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ESTUDO-DAS-RELAÇÕES-ÉTICO-RACIAIS-PARA-O-ENSINO-DE-HISTÓRIA-E-CULTURA-AFRO-BRASILEIRA-AFRICANA-E-INDÍGENA

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Estudo das Relações Ético-Raciais 
para o Ensino de História e Cultura 
Afro-Brasileira, Africana e Indígena 
 
 02 
 
 
1. Conceitos de Raça e Etnia, Preconceito 
e Discriminação: Como o Estado vem Tratando 
estas Questões no Brasil Atual? 4 
 
2. Raça, Etnia e Cor no Brasil 13 
 
3. As Cotas Raciais 22 
 
4. Referências Bibliográficas 31 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
1. Conceitos de Raça e Etnia, Preconceito e Discri-
minação: Como o Estado vem Tratando estas 
Questões no Brasil Atual? 
 
 
Fonte: Diferença1 
 
os dias atuais é muito comum 
o debate sobre a existência de 
conflitos étnico raciais, os quais se 
resultam em episódios de violência e 
morte. É corrente a informação na 
história da humanidade muitos po-
vos foram escravizados, mortos e so-
freram as mais terríveis torturas que 
se pode explicitar em livros de histó-
ria. 
Dentre estes tipos de violência 
podemos destacar a questão racial e 
étnica, as quais foram importantes 
combustíveis para fomentar a vio-
lência entre povos. 
 
1 Retirado em https://www.diferenca.com/raca-e-etnia/ 
Em nossa apostila optamos 
por analisar cada critério e diferen-
ciá-lo em sua particularidade para 
que possamos ter uma dimensão de 
como este problema foi instituciona-
lizado a ponto de promover a elimi-
nação de um grupo étnico com base 
em suas características físicas e na 
cor de sua pele. 
Para ilustrar este primeiro 
momento trazemos a luz um impor-
tante material produzido por Dalila 
Fernandes de Negreiros sobre rela-
ções étnico raciais o qual a referida 
autora informa que “a partir da 
 
N 
 
 
5 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
Constituição de 1988, há uma nova 
etapa no desenvolvimento das polí-
ticas de educação.”2 
Esta etapa pode ser ilustrada 
com novas diretrizes legais que ver-
sam sobre as questões étnico raciais 
que mencionamos aqui neste es-
tudo. 
A referida autora reitera que 
“o texto constitucional classifica a 
educação como política social uni-
versal, com o objetivo de formar os 
estudantes para a vida e para o mer-
cado de trabalho.” Idem, Ibidem. 
Pág. 82. É importante salientar da 
nossa parte que no momento em que 
se cria uma política pública social 
universal está se privilegiando exa-
tamente a chamada “inclusão social” 
para proporcionar aos estudantes o 
acesso à educação. 
Nestes termos a autora deste 
estudo informa também que “há 
também a ratificação do princípio da 
igualdade, do padrão de qualidade e 
do respeito à diversidade” Idem, Ibi-
dem. Pág. 82. Estes últimos valores 
mencionados pela referida autora 
deste estudo estão presentes tam-
bém em nossa constituição federal a 
qual vale ser ilustrada para que se 
possa verificar sua consonância e 
 
2 NEGREIROS, Dalila Campos de. Educação das relações étnico-raciais: Análise da formação de docentes por 
meio dos programas UNIAFRO e Africanidades. Planejamento e Políticas Públicas | PPP | n. 48 | jan./jun. 
2017. Disponível em: http://reposito-
rio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7997/1/ppp_n48_educa%C3%A7%C3%A3o.pdf. Acesso em: 08/09/2021. 
Pág. 82. 
3 Artigo 205 da Constituição Federal. Disponível em: https://www.senado.leg.br/ativi-
dade/const/con1988/con1988_08.09.2016/art_205_.asp. Acesso em: 08/089/2021 
ressonância com a linha constitucio-
nal. Veja o que diz a carta constituci-
onal: 
 
Art. 205. A educação, direito de 
todos e dever do Estado e da fa-
mília, será promovida e incenti-
vada com a colaboração da soci-
edade, visando ao pleno desen-
volvimento da pessoa, seu pre-
paro para o exercício da cidada-
nia e sua qualificação para o 
trabalho.3 
 
Com base na ilustração do dis-
positivo jurídico acima pode-se afir-
mar que a educação não é um privi-
légio, onde determinados cidadãos 
possuirão tratamento especial dian-
te dos demais, mas um direito de to-
dos os cidadãos colocando-os em es-
tado de igualdade. 
A autora do estudo também 
reforça que “a educação com res-
peito à diversidade é uma meta ins-
titucional proposta na Constituição 
e reforçada posteriormente na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação de 
1996 (Lei no 9.394/1996)” Idem, 
Ibidem. Pág. 82. 
Da nossa parte é imperioso 
afirmar o quanto os dispositivos le-
gais são importantes para reforçar 
as diretrizes do Estado para assegu- 
 
 
6 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
rar o direito à educação e os cuida-
dos que se devem ser tomados para 
que o processo de inclusão social 
amparado pelo processo que versa 
sobre as relações étnico raciais dão 
direção ao processo de cidadania 
nos dias atuais. 
Ela também argumenta em 
seu estudo que “segundo o texto ori-
ginal da LDB, o currículo escolar de-
ve ter uma base comum que condiga 
com os valores culturais do país e o 
respeito às características regionais 
no currículo específico de cada re-
gião.” Idem, Ibidem. Pág. 82. 
Da nossa parte, podemos afir-
mar que essa assertiva jurídica da lei 
é muito importante para a chamada 
construção da identidade cultural de 
um povo, onde os costumes que são 
derivados da tradição cultural deste 
povo podem ser preservados ao 
mesmo tempo em que dão a identi-
dade e ainda garantem seu processo 
de inclusão na sociedade. 
Nestes termos, estes dispositi-
vos legais estarão oferecendo não 
somente a preservação das tradições 
e da história de nosso povo como 
também oferecendo um importante 
instrumento que assegure a inclusão 
e combatem o preconceito, a discri-
minação religiosa, que também po-
de ser exemplificada nestes trâmites 
legais. 
Dentro deste espectro, a auto-
ra deste estudo salienta que “tam- 
bém é indicada a necessidade do en-
sino da história do país que inclua e 
contemple a participação de pessoas 
negras e indígenas em sua forma-
ção.” Idem, Ibidem. Pág. 82. 
Esta afirmativa corrobora exa-
tamente com o que afirmamos no 
parágrafo anterior desta apostila, o 
qual mencionamos que a história de 
nosso país seria privilegiada por pre-
servar as tradições culturais ao mes-
mo tempo em que garantia às pes-
soas o direito de ser. 
É muito importante da nossa 
parte chamar a atenção para este fa-
to e esta interpretação que relaciona 
a história com a preservação das tra-
dições culturais, uma vez que nos 
dias atuais o processo de expansão 
das atividades comerciais e a moder-
nização ganham espaço e força para 
que o mundo acompanhe as evolu-
ções da modernidade seguindo mo-
dismos e muitas das vezes eliminan-
do o espaço para as tradições cultu-
rais do passado. 
Dentro de nossa ótica apresen-
tada neste estudo, queremos chamar 
a atenção para o fato de que a pre-
servação garante o processo de in-
clusão e o “direito de ser” do ser hu-
mano. 
Mas o que vem a ser o cha-
mado “direito de ser” do ser huma-
no? É exatamente o direito de lhe ser 
assegurado a sua prática cultural 
que durante todo o transcorrer da 
 
 
7 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
história da evolução de seu povo au-
xiliou no processo de construção de 
sua identidade. 
Garantir a estas pessoas e gru-
pos este direito é assegurar a preser-
vação de sua identidade cultural 
frente aos desafios que a moderni-
dade e os modismos do tempo pre-
sente oferecem. 
Por outro lado, vale aqui men-
cionar também o fato de que esta 
preservação de tradição cultural é 
também um excelente mecanismo 
de geração de empregos que alimen-
ta o turismo e promove uma impor-
tante fluidez do mercado que asse-
gura a sobrevivência de pessoas esti-
mulando também o artesanato, as 
artescênicas dentre outras ativida-
des culturais que não serão focaliza-
das no estudo que estamos levan-
tando. 
 
Senegalês faz sucesso no Brasil 
com peças artesanais com estética 
africana 
 
 
Fonte: https://revista-
pegn.globo.com/Empreendedo-
rismo/noticia/2018/07/senegales-faz-
sucesso-no-brasil-com-pecas-artesa-
nais-com-estetica-africana.html. 
Dentro desta linha de raciocí-
nio, Dalila Campos Negreiros afirma 
que “a questão racial ganha algum 
destaque no que tange ao aspecto 
curricular dentro do debate da edu-
cação” Idem, Ibidem. Pág. 82. Prin-
cipalmente, segundo esta autora, 
“em função da participação de enti-
dades do movimento negro e de or-
ganizações indígenas na proposição 
de políticas públicas.” Idem, Ibidem. 
Pág. 82. 
É importante acrescentar que 
uma situação está ligada diretamen-
te a outra. A participação de uma en-
tidade cultural está diretamente re-
lacionada à preservação desta cul-
tura e destes costumes, como viemos 
apresentando no decorrer desta 
apostila e estes fatores são impor-
tantes mecanismos para assegurar a 
comunidades afro e indígenas em 
um país como o Brasil a preservação 
de seus costumes na mesma propor-
ção em que lhe garante o que chama-
mos anteriormente o “direito de ser” 
e principalmente um importante 
mecanismo que assegura a sua so-
brevivência frente aos desafios da 
economia de mercado que estamos 
vivenciando na atualidade. 
Como viemos apresentando 
no transcorrer desta apostila, tudo 
isso é resultado de um processo que 
envolve respeito ao semelhante, pre-
servação cultural, formação da iden-
tidade, garantia de proteção do Esta-
 
 
8 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
do da identidade cultural, inclusão 
social, cultural, política e econômica 
de um povo para assegurar os cha-
mados direitos e princípios da equi-
dade na sociedade. 
Dalila Campos Negreiros afir-
ma também em seu estudo que “a 
LDB estabelece que o ensino de his-
tória deva considerar as matrizes 
africanas, indígenas e europeias da 
formação do Brasil” Idem, Ibidem. 
Pág. 82. Veja o que diz o documento 
que sustenta a afirmação da referida 
autora: 
 
Art. 1º O art. 26-A da Lei no 
9.394, de 20 de dezembro de 
1996, passa a vigorar com a se-
guinte redação: 
“Art. 26-A. Nos estabelecimen-
tos de ensino fundamental e de 
ensino médio, públicos e priva-
dos, torna-se obrigatório o es-
tudo da história e cultura afro-
brasileira e indígena. 
§ 1º O conteúdo programático 
a que se refere este artigo inclu-
irá diversos aspectos da história 
e da cultura que caracterizam a 
formação da população brasi-
leira, a partir desses dois gru-
pos étnicos, tais como o estudo 
da história da África e dos afri-
canos, a luta dos negros e dos 
povos indígenas no Brasil, a 
cultura negra e indígena brasi-
leira e o negro e o índio na for-
mação da sociedade nacional, 
resgatando as suas contribui-
ções nas áreas social, econômi-
ca e política, pertinentes à his-
tória do Brasil. 
 
4 LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/lei/l11645.htm. Acesso em: 09/09/2021. 
§ 2º Os conteúdos referentes à 
história e cultura afro-brasilei-
ra e dos povos indígenas brasi-
leiros serão ministrados no âm-
bito de todo o currículo escolar, 
em especial nas áreas de educa-
ção artística e de literatura e 
história brasileiras.” (NR) 
Art. 2º Esta Lei entra em vigor 
na data de sua publicação. 
Brasília, 10 de março de 2008; 
187o da Independência e 120o 
da República. 4 
 
Como se verifica nos fragmen-
tos legais acima expressos na Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação Bra-
sileira, a LDB, os estudos relativos a 
história da cultura afro brasileira e 
indígena são garantidos por lei para 
que as identidades culturais de nos-
so povo possam ser asseguradas 
dentro do aprendizado das gerações 
do presente e do futuro. 
A importância da preservação 
destes valores para a formação da 
identidade cultural de um povo aju-
da a combater o preconceito e à dis-
criminação étnico racial tão presen-
te como argumentam os autores que 
se debruçam sobre essa temática no 
transcorrer de nossa história. 
Dando continuidade ao pro-
cesso de análise deste tema conferi-
do por Dalila Campos Negreiros, a 
referida autora informa em seu es-
tudo que “de 1989 a 1996, foram 
promulgadas sete leis de estados, 
 
 
9 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
municípios e do Distrito Federal ins-
tituindo a inclusão da história afro-
brasileira no currículo escolar” 
Idem, Ibidem. Pág. 82. 
Estes dados levantados pela 
referida autora chamam a atenção 
para o fato de que com a prática da 
lei prevista pela LDB citada no pará-
grafo anterior as escolas e municí-
pios brasileiros começaram a reali-
zar um importante trabalho de cons-
cientização sobre a temática desen-
volvida e as prefeituras das cidades 
interioranas começaram a desenvol-
ver processos legais com a criação de 
leis municipais para proteção ao pa-
trimônio cultural material e imaterial. 
A defesa destes patrimônios 
materiais e imateriais (tema estes 
que serão desenvolvidos em outro 
material de estudo) dentro do âm-
bito municipal ofereceram situações 
essenciais para assegurar o “direito 
de ser” dos grupos afro e indígena do 
Brasil, os quais ganharam notorie-
dade para outras atividades legais 
que versam sobre sua preservação e 
inclusão na sociedade. 
Este foi um importante passo 
na direção da criação de dispositivos 
legais que versam e garantem a cida-
dania das pessoas ao mesmo tempo 
que promove a interação cultural de 
nosso povo. 
Com base nestes elementos, 
Dalila Campos Negreiros afirma que 
“os objetivos da educação das rela- 
ções étnico-raciais são possibilitar o 
reconhecimento de pessoas negras 
na cultura brasileira.” Idem, Ibidem. 
Pág. 82. 
E em detrimento desta linha 
de raciocínio ela afirma que é impor-
tante também “promover o conheci-
mento da população brasileira sobre 
a história do Brasil com a visão de 
mundo da população negra” Idem, 
Ibidem. Pág. 82. 
 
Creche na Cidade de Deus realiza 
projetos pautados na história da 
cultura Afro Brasileira 
 
 
Fonte: https://www.vozdascomuni-
dades.com.br/comunidades/creche-
na-cidade-de-deus-realiza-projetos-
pautados-na-cultura-afrobrasileira/. 
 
Outro ponto bastante impor-
tante mencionado por Dalila Cam-
pos Negreiro diz respeito ao traba-
lho dos professores nas escolas. Se-
gundo a autora deste estudo, é muito 
importante “formar os professores 
para ministrarem disciplinas que 
contemplem a perspectiva negra na 
 
 
10 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
história, cultura e sociabilidade do 
país” Idem, Ibidem. Pág. 82. 
Com base neste raciocínio, a 
história da cultura afro e indígena no 
Brasil será construída tendo como 
ponto de partida a percepção de 
mundo destes povos para que dentro 
deste processo de “construção de co-
nhecimento” ele, o aluno possa co-
nhecer a visão de mundo destes po-
vos para assim ser oportunizado a 
não entrar em conflito cultural atra-
vés de comparações que colocariam 
em choque as culturas. 
Da nossa parte, podemos dizer 
que este é um dos principais fatores 
que promovem o preconceito e a dis-
criminação dentro do ambiente cul-
tural. O desconhecimento da visão 
de mundo do outro proporciona um 
choque de culturas que culmina no 
preconceito, na discriminação e em 
toda a sorte, para não dizer o azar, 
dos conflitos por questões de ordem 
cultural que existem em nossa soci-
edade. 
Em outras palavras podería-
mos dizer que este raciocínio desen-
volvido dentro da estrutura legal do 
Estado vem oferecendo situações es-senciais para combater o precon-
ceito e a discriminação étnico racial 
até nos dias atuais. 
A autora deste estudo também 
argumenta que “a educação das rela-
ções étnico-raciais visa também ca-
pacitar os professores como comba- 
ter e discutir sobre o racismo e seus 
efeitos (dentro e fora do ambiente 
escolar)” Idem, Ibidem. Pag. 82. E, 
finalmente, “propiciar a reeducação 
para relações étnico-raciais plurais e 
diversas” Idem, Ibidem. Pag. 82. 
Fato interessante que reforça a 
importância desta reflexão trabalha-
da pela referida autora diz respeito 
ao trabalho dos professores dentro 
da sala de aula dando um enfoque 
importante na cultura destes povos e 
nos costumes de cada povo dentro 
da mais tenra idade. 
Como vimos em uma imagem 
postada acima sobre um trabalho 
desenvolvido em uma creche na Ci-
dade de Deus, uma comunidade da 
cidade do Rio de Janeiro, podemos 
perceber o quanto é importante de-
senvolver estas atividades com cri-
anças para que o preconceito possa 
ser extirpado da sociedade já desde 
os primeiros momentos de desen-
volvimento da criança. 
Este tipo de trabalho, como foi 
argumentado pela autora deste es-
tudo se torna de grande relevância 
para a eliminação de todos os confli-
tos de ordem política e ideológica 
proporcionando assim uma geração 
de pessoas para o futuro onde o ra-
cismo e o preconceito e seus deriva-
dos que proporcionam instabilidade 
social possam desaparecer ao sabor 
do tempo e das atividades pedagógi-
cas. 
 
 
11 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
Saberes e Fazeres: Ancestrais 
e Tradicionais - Indígenas 
e Africanos 
 
 
Fonte: https://www.sed.ms.gov.br/sa-
beres-e-fazeres-ancestrais-e-tradici-
onais-indigenas-e-africanos-sao-te-
maticas-de-feira-na-e-e-luisa-vidal-
borges-daniel/. 
 
Ao analisar a imagem acima, 
temos a dimensão de quão impor-
tante é o desenvolvimento destas 
atividades pedagógicas dentro do 
ambiente escolar desde a infância, a 
adolescência e a vida adulta do aluno 
brasileiro. 
Dalila Campos Negreiro tam-
bém afirma que “a educação das re-
lações étnico-raciais é uma política 
pública que surge em um período es-
pecialmente profícuo para políticas 
de combate ao racismo no governo 
federal.” Idem, Ibidem. Pág. 83. E 
tais ações, segundo ela, “articulam-
se por um conjunto de diretrizes pa-
ra o enfrentamento ao racismo e pa-
ra a promoção da população negra.” 
Idem, Ibidem. Pág. 83. 
As assertivas levantadas pela 
referida autora corroboram com a 
nossa análise levantada nos pará-
grafos anteriores que versam sobre o 
combate ao racismo e a discrimina-
ção. Pois o trabalho das escolas é 
fundamental para a construção de 
uma sociedade inclusiva e mais justa 
frente aos desafios levantados no 
transcorrer de nossa história. 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
2. Raça, Etnia e Cor no Brasil 
 
 
Fonte: Projeto Draft5 
 
ste segundo tópico desta apos-
tila tem como princípio básico 
apresentar um levantamento de da-
dos feitos por Petronilha Beatriz 
Gonçalves e Silva em seu estudo in-
titulado: “Educação das Relações Ét-
nico-Raciais nas instituições escola-
res”, o qual a referida autora apre-
senta dados de como o problema ét-
nico racial têm crescido no Brasil. 
Segundo a referida autora, “o 
presente artigo realiza revisão de 38 
artigos, 7 teses e 51 dissertações da 
área de educação publicados entre 
 
5 Retirado em https://www.projetodraft.com/qual-e-a-sua-raca-a-que-etnia-voce-pertence-e-isso-e-real-
mente-importante/ 
6 SILVA. Petronilha Beatriz Gonçalves e. Educação das Relações Étnico-Raciais nas instituições escolares. Edu-
car em Revista, Curitiba, Brasil, v. 34, n. 69, p. 123-150, maio/jun. 2018. Disponível em: https://www.sci-
elo.br/j/er/a/xggQmhckhC9mPwSYPJWFbND/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 09/09/2021. Pág. 01. 
2003 e 2014.”6 E que como afirma a 
autora deste estudo, “tratam do te-
ma educação das relações étnico-ra-
ciais em instituições educacionais.” 
Idem, Ibidem. Pág. 01. 
Com base nos dados apresen-
tados pela referida autora podemos 
dizer da nossa parte que têm cresci-
do o número de materiais de estudo 
nas academias de educação no Brasil 
nos últimos anos que versam sobre 
esta temática levantada por esta re-
ferida autora. 
E 
 
 14 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
O que chama a atenção neste 
levantamento de dados é não so-
mente a quantidade de materiais le-
vantados mas o quanto o tema têm 
chamado a atenção dos estudantes 
para fazerem trabalhos dentro deste 
espectro de estudo. 
A autora deste estudo também 
chama a atenção para o fato de que 
“os escritos, em sua maioria, regis-
tram resultados, experiências de 
educação em estabelecimentos de 
ensino, bem como considerações, 
avaliações, reflexões, sugestões no 
que diz respeito à educação étnico-
racial” Idem, Ibidem. Pág. 01. 
Com base nestas assertivas po-
demos da nossa parte afirmar que 
estes pontos de referência mostram 
que no Brasil a questão racial ainda 
é um fenômeno crescente e um de-
safio a ser enfrentado dentro deste 
universo, uma vez que mesmo dian-
te do quadro apresentado no tópico 
anterior desta apostila que ilustra o 
quanto a legislação têm contribuído 
para minorar estes problemas a 
questão ainda é crescente e grande 
dentro dos desafios apresentados 
pelos levantamentos desta autora. 
A autora deste estudo salienta 
que “os artigos foram analisados em 
relação ao seu tratamento de racis-
mo, etnocentrismo e outras discri-
minações nas escolas.” Idem, Ibi-
dem. Pág. 01. 
Neste aspecto, da nossa parte 
podemos dizer que os levantamen-
tos feitos por esta autora irão ajudar 
na ilustração dos problemas enfren-
tados pelos professores e alunos pa-
ra lidar com o problema do racismo, 
da discriminação e do preconceito. 
Esta pesquisa levantada por 
esta segunda autora irá mostrar 
também o quanto o problema que se 
combate, mesmo tendo sanções le-
gais ainda é um grande problema 
que se configura dentro da socieda-
de. 
Dando prosseguimento à aná-
lise feita por esta autora, cabe aqui 
mencionar que “a análise da produ-
ção mostrou que o maior avanço 
nesse processo foi o de reconheci-
mento de manifestações e conse-
quências do racismo, do etnocen-
trismo e de outras discriminações na 
vida de aluno/ as” Idem, Ibidem. 
Pág. 01. 
Este levantamento feito por 
esta pesquisadora se torna salutar 
para compreender os desafios que os 
alunos possuem por causa do com-
bate cultural e do choque das tradi-
ções culturais que permeiam o cam-
po social da sociedade plural que vi-
vemos. 
Mas a autora deste estudo 
também chama a atenção para os 
professores também. Segundo ela 
este estudo abarca também “de seus 
 
 
 15 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
professores, não só dos negros, mas 
também dos não-negros, bem como 
na organização e funcionamento de 
instituições educacionais” Idem, Ibi-
dem. Pág. 01. 
Ao estabelecer suas pesquisas 
em professores e alunos, colocando 
e sequenciando os grupos étnicos, a 
pesquisa levantada pela referida au-
tora terá condições de fazer um le-
vantamento étnico para verificar os 
problemas relacionados a professo-
res, alunos de grupos étnicos que es-
tão no mercado e na sociedade e que 
vivenciam este drama e esta situação 
relacionada ao preconceito e a dis-
criminação. 
É importante lembrar e cha-
mar a atenção para o fato de que o 
problema de mudança de interpre-
tação cultural no que tange a discri-
minação e o racismo não está pau-
tado apenas nas leis que foram cria-das, mas na conscientização da situ-
ação que envolve o respeito mútuo 
entre as pessoas e as partes envolvi-
das. 
 
 
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/1545/diversidade-etnico-racial-por-
um-ensino-de-varias-cores. 
 
Com base nos levantamentos 
da autora deste segundo tópico des-
ta apostila, Petronilha Beatriz afir-
ma que “nas 58 dissertações e teses 
examinadas, mulheres mostraram 
mais interesse do que homens para 
pesquisar questões relativas à edu-
cação das relações étnico-raciais em 
instituições de ensino.” Idem, Ibi-
dem. Pag. 03. 
 
 16 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
Este dado é um levantamento 
muito interessante que ilustra a faci-
lidade das mulheres de tratarem o 
tema relativo ao racismo e a discri-
minação. 
A autora deste estudo reitera 
que “o exemplo está no fato de 88% 
das pesquisas de mestrado terem si-
do realizadas por estudantes mulhe-
res, bem como orientadas por 85% 
de doutoras.” Idem, Ibidem. Pag. 03. 
Da nossa parte podemos dizer 
que esta pesquisa também reflete a 
acessibilidade das mulheres dentro 
do campo da educação e da pesquisa 
o que representa um grande avanço 
da mulher dentro do mercado de 
trabalho no âmbito superior e tam-
bém um grande avanço das mulhe-
res dentro do campo de pesquisas 
relacionadas a temas que envolvem 
problemas sociais aos quais a mu-
lher irá protagonizar um papel fun-
damental na solução destes proble-
mas. 
Dando ênfase ao que viemos 
argumentando no transcorrer da 
análise destas prerrogativas pode-
mos dizer também que a mulher está 
ganhando um importante campo 
dentro deste tipo de pesquisa na 
busca por soluções aos problemas do 
cotidiano do ser humano que vive 
em sociedade. 
 Isso representa um grande 
avanço levando-se em consideração 
que a pesquisa tratada até aqui não 
versa sobre a questão étnica racial 
das mulheres que fizeram essa pes-
quisa mas a capacidade que cada 
uma se propôs a levantar essa ques-
tão. 
A autora deste estudo salienta 
também que “algumas dessas pes-
quisas foram desenvolvidas por pro-
fessoras, sobretudo em exercício na 
Educação Básica, incluindo EJA - 
Educação de Jovens e Adultos, bem 
como na Educação Infantil.” Idem, 
Ibidem. Pag. 03. 
Esta referência se torna um 
importante elemento para se com-
preender que a prática educacional 
está seguindo os ditames da lei ao 
mesmo tempo que ilustra os proje-
tos educacionais desenvolvidos nas 
últimas décadas com o intuito de 
priorizar a educação de jovens e 
adultos com vistas ao mercado de 
trabalho e à inclusão social e identi-
tária. 
A autora deste estudo argu-
menta também que “a produção foi 
crescente, entre os anos de 2008 e 
2014”. Idem, Ibidem. Pág. 03. Se-
gundo ela, “registrou-se o maior nú-
mero de produção que abordou pro-
blemáticas relativas à educação das 
relações étnico-raciais em institui-
ções educacionais, destacando-se os 
anos de 2010 e 2013.” Idem, Ibidem. 
Pág. 03. 
Da nossa parte podemos ex-
plorar esta ideia avaliando não so- 
 
 17 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
mente o resultado da aplicabilidade 
das leis como foi argumentado no 
tópico anterior desta apostila, como 
também este resultado foi uma for-
ma de se denunciar o problema en-
frentado de forma corriqueira, como 
argumenta os autores utilizados pa-
ra desenvolver este material de es-
tudo que apresentam dados quanti-
tativos para sustentar esta tese como 
foi apresentado no início deste tó-
pico da apostila. 
Nestas circunstâncias, a au-
tora deste estudo afirma também 
que é provável que a proximidade 
dos dez anos de promulgação da 
“Lei 10.639/2003, completados em 
2013, tenha despertado interesse 
no sentido de avaliar em que me-
dida e como a sua implantação vi-
nha ocorrendo.” Idem, Ibidem. 
Pág. 03. 
Da nossa parte é importante 
avaliar conforme os dados apresen-
tados por esta autora que diante do 
grande número de pesquisadores 
que se predispõem à trabalhar a 
com essa temática, as transforma-
ções ocorridas no âmbito social es-
tão sendo satisfatórias não somen-
te para que novas pesquisas sejam 
feitas para veicular estes dados 
para uma análise do cumprimento 
destas prerrogativas legais na soci-
edade, mas também para mostrar 
que as mudanças preteridas pelo 
órgão do Estado estão surtindo o 
efeito desejado em mudar a forma 
de tratamento no que diz respeito à 
inclusão social e principalmente no 
combate ao racismo e ao precon-
ceito. 
 
18/11 - Dia nacional de combate ao 
racismo 
 
 
Fonte: 
http://www1.imip.org.br/imip/noti-
cias/o-dia-nacional-de-combate-ao-
racismo-e-comemorado-neste-do-
mingo-18.html. 
 
Veja agora os dados levanta-
dos pela referida autora em seu es-
tudo sobre o tema em questão: 
 
 
 
 
 
 
 18 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
Ano de Publicação das Dissertações e Teses 
 
7 
 
Como se pode verificar no grá-
fico acima ilustrado pelo trabalho da 
referida autora, o momento de pico 
do aumento de produção de disser-
tações de mestrado e teses de douto-
rado irão ocorrer entre os anos de 
2010 e 2013 tendo grande produção 
acadêmica sendo fomentada neste 
período. 
Outra interpretação que pode-
mos reforçar da nossa parte ao visu-
alizar este levantamento feito pela 
autora diz respeito ao crescimento 
que se fez de forma tímida entre os 
anos de 2003 até 2005 e o cresci- 
mento vertiginoso a partir de 2005 
até 2013 que foi categoricamente 
rico e importante para que os dados 
ilustrassem a importância que este 
tema ganhou no mundo acadêmico. 
A autora deste estudo informa 
com base nos levantamentos dos da-
dos acima em um segundo gráfico 
que “as instituições onde os traba-
lhos foram defendidos foram 25 no 
total, com bastante dispersão.” 
Idem, Ibidem. Pág. 03. Estes dados 
levantados pela autora estão presen-
tes neste segundo gráfico que será 
apresentado abaixo: 
 
 
 
7 e 8 Gráfico sobre o ano de publicação das dissertações e teses. Disponível em: https://www.sci-
elo.br/j/er/a/xggQmhckhC9mPwSYPJWFbND/?format=pdf. Acesso em: 09/09/2021. Apud. SILVA. Petroni-
lha Beatriz Gonçalves e. Educação das Relações Étnico-Raciais nas instituições escolares. Educar em Revista, 
Curitiba, Brasil, v. 34, n. 69, p. 123-150, maio/jun. 2018. Disponível em: https://www.sci-
elo.br/j/er/a/xggQmhckhC9mPwSYPJWFbND/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 09/09/2021. Pág. 03. 
 
 19 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
Instituição de Publicação das Teses e Dissertações8 
 
 
 
 
Fonte: https://racismoambiental.net.br/2020/11/20/a-luta-contra-o-racismo-no-
brasil-e-uma-luta-de-refundacao-nacional/. 
 
 
 
 
 
 
 20 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
A autora deste estudo também 
reforça que “a instituição onde se re-
alizou o maior número de pesquisas 
relativas à educação das relações ét-
nico-raciais em instituições escola-
res foi a Universidade Federal do 
Mato Grosso (UFMT).” Idem, Ibi-
dem. Pág. 04. 
Segundo ela, a universidade 
consta “com 12 investigações, se-
guida da Universidade Federal de 
São Carlos (UFSCar) com 7 e da Uni-
versidade de São Paulo (USP), Uni-
versidade Estadual de Campinas 
(UNICAMP) e Universidade do Es-
tado da Bahia (UNEB) com 5” Idem, 
Ibidem. Pág. 04. Os dados extraídos 
de seu estudo podem ser mais bem 
explorados em um gráfico que a au-
tora desenvolveu e que consta em 
seu trabalho o qual apresentamos 
anteriormente. 
Com base nos dados levanta-
dos por ela, pode se afirmar que “ve-
rifica-se que 28,47% se localizou naregião Sudeste, seguida da Centro-
Oeste com 17,29% e da Nordeste 
com 12,20%. As regiões Norte e Sul 
participaram da produção com 1,2%, 
cada uma.” Idem, Ibidem. Pág. 04. 
Estes dados são importantes 
para demonstrar a presença da forte 
cultura açucareira nos tempos do 
Brasil império que caracterizou a 
forte presença da escravidão que 
movimentou a economia e as tradi-
ções culturais presentes desse perío-
do. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
3. As Cotas Raciais 
 
 
Fonte: Guia do Estudante8 
 
este terceiro tópico desta apos-
tila estaremos analisando o 
processo de criação das chamadas 
“cotas raciais”. Como forma de men-
surar tudo o que foi debatido e cons-
truído no decorrer desta apostila, o 
coroamento deste estudo se propõe 
a demonstrar e justificar a criação de 
aparatos legais para reparar danos 
que são resultado dos “choques cul-
turais” que resultam daquilo que 
mencionamos no primeiro tópico 
 
8 Retirado em https://guiadoestudante.abril.com.br/atualidades/cotas-raciais-quem-pode-de-fato-concor-
rer-como-ppi/ 
desta apostila que é o “direito de ser” 
do ser humano. 
Dentro destas prerrogativas 
estamos utilizando como referência 
o site do Brasil Escola, o qual é um 
órgão transmissor de informação do 
ministério da Educação que atualiza 
as informações ao mesmo tempo em 
que oferece uma exemplificação 
mais detalhada com uma comunica-
ção mais acessível para que as pes-
N 
 
 23 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
soas possam se inteirar mais das le-
gislações que permeiam o campo da 
educação e das relações humanas. 
É importante também salien-
tar que o ministério da educação ter 
entrado neste âmbito cultural para 
auxiliar no combate ao racismo, ao 
preconceito e a discriminação foi um 
importante passo a ser dado para 
que no futuro estas mazelas que fize-
ram parte da nossa história seja ape-
nas uma lembrança ruim de um pas-
sado remoto para que a sociedade 
possa viver em paz, harmonia e em 
perfeito estado de justiça. 
Nestes termos, conforme os le-
vantamentos do professor de socio-
logia Francisco Porfírio “Cotas raci-
ais são reservas de vagas em vestibu-
lares, provas e concursos públicos 
destinadas a pessoas de origem ne-
gra, parda ou indígena.”9 
Da nossa parte, podemos dizer 
que este tipo de reserva se deu pelo 
fato de ao longo da história do Brasil 
e de relatos feitos por estudiosos do 
tema, como foi apresentado no se-
gundo tópico desta apostila, negros, 
índios e pardos, segundo estes auto-
res tinham muita dificuldade de 
acesso à instituições educacionais, 
empresas e concursos públicos por 
motivo de discriminação racial e ét-
nica. 
 
9 PORFíRIO, Francisco. "Cotas raciais"; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/educa-
cao/sistema-cotas-racial.htm. Acesso em 10 de setembro de 2021. 
Diante de tais circunstâncias, 
como afirma Francisco Porfírio, “as 
cotas visam a acabar com a desigual-
dade racial e o racismo estrutural re-
sultantes de anos de escravidão no 
Brasil.” Idem, Ibidem. Que ainda, 
segundo este autor, “excluem pes-
soas negras e indígenas da universi-
dade, do mercado de trabalho e dos 
espaços públicos”. Idem, Ibidem. 
É importante fazer uma refle-
xão sobre esta temática, pois a histó-
ria da humanidade traz exemplos 
terríveis de como povos por motivos 
raciais, étnicos e até discriminató-
rios condenaram povos às periferias 
da sociedade afastando-os do mer-
cado de trabalho, do convívio social, 
da educação e até mesmo os conde-
nado à morte. 
Esse legado terrível que as-
sombra o passado da história hu-
mana tem de ser combatido às duras 
penas para que episódios como estes 
jamais venham a se repetir. 
É corrente na história da hu-
manidade o episódio da ascensão de 
Adolf Hitler ao poder na Alemanha o 
qual dizimou vários grupos étnicos e 
em especial os judeus nos campos de 
concentração para que viesse a cons-
truir uma nação étnica intitulada de 
“raça Ariana” sobre os cadáveres de 
 
 24 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
todos aqueles que não se enquadra-
vam nos perfis e nas características 
desejadas para este fim. 
 
Judeus no campo de Concentração 
Nazista 
 
 
Fonte: https://www.todamate-
ria.com.br/campos-de-concentra-
cao-nazistas/. 
 
Como se verifica na imagem 
acima, os judeus eram colocados em 
locais insalubres para fazer trabalho 
escravo para atender a economia da 
Alemanha Nazista. 
Neste sentido é preciso enten-
der também como funciona o sis-
tema de “cotas raciais”, uma vez que 
este processo visa reparar danos que 
estes grupos étnicos sofrem ao ten-
tar acessar o mercado de trabalho. 
Retornando às reflexões de 
Francisco Porfírio, ele alega que “as 
cotas são reservas de vagas para de-
terminados segmentos minoritários 
da população, como pessoas negras 
(pretas ou pardas), indígenas e pes-
soas com necessidades especiais” 
Para ilustrar melhor esta assertiva 
apresentada por Francisco Porfírio, 
veja na íntegra a lei que trata desta 
situação: 
 
Art. 1º Ficam reservadas aos 
negros 20% (vinte por cento) 
das vagas oferecidas nos con-
cursos públicos para provimen-
to de cargos efetivos e empre-
gos públicos no âmbito d a ad-
ministração pública federal, das 
autarquias, das fundações pú-
blicas, das empresas públicas e 
das sociedades de economia 
mista controladas pela União, 
na forma desta Lei. 
§ 1º A reserva de vagas será 
aplicada sempre que o número 
de vagas oferecidas no concurso 
público for igual ou superior a 3 
(três). 
§ 2º Na hipótese de quantita-
tivo fracionado para o número 
de vagas reservadas a candida-
tos negros, esse será aumenta-
do para o primeiro número in-
teiro subsequente, em caso de 
fração igual ou maior que 0,5 
(cinco décimos), ou diminuído 
para número inteiro imediata-
mente inferior, em caso de fra-
ção menor que 0,5 (cinco déci-
mos). 
§ 3º A reserva de vagas a candi-
datos negros constará expressa-
mente dos editais dos concur-
sos públicos, que deverão espe-
cificar o total de vagas corres-
pondentes à reserva para cada 
cargo ou emprego público ofe-
recido. 
Art. 2º Poderão concorrer às 
vagas reservadas a candidatos 
negros aqueles que se autode-
clararem pretos ou pardos no 
ato da inscrição no concurso 
público, conforme o quesito cor 
ou raça utilizado pela Fundação 
Instituto Brasileiro de Geogra-
fia e Estatística - IBGE. 
 
 25 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
Parágrafo único. Na hipótese de 
constatação de declaração falsa, 
o candidato será eliminado do 
concurso e, se houver sido no-
meado, ficará sujeito à anula-
ção da sua admissão ao serviço 
ou emprego público, após pro-
cedimento administrativo em 
que lhe sejam assegurados o 
contraditório e a ampla defesa, 
sem prejuízo de outras sanções 
cabíveis. 
Art. 3º Os candidatos negros 
concorrerão concomitantemen-
te às vagas reservadas e às va-
gas destinadas à ampla concor-
rência, de acordo com a sua 
classificação no concurso. 
§ 1º Os candidatos negros apro-
vados dentro do número de va-
gas oferecido para ampla con-
corrência não serão computa-
dos para efeito do preenchi-
mento das vagas reservadas. 
§ 2º Em caso de desistência de 
candidato negro aprovado em 
vaga reservada, a vaga será pre-
enchida pelo candidato negro 
posteriormente classificado. 
§ 3º Na hipótese de não haver 
número de candidatos negros 
aprovados suficiente para ocu-
par as vagas reservadas, as va-
gas remanescentes serão rever-
tidas para a ampla concorrência 
e serão preenchidas pelos de-
maiscandidatos aprovados, ob-
servada a ordem de classifica-
ção. 
Art. 4º A nomeação dos candi-
datos aprovados respeitará os 
critérios de alternância e pro-
porcionalidade, que conside-
ram a relação entre o número 
de vagas total e o número de va-
gas reservadas a candidatos 
 
 
10 LEI Nº 12.990, DE 9 DE JUNHO DE 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-
2014/2014/lei/l12990.htm. Acesso em: 10/09/2021. 
com deficiência e a candidatos 
negros. 
Art. 5º O órgão responsável 
pela política de promoção da 
igualdade étnica de que trata o 
§ 1º do art. 49 da Lei nº 12.288, 
de 20 de julho de 2010, será 
responsável pelo acompanha-
mento e avaliação anual do dis-
posto nesta Lei, nos moldes 
previstos no art. 59 da Lei nº 
12.288, de 20 de julho de 2010. 
Art. 6º Esta Lei entra em vigor 
na data de sua publicação e terá 
vigência pelo prazo de 10 (dez) 
anos. 
Parágrafo único. Esta Lei não se 
aplicará aos concursos cujos 
editais já tiverem sido publica-
dos antes de sua entrada em vi-
gor. 
Brasília, 9 de junho de 2014; 
193º da Independência e 126º 
da República.10 
 
Com base no dispositivo legal 
acima mencionado pode-se verificar 
que esta lei terá vigência por 10 anos 
e com o cumprimento deste prazo a 
lei deverá ser mantida novamente 
mediante ação política responsável. 
É de grande importância a 
compreensão destas prerrogativas 
legais para a garantia da acessibili-
dade das pessoas ao mercado de tra-
balho, uma vez que o dispositivo pa-
ra garantir os chamados princípios 
da equidade e isonomia do direito 
estão previstos nestas ações. 
Retornando com as reflexões 
propostas por Francisco Porfírio, o 
 
 26 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
referido autor afirma que no caso da 
atribuição das cotas para ingresso 
em cursos de graduação em univer-
sidades públicas federais, “além da 
origem étnico-racial, o candidato à 
vaga reservada deve ter cursado to-
do o seu ensino médio em escolas 
públicas.” Idem, Ibidem. 
Este raciocínio é muito im-
portante para entender que estas 
vagas estarão também sendo desti-
nadas a pessoas de baixa renda que 
estudam em escolas da rede públi-
ca no Brasil. O referido autor tam-
bém afirma que “dessa maneira, as 
universidades públicas oferecem 
um duplo sistema de cotas.” Idem, 
Ibidem. 
Segundo ele, este sistema se-
guirá uma metodologia onde “uma 
parcela da reserva de vagas destina-
se a estudantes de escola pública, in-
dependentemente da origem étnico-
racial.” Idem, Ibidem. E a outra par-
cela “destina-se a estudantes de es-
cola pública que se autodeclaram 
pretos, pardos ou indígenas.” Idem, 
Ibidem. 
O autor deste estudo também 
informa que no atual sistema de 
ações afirmativas para ingresso em 
universidades e institutos federais 
de ensino, “50% das vagas devem ser 
destinadas a pessoas oriundas de es-
colas públicas.” Idem, Ibidem. 
 
 
Sistema de Cotas Raciais 
nas escolas 
 
 
Fonte: https://querobolsa.com.br/re-
vista/sistema-de-cotas-raciais. 
 
Neste sentido, o autor salienta 
que dessas vagas, “25% destinam-se 
a pessoas com renda familiar infe-
rior a 1,5 salário mínimo, e a outra 
metade está liberada para pessoas 
com renda familiar superior a 1,5 sa-
lário mínimo.” Idem, Ibidem. Desde 
que “tenham cursado os três anos do 
ensino médio em escolas públicas.” 
Idem, Ibidem. 
Outro ponto relevante nos es-
tudos levantados pelo referido autor 
Francisco Porfírio, diz respeito às re-
giões onde ocorrem maior número 
de pessoas afro descendentes, para 
equiparar o número e se fazer um 
equilíbrio no manejo e distribuição 
das vagas destinadas aos cotistas. 
Segundo o autor deste estudo, 
as ofertas de vagas restritas por cri-
térios étnico-raciais encaixam-se 
nessa reserva de “50% das vagas to- 
 
 
 27 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
tais oferecidas pela universidade e 
por cada curso, de acordo com o edi-
tal do vestibular ou do Sisu.” Idem, 
Ibidem. 
 
Cotas nas universidades 
 
 
Fonte: https://guiadoestu-
dante.abril.com.br/universidades/es-
tudo-aponta-aumento-das-classes-
c-e-d-no-ensino-superior/. 
 
Ele afirma também que “para 
calcular o número de vagas destina-
das a pretos, pardos e indígenas, uti-
lizam-se dados dos censos demográ-
ficos.” Idem, Ibidem. 
Com isso, segundo o autor, re-
giões com maior número de negros 
“devem oferecer uma maior reserva 
de vagas para essas pessoas, estados 
com maior número de indígenas de-
vem oferecer uma maior reserva de 
vagas para indígenas e assim suces-
sivamente.” Idem, Ibidem. 
Outro exemplo importante 
que apresentaremos a seguir diz res-
peito aos concursos públicos onde o 
percentual de 20% será destinado à 
cotistas como foi apresentado ante-
riormente. 
Francisco Porfírio argumenta 
que no caso de concursos para inves-
tidura em cargos públicos, “há uma 
reserva de 20% do total de vagas 
ofertadas em um edital para pessoas 
que se autodeclaram pretas ou par-
das.” Idem, Ibidem. 
De acordo com o autor deste 
estudo, nesses casos, “a autodeclara-
ção com documentação comproba-
tória (como certidão de nascimento, 
certidão de alistamento militar ou 
RG do candidato e até de seus ascen-
dentes diretos - mãe e pai) é sufici-
ente para que uma pessoa possa 
concorrer a uma vaga no concurso 
pela lei de cotas.” Idem, Ibidem. 
Por outro lado, nas universi-
dades e institutos federais existem 
algumas prerrogativas interessan-
tes. O autor deste estudo, afirma que 
já no caso das universidades e insti-
tutos federais, “além da autodeclara-
ção, o candidato deve passar por 
uma entrevista com a banca exami-
nadora a fim de comprovar a veraci-
dade da autodeclaração.” Idem, Ibi-
dem. 
Ele reitera também que um 
problema resultante desse último 
caso é que “não há como expressar 
uma objetividade concreta para re-
conhecer pessoas pardas, e a subje-
tividade dos critérios adotados por 
examinadores já causou injustiças e 
até fraudes.” Idem, Ibidem. 
 
 
 28 
ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
E CULTURA AFRO-BRASILEIRA, AFRICANA E INDÍGENA 
Materiais Complementares 
 
Links “gratuitos” a serem con-
sultados para um acrescentamento 
no estudo do aluno de assuntos que 
não poderão ser abordados na apos-
tila em questão: 
 
Artigo 205 da Constituição Federal. 
Disponível em: 
https://www.senado.leg.br/ativi-
dade/const/con1988/con1988_08.
09.2016/art_205_.asp. Acesso em: 
08/089/2021 
 
Senegalês faz sucesso no Brasil com 
peças artesanais com estética afri-
cana. Disponível em: 
https://revistapegn.globo.com/Em-
preendedorismo/noti-
cia/2018/07/senegales-faz-sucesso-
no-brasil-com-pecas-artesanais-
com-estetica-africana.html. Acesso 
em: 09/09/2021. 
 
LEI Nº 11.645, DE 10 MARÇO DE 
2008. Disponível em: 
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ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
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ESTUDO DAS RELAÇÕES ÉTICO-RACIAIS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA 
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