Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
18 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 Unidade II Unidade II 2 FERRAMENTAS DE GESTÃO ESTRATÉGICA 2.1 Introdução às ferramentas de gestão estratégica Com o objetivo de administrar estrategicamente uma corporação, são utilizadas diversas ferramentas. Elas auxiliam o grupo de executivos a estruturar melhor as ideias e construir, de modo organizado, o plano estratégico. Dentre as principais ferramentas utilizadas, é possível citar: • Balanced Scorecard (BSC). • Análise Swot. • Diagrama de Foco Estratégico. • Matriz de Relacionamentos. • Matriz BCG. • Matriz GE. • Modelo das Cinco Forças de Porter. 2.2 Balanced Scorecard (BSC) Acreditando na obsolescência da avaliação do desempenho das organizações, apoiadas apenas em indicadores contábeis e financeiros, o executivo principal do Instituto Nola Norton, David Norton, liderou um estudo junto com o consultor acadêmico Robert Kaplan, sobre a medição de desempenho das organizações no futuro. A pesquisa foi patrocinada pelo Instituto Nola Norton e executada no decorrer do ano de 1990, com empresas das mais diferentes áreas, colhendo estudos de caso sobre métodos inovadores de mensuração de desempenho. Segundo Kaplan e Norton (1997), o estudo de caso que mais chamou a atenção foi o da empresa Analog Devices. Essa empresa apresentava um método de medição de desempenho utilizando um scorecard corporativo, composto de itens relacionados não só a medições financeiras, mas também 19 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO a prazos de entrega ao cliente, qualidade e ciclo de processos de produção, bem como eficácia no desenvolvimento de novos produtos. Além das ideias surgidas do estudo de caso da Analog Devices, várias outras foram encontradas como consequência de todo um ano de estudo, levando a uma ampliação do scorecard multidimensional como ferramenta, conhecida como Balacend Scorecard (BSC). Este novo modelo de medição foi organizado em torno das perspectivas: financeira; do cliente; interna; da inovação e do aprendizado. Essas perspectivas refletiam o equilíbrio entre os seguintes itens: • Objetivos: curto prazo e longo prazo. • Métricas: financeiras e não financeiras. • Indicadores: de tendências e de ocorrência. • Expectativas: internas e externas. Saiba mais Para conhecer mais sobre o histórico do BSC, leia o capítulo de apresentação do livro: KAPLAN, R. S.; NORTON, D. P. A estratégia em ação: BSC – Balanced Scorecard. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1997. O Balanced Scorecard é uma ferramenta de gestão estratégica para as empresas, baseada em indicadores que vão além dos relacionados às questões econômicas, financeiras e contábeis. Os objetivos e métricas desse método são consequência da visão e da estratégia empresarial, descritos de forma clara em quatro perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e do crescimento. Segundo Fernandes e Abreu (2012), o BSC, como sistema de gestão de estratégia, tem por objetivo: • Manifestar a estratégia da empresa em termos operacionais. • Favorecer o alinhamento estratégico empresarial. • Desdobrar a estratégia para todas as áreas. • Converter a estratégia num processo não apenas estático, mas também dinâmico. • Mobilizar a mudança por meio da liderança executiva. 20 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 Unidade II O BSC tem como pilar as perspectivas que estabelecem entre si uma relação de causa e efeito, equilibrando objetivos, indicadores, metas e iniciativas. Financeira “Para sermos bem‑sucedidos financeiramente, como deveríamos ser vistos pelos nossos acionaistas?” Aprendizado e crescimento “Para alcançarmos nossa visão, como sustentaremos nossa capacidade de mudar e melhorar?” Processos internos “Para satisfazermos nossos acionistas e clientes, em que processos de negócios devemos alcançar a excelência?” Clientes “Para alcançarmos nossa visão, como deveríamos ser vistos pelos nossos clientes?” Visão e estratégia Figura 1 – Perspectivas do BSC A perspectiva financeira existe não só por questões tradicionalmente históricas, mas porque são fundamentais para demonstrar impactos econômicos de curto, médio e longo prazos de ações consumadas. Os indicadores de desempenho desta perspectiva apontam se a estratégia adotada pela corporação está contribuindo para a melhoria dos resultados financeiros. Os questionamentos são voltados à lucratividade, ao crescimento econômico e à eficiência operacional. A perspectiva do cliente identifica os segmentos de clientes e mercados que as áreas de negócio desejam competir e a proposição de valor para esses clientes. As métricas utilizadas nessa perspectiva incluem a satisfação dos clientes, a retenção dos clientes, a aquisição de novos clientes e a lucratividade dos clientes. A partir dessa perspectiva, os questionamentos têm um foco na confiança do cliente, bem como a visão que ele tem da corporação. Na perspectiva de processos internos, são identificados processos internos críticos que precisam ser continuamente melhorados, no intuito de se alcançar a excelência. Normalmente, esses processos têm como foco a proposição de valor para os clientes e a satisfação das expectativas dos acionistas. Os questionamentos são voltados para o aperfeiçoamento operacional dos processos. Sobre o aprendizado e o crescimento como quarta perspectiva, procura‑se identificar os ativos críticos, como as habilidades, competências organizacionais e a infraestrutura, que servem de base para o crescimento e para a melhoria da empresa em longo prazo, bem como sua perenidade e competitividade. Sob essa perspectiva, os questionamentos se voltam para novas habilidades, conscientização e tecnologias. 21 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Os mapas estratégicos do BSC são representações visuais das relações de causa e efeito entre os objetivos estratégicos, nas perspectivas estratégicas, que demonstram como as organizações criam valor (KAPLAN; NORTON, 2007). Um mapa estratégico genérico do BSC contém, além dos objetivos demonstrados numa relação causa e efeito, as medidas de resultado e os indicadores de tendências, com suas respectivas metas, acompanhadas de ações estratégicas que suportarão o alcance dos objetivos. Na figura a seguir, observa‑se um exemplo de uma relação de causa e efeito simplificado, adaptado de Kaplan e Norton (1997). Perspectiva financeira Perspectiva de processos internos Perspectiva do aprendizado e crescimento Perspectiva financeira Retorno sobre o capital empregado Lealdade dos clientes Pontualidade das entregas Capacidades do funcionário Qualidade dos processos Ciclo dos processos Figura 2 – Exemplo de diagrama de causa e efeito Esse exemplo demonstra através de um simples diagrama que as capacidades dos funcionários suportam o ciclo e as qualidades dos processos. Esses processos bem‑sucedidos gerarão uma pontualidade nas entregas, com uma consequente satisfação e lealdade do cliente. E, por fim, o retorno sobre o capital empregado com efeito de todas as causas apontadas. Para complementar o diagrama de causa e efeito, apresentado na figura anterior, e assim terminar a elaboração do mapa estratégico, poderiam estabelecer‑se os seguintes objetivos, indicadores, metas e ações: 22 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 Unidade II Quadro 1 – Objetivos, indicadores, metas e ações de um mapa estratégico Perspectiva Objetivos Indicadores Metas Ações Financeira • Aumentar a lucratividade. • Valor de mercado da corporação. • Aumento de 20% em 2 anos. • Implantar uma nova gestão de custos e despesas. Cliente • Reter clientes. • Ser pontual nas entregasaos clientes. • Número de clientes recorrentes. • Percentual de entregas dentro do prazo. • Aumento de 30% em 3 anos. • Criar uma central de atendimento telefônico para o cliente. Processos internos • Melhoria da qualidade dos processos. • Tempo de resposta de solicitações internas • 30 minutos. • Revisão de todos os processos de negócios. Aprendizado e crescimento • Desenvolvimento de habilidades necessárias. • Número de profissionais treinados • 50% no primeiro ano e 100% no segundo ano. • Criar programa de treinamento interno contínuo. 2.3 Análise Swot A Análise Swot é outra ferramenta utilizada no planejamento estratégico para exame do contexto competitivo da empresa, em que são abordados e discutidos: pontos fortes; pontos fracos; oportunidades; e ameaças. Esse método permite à gerência e à alta direção trabalharem a maximização dos pontos fortes, a minimização dos pontos fracos, além do aproveitamento de oportunidades e da proteção contra ameaças. O acrônimo Swot representa as iniciais em inglês das palavras strengths (forças), weaknesses (fraquezas), opportunities (oportunidades) e threats (ameaças). No Brasil, alguns autores mencionam essa ferramenta como análise Fofa (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças) ou diagrama PFOA (Potencialidades, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças). A Matriz Swot pode ser vista na figura a seguir. Forças Oportunidades Fraquezas Ameaças Análise interna Análise externa N eg at iv o Po sit iv o Figura 3 – Matriz Swot Análise do ambiente externo ou de variáveis incontroláveis leva em consideração os fatores externos (exógenos) ao negócio, como os políticos, econômicos, de mercado, dentre outros. Eles são classificados como oportunidades ou ameaças. 23 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO As oportunidades são situações, tendências, fenômenos ou fatores positivos que influenciam o negócio. Dentre alguns exemplos genéricos de oportunidades, é possível citar: • Crescimento do potencial mercado consumidor. • Estabilização econômica. • Aspectos sociais. • Estabilização política. • Evoluções tecnológicas. • Incentivos fiscais dados pelos governos. Na análise das oportunidades, as corporações devem perguntar‑se: • Quais são as oportunidades para a corporação no mercado? • Onde estão essas oportunidades? • Há novas tendências emergindo no mercado? As ameaças remetem aos fatores negativos externos (exógenos) aos negócios, que geram desafios indesejáveis para as empresas. Essas ameaças podem tolher o crescimento da empresa dentro do mercado. Dentre alguns exemplos de ameaças, pode‑se citar: • Aumento da concorrência. • Problemas de estabilidade política. • Problemas na econômica local e mundial • Aumento de impostos. Na análise das ameaças, as corporações devem perguntar‑se: • Quais ameaças (leis, regulamentos, concorrentes) podem prejudicar a corporação? • Quais são os pontos fortes dos concorrentes que representam uma ameaça para a corporação? Análise do ambiente interno ou de variáveis controláveis leva em consideração os fatores internos ao negócio, como os organizacionais, humanos e tecnológicos. Também, nessa análise, são avaliados recursos financeiros, vantagens em custo, além da imagem que a empresa tem no mercado. A análise consiste em examinar as forças e fraquezas. 24 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 Unidade II As forças ou pontos fortes representam as competências nos mais diversos níveis hierárquicos e os recursos tecnológicos, humanos e organizacionais que agregam valor aos negócios. Normalmente as forças são ou estão relacionadas às qualidades da empresa. Dentre alguns exemplos de pontos fortes, pode‑se citar: • Reconhecimento da marca. • Tempo que a empresa atua no mercado. • Estrutura organizacional. • Tradição. • Credibilidade. As empresas devem‑se perguntar, na análise de suas forças: • O que fazemos bem? • O que temos de melhor para oferecer ao mercado? • Em que somos melhores em relação aos nossos concorrentes? • O que em nossos produtos e serviços desperta maior interesse dos nossos clientes? As fraquezas ou pontos fracos representam aquilo que está na dimensão interna da empresa e que diminuem nossas vantagens competitivas, agindo negativamente na operação do negócio. Dentre alguns exemplos de fraquezas, pode‑se citar: • Indefinição de papéis e responsabilidades. • Profissionais com pouca capacitação. • Baixo investimento em tecnologia. Os questionamentos a seguir compõem uma análise de fraquezas: • O que não fazemos bem? • Quais os nossos produtos e serviços que estão aquém das expectativas do mercado? • O que, dentro do ambiente interno, diminui as nossas vantagens competitivas? 25 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 2.4 Diagrama de Foco Estratégico As corporações que trabalham com planejamento estratégico normalmente definem o seu foco de atuação no mercado e como se posicionar de modo competitivo em relação aos clientes, fornecedores, concorrentes, enfim, em todo o mercado. Algumas empresas têm o foco no atendimento ao cliente, preservando sempre a qualidade de seus produtos e serviços para estes. Ela mantém uma fidelização do cliente através de um relacionamento estreito e eficaz, que possibilita a perenidade dos negócios. Outras empresas têm um foco na eficiência operacional, tentando sempre atingir seus objetivos estratégicos com o menor emprego de recursos, garantindo assim preços competitivos. Outras trabalham com maior atenção na qualidade do produto, independente do cliente que venha a adquirir seus entregáveis, focando, assim, numa liderança no produto ou no serviço prestado. No entanto, uma empresa não consegue direcionar o seu foco em mais de uma estratégia das descritas, devido às sérias dificuldades em oferecer um produto de alta qualidade, ter atendimento excelente a clientes, combinado com uma alta excelência. O Diagrama de Foco Estratégico sintetiza o nível de foco em cada estratégia, seja ela baseada no atendimento aos clientes, seja na eficiência operacional, seja na qualidade do produto ou serviço. O quadro a seguir apresenta um exemplo de um Diagrama de Foco Estratégico. Quadro 2 – Diagrama de Foco Estratégico Sem foco Foco baixo Foco alto Produto X Atendimento X Eficiência X Adaptado de: Foina (2009). 2.5 Matriz de Relacionamentos Toda empresa mantém relacionamentos com diversas outras com vistas a atingir os seus objetivos estratégicos. Esses relacionamentos, também conhecidos como parcerias de negócios, são fundamentais para o dia a dia das operações e precisam receber uma grande atenção no planejamento estratégico. Para fazer uma boa análise desses relacionamentos e conhecer eventuais desequilíbrios utiliza‑se uma ferramenta conhecida como Matriz de Relacionamentos, que classifica o grau de importância das parcerias na visão de ambos os lados, conforme demonstra a figura a seguir: 26 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 Unidade II Importância atribuída pela empresa Im po rt ân ci a at rib uí da p el os p ar ce iro s – – + + Quadrante de oportunidades Quadrante de parcerias Quadrante de conveniência Quadrante de riscos Parceiro A Parceiro B Figura 4 – Matriz de Relacionamento Para se construir esta matriz é necessário saber o grau de importância que o parceiro atribui ao relacionamento com a empresa, bem como o grau de importância que a empresa atribui ao relacionamento com o parceiro. Após isso os parceiros são lançados no gráfico e alguns vão se enquadrando em um dos seguintes campos: • Oportunidades: estes relacionamentos são mais importantes para a empresa e têm que ser preservados. • Parceria: relacionamento equilibradoonde tanto a empresa quanto o parceiro ganha, também conhecido como relação ganha‑ganha. • Conveniência: relacionamentos pouco importantes, mas necessários de serem mantidos. • Riscos: relacionamento de risco muito alto para a empresa. 2.6 Matriz BCG Foi em 1970 que a consultoria Boston Consulting Group desenvolveu a Matriz BCG, uma ferramenta de análise gráfica objetivando a análise de portfólio de produtos ou unidades de negócios em uma empresa. Conhecida também como matriz crescimento versus participação, ela considera as dimensões crescimento de mercado e participação relativa de mercado, permitindo uma comparação de percentuais de participação de produtos e negócios corporativos. 27 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO A figura a seguir apresenta a Matriz BCG e os quatro quadrantes resultantes da relação participação relativa de mercado e crescimento do mercado. Estrela Questionamento Vaca leiteira Abacaxi Alta Baixa Ba ix a Al ta Participação relativa de mercado Cr es tim en to d o m er ca do Figura 5 – Matriz BCG No quadrante “estrela” encontram‑se os negócios com alta participação relativa de mercado e alto crescimento de mercado, dotados de grande potencial e também da necessidade de investimentos consideráveis. No quadrante “vaca leiteira” encontram‑se negócios com alta participação relativa de mercado e baixo crescimento de mercado, onde não são necessários investimentos consideráveis. No quadrante “questionamento” situam‑se negócios com baixa participação relativa de mercado, mas com grande potencial de crescimento. Devido à dúvida em relação ao futuro, esses negócios são representados como um ponto de interrogação, além de serem necessários investimentos que possibilitem o aumento de sua participação de mercado. No quadrante “abacaxi” encontram‑se negócios com baixa participação relativa de mercado em um mercado com baixas taxas de crescimento. Esses negócios também são classificados como “animais de estimação”, porque normalmente acarretam em prejuízo e só não são encerrados por um apego semelhante ao que se tem por um animal de estimação. Em determinadas situações são necessários para a composição do portfólio da empresa, mesmo não sendo tão lucrativos. 2.7 Matriz GE A Matriz Grupos Estratégicos (GE) também conhecida como Matriz McKinsey é uma ferramenta que tem o objetivo de avaliar a atratividade e a competitividade de um mercado. Ela divide‑se em nove campos a partir de uma matriz 3x3, com dois eixos (atratividade do mercado e força do negócio no mercado). Nela, são inseridos cada um dos negócios a fim de avaliar aqueles que precisam receber uma gama maior de investimentos. A figura a seguir apresenta a Matriz GE. 28 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 Unidade II Força do negócio Forte Média Fraca At ra tiv id ad e do m er ca do Alta Investir Crescer Ganhos Média Crescer Ganhos Colher Baixa Ganhos Colher Desinvestir Figura 6 – Matriz GE 2.8 Modelo das Cinco Forças de Porter Michael Porter identificou a necessidade de analisar cinco forças competitivas, desenvolvendo assim um modelo para análise estrutural da indústria. Porter observou que o grau de concorrência e rentabilidade depende da manutenção dessas cinco forças e que são elas que determinam o grau de competitividade na indústria. Essas forças competitivas são mostradas na figura a seguir: Poder de barganha dos fornecedores Poder de barganha dos clientes Ameaça de novos entrantes Ameaça de produtos substitutos Rivalidade entre concorrentes Figura 7 – As cinco forças competitivas de Porter Resumo O objetivo desta unidade foi abordar as principais ferramentas utilizadas na gestão estratégica de uma empresa. Dentre elas: Balanced Scorecard (BSC); Análise Swot; Diagrama de Foco Estratégico; Matriz de Relacionamento; Matriz BCG; Matriz GE; Modelo das Cinco Forças de Porter. O BSC recebe a maior ênfase por ser um dos métodos mais utilizados nos planejamentos estratégicos, na gestão estratégica e na formação de painel de indicadores. Esse método, criado por Kaplan e Norton em 1990, 29 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO é baseado em indicadores financeiros e não financeiros, sendo os seus objetivos e métricas uma consequência da estratégia empresarial, descritos de forma clara em quatro perspectivas: financeira, do cliente, dos processos internos e do aprendizado e do crescimento. O BSC é um instrumento para utilização em sistemas de gestão que habilita processos gerenciais considerados críticos, esclarecendo e traduzindo a visão e estratégia, além de auxiliar na comunicação e estabelecimento de vinculações. O estabelecimento de metas, além do feedback e o aprendizado estratégico são outros processos críticos habilitados pelo BSC, que permite a quantificação de resultados esperados além de produzir uma melhoria contínua na estratégia. O principal resultado do uso do BSC é a criação de mapas estratégicos que representam visualmente as relações de causa e efeito entre os objetivos estratégicos, nas perspectivas estratégicas, demonstrando como as organizações criam valor. Comentou‑se sobre a Análise Swot como mais uma importante ferramenta a ser utilizada no planejamento estratégico empresarial. Essa ferramenta consiste na análise dos ambientes internos e externos às corporações, visando descobrir as forças, as fraquezas, as oportunidades e as ameaças. A ideia da Análise Swot é permitir a empresa trabalhar a maximização dos pontos fortes, ou seja, das competências que a corporação possui, nos mais diversos níveis hierárquicos, além de os recursos humanos, tecnológicos e organizacionais, que podem agregar valor. Na análise dos pontos fracos, tenta‑se descobrir o que dentro da dimensão interna da empresa diminui as vantagens competitivas do negócio, para tentar minimiza‑los. Analisando o ambiente externo, que utiliza fatores exógenos, as oportunidades são situações, tendências, fenômenos ou fatores positivos que influenciam o negócio. As ameaças remetem também aos fatores negativos externos (exógenos) aos negócios, que geram desafios indesejáveis para as empresas. Essas ameaças podem tolher o crescimento da empresa dentro do mercado e podem ser classificadas como naturais, aceitáveis e inaceitáveis. Para que seja feito um uso eficaz da Análise Swot, num planejamento estratégico, é necessário trabalhar uma integração entre os fatores internos (forças e fraquezas) e fatores externos (ameaças e oportunidades) para criar estratégias de alavancagem, de enfrentamento, de melhoria, assim como descobrir vulnerabilidades e limitações. 30 Re vi sã o: M ar ci lia - D ia gr am aç ão : M ár ci o - 05 /0 5/ 20 17 Unidade II Ainda nesta unidade, foram mencionadas outras ferramentas importantes como o Diagrama de Foco Estratégico, a Matriz de Relacionamento, a Matriz BCG, a Matriz GE e o Modelo das Cinco Forças de Porter. O Diagrama de Foco Estratégico resume o nível de foco em cada estratégia, seja a baseada no atendimento aos clientes, seja na eficiência operacional, seja na qualidade do produto ou serviço. A Matriz de Relacionamento ajuda a estabelecer boa análise do relacionamento entre a empresa e seus parceiros, para conhecer eventuais desequilíbrios, descobrir o grau de importância das parcerias na visão de ambos os lados e saber se elas se enquadram em parcerias de oportunidades, conveniência ou risco. A Matriz BCG, conhecida também como matriz crescimento versus participação, considera as dimensões crescimento de mercado e participação relativa de mercado, permitindo uma comparação de percentuais de participação de produtos e negócios corporativos. A Matriz Grupos Estratégicos (GE) também conhecidacomo Matriz McKinsey é uma ferramenta que tem o objetivo de avaliar a atratividade e a competitividade de um mercado.
Compartilhar