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Design de interiores - Módulo I

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1 
 
 
 
2 
SUMÁRIO 
HISTÓRIA DO DESIGN DE INTERIORES................................................................3 
FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO.......................................................15 
CONCEITO DE BELO..............................................................................................26 
TEORIA DAS CORES APLICADAS AO DESIGN DE INTERIORES.......................29 
LUZ NATURAL E ARTIFICIAL.................................................................................38 
BENEFÍCIOS DA ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO AMBIENTE DE 
TRABALHO..............................................................................................................40 
COMO OTIMIZAR A ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO AMBIENTE 
DE TRABALHO........................................................................................................41 
PROJETOS DE SUCESSO COM ILUMINAÇÃO NATURAL NA 
ARQUITETURA........................................................................................................43 
ERGONOMIA...........................................................................................................45 
MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS...........................................................................47 
DESIGN DE INTERIORES E GEOMETRIA.............................................................51 
AMBIENTES PEQUENOS.......................................................................................57 
DICAS DA DECORAÇÃO SALA DE ESTAR...........................................................66 
QUARTOS................................................................................................................75 
COZINHA.................................................................................................................93 
BANHEIROS..........................................................................................................104 
 
 
 
 
 
 
 
3 
HISTÓRIA DO DESIGN DE INTERIORES 
 
Falar sobre a história do design de interiores envolve tantos pontos que chega a 
ser difícil de saber ao certo como começar. 
Tão antiga quanto o nascimento da arquitetura, a arte do design de interiores 
surgiu, provavelmente, no Egito Antigo, e evoluiu a ponto de se tornar o que 
vivemos hoje. 
Passando por diferentes estilos, o design de interiores sempre foi referência 
para todos os amantes de decoração – mesmo que indiretamente. A história do 
design de interiores no Brasil foi fortemente influenciada pelo modernismo. 
 
História do design de interiores: tudo começou no Egito 
 
 
Mural Egípico 
 
Acredita-se que a história do design de interiores teve origem no Egito Antigo, 
mais de mil anos antes de Cristo. Na época, os egípcios construíam suas casas 
com barro e decoravam com mobiliário de madeira, tapetes de palha, de tecidos 
e de peles de animais. 
Todo o conhecimento que temos sobre esse cotidiano é retratado em pinturas 
feitas em vasos e murais. 
Foi no Novo Império que tudo o que diz respeito à pintura, escultura e arte 
alcançaram um nível ainda mais alto de beleza e plenitude. Um exemplo são os 
itens de uso da nobreza e da corte, desenhados com perfeição e repletos de 
detalhadas técnicas. 
 
 
4 
 
Cadeira do Egito 
 
Com a falta de florestas na região, os egípcios eram obrigados a buscar 
alternativas à madeira, passando a utilizar o tijolo de barro e a palha nas 
construções locais, e materiais como vime e junco para o desenvolvimento de 
móveis. 
 
 
Cama do Egito 
 
Foram eles os pioneiros no uso de camas, mesas, cadeiras e banquinhos no 
cotidiano. O baú, por exemplo, era muito utilizado para substituir os usuais 
armários. O design de móveis evoluiu muito até os dias de hoje. 
 
 
5 
Grécia 
 
 
Grécia 
 
Foi na era Clássica, mais precisamente entre 499 a.C. a 79 d.C., que a Grécia 
Antiga passou pelo seu apogeu. Na época, mesmo se inspirando no estilo 
egípcio, os gregos passaram a priorizar o conforto, adotando poucos móveis 
dentro de casa e um design com curvas. 
 
 
Cadeira Grega Klismos 
 
Mesmo com a redução do mobiliário, os gregos dedicavam boa parte de seu 
tempo pensando em sua elaboração. Com o passar do tempo, passaram a 
desenvolver produtos mais refinados, com a aplicação de metais nobres. 
 
 
6 
 
Sofá da Grécia 
 
Nas salas, na decoração não podiam faltar sofás, que também já eram utilizados 
para fazer refeições, já que possuíam um suporte para apoiar os pratos. 
 
 
Arte Romana 
 
No Império Romano, a nobreza habitava residências caracterizadas por grandes 
pátios internos, mosaicos nos pisos e pinturas que simbolizavam os deuses e a 
literatura daquela época. 
Além de se preocupar com o impecável acabamento das construções, os 
romanos foram responsáveis por introduzir na história do design de interiores 
uma maneira de pensar que combinasse o conforto e a estética. 
 
 
 
7 
 
Cama Romana 
 
Diferentemente do que estamos acostumados, as camas ficavam na sala 
principal, e não no dormitório. Como o imperador tinha o costume de receber 
convidados no momento do jantar, eram instalados diversos leitos no ambiente. 
 
 
Sala na Roma 
 
Dessa forma, os romanos desenvolviam o design de interiores de forma 
intuitiva, já que cada cômodo da casa tinha uma finalidade e todo o seu 
mobiliário era pensado com o objetivo de atender às necessidades das pessoas 
e criar um ambiente mais aconchegante para todos os convidados. 
Outra maneira de conhecer mais sobre arquitetura e design de interiores é 
assistindo alguns filmes. 
 
 
 
8 
Renascença 
 
 
Arte Renascentista 
 
Presente na arquitetura de castelos e catedrais europeias, o estilo gótico 
representou o período anterior à Renascença. 
Foi uma mudança brutal de estilos, em que se trocou a frieza e escuridão do 
gótico pela inovação e criatividade do Renascentismo, fazendo o uso de luz 
natural e pátios abertos. 
Dessa forma, surgiu o Renascentismo, na Itália, servindo como exemplo a 
algumas de suas principais cidades, que se caracterizam pelo detalhado 
planejamento e composição estética. 
 
Baú Cassone Renascentista 
 
 
9 
 
Os arquitetos passaram a desenvolver ambientes com materiais diversificados, 
como o mármore e a madeira, móveis rebuscados, pinturas especiais e detalhes 
visuais diferenciados nos pisos. O intuito, na época, era impressionar e mostrar 
riqueza e poder. 
 
Barroco 
 
 
Arte Barroca 
 
No início do século XVII, foi a vez do estilo barroco ditar tendência na época. 
Caracterizado pela decoração rica em detalhes e mais majestosa do que sua 
antecessora, o barroco se espalhou rapidamente pela Europa. 
 
Interior Barroco em uma Igreja 
 
 
10 
Com o uso demasiado de mármore em diversas cores, vitrais e cúpulas 
pintadas, cada dia mais novas igrejas e palácios foram construídos e diversos 
prédios redesenhados. 
 
 
Arquitetura Barroca no Palácio de Versalhes 
 
Uma grande referência da época barroca é o aclamado Palácio de Versalhes, 
na França. Considerado uma das maiores construções da história, o local 
impressiona tanto na parte externa quanto interna. Rico em detalhes, o palácio 
possui grande quantidade de espelhos e uma quantidade enorme de cômodos. 
 
Interior Barroco no Palácio de Versalhes 
 
 
 
11 
Neoclassicismo 
 
 
Arte Neoclássica 
 
Com a Revolução Industrial, o design de interiores deixou de ser algo exclusivo 
da nobreza, e acabou se tornando essencial nas casas de classe média. Assim, 
os moradores passaram a dar preferência para papéis de parede e tapetes que 
antes eram sinônimos de luxo. 
 
 
Ornamentos do neoclassicismo 
 
 
 
12 
Outros ornamentos se tornaram mais acessíveis à população, como os móveis 
estofados e até mesmo os livros. Ao se dedicar ao design de interiores, as 
pessoas sentiam-se poderosas e mais confiantes perante a alta sociedade. 
 
 
Móveis do Neoclassicismo 
 
O estiloclassicista, que durou até o início de 1800, também foi marcado pelo 
uso de materiais diferenciados, como a seda, o veludo e o bronze. 
 
Estilo Vitoriano 
 
 
Arte Vitoriana 
 
 
 
13 
Remetendo às características da época da Rainha Vitória, da Inglaterra, o estilo 
vitoriano foi responsável por influenciar todos os cantos do mundo, já que deu 
uma nova roupagem aos móveis, tecidos e vestimentas. 
 
 
Pintura Vitoriana 
 
Tornou-se tendência por quase um século inteiro, principalmente por fazer o uso 
tanto de elementos atuais para a época quanto retrôs. 
 
 
Interior Vitoriano 
 
A decoração era aconchegante e prezava o clima familiar, unindo a sofisticação 
e a praticidade dos novos materiais industriais da época. Madeiras escuras, 
 
 
14 
móveis densos e paredes com cores fortes são algumas de suas 
minuciosidades. 
 
Modernismo 
 
 
Modernismo 
 
Importante referência para o mundo do design, o modernismo da metade do 
século XX durou entre 1930 e 1965, e suas características são vistas até os dias 
de hoje, como os móveis tão peculiares da época que voltaram a se tornar 
ícones a partir da década de 90. 
Alguns dos mais renomados designers da história fizeram parte do movimento, 
como Charles Eames, Florence Knoll, Mies van der Rohe e Le Corbusier. 
 
 
Poltrona Modernismo Charles Eames 
 
 
15 
Com a modernização mundial, no começo do século XX, novos costumes vieram 
à tona, juntamente com tecnologias jamais vistas antes. 
Assim, os designers de interiores passaram a viver o melhor momento da 
história, podendo planejar os espaços de maneira funcional e moderna. 
 
 
Modernismo Villa Church Le Corbusier 
 
FASES DE ELABORAÇÃO DE UM PROJETO 
 
Primeira fase: 
Reunião preliminar 
É aquela reunião inicial onde se apresenta ao cliente e vice-versa. Aqui 
acontece a apresentação o portfólio e é onde se tem o primeiro contato com o 
cliente. Esta reunião pode ser no escritório, por exemplo. Ainda não serão 
tratadas a fundo questões do projeto em si. É a oportunidade onde saberá o que 
o cliente deseja, as dimensões aproximadas do projeto, etc. 
Deverá ser explicado como é realizado o trabalho de um designer de interiores/ambientes, 
as limitações profissionais e possíveis necessidades durante o projeto (ex. contratação de 
um engenheiro para derrubar uma parede), a importância de o cliente confiar nas 
indicações de mão de obra especificadas, entre outras situações. 
 
Briefing do cliente 
Esta etapa é trabalhada em duas frentes: 
Na entrevista com o cliente entrará a parte mais puxada do contato com o cliente onde terá 
que saber dele toda a problemática envolvida no projeto. Não basta saber apenas o que ele 
deseja no projeto, mas, especialmente, o porquê deste desejo. Por trás de todo desejo 
 
 
16 
existe, na verdade, um problema a ser resolvido. Achar o ambiente feio, para o cliente, 
é um problema estético. 
Vale ressaltar que havendo mais de um usuário no espaço a ser projetado, todos devem 
ser entrevistados. Não ter receio em explicar àquela senhora ―mãe/esposa/mandona‖ que 
quer decidir absolutamente tudo sozinha, incluindo os quartos dos filhos que já estão na 
faixa dos 18 anos, além dos espaços privativos do marido. Lembre sempre a ela (quando 
acontecer isso) que os espaços são de todos e não somente dela. Assim como existem 
coisas que ela não gosta e deseja alterar, com eles também acontece a mesma coisa. 
É importantíssimo que até aqui já se saiba o quanto o cliente deseja investir no projeto. Por 
exemplo: se ele dispõe de R$20.000,00, sabe-se que dentro deste montante está incluso o 
pagamento do designer pelo projeto. Ou será que este dinheiro está livre apenas para a 
obra e ele dispõe de mais recursos? 
É, portanto, imprescindível que o profissional tenha conhecimento deste fator ainda nesta 
fase de levantamentos iniciais. 
 
Após o briefing com o cliente, deverá acontecer um levantamento prévio do 
espaço a ser projetado. Apenas uma visita para tirar as dimensões básicas e 
uma análise geral da edificação está bom, afinal necessita-se destes dados para 
elaborar um orçamento (proposta de trabalho). 
 
Proposta de trabalho/aprovação do cliente 
Esta é a etapa onde irá apresentar ao cliente a proposta de trabalho (orçamento) onde 
deverá constar basicamente: 
 Valor; 
 Formas de pagamento/parcelamento; 
 Prazos para elaboração dos projetos; 
 O que será feito (descrever os ambientes com as alterações solicitadas para cada 
um); 
 
 
17 
 Prazo de validade da proposta (geralmente poucos dias); 
 Que, após o ok do cliente sobre a proposta, será encaminhado o contrato formal de 
prestação de serviços para assinatura. 
Quando o cliente aceitar o orçamento, deverá ser encaminhado a ele o contrato 
devidamente preenchido, com todas as especificidades do projeto a ser elaborado, os 
valores, formas de pagamento e prazos, a cláusula de responsabilidade técnica, a 
existência ou não das RTs (Reservas Técnicas), da preferência por mão de obra indicada, 
etc. Somente após a assinatura do contrato é que se deve iniciar a segunda fase do 
trabalho. 
 
Segunda Fase: 
Diagnóstico, análise e levantamento do local 
Esta é a fase onde se terá de ir até 
o local da obra e fazer todo o 
detalhamento dos espaços. Aqui, 
entram as medidas exatas de todos 
os ambientes, estruturas existentes, 
levantamento de instalações 
(elétrica, hidráulica, gás, ar, 
telefonia, TV), esquadrias, situação 
geral da edificação (se necessita de 
reparos/reforço/restauro), áreas 
permeáveis externas, enfim, tudo 
que se faz necessário para projetar 
espaços mais eficientes, práticos e funcionais. 
 
Conceito inicial 
É a fase de desenvolvimento do projeto conceitual. 
Primeiramente, o profissional deverá transformar o briefing numa análise do projeto. Isso 
deve ser feito em papel onde é possível cruzar dados levantados tanto no briefing quanto 
no levantamento predial. Somente de posse dessa análise pode-se seguir adiante. 
Neste ponto, o profissional deverá fazer uma pré-seleção dos materiais, mobiliários, 
equipamentos e acessórios a serem utilizados nos ambientes para apresentação ao cliente. 
Tudo vai depender do conceito adotado para o projeto. É a fase onde o designer irá 
esboçar suas ideias, usar de sua criatividade para solucionar os problemas detectados no 
briefing. 
Medidas devem ser respeitadas, mas nesta fase não é necessário que estas sejam 
seguidas à risca (ex: 3 cm não farão tanta diferença, talvez) para a apresentação ao cliente. 
 
 
18 
Aqui, nada é definitivo e pode ser alterado. Lembre-se que essa ainda é a fase de criação e 
o cliente não aprovou nada (apenas orçamentos/propostas). 
 
 
Pré-orçamentos 
Todos os materiais especificados devem vir acompanhados de seus respectivos 
orçamentos (quantitativo, valor unitário, valor total). Deve-se fazer um levantamento 
preliminar dos orçamentos, incluindo a mão de obra (pedreiro, eletricista, pintor, encanador, 
jardineiro, etc), para apresentação ao cliente. 
O orçamento também deve conter as caçambas para entulhos. Apresentar em torno de três 
orçamentos de fornecedores distintos. Isso garante a transparência e profissionalismo. 
 
Preparação da apresentação 
Esta é a fase onde deverá pensar em como apresentar o conceito ao cliente. Prestar 
atenção em muitos detalhes, como, por exemplo: 
 Ter embasamento teórico/técnico/estético dos porquês das soluções apresentadas; 
 Possuir outras possibilidades para o caso de necessidades emergenciais; 
 Ter conhecimento sobre todos os materiais e insumos especificados; 
 Apresentar catálogos de materiais/equipamentos; 
 Finalização e revisão dos painéis conceituais; 
 Finalização e revisão das perspectivas, layouts e maquetes 3D conceituais; 
 Separar os pré-orçamentos por área/material/mão de obra. 
Apresentar uma solução ao cliente. Quando apresentadas mais que uma, o cliente pode 
confundir-se. No entanto,isso não impede que sejam separadas outras soluções. Quando 
começarem a surgir as indagações (ou os ―não gostei disso‖) e apontamentos de 
alterações, terão estas outras possibilidades para apresentar e chegar a um consenso entre 
as partes. 
 
 
19 
 
Apresentação e aprovação 
É a hora de mostrar tudo o que foi pensado para a solução dos espaços ao cliente. Não se 
pode ter absolutamente nada na apresentação que não domine e que não consiga explicar 
os porquês da necessidade deste elemento no projeto. 
Por exemplo: se foi proposta a derrubada de uma parede, deve saber se esta vai afetar a 
estrutura ou não, se precisará do acompanhamento de um engenheiro civil ou não. E 
também deverá saber explicar o porquê da necessidade da presença dele na obra. 
Se especificar um piso fosco e o cliente desejava um espelhado para uma área úmida, tem 
que saber explicar o motivo dessa escolha. Também deve saber quanto tempo será 
necessário para implantação do projeto (obra). 
Enfim, deverá mostrar completo domínio sobre o projeto, materiais, execução. Não 
esquecendo que, a cada item aprovado pelo cliente, ele deve dar um visto no mesmo ou 
simplesmente um ok. 
 
Terceira Fase: 
Projeto executivo 
Após a aprovação do projeto 
conceitual, deve-se partir para a 
elaboração do projeto executivo. Esta 
é a parte mais técnica do trabalho do 
designer. Serão feitos todos os 
projetos cuidando milimetricamente 
de cada detalhe. Nesta fase, serão 
realizados, quando necessários, os 
seguintes projetos: 
 
 Instalações elétricas; 
 Instalações hidráulicas; 
 Instalações de ar-condicionado; 
 Instalações de TV/telefone/interfone; 
 Paisagismo/jardinismo; 
 Projeto de iluminação; 
 Projeto de gesso; 
 Marcenaria; 
 Paginação de pisos e revestimentos; 
 Acústica/térmico; 
 Plantas de layout; 
 
 
20 
 Cortes e elevações; 
 Detalhamentos diversos; 
 Plantas de alterações prediais (troca de esquadrias, derrubada/construção de 
paredes); 
 Lista de acessórios; 
 Memorial descritivo. 
Existem outros ainda, mas já se pôde entender que o trabalho não é fácil e simples. 
Todos os elementos relativos ao projeto devem ser apresentados de maneira clara para a 
correta (e fácil) leitura e compreensão por parte dos executores, e também do cliente. 
 
Especificações 
É a parte do trabalho em cima do memorial descritivo e da seleção de 
construtores/fornecedores. Num primeiro momento deve-se elaborar o memorial de forma 
clara, preferencialmente separado por área/espaço a ser trabalhado, constando todos os 
materiais, elementos ou acessórios que serão utilizados no projeto. 
Após isso, deverá ser feito um pré-orçamento (não precisa ser pessoalmente) buscando 
ofertas de tudo isso. Esta pesquisa servirá como base de negociação com os fornecedores 
e construtores para que apresentem suas propostas. 
 
Orçamento definitivo 
Após as negociações com os fornecedores e empreiteiros, fechar o orçamento final do 
projeto para apresentar ao cliente. Então, é o momento de fazer a 
programação/planejamento financeiro junto com o cliente. 
 
Solicitação de documentações públicas 
Somente quando necessário. Por exemplo: foi planejado derrubar uma parede e necessitou 
da presença de um engenheiro civil. Este deve recolher junto ao seu Conselho (CREA - 
Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) a ART (Anotação de Responsabilidade 
 
 
21 
Técnica). 
Em algumas cidades, as prefeituras exigem os alvarás de obras até mesmo para simples 
pinturas de paredes. Consultar a cidade onde está sendo realizada a obra e ter em mãos 
todos os documentos necessários. 
 
Seleção de construtores e fornecedores 
Após o recebimento das propostas orçamentárias dos construtores e fornecedores, deverá 
selecionar os mais viáveis (custo-benefício). É importante que o cliente participe desta 
etapa. Lembrete: nem sempre o menor preço significa qualidade na execução de obras. 
 
É importante que, junto com o orçamento, os construtores encaminhem uma lista de obras 
já realizadas e, se possível, visitar algumas delas para atestar a qualidade dos serviços. 
Atentar-se, pois tudo isso está intrinsecamente amarrado ao orçamento disponível. 
Não esquecer de elaborar os acordos de prestação de serviços para serem assinados 
pelos construtores. Este é um documento entre o profissional e os prestadores de serviço. 
Este documento deve conter itens, como, por exemplo, no caso de pintura: 
 O responsável deverá preparar todas as superfícies para o seu melhor acabamento; 
 Toda nova marcenaria e carpintaria serão preparadas, emassadas, lixadas e 
seladas; 
 O selador e demais demãos de pintura serão aplicados de acordo com as instruções 
do fabricante; 
 Toda marcenaria preexistente será limpa, emassada, lixada e receberão uma 
demão de pintura; 
 Todos os revestimentos de parede preexistentes serão retirados – as paredes serão 
limpas, emassadas, lixadas e pintadas; 
 O responsável pelo serviço utilizará adesivos e toda forma de proteção das áreas 
adjacentes à superfície que for trabalhada; 
 
 
22 
 Não realizará qualquer alteração do produto (consistência, cor, etc) sem a 
aprovação do designer responsável pela obra; 
Este documento deve ser assinado por todos os envolvidos na obra. No caso de pedreiros 
é fundamental que conste um item exigindo a correta observação das paginações de 
piso/revestimentos. 
 
Também, se faz necessário neste documento um item para todos os 
construtores/fornecedores: 
 O responsável pela execução do projeto fica proibido de conversar diretamente com 
o proprietário da obra sobre propostas de alterações no projeto/obra. Qualquer 
necessidade nesse sentido deve ser tratada apenas com o designer responsável 
pela obra. 
Isso evita os corriqueiros problemas de alterações que ocorrem sem a 
autorização/conhecimento do profissional. 
É muito importante que o profissional disponibilize aos seus clientes modelos de contratos 
de prestação de serviços para serem firmados entre o cliente e os contratados. Este 
documento garantirá a execução dos serviços contratados e servirá como prova ao seu 
favor em caso de problemas judiciais. 
 
Quarta Fase: 
Programação da obra 
Antecede o cronograma. Fazer uma programação da obra constando tudo sobre o que será 
feito, de acordo com a cronologia necessária: 
 Demolições 
 Estruturas 1 (gesso, pisos, etc) 
 Estrutura 2 (elétrica, hidráulica, ar, etc) 
 
 
23 
 Revestimentos de paredes 
 Iluminação 
 Acabamentos 
 Mobiliários 
 
Cronograma de obra 
 
É programação e definição das obras que devem ser feitos e suas datas de 
inicio/finalização. Quando e o que entra/começa/termina, em que data 
entra/começa/termina. 
Este documento é necessário para que os construtores (especialmente) conheçam os 
prazos disponíveis para a execução de seus serviços, principalmente as datas máximas, 
para que não atrapalhem o andamento das obras e a entrada de outros profissionais. 
Por exemplo: se um pedreiro tem uma semana para assentar os pisos e estoura este prazo, 
ele estará comprometendo os trabalhos de outros profissionais que já tem suas agendas 
apertadas e comprometidas. A marcenaria não poderá ficar esperando que os pintores 
terminem seu trabalho atrasado por causa do assentamento de piso que atrasou. É uma 
bola de neve. 
 
Compras 
Como o próprio nome diz é a fase de aquisição dos produtos e insumos necessários à obra 
e ao projeto. Estas devem ser acompanhadas pelo profissional designer para, 
principalmente, evitar a interferência externa no projeto. 
É fundamental deixar acertado (em contrato) junto ao cliente que as compras deverão 
seguir exatamente as especificações realizadas no projeto. 
Outro fator importante da presença do profissional no momento das compras é com relação 
às RTs. Ainda na fase de conversas e apresentação da proposta, o designer deve deixar 
claro ao cliente esta pratica de mercado e negociarcom ele a presença ou não desta no 
 
 
24 
orçamento/contrato. 
Caso haja, é a garantia do designer recebê-las dos fornecedores e assim, ser ressarcido 
pelo desconto dado no valor do projeto. Caso não haja, é a maneira do designer conseguir 
negociar melhores descontos para o cliente junto aos fornecedores. 
 
Acompanhamento das obras e instalações: a fase “suja” da obra 
É durante o acompanhamento que o designer vai verificar a correta execução do projeto, 
sanar dúvidas dos construtores, solucionar problemas inesperados, etc. 
É a fase de instalações de granitos, mármores, carpintaria, obra em alvenaria, gesso, 
pinturas, etc. Todos os elementos que fazem parte da estrutura do projeto. Portanto, é 
importante a presença do profissional durante as obras. 
Estas podem ter seu valor diluído no valor total do projeto ou podem ser cobradas à parte 
(por visita). Nunca deixe de acompanhar as suas obras. 
 
Instalações de equipamentos e mobiliários 
Aqui, entram as instalações pós-obra pesada. São elas basicamente: 
 Mobiliário e marcenaria 
 Iluminação 
 Acabamentos (metais, louças, vidros, etc) 
 Ar-condicionado 
 Trilhos 
Ou seja, tudo que não faz parte da estrutura do ambiente. 
 
Finalização e decoração 
Nesta fase entram todos os acessórios para dar acabamento aos espaços projetados. 
Almofadas, mantas, peças de arte, decoração, tapeçaria, etc. 
 
 
25 
Nesta etapa também é realizada a afinação da iluminação. É onde o designer irá fazer a 
finalização do projeto. 
 
 
Entrega 
Tudo tem que estar finalizado e pronto, pois este é o tão esperado dia para o cliente: 
quando poderá entrar em seu novo espaço e usufruir do investimento feito. 
É também um momento especial para o designer, pois poderá ver nos olhos de seus 
clientes a satisfação. 
 
 
 
26 
Quinta fase: 
 
Avaliação pós-entrega 
Após a entrega, é sempre oportuno que o designer entre em contato com os clientes para 
fazer uma avaliação pós-entrega. Esta é a oportunidade de verificar se o projeto realmente 
atendeu as necessidades e aos desejos/sonhos do cliente, se houve alguma alteração feita 
pelos usuários após a entrega (e descobrir os motivos disso). 
É também a oportunidade de descobrir o que os visitantes acharam do projeto, elogios, 
criticas, etc. 
Esta avaliação deve ser feita: 
 Um mês após a entrega 
 Seis meses após a primeira avaliação 
 Um ano após a entrega. 
 
CONCEITO DE BELO 
 
A base de todo e qualquer processo criativo inicia-se primeiramente pela 
percepção. Sem a percepção, é impossível que haja qualquer processo criativo, 
incluindo a criação de projetos de interiores. Mas como desenvolver o olhar crítico e 
a percepção? 
O desenvolvimento da percepção é inerente ao ser humano: é uma busca 
individual, pois cada pessoa vê o mundo do seu próprio jeito, e transcreve o que vê 
a partir de suas compreensões e experiências. Na medida em que se coloca junto 
ao mundo, de forma favorável ou não, cada pessoa experimenta novas sensações e 
desafios, e assim terá condições para o seu desenvolvimento perceptivo. Logo, a 
expressividade do Designer de Interiores deve ser a manifestação da 
intencionalidade daquilo que sente e pensa. É a expressão das suas sensibilidades 
estéticas, sentimentais e emocionais colhidas nas experiências e interações com o 
mundo. 
Para o Designer de Interiores, esse perceber, memorizar e imaginar as coisas 
 
 
27 
naturais é imprescindível, pois ele apreende as possibilidades sobre a forma, 
ordenação e composição com objetos. Assim, podemos dizer que quanto mais 
perceptivo o designer for relacionado ao mundo, mais criativo ele será. 
O Designer de Interiores deve perceber os ambientes e transformar estas 
percepções em algo novo, com novas cores, novas texturas e formas visuais, 
elaborando projetos com 
competência inovadora e criativa. 
É interessante a ressalva de que 
a cada nova experiência artística 
o designer aprimora sua 
capacidade e aptidão para 
processos criativos. Com isso, 
seu intelecto passa a armazenar 
e associar elementos por meio de 
múltiplas etapas consecutivas, as 
quais produzirão novas ideias e combinações infinitas. 
Por isso é tão importante a busca constante por novidades, posto que a capacidade 
de captação e interpretação de informações do cérebro é inteiramente visual. 
Revistas, visitas a eventos e até pesquisas por materiais e ideias relacionadas ao 
design de interiores enriquecem a mente, criando um arquivo vasto e indelével em 
sua mente. Assim, em pouco tempo será possível criar ambientes com muita 
criatividade e diversidade, tornando cada criação única, e o melhor: a cada nova 
criação, novas ideias e conceitos já estarão para sempre gravados em seu ―arquivo‖ 
mental. A conjugação certa de elementos comuns ao design de interiores, tais como 
móveis, objetos, tapetes e quadros, é a chave para a composição de um ambiente 
verdadeiramente harmonioso e equilibrado. 
O equilíbrio e a harmonia são o segundo grande passo para a produção de um 
ambiente ideal, e vem logo após o profissional em design haver treinado seu olhar e 
percepção. É necessário enfatizar que esses conceitos ficarão vívidos e claros à 
medida que você for trabalhando sua criatividade, conhecendo materiais e texturas, 
e sabendo identificar e diferenciar o estilo do excesso. Só com a prática em projetos 
é que você poderá ousar sem medo, misturando diferentes materiais, fazendo um 
jogo de cores e formas e assim, conseguirá com facilidade fugir de composições 
óbvias e monótonas. 
Para ter excelência na arte de projetar e planejar ambientes, primeiramente é 
fundamental que você conheça o espaço que você possui para decorar. Será um 
ambiente de trabalho ou residencial? Para alguém mais clássico ou ousado, 
moderno? E o tamanho do espaço? Grande ou pequeno? Essas perguntas básicas 
 
 
28 
poderão auxiliá-lo na concepção de suas primeiras ideias, pois a partir delas é que 
você saberá evitar os excessos ou faltas em seu projeto. 
 
Nas fases iniciais da vida de um projetista, é comum que seus primeiros projetos 
possuam muitos excessos, como móveis, objetos, cores e texturas desnecessárias, 
ou até mesmo pode ser que o projeto fique vazio e desinteressante, com poucos 
móveis e não muitos apelos decorativos. O equilíbrio na escolha de cada detalhe de 
um projeto é indispensável no sucesso de sua composição. 
O que vale lembrar é: treine muito o seu olhar. Pesquise imagens na internet e 
busque em revistas. Invista tempo em olhar projetos de profissionais que estejam 
há mais tempo no mercado, pois isso enriquecerá seu acervo de ideias. Observe 
com atenção cada projeto: Que tipo de textura e revestimento foi utilizado? E as 
cores e tons? Combinam ou contrastam? Objetos modernos podem ser usados com 
objetos antigos e repaginados? E as peças exclusivas, planejadas? Como se 
portam nesse ambiente? Esses tipos de observações amadurecem a pessoa como 
profissional, pois ideias vistas poderão ser reformuladas e reaproveitadas em 
projetos posteriores. 
Isso é muito válido em relação ao Design de Interiores. Além de ser um atento 
observador, existem alguns princípios que são a base de composição para todo 
projeto em Design de Interiores, a saber: 
a) Ritmo – É a repetição de uma forma ou elemento, como cores que se repetem, 
linhas, curvas, enfim, elementos que sugerem que há um ―movimento‖ na 
composição de um ambiente. 
b) Harmonia – Seria um equilíbrio ideal entre o estilo sem excessos. As formas, 
texturas, cores, iluminação, a distribuição dos móveis e objetos, os materiais 
usados, devem atuar como um conjunto homogêneo e equilibrado. Nada deve faltar 
ou sobrar no ambiente. 
c) Equilíbrio – A distribuição de móveis e objetos é basicamente parecida de todos 
 
 
29 
os ângulos. 
d) Unidade – Todo espaço planejado deve ser coerente, fazendo com que todos os 
itens utilizados (desde texturas, cores, acabamentos, móveis,objetos e 
complementos) ―conversem‖ entre si, como se cada item fosse parte de um todo. 
e) Contraste – É interessante, desde que utilizado corretamente, pois elementos 
contrastantes quando juntos são enriquecidos. Paredes escuras com molduras 
claras, tons lisos somados a estampas e texturas e cores contrastantes são 
exemplos do uso de contraste na composição. 
f) Centros de interesse – Alguns (ou apenas um) 
objetos na composição devem ser o centro das 
atenções. É interessante que não haja competição 
entre os elementos de um projeto, por isso evite os 
exageros. 
g) Variedade – Procure sempre trazer o máximo de 
variedade para o seu projeto, mas com o mínimo de 
exageros. Utilize o seu bom gosto. Misture formas, 
texturas, cores e estampas, pois isso foge à 
monotonia. Mas tudo isso com equilíbrio, sem que 
algo destoe demais do conjunto. 
h) Escala – Imprescindível para a composição de um 
projeto. Observe sempre o tamanho do espaço a ser 
feito o projeto, pois disso dependerá a escolha 
correta e a quantidade dos móveis, objetos decorativos, cores, texturas e tudo o 
mais que for utilizar na composição. 
i) Proporção – Esse conceito ―anda de mãos dadas‖ com a escala. Digamos, por 
exemplo, que você irá projetar uma sala, mas ela possui altura bem elevada, ou 
seja, o ―pé-direito‖ (distância entre pavimento e o teto) alto. Você deve diminuir 
visualmente essa altura utilizando cor escura no teto. Outro exemplo: ambiente 
pequeno demais. Não pense duas vezes: use cores claras, pois elas criam a ideia 
de que o espaço é maior. Da mesma maneira, as cores escuras ―estreitam‖ os 
ambientes, modificando a percepção da proporção entre largura e comprimento. 
 
 
 
 
30 
TEORIA DAS CORES APLICADAS AO DESIGN DE INTERIORES 
 
 
Foto: ISTOCK 
 
O uso de cores é um procedimento que embeleza e harmoniza ambientes. 
Refletindo estilos diversificados, elas atraem as energias certas dependendo de 
como são escolhidas e utilizadas. 
Essa relação terapêutica é conhecida como cromoterapia, em que as cores 
apresentam diferentes vibrações energéticas e se propagam no ambiente, atuando 
em órgãos do corpo humano, restabelecendo qualidades importantes para a vida 
das pessoas. 
Além disso, elas também alteram as percepções dos espaços, um mesmo objeto ou 
ambiente ganham diferentes dimensões e sensações quando pintados com cores 
diferentes. Considerando esses aspectos, algumas dicas para a realização de uma 
boa escolha de cores para a decoração de interiores. 
 
O poder das cores na decoração da sua casa 
Não existem percepções padronizadas, cada contexto determina diferentes teorias 
e simbologias sobre cores. A experiência e as preferências são muito importantes 
durante o processo de escolha, isso porque não existem regras absolutas, mas 
sugestões para boas decorações. 
 
 
 
 
31 
Amarelo na decoração da casa 
 
Foto: Reprodução / Lynda Miehe Associates 
 
Proveniente da luz, o amarelo incentiva a comunicação, estimula o intelecto e abre 
o apetite, sendo indicado para ambientes escuros em conjunto com uma boa 
iluminação. Tons claros são neutros e tons fortes demandam cuidados para que os 
estímulos não sejam exageradamente provocados, resultando em sensações de 
confusão e atritos. 
 
Tons de Azul na decoração de ambientes 
 
Foto: Reprodução / In-Two-Design 
 
Associado ao elemento água, o azul incentiva as pessoas à meditação e 
interiorização, isso porque diminui a frequência cardíaca e respiratória, sendo 
indicado para ambientes que busquem a transmissão de calma, tranquilidade e 
 
 
32 
privacidade. Quanto aos cuidados em relação a sua aplicação, seu excesso 
provoca sono, tristeza e angústia. 
 
O Branco na composição da decoração 
 
Foto: Reprodução / Phillips & Co. 
 
Muito utilizado, o branco é associado à paz, calma e limpeza, sendo considerado 
como uma tonalidade neutra. Sua aplicação é indicada para os mais variados 
ambientes, entretanto, demanda combinação com outras cores. Quadros e móveis 
coloridos são ótimos para a quebra dessa monotonia. 
 
Tons de Laranja no ambiente 
 
Foto: Reprodução / Wonderland Homes 
 
O laranja é ligado ao intelecto e à coragem, em doses certas estimula a criatividade, 
 
 
33 
os sentidos e a comunicação. Ele é indicado para ambientes em que se deseja 
comunicação e diálogo, como salas de visita, de jantar e cozinha, assim como em 
escritórios de empresas, estimulando a criatividade. Seu excesso provoca 
conversas em demasia e desentendimentos, não sendo indicado para dormitórios 
por ser uma cor bastante estimulante. 
 
Cômodos de casa tomados pelo Lavanda 
 
Foto: Reprodução / Just Perfect Home Staging 
 
O lavanda é uma mistura de azul com roxo que transmite calma, contemplação, 
silêncio e espiritualidade. Sua aplicação minimiza atividades elevadas e situações 
estressantes por meio da criação de espaços espirituais especiais. Indicado para 
dormitórios, espaços de meditação e não recomendados para escritórios ou áreas 
de trabalho, pois o lavanda tem propriedades que acalmam, não que energizam. 
 
 
 
 
34 
Lilás/Violeta na decoração de casas 
 
Foto: Reprodução / Brooke Wagner Design 
 
As cores violeta e lilás trazem paz de espírito, sossego e tranquilidade. Em tons 
mais rosados incentivam o romance e em tons mais azulados estimulam a 
espiritualidade. As tonalidades são indicadas para ambientes que demandam 
purificação de energias, como espaços de saúde e dormitórios, transformando as 
negativas em positivas e acalmando a mente e o coração. Seu uso é moderado 
para que não provoque ansiedade e depressão. 
 
Preto na composição da decoração 
 
Foto: Reprodução / Gaile Guevara Interior Design & Creative 
 
O preto é geralmente relacionado a masculinidade, sofisticação e formalidade, 
demandando cuidados para que não seja aplicado em excesso nos ambientes. 
 
 
35 
Charmoso e elegante, seu uso deve ser ponderado e combinado com outras cores, 
isso porque quando predomina transmite sensações negativas como angústia, 
depressão, escuridão e tristeza. 
 
Tons de Rosa em casa 
 
Foto: Reprodução / By Helen 
 
Em tons claros ou escuros, o rosa se relaciona com a ternura, afeto, romance e 
feminilidade. Como suas combinações são variadas, a tonalidade fica bem em 
vários ambientes, sendo muito utilizado em quartos de meninas e até mesmo de 
casais. 
 
A cor Roxa na decoração de ambientes 
 
Foto: Reprodução / Maira Santoandrea 
 
 
 
36 
Alternando entre o exótico e o erótico, o roxo tem atribuições relacionadas a 
introspecção e espiritualidade. Considerado como uma tonalidade forte e marcante, 
sua aplicação é mais indicada para detalhes, pois em porções maiores (como 
paredes inteiras de ambientes) remete vulgaridade. 
 
Tons de Salmão nos cômodos da casa 
 
Foto: Reprodução / Nicole Lanteri Interior Decorator 
 
O salmão resulta de uma combinação de cores que se apresenta como um rosa 
claro alaranjado. Suas atribuições são relaxantes e harmoniosas, sendo 
recomendado para espaços delicados, de destaque e que busquem o incentivo à 
comunicação. 
 
Turquesa na decoração de casas 
 
Foto: Reprodução / Gacek Design Group 
 
 
37 
O turquesa combina a serenidade do azul com a refrescância e os aspectos 
revigorantes do verde, originando uma tonalidade contemplativa. Suas atribuições 
reconfortantes são indicadas para ambientes que permitem movimentação e que 
estimulam o crescimento. 
 
Tons de Verde nos ambientes 
 
Foto: ISTOCK 
 
O verde é associado a elementos orgânicos, como flores, plantas e madeira. 
Símbolo de vida, crescimento, esperança e satisfação, estimula a saúde e o bem 
estar das pessoas. Refrescante, em tons claros é indicado para ambientes que 
busquem calmaria e os tons mais fortes elevam a energia, entretanto, seu uso 
excessivo também provoca sensação de opressão. Recomenda-se o verde para 
áreas de espera e reunião.38 
A cor vermelha na decoração da casa 
 
Foto: Reprodução / Christy Allen Designs 
 
O vermelho é excitante e normalmente relacionado a energia, comunicação, apetite 
e agressividade. Ele também estimula as áreas de relacionamento afetivo, 
autoestima, sucesso e prosperidade. Recomenda-se para espaços de alimentação 
rápida, como sala de jantar e cozinha. Usado com bom senso, o vermelho é 
indicado para quarto de casal, ativando a sexualidade, o amor e a paixão. Seu 
excesso provoca atritos, agitação, nervosismo e preocupação. 
 
LUZ NATURAL E ARTIFICIAL 
 
A iluminação dá vida ao ambiente. Ela traz aconchego e tem papel de destaque na 
decoração. A iluminação certa valoriza o projeto, mas é preciso saber usá-la. Não é apenas 
colocar algumas lâmpadas e iluminar o local. Há todo um estudo para o aproveitamento da 
luz natural, bem como do posicionamento da iluminação artificial, com a escolha correta de 
lâmpadas, luminárias e outros acessórios, até mesmo da cor da luz e altura a ser utilizada. 
Existe no mercado grande variedade de produtos para a iluminação, com acessórios de 
diferentes tamanhos e cores. Sem o acompanhamento de um profissional, o consumidor 
fica sem saber a melhor escolha, o que pode impactar negativamente no projeto. 
 
 
 
39 
 
Um bom projeto de interiores deve contemplar o bem-estar, com soluções para o espaço, decoração adequada 
ao estilo do morador, e claro, recursos luminotécnicos. 
 
Luz Natural 
 
 
Inúmeros são os benefícios da iluminação natural. Além disso, ela reduz o consumo de 
energia e é ecologicamente correta. Para aproveitar ao máximo esse recurso, indica-se a 
utilização de revestimentos em tons claros, que refletem melhor a luz, bem como pintar as 
paredes, também, com cores claras. Além disso, opte por cortinas com tecido translúcido e 
utilize espelhos, um ótimo recurso para refletir a luz. 
 
Luz Artificial 
 
 
40 
 
 
A luz artificial valoriza o ambiente e dá destaque a mobiliários, obras de arte, mesas de 
jantar, entre outros. Esse tipo de iluminação precisa ser pensado ambiente por ambiente. 
Num quarto, por exemplo, ela tem que proporcionar conforto visual; já em uma sala de 
estar, ela pode ser direcionada para dar destaque às obras de arte; num closet, o foco é dar 
destaque à área da maquiagem, entre outras necessidades. O ideal é a junção de 
iluminação natural com a artificial. Juntos, eles dão harmonia aos espaços, seja ele 
comercial, ou residencial. 
Iluminação indireta dá destaque às áreas como mesa de jantar e objetos decorativos. Os 
espelhos usados na parede, junto com a iluminação, dão a sensação de amplitude ao local. 
 
BENEFÍCIOS DA ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO AMBIENTE DE 
TRABALHO 
 
Embora algumas pessoas tenham um ritmo biológico diferente, o fato é que a maioria 
desperta automaticamente com a presença de luz natural. E não se trata apenas de 
acordar. A iluminação natural na arquitetura, principalmente, do ambiente de trabalho 
desencadeia vários efeitos no organismo como disposição, alegria e energia. Mas os 
motivos para inserir luz natural na arquitetura do ambiente de trabalho não param por aí. 
Quando se fala em usar iluminação natural na arquitetura, muitas empresas pensam 
imediatamente na economia de energia. Esse é, realmente, um dos benefícios de projetos 
com essas características. Porém, não é o único. 
 
 
41 
O aproveitamento da luz natural influencia diretamente o comportamento humano. Ela 
regula nosso ciclo biológico, 
interferindo no ritmo 
cardíaco e circulatório. Em 
sua presença, corpo e 
mente entendem que esse é 
o momento da atividade e 
têm suas funções 
intensificadas. 
A situação contrária — 
ausência de luz natural — 
diz ao nosso cérebro que é 
hora de descansar. Por isso, 
ambientes mal iluminados ou que contam apenas com iluminação artificial contribuem para 
a redução da produtividade dos indivíduos. 
Outro ponto importante a destacar sobre os benefícios da luz solar se relaciona ao bem-
estar. A luz natural deixa as pessoas mais otimistas. Isso se reflete em maior disposição 
para enfrentar os desafios do trabalho e no aumento do nível de satisfação com a empresa. 
A iluminação natural também traz muitos benefícios à saúde: ela é um antibiótico natural e 
proporciona vitamina D ao organismo. 
Além disso, projetos com iluminação natural na arquitetura ajudam a empresa a usar 
menos recursos naturais (como energia), sendo um passo importante para a 
sustentabilidade do planeta. 
 
COMO OTIMIZAR A ILUMINAÇÃO NATURAL NA ARQUITETURA DO 
AMBIENTE DE TRABALHO 
 
Observe a carta solar 
É bom que as aberturas de iluminação natural 
levem em consideração o posicionamento do 
sol. De preferência, elas devem permitir a 
entrada da luz no período da manhã. Se o 
contrário acontecer, pode ser que a claridade 
não seja bem aproveitada. 
Se as janelas ficam abertas para o lado onde 
o sol bate à tarde, existe o risco de o ambiente 
precisar de luz artificial durante a manhã, pois não será bem iluminado nesse período. 
Como a claridade da tarde costuma ser mais forte, ela pode incomodar os funcionários, que 
 
 
42 
deixarão as cortinas fechadas e não aproveitarão essa luz. 
 
Evite excessos 
Trabalhar com excesso de iluminação 
também é desconfortável e improdutivo. 
Essa situação provoca ofuscamento e 
exige um esforço maior para a realização 
de atividades. 
Portanto, estabeleça barreiras para 
controlar a iluminação natural na 
arquitetura, de acordo com o layout de 
cada ambiente. 
 
Use transparências 
Muitas vezes é preciso delimitar o espaço interno, o que faz com que determinadas salas 
não recebam luz solar. 
 
Uma alternativa é segmentar os espaços, pelo menos parcialmente, com divisórias e portas 
de vidro, permitindo o aproveitamento da iluminação natural na arquitetura 
 
Cuide do posicionamento 
Posicione corretamente outros elementos do ambiente, para evitar que a luz natural 
prejudique as atividades dos colaboradores. 
Os monitores, por exemplo, não podem ficar de frente para as janelas, onde terão uma 
grande incidência de reflexo. 
 
 
 
43 
Integre áreas abertas 
 
Se possível, integre espaços internos e externos. Uma área de contato com a natureza, 
jardins de inverno e as soluções de paisagismo ajudam a melhorar o bem-estar e aliviar a 
tensão com a iluminação natural na arquitetura do ambiente de trabalho. 
 
Use a iluminação Zenital 
Nem sempre é possível ampliar as janelas 
para ter iluminação natural na arquitetura. Por 
isso, muitos arquitetos incluem a iluminação 
zenital em seus projetos. Painéis 
envidraçados, como claraboias e sheds 
(telhados transparentes), são alguns dos 
exemplos. 
 
PROJETOS DE SUCESSO COM ILUMINAÇÃO NATURAL NA 
ARQUITETURA 
 
Alguns projetos valorizam a iluminação natural na arquitetura e fazem dela um elemento 
importante na composição de ambientes. 
 
 
 
44 
Museu de Shenzhen 
Por enquanto, trata-se 
apenas de uma proposta. 
No entanto, apesar de ainda 
não ter sido construído, o 
Museu de Arte e Biblioteca 
de Shenzhen, projetado por 
Steven Holl, já é visto como 
uma das referências quanto 
à utilização da iluminação 
natural na arquitetura. 
O projeto prevê uma 
construção com janelas 
enormes, que proporcionam não só a luz solar. Elas permitem um diálogo entre o espaço 
interno e o externo, integrando-os pelo completo acesso visual. 
O projeto prevê ainda outras funcionalidades que reduzirão o uso de energia, como 
resfriamento geotérmico e piso radiante. Se for realmente construído, pode se tornar um 
dos prédios mais sustentáveis do planeta. 
 
Escritório da Selga Cano 
A Selga Cano é um 
escritório de arquitetura 
inovador localizado perto de 
Madri, mas já fora do centro 
urbano, em uma floresta. 
Não só os projetos 
realizados para seus 
clientes são surpreendentes, 
eles usaram uma solução 
arrojada em sua própriasede. 
Diferentemente de outras 
construções, a construção possui janelas enormes, que se estendem até uma parte do teto. 
Literalmente, trata-se de um ―telhado de vidro‖. 
O resultado é esteticamente incrível e sustentável. Ele é uma fonte de inspiração para os 
funcionários, que se beneficiam da iluminação natural na arquitetura e da visão da 
natureza. 
Além disso, a farta iluminação e a proximidade com a floresta contribuem para a economia 
 
 
45 
de energia. 
 
Sede da S2OSB 
Tanto a sede principal quanto a sala de 
conferências da S2OSB, localizada na 
Turquia, desfrutam de abundante iluminação 
natural na arquitetura. A luz tem acesso ao 
prédio por aberturas em sua estrutura, 
despertando a curiosidade e produzindo 
encantamento. 
O revestimento metálico com recortes 
geométricos estratégicos evoca a lembrança 
de origamis. O resultado estético é 
surpreendente: combina a solidez do metal, 
a leveza das formas e a incidência da luz. 
Em um país tão abundante de Sol, como o Brasil, não se deve negligenciar a iluminação 
natural no ambiente de trabalho. Seu bom uso é gratuito e ainda proporciona bem-estar aos 
colaboradores e produtividade para a empresa. 
 
Integre a iluminação natural na arquitetura ao mobiliário 
Para valorizar todo o ambiente exposto pela luz, os móveis certos farão a diferença nos 
projetos dos seus clientes. 
Mas aí já bate aquela dúvida, qual o melhor fornecedor dos móveis para minha empresa? 
É preciso pensar se a qualidade irá atender seu cliente, se terá a ergonomia adequada e 
até mesmo se vão entregar e montar no prazo. 
 
ERGONOMIA 
 
A ergonomia é conhecida como a ciência que torna o ambiente de trabalho mais 
seguro e mais confortável para os trabalhadores. Para isso usa o conhecimento do 
design de interiores, de produtos, de mobiliário agregado ao conhecimento da 
antropometria. (ramo da antropologia que estuda as medidas e dimensões de 
diversas partes do corpo humano). 
Essa ciência não pode ser considerada útil apenas para o ambiente de trabalho. O 
foco da ergonomia é o usuário e visa garantir que suas capacidades e limitações 
sejam levadas em consideração. O pensamento é o seguinte: 
O espaço de trabalho atenderá as necessidades do trabalhador e não vice-versa. 
A relação entre a psicologia humana e o ambiente físico é de suma importância 
 
 
46 
para o estudioso de ergonomia. Assim como outros assuntos do Design de 
Interiores, ela enfatiza a importância da interação entre o homem e seu meio 
ambiente. Usa os dados fornecidos pela antropometria, para criar espaços e 
mobiliário que atendam as necessidades cotidianas em casa ou no trabalho. 
 
Todos os móveis de uma residência, escritório, fábrica, entre outros, têm suas 
medidas ideais com relação ao seu usuário. 
 O espaço necessário deixar para abrir a porta do armário; 
 Para afastar a cadeira da mesa de jantar e não bater na parede; 
 Se com uma cama e dois criados mudos, é possível andar no quarto; 
 A altura ideal da bancada do banheiro; 
 Se os armários da área de serviço estão muito altos; 
 O ser humano precisa de um determinado espaço para desempenhar suas 
tarefas, seja no trabalho ou em casa. 
 
Ambientes funcionais 
Entender a ergonomia é o primeiro passo para ter um ambiente funcional. É bem provável 
que pensar e organizar um ambiente dessa maneira permita economia de tempo e energia, 
proporcionando mais tempo livre, além de bem-estar durante o período de atividades. 
Como não existem regras fixas, um projeto de adequação do ambiente ao estilo de vida, 
demanda um profissional capacitado para, a partir de acompanhamento de hábitos e 
conversas a respeito dos anseios sobre tempo e espaço, aplicar a ergonomia no design de 
interiores. 
 
 
47 
 
Organização e limpeza 
Não é fácil manter a organização e a limpeza dos ambientes em que se realizam as 
atividades cotidianas. Mas isso faz diferença. Como exemplo, pode-se imaginar a diferença 
entre trabalhar em uma mesa cheia de objetos que não estão relacionados à atividade e 
trabalhar em uma mesa sobre a qual estão apenas os objetos essenciais à atividade. Da 
distração à sensação de caos, nada na mesa bagunçada ajuda a realizar o que se 
pretende. 
A ergonomia aplicada a esse contexto pode ajudar a deixar de perder pequenos tempos de 
organização, auxiliando na determinação de locais em que os objetos precisam estar de 
acordo com a rotina em questão. O aumento do período de tempo livre, que antes era 
dedicado à limpeza e organização, certamente trará nova motivação e, assim, também 
maior produtividade. 
 
Dormitório 
O mobiliário do quarto pode parecer básico: cama e armários. Contudo, cada pessoa tem 
necessidades especificas que devem ser supridas por meio de mobiliário ou equipamento 
adequado. 
 
MOBILIÁRIO E EQUIPAMENTOS 
 
Camas 
Mais do que de solteiro ou casal, as camas ganharam várias dimensões, formatos, 
revestimentos e tecnologia. No entanto, seu principal objetivo é o conforto. Para isso é 
necessário levar em consideração: 
 Quantas pessoas utilizarão a cama, e que em quais circunstâncias; 
 
 
48 
 Qual o tamanho e peso das pessoas; 
 Qual a frequência do uso; 
 Se o usuário possui ou não necessidades especiais. 
 
Nome: Largura x Comprimento: 
 Solteiro: 0,90m x 1,88m; 
 Solteiro XL: 1,00m x 2,03m; 
 Casal: 1,38m x 1,88m; 
 Casal XL: 1,38m x 2,03m; 
 Queen Size: 1,58m x 1,98m; 
 King Size: 1,93m x 2,03m; 
 Super King: 2,00m x 2,03m. 
 
Tamanhos de colchões 
Cada fabricante tem especificações diferentes para cada um dos nomes, por exemplo: há 
regiões em que o king size é um colchão de 1,60m de largura, em outras este mesmo 
colchão é chamado de Queen Size. Existe, contudo, uma tabela com os tamanhos 
―oficiais‖, utilizados nos Estados Unidos (onde se criaram os nomes que são utilizados 
amplamente). Essas medidas foram convertidas para o padrão industrial brasileiro. 
 
Armários 
Não existindo closet, o guarda roupas deve acomodar (com folga) todas as roupas, 
calçados e acessórios das pessoas que dormem no quarto, evitando o deslocamento até 
outro cômodo. Existem roupas longas (vestidos, ternos, casacos, sobretudos) que nem 
sempre podem ser acomodados em prateleiras ou dobrados no cabide, deve existir ao 
menos um compartimento no armário para acomodar tais peças. Roupas pequenas 
(cachecol, roupa intima, meias, gravatas, cintos, lenços, etc.) devem ser acomodadas em 
gavetas em quantidade suficiente para serem rapidamente encontradas. 
Espaços e medidas: 
 Profundidade: 50cm a 65 cm (menor do que 50cm não comporta cabides); 
 
 
49 
 Espaço de utilização/zona de trabalho: 80cm a 90cm (no caso de abertura de 
gavetas 110cm a 150cm); 
 Circulação: 60cm a 70cm (além do espaço de utilização), é possível admitir 
circulação de 50cm caso não exista mobiliário lateral; 
 Altura de maior conforto: 110cm a 160cm; 
 Altura máxima de prateleira superior: 170cm a 180cm; 
 Comprimento de peças longas: 150cm a 180cm. 
 
Cômoda 
Muitas vezes existe a necessidade de uma cômoda para acomodar camisas, roupas do 
cotidiano ou peças de uso mais frequente, ou ainda peças menores que não podem ser 
penduradas em cabides como roupas de bebê. A cômoda tem entrado em desuso e dentro 
de alguns anos deve ter o mesmo fim da ―penteadeiras‖. 
 
Mesa de cabeceira (Criado mudo) 
Utilizado como peça auxiliar para quem está deitado. Pode conter apenas nichos ou ainda 
porta e gaveta. O objetivo principal é suportar luminárias e objetos de uso pessoal. Existem 
nos mais diversos tamanhos e formatos, ficando restringida sua altura entre 5cm e 8cm 
abaixo da altura da cama. 
 
 
Suítes 
As suítes não são novidade e caíram no gosto nacional, assim como as mais recentes 
semi-suítes (atende dois quartos). Contudo, a integração entre quarto e banheiro pode 
superar os obstáculos das paredes e se tornarem visuais. Vale lembrar que para que essaintegração ocorra de forma interessante, o designer deve tomar alguns cuidados: 
 Previsão de ventilação (natural ou forçada) para o vapor de água do banheiro; 
 
 
50 
 No caso de um quarto de casal, verificar sobre a necessidade de privacidade na 
área de banho; 
 Previsão de um espaço reservado (privativo) para o sanitário; 
 A iluminação do banheiro não deve trazer incômodos para o quarto. 
 
Banheiro 
 
O banheiro ganhou muito espaço principalmente até a década de 1980, chegando a ganhar 
o conceito de banheiro spa, no qual se tinha tudo: sauna, banheira de hidromassagem, 
piscina, integração de som e vídeo, etc. Atualmente o que restou desse conceito é o 
conforto. Muitos banheiros mantiveram a ideia do banho prolongado (sauna e banheira), 
mas não mais do que isso. O mobiliário deve ser uma preocupação quando o cliente deseja 
manter toalhas e suprimentos de higiene guardados no banheiro. Os revestimentos também 
devem ser uma preocupação: 
 Apesar de existirem papel e tecido que podem ser aplicados em áreas úmidas (não 
molhadas), a durabilidade e higiene ainda são discutíveis. 
 Madeiras em áreas úmidas e molhadas devem receber tratamento adequado 
(naval). 
 As pedras de forma geral (inclusive granitos e mármores, como o travertino) são 
permeáveis a água ou óleo, por isso, é desaconselhado o uso dessas pedras no 
banheiro sem a devida impermeabilização. 
 Iluminação de espelho: frontal = maior conforto. 
Espaços e medidas: 
 Profundidade de bancada de cuba: 55cm a 65 cm (sendo que as cubas podem ser 
encontradas nas mais diversas formas e tamanhos; 
 Espaço de utilização/zona de atividade: 45cm; 
 Circulação: 60cm a 70cm (além do espaço de utilização) 
 Altura de lavatório: 65cm a 80cm – criança (até 10 anos): 80cm a 110cm – adultos; 
 Vaso sanitário e bidê: 40cm x 60cm x 45cm (variável) 
 Altura máxima de prateleiras/armários sobre bancadas ou pias de 185cm 
 
 
51 
 Toalheiros devem estar dispostos na zona de maior conforto: entre 110cm e 160 cm 
(em pé) ou 100cm a 110cm (sentado) 
 Papeleiras devem estar posicionadas a frente do vaso e a uma distancia (lateral) de 
30 cm do mesmo, permitindo, dessa forma a livre movimentação da pessoa. 
 As torneiras do chuveiro devem estar dentro do alcance do usuário, mas não sob o 
jato de água, evitando assim que as pessoas se queimem com água quente. 
 
DESIGN DE INTERIORES E GEOMETRIA 
 
Figuras geométricas na decoração: uma tendência para revestimentos 
 
Tendências de Decoração 
A utilização de figuras geométricas na decoração é uma proposta que transita pelos 
mais diferentes estilos, se adequando aos ambientes que seguem uma proposta 
tradicional, retrô ou até mesmo ousada e descolada. 
Nos revestimentos, essa tendência 
também volta de tempos em tempos. 
Sucesso nas décadas de 20 e 60, os 
padrões geométricos voltaram com 
tudo na arquitetura e design de 
interiores. Por isso, hoje é possível 
encontrar pisos e azulejos modernos 
e elegantes estampados a partir da 
geometria. 
 
Azulejos do banheiro 
Essa composição é muito utilizada por garantir modernismo e classe. Azulejos 
geométricos quebram a monotonia monocromática, mas sem perder o aspecto 
limpo/básico que cai bem no banheiro. 
Se o revestimento das paredes tiver um acabamento brilhante, ele cria uma 
combinação interessante com acessórios em aço inox. O efeito é uma combinação 
de modernidade e sofisticação que chama a atenção. 
 
 
52 
 
Linha Raízes Mural Areia 
 
Combinação de figuras no piso 
A inovação pode acontecer tanto pela utilização de formatos diferentes quanto pela 
combinação de peças de modelos muito básicos, como quadrados e losangos, além 
do uso de cores variadas, criando resultados provocantes e até mesmo 
psicodélicos. A vantagem disso é que você pode conseguir um resultado visual 
único e cheio de personalidade. 
 
Linha Singular Prisma Azul, por Mauricio Arruda 
 
Mistura de diferentes figuras geométricas 
Você pode conseguir um efeito estético surpreendente ao utilizar uma figura 
geométrica no chão e outra nas paredes. 
Lembre-se, porém, que esse tipo de combinação já chama bastante atenção e 
garante o destaque do ambiente. Por isso, o restante da ornamentação precisa ser 
 
 
53 
básico para trazer harmonia e sofisticação ao cômodo, sem sobrecarregá-lo com 
muitos elementos. Equilíbrio é tudo quando o assunto é decoração. 
 
Linha Singular Prisma Bege, por Mauricio Arruda 
 
Composição do próprio padrão 
A proposta é de exclusividade para quem quer compor o próprio padrão ao 
combinar peças de formatos iguais ou distintos. A ideia é recebida com grande 
empolgação em eventos e feiras de design. 
Apesar de utilizarem as mesmas peças, essas composições podem garantir efeitos 
estéticos completamente diferentes, que permitem a criação de um clima de acordo 
com o que você deseja imprimir ao seu projeto de decoração. O resultado é um 
ambiente charmoso e exclusivo. 
 
Linha Singular Cardume Cinza, por Mauricio Arruda 
Brincadeira visual com pastilhas 
As pastilhas estão entre os revestimentos mais versáteis do mundo da decoração. 
 
 
54 
Com elas, é possível brincar com cores, formas, brilhos e texturas, permitindo 
composições sem limites. 
Elas podem ser utilizadas para formar toda uma parede e ambiente, ou ser 
combinadas com outros materiais, tornando-se um detalhe que acrescenta charme 
e personalidade. 
 
Linha Decora Design Pastilha Bossa Mar 
 
Ladrilho hidráulico em diferentes ambientes 
O ladrilho hidráulico mescla tradição e ruptura, sem deixar de lado o charme e o 
bom gosto. A técnica é essencialmente brasileira e remete à arquitetura da década 
de 50. Porém, surge reinventado e modernizado: os padrões geométricos —
especialmente os triângulos — são combinados com cores elegantes e trazem vida 
e movimento para diferentes espaços da casa. 
Esse material, durante muito tempo, esteve mais presente em áreas externas e hoje 
é inspiração para estampar lindos revestimentos cerâmicos, adequados para todos 
os cômodos. 
 
Composição em 3D 
O 3D está em alta, e na decoração não poderia ser diferente. Por que se restringir a 
utilizar a geometria de forma plana, se ela pode produzir um relevo atraente que 
confere ainda mais sofisticação ao ambiente? 
Hoje em dia, existem peças lisas e estampadas com relevos tridimensionais, que 
deixam o espaço convidativo e com um ar contemporâneo. 
 
 
55 
 
Como escolher o revestimento geométrico? 
As figuras geométricas podem fazer bonito e reforçar aquele visual de classe e 
modernidade que você deseja. É importante seguir algumas dicas: 
 Decoração envolve harmonia e equilíbrio, fundamentais para não carregar nas 
estampas e deixar o ambiente com um excesso de estímulos; 
 Pense no propósito e no tamanho do ambiente antes de escolher o revestimento. 
Ele não deve ser apenas bonito, mas adequado à utilização daquele espaço; 
 Leve em consideração os outros elementos da decoração, como a iluminação que o 
cômodo vai receber e a mobília que pretende utilizar; 
 Se você gosta da ideia de usar formas geométricas em seus projetos, mas prefere 
algo discreto, aposte em tons monocromáticos e mais sóbrios. Também pode optar 
por utilizar esse padrão na textura; 
 Considere o estilo da decoração. Embora a geometria possa ser aplicada a 
diferentes propostas decorativas, é preciso ter coerência e adequação na utilização. 
Em ambientes clássicos, prefira combinações geométricas em preto e branco, por 
exemplo. Em espaços divertidos e joviais, não tenha medo de apostar em 
tonalidades intensas e chamativas. 
 
Quais são as principais vantagens da geometria na decoração? 
Não faltam pontos positivos para a utilização dos padrões geométricos. Quem não 
tem medo de ousar e pretende renovar a casa, tornando-a moderna e atrativa, pode 
apostar em uma decoração voltada para essa tendência. 
 
Confere charme e personalidade aos ambientesO uso de figuras geométricas em projetos decorativos é sinônimo de elegância e 
originalidade. Resgatada no século XX pelo movimento Art Déco e Escola Bauhaus, 
a geometria se consolidou como uma das padronizações mais expressivas e 
 
 
56 
apreciadas na decoração, pois cria espaços marcantes e charmosos na medida 
certa. 
 
No piso, Linha Summer Gold 
 
Provoca a sensação de modernidade 
Em alta no universo decorativo, essa tendência é ideal para quem deseja reformar a 
casa com o intuito de promover uma sensação de modernidade. Ela tem o poder de 
renovar os espaços dentro de uma proposta atual e arrojada, sem perder o seu 
charme vintage. Combinados com cores vibrantes, esses padrões imprimem 
ousadia na hora de repaginar os cômodos. 
 
É extremamente versátil 
A geometria é versátil e permite uma série de combinações. É possível usar formas 
geométricas na sala, nos quartos, na cozinha, no banheiro, no lavabo e até em 
lugares externos, como varandas e áreas gourmet. 
Os desenhos geométricos se adaptam a diferentes estilos, do clássico ao moderno. 
E podem ser usados além de paredes e pisos. Também é legal incluir almofadas, 
luminárias, cadeiras, tapetes e outros acessórios com esses padrões nos 
ambientes. 
 
 
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Linha Lazer Jardim Grafite 
 
Quebra a monotonia do espaço 
A geometria é capaz de trazer vida e cor a espaços que antes eram monótonos e 
monocromáticos demais. Em cômodos onde não há pontos de contraste ou 
detalhes decorativos interessantes, os padrões geométricos entram em cena com 
muito estilo, personalidade e elegância. 
As texturas lisas e as cores neutras têm seu valor, mas elas são mais 
conservadoras e previsíveis. Se não forem utilizadas sabiamente, podem se tornar 
entediantes e sem graça. Por outro lado, a geometria tem o poder de dar destaque 
até mesmo aos projetos minimalistas. 
 
AMBIENTES PEQUENOS 
 
Mais do que truques, a decoração de apartamentos pequenos precisa de boas 
ideias e soluções efetivas de organização. Nem sempre é fácil fazer tudo o que a 
gente precisa caber em apartamentos de 30, 40 ou 50 metros quadrados, mas isso 
está longe de ser uma missão impossível. Nos projetos a seguir, o segredo está na 
otimização dos espaços e na integração perfeita dos ambientes. 
 
 
 
 
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Tudo junto e misturado 
 
(Eder Lizier/Figoli-Ravecca Arquitetos Associados) 
Neste apartamento de 40 metros quadrados em São Paulo, o que não faltam são 
boas ideais e soluções para tirar o melhor proveito de cada centímetro. Assinado 
pelo escritório ―Figoli-Ravecca Arquitetos Associados‖, o apartamento serve como 
um imóvel de apoio da família, que vive em São Luis, no Maranhão. 
Entre as adaptações, a área de serviço e a cozinha foram totalmente reformadas 
para dar vida a um closet e um banheiro no único dormitório do local, 
transformando-o em uma suíte para o casal. Como os moradores não costumam 
cozinhar, a área da cozinha virou uma minicopa estilo corredor. 
 
 
 
 
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Integração total 
 
(Tassia Pereira Designer de Interiores/Divulgação) 
 
Os moradores convidaram a designer de interiores Tássia Pereira para realizar 
a reforma do novo apartamento, localizado em São Caetano do Sul. Com 70 metros 
quadrados, o espaço precisava ser reformado rapidamente, já que os moradores 
necessitavam se mudar para o novo endereço com urgência. 
A integração das áreas sociais foi fundamental para fazer o espaço render. Apesar 
da metragem enxuta, a sala de estar e a cozinha aberta para o jantar não 
transmitem uma sensação de aperto. As cores suaves e os móveis escolhidos a 
dedo deixaram a decoração equilibrada e aconchegante. 
 
Tamanho de menos, elegância de sobra 
 
(Spaço Interior/Divulgação) 
 
 
 
60 
Com apartamentos cada vez menores, é mais do que necessário usar a criatividade 
para reorganizar os espaços e dar novas funções a cada metro quadrado. E assim 
acontece neste apartamento pequeno assinado pelo escritório Spaço Interior. 
A moradora, uma mulher solteira com muito bom gosto, queria que sua casa em 
São Paulo fosse elegante e moderna, mesmo contando com apenas 60 metros 
quadrados. Bastante organizada, ela solicitou um projeto com muitos armários para 
acomodar seus objetos pessoais, mas sem abrir mão do conforto e aconchego. 
 
Toques de cor 
 
(Divulgação/AH!SIM) 
 
Um casal jovem convidou o escritório Ah!Sim para realizar a reforma 
deste apartamento de 58 metros quadros em Campinas, São Paulo. Com um estilo 
de vida descontraído, os moradores solicitaram um projeto alto astral e vibrante 
para a decoração. 
O conceito dos ambientes foi pensado levando em consideração a rotina dos 
moradores, que costumam levar trabalho pra casa e também adoram receber os 
amigos. Eles queriam ambientes no estilo contemporâneo, mas com toques de 
cores e uma pegada mais pop. 
 
 
 
 
61 
Ambientes multiuso 
 
(Julia Ribeiro/Divulgação) 
 
Os casal recém-casado chamou os arquitetos Diogo Luz e José Guilherme Carceles 
do escritório Casa 100 Arquitetura para reformar o apartamento de 40 metros 
quadrados no Campo Belo, em São Paulo. A dupla priorizou o bom aproveitamento 
do espaço criando ambientes multiuso. 
O apê tem ―pé direito‖ (distância entre o pavimento e o teto) duplo, mezanino, sala 
de estar integrada com a cozinha e dois banheiros. O estilo urbano e 
contemporâneo do casal foi contemplado no projeto e, para otimizar o espaço, os 
arquitetos optaram por móveis de marcenaria com múltiplas funções (como o móvel 
da sala que abriga a TV e quando fechado serve de aparador) e encontraram 
algumas soluções baratas. 
 
 
 
 
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Espaço para garimpar 
– 
(Reprodução/Apartment Therapy) 
 
A polonesa Monika Pietrusewicz e o francês Nicolas Bouriette decidiram se mudar 
para o Brasi. O destino escolhido pelo casal foi a tradicional praia de Ipanema, no 
Rio de Janeiro, onde alugaram este apartamento pequeno de 44 metros quadrados 
para viverem com a pequena. 
Na decoração dos ambientes, quase nenhum móvel foi comprado novo. Monika e 
Nicolas adquiriram todas as peças em lojas de antiguidade, brechós e até 
recuperaram itens que foram abandonados nas ruas da cidade. Desse modo, 
o décor segue um estilo clássico, com mix de influências dos anos 50, 60 e 70. 
 
 
 
 
63 
Tudo em seu lugar 
 
(Cyntia Sabat/Divulgação) 
 
A arquiteta Cyntia Sabat recebeu a missão de modernizar todo o apartamento de 60 
metros quadrados de uma família do Rio de Janeiro. Com pouca metragem 
disponível, o maior desafio da reforma foi atualizar a decoração dos cômodos, que 
antes estavam desarmoniosos e desorganizados. 
Para otimizar ao máximo os espaços do apartamento pequeno, a sala, a cozinha e 
a sala de jantar foram integradas no projeto, ampliando a área útil dos três 
cômodos. Na sala, a parede cinza, destaque do ambiente, tem luz focada para que 
ficasse ainda mais em evidência. Um painel de madeira ainda foi instalado para 
esconder a tubulação do ar condicionado. 
 
 
 
 
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Mix de estilos 
 
(Gui Morelli/Divulgação) 
 
Assinado pelos arquitetos Diogo Luz e José Guilherme Carceles, do Casa 100 
Arquitetura, este apartamento de 65 metros quadrados foi decorado com o estilo 
industrial e algumas inspirações escandinavas no design. Neste projeto, os tons 
neutros e o cimento queimado são a principal marca dos espaços. 
Por conta da metragem limitada, o piso foi revestido por um porcelanato que imita a 
madeira clara, o que garantiu uma maior sensação de amplitude. Já as soluções de 
marcenaria foram construídas com carvalho americano. Seguindo 
a decoração industrial, o teto exibe a laje de concreto aparente, deixando as 
tubulações elétricas à vista 
 
 
 
 
65 
Pequeno, mas estiloso 
 
(Julia Ribeiro/Divulgação) 
 
Um jovem casal paulistano convidou o escritório Two Design para dar vida ao 
novo apartamento de 70 metros quadrados, localizado no bairro de Vila Nova 
Conceição,em São Paulo. Seguindo as solicitações dos moradores, as arquitetas 
Karina Salgado e Marcella Monfrinatti realizaram um projeto que refletiu o estilo de 
vida despojado e alegre do casal. 
Para aproveitar cada cantinho do apartamento, as arquitetas optaram por integrar 
a cozinha com a sala de estar, misturando o estilo industrial com referências 
de decoração escandinava. 
 
 
 
 
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Casa-trabalho 
 
Este apartamento de 53 metros quadrados fica no coração de Tel Aviv, em Israel, 
em um prédio que faz parte da chamada Cidade Branca – região onde há grande 
concentração de edifícios no estilo Bauhaus. O prédio foi construído há 85 anos e é 
caracterizado por pequenos apartamentos com tetos altos e janelas largas. 
 
DICAS DA DECORAÇÃO SALA DE ESTAR 
 
Parede de tijolos aparentes ou à vista 
Ter uma parede ou várias com tijolos à vista 
é uma tendência que deixam as salas de 
estar modernas. O tijolo dá um ar de 
aconchego para a sala, combina com 
absolutamente tudo, além de ser 
visualmente lindo. E o mais interessante, não 
segue regra nenhuma, ou seja, podem ser 
todos branquinhos ou um de cada cor, todos 
lisinhos ou todos desnivelados, elegantes ou 
rústicos. 
 
 
 
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Na foto: Banqueta Iron (Tolix) 
 
Texturas 3D na parede 
A textura 3D é um efeito muito bacana para a sala de estar. Escolha uma das paredes, 
para não sobrecarregar o ambiente, e invista nessa textura. É moderno, jovem e muito 
estiloso. Esse tipo de textura pede uma iluminação à altura. Então, abuse das lâmpadas 
direcionadas, que dão ainda mais ênfase a essa maravilha na sua parede. 
 
 
 
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Na foto: Cadeira Eames DSW 
 
Sofás de veludo e de couro marrom 
Os sofás de veludo voltaram à cena. Mais do que isso, são muito aconchegantes. 
Dentro das opções de sofás de veludo, você pode optar pelos mais tradicionais, com mais 
detalhes e texturas, ou pelos mais modernos, lisos e com cores fortes. 
 
Os sofás de couro são os sofás da vez. São versáteis, fáceis de limpar e combinam com 
todos os estilos de salas de estar, das mais conservadoras às mais moderninhas. 
 
 
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Na foto: Sofá FK1, Mesa Lateral Saarinen, Mesa FK1 de Centro e Poltrona Diamante 
 
Cantinhos temáticos de bar e café 
Os cantinhos temáticos com espaço para os objetos de preparação do café e dos drinks 
estão cada vez mais em alta nas salas de estar modernas. O mais bacana é que cada 
um pode personalizar do jeito que quiser, o que dá ainda mais significado ao ambiente. 
 
A ideia é aproveitar um cantinho da sala que você não utiliza para dar mais vida ao 
ambiente. Um aparador antigo pode ser a base e, na parede, coloque uma estante ou um 
aramado para pendurar as xícaras ou taças. 
Se você não tem esse espaço, invista em objetos com leves ou com rodinhas, que sejam 
fáceis de transportar. O seu bar e o seu cantinho do café podem ser em qualquer lugar, 
basta ter o objeto certo e imaginação para compor esse espaço. 
 
 
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Na foto: Adega Mystic 
 
Na foto: Minibar Canyon 
 
Na foto: Minibar Winter 
 
 
 
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Mais e mais quadros 
Os quadros deixaram de ser um detalhe para serem os xodós das salas de estar 
modernas. Todas as ideias são válidas, mas confira algumas que são tendência de 
decoração. 
 
Quadros com mensagens carinhosas 
Os quadros do momento são os com mensagens positivas. Alguma dúvida de que eles 
deixam a sala mais bonita, moderna e elevam o astral? 
 
Na foto: Poltrona Costela 
 
 
 
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Quadros com plantas 
Os quadros com elementos da natureza, principalmente plantas e, mais especificamente 
ainda, a costela-de-Adão, são os objetos de desejo de quem gosta de estar dentro das 
principais tendências de decoração. 
 
Créditos foto: Elo7 
 
Quadros continuados 
Os quadros continuados com plantas e mar também são uma boa opção. Você pode 
usar uma foto que você mesmo tirou e dividi-la em mais de uma imagem. Sem dúvida, os 
quadros ganham ainda mais significado se você trabalhou neles e se a imagem é sua. 
 
Teto com revestimento 
Foi-se o tempo em que a decoração era limitada ao chão e às paredes. O teto ganhou 
vez nas salas de estar modernas e está fazendo toda a diferença no décor das casas 
atuais. Seja de madeira, gesso, concreto, 3D ou outro revestimento, o teto da sua sala 
 
 
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nunca mais será o mesmo. 
 
Na foto: Luminária de piso Phoenix 
 
Jardim vertical na parede 
O jardim vertical andou mudando de cômodo nos últimos tempos. Saiu do jardim e da 
sacada para se acomodar na sala de estar e de jantar. 
Muitas pessoas estão optando por substituir a cristaleira da sala de jantar pelo jardim 
vertical. É uma opção, se você tem lugar sobrando para guardar as louças e cristais e 
quer mais natureza dentro da sua sala. 
 
Outra ideia é fazer um jardim nas paredes menores ou ainda atrás do sofá. 
 
 
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Deixe os sapatos na porta 
Vem crescendo o número de famílias que optam por deixar os sapatos na entrada de 
casa para manter a higiene do lar. É uma questão de saúde se for pensar a respeito, 
principalmente se na casa moram bebês e crianças. Esse hábito exige um local 
apropriado para os calçados, como um baú ou armário. Caso contrário, a entrada da sua 
casa pode virar um depósito de sapatos. 
 
Créditos foto: www.tapetecapacho.com.br 
 
Plantas 
As salas de estar modernas não deixam de lado as plantas, muito pelo contrário, elas são 
um dos principais itens de decoração. As maiores têm podem deixar a sala mais 
sofisticada e as menores conseguem dar aquela sensação de aconchego, preenchendo 
todos os espaços. 
 
 
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Na foto: Luminária de piso coluna Fox 
 
Na foto: Luminária de piso Phoenix e Sofá Bit 
 
QUARTOS 
 
Conquistar uma atmosfera relaxante e afetuosa que tanto prezamos se torna 
missão da decoração, que é a única ferramenta capaz de gerar sentimentos e 
sensações com experiências visuais concedidas por um conjunto de móveis e 
objetos, bem como cores, formas e suas disposições. 
Decorar com maestria, tal como os profissionais do ramo, é sim uma tarefa que 
requer muito conhecimento. Porém, para todos que possuem dois olhos e uma boa 
percepção, decorar pode ser uma atividade simples e prazerosa. 
 
 
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Observe o cenário como um todo para compreender o conjunto 
 
Decorar vai muito além de comprar um vaso bonito ou acrescentar um vistoso 
tapete à sala. Decorar não se limita a um ou dois itens, mas sim ao resultado de 
todo o conjunto. Quando um ambiente é decorado, significa que todos os itens que 
estão presentes foram pensados para tal. 
Em outras palavras, as cores das paredes, a tapeçaria, a roupa de cama, os 
móveis, as formas, as janelas, entre outros, é pensado para gerar uma espécie de 
impacto visual, um sentimento ou uma impressão. Pode-se acrescentar elegância, 
sofisticação, tranquilidade, alegria, calmaria ou paz. Não importa o objetivo, é na 
ornamentação de todos os itens e detalhes do quarto que a atmosfera aos poucos 
vai se formando e chegando próxima daquilo que você julga ideal. 
 
 
77 
 
Quarto neutro com cores aplicadas em detalhes. Veja o contraste que se 
obtém 
 
Observe como as cores amenas, em junção dos espelhos, ampliam e harmonizam 
a decoração. Os travesseiros, juntamente com as texturas de diferentes tecidos 
sobre a cama, dão um toque diferenciado. 
 
 
 
78 
Apesar de ter diversas regras, é possível mixar conceitos e criar seu próprio estilo. 
Veja como o estilo industrial se mistura e se adequa com elementos modernos e 
elegantes neste quarto de casal. 
 
 
Una conforto, beleza e funcionalidade 
A realidade de muitos brasileiros está em quartos de casal pequenos e, visando à 
decoração, é inviável escolher móveis e objetos olhando apenas uma característica 
só, pois logo o cenário viraria uma bagunça sem coerência alguma. 
Sendo assim, para que um item se faça presente, pense sempre da seguinte 
maneira: 
 Esse item agrega conforto? 
 Se sim,

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