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O texto traz duas explicações que corroboram para esta análise que rejeita a tese do fracasso 
da AOD. A primeira explicação é que as linhas de ação das AOD e as agendas de CID dos 
principais doadores não são dirigidas os estes temas, que podem ser medidos pelos objetivos 
1,2,3,4,5 e 7, mas são dirigidos a ações de combate ao narcotráfico, e que inclusive houve uma 
leve melhora nesta temática. Novamente, se a promoção de direitos econômicos, sociais, 
culturais e de terceira geração não são objetivo de AOD, não se pode falar que houve fracasso. 
A segunda explicação trata da forma inadequada com que os recursos de CID são aplicados, 
pois o desenho dos programas e projetos não seguem os princípios definidos pela “Declaração 
de Paris de 2005 sobre a eficácia e a ajuda ao desenvolvimento”, especialmente no que diz 
respeito à coordenação e associação para o desenvolvimento, coerência e corresponsabilidade. 
A ação individual dos diversos atores, contrária ao que propõe a Declaração de Paris, fraciona 
os recursos, atomiza dos resultados e não permite a consolidação e sustentabilidade de 
resultados concretos na região em que se atua. Neste caso, para se determinar o fracasso da 
AOD na promoção de direitos econômicos, sociais, culturais e de terceira geração, seria 
necessário que os recursos tivessem sido aplicados seguindo as diretrizes da Declaração de 
Paris. 
Diante dos dois fatos destacados pelo texto, é importante analisar se realmente é possível 
concluir que houve um fracasso da AOD (Ajuda Oficial ao Desenvolvimento) na promoção de 
direitos econômicos, sociais, culturais e de terceira geração na região em questão. 
Primeiramente, é preciso considerar que a AOD tem como objetivo específico melhorar os ODM 
(Objetivos de Desenvolvimento do Milênio) 1, 2, 3, 4, 5 e 7, ou que a AOD contribuiu diretamente 
para o não avanço destes indicadores. No entanto, o texto não apresenta elementos lógicos que 
permitam chegar a essa conclusão. 
Além disso, o texto oferece duas explicações que reforçam a análise contrária à tese do fracasso 
da AOD: 
1. As linhas de ação das AOD e as agendas de CID (Cooperação Internacional para o 
Desenvolvimento) dos principais doadores não estão voltadas para os temas abordados pelos 
objetivos 1, 2, 3, 4, 5 e 7, mas sim para ações de combate ao narcotráfico. Há inclusive uma 
melhora nesse aspecto. Dessa forma, se a promoção de direitos econômicos, sociais, culturais 
e de terceira geração não é o objetivo da AOD, não se pode afirmar que houve fracasso. 
2. A aplicação inadequada dos recursos de CID é outro fator a ser considerado. Os programas e 
projetos não seguem os princípios estabelecidos pela "Declaração de Paris de 2005 sobre a 
eficácia e a ajuda ao desenvolvimento", especialmente no que se refere à coordenação, 
associação para o desenvolvimento, coerência e corresponsabilidade. A atuação individual dos 
diversos atores, em contraposição ao que propõe a Declaração de Paris, fragmenta os recursos, 
atomiza os resultados e impede a consolidação e sustentabilidade de resultados concretos na 
região. Portanto, para determinar o fracasso da AOD na promoção de direitos econômicos, 
sociais, culturais e de terceira geração, seria necessário que os recursos tivessem sido aplicados 
seguindo as diretrizes da Declaração de Paris. 
Em suma, o texto não fornece elementos suficientes para concluir que a AOD fracassou na 
promoção de direitos econômicos, sociais, culturais e de terceira geração na região analisada. 
As explicações apresentadas reforçam a ideia de que a tese do fracasso da AOD não pode ser 
sustentada com base nos argumentos e informações apresentados. 
 
 
 
 
 
 
 
Ao analisar a premissa extraída do seu texto, é fundamental considerar as diferentes teorias 
sobre desenvolvimento, bem como os conceitos de crescimento econômico e desenvolvimento 
humano. A premissa afirma que o estancamento dos objetivos 1, 2, 3, 4, 5 e 7 evidencia o 
fracasso da AOD na promoção de direitos econômicos, sociais, culturais e de terceira geração. 
Crescimento econômico refere-se ao aumento da capacidade produtiva de uma economia, 
medido geralmente pelo Produto Interno Bruto (PIB). Desenvolvimento humano, por outro lado, 
é um conceito mais amplo, que engloba não apenas a dimensão econômica, mas também 
aspectos sociais, culturais e políticos que afetam a qualidade de vida das pessoas. 
A AOD visa apoiar o desenvolvimento dos países em desenvolvimento, fornecendo recursos 
financeiros e técnicos para a implementação de projetos e políticas que promovam o crescimento 
econômico e o desenvolvimento humano. Os objetivos mencionados são parte dos Objetivos de 
Desenvolvimento do Milênio (ODM), que foram estabelecidos pela ONU como metas globais a 
serem alcançadas até 2015. 
Concordo que o retrocesso nos objetivos mencionados representa um problema significativo, 
pois demonstra que as metas globais de desenvolvimento não estão sendo alcançadas. No 
entanto, é importante ressaltar que o fracasso em cumprir esses objetivos não pode ser atribuído 
exclusivamente à AOD, já que outros fatores, como as políticas nacionais dos países em 
desenvolvimento, a distribuição desigual de recursos e as prioridades dos doadores, também 
influenciam o progresso em direção a essas metas. 
Além disso, é essencial reconhecer que o desenvolvimento é um processo complexo e 
multifacetado, que envolve uma variedade de atores e fatores. Portanto, é difícil atribuir o 
sucesso ou fracasso de um único programa ou política, como a AOD, ao avanço ou retrocesso 
do desenvolvimento como um todo. 
Em suma, embora o retrocesso nos objetivos 1, 2, 3, 4, 5 e 7 represente um problema 
preocupante e evidencie a necessidade de repensar e ajustar as estratégias e abordagens de 
desenvolvimento, atribuir o fracasso da AOD como a única causa desse estancamento seria 
simplificar excessivamente uma questão complexa. Para promover um desenvolvimento mais 
inclusivo e sustentável, é crucial que todos os atores envolvidos, incluindo governos, doadores, 
organizações internacionais e sociedade civil, trabalhem em conjunto e adotem abordagens mais 
eficazes e adaptadas às realidades locais.

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