e depois no final 
de abril, quando estão retornando para o Ártico. Mede entre 20 e 21 cm, e a massa é 
bastante variável, podendo pesar quase 100 g quando prestes a se reproduzir e 40 g 
quando em fase de engorda. A plumagem não reprodutiva é marcada pelo dorso acin- 
zentado com porções pardas, peito e ventre brancos. Quando reprodutivo, o maçarico- 
branco exibe um tom avermelhado no dorso. As patas e o bico são negros.
Foto: M
aurício Tavares
 Calidris alba
Maçarico-grande-de- 
perna-amarela
     Migrante do Hemisfério Norte, o RS faz parte do limite meridional de sua área de mi- 
gração, ocorrendo em menores números se comparados a registros no norte do Brasil e 
países do norte da América do Sul. Reproduz-se em maio e junho no Canadá, apare- 
cendo no Rio Grande do Sul a partir de agosto e voltando para o Canadá a partir de 
março. No entanto, alguns indivíduos podem permanecer nos locais de invernada o ano 
todo. Costuma permanecer bastante tempo junto aos sangradouros que desembocam 
na beira da praia. Mede entre 29 e 33 cm. Pode ser confundido com o maçarico-de- 
perna-amarela (Tringa flavipes) ao primeiro olhar, no entanto este último é menor, entre 
23 e 25 cm de comprimento.
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Tringa melanoleuca
Batuíra-de-peito-tijolo
     Migrante do sul da América do Sul, é comum no outono na Lagoa do Peixe, 
representando 5% do total de aves limícolas registradas. Ao longo da costa é 
menos abundante, sendo registrada de abril a junho. Nas áreas de invernada 
prefere alagados lodosos, banhados, sangradouros e, em menor abundância, 
na porção arenosa da face praial.  Migram dos locais reprodutivos como Terra 
do Fogo, sul da Argentina e ilhas Malvinas/Falkland para o norte entre março e 
abril, retornando entre o final de agosto e setembro. No RS é geralmente vista 
em plumagem não nupcial (foto), em que o peito cor de tijolo não está presen- 
te. Nenhuma outra espécie migrante austral é similar a esta. Mede de 19 a 22 
cm.
Foto: A
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 Charadrius modestus 
Maçarico-de-sobre-branco
     Migrante do Hemisfério Norte. É considerado comum durante a primavera e outono no 
RS, meses em que se desloca para o sul da América do Sul e passa pelo RS retornando 
para as colônias reprodutivas, respectivamente. Na Lagoa do Peixe,  Fedrizzi (2008) 
registrou o pico de 14.000 indivíduos em novembro e pouco mais de 8.000 em abril. Nidifi- 
ca entre junho e agosto na tundra ártica, geralmente próximo à costa. A característica 
principal deste maçarico é a faixa branca na região do uropígio (acima da cauda), que 
pode ser vista quando a ave alça voo. Apresenta também uma faixa branca acima do 
supercílio, ventre branco e peito manchado de marrom. Dorso amarronzado, pés e bico 
pretos. Indivíduos não reprodutivos exibem plumagem similar, porém mais pálida e 
acinzentada. Entre 15 e 18 cm de comprimento.
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 Calidris fuscicollis
A longa jornada do  
maçarico-de-papo-vermelho 
      Pesquisadores do projeto Shorebird 
Recovery (EUA) equiparam 47 maçaricos-de- 
papo-vermelho com geolocalizadores em 
sua parada anual na Baía de Delaware, 
Estados Unidos. O que eles descobriram foi 
impressionante: os pequenos maçaricos 
viajaram 26.700  quilômetros em um ano. Os 
dados revelaram que durante a migração 
para o sul, tempestades tropicais forçaram 
as aves a tomarem rotas mais distantes. O 
novo caminho custou preocupante perda de 
energia para seguirem sua jornada. Um dos 
maçaricos desviou-se em mais de 1.400 km 
de sua rota original. 
       O aquecimento global sugere um au- 
mento no número e na intensidade de tem- 
pestades tropicais, o que será devastador 
para essas aves costeiras em sua migração 
para o Hemisfério Sul.
   O maçarico-do-papo-vermelho (Calidris 
canutus) mede entre 23 e 25 cm de compri- 
mento e sua envergadura é de no máximo 
18 cm. Seu peso é variável, dependendo do 
estado corporal ao longo migração. Pode 
ser visto ao longo das praias do RS em duas 
épocas do ano: entre agosto e novembro, 
quando se dirigem para passar o inverno no 
extremo sul da Argentina; e entre fevereiro 
e abril, quando voltam para suas áreas 
reprodutivas no Canadá. 
   Para esta ave, o RS serve como área de 
condicionamento, em que adquirem reserva 
de energia para migração e realizam a 
muda da plumagem de descanso (acinzen- 
tada) para a pré-nupcial, com seu alaran- 
jado característico em todo o corpo, no 
retorno para o Ártico.
Foto: Daniela Martins  
Aves Costeiras 
          Não há uma definição única e bem definida 
para o termo "ave costeira". As aves limícolas po- 
dem ser consideradas aves costeiras e algumas 
aves consideradas marinhas também podem ser 
tidas como costeiras. Para este guia, considera- 
mos como aves costeiras todas aquelas que vemos 
com frequência utilizando a faixa de praia ou am- 
bientes associados. Neste sentido, reunimos as 
garças, savacus e socós (Pelecaniformes), o cabe- 
ça-seca, e o joão-grande (Ciconiiformes), os 
mergulhões (Podicipediformes), os biguás (Sulifor- 
mes) e também os Charadriiformes como o per- 
nilongo-de-costas-brancas, o piru-piru, o talha- 
mar, os trinta-réis e as gaivotas. 
         O que estas aves, embora morfologicamente 
distintas, tem em comum? Elas encontram na re- 
gião costeira, seja na face praial, seja nas lagoase campos de dunas, alimento abundante, locais 
ideais para construção de seus ninhos e ponto de 
descanso durante os movimentos de dispersão. 
        Sendo a zona costeira um ambiente que pro- 
gressivamente se torna urbano, algumas dessas 
aves se adaptaram a essa mudança. Espécies 
oportunistas como garças e gaivotas aproveitam 
resíduos deixados pelos humanos nas praias. A 
pesca artesanal e esportiva é um prato cheio para 
os biguás, gaivotas, garças e savacus. Essas aves 
permanecem de tocaia junto aos pescadores 
esperando algum peixe por ventura deixado de lado 
ou especialmente lançado a elas como regalo. 
          No Litoral Norte, a barra do Rio Tramandaí 
reúne de maneira especial diferentes aves costeiras. 
Podem ser vistas ali comumente as garças, gaivotas, 
savacus e biguás que se aproveitam da interação 
com os pescadores, como também diferentes espé- 
cies de trinta-réis, mergulhando feito um pequeno 
torpedo em busca de pequenos peixes, e grupos de 
talha-mar cortando a superfície da água com seus 
bicos especializados.  
 
Mergulhão-grande
(Podicephorus major)
Os mergulhões, da ordem Podicipediformes, são aves altamente 
adaptadas ao ambiente aquático. Possuem uma plumagem densa, 
similar à plumagem dos pinguins. Suas asas são extremamente 
reduzidas, estando no limite da capacidade de proporcionar o voo. 
Por isso, decolam com dificuldade e se mantém voando por meio 
de muitas batidas de asa . As patas são posicionadas atrás do 
corpo, o que praticamente impede essas aves de caminhar. As 
patas são lobadas, funcionando como uma hélice durante o nado. 
Essas adaptações pouco úteis em terra são perfeitas para a vida 
aquática.  Alimentam-se de peixes, crustáceos e vegetais. 
Ocorrem em lagoas, lagos, estuários e também no mar esporadi- 
camente. O mergulhão-grande nidifica entre outubro e novembro 
no RS e pode migrar para o Sudeste do Brasil no inverno.
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Foto: Alice Pereira
Biguá
(Nannopterum brasilianus)
O biguá é também conhecido por mergulhão e cormorão. O bico é 
amarelo acinzentado e os olhos azuis. Quando encontra-se no 
período reprodutivo, apresenta um tufo de penas brancas alongadas 
na região auricular. O indivíduo jovem é mais acinzentado. É 
encontrado tanto em água doce de alagados interioranos como no 
mar e lagoas costeiras. Tem massa corporal em torno de 1,5 quilos e 
sua envergadura pode chegar a 100 cm. É frequentemente encon- 
trado em terra firme de asas abertas, balançando-as continuame- 
nte. Este hábito é comum para que após a natação sequem suas 
penas, que apresentam baixa impermeabilização. Alimenta-se de 
peixes e crustáceos, mas é oportunista, podendo alimentar-se de 
descartes de pescarias, rãs e insetos aquáticos. Pode mergulhar a 
mais de 20 metros de profundidade!
Foto: Ignacio Benites Moreno 
Foto: Alice Pereira
Jaçanã
(Jacana jacana)
   A jaçanã (Jacana jacana, Jacanidae), é uma uma ave típica de ambientes alagados, como 
banhados, marismas, manguezais, sangradouros e estuários. As pernas e, principalmente, os 
dedos das patas são extremamente alongados, o que permite que essa ave caminhe sobre a 
vegetação (e.g. aguapés, alface-d'água, ninféia) em busca de alimento na superfície da 
água. Nesse ambiente busca por insetos, pequenos peixes, moluscos e sementes. O indivíduo 
jovem (foto acima) difere do adulto, que exibe a cabeça, o pescoço, o peito e o ventre 
negros. O dorso e as penas do dorso da asa (coberteiras) são de cor castanha, mas as penas 
de voo (rêmiges) são amarelo-pálidas, sendo vistas quando a ave abre suas asas para alçar 
voo. Possui um esporão em cada asa para a sua defesa, assim como os populares quero- 
queros. Mede entre 22 e 24 cm de comprimento. Podem ser migratórias fora do período 
reprodutivo, deslocando-se entre áreas úmidas em busca de alimento.
Foto: A
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ereira 
Indivíduo jovem
Marreca-piadeira
(Dendrocygna viduata)
   Os patos pertencem à ordem Anseriformes e as 
marrecas-piadeiras são bastante comuns nas lagoas e 
banhados da zona costeira. Muitas vezes sobrevoam o 
mar e também podem ser encontradas pousadas na 
beira da praia. As marrecas-piadeiras também são 
chamadas de irerê, medem 44 cm e alimentam-se 
diretamente na água: comem  invertebrados aquáti- 
cos, plantas submersas, girinos e alevinos. São bas- 
tante ativas no crepúsculo e seu canto característico 
pode ser ouvido, principalmente quando sobrevoam  
as cidades dirigindo-se às áreas de descanso.
Foto: Daniela Martins 
Foto: Alice Pereira
Indivíduo jovem
Maria-faceira
(Syrigma sibilatrix)
A garça maria-faceira é única em seu padrão de plumagem e coloração do bico. Em período 
reprodutivo as cores se apresentam ainda mais vivas. O indivíduo jovem tem coloração similar 
a do adulto, porém é mais esmaecida. É comum em banhados, arrozais e campos secos. 
Visita solos recém arados em busca de minhocas e outros invertebrados. Nos terrenos alaga- 
diços captura anfíbios, pequenos peixes e insetos. Pode alimentar-se de cobras e roedores 
também. O nome desta ave em inglês é whistling heron, traduzindo perfeitamente o seu 
canto característico, similar a um melodioso assobio. O seu canto é bastante diferente das 
demais garças. Sick (2001) detalha que no seu voo, a maria-faceira encolhe menos o pesco- 
ço do que as demais garças. Mede 53 cm.
Foto: Daniela Martins (esq.) Alice Pereira (dir.) 
Garça-branca-grande
(Ardea alba)
   Ave comum em todo o Brasil junto a corpos d'água. Na zona 
costeira é frequente nos estuários, alagados e banhados. É 
menos frequente na beira do mar, em comparação à presença 
da garça-branca-pequena. Quando em seu período reprodu- 
tivo (primavera/verão) apresenta um véu formado por longas 
penas que lembram o esqueleto de folhas (filigrana), chama- 
das de egretas. Seu pescoço é longo e seu bico exibe forma 
de lança, facilitando na captura de animais aquáticos. É ge- 
neralista e oportunista, alimentando-se de peixes, rãs, insetos, 
cobras e até descarte de alimento.  Costuma manter-se perto 
dos pescadores à espera de peixes descartados por eles, ou 
mesmo para furtar algum desavisado. Seu canto é um grasna- 
do baixo e rouco. Mede entre 80 e 100 cm. À noite empolei- 
ra-se em árvores e arbustos próximos a corpos d’água.
Foto: Alice Pereira 
Foto: Daniela Martins
Gaivotão
(Larus dominicanus)
    É uma ave muito comum em todo o litoral do RS, sendo a gaivota 
de maior porte (58 cm) entre as espécies que ocorrem no Estado. 
Pode ser vista o ano todo, entretanto, grandes bandos são mais co- 
muns no outono e inverno. Os jovens (foto acima) exibem diferentes 
tipos de plumagem até chegar a plumagem do adulto (foto à esq.) 
São oportunistas e generalistas, podendo se aproveitar dos descar- 
tes de peixes, resíduos urbanos, carcaças de mamíferos e aves ma- 
rinhas, crustáceos, insetos. As aves que nidificam no inverno nas 
ilhas da região sul-sudeste do Brasil (e.g. Santa Catarina) são mais 
comuns no RS na primavera e verão. As populações austrais que 
nidificam na primavera no Uruguai e na Argentina são migrantes de 
inverno em nosso Estado.  
Foto: Ignacio Benites Moreno 
Foto: Daniela Martins
Indivíduo jovem
Indivíduo adulto
Tapicuru-de-cara-pelada
(Phimosus infuscatus)
   Sua característica mais marcante é o bico curvado e a face des- 
provida de penas. É comum em alagados de água doce e salobra. 
Também pode ser encontrado em campos recém arados e quintais, 
perfurando o solo em busca de invertebrados enterrados. Alimenta- 
se também crustáceos, moluscos e matéria vegetal. Nidifica em 
juncais. No final da tarde costumam a voar aos bandos deslocando- 
se para sua área dormitório. É migratório. Mede 54 cm, a plumagem 
do juvenil é similar ao adulto. Também conhecido no Rio Grande do 
Sul como maçarico-de-cara-pelada, ou somente maçarico. Quando 
desloca-se em bandos cruzando os céus, muitas vezes é confundido 
com os biguás. A diferença maior é o ritmode voo, sendo que o 
tapicuru bate pouco e graciosamente as asas ao voar.
Foto: Daniela Martins 
Foto: Alice Pereira 
Pernilongo-de-costas-brancas
(Himantopus melanurus)
    Também chamado apenas de pernilongo ou pernalonga, é 
residente no RS e pode habitar tanto a região costeira como 
açudes, lagos e outros alagados interioranos. É localmente 
migratório. Nidifica em terrenos brejosos e o seu ovo é similar 
ao do quero-quero. Na beira da praia alimenta-se de inverte- 
brados bentônicos, podendo estar solitário ou em bando. 
Grandes grupos reúnem-se ao longo dos sangradouros que 
desembocam no mar, alimentando-se de larvas de insetos, 
moluscos e crustáceos. Mede 38 cm de comprimento e suas 
pernas em média 16 cm. O indivíduo jovem exibe plumagem 
mais amarronzada nas porções negras.
Foto: Alice Pereira 
Foto: Alice Pereira 
Trinta-réis-de-bando
(Thalasseus acuflavidus)
     O trinta-réis-de-bando, muitas vezes chamado também de trinta-réis-de-bico-amarelo é uma 
espécie migratória no RS, proveniente de outros países do norte da América do Sul como de outros 
estados brasileiros. Nidifica em ilhas costeiras em Santa Catarina e Espírito Santo, entre maio e 
setembro. Este trinta-réis em seu período reprodutivo exibe toda a cabeça negra. A medida que vai 
saindo do período reprodutivo, a fronte vai tornando-se paulatinamente branca e assim permanece 
durante o descanso reprodutivo (plumagem de eclipse). O amarelo do bico é bastante variável: 
pode mostrar-se todo amarelo, manchado de negro (foto acima) e quase todo negro com 
pequenas porções amareladas. É característico o seu topete nucal, muitas vezes arrepiado. Não é 
raro encontrar o trinta-réis-de-bando em meio a outros grupos de espécies, como o trinta-réis-de- 
bico-vermelho, gaivotas, talha-mar, pousados em bando na  beira do mar. Mede 41 cm de compri- 
mento. Alimenta-se de peixes, lulas e crustáceos, mergulhando como um torpedo na superfície do 
mar ou das águas estuarinas.
Foto: Ignacio Benites Moreno 
Talha-mar
(Rynchops niger)
     O talha-mar é conhecido pela sua singular adaptação: o bico. A ranfoteca mandibular é mais 
longa que a maxilar, além de ambas as porções serem extremamente comprimidas lateralmente. 
Assim, a ave sobrevoa rente à superfície da água, enquanto "corta" a água com seu bico. Ao 
encontrar uma presa próxima à superfície, a ave pinça-a. O bico é rico em enervações, o que 
possibilita-a pelo tato identificar a sua presa. Alimenta-se de peixes e camarões, geralmente à 
noite e no crepúsculo. Tão extrema é esta adaptação que o talha-mar não poderia alimentar-se de 
outra forma, por exemplo escavando o solo. Nidifica em pequenos buracos escavados na areia, na 
Amazônia, região Centro-Oeste e também no RS. O comprimento médio é de 50 cm, exibe asas 
longas e estreitas, e sua cauda é bifurcada e as pernas são curtas com pés palmados. Grandes 
bandos podem ser vistos na Lagoa do Peixe no verão, bem como nas desembocaduras de sangra- 
douros ao longo de todo litoral do Rio Grande do Sul.
Foto: Ignacio Benites Moreno (dir.) Daniela Martins (esq.). 
Gaivota-maria-velha
(Chroicocephalus maculipennis)
   Menor que o gaivotão, mede 53 cm. Durante o período 
reprodutivo, apresenta um capuz cor de café cobrindo 
toda a sua cabeça, por isso também é conhecida como 
gaivota-capuz-café (foto acima). No repouso reproduti- 
vo, exibe a cabeça branca com manchas cinzas disper- 
sas, dando-lhe um aspecto grisalho. O mais marcante 
desta fase é a mancha negra auricular (foto à esq.). É 
comum em nosso litoral aos bandos. Também frequenta 
alagados interioranos. Alimenta-se de peixes e ocasio- 
nalmente de insetos e suas larvas.  É migratória, ocorren- 
do na Argentina, Uruguai, Chile e Brasil, e nidificando 
nas porções austrais da América do Sul. No RS, pode 
nidificar nos banhados durante o mês de novembro.
Foto: Alice Pereira 
Foto: Alice Pereira 
Garça-branca-pequena
(Egretta thula)
    Esta ave é muito comum à beira mar, como também em estuários e manguezais. Frequenta  tam- 
bém alagados interioranos. É bem menor que a espécie anterior, por isso muitas vezes é confundida 
como “filhote” da garça-branca-grande (Ardea alba). O bico e as pernas são pretos e patas amare- 
las. Também forma as egretas no período reprodutivo. Ao contrário de outras aves que utilizam a 
glândula uropigial para espalhar o óleo que impermeabiliza suas penas, as garças impermeabilizam- 
se com um pó liberado por plumas localizadas nas laterais do corpo. Alimenta-se de peixes, crustá- 
ceos, insetos, anfíbios e répteis. Pescam utilizando o balançar da pata dentro d’água como isca, re- 
volvendo uma pequena quantidade de substrato de fundo e confundindo os curiosos peixes que se 
aproximam. Seu comprimento médio é de 54 cm, seus ninhos são construídos em arbustos próximos à 
água e seus ovos apresentam cor verde-azulada.
Foto: Daniela Martins 
Savacu
(Nycticorax nycticorax)
     É uma ave de hábitos noturnos e crepusculares, pouco ativa 
durante o dia. O bico e pernas  são robustos. Os indivíduos jovens 
são bastante diferentes dos adultos em sua plumagem: são carijós 
(foto à esq., indivíduo abaixo). Seu canto é comum de ser ouvido à 
noite em cidades da costa brasileira. Ocorre em todo o Brasil. Fre- 
quenta a beira mar, os estuários, manguezais, rios e lagos. Em sua 
dieta estão os peixes,  crustáceos, anfíbios e répteis. O savacu 
têm o hábito de permanecer próximo aos pescadores esperando 
algum petisco, ou mesmo pode tentar furtar algum peixe quando 
sente que o pescador se distraiu. A reprodução acontece de se- 
tembro a janeiro. Seus ninhais ficam juntos de outras aves como 
garças e socós. O savacu também é chamado de garça-noturna.
Foto: Ignacio Benites Moreno 
Foto: Alice Pereira 
Indivíduo adulto
Indivíduo jovem (abaixo)
Piru-piru
(Haematopus palliatus)
      É uma ave costeira e estuarina, comum durante o ano to- 
do ao longo da orla do RS. Distribuem-se em grandes bandos 
próximos aos sangradouros. Também é chamado de ostreiro, 
pois alimenta-se de bivalves, principalmente do marisco-bran- 
co (Mesodesma mactroides) no RS. Pode alimentar-se de gas- 
trópodes e crustáceos. Com seu potente bico corta a muscu- 
latura que controla a abertura da concha do bivalve, sepa- 
rando as valvas para acessar o corpo mole do marisco. É resi- 
dente e nidifica nos campos arenosos vegetados próximos à 
beira-mar. O comprimento médio do piru-piru é de 40 cm e 
tanto as pernas como o corpo é robusto. O indivíduo jovem 
exibe o dorso mosqueado de branco, e o bico e as pálpebras 
são de um vermelho-alaranjado (foto à esq.)
Foto: Maurício Tavares 
Foto: Maurício Tavares 
AMEAÇAS 
AS AVES DO AMBIENTE 
MARINHO E COSTEIRO 
A zona costeira é uma das áreas de maior tráfego do País. 
Apresenta intensa atividade de comércio e transportes, 
além do impacto pela exploração do petróleo. 
A zona costeira do Brasil abrange 17 estados, e sua faixa 
continental abriga 13 das 27 capitais brasileiras, 
incluindo regiões metropolitanas em que vivem milhões 
de pessoas. 
         A pesca comercial  é responsável por parte da mortalidade 
de aves marinhas. Mesmo não sendo o objetivo da atividade 
capturá-las, algumas artes de pesca oferecem risco de captura 
incidental.  No caso da pesca de espinhel pelágico, as iscas são 
colocadas em um grande número de anzóis enfileirados em uma 
linha longa, rente à superfície do mar. A isca atrai não só os 
peixes, mas as aves marinhas também. O problema acontece 
quando ao tentar  se alimentar da isca as aves ficam presas pelo 
bico nos anzóis.  Ali, morrem afogadas, são feridas pelo anzol ou 
são mutiladas mortas ou ainda vivas para que o bico se solte do 
anzol sem que o petrecho de pesca tenha que ser danificado 
(foto acima) para soltar a ave. Isto não só é triste como é 
preocupante: segundo estudo de Anderson e colaboradores (19), 
no mínimo 160.000 aves marinhas são vítimas de captura 
incidental pela pesca.Outras artes de pesca também oferecem risco às aves 
marinhas, como a pesca com rede de emalhe, rede de cerco, 
arrasto entre outras (20).
PESCA
  Os petrechos utilizados para 
pescar também são um problema 
para as aves marinhas. Pedaços 
de rede, linhas, chumbadas e 
anzóis dispersos no ambiente são 
potencialmente danosos quando 
ingeridos ou ao se enrolarem no 
corpo da ave. É difícil capturar 
uma ave livre no ambiente. Não é 
raro que ela permaneça enredada 
no petrecho até que este deixe-a 
moribunda, só então existindo  a 
chance de capturá-la. Entretanto, 
pode ser tarde demais para 
ajudá-la.  
Foto: C
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HABITAT
            A perda da qualidade do habitat de aves costeiras, marinhas e limícolas é alarmante. O habitat das 
aves são destruídos devido à urbanização crescente, tomando conta de campos de dunas, margem de 
rios, lagoas e dunas frontais. A retirada de vegetação ciliar e assoreamento de banhados afugenta diversas 
aves dependentes de zonas úmidas. O trânsito constante de veículos na beira da praia, além de trazer 
contaminação por combustível, pode ocasionar o atropelamento de aves e seus filhotes. Outro problema 
associado aos carros na praia é a compactação do sedimento, onde estão enterradas suas presas, e a 
diminuição do tempo de alimentação por espécies de aves migratórias que têm um cronograma migratório 
bem definido. Não acumular gordura suficiente a tempo pode causar mortalidade entre pontos de parada. 
          As aves marinhas também sofrem com a destruição dos locais onde se reproduzem, seja pelo aporte 
de resíduos plásticos trazidos pelas correntes oceânicas, seja pela invasão de espécies exóticas ao local, 
como ratos, gatos e cães, principalmente. Esses animais exóticos invasores predam ovos e filhotes de aves 
marinhas, prejudicando seu sucesso reprodutivo. A retirada de vegetação ou introdução de vegetação 
exótica também é impactante num ambiente fechado como é o caso das ilhas oceânicas. A mudança do 
substrato vegetal ou a falta dele prejudica a nidificação (21). O problema com espécies não-nativas e 
animais domésticos,  não é exclusivo das ilhas oceânicas, ocorrendo na zona costeira de forma mais 
profusa. 
          As aves limícolas sofrem com a degradação de seus pontos de descanso durante a migração. A de- 
gradação desses locais está levando a diminuição de suas presas (16). Essas presas, os pequenos inverte- 
brados que estão enterrados na areia são sensíveis ao pisoteio. Além disso, tanto  limícolas  como outras 
aves costeiras que se alimentam em banhados e sangradouros contaminados por esgoto estão sujeitas à 
doenças causadas por diversos patógenos presentes no ambiente contaminado. Zonas mortas também são 
mais uma ameaça, somada a eutrofização dos corpos d'água por efluentes domésticos, depleção de 
oxigênio e a proliferação de bactérias anaeróbicas que liberam toxinas. 
 
Cidreira, campo de dunas. Foto: Alice Pereira
Tramandaí, orla e barra. Foto: Alice Pereira
OS RESÍDUOS 
SÓLIDOS URBANOS 
            A Lei 12.305/10 institui a Política Nacional dos Resíduos Sólidos. Esta lei, se cumprida em sua inte- 
gralidade, garantiria a resolução de muitos dos problemas ambientais que o país enfrenta hoje, principal- 
mente na disposição, destinação, reciclagem, reaproveitamento e redução dos resíduos sólidos no Brasil. 
No entanto, passados oito anos desde a publicação da lei, pouquíssimos avanços foram observados. A 
maior parte dos resíduos dispersos nos mares são de origem continental. O resíduo abandonado na praia 
pelos banhistas e pelos comerciantes, o saco de lixo rasgado em ruas próximas à beira-mar, o descarte de 
construção, e outros, sem exceção, é trabalhado pela ação dos ventos, do clima e das ondas. O saco 
plástico que está preso em uma camada de areia em uma duna frontal pode chegar ao mar no momento 
em que uma tempestade  faz o mar subir e erodir essa duna. Esse saco poderá ser levado de volta à beira 
da praia, mas também poderá vagar pelo oceano sendo degradado em pequenos pedaços. Esse 
"microlixo" é facilmente engolido por peixes, que serão consumidos pelas aves (22). As aves limícolas, por 
exemplo, ingerem as pequenas partículas de resíduos, sobretudo plástico, ao buscarem suas presas 
enterradas na areia. 
        Aves curiosas e famintas consomem resíduos diretamente, desde bitucas de cigarro a bexigas de festa 
de criança. O documentário intitulado "Midway" é bastante ilustrativo acerca da situação dos resíduos no 
ambiente marinho. Este filme, de Chris Jordan, mostra que mesmo nas  ilhas mais distantes dos continentes 
o ambiente é afetado pelos resíduos urbanos trazidos transportados pelas correntes oceânicas. 
        O resíduo que impacta o ambiente marinho e costeiro também pode ser descartado no mar por em- 
barcações ou ser perdido "por acidente" durante o transporte de mercadorias. Este é o caso dos pellets 
(terceira foto à direita). Os pellets são esférulas poliméricas utilizadas como matéria-prima na fabricação 
de itens plásticos. Navios carregados dessas minúsculas esférulas as perdem durante o transporte, e não é 
raro observar os pellets aglomerados na beira da praia, delineando o contorno da onda na areia. A 
ingestão de resíduos plásticos causa inúmeros problemas como inanição, constipação, alterações hormo- 
nais, além das comorbidades relacionadas a esses sintomas (23).
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 Os Poluentes Orgânicos Persistentes (POP) são resistentes à degra-
dação  no ambiente e bio-acumulam nos organismos vivos, sendo
carcinogênicos e mutagênicos, além de causar danos à curto prazo
nos sistemas reprodutor, endócrino e imune das aves (22). Essas
substâncias estão contidas nos agrotóxicos. Atividades industriais
que despejam efluentes nos rios levam metais pesados diretamente
à praia. Os organismos enterrados na areia e os peixes acumulam
esses compostos disponíveis na água e no substrato em seus
tecidos, sendo então passados às aves ao se alimentarem dessas
presas. Os metais pesados são mutagênicos e carcinogênicos, com
efeitos tanto crônico quanto agudos dependendo da exposição
(25).
CONTAMINANTES: PETRÓLEO, AGROTÓXICOS, 
METAIS PESADOS, PATÓGENOS E OUTROS
A contaminação por petróleo e derivados pode afetar as aves  
de maneira crônica, como também imediata após o contato 
com a substância (22). As aves petrolizadas sofrem prejuízo à 
impermeabilização das penas, impedindo o voo e o mergulho. 
Ao tentar retirar o óleo do corpo as aves ingerem o produto, 
contaminando ainda mais o organismo. Ao exporem-se ao sol e 
ao calor com a superfície corporal tomada por petróleo, há 
chance de parte  do produto volatilizar, podendo ser incorpo- 
rado pela via respiratória. Não é necessário um grande derra- 
mamento de petróleo para causar sérios danos às aves mari- 
nhas. Pequenos escapes durante os procedimentos de carga e 
descarga do produto são os acidentes mais comuns. 
Organismos patogênicos como vírus e bactérias também são 
fontes de contaminação para as aves marinhas, costeiras e limí- 
colas. A maioria delas é sensível a: micro-organismos de origem 
humana, micro-organismos favorecidos pela degradação de ha- 
bitat, ou micro-organismos desconhecidos no habitat natural da 
ave (21). Doenças como a malária aviária, hespervírus, poxvírus, 
aspergilose e outras podem ser contraídas até mesmo nos 
centros de reabilitação (24). A maior preocupação em relação 
aos patógenos é que eles sejam introduzidos nas colônias 
reprodutivas quando as aves retornam a esses locais.
Foto: Alice Pereira
Foto: Alice Pereira
Foto: Alice Pereira
1- ABSALONSEN, L; TOLDO, E. E. 2007. A influência da inflexão costeira na variabilidade da linha de 
praia em Mostardas – RS. Pesquisas em Geociências, v. 34, n. 1, p. 3-18. 
 
2- WESCHENFELDER, J.; ZOUAIN, R. N. A. 2002. Variabilidade morfodinâmica das praias oceânicas 
entre Imbé e Arroio do Sal, RS. Brasil. Pesquisa em Geociências, v.29 n.1, p. 3-13. 
 
3- VILLWOCK, J. A. 1994. A costa brasileira: geologia e evolução. Notas Técnicas, n. 7, p. 38-49. 
 
4- SEELIGER, U.; ODEBRECHT, C.; CASTELLO, J. P. (Eds.). 1998. Os ecossistemas marinho e costeiro do 
extremo sul do Brasil. Rio Grande: Ecoscientia. 
 
5- LOPES, R. P.; UGRI, A.; BUCHMANN, F. S. C. 2009. Dunas do Albardão. In: WINGE, M. et al. (Eds.). 
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AVES DO LITORAL DO RIO 
GRANDE DO SUL 
MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS (MUCIN) 
2018
Ficha Técnica 
Rui Vicente Opperman 
Reitor 
 
Clarice Bernhardt Fialho 
Diretora do Instituto de Biociências 
 
Carla Penna Ozorio 
Diretora do CECLIMAR 
 
Lucas Antônio Morates 
Coordenador do Mucin 
 
Aline Portella Fernandes 
Museóloga 
 
Alice Pereira 
Curadoria/Taxidermias 
 
Equipe Mucin 
Aline Portella Ferandes 
Cariane Campos Trigo 
Janaína Carrion Wickert 
Maurício Tavares 
Neuza Pacheco Feliciano Wollmann 
Paulo Edmundo dos Santos 
Silvio Luís de Oliveira 
 
AGRADECIMENTOS 
 
À equipe de servidores do CECLIMAR; 
 
À Color Sing Comunicação Visual; 
 
À Alice Pereira, pela curadoria e concretização desta exposição.

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