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Sistemas Financeiros

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Sistemas Financeiros 
 
 
1. O Banco Mundial e o FMI foram criados no acordo de Bretton Woods. Descreva os propósitos 
iniciais dessas duas instituições e as funções adotadas por elas posteriormente. 
R: Bretton Woods refere-se a uma série de acordos, adotados em 1944, com o objetivo de gerenciar e 
regular a economia global. Durante as negociações, Harry White propôs a criação de duas instituições 
internacionais que fossem responsáveis pela questão prática desses acordos: o Banco Internacional de 
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). O BIRD estaria 
encarregado da reconstrução econômica pós-Segunda Guerra Mundial por meio de empréstimos 
concedidos aos países afetados, enquanto o FMI prestaria auxílio às econômicas em desenvolvimento 
por meio de programas de recuperação. Posteriormente, em 1973, ambas instituições sofrem 
modificações em seus objetivos. O BIRD passa a integrar o denominado Banco Mundial, que financia 
projetos de assistência em países em desenvolvimento, além de organizações internacionais e derivados, 
pois entende que o desenvolvimento econômico está atrelado ao desenvolvimento social. Já o FMI passa 
a buscar o equilíbrio do sistema financeiro internacional, por meio de empréstimos concedidos não só a 
países, mas a bancos e instituições também. 
 
2. Explique o que foi o Consenso de Washington, como o acordo contribuiu para a "reestruturação" 
econômica dos países em desenvolvimento e como ele contribuiu para as crises financeiras 
posteriores. 
R: O Consenso de Washington foi um conjunto de medidas acordadas em 1989 pelo FMI, o Banco 
Mundial e o Departamento de Tesouro dos EUA para contribuição da política oficial do próprio FMI. Os 
requisitos para tomada de empréstimos pelo FMI requeriam um processo de ajuste macroeconômico 
pelos Estados que o solicitavam. Essas medidas possuíam um caráter neoliberal que visavam a redução 
do custo do Estado e menos intervenção estatal na economia. Entre elas, estão: privatização de empresas 
estatais, abertura comercial (quebra de barreiras comerciais e fim do protecionismo pelos países), 
reforma tributária (transformação de política monetárias para cobrar menos impostos de determinados 
setores) e flexibilização de leis trabalhistas. Como resultado, essas medidas neoliberais contribuíram 
para adoção de políticas pouco rígidas pelo Sistema de Reserva Federal dos EUA (conhecido como 
FED), permitindo a expansão desenfreada do consumo, dos investimentos e dos endividamentos da 
população, das empresas, dos bancos e do próprio Estado. As crises econômicas em regiões periféricas 
levaram ao fortalecimento de Wall Street, logo, houve uma fuga de capital estrangeiro para os EUA. 
Para Maria da Conceição Tavares, a desregulação bancária radical permitiu que as instituições 
trabalhassem cada vez mais com mercado especulativo (resultado de fusões e aquisições do período), 
contribuindo para a crise de 2008, que iniciou-se com a quebra do banco Lehman Brothers e repercutiu 
em outros países do sistema internacional.

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