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UNITPAC- CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS CURSO DE GRADUAÇÃO EM MEDICINA 3º Período JOSÉ ANTONIO DE SOUSA NETO MÓDULO: TICS PROFESSOR: MÁRIO DE SOUZA LIMA E SILVA JALECO BRANCO Araguaína – TO 2023 • Qual a diferença entre a Hipertensão do Jaleco Branco e a Hipertensão Mascarada? A Pressão Arterial (PA) é uma variável de grande utilidade na prática clínica. A sua medida é um procedimento simples, de baixo custo e de fácil realização, ressaltando- se a necessidade da sua obtenção tecnicamente correta, seguindo-se as recomendações das VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. A medida de consultório representa o parâmetro central para diagnóstico, tratamento e acompanhamento da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e se relaciona de forma direta, contínua e independente com o risco de eventos Cardiovasculares fatais e não fatais. Assim, a valorização e a intervenção sobre valores de PA mais próximos aos limites máximos de normalidade, a chamada Pré-hipertensão (PH), têm sido destacadas na última década, pois representam uma oportunidade importante para a prevenção da HAS estabelecida e contribuem para a redução do risco CV associado. A medida repetida da PA no consultório permite o diagnóstico de hipertensão e normotensão. Para a melhor avaliação do comportamento da PA existem métodos que analisam a PA por meio de maior número de medidas, minimizando as interferências do meio, da situação e do observador. Essas alternativas são: Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA) de 24 horas ou as medidas domiciliares da PA (monitorização residencial da PA (MRPA) e a auto medida da PA (AMPA). A partir desses métodos, duas outras formas de classificação da PA foram incorporadas ao conhecimento: Hipertensão do Avental Branco (HAB) e Hipertensão Mascarada (HM). A hipertensão do avental branco se dá quando a pressão fica elevada apenas nas medidas de consultório sendo normal quando feitas fora do ambiente médico, também conhecida como efeito do jaleco branco – paciente é hipertenso, mas suas medidas no consultório são ainda mais altas do que as que apresenta em casa. Denomina-se hipertensão mascarada a situação em que há normotensão nas medidas de PA realizadas no consultório com valores anormais nas medidas fora dele, por medidas ambulatoriais ou domiciliares da PA (MAPA, MRPA ou AMPA). Dessa forma, evidencia-se que o local de aferição e alteração da pressão arterial se torna a principal causa que diferencia a hipertensão do jaleco branco e a hipertensão mascarada, tendo em vista que os conceitos hipertensivos são os mesmos, apenas com o local de alteração de hipertensão sendo o antagonista diferencial destas. RELAÇÃO TEÓRICO-PRÁTICA Portanto, fica evidente, tendo em vista a cronicidade da hipertensão arterial, sua importância cada vez mais ativa na população e seu diagnóstico cada vez mais frequente nos postos de saúde, unidades básicas de saúde, hospitais e demais instituições de saúde, que os médicos durante sua prática clínica sejam capazes de atribuir o conhecimento teórico de Hipertensão do Jaleco Branco e Hipertensão Mascarada em suas práticas de diagnósticos de hipertensão, sempre se utilizando dos diversos tipos de mapeamento apresentados para que haja, cada vez mais segurança nos termos que se referrem à hipertensão arterial sistêmica (HAS). Contudo, torna-se ainda mais importante o conhecimento teórico na prática médica, no que tange a prescrição correta dos medicamentos e observar o perfil de seus pacientes, tendo a expertise de diferenciar a Hipertensão do Avental branco (HAB) da Hipertensão Mascarada (HM). REFERÊNCIAS ALESSI A, Brandão AA, Paiva AMG de, Nogueira A da R, Feitosa A, Gonzaga C de C, et al. Posicionamento Brasileiro sobre Pré-Hipertensão, Hipertensão do Avental Branco e Hipertensão Mascarada: Diagnóstico e Conduta. Arq Bras Cardiol [Internet]. 2014Feb;102(Arq. Bras. Cardiol., 2014 102(2)). Available from: https://doi.org/10.5935/abc.20140011. Acesso em 11 de fevereiro de 2023. Robbins & Cotran - Patologia - Bases Patológicas das Doenças, 8ª ed., Elsevier/Medicina Nacionais, Rio de Janeiro, 2010. Brasileiro-Filho G. Bogliolo – Patologia. 8ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2012 https://doi.org/10.5935/abc.20140011
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