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trabalho de filosofia

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Biografia Zygmunt Bauman e o percurso formativo 
O filósofo e sociólogo polonês Bauman cresceu em uma família de judeus poloneses não 
praticantes. Teve que mudar para União Soviética ainda muito novo, em razão da invasão da 
Polônia por alemães durante o nazismo. 
Antes de começar a carreira acadêmica, o sociólogo serviu ao Exército Polonês, controlado 
pelos soviéticos. Chegou a lutar ao longo da Segunda Guerra Mundial, atuando como instrutor 
político. 
Inclusive, foi em um acampamento de refugiados onde conheceu a esposa Janine Bauman, 
com quem ficou até a morte. Com ela, teve três filhas. 
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, Zygmunt voltou para Varsóvia. Conciliou sua carreira 
militar com os estudos universitários e com a militância no Partido Comunista. Estudou 
Sociologia na Academia de Política e Ciências Sociais de Varsóvia. 
Aos 19 anos, entrou para o Partido Comunista e sofreu pressões do serviço de inteligência ao 
voltar para a sua terra natal. Acabou sendo perseguido e foi expulso do PC. O escritor, antes 
defensor das ideias marxistas, se afasta das correntes mais ortodoxas. Em 1954 concluiu o 
mestrado e tornou-se professor assistente de Sociologia na mesma Universidade. 
Suas obras eram censuradas e a situação chegou ao limite, em 1968, quando ele foi obrigado a 
imigrar para Israel. A saída foi marcada pela renúncia da nacionalidade polonesa. 
Neste mesmo ano, lecionou na Universidade de Tel Aviv, mas também enfrenta problemas em 
razão dos seus pontos de vista, como contra o sionismo. 
Em entrevistas, Bauman chegou a acusar determinados grupos de judeus a utilizar o 
Holocausto como um meio de explicação para atos criminosos. 
Ao se transferir para Inglaterra, o escritor encontra o ambiente ideal para a produção 
filosófica, onde desenvolve seus principais conceitos, como o da “modernidade líquida”, 
enquanto lecionava na Universidade de Leeds. Foi o local onde Bauman trabalhou até o fim de 
sua vida, ele viveu até os 91 anos, falecendo no dia 9 de janeiro de 2017. 
 
Zygmunt Bauman: Obras 
Zygmunt Bauman escreveu mais de 50 livros. Desses, 35 foram lançados no Brasil. 
Modernidade e Holocausto: Foi vencedor do prêmio Amalfi, no livro Bauman apresenta uma 
visão do holocausto diferente da que estamos acostumados a ler, ele nos mostra que o 
holocausto foi um evento singular quanto a sua dimensão de violência, mas não foi singular 
quando se tenta explicar o holocausto apenas como resultado do antissemitismo alemão, 
como muitos interpretam afirmando que havia um excessivo ódio dos alemães ao povo judeu. 
Na opinião de Bauman o holocausto não foi um acidente na história ou que não estamos livres 
de que aconteça novamente. 
Este é um ótimo livro. Mas trata-se de uma leitura densa assim como todo livro de Bauman 
exigindo um conhecimento prévio de certos conceitos. 
 
Em Modernidade líquida: Bauman traz a ideia de liquidez das relações sociais do mundo 
globalizado e individualizado. O autor divide o livro em duas: a modernidade clássica ou sólida 
e a modernidade líquida. 
A modernidade sólida: Tinha como característica derreter as estruturas sólidas, isto quer dizer 
que as estruturas políticas, sociais e econômicas, bem como as relações sociais sólidas vindas 
da sociedade tradicional foram dissolvidas. 
Contudo, na modernidade sólida a única preocupação não era apenas a de derreter essas 
estruturas, mas também de criar novos sólidos fundamentados na razão. 
Tendo como características principais da modernidade sólida a organização das atividades e 
das instituições humanas, juntamente com a linha burocrática. 
Modernidade líquida: Esse momento vem da associação com o líquido, que não tem uma 
forma definida, pois sua configuração permanece em contínua transformação, além de ser 
instável, passageira, efêmera e apresentar grande mobilidade. 
O mesmo acontece com as relações sociais e as estruturas na modernidade líquida. É 
exatamente esse momento em que outros filósofos alegaram que estaríamos vivendo na pós-
modernidade. 
Termo em que o Bauman aderiu por algum tempo, mas percebeu que a definição de pós-
modernidade não estava compreendendo a nova organização da sociedade. 
A obra dedica-se a análise dessa liquidez que permeia cinco tópicos básicos: a emancipação, a 
individualidade, o tempo e espaço, o trabalho e a comunidade.

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