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1 2 SUMÁRIO HISTÓRIA DO DESIGN DE INTERIORES................................................................3 FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO.......................................................15 CONCEITO DE BELO..............................................................................................26 TEORIA DAS CORES APLICADAS AO DESIGN DE INTERIORES.......................29 LUZ NATURAL E ARTIFICIAL.................................................................................38 BENEFÍCIOS DA ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO AMBIENTE DE TRABALHO..............................................................................................................40 COMO OTIMIZAR A ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO AMBIENTE DE TRABALHO........................................................................................................41 PROJETOS DE SUCESSO COM ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA........................................................................................................43 ERGONOMIA...........................................................................................................45 MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS...........................................................................47 DESIGN DE INTERIORES E GEOMETRIA.............................................................51 AMBIENTES PEQUENOS.......................................................................................57 DICAS DA DECORAÇÃO SALA DE ESTAR...........................................................66 QUARTOS................................................................................................................75 COZINHA.................................................................................................................93 BANHEIROS..........................................................................................................104 3 HISTÓRIA DO DESIGN DE INTERIORES Falar sobre a história do design de interiores envolve tantos pontos que chega a ser difícil de saber ao certo como começar. Tão antiga quanto o nascimento da arquitetura, a arte do design de interiores surgiu, provavelmente, no Egito Antigo, e evoluiu a ponto de se tornar o que vivemos hoje. Passando por diferentes estilos, o design de interiores sempre foi referência para todos os amantes de decoração – mesmo que indiretamente. A história do design de interiores no Brasil foi fortemente influenciada pelo modernismo. História do design de interiores: tudo começou no Egito Mural Egípico Acredita-se que a história do design de interiores teve origem no Egito Antigo, mais de mil anos antes de Cristo. Na época, os egípcios construíam suas casas com barro e decoravam com mobiliário de madeira, tapetes de palha, de tecidos e de peles de animais. Todo o conhecimento que temos sobre esse cotidiano é retratado em pinturas feitas em vasos e murais. Foi no Novo Império que tudo o que diz respeito à pintura, escultura e arte alcançaram um nível ainda mais alto de beleza e plenitude. Um exemplo são os itens de uso da nobreza e da corte, desenhados com perfeição e repletos de detalhadas técnicas. 4 Cadeira do Egito Com a falta de florestas na região, os egípcios eram obrigados a buscar alternativas à madeira, passando a utilizar o tijolo de barro e a palha nas construções locais, e materiais como vime e junco para o desenvolvimento de móveis. Cama do Egito Foram eles os pioneiros no uso de camas, mesas, cadeiras e banquinhos no cotidiano. O baú, por exemplo, era muito utilizado para substituir os usuais armários. O design de móveis evoluiu muito até os dias de hoje. 5 Grécia Grécia Foi na era Clássica, mais precisamente entre 499 a.C. a 79 d.C., que a Grécia Antiga passou pelo seu apogeu. Na época, mesmo se inspirando no estilo egípcio, os gregos passaram a priorizar o conforto, adotando poucos móveis dentro de casa e um design com curvas. Cadeira Grega Klismos Mesmo com a redução do mobiliário, os gregos dedicavam boa parte de seu tempo pensando em sua elaboração. Com o passar do tempo, passaram a desenvolver produtos mais refinados, com a aplicação de metais nobres. 6 Sofá da Grécia Nas salas, na decoração não podiam faltar sofás, que também já eram utilizados para fazer refeições, já que possuíam um suporte para apoiar os pratos. Arte Romana No Império Romano, a nobreza habitava residências caracterizadas por grandes pátios internos, mosaicos nos pisos e pinturas que simbolizavam os deuses e a literatura daquela época. Além de se preocupar com o impecável acabamento das construções, os romanos foram responsáveis por introduzir na história do design de interiores uma maneira de pensar que combinasse o conforto e a estética. 7 Cama Romana Diferentemente do que estamos acostumados, as camas ficavam na sala principal, e não no dormitório. Como o imperador tinha o costume de receber convidados no momento do jantar, eram instalados diversos leitos no ambiente. Sala na Roma Dessa forma, os romanos desenvolviam o design de interiores de forma intuitiva, já que cada cômodo da casa tinha uma finalidade e todo o seu mobiliário era pensado com o objetivo de atender às necessidades das pessoas e criar um ambiente mais aconchegante para todos os convidados. Outra maneira de conhecer mais sobre arquitetura e design de interiores é assistindo alguns filmes. 8 Renascença Arte Renascentista Presente na arquitetura de castelos e catedrais europeias, o estilo gótico representou o período anterior à Renascença. Foi uma mudança brutal de estilos, em que se trocou a frieza e escuridão do gótico pela inovação e criatividade do Renascentismo, fazendo o uso de luz natural e pátios abertos. Dessa forma, surgiu o Renascentismo, na Itália, servindo como exemplo a algumas de suas principais cidades, que se caracterizam pelo detalhado planejamento e composição estética. Baú Cassone Renascentista 9 Os arquitetos passaram a desenvolver ambientes com materiais diversificados, como o mármore e a madeira, móveis rebuscados, pinturas especiais e detalhes visuais diferenciados nos pisos. O intuito, na época, era impressionar e mostrar riqueza e poder. Barroco Arte Barroca No início do século XVII, foi a vez do estilo barroco ditar tendência na época. Caracterizado pela decoração rica em detalhes e mais majestosa do que sua antecessora, o barroco se espalhou rapidamente pela Europa. Interior Barroco em uma Igreja 10 Com o uso demasiado de mármore em diversas cores, vitrais e cúpulas pintadas, cada dia mais novas igrejas e palácios foram construídos e diversos prédios redesenhados. Arquitetura Barroca no Palácio de Versalhes Uma grande referência da época barroca é o aclamado Palácio de Versalhes, na França. Considerado uma das maiores construções da história, o local impressiona tanto na parte externa quanto interna. Rico em detalhes, o palácio possui grande quantidade de espelhos e uma quantidade enorme de cômodos. Interior Barroco no Palácio de Versalhes 11 Neoclassicismo Arte Neoclássica Com a Revolução Industrial, o design de interiores deixou de ser algo exclusivo da nobreza, e acabou se tornando essencial nas casas de classe média. Assim, os moradores passaram a dar preferência para papéis de parede e tapetes que antes eram sinônimos de luxo. Ornamentos do neoclassicismo 12 Outros ornamentos se tornaram mais acessíveis à população, como os móveis estofados e até mesmo os livros. Ao se dedicar ao design de interiores, as pessoas sentiam-se poderosas e mais confiantes perante a alta sociedade. Móveis do Neoclassicismo O estiloclassicista, que durou até o início de 1800, também foi marcado pelo uso de materiais diferenciados, como a seda, o veludo e o bronze. Estilo Vitoriano Arte Vitoriana 13 Remetendo às características da época da Rainha Vitória, da Inglaterra, o estilo vitoriano foi responsável por influenciar todos os cantos do mundo, já que deu uma nova roupagem aos móveis, tecidos e vestimentas. Pintura Vitoriana Tornou-se tendência por quase um século inteiro, principalmente por fazer o uso tanto de elementos atuais para a época quanto retrôs. Interior Vitoriano A decoração era aconchegante e prezava o clima familiar, unindo a sofisticação e a praticidade dos novos materiais industriais da época. Madeiras escuras, 14 móveis densos e paredes com cores fortes são algumas de suas minuciosidades. Modernismo Modernismo Importante referência para o mundo do design, o modernismo da metade do século XX durou entre 1930 e 1965, e suas características são vistas até os dias de hoje, como os móveis tão peculiares da época que voltaram a se tornar ícones a partir da década de 90. Alguns dos mais renomados designers da história fizeram parte do movimento, como Charles Eames, Florence Knoll, Mies van der Rohe e Le Corbusier. Poltrona Modernismo Charles Eames 15 Com a modernização mundial, no começo do século XX, novos costumes vieram à tona, juntamente com tecnologias jamais vistas antes. Assim, os designers de interiores passaram a viver o melhor momento da história, podendo planejar os espaços de maneira funcional e moderna. Modernismo Villa Church Le Corbusier FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO Primeira fase: Reunião preliminar É aquela reunião inicial onde se apresenta ao cliente e vice-versa. Aqui acontece a apresentação o portfólio e é onde se tem o primeiro contato com o cliente. Esta reunião pode ser no escritório, por exemplo. Ainda não serão tratadas a fundo questões do projeto em si. É a oportunidade onde saberá o que o cliente deseja, as dimensões aproximadas do projeto, etc. Deverá ser explicado como é realizado o trabalho de um designer de interiores/ambientes, as limitações profissionais e possíveis necessidades durante o projeto (ex. contratação de um engenheiro para derrubar uma parede), a importância de o cliente confiar nas indicações de mão de obra especificadas, entre outras situações. Briefing do cliente Esta etapa é trabalhada em duas frentes: Na entrevista com o cliente entrará a parte mais puxada do contato com o cliente onde terá que saber dele toda a problemática envolvida no projeto. Não basta saber apenas o que ele deseja no projeto, mas, especialmente, o porquê deste desejo. Por trás de todo desejo 16 existe, na verdade, um problema a ser resolvido. Achar o ambiente feio, para o cliente, é um problema estético. Vale ressaltar que havendo mais de um usuário no espaço a ser projetado, todos devem ser entrevistados. Não ter receio em explicar àquela senhora ―mãe/esposa/mandona‖ que quer decidir absolutamente tudo sozinha, incluindo os quartos dos filhos que já estão na faixa dos 18 anos, além dos espaços privativos do marido. Lembre sempre a ela (quando acontecer isso) que os espaços são de todos e não somente dela. Assim como existem coisas que ela não gosta e deseja alterar, com eles também acontece a mesma coisa. É importantíssimo que até aqui já se saiba o quanto o cliente deseja investir no projeto. Por exemplo: se ele dispõe de R$20.000,00, sabe-se que dentro deste montante está incluso o pagamento do designer pelo projeto. Ou será que este dinheiro está livre apenas para a obra e ele dispõe de mais recursos? É, portanto, imprescindível que o profissional tenha conhecimento deste fator ainda nesta fase de levantamentos iniciais. Após o briefing com o cliente, deverá acontecer um levantamento prévio do espaço a ser projetado. Apenas uma visita para tirar as dimensões básicas e uma análise geral da edificação está bom, afinal necessita-se destes dados para elaborar um orçamento (proposta de trabalho). Proposta de trabalho/aprovação do cliente Esta é a etapa onde irá apresentar ao cliente a proposta de trabalho (orçamento) onde deverá constar basicamente: Valor; Formas de pagamento/parcelamento; Prazos para elaboração dos projetos; O que será feito (descrever os ambientes com as alterações solicitadas para cada um); 17 Prazo de validade da proposta (geralmente poucos dias); Que, após o ok do cliente sobre a proposta, será encaminhado o contrato formal de prestação de serviços para assinatura. Quando o cliente aceitar o orçamento, deverá ser encaminhado a ele o contrato devidamente preenchido, com todas as especificidades do projeto a ser elaborado, os valores, formas de pagamento e prazos, a cláusula de responsabilidade técnica, a existência ou não das RTs (Reservas Técnicas), da preferência por mão de obra indicada, etc. Somente após a assinatura do contrato é que se deve iniciar a segunda fase do trabalho. Segunda Fase: Diagnóstico, análise e levantamento do local Esta é a fase onde se terá de ir até o local da obra e fazer todo o detalhamento dos espaços. Aqui, entram as medidas exatas de todos os ambientes, estruturas existentes, levantamento de instalações (elétrica, hidráulica, gás, ar, telefonia, TV), esquadrias, situação geral da edificação (se necessita de reparos/reforço/restauro), áreas permeáveis externas, enfim, tudo que se faz necessário para projetar espaços mais eficientes, práticos e funcionais. Conceito inicial É a fase de desenvolvimento do projeto conceitual. Primeiramente, o profissional deverá transformar o briefing numa análise do projeto. Isso deve ser feito em papel onde é possível cruzar dados levantados tanto no briefing quanto no levantamento predial. Somente de posse dessa análise pode-se seguir adiante. Neste ponto, o profissional deverá fazer uma pré-seleção dos materiais, mobiliários, equipamentos e acessórios a serem utilizados nos ambientes para apresentação ao cliente. Tudo vai depender do conceito adotado para o projeto. É a fase onde o designer irá esboçar suas ideias, usar de sua criatividade para solucionar os problemas detectados no briefing. Medidas devem ser respeitadas, mas nesta fase não é necessário que estas sejam seguidas à risca (ex: 3 cm não farão tanta diferença, talvez) para a apresentação ao cliente. 18 Aqui, nada é definitivo e pode ser alterado. Lembre-se que essa ainda é a fase de criação e o cliente não aprovou nada (apenas orçamentos/propostas). Pré-orçamentos Todos os materiais especificados devem vir acompanhados de seus respectivos orçamentos (quantitativo, valor unitário, valor total). Deve-se fazer um levantamento preliminar dos orçamentos, incluindo a mão de obra (pedreiro, eletricista, pintor, encanador, jardineiro, etc), para apresentação ao cliente. O orçamento também deve conter as caçambas para entulhos. Apresentar em torno de três orçamentos de fornecedores distintos. Isso garante a transparência e profissionalismo. Preparação da apresentação Esta é a fase onde deverá pensar em como apresentar o conceito ao cliente. Prestar atenção em muitos detalhes, como, por exemplo: Ter embasamento teórico/técnico/estético dos porquês das soluções apresentadas; Possuir outras possibilidades para o caso de necessidades emergenciais; Ter conhecimento sobre todos os materiais e insumos especificados; Apresentar catálogos de materiais/equipamentos; Finalização e revisão dos painéis conceituais; Finalização e revisão das perspectivas, layouts e maquetes 3D conceituais; Separar os pré-orçamentos por área/material/mão de obra. Apresentar uma solução ao cliente. Quando apresentadas mais que uma, o cliente pode confundir-se. No entanto,isso não impede que sejam separadas outras soluções. Quando começarem a surgir as indagações (ou os ―não gostei disso‖) e apontamentos de alterações, terão estas outras possibilidades para apresentar e chegar a um consenso entre as partes. 19 Apresentação e aprovação É a hora de mostrar tudo o que foi pensado para a solução dos espaços ao cliente. Não se pode ter absolutamente nada na apresentação que não domine e que não consiga explicar os porquês da necessidade deste elemento no projeto. Por exemplo: se foi proposta a derrubada de uma parede, deve saber se esta vai afetar a estrutura ou não, se precisará do acompanhamento de um engenheiro civil ou não. E também deverá saber explicar o porquê da necessidade da presença dele na obra. Se especificar um piso fosco e o cliente desejava um espelhado para uma área úmida, tem que saber explicar o motivo dessa escolha. Também deve saber quanto tempo será necessário para implantação do projeto (obra). Enfim, deverá mostrar completo domínio sobre o projeto, materiais, execução. Não esquecendo que, a cada item aprovado pelo cliente, ele deve dar um visto no mesmo ou simplesmente um ok. Terceira Fase: Projeto executivo Após a aprovação do projeto conceitual, deve-se partir para a elaboração do projeto executivo. Esta é a parte mais técnica do trabalho do designer. Serão feitos todos os projetos cuidando milimetricamente de cada detalhe. Nesta fase, serão realizados, quando necessários, os seguintes projetos: Instalações elétricas; Instalações hidráulicas; Instalações de ar-condicionado; Instalações de TV/telefone/interfone; Paisagismo/jardinismo; Projeto de iluminação; Projeto de gesso; Marcenaria; Paginação de pisos e revestimentos; Acústica/térmico; Plantas de layout; 20 Cortes e elevações; Detalhamentos diversos; Plantas de alterações prediais (troca de esquadrias, derrubada/construção de paredes); Lista de acessórios; Memorial descritivo. Existem outros ainda, mas já se pôde entender que o trabalho não é fácil e simples. Todos os elementos relativos ao projeto devem ser apresentados de maneira clara para a correta (e fácil) leitura e compreensão por parte dos executores, e também do cliente. Especificações É a parte do trabalho em cima do memorial descritivo e da seleção de construtores/fornecedores. Num primeiro momento deve-se elaborar o memorial de forma clara, preferencialmente separado por área/espaço a ser trabalhado, constando todos os materiais, elementos ou acessórios que serão utilizados no projeto. Após isso, deverá ser feito um pré-orçamento (não precisa ser pessoalmente) buscando ofertas de tudo isso. Esta pesquisa servirá como base de negociação com os fornecedores e construtores para que apresentem suas propostas. Orçamento definitivo Após as negociações com os fornecedores e empreiteiros, fechar o orçamento final do projeto para apresentar ao cliente. Então, é o momento de fazer a programação/planejamento financeiro junto com o cliente. Solicitação de documentações públicas Somente quando necessário. Por exemplo: foi planejado derrubar uma parede e necessitou da presença de um engenheiro civil. Este deve recolher junto ao seu Conselho (CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) a ART (Anotação de Responsabilidade 21 Técnica). Em algumas cidades, as prefeituras exigem os alvarás de obras até mesmo para simples pinturas de paredes. Consultar a cidade onde está sendo realizada a obra e ter em mãos todos os documentos necessários. Seleção de construtores e fornecedores Após o recebimento das propostas orçamentárias dos construtores e fornecedores, deverá selecionar os mais viáveis (custo-benefício). É importante que o cliente participe desta etapa. Lembrete: nem sempre o menor preço significa qualidade na execução de obras. É importante que, junto com o orçamento, os construtores encaminhem uma lista de obras já realizadas e, se possível, visitar algumas delas para atestar a qualidade dos serviços. Atentar-se, pois tudo isso está intrinsecamente amarrado ao orçamento disponível. Não esquecer de elaborar os acordos de prestação de serviços para serem assinados pelos construtores. Este é um documento entre o profissional e os prestadores de serviço. Este documento deve conter itens, como, por exemplo, no caso de pintura: O responsável deverá preparar todas as superfícies para o seu melhor acabamento; Toda nova marcenaria e carpintaria serão preparadas, emassadas, lixadas e seladas; O selador e demais demãos de pintura serão aplicados de acordo com as instruções do fabricante; Toda marcenaria preexistente será limpa, emassada, lixada e receberão uma demão de pintura; Todos os revestimentos de parede preexistentes serão retirados – as paredes serão limpas, emassadas, lixadas e pintadas; O responsável pelo serviço utilizará adesivos e toda forma de proteção das áreas adjacentes à superfície que for trabalhada; 22 Não realizará qualquer alteração do produto (consistência, cor, etc) sem a aprovação do designer responsável pela obra; Este documento deve ser assinado por todos os envolvidos na obra. No caso de pedreiros é fundamental que conste um item exigindo a correta observação das paginações de piso/revestimentos. Também, se faz necessário neste documento um item para todos os construtores/fornecedores: O responsável pela execução do projeto fica proibido de conversar diretamente com o proprietário da obra sobre propostas de alterações no projeto/obra. Qualquer necessidade nesse sentido deve ser tratada apenas com o designer responsável pela obra. Isso evita os corriqueiros problemas de alterações que ocorrem sem a autorização/conhecimento do profissional. É muito importante que o profissional disponibilize aos seus clientes modelos de contratos de prestação de serviços para serem firmados entre o cliente e os contratados. Este documento garantirá a execução dos serviços contratados e servirá como prova ao seu favor em caso de problemas judiciais. Quarta Fase: Programação da obra Antecede o cronograma. Fazer uma programação da obra constando tudo sobre o que será feito, de acordo com a cronologia necessária: Demolições Estruturas 1 (gesso, pisos, etc) Estrutura 2 (elétrica, hidráulica, ar, etc) 23 Revestimentos de paredes Iluminação Acabamentos Mobiliários Cronograma de obra É programação e definição das obras que devem ser feitos e suas datas de inicio/finalização. Quando e o que entra/começa/termina, em que data entra/começa/termina. Este documento é necessário para que os construtores (especialmente) conheçam os prazos disponíveis para a execução de seus serviços, principalmente as datas máximas, para que não atrapalhem o andamento das obras e a entrada de outros profissionais. Por exemplo: se um pedreiro tem uma semana para assentar os pisos e estoura este prazo, ele estará comprometendo os trabalhos de outros profissionais que já tem suas agendas apertadas e comprometidas. A marcenaria não poderá ficar esperando que os pintores terminem seu trabalho atrasado por causa do assentamento de piso que atrasou. É uma bola de neve. Compras Como o próprio nome diz é a fase de aquisição dos produtos e insumos necessários à obra e ao projeto. Estas devem ser acompanhadas pelo profissional designer para, principalmente, evitar a interferência externa no projeto. É fundamental deixar acertado (em contrato) junto ao cliente que as compras deverão seguir exatamente as especificações realizadas no projeto. Outro fator importante da presença do profissional no momento das compras é com relação às RTs. Ainda na fase de conversas e apresentação da proposta, o designer deve deixar claro ao cliente esta pratica de mercado e negociarcom ele a presença ou não desta no 24 orçamento/contrato. Caso haja, é a garantia do designer recebê-las dos fornecedores e assim, ser ressarcido pelo desconto dado no valor do projeto. Caso não haja, é a maneira do designer conseguir negociar melhores descontos para o cliente junto aos fornecedores. Acompanhamento das obras e instalações: a fase “suja” da obra É durante o acompanhamento que o designer vai verificar a correta execução do projeto, sanar dúvidas dos construtores, solucionar problemas inesperados, etc. É a fase de instalações de granitos, mármores, carpintaria, obra em alvenaria, gesso, pinturas, etc. Todos os elementos que fazem parte da estrutura do projeto. Portanto, é importante a presença do profissional durante as obras. Estas podem ter seu valor diluído no valor total do projeto ou podem ser cobradas à parte (por visita). Nunca deixe de acompanhar as suas obras. Instalações de equipamentos e mobiliários Aqui, entram as instalações pós-obra pesada. São elas basicamente: Mobiliário e marcenaria Iluminação Acabamentos (metais, louças, vidros, etc) Ar-condicionado Trilhos Ou seja, tudo que não faz parte da estrutura do ambiente. Finalização e decoração Nesta fase entram todos os acessórios para dar acabamento aos espaços projetados. Almofadas, mantas, peças de arte, decoração, tapeçaria, etc. 25 Nesta etapa também é realizada a afinação da iluminação. É onde o designer irá fazer a finalização do projeto. Entrega Tudo tem que estar finalizado e pronto, pois este é o tão esperado dia para o cliente: quando poderá entrar em seu novo espaço e usufruir do investimento feito. É também um momento especial para o designer, pois poderá ver nos olhos de seus clientes a satisfação. 26 Quinta fase: Avaliação pós-entrega Após a entrega, é sempre oportuno que o designer entre em contato com os clientes para fazer uma avaliação pós-entrega. Esta é a oportunidade de verificar se o projeto realmente atendeu as necessidades e aos desejos/sonhos do cliente, se houve alguma alteração feita pelos usuários após a entrega (e descobrir os motivos disso). É também a oportunidade de descobrir o que os visitantes acharam do projeto, elogios, criticas, etc. Esta avaliação deve ser feita: Um mês após a entrega Seis meses após a primeira avaliação Um ano após a entrega. CONCEITO DE BELO A base de todo e qualquer processo criativo inicia-se primeiramente pela percepção. Sem a percepção, é impossível que haja qualquer processo criativo, incluindo a criação de projetos de interiores. Mas como desenvolver o olhar crítico e a percepção? O desenvolvimento da percepção é inerente ao ser humano: é uma busca individual, pois cada pessoa vê o mundo do seu próprio jeito, e transcreve o que vê a partir de suas compreensões e experiências. Na medida em que se coloca junto ao mundo, de forma favorável ou não, cada pessoa experimenta novas sensações e desafios, e assim terá condições para o seu desenvolvimento perceptivo. Logo, a expressividade do Designer de Interiores deve ser a manifestação da intencionalidade daquilo que sente e pensa. É a expressão das suas sensibilidades estéticas, sentimentais e emocionais colhidas nas experiências e interações com o mundo. Para o Designer de Interiores, esse perceber, memorizar e imaginar as coisas 27 naturais é imprescindível, pois ele apreende as possibilidades sobre a forma, ordenação e composição com objetos. Assim, podemos dizer que quanto mais perceptivo o designer for relacionado ao mundo, mais criativo ele será. O Designer de Interiores deve perceber os ambientes e transformar estas percepções em algo novo, com novas cores, novas texturas e formas visuais, elaborando projetos com competência inovadora e criativa. É interessante a ressalva de que a cada nova experiência artística o designer aprimora sua capacidade e aptidão para processos criativos. Com isso, seu intelecto passa a armazenar e associar elementos por meio de múltiplas etapas consecutivas, as quais produzirão novas ideias e combinações infinitas. Por isso é tão importante a busca constante por novidades, posto que a capacidade de captação e interpretação de informações do cérebro é inteiramente visual. Revistas, visitas a eventos e até pesquisas por materiais e ideias relacionadas ao design de interiores enriquecem a mente, criando um arquivo vasto e indelével em sua mente. Assim, em pouco tempo será possível criar ambientes com muita criatividade e diversidade, tornando cada criação única, e o melhor: a cada nova criação, novas ideias e conceitos já estarão para sempre gravados em seu ―arquivo‖ mental. A conjugação certa de elementos comuns ao design de interiores, tais como móveis, objetos, tapetes e quadros, é a chave para a composição de um ambiente verdadeiramente harmonioso e equilibrado. O equilíbrio e a harmonia são o segundo grande passo para a produção de um ambiente ideal, e vem logo após o profissional em design haver treinado seu olhar e percepção. É necessário enfatizar que esses conceitos ficarão vívidos e claros à medida que você for trabalhando sua criatividade, conhecendo materiais e texturas, e sabendo identificar e diferenciar o estilo do excesso. Só com a prática em projetos é que você poderá ousar sem medo, misturando diferentes materiais, fazendo um jogo de cores e formas e assim, conseguirá com facilidade fugir de composições óbvias e monótonas. Para ter excelência na arte de projetar e planejar ambientes, primeiramente é fundamental que você conheça o espaço que você possui para decorar. Será um ambiente de trabalho ou residencial? Para alguém mais clássico ou ousado, moderno? E o tamanho do espaço? Grande ou pequeno? Essas perguntas básicas 28 poderão auxiliá-lo na concepção de suas primeiras ideias, pois a partir delas é que você saberá evitar os excessos ou faltas em seu projeto. Nas fases iniciais da vida de um projetista, é comum que seus primeiros projetos possuam muitos excessos, como móveis, objetos, cores e texturas desnecessárias, ou até mesmo pode ser que o projeto fique vazio e desinteressante, com poucos móveis e não muitos apelos decorativos. O equilíbrio na escolha de cada detalhe de um projeto é indispensável no sucesso de sua composição. O que vale lembrar é: treine muito o seu olhar. Pesquise imagens na internet e busque em revistas. Invista tempo em olhar projetos de profissionais que estejam há mais tempo no mercado, pois isso enriquecerá seu acervo de ideias. Observe com atenção cada projeto: Que tipo de textura e revestimento foi utilizado? E as cores e tons? Combinam ou contrastam? Objetos modernos podem ser usados com objetos antigos e repaginados? E as peças exclusivas, planejadas? Como se portam nesse ambiente? Esses tipos de observações amadurecem a pessoa como profissional, pois ideias vistas poderão ser reformuladas e reaproveitadas em projetos posteriores. Isso é muito válido em relação ao Design de Interiores. Além de ser um atento observador, existem alguns princípios que são a base de composição para todo projeto em Design de Interiores, a saber: a) Ritmo – É a repetição de uma forma ou elemento, como cores que se repetem, linhas, curvas, enfim, elementos que sugerem que há um ―movimento‖ na composição de um ambiente. b) Harmonia – Seria um equilíbrio ideal entre o estilo sem excessos. As formas, texturas, cores, iluminação, a distribuição dos móveis e objetos, os materiais usados, devem atuar como um conjunto homogêneo e equilibrado. Nada deve faltar ou sobrar no ambiente. c) Equilíbrio – A distribuição de móveis e objetos é basicamente parecida de todos 29 os ângulos. d) Unidade – Todo espaço planejado deve ser coerente, fazendo com que todos os itens utilizados (desde texturas, cores, acabamentos, móveis,objetos e complementos) ―conversem‖ entre si, como se cada item fosse parte de um todo. e) Contraste – É interessante, desde que utilizado corretamente, pois elementos contrastantes quando juntos são enriquecidos. Paredes escuras com molduras claras, tons lisos somados a estampas e texturas e cores contrastantes são exemplos do uso de contraste na composição. f) Centros de interesse – Alguns (ou apenas um) objetos na composição devem ser o centro das atenções. É interessante que não haja competição entre os elementos de um projeto, por isso evite os exageros. g) Variedade – Procure sempre trazer o máximo de variedade para o seu projeto, mas com o mínimo de exageros. Utilize o seu bom gosto. Misture formas, texturas, cores e estampas, pois isso foge à monotonia. Mas tudo isso com equilíbrio, sem que algo destoe demais do conjunto. h) Escala – Imprescindível para a composição de um projeto. Observe sempre o tamanho do espaço a ser feito o projeto, pois disso dependerá a escolha correta e a quantidade dos móveis, objetos decorativos, cores, texturas e tudo o mais que for utilizar na composição. i) Proporção – Esse conceito ―anda de mãos dadas‖ com a escala. Digamos, por exemplo, que você irá projetar uma sala, mas ela possui altura bem elevada, ou seja, o ―pé-direito‖ (distância entre pavimento e o teto) alto. Você deve diminuir visualmente essa altura utilizando cor escura no teto. Outro exemplo: ambiente pequeno demais. Não pense duas vezes: use cores claras, pois elas criam a ideia de que o espaço é maior. Da mesma maneira, as cores escuras ―estreitam‖ os ambientes, modificando a percepção da proporção entre largura e comprimento. 30 TEORIA DAS CORES APLICADAS AO DESIGN DE INTERIORES Foto: ISTOCK O uso de cores é um procedimento que embeleza e harmoniza ambientes. Refletindo estilos diversificados, elas atraem as energias certas dependendo de como são escolhidas e utilizadas. Essa relação terapêutica é conhecida como cromoterapia, em que as cores apresentam diferentes vibrações energéticas e se propagam no ambiente, atuando em órgãos do corpo humano, restabelecendo qualidades importantes para a vida das pessoas. Além disso, elas também alteram as percepções dos espaços, um mesmo objeto ou ambiente ganham diferentes dimensões e sensações quando pintados com cores diferentes. Considerando esses aspectos, algumas dicas para a realização de uma boa escolha de cores para a decoração de interiores. O poder das cores na decoração da sua casa Não existem percepções padronizadas, cada contexto determina diferentes teorias e simbologias sobre cores. A experiência e as preferências são muito importantes durante o processo de escolha, isso porque não existem regras absolutas, mas sugestões para boas decorações. 31 Amarelo na decoração da casa Foto: Reprodução / Lynda Miehe Associates Proveniente da luz, o amarelo incentiva a comunicação, estimula o intelecto e abre o apetite, sendo indicado para ambientes escuros em conjunto com uma boa iluminação. Tons claros são neutros e tons fortes demandam cuidados para que os estímulos não sejam exageradamente provocados, resultando em sensações de confusão e atritos. Tons de Azul na decoração de ambientes Foto: Reprodução / In-Two-Design Associado ao elemento água, o azul incentiva as pessoas à meditação e interiorização, isso porque diminui a frequência cardíaca e respiratória, sendo indicado para ambientes que busquem a transmissão de calma, tranquilidade e 32 privacidade. Quanto aos cuidados em relação a sua aplicação, seu excesso provoca sono, tristeza e angústia. O Branco na composição da decoração Foto: Reprodução / Phillips & Co. Muito utilizado, o branco é associado à paz, calma e limpeza, sendo considerado como uma tonalidade neutra. Sua aplicação é indicada para os mais variados ambientes, entretanto, demanda combinação com outras cores. Quadros e móveis coloridos são ótimos para a quebra dessa monotonia. Tons de Laranja no ambiente Foto: Reprodução / Wonderland Homes O laranja é ligado ao intelecto e à coragem, em doses certas estimula a criatividade, 33 os sentidos e a comunicação. Ele é indicado para ambientes em que se deseja comunicação e diálogo, como salas de visita, de jantar e cozinha, assim como em escritórios de empresas, estimulando a criatividade. Seu excesso provoca conversas em demasia e desentendimentos, não sendo indicado para dormitórios por ser uma cor bastante estimulante. Cômodos de casa tomados pelo Lavanda Foto: Reprodução / Just Perfect Home Staging O lavanda é uma mistura de azul com roxo que transmite calma, contemplação, silêncio e espiritualidade. Sua aplicação minimiza atividades elevadas e situações estressantes por meio da criação de espaços espirituais especiais. Indicado para dormitórios, espaços de meditação e não recomendados para escritórios ou áreas de trabalho, pois o lavanda tem propriedades que acalmam, não que energizam. 34 Lilás/Violeta na decoração de casas Foto: Reprodução / Brooke Wagner Design As cores violeta e lilás trazem paz de espírito, sossego e tranquilidade. Em tons mais rosados incentivam o romance e em tons mais azulados estimulam a espiritualidade. As tonalidades são indicadas para ambientes que demandam purificação de energias, como espaços de saúde e dormitórios, transformando as negativas em positivas e acalmando a mente e o coração. Seu uso é moderado para que não provoque ansiedade e depressão. Preto na composição da decoração Foto: Reprodução / Gaile Guevara Interior Design & Creative O preto é geralmente relacionado a masculinidade, sofisticação e formalidade, demandando cuidados para que não seja aplicado em excesso nos ambientes. 35 Charmoso e elegante, seu uso deve ser ponderado e combinado com outras cores, isso porque quando predomina transmite sensações negativas como angústia, depressão, escuridão e tristeza. Tons de Rosa em casa Foto: Reprodução / By Helen Em tons claros ou escuros, o rosa se relaciona com a ternura, afeto, romance e feminilidade. Como suas combinações são variadas, a tonalidade fica bem em vários ambientes, sendo muito utilizado em quartos de meninas e até mesmo de casais. A cor Roxa na decoração de ambientes Foto: Reprodução / Maira Santoandrea 36 Alternando entre o exótico e o erótico, o roxo tem atribuições relacionadas a introspecção e espiritualidade. Considerado como uma tonalidade forte e marcante, sua aplicação é mais indicada para detalhes, pois em porções maiores (como paredes inteiras de ambientes) remete vulgaridade. Tons de Salmão nos cômodos da casa Foto: Reprodução / Nicole Lanteri Interior Decorator O salmão resulta de uma combinação de cores que se apresenta como um rosa claro alaranjado. Suas atribuições são relaxantes e harmoniosas, sendo recomendado para espaços delicados, de destaque e que busquem o incentivo à comunicação. Turquesa na decoração de casas Foto: Reprodução / Gacek Design Group 37 O turquesa combina a serenidade do azul com a refrescância e os aspectos revigorantes do verde, originando uma tonalidade contemplativa. Suas atribuições reconfortantes são indicadas para ambientes que permitem movimentação e que estimulam o crescimento. Tons de Verde nos ambientes Foto: ISTOCK O verde é associado a elementos orgânicos, como flores, plantas e madeira. Símbolo de vida, crescimento, esperança e satisfação, estimula a saúde e o bem estar das pessoas. Refrescante, em tons claros é indicado para ambientes que busquem calmaria e os tons mais fortes elevam a energia, entretanto, seu uso excessivo também provoca sensação de opressão. Recomenda-se o verde para áreas de espera e reunião.38 A cor vermelha na decoração da casa Foto: Reprodução / Christy Allen Designs O vermelho é excitante e normalmente relacionado a energia, comunicação, apetite e agressividade. Ele também estimula as áreas de relacionamento afetivo, autoestima, sucesso e prosperidade. Recomenda-se para espaços de alimentação rápida, como sala de jantar e cozinha. Usado com bom senso, o vermelho é indicado para quarto de casal, ativando a sexualidade, o amor e a paixão. Seu excesso provoca atritos, agitação, nervosismo e preocupação. LUZ NATURAL E ARTIFICIAL A iluminação dá vida ao ambiente. Ela traz aconchego e tem papel de destaque na decoração. A iluminação certa valoriza o projeto, mas é preciso saber usá-la. Não é apenas colocar algumas lâmpadas e iluminar o local. Há todo um estudo para o aproveitamento da luz natural, bem como do posicionamento da iluminação artificial, com a escolha correta de lâmpadas, luminárias e outros acessórios, até mesmo da cor da luz e altura a ser utilizada. Existe no mercado grande variedade de produtos para a iluminação, com acessórios de diferentes tamanhos e cores. Sem o acompanhamento de um profissional, o consumidor fica sem saber a melhor escolha, o que pode impactar negativamente no projeto. 39 Um bom projeto de interiores deve contemplar o bem-estar, com soluções para o espaço, decoração adequada ao estilo do morador, e claro, recursos luminotécnicos. Luz Natural Inúmeros são os benefícios da iluminação natural. Além disso, ela reduz o consumo de energia e é ecologicamente correta. Para aproveitar ao máximo esse recurso, indica-se a utilização de revestimentos em tons claros, que refletem melhor a luz, bem como pintar as paredes, também, com cores claras. Além disso, opte por cortinas com tecido translúcido e utilize espelhos, um ótimo recurso para refletir a luz. Luz Artificial 40 A luz artificial valoriza o ambiente e dá destaque a mobiliários, obras de arte, mesas de jantar, entre outros. Esse tipo de iluminação precisa ser pensado ambiente por ambiente. Num quarto, por exemplo, ela tem que proporcionar conforto visual; já em uma sala de estar, ela pode ser direcionada para dar destaque às obras de arte; num closet, o foco é dar destaque à área da maquiagem, entre outras necessidades. O ideal é a junção de iluminação natural com a artificial. Juntos, eles dão harmonia aos espaços, seja ele comercial, ou residencial. Iluminação indireta dá destaque às áreas como mesa de jantar e objetos decorativos. Os espelhos usados na parede, junto com a iluminação, dão a sensação de amplitude ao local. BENEFÍCIOS DA ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO AMBIENTE DE TRABALHO Embora algumas pessoas tenham um ritmo biológico diferente, o fato é que a maioria desperta automaticamente com a presença de luz natural. E não se trata apenas de acordar. A iluminação natural na arquitetura, principalmente, do ambiente de trabalho desencadeia vários efeitos no organismo como disposição, alegria e energia. Mas os motivos para inserir luz natural na arquitetura do ambiente de trabalho não param por aí. Quando se fala em usar iluminação natural na arquitetura, muitas empresas pensam imediatamente na economia de energia. Esse é, realmente, um dos benefícios de projetos com essas características. Porém, não é o único. 41 O aproveitamento da luz natural influencia diretamente o comportamento humano. Ela regula nosso ciclo biológico, interferindo no ritmo cardíaco e circulatório. Em sua presença, corpo e mente entendem que esse é o momento da atividade e têm suas funções intensificadas. A situação contrária — ausência de luz natural — diz ao nosso cérebro que é hora de descansar. Por isso, ambientes mal iluminados ou que contam apenas com iluminação artificial contribuem para a redução da produtividade dos indivíduos. Outro ponto importante a destacar sobre os benefícios da luz solar se relaciona ao bem- estar. A luz natural deixa as pessoas mais otimistas. Isso se reflete em maior disposição para enfrentar os desafios do trabalho e no aumento do nível de satisfação com a empresa. A iluminação natural também traz muitos benefícios à saúde: ela é um antibiótico natural e proporciona vitamina D ao organismo. Além disso, projetos com iluminação natural na arquitetura ajudam a empresa a usar menos recursos naturais (como energia), sendo um passo importante para a sustentabilidade do planeta. COMO OTIMIZAR A ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO AMBIENTE DE TRABALHO Observe a carta solar É bom que as aberturas de iluminação natural levem em consideração o posicionamento do sol. De preferência, elas devem permitir a entrada da luz no período da manhã. Se o contrário acontecer, pode ser que a claridade não seja bem aproveitada. Se as janelas ficam abertas para o lado onde o sol bate à tarde, existe o risco de o ambiente precisar de luz artificial durante a manhã, pois não será bem iluminado nesse período. Como a claridade da tarde costuma ser mais forte, ela pode incomodar os funcionários, que 42 deixarão as cortinas fechadas e não aproveitarão essa luz. Evite excessos Trabalhar com excesso de iluminação também é desconfortável e improdutivo. Essa situação provoca ofuscamento e exige um esforço maior para a realização de atividades. Portanto, estabeleça barreiras para controlar a iluminação natural na arquitetura, de acordo com o layout de cada ambiente. Use transparências Muitas vezes é preciso delimitar o espaço interno, o que faz com que determinadas salas não recebam luz solar. Uma alternativa é segmentar os espaços, pelo menos parcialmente, com divisórias e portas de vidro, permitindo o aproveitamento da iluminação natural na arquitetura Cuide do posicionamento Posicione corretamente outros elementos do ambiente, para evitar que a luz natural prejudique as atividades dos colaboradores. Os monitores, por exemplo, não podem ficar de frente para as janelas, onde terão uma grande incidência de reflexo. 43 Integre áreas abertas Se possível, integre espaços internos e externos. Uma área de contato com a natureza, jardins de inverno e as soluções de paisagismo ajudam a melhorar o bem-estar e aliviar a tensão com a iluminação natural na arquitetura do ambiente de trabalho. Use a iluminação Zenital Nem sempre é possível ampliar as janelas para ter iluminação natural na arquitetura. Por isso, muitos arquitetos incluem a iluminação zenital em seus projetos. Painéis envidraçados, como claraboias e sheds (telhados transparentes), são alguns dos exemplos. PROJETOS DE SUCESSO COM ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA Alguns projetos valorizam a iluminação natural na arquitetura e fazem dela um elemento importante na composição de ambientes. 44 Museu de Shenzhen Por enquanto, trata-se apenas de uma proposta. No entanto, apesar de ainda não ter sido construído, o Museu de Arte e Biblioteca de Shenzhen, projetado por Steven Holl, já é visto como uma das referências quanto à utilização da iluminação natural na arquitetura. O projeto prevê uma construção com janelas enormes, que proporcionam não só a luz solar. Elas permitem um diálogo entre o espaço interno e o externo, integrando-os pelo completo acesso visual. O projeto prevê ainda outras funcionalidades que reduzirão o uso de energia, como resfriamento geotérmico e piso radiante. Se for realmente construído, pode se tornar um dos prédios mais sustentáveis do planeta. Escritório da Selga Cano A Selga Cano é um escritório de arquitetura inovador localizado perto de Madri, mas já fora do centro urbano, em uma floresta. Não só os projetos realizados para seus clientes são surpreendentes, eles usaram uma solução arrojada em sua própriasede. Diferentemente de outras construções, a construção possui janelas enormes, que se estendem até uma parte do teto. Literalmente, trata-se de um ―telhado de vidro‖. O resultado é esteticamente incrível e sustentável. Ele é uma fonte de inspiração para os funcionários, que se beneficiam da iluminação natural na arquitetura e da visão da natureza. Além disso, a farta iluminação e a proximidade com a floresta contribuem para a economia 45 de energia. Sede da S2OSB Tanto a sede principal quanto a sala de conferências da S2OSB, localizada na Turquia, desfrutam de abundante iluminação natural na arquitetura. A luz tem acesso ao prédio por aberturas em sua estrutura, despertando a curiosidade e produzindo encantamento. O revestimento metálico com recortes geométricos estratégicos evoca a lembrança de origamis. O resultado estético é surpreendente: combina a solidez do metal, a leveza das formas e a incidência da luz. Em um país tão abundante de Sol, como o Brasil, não se deve negligenciar a iluminação natural no ambiente de trabalho. Seu bom uso é gratuito e ainda proporciona bem-estar aos colaboradores e produtividade para a empresa. Integre a iluminação natural na arquitetura ao mobiliário Para valorizar todo o ambiente exposto pela luz, os móveis certos farão a diferença nos projetos dos seus clientes. Mas aí já bate aquela dúvida, qual o melhor fornecedor dos móveis para minha empresa? É preciso pensar se a qualidade irá atender seu cliente, se terá a ergonomia adequada e até mesmo se vão entregar e montar no prazo. ERGONOMIA A ergonomia é conhecida como a ciência que torna o ambiente de trabalho mais seguro e mais confortável para os trabalhadores. Para isso usa o conhecimento do design de interiores, de produtos, de mobiliário agregado ao conhecimento da antropometria. (ramo da antropologia que estuda as medidas e dimensões de diversas partes do corpo humano). Essa ciência não pode ser considerada útil apenas para o ambiente de trabalho. O foco da ergonomia é o usuário e visa garantir que suas capacidades e limitações sejam levadas em consideração. O pensamento é o seguinte: O espaço de trabalho atenderá as necessidades do trabalhador e não vice-versa. A relação entre a psicologia humana e o ambiente físico é de suma importância 46 para o estudioso de ergonomia. Assim como outros assuntos do Design de Interiores, ela enfatiza a importância da interação entre o homem e seu meio ambiente. Usa os dados fornecidos pela antropometria, para criar espaços e mobiliário que atendam as necessidades cotidianas em casa ou no trabalho. Todos os móveis de uma residência, escritório, fábrica, entre outros, têm suas medidas ideais com relação ao seu usuário. O espaço necessário deixar para abrir a porta do armário; Para afastar a cadeira da mesa de jantar e não bater na parede; Se com uma cama e dois criados mudos, é possível andar no quarto; A altura ideal da bancada do banheiro; Se os armários da área de serviço estão muito altos; O ser humano precisa de um determinado espaço para desempenhar suas tarefas, seja no trabalho ou em casa. Ambientes funcionais Entender a ergonomia é o primeiro passo para ter um ambiente funcional. É bem provável que pensar e organizar um ambiente dessa maneira permita economia de tempo e energia, proporcionando mais tempo livre, além de bem-estar durante o período de atividades. Como não existem regras fixas, um projeto de adequação do ambiente ao estilo de vida, demanda um profissional capacitado para, a partir de acompanhamento de hábitos e conversas a respeito dos anseios sobre tempo e espaço, aplicar a ergonomia no design de interiores. 47 Organização e limpeza Não é fácil manter a organização e a limpeza dos ambientes em que se realizam as atividades cotidianas. Mas isso faz diferença. Como exemplo, pode-se imaginar a diferença entre trabalhar em uma mesa cheia de objetos que não estão relacionados à atividade e trabalhar em uma mesa sobre a qual estão apenas os objetos essenciais à atividade. Da distração à sensação de caos, nada na mesa bagunçada ajuda a realizar o que se pretende. A ergonomia aplicada a esse contexto pode ajudar a deixar de perder pequenos tempos de organização, auxiliando na determinação de locais em que os objetos precisam estar de acordo com a rotina em questão. O aumento do período de tempo livre, que antes era dedicado à limpeza e organização, certamente trará nova motivação e, assim, também maior produtividade. Dormitório O mobiliário do quarto pode parecer básico: cama e armários. Contudo, cada pessoa tem necessidades especificas que devem ser supridas por meio de mobiliário ou equipamento adequado. MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS Camas Mais do que de solteiro ou casal, as camas ganharam várias dimensões, formatos, revestimentos e tecnologia. No entanto, seu principal objetivo é o conforto. Para isso é necessário levar em consideração: Quantas pessoas utilizarão a cama, e que em quais circunstâncias; 48 Qual o tamanho e peso das pessoas; Qual a frequência do uso; Se o usuário possui ou não necessidades especiais. Nome: Largura x Comprimento: Solteiro: 0,90m x 1,88m; Solteiro XL: 1,00m x 2,03m; Casal: 1,38m x 1,88m; Casal XL: 1,38m x 2,03m; Queen Size: 1,58m x 1,98m; King Size: 1,93m x 2,03m; Super King: 2,00m x 2,03m. Tamanhos de colchões Cada fabricante tem especificações diferentes para cada um dos nomes, por exemplo: há regiões em que o king size é um colchão de 1,60m de largura, em outras este mesmo colchão é chamado de Queen Size. Existe, contudo, uma tabela com os tamanhos ―oficiais‖, utilizados nos Estados Unidos (onde se criaram os nomes que são utilizados amplamente). Essas medidas foram convertidas para o padrão industrial brasileiro. Armários Não existindo closet, o guarda roupas deve acomodar (com folga) todas as roupas, calçados e acessórios das pessoas que dormem no quarto, evitando o deslocamento até outro cômodo. Existem roupas longas (vestidos, ternos, casacos, sobretudos) que nem sempre podem ser acomodados em prateleiras ou dobrados no cabide, deve existir ao menos um compartimento no armário para acomodar tais peças. Roupas pequenas (cachecol, roupa intima, meias, gravatas, cintos, lenços, etc.) devem ser acomodadas em gavetas em quantidade suficiente para serem rapidamente encontradas. Espaços e medidas: Profundidade: 50cm a 65 cm (menor do que 50cm não comporta cabides); 49 Espaço de utilização/zona de trabalho: 80cm a 90cm (no caso de abertura de gavetas 110cm a 150cm); Circulação: 60cm a 70cm (além do espaço de utilização), é possível admitir circulação de 50cm caso não exista mobiliário lateral; Altura de maior conforto: 110cm a 160cm; Altura máxima de prateleira superior: 170cm a 180cm; Comprimento de peças longas: 150cm a 180cm. Cômoda Muitas vezes existe a necessidade de uma cômoda para acomodar camisas, roupas do cotidiano ou peças de uso mais frequente, ou ainda peças menores que não podem ser penduradas em cabides como roupas de bebê. A cômoda tem entrado em desuso e dentro de alguns anos deve ter o mesmo fim da ―penteadeiras‖. Mesa de cabeceira (Criado mudo) Utilizado como peça auxiliar para quem está deitado. Pode conter apenas nichos ou ainda porta e gaveta. O objetivo principal é suportar luminárias e objetos de uso pessoal. Existem nos mais diversos tamanhos e formatos, ficando restringida sua altura entre 5cm e 8cm abaixo da altura da cama. Suítes As suítes não são novidade e caíram no gosto nacional, assim como as mais recentes semi-suítes (atende dois quartos). Contudo, a integração entre quarto e banheiro pode superar os obstáculos das paredes e se tornarem visuais. Vale lembrar que para que essaintegração ocorra de forma interessante, o designer deve tomar alguns cuidados: Previsão de ventilação (natural ou forçada) para o vapor de água do banheiro; 50 No caso de um quarto de casal, verificar sobre a necessidade de privacidade na área de banho; Previsão de um espaço reservado (privativo) para o sanitário; A iluminação do banheiro não deve trazer incômodos para o quarto. Banheiro O banheiro ganhou muito espaço principalmente até a década de 1980, chegando a ganhar o conceito de banheiro spa, no qual se tinha tudo: sauna, banheira de hidromassagem, piscina, integração de som e vídeo, etc. Atualmente o que restou desse conceito é o conforto. Muitos banheiros mantiveram a ideia do banho prolongado (sauna e banheira), mas não mais do que isso. O mobiliário deve ser uma preocupação quando o cliente deseja manter toalhas e suprimentos de higiene guardados no banheiro. Os revestimentos também devem ser uma preocupação: Apesar de existirem papel e tecido que podem ser aplicados em áreas úmidas (não molhadas), a durabilidade e higiene ainda são discutíveis. Madeiras em áreas úmidas e molhadas devem receber tratamento adequado (naval). As pedras de forma geral (inclusive granitos e mármores, como o travertino) são permeáveis a água ou óleo, por isso, é desaconselhado o uso dessas pedras no banheiro sem a devida impermeabilização. Iluminação de espelho: frontal = maior conforto. Espaços e medidas: Profundidade de bancada de cuba: 55cm a 65 cm (sendo que as cubas podem ser encontradas nas mais diversas formas e tamanhos; Espaço de utilização/zona de atividade: 45cm; Circulação: 60cm a 70cm (além do espaço de utilização) Altura de lavatório: 65cm a 80cm – criança (até 10 anos): 80cm a 110cm – adultos; Vaso sanitário e bidê: 40cm x 60cm x 45cm (variável) Altura máxima de prateleiras/armários sobre bancadas ou pias de 185cm 51 Toalheiros devem estar dispostos na zona de maior conforto: entre 110cm e 160 cm (em pé) ou 100cm a 110cm (sentado) Papeleiras devem estar posicionadas a frente do vaso e a uma distancia (lateral) de 30 cm do mesmo, permitindo, dessa forma a livre movimentação da pessoa. As torneiras do chuveiro devem estar dentro do alcance do usuário, mas não sob o jato de água, evitando assim que as pessoas se queimem com água quente. DESIGN DE INTERIORES E GEOMETRIA Figuras geométricas na decoração: uma tendência para revestimentos Tendências de Decoração A utilização de figuras geométricas na decoração é uma proposta que transita pelos mais diferentes estilos, se adequando aos ambientes que seguem uma proposta tradicional, retrô ou até mesmo ousada e descolada. Nos revestimentos, essa tendência também volta de tempos em tempos. Sucesso nas décadas de 20 e 60, os padrões geométricos voltaram com tudo na arquitetura e design de interiores. Por isso, hoje é possível encontrar pisos e azulejos modernos e elegantes estampados a partir da geometria. Azulejos do banheiro Essa composição é muito utilizada por garantir modernismo e classe. Azulejos geométricos quebram a monotonia monocromática, mas sem perder o aspecto limpo/básico que cai bem no banheiro. Se o revestimento das paredes tiver um acabamento brilhante, ele cria uma combinação interessante com acessórios em aço inox. O efeito é uma combinação de modernidade e sofisticação que chama a atenção. 52 Linha Raízes Mural Areia Combinação de figuras no piso A inovação pode acontecer tanto pela utilização de formatos diferentes quanto pela combinação de peças de modelos muito básicos, como quadrados e losangos, além do uso de cores variadas, criando resultados provocantes e até mesmo psicodélicos. A vantagem disso é que você pode conseguir um resultado visual único e cheio de personalidade. Linha Singular Prisma Azul, por Mauricio Arruda Mistura de diferentes figuras geométricas Você pode conseguir um efeito estético surpreendente ao utilizar uma figura geométrica no chão e outra nas paredes. Lembre-se, porém, que esse tipo de combinação já chama bastante atenção e garante o destaque do ambiente. Por isso, o restante da ornamentação precisa ser 53 básico para trazer harmonia e sofisticação ao cômodo, sem sobrecarregá-lo com muitos elementos. Equilíbrio é tudo quando o assunto é decoração. Linha Singular Prisma Bege, por Mauricio Arruda Composição do próprio padrão A proposta é de exclusividade para quem quer compor o próprio padrão ao combinar peças de formatos iguais ou distintos. A ideia é recebida com grande empolgação em eventos e feiras de design. Apesar de utilizarem as mesmas peças, essas composições podem garantir efeitos estéticos completamente diferentes, que permitem a criação de um clima de acordo com o que você deseja imprimir ao seu projeto de decoração. O resultado é um ambiente charmoso e exclusivo. Linha Singular Cardume Cinza, por Mauricio Arruda Brincadeira visual com pastilhas As pastilhas estão entre os revestimentos mais versáteis do mundo da decoração. 54 Com elas, é possível brincar com cores, formas, brilhos e texturas, permitindo composições sem limites. Elas podem ser utilizadas para formar toda uma parede e ambiente, ou ser combinadas com outros materiais, tornando-se um detalhe que acrescenta charme e personalidade. Linha Decora Design Pastilha Bossa Mar Ladrilho hidráulico em diferentes ambientes O ladrilho hidráulico mescla tradição e ruptura, sem deixar de lado o charme e o bom gosto. A técnica é essencialmente brasileira e remete à arquitetura da década de 50. Porém, surge reinventado e modernizado: os padrões geométricos — especialmente os triângulos — são combinados com cores elegantes e trazem vida e movimento para diferentes espaços da casa. Esse material, durante muito tempo, esteve mais presente em áreas externas e hoje é inspiração para estampar lindos revestimentos cerâmicos, adequados para todos os cômodos. Composição em 3D O 3D está em alta, e na decoração não poderia ser diferente. Por que se restringir a utilizar a geometria de forma plana, se ela pode produzir um relevo atraente que confere ainda mais sofisticação ao ambiente? Hoje em dia, existem peças lisas e estampadas com relevos tridimensionais, que deixam o espaço convidativo e com um ar contemporâneo. 55 Como escolher o revestimento geométrico? As figuras geométricas podem fazer bonito e reforçar aquele visual de classe e modernidade que você deseja. É importante seguir algumas dicas: Decoração envolve harmonia e equilíbrio, fundamentais para não carregar nas estampas e deixar o ambiente com um excesso de estímulos; Pense no propósito e no tamanho do ambiente antes de escolher o revestimento. Ele não deve ser apenas bonito, mas adequado à utilização daquele espaço; Leve em consideração os outros elementos da decoração, como a iluminação que o cômodo vai receber e a mobília que pretende utilizar; Se você gosta da ideia de usar formas geométricas em seus projetos, mas prefere algo discreto, aposte em tons monocromáticos e mais sóbrios. Também pode optar por utilizar esse padrão na textura; Considere o estilo da decoração. Embora a geometria possa ser aplicada a diferentes propostas decorativas, é preciso ter coerência e adequação na utilização. Em ambientes clássicos, prefira combinações geométricas em preto e branco, por exemplo. Em espaços divertidos e joviais, não tenha medo de apostar em tonalidades intensas e chamativas. Quais são as principais vantagens da geometria na decoração? Não faltam pontos positivos para a utilização dos padrões geométricos. Quem não tem medo de ousar e pretende renovar a casa, tornando-a moderna e atrativa, pode apostar em uma decoração voltada para essa tendência. Confere charme e personalidade aos ambientesO uso de figuras geométricas em projetos decorativos é sinônimo de elegância e originalidade. Resgatada no século XX pelo movimento Art Déco e Escola Bauhaus, a geometria se consolidou como uma das padronizações mais expressivas e 56 apreciadas na decoração, pois cria espaços marcantes e charmosos na medida certa. No piso, Linha Summer Gold Provoca a sensação de modernidade Em alta no universo decorativo, essa tendência é ideal para quem deseja reformar a casa com o intuito de promover uma sensação de modernidade. Ela tem o poder de renovar os espaços dentro de uma proposta atual e arrojada, sem perder o seu charme vintage. Combinados com cores vibrantes, esses padrões imprimem ousadia na hora de repaginar os cômodos. É extremamente versátil A geometria é versátil e permite uma série de combinações. É possível usar formas geométricas na sala, nos quartos, na cozinha, no banheiro, no lavabo e até em lugares externos, como varandas e áreas gourmet. Os desenhos geométricos se adaptam a diferentes estilos, do clássico ao moderno. E podem ser usados além de paredes e pisos. Também é legal incluir almofadas, luminárias, cadeiras, tapetes e outros acessórios com esses padrões nos ambientes. 57 Linha Lazer Jardim Grafite Quebra a monotonia do espaço A geometria é capaz de trazer vida e cor a espaços que antes eram monótonos e monocromáticos demais. Em cômodos onde não há pontos de contraste ou detalhes decorativos interessantes, os padrões geométricos entram em cena com muito estilo, personalidade e elegância. As texturas lisas e as cores neutras têm seu valor, mas elas são mais conservadoras e previsíveis. Se não forem utilizadas sabiamente, podem se tornar entediantes e sem graça. Por outro lado, a geometria tem o poder de dar destaque até mesmo aos projetos minimalistas. AMBIENTES PEQUENOS Mais do que truques, a decoração de apartamentos pequenos precisa de boas ideias e soluções efetivas de organização. Nem sempre é fácil fazer tudo o que a gente precisa caber em apartamentos de 30, 40 ou 50 metros quadrados, mas isso está longe de ser uma missão impossível. Nos projetos a seguir, o segredo está na otimização dos espaços e na integração perfeita dos ambientes. 58 Tudo junto e misturado (Eder Lizier/Figoli-Ravecca Arquitetos Associados) Neste apartamento de 40 metros quadrados em São Paulo, o que não faltam são boas ideais e soluções para tirar o melhor proveito de cada centímetro. Assinado pelo escritório ―Figoli-Ravecca Arquitetos Associados‖, o apartamento serve como um imóvel de apoio da família, que vive em São Luis, no Maranhão. Entre as adaptações, a área de serviço e a cozinha foram totalmente reformadas para dar vida a um closet e um banheiro no único dormitório do local, transformando-o em uma suíte para o casal. Como os moradores não costumam cozinhar, a área da cozinha virou uma minicopa estilo corredor. 59 Integração total (Tassia Pereira Designer de Interiores/Divulgação) Os moradores convidaram a designer de interiores Tássia Pereira para realizar a reforma do novo apartamento, localizado em São Caetano do Sul. Com 70 metros quadrados, o espaço precisava ser reformado rapidamente, já que os moradores necessitavam se mudar para o novo endereço com urgência. A integração das áreas sociais foi fundamental para fazer o espaço render. Apesar da metragem enxuta, a sala de estar e a cozinha aberta para o jantar não transmitem uma sensação de aperto. As cores suaves e os móveis escolhidos a dedo deixaram a decoração equilibrada e aconchegante. Tamanho de menos, elegância de sobra (Spaço Interior/Divulgação) 60 Com apartamentos cada vez menores, é mais do que necessário usar a criatividade para reorganizar os espaços e dar novas funções a cada metro quadrado. E assim acontece neste apartamento pequeno assinado pelo escritório Spaço Interior. A moradora, uma mulher solteira com muito bom gosto, queria que sua casa em São Paulo fosse elegante e moderna, mesmo contando com apenas 60 metros quadrados. Bastante organizada, ela solicitou um projeto com muitos armários para acomodar seus objetos pessoais, mas sem abrir mão do conforto e aconchego. Toques de cor (Divulgação/AH!SIM) Um casal jovem convidou o escritório Ah!Sim para realizar a reforma deste apartamento de 58 metros quadros em Campinas, São Paulo. Com um estilo de vida descontraído, os moradores solicitaram um projeto alto astral e vibrante para a decoração. O conceito dos ambientes foi pensado levando em consideração a rotina dos moradores, que costumam levar trabalho pra casa e também adoram receber os amigos. Eles queriam ambientes no estilo contemporâneo, mas com toques de cores e uma pegada mais pop. 61 Ambientes multiuso (Julia Ribeiro/Divulgação) Os casal recém-casado chamou os arquitetos Diogo Luz e José Guilherme Carceles do escritório Casa 100 Arquitetura para reformar o apartamento de 40 metros quadrados no Campo Belo, em São Paulo. A dupla priorizou o bom aproveitamento do espaço criando ambientes multiuso. O apê tem ―pé direito‖ (distância entre o pavimento e o teto) duplo, mezanino, sala de estar integrada com a cozinha e dois banheiros. O estilo urbano e contemporâneo do casal foi contemplado no projeto e, para otimizar o espaço, os arquitetos optaram por móveis de marcenaria com múltiplas funções (como o móvel da sala que abriga a TV e quando fechado serve de aparador) e encontraram algumas soluções baratas. 62 Espaço para garimpar – (Reprodução/Apartment Therapy) A polonesa Monika Pietrusewicz e o francês Nicolas Bouriette decidiram se mudar para o Brasi. O destino escolhido pelo casal foi a tradicional praia de Ipanema, no Rio de Janeiro, onde alugaram este apartamento pequeno de 44 metros quadrados para viverem com a pequena. Na decoração dos ambientes, quase nenhum móvel foi comprado novo. Monika e Nicolas adquiriram todas as peças em lojas de antiguidade, brechós e até recuperaram itens que foram abandonados nas ruas da cidade. Desse modo, o décor segue um estilo clássico, com mix de influências dos anos 50, 60 e 70. 63 Tudo em seu lugar (Cyntia Sabat/Divulgação) A arquiteta Cyntia Sabat recebeu a missão de modernizar todo o apartamento de 60 metros quadrados de uma família do Rio de Janeiro. Com pouca metragem disponível, o maior desafio da reforma foi atualizar a decoração dos cômodos, que antes estavam desarmoniosos e desorganizados. Para otimizar ao máximo os espaços do apartamento pequeno, a sala, a cozinha e a sala de jantar foram integradas no projeto, ampliando a área útil dos três cômodos. Na sala, a parede cinza, destaque do ambiente, tem luz focada para que ficasse ainda mais em evidência. Um painel de madeira ainda foi instalado para esconder a tubulação do ar condicionado. 64 Mix de estilos (Gui Morelli/Divulgação) Assinado pelos arquitetos Diogo Luz e José Guilherme Carceles, do Casa 100 Arquitetura, este apartamento de 65 metros quadrados foi decorado com o estilo industrial e algumas inspirações escandinavas no design. Neste projeto, os tons neutros e o cimento queimado são a principal marca dos espaços. Por conta da metragem limitada, o piso foi revestido por um porcelanato que imita a madeira clara, o que garantiu uma maior sensação de amplitude. Já as soluções de marcenaria foram construídas com carvalho americano. Seguindo a decoração industrial, o teto exibe a laje de concreto aparente, deixando as tubulações elétricas à vista 65 Pequeno, mas estiloso (Julia Ribeiro/Divulgação) Um jovem casal paulistano convidou o escritório Two Design para dar vida ao novo apartamento de 70 metros quadrados, localizado no bairro de Vila Nova Conceição,em São Paulo. Seguindo as solicitações dos moradores, as arquitetas Karina Salgado e Marcella Monfrinatti realizaram um projeto que refletiu o estilo de vida despojado e alegre do casal. Para aproveitar cada cantinho do apartamento, as arquitetas optaram por integrar a cozinha com a sala de estar, misturando o estilo industrial com referências de decoração escandinava. 66 Casa-trabalho Este apartamento de 53 metros quadrados fica no coração de Tel Aviv, em Israel, em um prédio que faz parte da chamada Cidade Branca – região onde há grande concentração de edifícios no estilo Bauhaus. O prédio foi construído há 85 anos e é caracterizado por pequenos apartamentos com tetos altos e janelas largas. DICAS DA DECORAÇÃO SALA DE ESTAR Parede de tijolos aparentes ou à vista Ter uma parede ou várias com tijolos à vista é uma tendência que deixam as salas de estar modernas. O tijolo dá um ar de aconchego para a sala, combina com absolutamente tudo, além de ser visualmente lindo. E o mais interessante, não segue regra nenhuma, ou seja, podem ser todos branquinhos ou um de cada cor, todos lisinhos ou todos desnivelados, elegantes ou rústicos. 67 Na foto: Banqueta Iron (Tolix) Texturas 3D na parede A textura 3D é um efeito muito bacana para a sala de estar. Escolha uma das paredes, para não sobrecarregar o ambiente, e invista nessa textura. É moderno, jovem e muito estiloso. Esse tipo de textura pede uma iluminação à altura. Então, abuse das lâmpadas direcionadas, que dão ainda mais ênfase a essa maravilha na sua parede. 68 Na foto: Cadeira Eames DSW Sofás de veludo e de couro marrom Os sofás de veludo voltaram à cena. Mais do que isso, são muito aconchegantes. Dentro das opções de sofás de veludo, você pode optar pelos mais tradicionais, com mais detalhes e texturas, ou pelos mais modernos, lisos e com cores fortes. Os sofás de couro são os sofás da vez. São versáteis, fáceis de limpar e combinam com todos os estilos de salas de estar, das mais conservadoras às mais moderninhas. 69 Na foto: Sofá FK1, Mesa Lateral Saarinen, Mesa FK1 de Centro e Poltrona Diamante Cantinhos temáticos de bar e café Os cantinhos temáticos com espaço para os objetos de preparação do café e dos drinks estão cada vez mais em alta nas salas de estar modernas. O mais bacana é que cada um pode personalizar do jeito que quiser, o que dá ainda mais significado ao ambiente. A ideia é aproveitar um cantinho da sala que você não utiliza para dar mais vida ao ambiente. Um aparador antigo pode ser a base e, na parede, coloque uma estante ou um aramado para pendurar as xícaras ou taças. Se você não tem esse espaço, invista em objetos com leves ou com rodinhas, que sejam fáceis de transportar. O seu bar e o seu cantinho do café podem ser em qualquer lugar, basta ter o objeto certo e imaginação para compor esse espaço. 70 Na foto: Adega Mystic Na foto: Minibar Canyon Na foto: Minibar Winter 71 Mais e mais quadros Os quadros deixaram de ser um detalhe para serem os xodós das salas de estar modernas. Todas as ideias são válidas, mas confira algumas que são tendência de decoração. Quadros com mensagens carinhosas Os quadros do momento são os com mensagens positivas. Alguma dúvida de que eles deixam a sala mais bonita, moderna e elevam o astral? Na foto: Poltrona Costela 72 Quadros com plantas Os quadros com elementos da natureza, principalmente plantas e, mais especificamente ainda, a costela-de-Adão, são os objetos de desejo de quem gosta de estar dentro das principais tendências de decoração. Créditos foto: Elo7 Quadros continuados Os quadros continuados com plantas e mar também são uma boa opção. Você pode usar uma foto que você mesmo tirou e dividi-la em mais de uma imagem. Sem dúvida, os quadros ganham ainda mais significado se você trabalhou neles e se a imagem é sua. Teto com revestimento Foi-se o tempo em que a decoração era limitada ao chão e às paredes. O teto ganhou vez nas salas de estar modernas e está fazendo toda a diferença no décor das casas atuais. Seja de madeira, gesso, concreto, 3D ou outro revestimento, o teto da sua sala 73 nunca mais será o mesmo. Na foto: Luminária de piso Phoenix Jardim vertical na parede O jardim vertical andou mudando de cômodo nos últimos tempos. Saiu do jardim e da sacada para se acomodar na sala de estar e de jantar. Muitas pessoas estão optando por substituir a cristaleira da sala de jantar pelo jardim vertical. É uma opção, se você tem lugar sobrando para guardar as louças e cristais e quer mais natureza dentro da sua sala. Outra ideia é fazer um jardim nas paredes menores ou ainda atrás do sofá. 74 Deixe os sapatos na porta Vem crescendo o número de famílias que optam por deixar os sapatos na entrada de casa para manter a higiene do lar. É uma questão de saúde se for pensar a respeito, principalmente se na casa moram bebês e crianças. Esse hábito exige um local apropriado para os calçados, como um baú ou armário. Caso contrário, a entrada da sua casa pode virar um depósito de sapatos. Créditos foto: www.tapetecapacho.com.br Plantas As salas de estar modernas não deixam de lado as plantas, muito pelo contrário, elas são um dos principais itens de decoração. As maiores têm podem deixar a sala mais sofisticada e as menores conseguem dar aquela sensação de aconchego, preenchendo todos os espaços. 75 Na foto: Luminária de piso coluna Fox Na foto: Luminária de piso Phoenix e Sofá Bit QUARTOS Conquistar uma atmosfera relaxante e afetuosa que tanto prezamos se torna missão da decoração, que é a única ferramenta capaz de gerar sentimentos e sensações com experiências visuais concedidas por um conjunto de móveis e objetos, bem como cores, formas e suas disposições. Decorar com maestria, tal como os profissionais do ramo, é sim uma tarefa que requer muito conhecimento. Porém, para todos que possuem dois olhos e uma boa percepção, decorar pode ser uma atividade simples e prazerosa. 76 Observe o cenário como um todo para compreender o conjunto Decorar vai muito além de comprar um vaso bonito ou acrescentar um vistoso tapete à sala. Decorar não se limita a um ou dois itens, mas sim ao resultado de todo o conjunto. Quando um ambiente é decorado, significa que todos os itens que estão presentes foram pensados para tal. Em outras palavras, as cores das paredes, a tapeçaria, a roupa de cama, os móveis, as formas, as janelas, entre outros, é pensado para gerar uma espécie de impacto visual, um sentimento ou uma impressão. Pode-se acrescentar elegância, sofisticação, tranquilidade, alegria, calmaria ou paz. Não importa o objetivo, é na ornamentação de todos os itens e detalhes do quarto que a atmosfera aos poucos vai se formando e chegando próxima daquilo que você julga ideal. 77 Quarto neutro com cores aplicadas em detalhes. Veja o contraste que se obtém Observe como as cores amenas, em junção dos espelhos, ampliam e harmonizam a decoração. Os travesseiros, juntamente com as texturas de diferentes tecidos sobre a cama, dão um toque diferenciado. 78 Apesar de ter diversas regras, é possível mixar conceitos e criar seu próprio estilo. Veja como o estilo industrial se mistura e se adequa com elementos modernos e elegantes neste quarto de casal. Una conforto, beleza e funcionalidade A realidade de muitos brasileiros está em quartos de casal pequenos e, visando à decoração, é inviável escolher móveis e objetos olhando apenas uma característica só, pois logo o cenário viraria uma bagunça sem coerência alguma. Sendo assim, para que um item se faça presente, pense sempre da seguinte maneira: Esse item agrega conforto? Se sim,
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