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E-Book Completo_Habilidades e Técnicas de Depilação e Epilação_CENGAGE_V2 (Versão Digital)

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HABILIDADES E TÉCNICAS DE 
DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO
ORGANIZADORES FRANCISCA KELCIA DE SOUSA LIMA; ÉRICA ALVES A DE CARVALHO
Habilidades e técnicas de depilação e epilação
GRUPO SER EDUCACIONAL
O livro Habilidades e técnicas de depilação e epilação é direcionado para estudantes 
de cursos de estética. 
Além de abordar assuntos gerais, o livro traz conteúdo sobre a história e a evolução 
dos métodos depilatórios, higienização e descarte de material, normas de biossegu-
rança para pro�ssionais e clientes, técnicas epilatórias, técnicas depilatórias, asso-
ciações eletroterápicas, depilação com linha, e cuidados com a pele antes e depois da 
depilação e da epilação.
Após a leitura da obra, o leitor vai conhecer a história da depilação e sua importância 
para entender os relacionamentos sociais humanos; aprender sobre a evolução dos 
métodos depilatórios através da história; entender as diferenças entre métodos 
depilatórios e epilatórios; saber os fundamentos legais que direcionam os trabalhos 
do pro�ssional de depilação, bem como a importância de conhecer as normas da 
Anvisa; tomar conhecimento da diferença entre assepsia e antissepsia; compreender 
o procedimento correto da higienização das mãos, fricção antisséptica das mãos, 
limpeza e desinfecção de ambientes, esterilização de materiais que entrarão em 
contato com o cliente, entre outros; observar os diferentes métodos epilatórios e 
depilatórios, bem como suas vantagens e desvantagens; apreender que não existe 
um método correto e sim uma escolha do método adequado a cada caso; veri�car 
como deve ser a �cha de avaliação para o pré-depilatório; reconhecer indicações de 
tratamentos pré e pós-depilatórios, e muito mais.
Aproveite a leitura do livro. 
Bons estudos!
HABILIDADES E 
TÉCNICAS DE 
DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO
ORGANIZADORES FRANCISCA KELCIA DE SOUSA LIMA; 
ÉRICA ALVES A DE CARVALHO
gente criando futuro
C
M
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HABILIDADES 
E TÉCNICAS DE 
DEPILAÇÃO E 
EPILAÇÃO 
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida ou 
transmitida de qualquer modo ou por qualquer outro meio, eletrônico ou mecânico, incluindo 
fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e transmissão de 
informação, sem prévia autorização, por escrito, do Grupo Ser Educacional. 
Diretor de EAD: Enzo Moreira
Gerente de design instrucional: Paulo Kazuo Kato 
Coordenadora de projetos EAD: Manuela Martins Alves Gomes
Coordenadora educacional: Pamela Marques
Equipe de apoio educacional: Caroline Guglielmi, Danise Grimm, Jaqueline Morais, Laís Pessoa
Designers gráficos: Kamilla Moreira, Mário Gomes, Sérgio Ramos,Tiago da Rocha
Ilustradores: Anderson Eloy, Luiz Meneghel, Vinícius Manzi 
 
Lima, Francisca Kelcia de Sousa.
 Habilidades e técnicas de depilação e epilação / Francisca Kelcia de Sousa Lima; Érica 
Alves A de Carvalho:
Cengage – 2020.
 Bibliografia.
 ISBN 9786555580983
 1. Estética
Grupo Ser Educacional
 Rua Treze de Maio, 254 - Santo Amaro 
CEP: 50100-160, Recife - PE 
PABX: (81) 3413-4611 
E-mail: sereducacional@sereducacional.com
“É através da educação que a igualdade de oportunidades surge, e, com 
isso, há um maior desenvolvimento econômico e social para a nação. Há alguns 
anos, o Brasil vive um período de mudanças, e, assim, a educação também 
passa por tais transformações. A demanda por mão de obra qualificada, o 
aumento da competitividade e a produtividade fizeram com que o Ensino 
Superior ganhasse força e fosse tratado como prioridade para o Brasil.
O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec, 
tem como objetivo atender a essa demanda e ajudar o País a qualificar 
seus cidadãos em suas formações, contribuindo para o desenvolvimento 
da economia, da crescente globalização, além de garantir o exercício da 
democracia com a ampliação da escolaridade.
Dessa forma, as instituições do Grupo Ser Educacional buscam ampliar 
as competências básicas da educação de seus estudantes, além de oferecer-
lhes uma sólida formação técnica, sempre pensando nas ações dos alunos no 
contexto da sociedade.”
Janguiê Diniz
PALAVRA DO GRUPO SER EDUCACIONAL
Autoria
Francisca Kelcia de Sousa Lima
Bacharel em estética e cosmetologia, formada pela Universidade Anhembi Morumbi e pós graduanda 
em docência de ensino superior e tutoria de E.A.D, atua na área da estética há quase 10 anos em vários 
seguimentos, como clínicas de estética e cirurgia plástica e Spas renomados de Sp. Produz, desenvolve 
e implementa projetos relacionados a estética em clínicas atuando como consultora. Docente de 
diversos cursos na área da estética, já ministrou aulas em instituições de renome como Cruz Vermelha, 
Senac, Universidade Braz cubas como tutora do curso de estética E.A.D, além de produzir conteúdos 
relacionados a área da beleza e bem estar para cursos de estética.
Érica Alves Arantes de Carvalho
Graduada em Estética e Cosmética pela Universidade de Franca (2008), Licenciada em Biologia pela 
Universidade de Franca (2013), Especializada em Docência para Educação Profissional pelo Centro 
Universitário Senac (2013), Mestra em Ciências na Área de Química Biológica pela Universidade 
de Franca (2014 - 2015), Graduanda no terceiro período do Curso de Ciências Farmacêuticas na 
Universidade de Franca, Docente de Educação Profissional na Área de Saúde e Bem-Estar no Senac - 
São Paulo e ministra Cursos para Educação Corporativa na mesma instituição.
SUMÁRIO
Prefácio .................................................................................................................................................8
UNIDADE 1 - A história e evolução dos métodos depilatórios .........................................................9
Introdução.............................................................................................................................................10
1 História da depilação ......................................................................................................................... 11
2. Conceito de depilação e epilação ..................................................................................................... 15
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................25
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................26
UNIDADE 2 - Higienização e descarte de material e normas de biossegurança 
para profissionais e clientes ...........................................................................................................27
Introdução.....................................................................................................................................28
1 Conscientização, prevenção e biossegurança ..............................................................................29
2 Ambiente de trabalho e seus riscos .............................................................................................31
3 Controle de microrganismos .......................................................................................................32
4 Método de controle biológico ....................................................................................................35
5 Qualidade ...................................................................................................................................36
6 Boas práticas ..............................................................................................................................39
7 Equipamento de Proteção Individual – EPI .................................................................................44
8 Vacinação ...........................................................................................................................................47
9 Ergonomia ..........................................................................................................................................4810 Acidente com material biológico .................................................................................................... 52
11 Ambiente de trabalho ..................................................................................................................... 53
12 Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde .......................................................................... 58
13 Boas práticas no processamento de produtos: limpeza, desinfecção, esterilização 
e validação da esterilização................................................................................................................... 63
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................68
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................69
UNIDADE 3 - Técnicas epilatórias, depilatórias e associações eletroterápicas .................................71
Introdução.............................................................................................................................................72
1 Técnicas de depilação e epilação ...................................................................................................... 73
2 Métodos depilatórios ........................................................................................................................ 74
3 Métodos epilatórios .......................................................................................................................... 77
4 Recursos eletroterápicos aplicados na depilação .............................................................................. 84
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................89
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................90
UNIDADE 4 - Depilação com linha e cuidados com a pele no pré e pós depilação e epilação ...........91
Introdução.............................................................................................................................................92
1 História da depilação com linha ........................................................................................................ 93
2 Cuidados com infecções .................................................................................................................... 94
3 Preparo do ambiente ........................................................................................................................ 94
4 Eletroterapia nos procedimentos de depilação ................................................................................ 95
5 Ficha de avaliação para o pré-depilatório ......................................................................................... 97
6 Técnica de depilação com linha ......................................................................................................... 99
7 Indicações e cuidados pré e pós-depilatórios .................................................................................... 102
8 Tratamentos em cabine pré e pós-depilatórios com argiloterapia ....................................................104
9 Tratamentos pré e pós-depilatórios com sais de Epsom ...................................................................108
10 Protocolo detox e hidratante corporal com sais ............................................................................. 108
11 Protocolo de banho dourado .......................................................................................................... 109
PARA RESUMIR ..............................................................................................................................111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................................................112
O livro Habilidades e técnicas de depilação e epilação traz ao leitor, além de 
informações básicas da área, o conteúdo descrito a seguir em suas quatro unidades.
Entre os assuntos, a primeira unidade, A história e evolução dos métodos 
depilatórios, trata da evolução da área desde os primeiros métodos de retirada de 
pelo, partindo das versões mais rudimentares até os métodos mais modernos. O 
leitor conhecerá a diferença entre método depilatório e método epilatório e suas 
características, aplicações e técnicas relacionadas. 
A segunda, Higienização e descarte de material e normas de biossegurança 
para profissionais e clientes, explica os conceitos de biossegurança e boas práticas e 
seus procedimentos operacionais. O leitor vai entender os fundamentos legais que 
direcionam os trabalhos do profissional de depilação e a importância das normas de 
vigilância sanitária para o pleno exercício da profissão. 
A terceira unidade, Técnicas epilatórias, depilatórias e associações eletroterápicas, 
aborda o conceito de depilação e epilação, suas diferentes características e aplicações, 
e as principais apresentações de cada método. O leitor vai aprender os fundamentos 
básicos envolvidos na escolha de cada técnica e os fatores que devem ser considerados 
para a aplicação de cada uma.
Para finalizar a descrição da obra, a quarta unidade, Depilação com linha e cuidados 
com a pele no pré e pós depilação e epilação, informa o leitor quanto ao conceito 
de depilação com linha. O leitor vai entender o procedimento para realizar a técnica, 
contribuindo para a sua qualificação e sucesso profissional na área da beleza. 
Esta é apenas uma pequena amostra do que o leitor aprenderá após a leitura do 
livro. A ele, desejamos sorte em seus estudos!
PREFÁCIO
UNIDADE 1
A história e evolução dos métodos 
depilatórios
Olá,
Você está na unidade A História e evolução dos métodos depilatórios. Conheça aqui a 
evolução da área desde os primeiros métodos de retirada de pelo, partindo das versões 
mais rudimentares até os métodos mais modernos, seguros e eficazes aplicados, 
atualmente. Aprenda a diferença entre método depilatório e método epilatório bem 
como suas características, aplicações e técnicas relacionadas. Conheça as estruturas que 
formam a unidade funcional do pelo, suas fases de crescimento e a relação entre essas 
fases e os processos depilatórios e epilatórios.
Bons estudos!
Introdução
11
1 HISTÓRIA DA DEPILAÇÃO
A busca do belo é quase tão antiga quanto à própria civilização humana, que tenta a cada 
momento histórico fazer uma nova interpretação ou leitura própria do conceito de beleza aplicável 
em cada período. E isso não seria diferente com relação à remoção dos pelos. Cada momento 
histórico conta como os pelos eram percebidos, socialmente. Ao olharmos, por exemplo, uma 
obra de arte Grega, veremos a ausência total de pelos na representação feminina, deixando a 
pele lisa e quase infantil. Porém, ao notarmos as diversas representações masculinas, o pelo é 
destacado como sinônimo de virilidade, ideia que se perpetuou durante muito tempo.
Ao analisarmos a história humana, veremos que essa leitura do belo vem sempre unida ao 
conceito de saúde e bem-estar físico, social e, por vezes, até espiritual. Vale ressaltar que cada 
época tem uma leitura própria do belo e aceito socialmente, e se faz necessário entender que 
esses conceitos são transitórios e cabem apenas para interpretação de determinado momento 
histórico e suas características. Portanto, a presença ou ausência de pelos ou sua aceitação social 
faz parte de um contexto sempre maior a ser analisado.
Figura 1 - Depilação 
Fonte: Art_rich, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: na imagem temos uma modelo retirando os pelos da parte da coxa como se 
estivesse se despindo de uma meia fina recoberta de pelos.
1.1 A depilação no Egito
A depilação não é uma técnica moderna e cada cultura desenvolveu métodospróprios para a 
remoção de pelos em áreas corporais distintas. Dessa forma, a depilação é uma técnica milenar.
Existem relatos da utilização de conchas e pedras na raspagem de pelos faciais nas civilizações 
pré-históricas. Porém, foram as técnicas de remoção de pelo adotadas no antigo Egito que ainda 
são citadas como as mais próximas dos métodos que utilizamos, atualmente. 
D´Angelo et al. (2011, p. 5) afirmam que os egípcios apresentavam rituais de embelezamento 
tanto para bem-estar pessoal quanto para a apresentação em cerimônias religiosas, associando 
12
os cuidados pessoais à manutenção de saúde e bem-estar, pois acreditavam que os rituais de 
embelezamento e higiene poderiam afastar o mal ou mesmo combater doenças.
Mais que uma técnica para preservação da higiene, a depilação era vista como sinal de status 
social e vista como sinal de evolução civilizatória. Na época, as técnicas utilizadas para remoção 
do pelo eram muito semelhantes com os métodos de depilação atuais. Aos egípcios pertence 
também o primeiro registro de cera depilatória, sendo uma mistura de argilas, mel e sândalo, 
aplicada sobre a pele para a remoção dos pelos indesejados.
Figura 2 - Cleópatra 
Fonte: Mia Stendal, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: na imagem temos o desenho de um perfil facial de faraó, ao fundo o desenho 
de uma pirâmide egípcia e em casa lateral do desenho a imagem de um cachorro deitado sobre 
as patas simbolizando o poder do império egípicio.
1.2 A depilação na Grécia
Poucas civilizações contribuíram tanto para o entendimento e estudo dos conceitos de beleza 
quanto à civilização Grega. Tanto que a palavra “estética” tão utilizada atualmente, tem origem 
no termo grego aisthetiké, que significa “perceber”, “notar”. Se a percepção do pelo já fazia 
parte dos estudos filosóficos gregos, nada mais natural do que encontrar citações de formas e 
tratamentos para o corpo para a época.
Os Gregos também eram adeptos da remoção dos pelos, o que por vezes mostrava-se um 
ritual muito doloroso e consistia na retirada manual dos pelos um a um e a aplicação de cinzas 
ainda quentes sobre a pele, o que causava muito desconforto. Como forma de minimizar o 
sofrimento da remoção de pelos, as mulheres Gregas e Romanas adaptaram o uso do estrigil, que 
já fazia parte das rotinas de higienização diária.
O estrigil era um pequeno instrumento de metal curvado no arco, utilizado para remover suor 
e sujeiras leves do corpo.
Quando foi adaptado à remoção de pelos, o estrigil passou a ser friccionado sobre a pele 
previamente umedecida por uma mistura de argila, cinzas e pastas vegetais, que deviam 
13
umedecer e amolecer a estrutura do pelo do corpo, facilitando assim a remoção dos mesmos.
A depilação era um ato tão desconfortável que, por vezes, era necessário a ingestão de 
bebidas fortes para que se pudesse suportar o desconforto.
Se para as mulheres a depilação era um ato comum, como se pode observar nas diversas 
estátuas e pinturas gregas, a depilação masculina não era tão rotineira e pode-se notar a 
presença dos pelos em diversas obras de arte. O pelo era associado à virilidade e à masculinidade, 
características tão apreciadas pelos Gregos e Romanos.
Figura 3 - Grécia 
Fonte: Black Mac, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: na imagem temos o desenho de três homens deitados em divas com folhas de 
louro na cabeça e o tórax desnudo, representando figuras gregas.
1.3 A depilação na América pré-colombiana
Outras culturas também utilizavam métodos próprios para remoção de pelo, inclusive os 
povos indígenas brasileiros pré-colombianos. Com a chegada dos portugueses ao Brasil, uma das 
características notadas nos povos indígenas foi a ausência de barba nos homens e pelos pubianos 
nas mulheres, o que se atribuiu, primeiramente, a uma característica natural, como imaginaram os 
portugueses nos primeiros relatos escritos em carta por Pero Vaz de Caminha à coroa Portuguesa.
Porém, em um segundo momento, a remoção do pelo mostrou-se ser um hábito depilatório 
comum da cultura de diversas tribos locais, que apesar de realmente não apresentarem muitos 
pelos corporais, desenvolveram métodos para remoção dos pelos existentes. As mulheres nativas 
removiam os pelos friccionando uma de espinha de peixe (peixe-lixa) contra a pele. Elas ainda 
retiravam os pelos um a um, manualmente.
14
Figura 4 - Índios 
Fonte: Wallace Teixeira, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: na imagem temos o desenho da foto do rosto de uma mulher indígena com 
pinturas faciais e com os pelos da sobrancelha e topo da cabeça raspada.
1.4 A depilação na Idade Média
Segundo a historiadora Mary Del Priori, o hábito de remover os pelos foi abandonado em 
parte por pressão da igreja que via nessa prática um estímulo ao pecado e associação à bruxaria, 
mas também em parte pela visão dos pelos como expressão de feminilidade.
Se por um lado a igreja não via com bons olhos o hábito da depilação ou mesmo qualquer contato 
prolongado com o próprio corpo, como, por exemplo, o ritual do banho, chegando inclusive a aconselhar 
as mães que usassem um pano úmido apenas para realizar a higiene diária dos filhos, por outro lado, a 
presença dos pelos femininos era vista como símbolo de erotismo, sendo muito apreciados.
No entanto, durante o período renascentista, o padrão de beleza passa por nova mudança 
no século XV, época em que a pele sem pelos volta a ser apreciada. Assim, mais métodos para a 
remoção dos pelos, principalmente, os pelos faciais, foram desenvolvidos.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
15
1.5 A depilação no século XX
Apesar do aumento da procura por métodos de remoção dos pelos faciais, o primeiro 
aparelho foi desenvolvido apenas no século XVIII e era vendido apenas para remoção de barba. 
O aparelho consistia em uma navalha dobrável protegida para remover o pelo sem causar corte 
na pele. Somente na década de 1920, a lâmina foi adequada ao uso feminino e isso se deve ao 
aumento dos editais de moda femininos e a exposição das pernas que a nova moda exigia.
Nos anos 1930, algumas farmácias já vendiam preparos químicos para a remoção de pelos 
para atender essa nova demanda, visto que apresentar as pernas com pelos passou a ser um sinal 
de deselegância. Outro exemplo da relação entre vestuário e depilação é o surgimento do traje 
de banho conhecido como biquíni na década de 1940. A peça, ao expor áreas do corpo antes 
cobertas, impulsionou também o aumento da depilação de virilha.
Ao longo do século XX, surgiram diversos métodos depilatórios e o conhecimento da fisiologia 
do pelo fez surgir também práticas mais seguras e eficazes.
E assim, chegamos aos dias de hoje. Atualmente, depilação é vista, novamente, não somente 
como método de embelezamento, mas também como hábito de higiene em muitas culturas.
Neste momento, após essa breve explanação sobre o conteúdo, acredita-se que seja possível 
ampliar a perspectiva e aprofundar mais alguns conceitos, e também, exemplificar alguns modos 
de contabilização para assim oferecer uma experiência prática e elucidar possíveis questões que 
ainda possam não estar esclarecidas.
2. CONCEITO DE DEPILAÇÃO E EPILAÇÃO
Conforme abordado, anteriormente, os métodos de remoção de pelos não são recentes. 
Porém, é importante ressaltar que o estudo sobre a fisiologia do pelo lançou luz sobre esses 
métodos de maneira que, hoje, é possível entender os mecanismos de crescimento dessas 
estruturas e compreendê-las. Por isso, atualmente, a área tem o melhor para que cada método 
aplicado tenha os resultados mais satisfatórios possíveis, além da preservação da integridade da 
pele da região tratada.
Ao entender as estruturas do pelo e seu funcionamento, podemos compreender que cada 
método de remoção atua de uma forma diferente e, mais ainda, que nem todos os métodos 
aplicados promovem a remoção completa do pelo. O pelo é composto por uma porção que pode 
ser observada, externamente, à pele chamada haste e, uma porção localizada na parte interior da 
pele denominada raiz dopelo.
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Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
2.1 Métodos de remoção do pelo
Com o entendimento da estrutura do pelo em mente, é possível entender o processo de 
remoção do mesmo com maior clareza. Sendo assim, a remoção do pelo é um procedimento 
mecânico onde é gerado um trauma sobre os pelos de determinada região do corpo, variando em 
extensão de acordo com o método aplicado.
Há dois métodos de trabalho:
Metódo depilatório
Entende-se como método depilatório o corte do pelo sem a remoção da estrutura mais 
profunda denomina raiz do pelo. Ou seja, pode-se dizer que a Depilação é a técnica que corta o 
pelo em sua haste, porém preserva sua raiz e não gera dano permanente ou parcial nas estruturas 
mais profundas (BORELLI, 2007).
Epilação
Trata-se do método que retira os pelos, removendo a estrutura denominada raiz, causando 
assim um dano nessa estrutura que varia de acordo com o método escolhido. 
As diferenças entre os métodos epilatórios e depilatórios não se limitam às estruturas que eles 
removem, mas também à necessidade de avaliação sobre a aplicação de cada técnica, pois é necessário 
traçar um paralelo entre o que o cliente necessita e o método que pode oferecer tal resultado.
Se por um lado a Epilação é um método altamente eficaz e mais duradouro, muitas pessoas 
não podem realizar esse método por apresentar sensibilidades cutâneas, sendo assim a Depilação 
mais indicada.
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Por isso, para uma melhor escolha de método e necessidades do cliente, deve-se fazer uso da 
ficha do cliente ou ficha de avaliação. Mas o que vem a ser isto?
A ficha de avaliação é uma ferramenta muito importante para:
• Entender a necessidade do cliente.
• Conhecer suas limitações e contraindicações.
• Traçar um paralelo entre método e necessidade.
• Acompanhar os resultados da técnica aplicada.
A Depilação e a Epilação, ainda, possuem variantes, que são subclasses criadas de acordo com 
o mecanismo de ação do produto empregado para executar a técnica. 
Depilação química
Variante da Depilação, esse método é realizado por meio da aplicação de cremes depilatórios 
que apresentam uma substância química que tem como objetivo quebrar a estrutura do fio no 
qual é aplicada. Essa técnica é considerada Depilação, pois essa substância não retira o pelo pela 
raiz e sim o corta quimicamente por sua haste.
Fotodepilação ou depilação a laser
Variante da Epilação, esse método ocorre via uma luz que é emitida por meio de um equipamento, 
sendo conduzida por meio da medula do pelo até a raiz, onde lesionará a célula germinativa presente 
nessa estrutura. A estrutura que atrai a luz no pelo recebe o nome de cromóforo e no caso da foto 
Depilação ou na Depilação a LASER é a melanina presente que cumpre esse papel.
2.2 O crescimento e a estrutura do pelo
Para escolher o método mais adequado de remoção de pelos, é necessário, primeiramente, 
FIQUE DE OLHO
 A Depilação pode melhorar o desempenho de atletas de alta performance como, por 
exemplo, triatletas e nadadores. Esses esportistas costumam remover os pelos dos braços e 
das pernas para aumentar a velocidade no esporte, diminuindo assim a resistência do corpo 
com o ar ou a água.
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entender a estrutura sobre a qual esse método vai agir. Portanto, conhecer o pelo e a pele, bem como 
a interação entre ambos, é de suma importância para qualquer profissional no exercício de sua função.
Começando a entender mais sobre os pelos, trata-se de hastes queratinizadas pertencentes a 
um sistema denominado tegumentar, do qual também fazem parte a pele e os anexos cutâneos: 
unhas, glândula sebácea, glândula sudorípara e músculo eretor do pelo.
Figura 5 - Pele 
Fonte: Anton Nalivayko, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: na imagem temos um modelo de pele coma camada hipodérmica, dérmica e 
epidérmica.
Agora, falando sobre pele, trata-se de um órgão que reveste o corpo humano, sendo 
considerado o maior órgão do corpo, tendo como principal função fazer uma barreira de proteção 
entre o meio interno e externo.
A pele apresenta diversas estruturas complexas que unidas colaboram e complementam-se 
na tarefa de proteger e manter a integridade do organismo humano
Interaja com os botões, a seguir, para conhecer as funções fundamentais da pele:
Proteção contra agentes externos
A pele evita que estruturas nocivas entrem em contato com o meio interno, compondo assim, 
uma barreira de proteção contra agentes físicos, químicos e biológicos.
Termoregulação
É função da pele também manter a temperatura, seja por meio da transpiração, para reduzir 
o calor na superfície, seja por vasoconstrição (contração dos capilares periféricos), para aumentar 
a temperatura corporal quando exposta às baixas temperaturas.
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Controle de sensação
A pele é responsável por nossa comunicação sensorial com o meio externo. Por meio de 
terminações nervosas, entendemos e reagimos aos estímulos de pressão, dor, calor e frio.
As sensações percebidas por diferentes receptores presentes na pele são as seguintes:
• Corpúsculos de Paccini
Responsáveis pelas percepções sensoriais de tato e pressão. 
• Corpúsculos de Meissner
Responsáveis por percepções táteis em pele glabra.
• Discos de Merkel
Responsáveis por percepções táteis de movimento e pressão.
• Bulbos terminais de Krauze
Responsáveis por percepções térmicas de frio.
• Terminais de Ruffini
Responsáveis por percepções térmicas de calor.
• Terminações nervosas livres
Responsáveis por percepções de tração mecânica e, principalmente, de dor.
• Terminações nervosas específicas
Estruturas ligadas diretamente ao folículo, reagindo a qualquer estimulo mecânico aplicado 
sobre o pelo.
• Funções metabólicas
Responsável por diversas reações metabólicas como, por exemplo, a síntese de vitamina D 
por meio da exposição solar. 
No organismo, encontramos dois tipos distintos de pele: a pele glabra que não apresenta 
pelos como, por exemplo, palma das mãos e planta dos pés, e a pele pilificada, que apresenta 
pelos e recobre a maior parte do corpo (HARRIS, 2005).
A pele apresenta duas camadas de tecidos distintas em estrutura e composição celular: 
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Epiderme e Derme, além de mais uma camada denominada Hipoderme ou tela subcutânea, 
composta, principalmente, de células de reserva energética chamadas adipócitos que atuam no 
armazenamento energético e em outras funções como modelagem corporal, manutenção da 
temperatura e síntese de alguns hormônios.
Figura 6 - Depilação 
Fonte: solar22, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer: na imagem temos das camadas da pele dispostas em três andares, sendo o 
primeiro de baixo para cima a tela subcutânea representada por blocos amarelos simbolizando as 
células de gordura, a segunda mais a cima apresenta feixes coloridos e a raiz do pelo simbolizando a 
Derme e a camada mais superficial apresenta uma coloração clara lisa representando a Epiderme.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
2.3 Epiderme
A Epiderme é uma camada de revestimento e proteção composta por tecido epitelial 
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estratificado pavimentoso queratinizado que estende por toda a superfície do corpo humano. 
Como não apresenta vascularização própria, a Epiderme depende da vascularização da Derme 
para manter suas funções, apresentando diferentes tipos celulares:
• Queratinócitos
Células mais numerosas da Epiderme (cerca de 80% da constituição celular) e são responsáveis 
pela renovação da pele.
• Células de langerhans
Células relacionadas ao sistema imunológico, participando ativamente da proteção contra 
agressões externas.
• Células de Merkel
Células que trabalham como receptores táteis.
• Melanócito
Células, localizadas na junção dermoepidermica, responsáveis pela produção e distribuição 
da pigmentação protetora da pele denominada melanina que atua como uma proteção contra os 
raios ultravioletas emitidos pelo sol. 
Conhecendo um pouco mais sobre a melanina, essa pigmentação protetora da pele 
é produzida na organela celular chamada mitocôndria por meio de uma série de reações 
oxidaditavas conhecidascomo síntese de tirosinase. Após a produção da melanina, a mesma 
é depositada sobre os queratinócitos presentes na Epiderme. Vale ressaltar que a melanina 
também é responsável pela coloração dos pelos corporais.
Em se tratando dos queratinócitos, a Epiderme apresenta cinco camadas celulares distintas 
compostas principalmente por queratinócitos oriundos na junção dermoepidérmica (ligação entre 
a Epiderme e a Derme que marca o limite de cada camada). Tais células serão, gradativamente, 
empurradas para a superfície da pele onde serão eliminadas pelo processo de descamação 
natural. Esse fenômeno é conhecido como renovação natural da pele e dura cerca de 28 a 30 dias. 
As camadas a partir da junção dermoepidérmica são respectivamente:
• Camada basal
Camada mais próxima a Derme que recebe nutrição por meio da vascularização do tecido 
dérmico e possui células germinativas (queratinócitos) e melanócitos. A função primária da 
camada basal é produzir células.
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Camada espinhosa
Camada mais espessa da Derme, localizada, imediatamente, acima da camada basal.
• Camada granulosa
Acima da camada espinhosa em direção à superfície, a camada espinhosa apresenta células 
achatadas e tem como função a proteção da pele.
• Camada lúcida
Também chamada de camada de transição, é encontrada em áreas mais espessas do corpo 
como, por exemplo, na região palmo plantar (planta dos pés).
• Camada córnea
A camada córnea é a porção mais superficial da pele, de espessura variável. Sua função é 
ajudar a manter a integridade da pele, evitando entrada ou saída de agentes agressores.
Abaixo da Epiderme, encontramos a Derme que é composta por tecido conjuntivo ricamente 
vascularizado, além de apresentar diversas estruturas nervosas sensoriais. A Derme é responsável 
pela firmeza e elasticidade da pele, pois apresenta células chamadas fibroblastos que produzem 
colágeno, elastina e reticulina, que são fibras associadas à firmeza, elasticidade e resistência da 
pele, respectivamente (BORGES, 2010).
Na Derme, também está presente o folículo piloso, que apesar de apresentar tipos celulares 
característicos da Epiderme, encontrasse instalado na Derme.
Para a realização de um tratamento epilatório ou depilatório satisfatório, é necessário 
entender as estruturas que compõem a pele e as formas que elas se relacionam entre si para a 
obtenção de melhores resultados em cabine.
2.4 Anexos da pele
O sistema tegumentar é o conjunto de estruturas que revestem, protegem e mantem a 
integridade dos seres vivos. Ou seja, formam o revestimento externo do organismo e é composto 
por pele e anexos cutâneos como unhas, pelos, glândula sebácea e glândula sudorípara.
Interaja com os botões abaixo para conhecer mais detalhes desses anexos cutâneos.
• Unidade polissebácea
Composta por pelo, glândula sebácea e uma musculatura lisa, responsável pela contração 
local para movimentar o pelo (visto por exemplo no arrepio), esse anexo pode ser encontrado 
23
sobre toda superfície da pele, com exceção às peles glabras (sem pelo) das palmas das mãos e 
região palmo plantar.
• Glândulas sebáceas
Essas glândulas têm a função de produzir sebo e secretá-lo no ducto que liga a glândula 
sebácea ao pelo para que assim o sebo acesse a superfície cutânea e ajude na proteção e 
hidratação natural da pele.
• Glândulas sudoríparas
Pequenos túbulos localizados na Derme que liberam na Epiderme uma secreção na Epiderme 
(Glândulas écrinas) ou diretamente nos folículos pilosos (Glândula apócrina). Essas glândulas 
estão diretamente relacionadas com a manutenção de temperatura do corpo.
• Unhas
Placas córneas localizadas nas falanges distais (pontas dos dedos) e estão aderidas sobre a 
pele com intensa atividade proliferativa (de crescimento) em uma região chamada matriz
É importante ressaltar que o pelo desenvolve-se na unidade pilossébácea, onde recebe 
nutrição vinda da Derme e compõe juntamente com as demais estruturas da pele um mecanismo 
de defesa muito eficiente.
2.5 O pelo
Os pelos são estruturas queratinizadas produzidas nos folículo pilosos e apresentam uma 
parte aparente na pele denominada haste e uma porção interna no folículo pilosos, chamada raiz.
Os pelos podem ainda ser classificados de acordo com a espessura que apresentam:
• Velos
Pelos mais finos e claros, localizados, normalmente, em regiões faciais. Por serem menos 
espessos, os velos não apresentam medula.
• Terminais
Pelos mais escuros e espessos que se encontram, por exemplo, na região pubiana do corpo 
humano.
Com relação à anatomia dos pelos, o pelo apresenta três partes estruturais distintas:
• Cutícula
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Porção externa formada por camadas de células sobrepostas e sem pigmentação, que agem 
como camada protetora, evitando danos às regiões internas do pelo.
• Córtex
Camada localizada logo a baixo da cutícula e responsável por cerca de 90% do peso dos fios e 
também por sua coloração devido à presença de melanócitos nessa região. 
• Medula
Conjunto de células que pode variar de acordo com a espessura do fio, localizado na porção 
mais interna do fio. Em fios muito finos não há medula.
É importante saber que os pelos não crescem, continuamente, e apresentam um ciclo de 
crescimento bem definido, separado por períodos de crescimento, repouso e desprendimento 
denominado ciclo de crescimento do pelo.
A fase de crescimento chama-se anágena, enquanto a de repouso chama-se catágena e a fase 
de desprendimento chama-se telógena.
Interaja com os botões, a seguir, para conhecer mais detalhes.
• Fase anágena
Tem uma duração que varia de acordo com a área do corpo, e no couro cabeludo pode durar 
até 5 anos. Nessa fase, a raiz do pelo está unida a uma estrutura de crescimento celular chamada 
célula germinativa, recebendo, portanto, nutrição e vascularização vinda da Derme.
• Fase catágena
Fase de repouso, onde a raiz do pelo inicia um processo de desprendimento da base do 
folículo. Nessa ação, é interrompida a produção de melanina para pigmentação dos pelos. A fase 
catágena dura de 3 a 4 semanas.
• Fase telógena
O fio está completamente desprendido da papila dérmica e apresenta uma regressão no 
tamanho. No couro cabeludo, a fase telógena dura de 3 a 4 meses.
É importante ressaltar que as fases se sucedem, continuamente, e apresentam variações 
de acordo com fatores genéticos e comportamentais. E tais fatores devem ser considerados na 
escolha de um tratamento ou durante a realização de qualquer protocolo.
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Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer a história da Depilação e sua importância para entender os relacionamentos 
sociais humanos;
• aprender sobre a evolução dos métodos depilatórios através da história;
• entender as diferenças entre métodos depilatórios e epilatórios;
• estudar sobre a fisiologia do pelo e demais anexos cutâneos.
PARA RESUMIR
BORGES, F. S. Dermato-Funcional: modalidades terapêuticas das disfunções estéticas. 
São Paulo: Phorte, 2010.
BORELLI, S. Cosmiatria em Dermatologia – Usos e Aplicações. 2. ed. São Paulo: Roca, 
2007.
D’ANGELO, J.; LOTZ, S.; DEITZ, S. Fundamentos da estética 1: Orientações e Negócio. 10. 
ed. São Paulo: Milady, 2011.
HARRIS, M. I. N. C. Pele: estruturas, propriedades e envelhecimento. 2. ed. São Paulo: 
SENAC, 2005.
PRIORE, M. D. História do Cotidiano. São Paulo: Contexto, 2001.
SENAC. Depilação: O profissional, a técnica e o mercado de trabalho. Rio de Janeiro: 
Senac, 2004.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
UNIDADE 2
Higienização e descarte de material 
e normas de biossegurança para 
profissionais e clientes
Você está na unidade Higienização e Descarte de Material e Normas de Biossegurança 
para Profissionais e Clientes. Conheça os conceitos de biossegurança e boas práticas 
e seus procedimentos operacionais, contribuindo para a segurança e qualidade dos 
serviços na área da beleza. Entenda os fundamentos legais que direcionam os trabalhos 
do profissional de depilação e a importância das normas de vigilância sanitária para o 
pleno exercício da profissão.Aprenda a diferença entre assepsia e antissepsia, os métodos 
que devemos usar para proporcionar um ambiente limpo e seguro para a prática de 
depilação e o procedimento correto da higienização das mãos, a fricção antisséptica das 
mãos, a limpeza e a desinfecção de ambientes e a esterilização de materiais que entram 
em contato com o cliente. Compreenda a importância do uso dos equipamentos de 
proteção individual e coletiva e os riscos e perigos no ambiente profissional. Conheça 
ainda os procedimentos fundamentais de descarte seguro de resíduos para preservação 
do ambiente.
Bons estudos!
Introdução
29
1 CONSCIENTIZAÇÃO, PREVENÇÃO E 
BIOSSEGURANÇA
O crescimento na área da beleza fortaleceu o reconhecimento da profissão do depilador, 
gerando competitividade para o mercado de trabalho. As mudanças que ocorrem diariamente 
em sociedade nesse segmento passaram então a exigir do profissional uma melhor qualificação. 
O trabalho com o embelezamento eleva a autoestima das pessoas e é muito prazeroso, porém 
exige uma postura ética e de respeito com o cliente e consigo mesmo. É preciso entender os 
riscos da profissão, sobretudo pelas evidências científicas que apontam para a possibilidade 
de se contrair alguma infecção pela manipulação de instrumentos habitualmente utilizados 
em estabelecimentos de beleza e estética. É importante ter a formação profissional e muito 
conhecimento referente aos fatores de risco nas diversas formas de exposição, com o intuito 
de contribuir para a prevenção, minimização ou eliminação dos danos inerentes a todo tipo de 
atividade. Vamos tratar aqui dos procedimentos de higienização, limpeza e esterilização da área 
de embelezamento e especificamente da depilação.
A Lei n.12.592/12 de 18 de janeiro de 2012 regulamenta as atividades dos diversos profissionais 
da área de bem-estar e beleza. Os profissionais de que trata essa lei deverão obedecer às normas 
sanitárias, efetuando a esterilização de materiais e utensílios utilizados no atendimento a seus clientes.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa - é uma agência reguladora, vinculada ao 
Ministério da Saúde e integrante do Sistema Único de Saúde - SUS. Tem por missão “promover e 
proteger a saúde da população e intervir nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos 
e serviços sujeitos à vigilância sanitária, em ação coordenada com os estados, os municípios e o 
Distrito Federal, de acordo com os princípios do Sistema Único de Saúde, para a melhoria da 
qualidade de vida da população brasileira”.
De acordo com o capítulo I, artigo 6º §1º, entende-se por vigilância sanitária um conjunto de 
ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde, tendo o controle da prestação de 
serviços que se relaciona direta ou indiretamente com a saúde (BRASIL, 1990a).
Cuidar da saúde das pessoas e do trabalhador, garantindo um ambiente de trabalho seguro e 
saudável, é responsabilidade de todos, indivíduos e sociedades.
1.1 Prevenção e biossegurança
O conceito de prevenção surgiu na década de 70. Havia na época grande preocupação com 
o profissional da beleza em relação à saúde do trabalhador contra riscos biológicos. Pensando 
na prevenção primária, a que engloba ações realizadas para evitar a ocorrência de doenças, suas 
estratégias são voltadas para a redução da exposição aos fatores de risco.
30
Como nada melhor para compreender um tema além de conhecê-lo é saber os seus conceitos 
básicos e sua aplicação, vamos iniciar nosso estudo sobre biossegurança, analisando os conceitos 
e ideias fundamentais, compreendendo as implicações da saúde e bem-estar do profissional, dos 
clientes e do meio ambiente.
A biossegurança é um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou, até 
mesmo, eliminar os riscos presentes nas atividades que possam interferir ou comprometer a 
qualidade de vida, a saúde humana e o meio ambiente. Tem como finalidade a proteção à saúde 
por meio de órgãos governamentais e de suas respectivas políticas de saúde pública.
Bio significa vida, então podemos entender que o segmento abrange toda a segurança e 
proteção à vida em diferentes atividades. Todas as medidas de segurança e ações do cotidiano 
que buscam proteção são atitudes de biossegurança.
As medidas de biossegurança envolvem diferentes riscos e podem prevenir danos químicos, 
biológicos, ergonômicos e psicológicos. Mesmo com o avanço tecnológico presente no processo de 
trabalho na área da beleza, as falhas na biossegurança se fazem presentes no cotidiano, exigindo dos 
profissionais melhorias e qualificação de suas práticas, a necessidade de atualização dos conhecimentos 
e a ampliação das ferramentas de sensibilização e proteção dos trabalhadores e clientes.
Um exemplo claro de ações destinadas à segurança ocorreu com a propagação do vírus H1N1 
no mundo, que desencadeou a chamada “gripe suína” e despertou a população para a importância 
da prática de biossegurança na vida diária. Houve divulgação na mídia de técnicas clínicas de 
higienização das mãos, uso de material descartável e até assepsia com produtos antimicrobianos.
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31
2 AMBIENTE DE TRABALHO E SEUS RISCOS
Vamos conhecer agora alguns conceitos de riscos em ambientes de trabalho.
2.1 Conceito de risco e perigo
O glossário de NR 10, norma do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) define risco como 
“a capacidade de uma grandeza com potencial para causar lesões ou danos à saúde das pessoas” 
(BRASIL,1978). Sendo assim, risco é a probabilidade de ocorrer um evento bem definido no 
espaço e no tempo, que causa danos à saúde.
Em relação ao perigo, o glossário da NR 10, o define como “situação ou condição de risco 
com probabilidade de causar lesão física ou danos à saúde por ausência de medidas de controle” 
(BRASIL,1978). Desse modo, perigo é a expressão de uma qualidade ambiental que apresente 
características de possível efeito maléfico para a saúde ou para o meio ambiente.
2.2 Riscos ocupacionais
Os tipos de riscos presentes no ambiente de trabalho de forma geral estão regulamentados 
pela Portaria nº. 25, de 29 de dezembro de1994, do MTE (Anexo IV – NR. CIPA), que classifica os 
cinco grupos (Brasil, 1994b):
GRUPO 1
Apresenta os riscos físicos, como ruído, vibrações, as radiações ionizantes e não ionizantes, o 
frio e o calor, as pressões anormais e a umidade.
GRUPO 2
Representa os riscos químicos, como as poeiras, os fumos, as névoas, as neblinas, os gases, os 
vapores, bem como substâncias, compostos ou produtos químicos em geral.
GRUPO 3
Representa os riscos biológicos, como os vírus, as bactérias, os protozoários, os fungos, os 
parasitas e os bacilos.
GRUPO 4
Representa os riscos ergonômicos, como os esforços físicos intensos, o levantamento 
e o transporte manual de pesos, a exigência de postura inadequada, o controle rígido de 
produtividade, a imposição de ritmos excessivos, o trabalho em turno e noturno, as jornadas 
de trabalho prolongadas, monotonia, e repetitividade e outras situações causadores de estresse 
32
físico ou psíquico.
GRUPO 5
Representa os riscos de acidentes, como o arranjo físico inadequado, máquinas e equipamentos 
sem proteção, as ferramentas inadequadas ou defeituosas, a iluminação inadequada, a 
eletricidade, a probabilidade de incêndio de explosão, o armazenamento inadequado, os animais 
peçonhentos e outras situações de riscos que poderão contribuir para a ocorrência de acidentes.
Na área da depilação, a maioria dos riscos pode ser prevenido, minimizado ou eliminado por 
meio da adoção de medidas adequadas de biossegurança.
3 CONTROLE DE MICRORGANISMOS
Para fins didáticos, considerando a relevância do tema, abordaremos, a seguir, as terminologias 
básicas usadas no controle de microrganismo.
LIMPEZA
Remoção das sujidades depositadas nas superfícies inanimadas utilizando-se meios mecânicos 
(fricção), físicos (temperatura) ou químicos (saneantes), em determinado período de tempo.
Atenção! Superfícies limpas conseguem reduzircerca de 80% dos microrganismos.
ASSEPSIA
Conjunto de procedimentos utilizados para evitar a infecção dos tecidos durante a intervenções 
cirúrgica.
Engloba os seguintes procedimentos: esterilização, desinfecção e antissepsia.
ANTISSEPSIA
Técnica de desinfecção química utilizada para promover a destruição ou a inativação dos 
microrganismos presentes na pele, nas mucosas, em tecidos vivos de animais ou humanos. Por 
exemplo, fazer antissepsia das mãos antes de realizar o procedimento de depilação.
DEGERMAÇÃO
Técnica de retirada forçada dos microrganismos presentes na pele por meio do uso de 
antissépticos. Por exemplo o procedimento de passar o algodão com álcool antes da aplicação de 
uma injeção, ou antes dos procedimentos de depilação.
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DEDETIZAÇÃO
Adoção dos métodos ou produtos, físicos ou químicos, com a finalidade de matar ou inibir 
microrganismos patogênicos em superfícies ou ambientes, como salas de depilação, a ponto de 
não mais oferecer riscos de disseminação.
DESINFECÇÃO
Processo que elimina a maioria ou todos os microrganismos patogênicos, que causam 
doenças, exceto os esporos
bacterianos, em objetos inanimados. Utiliza-se processo químico por desinfetantes ou físico 
por temperatura. É classificado em níveis: baixo, médio e alto. Superfícies limpas e desinfetadas 
conseguem reduzir cerca de 99% dos microrganismos. São exemplos de Desinfetantes: Álcool 
70%, compostos fenólicos, quaternário de amônia, compostos liberadores de cloro ativo, ácido 
peracético, peróxido de hidrogênio.
ESTERILIZAÇÃO
Remoção ou destruição total de microrganismos patogênicos e não patogênicos, presentes 
em determinado objeto ou material. O aquecimento é a técnica mais utilizada para destruir 
microrganismos. Por exemplo pinças utilizadas pelas depiladoras devem ser esterilizadas sempre 
após o uso, garantindo a segurança da próxima cliente
GERMICIDAS
São agentes químicos, ou físicos capazes de eliminar os microrganismos. Por exemplo: 
fungicidas matam fungos e bactericidas matam bactérias.
SANITIZAÇÃO
Tratamento que ocasiona a redução de vida microbiana em equipamentos, até almejar níveis 
seguros de saúde pública
SEPSE OU SEPTICEMIA
Contaminação bacteriana grave por microrganismos patogênicos.
34
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3.1 Classificação dos serviços na área da saúde
Segundo a terminologia básica da Anvisa, as áreas dos serviços de saúde se classificam em:
• Áreas críticas: Áreas que oferecem maior risco de infecção devido ao estado grave dos 
pacientes e aos procedimentos invasivos.
• Áreas semicríticas: São as demais áreas onde se encontram pacientes internados, mas 
cujo risco de transmissão de infecção é menor do que nas áreas críticas. 
• Áreas não críticas: São todas as áreas não ocupadas ou transitadas por clientes.
Lembrando que o risco de infecção do cliente está relacionado aos procedimentos a que 
ele é submetido, independentemente da área em que ele se encontra. Isso deve nortear o 
gerenciamento dos processos de limpeza e a desinfecção de superfícies, assim como a divisão de 
atividades, dimensionamento de equipamentos, profissionais e materiais afins.
3.2 Classificação dos artigos nos procedimentos na área da saúde
Em relação aos artigos, são classificados como:
• Artigo crítico: Aqueles que cortam ou penetram na pele e mucosas.
• Artigo semicrítico: Aqueles que entram em contato com a pele ou mucosa não íntegras, 
ou seja, machucadas.
• Artigo não crítico: Aqueles que entram em contato com a pele íntegras, ou seja, não 
machucadas.
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4 MÉTODO DE CONTROLE BIOLÓGICO
Atualmente, existem métodos para o controle de microrganismos, sendo eles os vírus, as 
bactérias, os fungos, entre outros. Os métodos mais utilizados e indicados para área de depilação 
são os físicos e químicos.
4.1 Métodos físicos
São vários os métodos físicos de esterilização. O método mais utilizado na área da beleza é 
o método físico por temperatura, para controle do crescimento e eliminação de microrganismos 
e constitui um dos métodos mais antigos eficientes. Essa técnica pode ocorrer pelo calor úmido 
ou seco.
Método de esterilização por calor úmido
Autoclave: Método de esterilização que requer um equipamento chamado autoclave. A 
esterilização em autoclave é alcançada após 45 minutos a 115ºC ou 15 minutos a 121ºC.
Método de esterilização por calor seco
Forno de Pasteur e estufas: Método de esterilização capaz de promover, dentro de uma 
câmara, aquecimento mais rápido, controlado e uniforme. Recomendado para materiais 
resistentes ao calor, como pinças utilizadas em procedimentos de depilação. No forno de Pasteur 
existe um termostato que regula a temperatura desejada. Dessa forma você pode utilizar as 
seguintes temperaturas: 121ºC por 12 horas; 160ºC por 2 horas e 170ºC por 1 hora.
Fornos elétricos ou equipamentos com lâmpada ultravioleta não esterilizam os materiais de 
metal, como espátulas e pinças.
4.2 Métodos químicos
Os métodos químicos de controle de microrganismos mais utilizados na área da beleza são:
Sabão e detergentes: são utilizados nas primeiras etapas da desinfecção.
Os álcoois: na concentração de 70% a 90%, possuem excelente aplicação para antissepsia 
da pele, a desinfecção de instrumentais, como pinças e espátulas. Nessa concentração estão 
classificados como nível intermediário.
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5 QUALIDADE
A qualidade é um valor subjetivo conhecido por todos e definido de forma diferenciada por 
diferentes grupos de sociedade. A qualidade de produtos e serviços assume diferentes apreciações 
e conceitos quando projetada a visão do cliente e do profissional.
Do ponto de vista do cliente de um estabelecimento de beleza, a qualidade está associada ao 
valor e à utilidade recomendada do serviço como empatia com o profissional, agilidade e rapidez 
no atendimento, eficácia no tratamento, produtos utilizados, limpeza, higiene e organização do 
ambiente, utilização de normas de biossegurança, além do custo do serviço.
Do ponto de vista do profissional, a qualidade se associa à concepção de prestação de um 
serviço que vá ao encontro das necessidades do cliente, o que deve ser definido de forma clara e 
objetiva e definir os requisitos de qualidade.
Utilize o QR Code para assistir ao vídeo:
5.1 Ferramentas utilizadas para a implementação de programas de 
qualidade
Vamos conhecer agora as principais ferramentas para a implementação e uso de programas 
de qualidade.
FLUXOGRAMA
Permite o mapeamento individualizado de cada etapa de uma sequência de trabalho de 
forma detalhada ou de forma sintética, em que os setores envolvidos podem ser visualizados 
no processo. O objetivo principal do fluxograma é a padronização do processo na representação 
dos métodos, melhoria da leitura de rotinas, visualização dos responsáveis pelas atividades e 
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setores envolvidos e identificação dos pontos mais importantes das atividades visualizadas, o que 
permite maior flexibilização e melhor grau de analise como do processo como um todo.
Figura 1 - Fluxograma aplicado à área da beleza 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
#PraCegoVer: A imagem apresenta um modelo de fluxograma que pode ser aplicado à área 
de beleza. Nele constam etapas, atividades e os profissionais responsáveis em cada ação.
FOLHA DE VERIFICAÇÃO
É um formulário estruturado para viabilizar e facilitar a coleta e posterior análise de dados, 
sobre frequência de procedimentos. Um exemplo prático é a utilização da folha de verificação 
com a finalidade de anotar a frequência e outras informações na utilização da autoclave par 
esterilização de pinças, espátulas e outros instrumentais.
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Figura 2 - Folha de verificação de utilização da autoclave em um estabelecimento de beleza 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
#PraCegoVer: A imagem apresenta o exemplo de folha de verificação de utilização da 
autoclave em um estabelecimento de beleza.
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)
Os Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) são documentos nos quais se registram os 
processos parao controle de dos itens mais críticos dentro de um estabelecimento. Devem 
servir como instrumentos para a padronização de processos e procedimentos. Devem conter as 
instruções sequenciais das operações e a frequência da execução, especificando o nome, a função 
dos responsáveis pelas atividades. Ao final da elaboração, os POPs aprovados datados e assinados 
pelo responsável do estabelecimento. Os POPs devem estar escritos de forma clara e objetiva, a 
intenção deve ser a de evidenciar facilmente a maneira como se executa o procedimento. 
Os itens a serem considerados nos POPs são os seguintes: 
1. Objetivo: descrever nesse item os objetivos do documento.
2. Documento de referência: citar normas técnicas e legais que servem como base para o 
documento.
3. Campo de aplicação: descrever para quais setores ou áreas o procedimento se aplica.
4. Definições: definir termos usados.
5. Responsabilidades: citar quem serão os responsáveis pela execução do procedimento.
6. Descrição: nesta etapa devem ser descritos os procedimentos passo a passo.
7. Monitorização: citar como será feita a monitorização do procedimento.
8. Ação corretiva: descrever quais serão as ações corretivas para cada situação de não 
conformidade.
Verificação: descrever de forma clara e objetiva, o quê, como, quando e quem executará os 
procedimentos.
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6 BOAS PRÁTICAS
O conceito de boas práticas é compreendido pela união da biossegurança e pela gestão da 
qualidade e constitui, em um sentido amplo, o conjunto de ações que permitem materializar 
no cotidiano o sistema de qualidade na entrega dos serviços. Essas práticas compreendem de 
um lado, o cumprimento das diretrizes e normas para controle dos processos, de outro lado, 
as condutas por parte de todos, para um nível satisfatório de segurança diante dos riscos 
identificados envolvendo o profissional, o cliente e o meio ambiente. A interpretação de boas 
práticas e gestão da qualidade demanda estratégias de motivação, participação, comunicação 
e solidariedade indo além da conotação normativa, sendo assim, a criatividade, a liderança, e a 
participação também são boas práticas a serem disseminadas.
6.1 Boas práticas para o profissional
Tão importante quanto ser especialista no que faz é ter uma boa postura e apresentação 
profissional. Nesse sentido, apenas o conhecimento técnico-científico não basta. É fundamental 
para os profissionais da área de beleza desenvolver com sensatez e competência suas atribuições, 
buscando novas formas de agir alinhados à conduta ética. Para tanto, os profissionais devem 
atentar-se para:
• Falar baixo.
• Comunicar-se de forma clara e objetiva, evitando gírias.
• Agir com cordialidade e flexibilidade nas relações interpessoais.
• Cooperar com a equipe.
• Ser proativo na solução dos problemas.
• Valorizar e respeitar a diversidade.
• Manter o sigilo profissional no trato de informações.
• Respeitar a privacidade do cliente.
• Não mascar chiclete durante o atendimento.
• Não comer, beber ou fumar no local de atendimento.
• Manter a higiene e asseio corporal.
• Manter a pele limpa.
• Estar sempre com os dentes limpos e hálito saudável.
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• Deixar barba e bigode aparados ou ausentes, se interferir na eficácia de EPIs.
• Usar perfume suave.
• Usar maquiagem suave.
• Deixar o cabelo higienizado e preso, de forma que não atrapalhe a prática profissional.
• Manter as unhas limpas e curtas.
• Usar roupas discretas, sem decote e transparência, calça comprida e jaleco, preferencial-
mente de cor branca ou clara.
• Usar calçado fechado, impermeável e resistente à puntura, preferencialmente de cor 
clara.
• Não utilizar adornos durante as práticas profissionais.
São considerados adornos: alianças, anéis, pulseiras, relógios de uso pessoal, colares, brincos, 
broches, piercings expostos, gravatas e crachás pendurados com cordão.
Importante: A NR 32 proíbe o uso de adornos pelos trabalhadores, principalmente os que 
mantêm contato com agentes biológicos. Os adornos acumulam microrganismos capazes de 
adoecer profissionais e clientes!
6.2 Higienização das mãos
A higienização das mãos (HM) é o processo que tem por finalidade remover a sujidade, 
suor, oleosidade, pelos, células descamativas e alguns microrganismos da pele. É a medida 
individual mais simples e de baixo custo para prevenir a propagação das Infecções Relacionadas à 
Assistência à Saúde (IRAS). IRAS atualmente é o que chamávamos de infecção hospitalar. O termo 
foi ampliado com o entendimento de que essas doenças não estão somente no hospital, mas 
também em qualquer local de atendimento à saúde, por exemplo, nos centros de embelezamento 
e consultórios odontológicos.
Quanto mais esclarecimentos tivermos da microbiota normal da pele, melhor para realizarmos 
a higienização correta das mãos e aplicação das boas práticas. Se pensarmos na pele que reveste o 
nosso organismo, sabemos que ela isola componentes orgânicos do meio exterior, impedindo a ação 
de agentes externos de qualquer natureza, oferecendo a proteção imunológica de que precisamos.
Devido à sua localização e extensa superfície, a pele é constantemente exposta a vários tipos 
de microrganismos do ambiente, como fungos e bactérias, tais como:
• Microbiota infecciosa: Compõe microrganismos causadores de doenças, mais resistente 
à remoção pela higienização simples das mãos.
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• Microbiota transitória: Pode compor microrganismos causadores de doenças, sobrevive 
por curto período de tempo, é removido pela higienização simples das mãos.
• Microbiota residente: Compõe microrganismos menos prováveis de infecções, vive perma-
nentemente na pele, mais resistente à remoção apenas pela higienização simples das mãos.
Vale lembrar ainda que fungos como Candida spp. e vírus da hepatite A, B, C, podem colonizar 
transitoriamente a pele, principalmente polpas digitais, após contato com clientes ou superfícies 
inanimadas. Uma pesquisa inédita sobre o “Custo das doenças do dia a dia”, feita em parceria 
com a Escola de Higiene Tropical de Londres, revelou que a família brasileira gasta, em média, R$ 
1.151,55 por ano com episódios de doenças causadas por microrganismos, as quais poderiam ser 
evitadas pelo simples hábito de higienizar as mãos. Principais doenças detectadas pela pesquisa 
são: respiratória 33,3%, diarreicas 11,8% e infecções de pele 7,4%.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que a lavagem das mãos com sabonete pode 
reduzir infecções diarreicas em até 40%. As mãos são as principais ferramentas de trabalho 
do profissional da saúde e, portanto, a principal forma de transmissão de doenças. O termo 
“lavagem das mãos” foi substituído por “higienização das mãos” devido à maior abrangência 
deste procedimento.
Existem quatro técnicas utilizadas para higienização das mãos na área da saúde, sendo elas:
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS
Lavatório, água corrente, sabonete líquido neutro, papel toalha e lixo.
HIGIENIZAÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS
Lavatório, água corrente, sabonete líquido antisséptico, papel toalha e lixo.
FRICÇÃO ANTISSÉPTICA DAS MÃOS
Solução Antisséptica por exemplo, álcool 70% gel, espuma de clorexidina, dentre outros. 
Contraindicado quando as mãos estiverem visivelmente sujas, assim como sua utilização 
imediatamente após a higienização com água e sabonete, devido à remoção excessiva da 
oleosidade natural da pele e maior ocorrência de irritação, lesões e dermatites.
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS
Realizada em processos cirúrgicos e procedimentos invasivos de alta complexidade.
Relatório da Anvisa pontua que os profissionais da saúde higienizam as mãos menos da 
metade das vezes que deveriam e, desses, apenas 31% realizam a técnica de forma adequada. 
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É preciso estar atento para realização adequada desta prática com a finalidade de minimizar os 
riscos de contaminação por agentes biológicos.
Importante: antes de iniciar as técnicas, é necessário retirar os adornos (anéis, pulseiras, 
relógio, dentre outros), pois sob tais objetosacumulam-se microrganismos causadores de 
doenças!
De acordo com a Anvisa, seguem a seguir dicas de como higienizar as mãos com água e 
sabonete.
1. Molhe as mãos com água.
2. Aplique a quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das 
mãos.
3. Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si.
4. Friccione a palma da mão direita sobre o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos 
e vice-versa.
5. Entrelace os dedos e friccione os espaços entre os dedos.
6. Friccione o dorso dos dedos de uma das mãos com a palma da mão oposta, com movimentos 
de vaivém, segurando os dedos e vice-versa.
7. Friccione o polegar esquerdo em movimento circular, com o auxílio da palma da mão 
direita, e vice-versa.
8. Friccione, fazendo movimento circular, as polpas dos dedos e as unhas da mão direita 
contra a mão esquerda, e vice-versa.
9. Enxágue bem as mãos com água.
10. Seque as mãos com papel toalha descartável.
11. No caso de torneira com fechamento manual, utilize sempre o papel toalha para fechar a 
torneira e jogue-o no lixo após o uso.
12. Agora suas mãos estão limpas.
Essa ação deve durar o tempo de 40 a 60 segundos (ANVISA). 
Vejamos agora como higienizar as mãos realizando a fricção antisséptica com preparações 
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alcoólicas.
1. Aplique a quantidade suficiente de preparação alcoólica em uma das mãos em forma de 
concha, para cobrir todas as superfícies das mãos.
2. Aplique a preparação alcoólica nas mãos friccionando-as entre si.
3. Friccione a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda, entrelaçando os dedos 
e vice-versa.
4. Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais
5. Friccione o dorso dos dedos de uma das mãos com a palma da mão oposta, com movimentos 
de vaivém, segurando os dedos e vice-versa.
6. Friccione o polegar esquerdo em movimento circular, com o auxílio da palma da mão 
direita, e vice-versa.
7. Friccione, fazendo movimento circular, as polpas dos dedos e as unhas da mão direita 
contra a mão esquerda, e vice-versa.
8. Quando estiverem secas suas mãos estarão seguras.
Essa ação deve durar o tempo de 20 a 30 segundos (ANVISA).
Higienizar as mãos é uma prática de segurança e saúde que serve para todos. No entanto, os 
profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantêm contato direto ou indireto com 
o cliente, devem redobrar esse cuidado e atenção. No ambiente profissional devemos realizar a 
higienização das mãos:
Antes da realização de procedimentos assépticos, ou seja, livres de microrganismos. 
• Antes e após o contato com o cliente.
• Antes e após calçar luvas.
• Após contato com áreas próximas ao cliente.
• Após risco de exposição a fluidos ou secreções corporais.
• Sempre que as mãos estiverem visivelmente sujas.
• Antes de comer ou manusear os alimentos.
• Antes e após ir ao banheiro.
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• Após assoar o nariz, tossir ou espirrar.
• Após tocar em animais ou nos seus dejetos.
• Após manusear lixos.
• Após usar os transportes e ambientes públicos.
6.3 Boas práticas na higienização das mãos
Para a garantia das boas práticas na higienização das mãos, são recomendados alguns 
cuidados. Vamos conhecê-los agora:
• Garantir a presença de dispositivos visuais para incentivo das boas práticas de higieniza-
ção das mãos.
• Disponibilizar lavatório ou pia, papel toalha, sabonete líquido e lixeira no local de atendi-
mento.
• Ter um lavatório, preferencialmente, exclusivo para higienização das mãos.
• Ter uma torneira e lixeira, preferencialmente, acionadas por pedais ou demais dispositi-
vos que dispensem o uso das mãos.
• Não utilizar toalha de tecido para secagem das mãos.
• Ter uma solução antisséptica (álcool gel 70%) no local de atendimento.
7 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
A NR 32 (Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho) estabelece as diretrizes básicas 
para a segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde.
Considera-se Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo dispositivo ou produto de uso 
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individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção dos riscos que ameaçam a segurança 
e a saúde no trabalho. É dever do empregador disponibilizar todos os EPIs necessários e treinar 
o trabalhador quanto ao seu uso adequado, assim como é dever do profissional conservá-los e 
utilizá-los adequadamente.
Equipamentos como extintores de incêndio e autoclave oferecem proteção coletiva são 
considerados Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). Os extintores, por sua vez, devem estar 
visíveis, bem sinalizados, em local acessível a todos e dentro do prazo de validade. Exemplos de 
tipos de extintores:
• Produtos químicos: extintores PQS de pó.
• Eletricidade: extintores a gás CO2.
• Papéis: extintores de água comprimida.
Existem muitos tipos de EPIs, e eles são utilizados de acordo com o grau e tipo de riscos. Os 
mais utilizados na área da beleza são:
GORRO
Indicado para proteção dos cabelos e couro cabeludo contra os riscos biológico e químico. 
Utilizado como método de barreira por evitar a queda dos cabelos e sujidades do couro cabeludo 
na área do atendimento. Deve ser descartado em lixo infectante quando estiver visivelmente 
sujo, rasgado ou úmido.
ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Fique de olho
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) não devem ser utilizados fora do local de 
atendimento. Assim como não pode ser guardado junto a objetos pessoais.
Indicado para proteção dos olhos contra os riscos biológico, químico e físico. Devem ser leves, 
confortáveis, transparentes e fechados lateralmente. Após o uso devem ser lavados com água 
corrente e detergente neutro, e armazenados em local limpo e seco.
FIQUE DE OLHO
Os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) não devem ser utilizados fora do local de 
atendimento. Assim como não pode ser guardado junto a objetos pessoais.
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MÁSCARA CIRÚRGICA
Proteção das mucosas do nariz e boca contra microrganismos por gotículas presentes na fala, 
tosse ou espirro. Utilizada como método de barreira por evitar a exposição de secreções expelidas 
pela boca e nariz do profissional na área do atendimento. Deve apresentar boa qualidade de 
filtração e ser segura para uso no período médio de duas horas. Sempre trocar quando estiver 
visivelmente suja, úmida ou rasgada. Evitar tocar no rosto/máscara quando munido de luvas. 
Não colocar no pescoço, cotovelo ou cabeça. Homens devem aparar barba ou cavanhaque, 
objetivando garantir a correta vedação do EPI. Após uso, descartar em lixo infectante.
LUVAS DE PROCEDIMENTO
Protege as mãos contra os riscos de exposição aos agentes biológicos e químicos. Respeitar 
a técnica de calçar e remover as luvas. Não tocar desnecessariamente nas superfícies quando 
calçado com as luvas (abrir portas, atender telefone, dentre outros). Descartar em lixo infectante 
sempre que estiverem visivelmente sujas ou rasgadas.Trocar as luvas a cada atendimento (não 
esquecendo de higienizar as mãos antes e após o seu uso).
Durante o mesmo atendimento, trocam-se as luvas na mudança do campo de trabalho/área 
corporal (sempre iniciando no local menos para o mais contaminado). Não calçar uma luva sobre 
a outra, não é indicado a utilização de duplo enluvamento. Não reutilizar as luvas.
LUVAS DE BORRACHA CANO LONGO
Protegem as mãos contra o risco de exposição aos agentes biológicos e químicos. Após o uso, 
devem ser lavadas adequadamente com água corrente e detergente neutro e, após a completa 
secagem, armazenar em local limpo e seco. Trocar sempre que apresentar deformidades.
JALECO
Protege as vestimentas e corpo do profissional contra o risco biológico e químico. Necessário 
o uso em todos os atendimentos ou procedimentos. Não deve ser utilizado fora da área de 
trabalho (Lei Estadual 14.466/11).
Quando estiverem visivelmente sujos, devem ser lavados adequadamente com água corrente 
e detergente neutro e, após completa secagem, armazenados em local limpo e seco.
AVENTAL DESCARTÁVEL DE MANGA LONGA
Protege as vestimentas e corpo do profissional contra o risco biológico e químicoem 
procedimentos que mobilizam maior quantidade de secreções ou dispersem partículas no ar. 
Trocar quando estiver sujo, úmido ou rasgado. Descartar em lixo infectante.
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SAPATO
Protege os pés contra os riscos físico, químico e biológico. Necessário o uso em todos 
os procedimentos. Deve ser totalmente fechado, impermeável, resistente à puntura e 
preferencialmente de cor clara. Quando estiver visivelmente sujo, deve ser lavado adequadamente 
com água corrente e detergente neutro e, após completa secagem, armazenado em local limpo 
e seco.
7.1 Boas práticas no uso de EPIs e EPCs
Vamos conhecer agora as boas práticas na utilização de equipamentos de proteção tanto 
individuais como coletivos.
• Presença de EPIs e EPCs necessários para as práticas profissionais desenvolvidas.
• Todo EPI deve conter o Certificado de Aprovação (CA) pelo Ministério do Trabalho e Em-
prego (MTE).
• EPIs não devem ser guardados junto a objetos pessoais.
• EPI descartável não deve ser reutilizado.
8 VACINAÇÃO
A vacinação se configura em uma medida de extrema importância para prevenção de doenças 
infectocontagiosas. Pesquisas revelam que o risco de o profissional da saúde contrair doenças 
no trabalho é muito grande, variando, desde doenças de pele (como as dermatites e micoses) 
até doenças mais graves e sem cura (como Hepatite B: risco de aquisição de infecção de 6% a 
30%, HIV: risco de 0,2% a 0,5%; e Hepatite C: aproximadamente 1,8%). Recomenda-se para os 
profissionais da saúde as seguintes vacinas:
• Vacina dupla bacteriana do tipo adulto – dT: Protege contra a Difteria e o Tétano.
• Vacina hepatite B: Infecção do fígado (hepatite) causada pelo vírus da hepatite B.
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• Influenza: Protege contra Gripes Sazonais
• SCR: Protege contra Sarampo, Caxumba/Parotidite Infecciosa e Rubéola.
• Varicela: Protege contra Varicela/Catapora).
Em relação às boas práticas de vacinação, precisamos estar atentos às recomendações:
Carteirinha de vacinação atualizada.
A vacinação não é um ato obrigatório, contudo, representa valiosa ferramenta de proteção 
para o profissional da saúde.
9 ERGONOMIA
O campo da ergonomia atua na adaptação e/ou mudança do ambiente ao homem, objetivando 
a qualidade nas atividades diárias (dormir, praticar esportes, realizar afazeres domésticos etc.), 
no trabalho (posicionamento corporal, adequação de equipamentos etc.) e nos relacionamentos 
entre as pessoas (gentileza, comunicação assertiva, postura colaborativa etc.). Busca a garantia 
e manutenção da saúde física e mental, assim como da dignidade e prazer em viver e trabalhar. 
Consideram-se domínios da ergonomia:
ERGONOMIA FÍSICA
Refere-se à postura no trabalho, manuseio de materiais e equipamentos, movimentos 
repetitivos, adequação do posto de trabalho, assim como Doenças Osteomusculares Relacionadas 
ao Trabalho (Dorts).
ERGONOMIA COGNITIVA
Refere-se aos processos mentais de percepção, memória, raciocínio, resposta motora aos 
estímulos ambientais e relacionamento interpessoal.
ERGONOMIA ORGANIZACIONAL
FIQUE DE OLHO
Todas essas vacinas são oferecidas gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em 
caso de dúvidas, procure a Unidade de Saúde mais próxima ou a Vigilância Epidemiológica 
do seu município.
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Refere-se ao gerenciamento de recursos físicos e humanos, objetivando a gestão da qualidade; 
tais como, organização temporal do trabalho, trabalho em grupo, cultura organizacional 
cooperativa e participativa.
Em se tratando de cuidados, vejamos as dicas a seguir:
Atenção à iluminação adequada
• Preservar a acuidade visual, mantendo conforto visual e precisão no trabalho.
• Optar pela luz branca, pois esta promove iluminação adequada para os processos de 
avaliação física do cliente em todos os procedimentos.
• Utilizar, preferencialmente, luminária com lupa, pois esta promove iluminação ajunta 
com aumento das áreas corporais, em procedimentos de maior precisão visual. 
Atenção aos ruídos
• Falar baixo e evitar conversa paralela durante o atendimento ao cliente, para um confor-
to auditivo, postura profissional e manutenção de ambiente relaxante.
• Utilizar música ambiente para relaxamento, em volume que não atrapalhe o diálogo. O 
nível de ruído aceitável para efeito de conforto é de até 65 dB.
Atenção à temperatura ambiente
• Evitar o uso do ventilador devido à dispersão de partículas no ar.
• Preferir a utilização do ar-condicionado na temperatura efetiva entre 20ºC e 23 ºC e umi-
dade relativa do ar não inferior a 40%.
Organização do ambiente
• Armazenar, preferencialmente, os materiais pesados em armários e prateleiras alinhados 
à cintura, deixando os materiais leves abaixo da cabeça e acima do joelho.
• Organizar os produtos, equipamentos e mobiliários da assistência da sala de atendimen-
to de modo acessível, não atrapalhando as práticas assistenciais.
FIQUE DE OLHO
Na medida do possível, organize/planeje uma agenda de trabalho de forma que 
possibilite ao trabalhador a manutenção da sua saúde física e mental! Invista nas dicas 
ergonômicas abaixo!
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• Manter no local apenas os materiais que forem utilizados na atividade exercida.
• Organizar fora da área de atendimento os produtos e equipamentos de limpeza, para 
redução do risco de contaminação.
• Posicionar e regular a maca corretamente, de modo que fiquem todos os lados alinhados 
aos padrões ergonômicos por práticas: (sentado – respeitando o ângulo de 90º dos coto-
velos; em pé – no nível da cintura).
Pausas
• Evitar a ocorrência de Dorts e manutenção da saúde mental com atitudes simples:
• Respeitar as pausas para refeições.
• Evitar jornada de trabalho prolongada.
• Valorizar o período de férias.
Atenção às posturas
• Favorecer o movimento corporal e biomecânica.
• Manter os joelhos flexionados sempre que aplicar pressão.
• Fazer uso de sapatos que beneficiem o posicionamento da coluna (fechado, antiderra-
pante, confortável, sem salto).
• Manter os ombros retos e alinhados, nunca encurvados. Antebraço alinhado à linha da 
cintura, evitar a sobrecarga das mãos utilizando o peso do corpo na aplicação de força.
• Manter as costas sempre eretas, ombros relaxados, mover o tronco por inteiro, não so-
brecarregar ao adotar posturas com olhar para baixo e movimento só do pescoço.
Atividades sentado
• Deixar o plano de trabalho ao nível adequado, trabalho de precisão, leve ou pesado.
• Manter os equipamentos e materiais ao alcance.
• Manter o corpo próximo da mesa.
• Deixar a costas eretas e ombros relaxados.
• Ter apoio para mãos e antebraços.
• Manter a mesa com pontas arredondadas.
• Não usar roupa apertada.
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Atividades em pé
• Ter uma altura do plano de trabalho adequada, trabalho de precisão, leve ou pesado.
• Deixar os equipamentos e materiais ao alcance.
• Garantir espaço suficiente para os pés.
• Evitar curvar as costas.
• Não usar roupa apertada.
Alongamentos laborais
• Fazer alongamentos para aumentar a circulação sanguínea, lubrificar e aumentar a vis-
cosidade das articulações e tendões, proporcionando melhor utilização da capacidade 
funcional.
• Realizar exercícios antes ou logo nas primeiras horas do início do trabalho ou atividades.
Exercícios compensatórios
• Evitar a ocorrência de Dorts.
• Realizar ao longo do trabalho e atividades, de acordo com os grupos osteomusculares 
mais utilizados nas práticas. Duram de cinco a dez minutos, média de quinze segundos 
por postura.
Cordialidade e postura colaborativa
• Adotar uma postura profissional e ética, valorizando a construção coletiva, o trabalho 
compartilhado, a qualidade e segurança no atendimento.
• Comunicar-se de forma clara e objetiva.
• Ser cordial e flexível nas relações interpessoais.
• Cooperar com a equipe.
• Ser proativo na solução dos problemas.
• Valorização e respeito à diversidade.
• Sigilo profissional no trato de informações.
• Respeito à privacidade do cliente.
Vejamos a seguir as boas práticas da ergonomia:
• Ambiente organizado, com iluminação e ventilação adequada.
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• Presença de depósito

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