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Energia e Desenvolvimento Sustentável

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PLANEJAMENTO INTEGRADO DE 
RECURSOS ENERGÉTICOS
ENERGIA E SOCIEDADE
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de: 1. Reconhecer aspectos da energia como fator de produção. 2. Verificar a
questão da energia como determinação histórica e sua relação com o desenvolvimento sustentável.
1 Introdução
Central no debate atual de mudanças ambientais globais, o consumo de energia tem sido objeto de grandes
discussões no que toca seu papel no desenvolvimento dos países. O consumo de energia, base das atividades
produtivas, ocasiona, inevitavelmente, impactos sobre o meio ambiente. Assim, se no passado a energia era
tratada como sendo meramente um problema de fornecimento de insumo para a produção, ameaçada nos anos
70 pelos choques de petróleo e pela consequente elevação do seu preço, nos anos 80 torna-se uma questão
fortemente ligada à preservação do meio ambiente (Cohen, 2003).
Segundo a mesma autora, o que se constata nas discussões internacionais e nos estudos em diversos países é o
aprofundamento dessa relação. A crescente relação entre energia e meio ambiente articula-se com a ciência e a
tecnologia mobilizadas para resolver o problema de melhorar a eficiência na transformação (produção e
consumo final), no transporte e na distribuição, e na disposição dos resíduos. No entanto, as condições nas quais
esse consumo deve ocorrer suscitam grandes debates.
Vamos conhecer essas relações?
Para aprendermos um pouco da história dos recursos energéticos na vida do homem, leia o excerto a seguir:
2 História dos recursos energéticos
Por um longo período da história da humanidade, a única forma de energia utilizada pelo homem era a força
endossomática, ou seja, a sua própria força muscular, utilizada somente para ir em busca dos alimentos
necessários para a manutenção da vida. Consumiam-se em torno de 2.000 kcal/dia, provenientes dos alimentos
ingeridos. A partir do homem caçador (aproximadamente há 100 mil anos) até meados do século XVIII da nossa
era, o mais importante recursos energéticos explorado pelo homem foi a madeira, que começou a ser utilizada na
obtenção de calor para cozer os alimentos e aquecer as habitações em regiões de clima frio. Mais tarde, passou a
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ser utilizada como fonte térmica na obtenção de carvão vegetal, combustível utilizado nas indústrias de refino e
formatação de utensílios de metal, cerâmicas, tinturarias, vidrarias, cervejarias, entre outras. (Alterado do texto
de Reis, Fadigas e Carvalho 2009).
No início, todas as atividades produtivas baseadas neste único recurso energético eram feitas numa escala
modesta, organizada em determinado lugar e dependente de recursos locais para abastecimento das
comunidades. Quase não havia transações comerciais entre povos pela impossibilidade de transportá-las a
longas distâncias. Quando a madeira ficava escassa, os povos eram obrigados a migrar ou, na impossibilidade
disso, eram condenados ao desaparecimento. Nessa época, a energia humana era mais racionalmente explorada
por meio das técnicas agrícola e pastoril.
O uso da energia mecânica de origem exossomática, pelo aproveitamento da energia cinética dos ventos, iniciou-
se os primeiros séculos da nossa era e obteve um impulso maior a partir do século X, com os avanços
tecnológicos obtidos; este tipo de energia foi utilizado principalmente nos Países Baixos e na Europa Ocidental
para moagem de grãos, nas serrarias dos estaleiros navais e nas bombas para secagem de lagos. A força dos
ventos era também utilizada para impulsionar embarcações (primeira utilização deste recurso), bombear água
para irrigação, entre outros usos. Muito antes disso, já se fazia uso da energia contida nos cursos d´água por meio
de rodas d´água conhecidas como “moinhos hidráulicos”, também utilizados em movimentos alternativos em
processos de trituração e forja.
Porém, a maior fonte de energia mecânica apareceu muito antes do surgimento dos moinhos de vento e
hidráulicos, com a domesticação de animais como bois, búfalos, cavalos, dromedários e camelos.
O uso de animais no transporte e nos trabalhos da lavoura, como aragem de terras, moagem de grãos,
bombeamento d´água, etc, durante milênios, foi a principal fonte de energia mecânica estendendo seu domínio
até a primeira metade do século XVIII d.C. Também não se pode deixar de citar que a mão de obra escrava foi
intensamente explorada na Europa e mais tarde no continente americano, até a segunda metade do século XIX.
Utilizando-se destas fontes disponíveis na época, o homem consumia em torno de 40.000 kcal/dia.
A madeira e a tração animal, fontes de origem primitiva, ainda nos dias de hoje, são as únicas fontes de energia
utilizadas por uma considerável parte da humanidade – mesmo nas sociedades urbanas mais evoluídas estas
fontes estão presentes.
Durante a antiguidade, e até o século XVII, com uma população relativamente pequena e um consumo per capita
modesto de calor e potência, foi possível manter um equilíbrio entre as fontes de energia renováveis - madeira,
rodas d´água e de vento, força humana e animal – e a demanda de energia.
Os avanços da mecânica a partir de então, provocaram uma aceleração no desenvolvimento econômico por meio
da intensificação das atividades industriais, agrícolas, comerciais, da urbanização e do crescimento demográfico.
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A exploração da madeira, até então o único energético utilizado para suprir as novas necessidades de energia
originadas pelo avanço dos processos de mecanização nos diversos setores, se intensifica, porém, a partir do
século XVI, a madeira começa a se tornar escassa em algumas regiões da Europa Ocidental. Assim, foi necessária
sua exploração em regiões mais longínquas, o que provocou um aumento de preço.
Diante deste fato e das novas leis ambientais que impediam o desmatamento em determinadas regiões da
Europa, foi necessário encontrar um substituto para a madeira, e esse substituto imediato foi o carvão mineral,
primeiro recurso fóssil a ser utilizado de forma maciça pelo homem. O carvão mineral já era conhecido e
utilizado na Europa em aplicações isoladas desde o século IX, porém foi preciso que a madeira se tornasse
escassa para que o carvão ressurgisse com força total.
O uso do carvão em grande escala a partir da segunda metade do século XVIII, veio acompanhado do aumento da
sofisticação das máquinas a vapor. Essas máquinas, durante um século, fizeram parte da história em aplicações
estacionárias na exploração de carvão mineral e energia mecânica nas indústrias, e durante aproximadamente
60 anos movimentaram as locomotivas que faziam o transporte interurbano e dentro das próprias cidades. O
carvão era também usado na indústria metalúrgica e na iluminação. O gás de hulha substituiu as velas de sebo,
óleo de porco e de baleia, até então utilizados.
No entanto, a madeira e os moinhos hidráulicos e de vento, embora tenham perdido força na Europa, ainda por
muito tempo foram utilizados na América do Norte: a madeira era abundante, os rios numerosos e o potencial
eólico bastante favorável. Somente mais tarde, no final do século XIX, esses recursos começaram a ser
desbancados pelo petróleo e carvão mineral.
O crescimento das cidades, do comércio, da indústria e o aumento da potência das máquinas levaram a um
substancial aumento do consumo de carvão mineral, fazendo com que o mesmo passasse a dominar a matriz
energética mundial. Ao final do século XIX, o carvão participava com 53% no consumo de energia primária total.
Analisando a forma como a energia era consumida até o século XVIII, a evolução da humanidade se deu por meio
de um consumo de energia relativamente moderado. A partir do século XIX, madeira e carvão mineral não eram
mais apenas fontes de energia térmica, mas também de energia mecânica. A inserção da máquina a vapor no
modelo de produção provocou uma ruptura no sistema, exigindo uma nova ordem de grandeza no uso da
energia. A taxa de elevação do consumo de energia não acompanhava mais proporcionalmenteo crescimento
populacional. Nesse período, o consumo per capita médio anual era de aproximadamente 80.000 kcal/dia.
Na segunda metade do século XIX, os trabalhos de exploração de petróleo já tinham sido iniciados. O petróleo,
assim como o carvão mineral, já era conhecido na antiguidade, porém a primeira exploração de forma comercial
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aconteceu nos Estados Unidos, mais precisamente na Pensilvânia, em 1853. Em pouco tempo, os avanços nas
técnicas de perfuração e refino e o impulso dado pela indústria automobilística fizeram com que esse precioso
recurso energético tomasse a dianteira do carvão mineral.
Ao contrário do que ocorreu com a madeira na Europa, a transição parcial do carvão mineral para o petróleo não
ocorreu em razão da escassez do primeiro. O carvão mineral até hoje é bastante abundante na natureza, e
utilizado em vários setores da economia. As limitações tecnológicas impostas pelos equipamentos que utilizam
esse combustível para iluminação e força motriz forçaram a busca por um combustível alternativo, que pudesse
ser e fosse adaptado para atender às novas demandas de uso final, transporte e armazenamento. O gás de hulha
era caro, poluente e transportado via rede, não atendendo às localidades mais distantes; o transporte e a
indústria necessitavam de potenciais fracionadas que não eram satisfeitas pelas robustas máquinas a vapor. Na
verdade, o avanço do petróleo, na escala em que ocorreu, não teria sido possível sem as inúmeras
transformações tecnológicas: estas foram e continuam sendo um fator decisivo na história da humanidade.
Na verdade, o avanço do petróleo, na escala em que ocorreu, não teria sido possível sem as inúmeras
transformações tecnológicas: estas foram e continuam sendo um fator decisivo na história da humanidade.
O primeiro derivado do petróleo a ser comercializado foi o querosene, que substituiu o gás de hulha na
iluminação das áreas urbanas e os óleos nas zonas rurais. A partir de 1913, outros dois derivados, diesel e
gasolina, começaram a ser utilizados impulsionados pela indústria automobilística. Otto, Diesel, Benz e outros,
com seus inventos, supriram as indústrias e a população com modos alternativos de transporte de carga, de
transporte individual e de máquinas industriais.
O gás natural, da mesma forma que o petróleo, também já eram conhecidos e usados na antiguidade. No entanto,
a sua difusão só aconteceu a partir da descoberta do petróleo nos EUA e da utilização de canos de ferro fundido,
o que reduziu a principal limitação desse material, o seu transporte. Nos Estados Unidos, já no início do século
XX, o gás natural era utilizado na produção de eletricidade, na fabricação de negro-fumo, etc.
Outros países não deram muita importância ao gás natural. Entretanto, na exploração do petróleo, o gás natural
vinha associado: era reinjetado para aumentar a produção de petróleo e seu excesso era queimado. Só a partir do
final da década de 1950, é que o gás natural começou a se difundir em outras regiões do mundo.
Paralelamente ao petróleo, a eletricidade foi cavando seu espaço no suprimento mundial de energia,
primeiramente com a iluminação, e em seguida com a força motriz. Várias descobertas no campo da eletricidade
sucederam-se: fenômenos eletrostáticos, magnéticos e a criação artificial de fenômenos luminosos foram
aplicados no desenvolvimento de novos aparelhos e novas máquinas, como baterias, dínamos, motores elétricos,
lâmpadas de filamentos e uma infinidade de equipamentos produzidos na sequência para atender às novas
necessidades. No início do século XX, a energia elétrica era produzida em usinas térmicas com a utilização de
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turbinas a vapor e em usinas hidrelétricas com a utilização de turbinas hidráulicas. À medida que a indústria
elétrica foi se desenvolvendo, redes elétricas iam sendo construídas, possibilitando o atendimento de novas
regiões.
Após a Segunda Guerra Mundial, a energia nuclear começou a ser explorada como um recurso adicional para
atender à demanda por eletricidade. Alguns países, principalmente aqueles que não possuíam reservas
petrolíferas, investiram pesadamente nesse recurso.
As fontes foram sucedendo-se e nenhuma delas substituiu integralmente a outra. Todas têm tido sua parcela de
mercado, com maior ou menor participação em função de suas disponibilidades, preços, políticas
governamentais e leis ambientais, dentre outros fatores limitantes.
Raridade energética
Até o final da década de 1960, o mundo não conhecia a palavra “ raridade energética” ; havia oferta de recursos
energéticos em abundância e a demanda crescente criava grandes economias de escala que faziam com que
preços baixos pudessem ser praticados. Mas isso não quer dizer que todas as pessoas tinham e têm acesso a
esses energéticos ou à renda gerada por eles.
Interessante esse histórico de uso da energia pelo homem, feito por Reis, Fadigas e Carvalho não?
Com isso podemos perceber o porquê dos avanços na exploração dos recursos energéticos e de nossa
dependência dos mesmos. Mas continuemos mais um pouco...
A história aponta que, no ápice da industrialização mundial acontecida no século XX, a partir da década de 1950,
ocorreu um acelerado aumento da produção/demanda de energia elétrica no planeta, notadamente a partir de
fontes consumidoras de combustíveis fósseis, de tal forma que o produto (petróleo) passou a ser a base do
movimento energético mundial atual. Os atuais prognósticos a respeito do assunto são sombrios, principalmente
para a geração de energia, caso se queira manter o crescimento econômico ao ritmo atual visando diminuir a
pobreza (Rippel, Rippel & Lima, 2011).
3 Consumo X Desenvolvimento sustentável
O aumento do consumo energético e da produção industrial gerará em breve um ponto de quebra, quando as
fontes disponíveis para a geração de energia não mais terão capacidade de atender às demandas das populações.
Isso porque, apesar dos choques nos preços do petróleo e das crises financeiras mundiais das últimas décadas, o
consumo mundial de energia triplicou no período compreendido entre 1970 e 1990, o que permite vislumbrar
um futuro bastante complicado para o uso sustentável da energia. Verifica-se também, o fato de que mesmo que
a demanda de energia primária dos países em desenvolvimento aumentasse a uma taxa inferior em 1 a 2% (a.a.)
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a taxa de crescimento tendencial do processo duplicaria em pouco tempo. Isso ocorre em razão de que a
produção e o consumo de bens industrializados crescem de forma acelerada nos países em desenvolvimento
(MARTIN, 1992).
Este fenômeno apresenta-se de tal modo que o ritmo histórico e atual do crescimento industrial em muitos
desses países suplantou o dos países industrializados e continuará suplantando, o que modificará a estrutura do
consumo, e obviamente implicará em necessidades cada vez maiores de energia elétrica. E mais, como a
elasticidade-renda da demanda de manufaturas é elevada, pois com o crescimento das populações e o acelerado
processo de urbanização da população mundial, e a expansão de suas demandas, a uma necessidade crescente de
atender o crescimento do consumo agregado destas populações; as mudanças estruturais provocadas pelo
desenvolvimento exercerão forte pressão na sua produção de tal modo, que segundo GOLDEMGERG (1988),
provavelmente triplicará nos próximos 20 anos e quintuplicará nos próximos 30 anos, o que é claro implicará
numa imensa necessidade de energia elétrica para poder movimentar este processo.
No caso do para os sãoconsumo energético, os problemas mais graves países em desenvolvimento
representados pelos relativos à implantação de eficientes sistemas geradores de energia capazes dealtos custos
fazer frente à demanda. O que nem sempre é fácil de ser alcançado porque os sistemas energéticos em
geral representam altos custos, nem sempre possíveis de serem assumidos pelos países em
(Rippel, Rippel &desenvolvimento, fato que se transformará em entrave ao seu próprio desenvolvimento 
Lima, 2011).Segundo os mesmos autores, é claro que países em desenvolvimento (PEDs) gozam de vantagens especiais para
queimar etapas no processo de industrialização e que a priori são mais econômicas em termos de consumo de
energia. Para aproveitar essas vantagens, os países em desenvolvimento devem encorajar o comércio e o
investimento internacional, e adotar tributos, leis e regulamentações ambientais que tornem rentáveis as
práticas “mais limpas” – menos poluidoras e mais poupadoras de energia.
E o desenvolvimento sustentável, onde entra nisso?
Vamos entender o que ele é para associarmos à energia:
O desenvolvimento sustentável tem sido conceituado de diversas formas. A Comissão Brundtland o conceituou
como desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer as gerações futuras de
atenderem suas necessidades (Brundtland, 1987). Ou seja, como um processo de mudança no qual o uso dos
recursos naturais, a orientação dos investimentos, os rumos do desenvolvimento tecnológico e a mudança
institucional estão de acordo com as necessidades atuais e futuras.
Para Stead & Stead (2000), a “ sustentabilidade” é a busca da elevada qualidade de vida para as atuais e futuras
gerações de seres humanos ou não humanos através da criação de um balanço sinérgico entre a prosperidade
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econômica, a viabilidade dos ecossistemas e a justiça social. Nota-se aí, o famoso triple-bottom-line, com os
resultados econômicos, ambientais e sociais explicitados.
Já Gladwin et al. (1995 apud Delgado, Magrini e Valle, 2008) conceitua o desenvolvimento sustentável como um
processo para alcançar o desenvolvimento humano de forma inclusiva, conectada, equitativa, prudente e segura
(cinco características). Inclusiva, pois o desenvolvimento deve ser dar de forma ampla no espaço e no
tempo. Conectada, pois as variáveis ecológicas, sociais e econômicas, são interdependentes. Equitativa,
pois deve ser considerada a justiça intergeracional, intrageracional e interespécies. Prudente, pois
implica na prevenção e nos cuidados de ordem tecnológica, científica e política. Finalmente, segura, pois
demanda atenção e controle de ameaças vindas de quebras perigosas.
Nos últimos anos, a temática ambiental tem estado no centro das discussões dos diversos segmentos da
sociedade; os diversos problemas ambientais são visíveis por qualquer indivíduo que, todas as manhãs, deixa
sua casa para cuidar do seu próprio sustento e de sua família, embora, infelizmente, nem todos tenham
consciência do problema (Reis, Fadigas e Carvalho, 2009).
Ainda segundo os mesmos autores, é interessante citar que, enquanto um enorme contingente de pessoas no
mundo não tem acesso às diversas formas de energias comerciais, aproximadamente 60% da energia primária
são perdidas, ou seja, não chega até o consumidor final, em função não apenas dos limites associados às próprias
leis da Física, da Termodinâmica, mas também da eficiência atual dos equipamentos e dos desperdícios
provocados pelo mau uso da energia por parte da sociedade.
Então, vamos fazer nossa parte?
O QUE VEM NA PRÓXIMA AULA
Na próxima aula, você vai estudar:
• Conceitos que envolvem o petróleo, seu uso e sua importância.
• A cadeia produtiva do petróleo (Upstream e ).Downstream
SAIBA MAIS
Leia a página do sobre uma receita para a sustentabilidade.LabBio
http://labbioiee.blogspot.com/2011/04/receita-da-sustentabilidade.html
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Reconheceu aspectos da energia como fator de produção.
• Verificou a questão da energia como determinação histórica e sua relação com o desenvolvimento 
•
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•
•
- -9
• Verificou a questão da energia como determinação histórica e sua relação com o desenvolvimento 
sustentável.
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