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Supremacia Constitucional ● Conceito jurídico de Constituição: ↳ Nesse conceito, a Constituição corresponde à norma positiva suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, conferindo fundamento de validade a elas, sem levar em conta qualquer consideração sociológica, política ou filosófica. ↳ Acredita que a Constituição é o documento mais importante de um país. ● Supremacia Constitucional: ↳ Ordenamento jurídico: conjunto de todas as espécies normativas que regem a vida em sociedade, dentro de um Estado. ↳ O ordenamento é representado pela Pirâmide de Kelsen, que representa as normas em ordem hierárquica, sendo que as normas superiores conferem o fundamento de validade das normas inferiores. ● Fundamento de validade das normas jurídicas: ↳ As normas só são válidas e aceitas dentro do ordenamento jurídico estatal se estiverem de acordo com as normas superiores. ↳ O último fundamento de validade de todas as espécies normativas do ordenamento jurídico é a Constituição. ⇘ confere o fundamento de validade de todo o ordenamento jurídico. ↳ De acordo com o Princípio da Legalidade, somente uma LEI pode nos obrigar ou proibir de fazer alguma coisa. ⇘ então porquê devemos obedecer Decretos, Portarias ou Resoluções de órgãos administrativos? porque são autorizadas por uma LEI que lhes confere o fundamento de validade. ➔ princípio da legalidade na CF/88: ↳ art. 5. II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; ● Características das espécies normativas: a) primárias: ↳ estabelecem obrigações (diretos e deveres), dizem o que podemos ou não fazer. ↳ são editadas pelo Poder Legislativo. ↳ costumam não dar muitos detalhes sobre a forma de cumprimento das obrigações. ↳ leis ordinárias, leis complementares etc. b) secundárias: ↳ regulamentem as espécies primárias, dando detalhes de como a obrigação estabelecida deve ser cumprida. ↳ são editadas pelo Poder Executivo. ↳ decretos e regulamentos. c) exemplo: ➔ art. 5, XXXII - CF (norma constitucional): ↳ O Estado promoverá na forma de lei, a defesa do consumidor. ➔ art. 6, III - Código de Defesa do Consumidor (espécie normativa primária): ↳ Capítulo III - Dos Direitos Básicos do Consumidor: art. 6 são direitos básicos do consumidor: III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços , com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os riscos que apresentem. ➔ decreto 4680/2003 (espécie normativa secundária): ↳ art. 1 este decreto regulamente o direito à informação assegurada pela Lei número 8.078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, sem prejuízo do cumprimento das demais normas aplicáveis. ↳ art. 2 na comercialização de alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, com presença acima do limite de um por cento do produto, o consumidor deverá ser informado da natureza transgênica desse produto. ➔ portaria - mj 2658/2003: ↳ MINISTRO DO ESTADO DA JUSTIÇA, no uso de suas atribuições e considerando o disposto no parágrafo 1, do artigo 2, do Decreto 4.680, de 24 de abril de 2003, resolve: art 1. - definir o símbolo que trata o art 2, § 1, do decreto à presente portaria. art. 2. esta portaria entra em vigor no prazo de 60 dias contados da data de sua publicação. ● OGM e Direito do Consumidor: ↳ A CF/88 determina que o Estado brasileiro proteja o consumidor através de uma lei. ↳ O Código do Consumidor (Lei 8078/90) estabelece os mecanismos de proteção para o consumidor. ⇘ entre eles o direito à informação sobre os produtos e serviços contratados. ↳ A lei não tras detalhes sobre como as informações devem ser repassadas ao consumidor. ↳ O decreto 4680/03 regulamente o direito de informação do consumidor quanto à informação de alimentos que possuam OGMs (organismos geneticamente modificados) em sua composição. ↳ O Ministério da Justiça, ao entender que o consumidor deveria ser informado sobre a presença dos OMGs nos alimentos, de um modo mais explícito, editou uma Portaria criando o símbolo específico dos Transgênicos no rótulo dos produtos. ● Supremacia Constitucional: ↳ As normas constitucionais são as mais importantes do ordenamento jurídico, conferindo o fundamento de validade das normas infraconstitucionais. ↳ As normas infraconstitucionais só serão válidas se forem compatíveis com o texto constitucional.. ↳ Fenômenos normativos: acontecem com as normas infraconstitucionais anteriores em relação a uma nova Constituição. a) revogação: ↳ ato de anular a Constituição anterior. ↳ não poder ser presumida por questões de segurança jurídica. b) recepção: ↳ as normas infraconstitucionais vigentes antes da promulgação de uma nova Constituição, continuam em vigência após a promulgação do novo texto constitucional. ⇘ são aceitas se forem compatíveis com esse novo texto, passando a retirar dele seu novo fundamento de validade. ↳ é um fenômeno que ocorre automaticamente por meio da interpretação, sem a necessidade de alguma declaração expressa de algum órgão específico. ⇘ não existe um órgão que “filtra” as normas. ⇘ apenas a ‘não-recepção’ precisa ser formalmente declarada. ↳ caso a lei seja claramente não compatível com o novo texto constitucional, não é necessário a declaração formal de não-recepção. ⇘ artigos do CC/1916 que discorriam sobre a direção da família, dizendo que o marido era o chefe e que exercício todos os exercícios ligados à essa instituição. ↳ em caso de dúvidas sobre a recepção ou não de determinada lei infraconstitucional, é possível que o STF decida essa questão. ⇘ lei de imprensa. ↳ existem dois tipos de recepção: ➔ total: ↳ ocorre quando houver a recepção integral de um texto de lei. ➔ parcial: ↳ ocorre quando somente algumas partes da lei forem recepcionadas e outras partes não, por justamente não serem compatíveis com a nova Constituição. c) repristinação: ↳ fenômeno que restaura a vigência de uma lei anteriormente revogada, pela revogação da norma revogadora. ↳ existem dois tipos: ➔ tácita: ↳ acontece automaticamente com a revogação da norma revogadora. ↳ não existe em nosso ordenamento jurídico. ➔ expressa: ↳ acontece se a nova norma revogadora dispõe expressamente (de forma escrita) sobre a reaquisição da vigência da norma que foi anteriormente revogada. ↳ exemplo: Emenda Constitucional n.6 à Constituição de 1946 (23 de janeiro de 1963). art. 1. Fica revogada a Emenda Constitucional n.4 e restabelecido o sistema presidencial de governo instituído pela Constituição Federal de 1946, salvo o disposto no eu artigo 61.
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