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12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 181 12. Reforços estruturais 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 182 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 183 12. Reforços estruturais 12.1 Introdução Quando uma estrutura ou parte da mesma exibe força inadequada (comportamento ou estabilidade), pode ser possível modificar a estrutura usando várias técnicas de estabilização e reforço. O âmbito desta apostila fornece discussão conceitual com intenção de promover o desenvolvimento de idéias para soluções possíveis, mas não adota procedimentos relativos a estudos de cálculo e técnicas mais aprofundadas. As diferenças entre "estabilização" e "reforço" estão um pouco tênues e, em alguns casos, são usados sinonimicamente. A estabilização é o processo de deter uma situação não desejada de progredir. A determinação de que uma da estrutura pode ser estabilizada é buscar deter movimento adicional. O reforço é o processo de somar capacidade de resistência para uma estrutura ou parte dela. Por exemplo o reforço de um pilar existente somará resistência à compressão, aumentando sua capacidade. Em alguns casos, o processo envolve uma combinação de deter uma situação não desejada e, ao mesmo tempo, reforçar sua capacidade de carga. 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 184 Avaliação Análise do reforço Tração Torção Flexão Compressão Estabilidade Reforçar Estabilizar Estratégia Carga passiva Carga ativa Alargamento & recobrimento Compósitos (fibra de carbono) Protensão Alívio de carga Grauteamento interno ou externo 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 185 12.2 Técnicas de reforço Na escolha da técnica de reforço devemos levar em consideração as particularidades de cada método, dentre os quais salientamos: Alargamento: Alargamento da estrutura com adição de uma nova camada de concreto e armadura solidarizada ou não à estrutura existente é um método adotado em pilares, vigas, lajes, paredes. Pilar Vista Superior Pilar – Vista Superior Pilar – Vista Superior Viga - Corte Viga - Corte Viga - Corte Fonte: Concrete Repair and Maintenance Illustrated – Peter H. Emmons • • • 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 186 Compósito: Utilização de material diferente do existente na estrutura, como chapas metálicas, compósitos de fibra de carbono. Fonte: MBT Masterbuilders Technologies Pós-tensionado: Técnica de introduzir um elemento que, após tensionado, absorve parte das cargas atuando sobre a estrutura. Este elemento, pode ser introduzido no interior da estrutura existente ou utilizado externamente. É um método utilizado para aliviar tensões de flechas, torção, flexão, etc. Fonte: Concrete Repair and Maintenance Illustrated – Peter H. Emmons Alívio de tensões: Método que reduz as tensões na estrutura ou em parte da mesma. Um dos métodos mais utilizados é do alívio de tensões com a criação de novas juntas, alívio de cargas, etc. Fonte: Concrete Repair and Maintenance Illustrated – Peter H. Emmons 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 187 Reforço passivo: Técnica em que o reforço não participa dos esforços até que as cargas adicionais (passivas ou ativas) são aplicadas e / ou até que a deformação adicional aconteça. Não existe esforço na chapa metaliza, até que cargas novas sejam introduzidas. Reforço ativo: Técnica que permite que o reforço imediatamente atue no suporte das cargas (ativas ou passivas). O tensionamento do tirante permite imediatamente o suporte de cargas. Transferência de carga: Técnica de transferir a carga para outra parte da estrutura. Ex.: piso industrial Vista superior – barras de transição Corte: colocação de barras de transição 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 188 12.2 Técnicas de reforço com fibra de carbono A fibra de carbono é uma técnica moderna de reforço de estruturas, tendo uma série de vantagens em relação aos sistemas convencionais. A fibra de carbono foi inicialmente utilizada na indústria aeronáutica, passando depois para a área esportiva (Fórmula 1, esquis, raquete de tênis, etc.) e já é utilizado há mais de 10 anos na construção civil. Inicialmente estudado em universidades, sua utilização ganhou grande desenvolvimento a partir do terremoto ocorrido na cidade de Kobo – Japão. A fibra de carbono é um subproduto de materiais à base de poliacrilonitril, oxidado a partir de 15000C. O material, em forma de fibras, tem seus átomos perfeitamente alinhados. Este alinhamento é que dá a elevada resistência à tração do material. Fibra de carbono e resina polimérica Ampliação em microscópio eletrônico Fonte: MBT Master Builders Technologies A fibra de carbono possui em torno de 7,5 mais resistência que o aço CA 50. Peso 300 g/m2 Espessura 0,165 mm Resistência à tração 35.500 kgf/cm2 Módulo de elasticidade 2.350.000 kgf/cm2 Densidade 1,82 g/cm3 Alongamento máximo 1,5 % 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 189 O campo de aplicação das fibras de carbono é: 420 toneladas Mudança de uso da estrutura ou cargas Mudança das normas técnicas Erro de projeto ou construção Cortes de estruturas para instalações Incendios Abalos sísmicos 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 190 Tipos de fibra de carbono: Mantas L Lâminas Barras Protendido Fibra de Carbono versus Reforços Convencionais Chapa de aço colada chapa de 3/16” 112 kg. peso morto Colocado c/guincho Alargamento peça 2 ferros 1”, 10 cm. concreto 1130 kg. peso morto Aço, formas, concreto e cura Fibra de Carbono 1 camada 2,7 kg peso morto Aplicação manual Viga simplesmente apoiada; 35% de acréscimo de carga acidental 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 191 Técnica de aplicação Inicialmente recuperar as falhas e outros problemas de patologia Injetar resina epóxi nas trincas e fissuras existentes, para impedir infiltrações r = 1 cm.r = 1 cm. Arrendondar os cantos vivos Efetuar uma limpeza rigorosa e abrir a porosidade do substrato de concreto Aplicar o primer de resina epóxi especial Aplicar a massa epóxi de regularização 12. Patologia das construções - Reforços Eng. José Eduardo Granato 192 Fonte: S&P Clever Reinforcement Company Aplicar a resina epóxi de saturação Aplicar a manta também pré saturada com resina saturante Aplicar sobre a manta mais uma camada de resina saturante Fazer teste de aderência por percussão e arrancamento Aplicação de lâmina em laje Aplicação de manta em pilar
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