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Aula 1Gênese da contabilidade e evolução do pensamento contábil

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Aula 1Gênese da contabilidade e evolução do pensamento contábil. Aspectos científicos da contabilidade
Toigo (2008, p. 21) aponta em seu livro os aspectos técnicos da Contabilidade e afirma que a forma de evidenciar esses aspectos é por meio da classificação, do registro e da síntese clara dos atos e fatos contábeis ocorridos nas entidades, bem como da avaliação dos resultados alcançados pela administração. Ele também assinala a importância (sob o prisma do aspecto social) da Contabilidade na elaboração e apresentação dos informes econômico-financeiros que apontam para os impactos gerados pelas entidades no meio ambiente e na sociedade.
Mas, para chegar a esse estágio de classificar, mensurar, registrar e analisar os eventos contábeis, e para elaborar e apresentar as demonstrações financeiras, é necessário entender certos relacionamentos entre pessoas e pessoas, e pessoas e coisas, que é a preocupação do contador. Esses relacionamentos são aqueles que, primeiramente, envolvem relacionamento de pessoas e propriedades de várias espécies, e, em segundo lugar, esse direito de propriedade seja visto como um direito contra uma pessoa ou grupo de pessoas (SANTOS et al, 2007, p. 13-14). Esse autor afirma que:
Em lugares nos quais toda a propriedade é comum (possuída por todos), nenhum indivíduo ou grupo de indivíduos dentro da comunidade teria qualquer direito de propriedade contra qualquer outro indivíduo dessa comunidade, mas mesmo nesse caso parece inevitável, exceto na maioria das espécies de sociedades anarquistas ou altruístas, em que o indivíduo ou grupo de indivíduos tenha direito de uso contra os outros. E se um direito pessoal de possuir ou de usar é reconhecido, como aparenta ser, em todas as sociedades humanas conhecidas, deduz-se necessariamente que existem direitos contra outras pessoas e obrigações sobre outras pessoas (esse geralmente sendo considerado o oposto do mesmo relacionamento). Então, esse relacionamento de propriedade entre pessoas e coisas é necessariamente acompanhado de um relacionamento entre pessoas.
SANTOS et al, 2007, p. 15
E o surgimento desse direito deriva das diferentes necessidades nas sociedades primitivas. Enquanto em uma buscava-se o reconhecimento através da acumulação de comidas, vacas ou canoas; em outras, a necessidade era consequente da vontade do indivíduo em denotar poder, força e riqueza, como o exemplo citado por Santos et al sobre a ostentação de recursos no casamento de uma filha ou a destruição de uma propriedade de alto valor, consequente de uma contenda com algum rival.
Entretanto, para que exista uma contabilização, é necessário que o fenômeno contábil possa ser mensurado. Isso é a essência da Contabilidade.
O CPC 00 — Estrutura Conceitual informa que o objetivo das demonstrações contábil-financeiras é oferecer informações “que sejam úteis a investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para a entidade”, decisões essas relacionadas a vendas, compras, participações societárias, dívidas etc. Em outras palavras, informações que permitam aos seus usuários saber da situação patrimonial e financeira da empresa, ou seja, informação acerca das origens e aplicações de recursos da entidade.
No entanto, para chegar ao estágio atual da Contabilidade, no qual se verifica um processo de convergência das normas internacionais de Contabilidade, em que diversos pronunciamentos contábeis são emanados pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, como é o caso do CPC 00 – Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, é necessário, primeiramente, entender a evolução que a Contabilidade vem sofrendo desde 8.000 a.C.
Santos (2007, p. 17-18) afirma que “a observação da prática da Contabilidade é a chave para o conhecimento, e Teoria da Contabilidade é uma organizadora de estruturas de generalizações das práticas, ou seja, a noção de uma causa que dirige a Contabilidade [...]” e que “o pensamento contábil é aquele que reflete as idéias, as opiniões, as reflexões dos contabilistas em determinada época em relação a um conjunto de fenômenos históricos vividos pela Contabilidade em relação ao seu objetivo [...]”.
Assim, para entender a evolução histórica da Contabilidade, acompanhe os fatos apresentados nesta tabela retirada de Santos et al.
Será que o estudo e a análise da evolução do pensamento contábil possibilitam a você, aluno, uma melhor avaliação da importância do entendimento da evolução do pensamento contábil e melhor compreensão da Teoria da Contabilidade?
Entender como surgiu a Contabilidade e a sua evolução leva à percepção da sua importância, já que esse processo ocorreu em função das necessidades sociais em ter controle do patrimônio. Com isso, você vai perceber que o estudo da Teoria da Contabilidade fornece os elementos necessários para a aplicação na prática dos conhecimentos contábeis adquiridos.
Leia, agora, o artigo “Evolução e Desenvolvimento da Teoria da Contabilidade: Contexto Histórico”, de Valdério Freire de Moraes Júnior e Ivan Alves do Nascimento, cujo resumo é o seguinte:
O homem, a partir do momento que teve a necessidade de tomar conta do seu patrimônio, utilizou-se de mecanismos rudimentares como fichas de barro e depois de argila, para, mais adiante, utilizar-se de contas. No início, era o homem tentando resolver problemas práticos, do controle de seu patrimônio. Ao longo do tempo, passou dessa simplicidade para o desenvolvimento de uma ciência: na idade medieval, houve certo aperfeiçoamento, por causa das atividades comerciais; na idade moderna, o surgimento das escolas do pensamento contábil, todas provenientes da Europa. A chamada Escola Europeia alcançou seu momento de glória, principalmente com a Italiana; porém, por ter uma natureza bastante teórica, fez com que houvesse a ascensão mais adiante da Escola Norte-Americana, baseada na prática e criada pelos profissionais.
Atividade
Os vestígios encontrados pela arqueologia no Oriente Próximo (entre 8.000 e 3.000 a.C.) apontam a existência de indícios indicando sistemas contábeis utilizados relativos ao período. Os primeiros sistemas contábeis eram constituídos de:
1. aPequenas fichas de barro.
2. bPapiro.
3. cPergaminho.
4. dCálamo.
5. eRazonetes.

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