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2- Sistemas de Água Potável Fria e Quente em Edifícios

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(Sistemas Prediais) 2- Sistemas de Água Potável Fria e Quente em Edifícios
MÓDULO 1 - Aplicar os critérios de projeto no dimensionamento de sistemas e instalações de água potável fria em edifícios.
INTRODUÇÃO: A partir deste momento, vamos aplicar adequadamente os critérios de projeto de instalações de água fria ao dimensionamento de uma rede de distribuição. Isso significa dimensionar os tubos, conexões e equipamentos necessários dos três subsistemas de instalações — reservação, abastecimento e distribuição —, de forma a garantir que os requisitos da rede sejam obedecidos.
CÁLCULO DO ALIMENTADOR PREDIAL: A capacidade dos reservatórios de uma instalação predial de água fria deve ser estabelecida levando-se em conta o padrão de consumo e frequência de abastecimento.
Desta forma, o consumo diário (Cd) é o volume máximo previsto para consumo da edificação durante 24h, de acordo com a fórmula:
Na qual:
Cd - Consumo diário total (l/dia)
q - Consumo diário "per capta" (l/dia)
P - População do edifício
A vazão a ser considerada para o dimensionamento do alimentador predial é obtida a partir do consumo diário calculado, em litros por segundo. Assim, a vazão a ser considerada para o alimentador predial (Q), em litros por segundo (l/s) é calculada como sendo a razão entre o consumo total diário (Cd) pela quantidade de segundos existente em um dia inteiro, que pode ser calculada como sendo o produto de 24 horas por 60 minutos por 60 segundos, ou seja, 24 x 60 x 60, como mostra a equação abaixo:
DIMENSIONAMENTO DOS RESERVATÓRIOS: A NBR 5626 estabelece que o volume de água reservado para o uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para atender 24 horas de consumo normal do edifício.
Comentário: No caso da reservação ser dividida entre um reservatório superior e inferior, costuma-se reservar 3/5 (três quintos) do consumo no reservatório inferior e 2/5 (dois quintos) do consumo no reservatório superior.
É preciso considerar ainda a reserva técnica de incêndio, que deve ser acrescida ao volume dos reservatórios. O volume a ser acrescido é determinado pelos códigos de segurança e pânico estaduais do Corpo de Bombeiros, entretanto, a reserva é estimada entre 15 e 20% do consumo diário.
O volume mínimo do reservatório deve ser de 500 litros, porém, caso ultrapasse essa marca, devem ser previstos 2 compartimentos, ambos contendo as seguintes tubulações, tendo como referência a figura abaixo:
Vejamos a função de algumas das tubulações indicadas na figura:
· ALIMENTAÇÃO: Tubulação que chega ao reservatório vindo do hidrômetro, tendo passado ou não por outro reservatório e/ou outra estação elevatória.
· EXTRAVASOR: Tubulação destinada a escoar o eventual excesso de água de um reservatório.
· LIMPEZA: Tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório para permitir sua limpeza e manutenção.
· SAÍDA PARA O BARRILETE DE ÁGUA PARA CONSUMO: Tubulação que sai do reservatório para alimentar o barrilete e as colunas de alimentação.
· SAÍDA PARA O BARRILETE DE ÁGUA DE INCÊNDIO: Tubulação que sai do reservatório para alimentar a rede de combate a incêndio.
DIMENSIONAMENTO DO CONJUNTO ELEVATÓRIO: A tubulação localizada a montante da bomba, ou seja, do reservatório inferior até a estação de bombeamento, é chamada de tubulação de sucção. Por outro lado, a tubulação localizada a jusante da bomba é chamada de tubulação de recalque, e vai da bomba até o reservatório superior.
Vejamos como se organiza uma estação elevatória.
O diâmetro da tubulação de recalque pode ser determinado a partir da Fórmula de Forchheimer:
Na qual:
Drec é o diâmetro da tubulação de recalque (m).
Qrec é a vazão de recalque (m³/s).
X é a relação entre o número de horas de funcionamento (NF) da bomba e o número de horas do dia, ou seja:
A vazão de recalque (Qrec) é dada pela fórmula abaixo, em que Cd é o consumo diário calculado:
Adota-se, para a tubulação de sucção, um diâmetro igual ou imediatamente superior ao da tubulação de recalque. A seguir, repetiremos a tabela dos diâmetros dos tubos em PVC:
DIMENSIONAMENTO DOS SUB-RAMAIS: Cada sub-ramal se destina apenas a uma peça de utilização ou aparelho sanitário. São dimensionados segundo tabelas elaboradas através de resultados obtidos em ensaios realizados. Deste modo, cada sub-ramal pode ser dimensionado segundo a referência contida abaixo, que correlaciona as peças de utilização com os diâmetros dos tubos.
DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS E DO BARRILETE: O sistema de distribuição pode ser dimensionado por meio de dois métodos de cálculo: o método da Norma Brasileira (máximo provável) e o método do máximo possível.
O método do consumo máximo possível considera o uso de todas as peças de utilização atendidas por um mesmo ramal, ao mesmo tempo. Por exemplo, quartéis, escolas e estabelecimentos industriais.
Cria-se o tubo de 20 mm (1/2”) como referência, e compara-se a capacidade dos outros diâmetros em relação a ele. O resultado dessa equivalência está na tabela abaixo, em que, por exemplo, um tubo de 32 mm (1”) equivale a 6,2 tubos de 20 mm (1/2”), e assim por diante.
O método do consumo simultâneo máximo provável é o método de dimensionamento da NBR 5626. Nesse método, é necessário prever quais peças serão utilizadas simultaneamente e somar seus pesos. O “peso” é uma quantidade que depende da demanda e do consumo do aparelho. A vazão se relaciona com o “peso” por meio da expressão:
Em que:
· Q = vazão, l/s
· C = coeficiente de descarga (0,30 l/s)
· P = soma dos pesos de todos os aparelhos através do trecho considerado, de onde cada aparelho tem o peso relativo correspondente à tabela abaixo:
-
CÁLCULO DE PERDA DE CARGA: A perda de carga se dá, pois a parede dos condutos causa uma perda de pressão hidrostática distribuída ao longo de seu comprimento, fazendo com que a pressão total vá diminuindo gradativa ou abruptamente, dependendo por onde o líquido deslocará.
Se esse líquido passar por tubos, haverá a perda de carga distribuída, por outro lado, caso passe por conexões, surge a perda de carga localizada.
A forma mais usual de se calcular a perda de carga é pelo chamado método do comprimento equivalente.
A seguir são mostradas as informações de comprimento equivalente, em metros, para tubos lisos de PVC rígido, conforme a NBR 5626.
Diâmetros
DEMONSTRAÇÃO: Vamos praticar agora os conhecimentos adquiridos. Preste atenção no exemplo abaixo e acompanhe a sequência!
Exemplo: (Adaptado de CREDER, 1991) Calcular os diâmetros dos trechos das colunas AF-1 e AF-2 de um edifício de dez pavimentos, sabendo-se que as colunas AF-1 e AF-2 têm, respectivamente, dez banheiros e dez cozinhas. Sabe-se que cada banheiro possui: um lavatório, uma bacia sanitária com caixa de descarga, uma ducha higiênica e um chuveiro. Cada cozinha possui uma torneira de pia e uma lavadora de pratos. Considere o desenho abaixo para seus cálculos e utilize o método do consumo máximo provável.
O cálculo inicia com o dimensionamento dos ramais, partindo-se em seguida para a coluna de alimentação e finalmente para os barriletes. O dimensionamento dos sub-ramais não é pedido no problema.
Vamos considerar a Coluna AF-1, formada por dez pavimentos, cada um deles com um banheiro contendo um lavatório, uma bacia sanitária com caixa de descarga e um chuveiro.
Iniciemos com o dimensionamento do primeiro pavimento. A tabela de pesos para o banheiro, com o total, está a seguir:
Agora, vamos dimensionar a coluna de alimentação. Para isso, podemos utilizar o nomograma que corresponde ao peso encontrado e ao diâmetro do conduto. Veja a figura abaixo e sigamos os passos para encontrar o diâmetro do trecho K-L, que alimentará o banheiro do 1º pavimento da coluna AF-1:
O nomograma é formado por uma reta que divide duas porções de valores. Os valores à esquerda correspondem às vazões em l/s e os valores à direita, aos pesos encontrados, observe:
Na porção à direita, procure o valor de 1,4, que é o peso correspondente ao trecho K-L. Na figura ao lado, a flecha azul mostra o valor.
Na porção à esquerda, procure o valor da velocidade correspondente.Na figura a seguir, a flecha verde indica o valor aproximado de 0,35 l/s para a velocidade.
Procure, na porção à esquerda da velocidade, pelo diâmetro mais próximo e adequado aos valores encontrados. Veremos que o diâmetro correspondente é o de 25 mm, mostrado no retângulo vermelho.
Agora que já fizemos uma vez, faremos o trecho J-K. Ele alimentará os banheiros do 1º e do 2º pavimento da coluna AF-1. Como cada banheiro possui peso de 1,4, logo o trecho corresponderá a 2,8.
Veja que no mesmo nomograma, 2,8 ainda corresponde ao tubo de 25 mm.
Se cada banheiro corresponde a um peso de 1,4, vamos dimensionar todos os trechos da coluna AF-1:
Vamos considerar a Coluna AF-2, formada por dez pavimentos, cada um deles com uma cozinha contendo uma torneira de pia e uma lavadora de pratos. A tabela de pesos para o banheiro, com o total, está a seguir:
Agora, vamos dimensionar a coluna de alimentação. Se cada cozinha possui aparelhos que correspondem a um peso de 1,7, vamos dimensionar todos os trechos da coluna:
Tendo sido calculado as colunas de alimentação, determinemos o barrilete, que liga a caixa d´água às colunas.
Vejamos o trecho A-B. Ele alimenta a coluna AF2, então o somatório dos pesos é 17 de diâmetro de 40 mm. Pelo trecho X-A, que alimenta as colunas AF1 e AF2, o somatório dos pesos é de 17 + 14 = 31.
Como exercício final (confira no nomograma abaixo), verificamos que o diâmetro dos dois tubos é de 40 mm.
MÃO NA MASSA
1. Qual é a capacidade dos reservatórios de um edifício comercial de dez pavimentos, ambos compostos de seis salas de escritórios de 36m², onde há a ocupação de uma pessoa a cada 6 m², por unidade e reserva técnica de incêndio de 9000 l?
a) 9000 litros
b) 18000 litros
c) 27000 litros
d) 36000 litros
A alternativa correta é "C".
A capacidade dos reservatórios é dada pela soma do consumo diário com a reserva técnica de incêndio.
O consumo diário é dado pela fórmula:
Cd = q.P
Na qual:
Cd - Consumo diário total (l/dia)
q - 50 litros/dia/pessoa (escritórios em um edifício)
P - Dado pelo número de pessoas que trabalham no escritório. São 10 pavimentos em que cada um deles possui um total de 6 salas. Cada sala possui 36 m², com uma taxa de ocupação de uma pessoa a cada 6 m² de área.
Agora, vamos aos cálculos:
P = 10 pavimentos X 6 salas/pav. X (36/6) pessoas/apart.
P = 360 pessoas
Q = 50 l/dia
Cd = 50 l/dia/pessoa X 360 pessoas = 18000 l (por dia)
Cd = 18000 litros
Para achar a capacidade total, devemos somar o consumo diário com a reserva técnica de incêndio. Assim, são 9000 litros da reserva técnica somados a 18000 litros do consumo diário, resultando o volume de 27000 litros.
Reservatórios terão 27000 litros ao total. Alternativa correta letra C.
2. Uma casa de padrão médio está em um terreno de 10 m de largura por 30 m de profundidade. Sessenta por cento dessa área é ajardinada. A casa possui três quartos. Qual o volume aceitável para os reservatórios inferior e superior da casa, considerando armazenamento de dois dias de consumo e sabendo que a reserva técnica de incêndio é de 600 litros e deve ser colocada no reservatório superior?
a) Ambos com 1800 litros
b) Ambos com 1500 litros
c) Ambos com 1000 litros
d) Ambos com 800 litros
A alternativa "A" está correta.
A capacidade dos reservatórios é dada pela soma do consumo diário com a reserva técnica de incêndio. 
O consumo diário é dado pela fórmula Cd = q.P
Agora, vamos aos cálculos:
Cd = 3 quartos X 2 pessoas/quarto x 200 l/pessoa + 0,6 x 10 m x 30 m x 1,5 l/m²
Cd = 1200 litros + 270 litros
Cd = 1470 litros (por dia)
Cd = 2940 litros (em 2 dias)
O reservatório inferior deve conter três quintos do volume a ser reservado. Então:
R = 2940 x (3/5) = 1764 litros.
O reservatório superior deve conter dois quintos do volume a ser reservado, acrescendo-se 600 litros para a reserva técnica de incêndio. Então:
R = 2940 x (2/5) = 1176 litros + 600 litros (RTI) = 1776 litros.
O reservatório inferior possui 1764 litros e o reservatório superior possui 1776 litros. Dentre as opções, a única que atende ao que se pede é a letra A, ambos com 1800 litros cada um.
3. (Adaptado de CREDER, 1991) Qual é o diâmetro do ramal A-B do vestiário coletivo pelo método do consumo máximo possível, que contém três chuveiros e três lavatórios conforme ilustrado abaixo?
a) 20 mm
b) 25 mm
c) 32 mm
d) 40 mm
A alternativa correta é "B".
Primeiro, vamos dimensionar os sub-ramais que partem do lavatório e do chuveiro. Veremos que ambos os sub-ramais são dimensionados com um tubo de 20 mm (1/2”). Para dimensionar os ramais, vamos dividi-lo em trechos, fazendo uma tabela correspondendo cada um deles à sua seção acumulada, de acordo com os sub-ramais que vão sendo adicionados.
Dessa forma, temos o seguinte dimensionamento:
O trecho A-B deve conter diâmetro de 25 mm. Portanto, alternativa correta é a letra B.
4. (Adaptado de CREDER, 1991) Quais são os diâmetros das tubulações EF e BC da instalação abaixo, pelo método do máximo provável?
a) Respectivamente, 20 mm e 40 mm
b) Respectivamente, 25 mm e 40 mm
c) Respectivamente, 32 mm e 50 mm
d) Respectivamente, 25 mm e 50 mm
A alternativa correta é "B".
5. (Adaptado de MACINTYRE, 1990) Quais são a tubulação de recalque e de sucção de uma estação elevatória que bombeia um consumo diário de 30 m³? Considere que o tempo de funcionamento da bomba é de 5 h.
a) Respectivamente, 5” e 4”
b) Respectivamente 4” e 3”
c) Respectivamente, 5” e 3”
d) Respectivamente, 3” e 4”
A alternativa correta é "D".
A vazão de recalque é dada pela fórmula abaixo, em que Cd é o consumo diário fornecido de 35 m³ e Nf é o tempo de funcionamento da bomba:
O diâmetro da tubulação de recalque pode ser determinado a partir da Fórmula de Forcheimer:
Mas:
Então, temos:
O tubo de 3” é suficiente para o recalque. Para a sucção, escolhe-se um diâmetro acima, o que equivaleria a 4”.
O diâmetro da tubulação de sucção é de 4” e da tubulação de recalque é de 3”, correspondendo à letra D.
6. (Adaptado de CREDER, 1991) Calcular a pressão disponível no banheiro do último pavimento da coluna AF3, que possui um chuveiro (CH), uma bacia sanitária com caixa de descarga (BCA) e um lavatório (LV), sabendo que o ponto F possui uma pressão disponível de 3,0 m. Dentre as opções abaixo, qual é adequada?
a) Menor de 0,5 mca
b) Maior que 0,5 mca e abaixo de 1,0 mca
c) Maior que 1,0 mca e abaixo de 2,0 mca
d) Maior de 2,0 mca
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Estudamos, neste módulo, uma sequência de cálculos que nos ajudam a dimensionar uma instalação de água fria. De tudo o que foi visto nos problemas resolvidos, a alternativa que representa uma grandeza que não foi utilizada para o dimensionamento de água fria é:
a) Perda de carga
b) Temperatura da água
c) Altura manométrica
d) Reserva técnica de incêndio
A alternativa "B" está correta.
Como estamos lidando com instalações de água fria, a temperatura não vai mudar ao longo do seu trajeto, nem será previsto qualquer aquecimento. Logo, a letra que não corresponde é a B, Temperatura da água, ao contrário de todas as outras, que participam em algum momento do dimensionamento dos subsistemas de instalações de água fria.
2. Marque a alternativa que se aplica à tubulação de sucção de uma estação elevatória.
a) Seu diâmetro é inversamente proporcional ao número de horas de seu funcionamento.
b) Seu diâmetro é inversamente proporcional ao consumo diário a ser bombeado.
c) Seu diâmetro é sempre menor que o diâmetro da tubulação de recalque.
d) Seu diâmetro é diretamente proporcional ao consumo diário a ser bombeado.
A alternativa "D" está correta.
A resposta é a letra D, referindo-se à Fórmula de Forcheimer, que é dado por:
Na qual:
Drec é o diâmetro da tubulação de recalque (m)
Qrec é a vazão de recalque (m3/s)
X é dado pela fórmula seguinte, em que Nf é o tempo de funcionamento da bomba:
Como visto pela fórmula, o diâmetro da tubulação de recalque é diretamente proporcional ao consumo diário e ao tempo de funcionamento da bomba.
MÓDULO 2 - Aplicar os critérios de projeto no dimensionamento de sistemase instalações de água potável quente em edifícios.
INTRODUÇÃO: O dimensionamento da tubulação de água quente é bem semelhante ao já estudado na tubulação de água fria. É preciso dimensionar os tubos, conexões e equipamentos necessários de forma a garantir que os requisitos da rede sejam obedecidos.
CÁLCULO DO CONSUMO DIÁRIO DE ÁGUA QUENTE: Em países de clima muito frio, o consumo de água quente pode ser igual a 1/3 do consumo total da água dos aparelhos. Recomenda-se estimar o consumo de água quente de acordo com sua tipologia ou conforme a peça de utilização, como mostra as tabelas abaixo:
-
DIMENSIONAMENTO DOS RAMAIS E DOS SUB-RAMAIS DE ALIMENTAÇÃO DE ÁGUA QUENTE: Cada sub-ramal de alimentação de água quente possui também seus diâmetros mínimos de utilização, da mesma forma como verificado nos ramais de água fria.
Devemos seguir a tabela abaixo para os diâmetros mínimos:
Para o dimensionamento dos ramais de alimentação de água quente, recomenda-se a utilização do método do consumo simultâneo máximo provável. Neste método, devemos prever quais peças serão utilizadas simultaneamente e somar seus pesos.
O “peso” é uma quantidade que depende da demanda e do consumo do aparelho. A vazão se relaciona com o “peso” por meio da expressão:
Na qual:
Q = vazão, l/s
C = coeficiente de descarga (0,30 l/s)
P = soma dos pesos de todos os aparelhos através do trecho considerado, de onde cada aparelho tem o peso relativo correspondente à tabela abaixo:
Atenção: Pode ser utilizado o nomograma apresentado no Módulo 1 para auxiliar a dimensionar os sub-ramais e os ramais de água quente. As normas para dimensionamento das peças de utilização de água quente seguem os mesmos padrões para o já estudado na água fria.
DIMENSIONAMENTO DAS COLUNAS DE ALIMENTAÇÃO DE ÁGUA QUENTE: Tendo sido dimensionados os ramais e os sub-ramais de água quente, devemos calcular a coluna de alimentação, sendo necessária a mesma sequência de cálculo verificado para a água fria. Em relação às perdas de carga, elas também são calculadas de acordo com a água fria, com a fórmula de Fair-Whipple-Hsiao, ou considerando os comprimentos equivalentes das conexões para o cálculo da perda de carga.
DEMONSTRAÇÃO: Vamos praticar agora os conhecimentos adquiridos! Preste atenção no exemplo abaixo e acompanhe a sequência!
Exemplo: Calcular os diâmetros dos trechos das colunas AQ-1 e AQ-2 de um edifício de dez pavimentos, sabendo-se que as colunas AQ-1 e AQ-2, respectivamente, possuem dez banheiros e dez cozinhas. Trata-se, então do mesmo problema verificado para a água fria; entretanto, apenas o lavatório, o chuveiro e a torneira de pia possuem misturadores para água quente. Considere o desenho abaixo para seus cálculos e utilize o método do consumo máximo provável!
O cálculo inicia com o dimensionamento dos ramais, partindo-se em seguida para a coluna de alimentação e finalmente para os barriletes. O dimensionamento dos sub-ramais não é pedido no problema.
Vamos considerar a Coluna AQ-1, formada por dez pavimentos, cada um deles com um banheiro com um lavatório e um chuveiro.
Iniciemos com o dimensionamento do primeiro pavimento. A tabela de pesos para o banheiro, com o total, está a seguir:
Agora, vamos dimensionar a coluna de alimentação.
Para isso, podemos utilizar o nomograma que corresponde ao peso encontrado e ao diâmetro do conduto.
Veja a figura abaixo e, da mesma forma como o visto para a água fria, encontremos o diâmetro do trecho K-L, que alimentará o banheiro do 1º pavimento da coluna AQ-1:
Veremos que o diâmetro correspondente é o de 20 mm, mostrado no retângulo vermelho.
Agora que já fizemos uma vez, faremos o trecho J-K. Ele alimentará os banheiros do 1º e dos 2º pavimentos da coluna AQ-1. Como cada banheiro possui peso de 0,9, logo o trecho corresponderá a 1,8. Mais uma vez, veja que no mesmo nomograma, 1,4 corresponde ao tubo de 25 mm.
Se cada banheiro corresponde a um peso de 1,4, vamos dimensionar todos os trechos da coluna AQ-1:
Vamos considerar a Coluna AQ-2, formada por dez pavimentos, cada um deles com uma cozinha com uma torneira de pia e uma lavadora de pratos.
Iniciemos com o dimensionamento do primeiro pavimento. Vemos que uma torneira de pia tem um peso de 0,7. Vá ao nomograma e perceba que isso corresponde a um diâmetro de 20 mm.
Agora, dimensionaremos a coluna de alimentação. Se cada cozinha possui aparelhos que correspondem a um peso de 0,7, vamos dimensionar todos os trechos da coluna:
Tendo sido calculado as colunas de alimentação, vamos determinar o barrilete, que liga a caixa d´água às colunas.
Vejamos o trecho A-B. Ele alimenta a coluna AQ2, então o somatório dos pesos é 9,0, com um tubo de diâmetro de 32 mm. Pelo trecho X-A, que alimenta as colunas AQ1 e AQ2, o somatório dos pesos é de 9,0 +7,0 = 16,0.
Como exercício final (confira no gráfico), verificamos que o diâmetro dos dois tubos é de 40 mm.
MÃO NA MASSA
1. Qual a vazão de utilização do aquecedor a gás localizado na área de serviço, sabendo dos seguintes pontos de utilização de água quente a seguir?
a) 44 l/min
b) 39 l/min
c) 34 l/min
d) 29 l/min
A alternativa correta é "B".
Se levantarmos um resumo, vemos que se trata do consumo de uma pia e de duas duchas.
Consultando a tabela de estimativa de consumo de água quente, temos:
Logo, a vazão de utilização do aquecedor a gás é de 39 litros/min, correspondente à letra B. Esta vazão é um parâmetro importante para dimensionamento do aquecedor a gás a ser utilizado.
2. Um quartel busca comprar uma caldeira a gás para aquecer a água para o banho dos soldados. Qual a vazão de utilização da caldeira, sabendo que no quartel dormem 120 militares por dia?
a) 3,25 l/min
b) 3,50 l/min
c) 3,75 l/min
d) 3,95 l/min
A alternativa correta é "C".
Ao contrário do exercício anterior, pode ser mais vantajoso utilizar a tabela que relaciona consumo com a tipologia do prédio. Lá, você verá que para quartéis o consumo é de 45 litros/pessoa/dia.
Deste modo, resta-nos multiplicar o consumo com o número de pessoas:
Cd = 120 x 45 = 5400 litros/dia.
Logo, a vazão é de 5400 litros/dia, perfazendo 3,75 litros/min, correspondente à letra C.
3. (CREDER, 1991, adaptado) Qual o diâmetro da coluna de alimentação de água quente, em CPVC, que alimenta os seguintes pontos de consumo de uma residência: dois chuveiros, uma banheira, dois lavatórios e a pia de cozinha?
a) 40 mm
b) 35 mm
c) 28 mm
d) 22 mm
A alternativa correta é "C".
4. (Adaptado de CREDER, 1991) Qual é o diâmetro da coluna de alimentação de água quente do vestiário coletivo? Ela alimenta três chuveiros e três lavatórios conforme ilustrado abaixo.
a) 40 mm
b) 35 mm
c) 28 mm
d) 22 mm
A alternativa correta é "D".
Primeiro, vamos dimensionar os sub-ramais que partem do lavatório e do chuveiro. Veremos que ambos os sub-ramais são dimensionados com um tubo de 15 mm (1/2”).
Assim, vamos calcular trecho a trecho, relacionando os ramais com os pesos correspondentes. Mais uma vez, os diâmetros encontrados têm como referência o CPVC:
A coluna de alimentação de água quente, pela figura, tem o mesmo diâmetro que o trecho A-B, correspondendo então a 22 mm. A resposta é a letra D.
5. Qual é o diâmetro das saídas do tê misturador necessário para alimentar o chuveiro e o lavatório dos banheiros abaixo?
a) 20 mm e 22 mm
b) 20 mm e 15 mm
c) 25 mm e 22 mm
d) 25 mm e 15 mm
A alternativa correta é "B".
Um tê misturador tem o objetivo de receber tanto o sub-ramal de água fria como o sub-ramal de água quente, de forma a prover o ponto de utilização uma água com uma temperatura mais adequada. Assim, para respondermos ao problema, basta dimensionarmos os sub-ramais de água fria como o sub-ramal de água quente que estarão ligados ao misturador.
Consultando as tabelas para dimensionamento dos sub-ramais, temos para o misturador do chuveiro:
Consultando as tabelas para dimensionamento dos sub-ramais, temos para o misturador do lavatório:
Desse modo, o tê misturador, em ambos os casos, será de 15 mm, com saída para uma tubulação de água fria de 20 mm.A resposta é a letra B.
6. Qual é o diâmetro dos ramais de água quente e fria que alimentam essa cozinha com pia? Considere que ela ainda dispõe de uma máquina de lavar louças.
a) 20 mm e 22 mm
b) 20 mm e 15 mm
c) 25 mm e 22 mm
d) 25 mm e 15 mm
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Responda o que se pode afirmar sobre a vazão de projeto de um ramal de fornecimento de água quente:
a) É diretamente proporcional à temperatura da água.
b) É inversamente proporcional ao consumo de água quente da construção.
c) É diretamente proporcional ao peso dos aparelhos cuja água é conduzida pelo ramal.
d) É inversamente proporcional à altura da construção.
A alternativa "D" está correta.
O “peso” é uma quantidade que depende da demanda e do consumo do aparelho. A vazão se relaciona com o “peso” por meio da expressão:
Em quem:
Q = vazão, l/s
C = coeficiente de descarga (0,30 l/s)
P = soma dos pesos de todos os aparelhos através do trecho considerado
Vemos que a vazão de projeto de um ramal é diretamente proporcional à demanda por água quente representada pelos aparelhos. Por isso, a resposta é a letra D.
2. De tudo o que você estudou neste tema, o componente que obrigatoriamente faz parte de um sistema de água quente é:
a) Aquecedor
b) Fossa séptica
c) Sifão
d) Calha
A alternativa "A" está correta.
A resposta é a letra A, referindo-se ao aquecedor. Nenhum outro é característico de um sistema de água quente.
MÓDULO 3 - Aplicar os critérios de projeto no dimensionamento de sistemas de aquecimento de água em edifícios.
INTRODUÇÃO: Como já vimos, o fornecimento de água quente representa uma necessidade nas instalações de determinados aparelhos ou uma conveniência para melhorar as condições de higiene e de conforto da benfeitoria.
Atualmente, os sistemas de aquecimento dividem-se em três tipos, que veremos agora.
Aquecedor de passagem: Dispositivo que aquece a água fria, que passa por uma serpentina e recebe calor direto da chama do queimador, disponibilizando água quente. Também são aquecedores de passagem os chuveiros e as torneiras elétricas, em que a água é aquecida por uma resistência; entretanto, são dispositivos de baixa eficiência e consomem muita energia elétrica.
Aquecedor de acumulação: 
Dispositivo em que a água fria é levada até um tanque para ser aquecida, seja pela chama do queimador a gás, seja pelo calor gerado pela resistência elétrica. Também existem os aquecedores solares, em que a fonte de energia para o aquecimento da água é o calor do sol captado por placas coletoras de raios solares.
Fontes de energia térmica: Podemos conseguir a quantidade de calor necessário ao aquecimento da água de diversas fontes de energia térmica, que caracterizarão as modalidades de equipamento a instalar. Entre essas fontes de energia térmica ou capazes de produzi-las temos:
· Combustíveis sólidos (carvão vegetal, mineral e lenha); líquidos (óleo combustível, óleo diesel, querosene, álcool); gasosos (“gás de rua” obtido a partir da hulha ou do craqueamento de óleos e de nafta de petróleo, gás liquefeito de petróleo – (GLP) – conhecido como “gás engarrafado”, “gás natural” de poços e gás de biodigestores).
· Energia elétrica no aquecimento de resistência elétrica, com a passagem de corrente, pelo efeito Joule.
· Energia solar, com o emprego dos aquecedores solares.
· Vapor, pelo aproveitamento do vapor da caldeira.
· Ar quente.
Aquecimento elétrico: Aquecedores elétricos podem ser de passagem e de acumulação. O aquecimento com emprego de energia elétrica realiza-se pelo calor dissipado com a passagem de uma corrente elétrica de intensidade I (amperes) em um condutor de resistência R (ohms). A potência P (watts), correspondente à energia dissipada sob forma de calor, sendo dada pela expressão da Lei de Joule, descrita abaixo:
Na qual:
· Q é expressa em quilocalorias (kcal)
· R é a resistência equivalente que aquece a água
· i é a corrente que passa pela resistência
· k é um coeficiente numérico experimental igual a 0,00024
· Δθ é o aumento de temperatura que a água sofrerá.
Segundo a Lei de Ohm, a corrente (i) é a divisão entre a diferença de potencial (U) e a resistência (R) (I=U/R), então a Lei de Joule se torna:
Aquecimento a gás: Assim como os aquecedores elétricos, os aquecedores a gás podem ser de passagem e de acumulação, além de instalações individuais ou centrais.
Os aquecedores a gás individuais permitem o aquecimento imediato da água que neles passa através de uma serpentina de cobre, graças ao calor desenvolvido com a combustão de gás que sai de grande número de orifícios de um tubo queimador.
Simplificadamente, um aquecedor a gás funciona assim: a água penetra na serpentina pelo tubo de água fria e vai aos aparelhos pelo tubo de água quente. A serpentina é alimentada com o gás, que sofre aquecimento por uma lamparina ou uma faísca. Seja ele de passagem ou de acumulação, há sempre contato da serpentina com a água que será aquecida por ela. No primeiro caso, a serpentina entra em contato com a água dentro de um conduto; no segundo, a água é armazenada em um reservatório para ser aquecida.
AQUECIMENTO SOLAR: O elevado custo das formas de energia convencionais despertou especial interesse no aproveitamento dessa forma de energia. Em um país como o Brasil, o tempo de insolação em média é de 6,5 a 7 horas diárias, alcançando valores mais elevados na região Nordeste. O aquecimento solar é uma fonte barata e abundante de energia, tornando-se necessário captar essa força, transferindo calor para a água.
Uma instalação de aquecimento de água com energia solar, como mostrado na figura, consiste essencialmente em:
a. Um aquecedor (chamado também de captador ou coletor solar) que absorve a energia radiante dos raios solares aquecendo-se e transferindo o calor para a água contida em um conjunto de tubos que constituem uma espécie de serpentina.
b. Reservatório de acumulação de água aquecida.
c. Tubos e acessórios para estabelecer a vinculação entre aquecedor e o reservatório.
d. Bomba de circulação, quando a circulação por convecção for insuficiente para alcançar o nível da temperatura desejado.
As placas ou coletores solares possuem superfícies feitas de cobre ou alumínio chamadas de serpentinas, comumente pintadas de uma cor escura para maior absorção da radiação solar. A água fria dentro das aletas dos coletores absorve o calor captado e a água, enfim, aquecida é bombeada por meio de tubos até um reservatório de acumulação.
Para aquecer qualquer quantidade de água obedece-se a equação da calorimetria:
Q = m X c X Δθ, multiplicando-se a massa, o calor específico e a diferença de temperatura.
A seguir, serão apresentadas as equações básicas de aquecimento solar de acordo com a NBR 15569. A primeira é o cálculo do volume a ser armazenado:
Em que:
· Vconsumo é o volume do consumo diário, em litros;
· Varmazenamento é o volume do sistema de armazenamento, em litros (Recomenda-se que seja maior que 75% do consumo).
· Tconsumo é a temperatura de consumo de utilização.
· Tarmazenamento é a temperatura de armazenamento da água.
· Tambiente é a temperatura ambiente média.
A energia que será consumida para aquecer volume armazenado é dado pela equação abaixo:
Na qual:
· Eutil é a energia útil, calculada de acordo com a unidade Kwh/dia.
· Varmazenamento é a capacidade de armazenamento, que deve ser, no mínimo, de 75% do total armazenado.
· p é a massa específica da água (1000 kg/m³).
· C é o calor específico da água (4,18 kJ/kg°C).
Comentário: A energia solar incidida passa ainda por algumas perdas previstas em norma por algumas equações, todavia não será nosso objetivo falar delas.
DEMONSTRAÇÃO: A seguir, vamos utilizar um exemplo genérico de como dimensionar um aquecedor a gás. Os exemplos dos outros tipos de aquecedores são demonstrados no Mão na massa.
Determine o fornecimento de gás a ser fornecido para aquecer a água de 20°C a 40°C em um reservatório de passagem a gás, que aquece uma suíte (1 ducha), um banheiro social (1 ducha) e uma pia. Dada a tabela abaixo, escolha o aquecedor a gás mais adequado.Levantando os aparelhos, vemos que se trata do consumo de uma pia e de duas duchas.
Consultando a tabela de estimativa de consumo de água quente, temos:
Logo, a vazão de utilização do aquecedor a gás é de 39 litros/min.
Consultando a tabela dos aquecedores, vemos que o único aquecedor que atende à demanda é o modelo E4, com consumo de gás igual a 6,48 m3/h.
MÃO NA MASSA
1. Qual é a quantidade de energia necessária para aquecer 1000 litros de água de 20°C a 40°C, que passa por um aquecedor de passagem de 220 V e com uma corrente de 20 A?
a) 15,12 kcal
b) 17,12 kcal
c) 19,12 kcal
d) 21,12 kcal
A alternativa correta é "D".
Utilizemos então a equação Q = 0,00024 x U x I X Δθ
Na qual:
Q é expressa em quilocalorias (kcal).
U é a voltagem (220 V).
i é a corrente que passa pela resistência que aquece a água (20 A).
k é um coeficiente numérico experimental igual a 0,00024.
Δθ é o aumento de temperatura que a água sofrerá. 
Do enunciado: Δθ = 40° C – 20°C = 20° C.
Substituindo pelos valores numéricos temos então:
Q = 0,00024 x 220 x 20 x 20 = 21,12 kcal,
Correspondente à letra D.
2. Qual é a quantidade de energia solar necessária para aquecer 5000 litros de água de 20°C a 50°C?
a) 50000 kcal
b) 100000 kcal
c) 150000 kcal
d) 200000 kcal
A alternativa correta é "C".
Utilizemos então a equação do calor Q = m X c X Δθ
Sendo m = 5000 kg, Δθ = 50 °C - 20 °C = 30 °C e c = 1 kcal/kg °C
Temos então: Q = 5000 x 30 = 150000 kcal, correspondente à letra C.
3. Dada a tabela de opções abaixo, qual é o aquecedor a gás mais adequado para aquecer a água de 20°C a 40°C em um reservatório de passagem, que aquece uma suíte (1 ducha), um banheiro social (1 ducha) e uma pia?
a) Modelo A
b) Modelo B
c) Modelo C
d) Modelo D
A alternativa correta é "C".
Levantando os aparelhos, vemos que se trata do consumo de uma pia e de duas duchas.
Consultando a tabela de estimativa de consumo de água quente, temos:
Logo, a vazão de utilização do aquecedor a gás é de 39 litros/min.
Consultando as opções, constatamos que o único aquecedor que atende à demanda é o modelo C, com consumo de gás igual a 6,48 m³/h.
4. Apresentamos uma rede de aquecimento para uma instalação típica de banheiro. Quais os aquecedores a gás mais adequados para aquecer três banheiros iguais aos abaixo, ao mesmo tempo, de acordo com as opções de aquecedores na tabela?
a) A, B e C
b) A, B e D
c) A, C e D
d) B, C e D
A alternativa correta é "D".
5. (NBR 15569, adaptado) Dimensione um sistema de aquecimento solar para uma residência localizada em São Paulo, sendo:
· Quatro moradores
· Consumo de água quente na ducha, lavatório e cozinha
· Coletor solar disponível: 78,5 KWh/m².dia
Qual é a área necessária de placas de aquecedores para atender à demanda acima?
a) Mais de 3,5 m²
b) Entre 2,5 e 3,5 m²
c) Entre 1,5 e 2,5 m²
d) Menos de 1,5 m²
A alternativa "A" está correta.
Tconsumo– Tambiente é o aumento de temperatura, pois passará água fria ao ser aquecida para o armazenamento. Assim, Δθ é 42°C - 21°C = 21°C
Tarmazenamento é o aumento de temperatura, pois passará água fria ao ser aquecida diretamente na placa solar para ser armazenada. Assim, Δθ é 50°C - 21°C = 29°C
Assim, aplica-se a equação:
Assim, aplicando na fórmula da NBR 15569, temos:
Substituindo, temos:
Eutil = 295 x 1000 x 4,18 x (50-21)/3600 = 9,95 kWh/dia.
O dimensionamento das placas deve atender à energia necessária. Então, por exemplo, se temos uma placa coletora solar que produz mensalmente 78,5 kWh/mês.m², a energia necessária mensal é de 9,95 kWh/dia = 298,5 kWh/mês.
Assim, serão necessários 298,5 kWh/mês/78,5 kWh/mês.m² = 3,8 m² de coletores solares. A opção mais adequada é a letra A, mais que 3,5 m².
Observação: Em situação, real, considerar a ressalva na seção Introdução.
6. (MACINTYRE,1990, adaptado) Em uma casa com três quartos e uma sala, deseja-se comprar um aquecedor elétrico de acumulação, que chega até a 70ºC. Qual é a capacidade do aquecedor elétrico para atender essa demanda?
a) 270 m²
b) 180 m²
c) 108 m²
d) 54 m²
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Responda o que se pode afirmar sobre os aquecedores:
a) Podem ser de alimentação a gás, solar e elétrico.
b) Aquecedores de passagem são aqueles que possuem um reservatório para acumulação de água.
c) O tamanho da placa captora solar não está relacionada com a quantidade de calor que ela capta.
d) Aquecedores individuais de passagem, como aquele do chuveiro, são mais econômicos.
A alternativa "A" está correta.
Os aquecedores podem ser a gás, solar e elétrico, como descrito na letra A.
2. A grandeza que não interfere no dimensionamento de uma instalação de aquecimento solar é:
a) Área das placas solares.
b) Corrente elétrica.
c) Consumo de água.
d) Temperatura de aquecimento da água.
A alternativa "B" está correta.
A corrente elétrica não tem a menor interferência em um aquecimento solar.
MÓDULO 4 - Aplicar os critérios de projeto no dimensionamento de redes de combate a incêndio.
INTRODUÇÃO: As principais normas técnicas brasileiras que disciplinam o projeto de instalações de redes de combate a incêndio no Brasil são as seguintes:
· NBR10897- Sistemas de proteção contra incêndio ou chuveiros automáticos – Requisitos
· NBR13714- Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio
Os materiais e componentes utilizados em sistemas de combate a incêndio devem atender padrões determinados por normas e especificações técnicas. As tubulações, por exemplo, devem sempre obedecer às normas técnicas oficiais.
Os materiais a serem utilizados nos tubos são:
· Aço-Carbono, com ou sem costura.
· Aço preto ou galvanizado.
· Cobre e suas ligas sem costura.
· PVC rígido, cimento amianto e poliéster reforçado com fibra de vidro, quando mostrar desempenho equivalente aos outros materiais.
Atenção: Além disso, não se deve esquecer que, em todas as mudanças de direção e os fins de linha de canalizações, é preciso prover ancoragem com abraçadeiras com tirantes de ferro. Se os tubos tiverem juntas soldadas, flangeadas ou travadas, tais ancoragens não são necessárias.
REDES DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS: Um sistema de chuveiros automáticos, de acordo com a NBR 10897, consiste em um sistema integrado de tubulações aéreas e subterrâneas alimentado por uma ou mais fontes de abastecimento automático de água. A parte do sistema de chuveiros automáticos acima do piso consiste em uma rede de tubulações instalada em construções, normalmente junto ao teto, à qual são conectados chuveiros automáticos segundo um padrão regular.
Uma rede de chuveiros automáticos apresenta os seguintes componentes:
· CHUVEIROS AUTOMÁTICOS- Dispositivos para extinção ou controle de incêndios que funcionam automaticamente quando seu elemento termo sensível é aquecido à sua temperatura de operação ou acima dela, permitindo a descarga da água sobre uma área específica. Os chuveiros automáticos podem ser classificados ainda pela temperatura com que rompem, o que é identificado com a cor de sua ampola interna.
· RAMAIS- Ramificações onde os chuveiros automáticos são instalados diretamente.
· TUBULAÇÕES SUBGERAIS- São as que alimentam os ramais.
· TUBULAÇÕES GERAIS- São as que alimentam as subgerais.
· COLUNA DE ALIMENTAÇÃO- Tubulações verticais de um sistema de chuveiros automáticos.
· COLUNA PRINCIPAL DE ALIMENTAÇÃO DO SISTEMA- Tubulação não subterrânea, horizontal ou vertical, localizado entre a fonte de abastecimento de água e as tubulações gerais e subgerais. Conta ainda com uma válvula de controle e um dispositivo de alarme de vazão de água.
Quanto aos riscos de incêndio, classificá-los é importante para determinar as melhores soluções e arranjos para os chuveiros de forma a atender à necessidade do ambiente.
Existem quatro classificações, a saber:
· Ocupação de risco leve- Ocupações isoladas onde o volume e/ou combustibilidade do conteúdo no ambiente são baixas, tais como edifícios residenciais, escolas, escritórios, hospitais, hotéis, motéis e outros.
· Ocupação de risco moderado- Ocupações isoladas onde o volume e/ou a combustibilidade do conteúdono ambiente são médios, tais como bebidas, confecções, couros e fabricação de eletrônicos.
· Ocupação de risco extraordinário- Ocupações ou parte delas em que se empregam líquidos inflamáveis e/ou combustíveis de alto volume e combustividade, tais como asfalto, fogos de artifício, colas inflamáveis e solventes.
· Ocupação de risco pesado- Ocupações ou parte delas em que se empregam líquidos inflamáveis e/ou combustíveis e/ou produtos de alta combustividade, como borracha, papel e papelão.
O sistema ainda pode ser decomposto em quatro subsistemas, que são:
Fonte de abastecimento de água: Um suprimento de água exclusivo que permita uma operação automática, com capacidade suficiente para atender adequadamente a demanda do sistema. Pode ser um reservatório elevado, semienterrado ou subterrâneo. A capacidade efetiva dos reservatórios deve ser calculada em função do tempo mínimo de duração de funcionamento do sistema, de acordo com a Tabela abaixo:
Sistema de pressurização: É preciso agregar um dispositivo de pressurização para garantir ao sistema vazão e pressão adequada para um pleno funcionamento. Isso geralmente é realizado por meio de um conjunto motobomba, que deve dispor ainda de dispositivo para partida automática pela queda de pressão hidráulica. O sistema também deve instalar outra bomba de pressurização (Bomba JOCKEY) para compensar pequenos e eventuais vazamentos.
Válvula de Governo e Alarme (VGA): É uma válvula de retenção com uma série de orifícios roscados para ligação de dispositivos de segurança e alarme, como manômetros, linhas de alarme e válvulas de drenagem para esvaziar o sistema e reabastecer os chuveiros atingidos com fogo.
Rede de distribuição: O sistema de distribuição é outro elemento do sistema que é composto por uma rede de tubulações que liga a VGA aos chuveiros automáticos. A rede de chuveiros automáticos e seus componentes descritos podem se organizar de quatro formas diferentes, como descrito a seguir:
A instalação e o arranjo dos chuveiros possuem duas condicionantes principais: o espaçamento entre eles e a limitação na área de cobertura de cada chuveiro. Quanto às distâncias máximas entre ramais e ramais e chuveiros, são classificados de acordo com a classe de risco de ocupação, de acordo com a Tabela abaixo:
A área máxima de cobertura por chuveiro também é determinada em função da classe de risco da ocupação, conforme pode ser visto na Tabela abaixo:
DIMENSIONAMENTO DA REDE DOS CHUVEIROS AUTOMÁTICOS: Existem dois tipos de dimensionamento de rede de chuveiros automáticos: por tabela e pelo dimensionamento hidráulico, que considera dados como a perda de carga. Neste módulo, vamos ver apenas o primeiro tipo.
No dimensionamento por tabela, devem ser utilizadas as tabelas e recomendações, a seguir, para dimensionar a rede:
-
DEMONSTRAÇÃO- Vamos fazer um exercício por meio do qual poderemos praticar as definições vistas aqui e aplicar a um dimensionamento de chuveiros automáticos.
Um sistema de chuveiros automáticos para uma construção com um pavimento de escritórios (Risco leve) de 30 m x 15 m de terreno é projetado. Determine:
a. O afastamento entre chuveiros que deve ser obedecido.
b. A área máxima de cobertura entre chuveiros.
Trata-se de uma área de risco e ocupação leve, então de acordo com a Tabela abaixo, a distância máxima entre ramais e entre chuveiros e ramais é de 4,6 m.
A área máxima de cobertura de chuveiros também deve ser determinada por uma tabela; desta forma, a área de cobertura é de 18,6 m² para um risco de ocupação leve.
MÃO NA MASSA
1. Qual é a área máxima de cobertura por chuveiros para uma construção com risco extraordinário, pelo critério da Tabela?
a) 9,6 m²
b) 8,4 m²
c) 6,9 m²
d) 4,8 m²
A alternativa correta é "B".
Por uma consulta simples à Tabela, temos:
8,4 m², se o dimensionamento for pela Tabela, e 9,6 m², se for pelo dimensionamento hidráulico.
2. Qual é o volume mínimo da reserva técnica de incêndio de uma construção com risco ordinário I?
a) 108 m²
b) 54 m²
c) 324 m²
d) 216 m²
A alternativa "A" está correta.
Consultando a tabela de requisitos de abastecimento d’água para sistemas de chuveiros automáticos elaborados por tabela ou cálculo hidráulico:
Então, a reserva técnica de incêndio deve garantir uma vazão de 1800 l/min por 60 min. Desta forma, para achar o volume da RTI, basta multiplicar as duas grandezas. RTI = 1800 l/min X 60 min = 108 000 litros = 108 m³, correspondendo à letra A.
3. Um pavimento possui 20 m x 30 m de área. Sabendo que o risco é ordinário II, quantos chuveiros automáticos teoricamente podem ser instalados?
a) 100
b) 75
c) 50
d) 25
A alternativa correta é "C".
A distância máxima entre ramais e entre chuveiros e ramais é de 4,6m de acordo com a Tabela. Entretanto, a área de cobertura máxima de cada chuveiro é de 12,1 m². Para tanto, devemos dividir a área do pavimento com a área de cobertura máxima de cada chuveiro. Assim, temos: 20 m x 30 m / 12,1 m² = 49, 58 chuveiros ≈ 50 chuveiros, correspondendo à letra C.
4. Um ramal de chuveiros automáticos possui oito unidades alimentadas lateralmente, conforme mostrado abaixo. Qual é o diâmetro do subgeral que o alimenta, considerando tubo de aço e risco de ocupação leve?
a) 100 mm
b) 75 mm
c) 50 mm
d) 25 mm
A alternativa correta é "C".
Consultemos a tabela para a quantidade máxima de chuveiros.
De acordo com a quantidade máxima, temos então para os chuveiros (Ch):
O subgeral é o tronco que alimenta este ramal, para o qual é necessário um tubo de 50 mm, correspondendo à letra C.
5. Qual é a pressão nominal da bomba que alimenta a rede de chuveiros, considerando quatro pavimentos com um pé direito de 3 m cada, risco de ocupação ordinário I e uma bomba jockey auxiliar de 150 KPa?
a) 450 kPa
b) 340 kPa
c) 230 kPa
d) 120 kPa
6. Na rede abaixo, em uma instalação de risco leve, todos os ramais foram dimensionados com tubos de aço de 25 mm. Analise a instalação e responda qual a opção correta sobre o dimensionamento desta instalação?
a) Os ramais que alimentam todos os chuveiros foram dimensionados corretamente.
b) Os ramais mais próximos do subgeral foram dimensionados corretamente.
c) Os ramais mais próximos do subgeral foram dimensionados incorretamente.
d) Os ramais que alimentam todos os chuveiros foram dimensionados incorretamente.
A alternativa correta é "C".
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. A rede ilustrada abaixo refere-se ao arranjo:
a) Ramais laterais com alimentação lateral
b) Ramais laterais com alimentação central
c) Ramais centrais com alimentação lateral
d) Ramais centrais com alimentação central
A alternativa "B" está correta.
O arranjo acima refere-se aos ramais laterais com alimentação central, caracterizados pela subida no centro da instalação e os ramais de chuveiros sendo dispostos lateralmente. A resposta é a letra B.
2. Para o risco de ocupação extraordinário, o tempo mínimo de operação para uma rede de combate a incêndios é de:
a) 180 min
b) 120 min
c) 60 min
d) 30 min
A alternativa "C" está correta.
A resposta é a letra C, referindo-se à Tabela que estabelece os requisitos de abastecimento d’água para sistemas de chuveiros automáticos.
Exercícios
1. Abaixo está representado um esquema de aquecimento solar em uma casa. Se a energia útil para o aquecimento solar é de 10kwh/dia, então se as placas tiverem capacidade de coletar 20kwh/mês.m2, qual a área do telhado precisará ser coberta com essas placas? (Considere um mês como tendo 30dias)
a) 10
b) 12
c) 15
d) 18
e) 20
2. A formula utilizada para calcular o diâmetro de recalque de uma instalação elevatória é a:
a) Lei de Ohm
b) Fórmula de Forcheimer
c) Fórmula de Fair-Whipple-Hsiao
d) Fórmula de Hazen-Williams
e) Lei de Newton
3. Vimos que uma válvula de descarga apresenta um peso relativo de 32 enquanto uma bacia com caixa acoplada apresenta um peso de 0,3. Em um dimensionamento de uma instalação de água fria, isso significa que:
a) A demanda por agua de uma caixa de descarga é maior que a demanda da válvula de descarga
b) Uma colunaque alimente a válvula de descarga será menor que um sub ramal que alimente a caixa de descarga acoplada
c) O diâmetro do tubo que alimenta a caixa de descarga será menor que um sub ramal que alimenta a válvula de descarga
d) A válvula de descarga é mais econômica qu a caixa de descrga acoplada, propiciando um gasto menor de agua
e) Pode se utilizar o diâmetro de 20mm para alimentar diretamente uma válvula de descarga
4. O material que pode ser utilizado como tubulação de subgerais de combate a incêndio é o:
a) Plástico 
b) CPVC
c) Teflon
d) Cobre
e) Platina
5. Em uma instalação de risco leve de incêndio, um tubo de aço com diâmetro comercial de 50mm pode alimentar até:
a) 6 chuveiros
b) 8 chuveiros
c) 10 chuveiros
d) 12 chuveiros
e) 15 chuveiros
6. O componente, apontado abaixo com uma seta, de um sistema de incêndio de ramais centrais e alimentação lateral é o:
a) Ramal
b) Subida
c) Descida
d) Geral
e) Sub geral
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