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Óptica geométrica Universidade Estadual de Maringá Profª. Drª. Ylla G. S. Alves Contato: ygsalves2@uem.br Óptica geométrica Chamamos de objeto qualquer coisa da qual emanem raios de luz. Figura 1: Imagem ilustrativa de um espelho plano. Óptica geométrica Espelhos planos Óptica geométrica Regras de sinais (I) Regra de sinal para a distância do objeto: Quando o objeto está do mesmo lado da luz incide sobre a superfície refletora ou refratora, a distancia do objeto s é positiva, caso contrário, será negativa; (II) Regra de sinal para a distância da imagem: Quando o imagem está do mesmo lado da luz que emerge da superfície refletora ou refratora, a distancia do imagem s’ é positiva, caso contrário, será negativa; (III) Regra de sinal para raio de curvatura de uma superfície esférica: Quando o centro de curvatura C encontra-se do mesmo lado da luz que emerge da superfície refletora ou refratora, o raio de curvatura é positiva, caso contrário, será negativa; Óptica geométrica Espelhos planos ▪ Para um espelho plano, y= y', de modo que a ampliação transversal m é igual a 1. ▪ Quando você olha para um espelho plano, sua imagem no espelho possui o mesmo tamanho do seu corpo real. Óptica geométrica Espelhos planos ▪ A seta que representa a imagem aponta na mesma direção e no mesmo sentido da seta que representa o objeto; dizemos que a imagem está em pé ou então que se trata de uma imagem direita. ▪ Nesse caso, y e y' possuem o mesmo sinal e a ampliação transversal m é positiva. A imagem formada por um espelho plano é sempre direita. Espelhos esféricos Figura 2: Imagens ilustrativas do uso de espelhos esféricos em diversas aplicações do nosso cotidiano. Calota esférica Superfície plana Espelhos esféricos Espelho esférico côncavo Raio de luz Espelho esférico convexo Raio de luz Espelho côncavo Espelho convexo Representação simbólica Espelho esférico côncavo Processo de formação de imagem VC Vértice Centro de curvatura Eixo ótico R > 0 Foco f Figura 3: Processo de formação de imagem em um espelho côncavo considerando um caso particular de um objeto pontual localizado no ponto P. Espelho esférico côncavo Processo de formação de imagem Usando o teorema da geometria plana: “ O ângulo externo de um triângulo é igual a soma dos dois ângulos internos opostos” Aplicando esse teorema aos triângulos PBC e P’BC temos: Φ = α + θ e β = Φ + θ Isolando o θ em ambas as relações, temos: α + β = 2Φ (1) Conhecendo a altura h e a distancia δ entre o V a linha vertical, podemos determinar a distância da imagem (s’) por meio da determinação da tangente dos ângulos α, β e Φ: Espelho esférico côncavo tan α = 𝒉 𝒔 − δ tan β = 𝒉 𝒔′ − δ tan Φ = 𝒉 𝑹 −δ (2)𝑠𝑒𝑛 α = 𝐶𝑂 H tan α = senα cos α Cos α = 𝐶𝐴 H tan α = 𝐶𝑂 𝐶𝐴 Espelho esférico côncavo ▪ Se considerarmos que α<< 1 rad, consequentemente, os demais ângulos β e Φ também serão. ▪ A tangente de uma ângulo muito menor que 1 rad é aproximadamente igual ao próprio ângulo, ou seja, α = 𝒉 𝒔 β = 𝒉 𝒔′ Φ = 𝒉 𝑹 (3) Substituindo as relações definidas em (3) e expressão (1), temos: ℎ 𝑠 + ℎ 𝑠′ = 2 ℎ 𝑅 α + β = 2Φ (1) 𝟏 𝒔 + 𝟏 𝒔′ = 𝟐 𝑹 (4) Relação imagem-objeto, espelho côncavo Espelho esférico côncavo Se considerarmos que s = ∞, ou seja que objeto pontual seja posicionado muito longe do espelho, a equação 4 ficará: 𝟏 ∞ + 𝟏 𝒔′ = 𝟐 𝑹 s’ = 𝑹 𝟐 f = 𝑹 𝟐 ou seja, V Figura 4: Foco e distancia focal de um espelho côncavo. Se a imagem é formada no foco, temos que s’ = ∞ V 𝟏 𝒔 + 𝟏 𝒔′ = 𝟏 𝒇 (5) (Relação objeto-imagem, espelho côncavo) Figura 5: Construção para determinar a posição, orientação e altura da imagem formada por um espelho côncavo. Espelho esférico côncavo Considerando um objeto extenso de altura y, temos: m = 𝒚′ 𝒚 Ampliação transversal Para um espelho plano, y = y’= 1. 𝒚 𝒔 = − 𝒚′ 𝒔′ Para um espelho côncavo m = 𝒚′ 𝒚 = − 𝒔′ 𝒔 (5) Espelho esférico convexo Processo de formação de imagem 𝟏 𝒔 + 𝟏 𝒔′ = 𝟏 𝒇 (5) Relação objeto-imagem, espelhos convexos. Figura 6: Construção para determinar a posição, orientação e altura da imagem formada por um espelho convexo. F Foco virtual Ampliação transversal Espelhos esféricos Método gráfico para formação de imagens 1 O raio paralelo ao eixo se reflete passando pelo foco. Figura 6: Método gráfico para localizar a posição da imagem formada por um espelho esférico côncavo. 2 O raio passando pelo foco se reflete paralelamente ao eixo. 3 O raio passando pelo centro de curvatura intercepta a superfície perpendicularmente e se reflete voltando pelo caminho original 4 O raio que incide sobre o vértice se reflete simetricamente em relação ao eiró óptico Espelhos esféricos Método gráfico para formação de imagens 1 O raio refletido parece vir do foco. Figura 7: Método gráfico para localizar a posição da imagem formada por um espelho esférico convexo. 2 O raio que incide sobre o foco se reflete paralelamente ao eixo.4 Os raios que incidem sobre o vértice se refletem simetricamente em torno do eixo óptico. 3 O raio passando pelo centro de curvatura intercepta a superfície perpendicularmente e se reflete voltando pelo caminho original Posição da imagem virtual Espelhos esféricos Método gráfico para formação de imagens (Raios principais) 1 Um raio paralelo ao eixo, passa pelo foco F de um espelho côncavo, ou parece vir do foco de um espelho convexo. 2 Um raio que passa pelo foco F (ou provém do foco), é refletido paralelamente ao eixo óptico. 3 Um raio que passa no centro de curvatura C (ou cujo o seu prolongamento atinge o centro de curvatura) intercepta a superfície perpendicularmente e é refletido de volta em sua direção inicial. 4 Um raio que passa pelo vértice V é refletido formando ângulos iguais com o eixo óptico. Problemas Exemplo 01: (Espelho côncavo com diferentes distancias do objeto). Um espelho côncavo possui raio de curvatura com valor absoluto igual a 20cm. Determine graficamente a imagem de um objeto em forma de seta perpendicular ao eixo do espelho para as seguintes distâncias do objeto: (a) 30cm; (b) 20cm; (c) 10cm e (d) 5cm. Confira a construção calculando o tamanho e a ampliação de cada imagem. Problemas Problemas Problemas