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LIVRO DE VIROLOGIA

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Texto abrangente, didático e amplamente ilustrado facilita a, que
compreensão da anatomia dos animais domésticos.
Novas ilustrações somam-se às mais de 1.000 ilustrações da edição anterior.
Ampliação do capítulo Anatomia topográfica e aplicações clínicas.
Um novo capítulo sobre Anatomia seccional e processos de imagem aborda
tópicos sobre plastinação, radiologia, medicina nuclear, tomografia
computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia e endoscopia.
Anatomia dos animais domésticos: texto e atlas colorido mantém, nesta edição, o objetivo
que fez deste livro um : ser uma combinação de livro-texto e atlas coloridobest-seller
útil tanto para estudantes como para profissionais da área. Para isso, reúne
informações sobre os aspectos funcionais e estruturais relacionados ao aparelho
locomotor e aos diferentes órgãos e sistemas dos animais domésticos, abrangendo
fisiologia, histologia, embriologia, anatomia microscópica e anatomia topográfica
para aplicação na prática clínica.
Maileide
Nota
sistema nervoso 495
Maileide
Nota
sistema linfatico 481 e 38
Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094
K82a König, Horst Erich.
 Anatomia dos animais domésticos : texto e atlas colorido
 [recurso eletrônico] / Horst Erich König, Hans-Georg Liebich ; 
 tradução: Régis Pizzato ; revisão técnica: Luciana Silveira
 Flôres Schoenau, Marleyne José Afonso Accioly Lins Amorim.
 – 6. ed. – Porto Alegre : Artmed, 2016.
 Editado como livro impresso em 2016.
 ISBN 978-85-8271-300-6
 1. Veterinária. 2. Anatomia animal. I. Liebich, Hans-Georg. 
 II. Título. 
CDU 636.09
Tradução:
Régis Pizzato
Revisão técnica:
Luciana Silveira Flôres Schoenau
Professora associada IV de Anatomia Animal e chefe do Departamento de Morfologia
do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).
Mestre em Medicina Veterinária: Cirurgia pela UFSM.
Doutora em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela Universidade de São Paulo (USP).
Marleyne José Afonso Accioly Lins Amorim
Professora associada IV e supervisora da área de Anatomia do Departamento de Morfologia
e Fisiologia Animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
Presidente da Comissão de Ética no uso de animais de experimentação da UFRPE.
Especialista em Neuropsicologia pela Faculdade de Ciências Humanas – ESUDA –
e em Morfologia Humana pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Mestre em Zootecnia: Produção Animal pela UFRPE.
Doutora em Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres pela USP.
2016
Versão impressa
desta obra: 2016
Horst Erich König
Em. O. Univ. Prof. Dr. med. vet. Dr. habil. DDr. h.c.
Institut für Anatomie, Histologie und Embryologie
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, 1210 Wien, Austria
Hans-Georg Liebich
Univ.-Prof. Dr. med. vet. Dr. h.c. mult.
Tierärztliche Fakultät
Ludwig-Maximilians-Universität München
Veterinärstraβe 13, 80539 München, Germany
Reservados todos os direitos de publicação, em língua portuguesa, à
ARTMED EDITORA LTDA., uma empresa do GRUPO A EDUCAÇÃO S.A.
Av. Jerônimo de Ornelas, 670 – Santana
90040-340 Porto Alegre RS
Fone: (51) 3027-7000 Fax: (51) 3027-7070
Unidade São Paulo
Rua Doutor Cesário Mota Jr., 63 – Vila Buarque
01221-020 São Paulo SP
Fone: (11) 3221-9033
SAC 0800 703-3444 – www.grupoa.com.br
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer
formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web
e outros), sem permissão expressa da Editora.
IMPRESSO NO BRASIL
PRINTED IN BRAZIL
Obra originalmente publicada sob o título Veterinary anatomy of domestic mammals, 6th Edition.
ISBN 9783794528332
Authorized translation of the 6th edition
König H.E., Liebich H.-G., Veterinary Anatomy of Domestic Mammals
Copyright ©2014 by Schattauer GmbH, Stuttgart/Germany.
Gerente editorial: Letícia Bispo de Lima
Colaboraram nesta edição:
Editora: Mirian Raquel Fachinetto Cunha
Capa: Márcio Monticelli
Preparação de originais e leitura final: Heloísa Stefan
Editoração: Techbooks
Autores
a.o. Univ. Prof. Dr. Alexander Probst
Institut für Anatomie, Histologie und Embryologie
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
a.o. Univ. Prof. Dr. Christian Peham
Arbeitsgruppe für Bewegungsforschung
Klinik für Pferde
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
Univ. Prof. Dr. Christine Aurich
Besamungs- und Embryotransferstation
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
Univ.-Prof. Dr. Christoph Mülling
Veterinär-Anatomisches Institut
Veterinärmedizinische Fakultät
Universität Leipzig
An den Tierkliniken 43, D-04103 Leipzig
Dr. Eberhard Ludewig, Dipl. ECVDI
Klinik für Kleintiere
Veterinärmedizinische Fakultät
Universität Leipzig
An den Tierkliniken 23, D-04103 Leipzig
a.o. Univ. Prof. Dr. Gerald Weissengruber
Institut für Anatomie, Histologie und Embryologie
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
a.o. Univ. Prof. Dr. Gerhard Forstenpointner
Institut für Anatomie, Histologie und Embryologie
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
Univ.-Prof. Dr. Gerhard Oechtering
Klinik für Kleintiere
Veterinärmedizinische Fakultät Universität Leipzig
An den Tierkliniken 23, D-04103 Leipzig
Univ.-Prof. Dr. Dr. h.c. mult. Hans-Georg Liebich
Tierärztliche Fakultät
Ludwig-Maximilians-Universität München
Veterinärstraße 13, D-80539 München
Associate Prof. Dr. Hermann Bragulla
Department of Biological Sciences
202 Life Science Building
Louisiana State University
Baton Rouge, LA 70803-1715, USA
Em. O. Univ. Prof. Dr. Dr. habil. DDr. h.c. Horst Erich König
Institut für Anatomie, Histologie und Embryologie
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
Prof. MVDr. Ivan Misek, Ph.D.
Institut für Tierphysiologie und Genetik
Tschechische Akademie für Wissenschaften, v. v. i.
Veve í 97, CZ-60200 Brno 2
Univ.-Prof. Dr. Jesus Ruberte
Departamento de Patologia y Producciones Animales
Facultad de Veterinaria
Universidad Autonoma de Barcelona
E-08193 Bellaterra, Barcelona
Priv.-Doz. Dr. Johann Maierl
Lehrstuhl für Anatomie, Histologie und Embryologie
Ludwig-Maximilians-Universität München
Veterinärstraße 13, D-80539 München
vi Autores
Univ.-Prof. Dr. Johanna Plendl
Institut für Veterinär-Anatomie
Fachbereich Veterinärmedizin
Freie Universität Berlin
Koserstraße 20, D-14195 Berlin
Univ.-Prof. Dr. Johannes Seeger
Veterinär-Anatomisches Institut
Veterinärmedizinische Fakultät
Universität Leipzig
An den Tierkliniken 43, D-04103 Leipzig
Prof. Dr. Klaus-Dieter Budras
Institut für Veterinär-Anatomie
Fachbereich Veterinärmedizin
Freie Universität Berlin
Koserstraße 20, D-14195 Berlin
a.o. Univ.-Prof. Dr. Mircea-Constantin Sora
Zentrum für Anatomie und Zellbiologie
Medizinische Universität Wien
Währinger Straße 13, A-1019 Wien
Ass. Prof. Dr. Peter Paulsen
Institut für Fleischhygiene
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
Univ.-Prof. Dr. Dr. h.c. Péter Sótonyi
Department of Anatomy and Histology
Faculty of Veterinary Science
Szent István University
István u. 2, H-1078 Budapest
Univ.-Prof. Dr. Reinhard Fries, Dipl. ECVPH
Institut für Fleischhygiene und -technologie
Fachbereich Veterinärmedizin
Freie Universität Berlin
Brümmerstraße 10, D-14195 Berlin
Univ.-Prof. Dr. René van den Hoven, Dipl. ECVPT, Dipl. ECEIM
Abteilung für Interne Medizin Pferde
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
a.o. Univ. Prof. Dr. Sibylle Kneissl
Bildgebende Diagnostik
Veterinärmedizinische Universität Wien
Veterinärplatz 1, A-1210 Wien
Priv.-Doz. Dr. Sven Reese
Lehrstuhl für Anatomie, Histologie und Embryologie
Ludwig-Maximilians-Universität München
Veterinärstraße 13, D-80539 München
Prof. adj. Dr. William Pérez
Encargado del Área de Anatomía Facultad de Veterinaria
Universidad de la República
Lasplaces 1620, PC 11600, Montevideo, Uruguay
A última edição de Anatomia
Veterinária dos Animais Domésti-
cos foi recebida com entusiasmo pelos estudantes – fato que se 
refletiu no imenso feedback que recebemos. Ficamos extrema-
mente satisfeitos com essa resposta muito positiva, cujo reflexo 
foi a necessidade de uma nova edição em apenas 4 anos. Nela, os 
Capítulos 1 a 18, sistemáticos e voltados para anatomia, foram 
revisados e ampliados com base em descobertas mais recentes. 
Agradecemos a nossos colegas, os professores Péter Sótonyi 
(Budapeste), Jesus Ruberte (Barcelona), Christoph Mülling e 
Johannes Seeger (ambos de Leipzig), Peter Paulsen e Christian 
Peham (ambos de Viena), Reinhard Fries e Johanna Plendl (am-
bos de Berlim), Ivan Misek (Brno) e William Pérez (Montevi-
déu), por suas revisões.
Já no início da graduação, os estudantes de medicina 
veterinária desejam saber o que devem aprender nessa vasta e 
desafiadora área do conhecimento anatômico. Por esse motivo, 
elaboramos o Capítulo 19, Anatomia topográfica e aplicações 
clínicas, agregando a ele, nesta edição, o assunto Exame retal. 
Agradecemos a Profa. Christine Aurich (Viena) por sua valiosa 
contribuição para este capítulo.
Nesta 6ª edição acrescentamos o Capítulo 20, Anatomia 
seccional e processos de imagem. Nele, as bases propedêuticas 
são discutidas com relação a diversas condições anatômicas – 
desde anatomia seccional até técnicas modernas de geração de 
imagens, as quais são usadas, atualmente, de forma rotineira 
na prática clínica da medicina veterinária. Nossos colegas, os 
professores Eberhard Ludewig, Christoph Mülling e Gerhard 
Oechtering (todos de Leipzig), Sibylle Kneissl, René van den 
Hoven, Alexander Probst e Mircea-Constantin Sora (todos de 
Viena), realizaram importantes contribuições, pelas quais ex-
pressamos nosso profundo agradecimento.
Como nas edições anteriores, agradecemos nossa ilustra-
dora, Dra. Eva Polsterer (Viena), que, ao produzir várias novas 
ilustrações anatômicas, contribuiu de modo valioso, cientifica-
mente relevante e artisticamente formidável. Não menos im-
portante, transmitimos um agradecimento especial à Christel 
Schura (Munique) pela edição e perfeita colorização das ilustra-
ções. Recebemos, também, importante material gráfico da Profa. 
Ass. Katharina Hittmair (Vienna) e do Dr. Sergio Donoso (Chi-
le), a quem expressamos nosso profundo agradecimento. Agra-
decemos, ainda, ao Dr. Rudolf Macher (Viena) pela preparação 
magistral dos espécimes anatômicos.
Finalmente, nosso agradecimento especial para Christa 
Gnädig, Dra. Sandra Schmidt e Eva Wallstein (BSc. Biol.), que, 
mais uma vez, com grande dedicação supervisionaram a publi-
cação e implementaram importantes melhorias nesta 6ª edição 
em nome da Schattauer. Mais agradecimentos destinam-se à 
Dra. Elinor Switzer por sua perícia na tradução das contribui-
ções em alemão. Agradecemos ao nosso editor, Dieter Berge-
mann, por seu apoio generoso e considerável assistência durante 
o desenvolvimento deste novo livro.
Horst Erich König
Hans-Georg Liebich
Prefácio
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Introdução e Anatomia Geral 1
H.-G. Liebich, G. Forstenpointner, W. Pérez e H. E. König
História da anatomia veterinária 1
Designações para posição e direção do 
corpo animal 6
Divisão do corpo animal em órgãos e em 
sistemas orgânicos 6
Aparelho locomotor (apparatus locomotorius) 8
Sistema esquelético (systema skeletale) 8
Osteologia (osteologia) 8
Construção do esqueleto 8
Formas de tecidos ósseos 9
Arquitetura óssea 10
Endósteo, periósteo 11
Regeneração óssea 12
Suprimento sanguíneo e nervoso dos ossos 12
Ossos como órgãos 13
Osteogênese 13
Ossificação 14
Tipos de tecidos ósseos 16
Funções ósseas 17
Artrologia (arthrologia) 17
Sinartroses 20
Uniões articulares verdadeiras 
(articulationes synoviales) 20
Sistema muscular (systema musculare) 23
Miologia (myologia) 23
Desenvolvimento, degeneração, regeneração 
e adaptação das fibras musculares 24
Arquitetura da musculatura esquelética 
e dos tendões 25
Forma dos músculos 27
Locomoção 27
Estruturas de apoio dos músculos 28
Funções da membrana sinovial 29
Anatomia geral de angiologia (angiologia) 29
Organização do sistema cardiovascular 32
Coração (cor) 33
Circulação pulmonar e circulação sistêmica 33
Circulação portal 34
Circulação periférica 34
Artérias colaterais, artérias terminais e 
rede admirável 34
Anastomoses, artérias de barreira e 
veias esfincterianas 34
Vasos (vasa) 34
Estrutura dos vasos sanguíneos (vasa sanguinea) 34
Artérias (arteriae) 35
Arteríolas 36
Capilares sanguíneos (vasa capillaria) 36
Vênulas 36
Veias (venae) 37
Sistema linfático (systema lymphaticum) 38
Órgãos linfáticos 38
Funções do sistema linfático 39
Arquitetura dos vasos linfáticos (vas limphaticum) 39
Anatomia geral do sistema nervoso 
(systema nervosum) 39
Funções do sistema nervoso 40
Arquitetura e estrutura do sistema nervoso 40
Tecido nervoso (textus nervosus) 40
Neurônios 41
Células da glia (gliócitos, neuróglias) 41
Sistema nervoso central 
(systema nervosum centrale, SNC) 41
Substância cinzenta (substantia grisea) 42
Substância branca (substantia alba) 43
Sistema nervoso periférico 
(systema nervosum periphericum, SNP) 43
Nervos (nervi, neurons) 43
Raízes motoras e sensoriais 43
Gânglios (ganglia) 44
Sistema nervoso somático (voluntário) 44
Sistema nervoso vegetativo (autônomo) 45
Transmissão de informações por meio dos nervos 45
Sinapses 45
Barreiras no sistema nervoso 47
Anatomia geral das vísceras 47
Mucosa visceral 47
Epitélio 47
Camada de tecido conectivo do epitélio 48
Camada muscular do epitélio 49
Tecido conectivo visceral 49
Motilidade visceral 49
Cavidades do corpo e seu revestimento seroso 50
Sumário
x Sumário
1 Esqueleto axial (Skeleton Axiale) 53
H.-G. Liebich e H. E. König
Crânio 53
Coluna vertebral 53
Tórax 54
Esqueleto da cabeça 54
Crânio, nerurocrânio (cranium, neurocranium) 54
Osso occipital (os occipitale) 55
Osso esfenoide (os sphenoidale) 58
Pré-esfenoide (os praesphenoidale) 58
Basisfenoide (os basisphenoidale) 59
Osso temporal (os temporale) 59
Osso frontal (os frontale) 61
Osso parietal (os parietale) 62
Osso interparietal (os interparietale) 63
Osso etmoide (os ethmoidale) 63
Crânio, porção facial 
(facies, viscerocranium) 64
Osso nasal (os nasale) 65
Osso lacrimal (os lacrimale) 65
Osso zigomático (os zygomaticum) 67
Maxila 67
Osso incisivo (os incisivum) 69
Osso palatino (os palatinum) 70
Vômer 71
Osso pterigoide (os pterygoideum) 71
Mandíbula (mandibula) 71
Osso hioide, aparelho hióideo 
(os hyoideum, apparatus hyoideus) 73
Seios paranasais (sinus paranasales) 74
O crânio como um todo 75
O crânio dos carnívoros 75
Osso hioide (os hyoideum) 80
Cavidades do crânio de carnívoros 80
Cavidade craniana (cavum cranii) 80
Cavidade nasal (cavum nasi) 81
Seios paranasais (sinus paranasales) 82
O crânio do equino 82
Osso hioide (os hyoideum) 87
Cavidades do crânio equino 88
Cavidade craniana (cavum cranii) 88
Cavidade nasal (cavum nasi) 88
Seios paranasais (sinus paranasales) 89
Coluna vertebral (columna vertebralis) 89
Vértebras cervicais
(vertebrae cervicales) 91
Vértebras torácicas (vertebrae thoracicae) 94
Vértebras lombares (vertebrae lumbales) 97
Vértebras sacrais (vertebrae sacrales) 100
Vértebras caudais ou coccígeas (vertebrae caudales) 105
Esqueleto torácico (skeleton thoracis) 105
Costelas (costae) 105
Esterno (sternum) 108
Uniões do crânio e tronco (suturae capitis, 
articulationes columnae vertebralis et thoracis) 108
Uniões do crânio (synchondroses cranii) 108
Uniões da coluna vertebral, do tórax e do crânio 
(articulationes columnae vertebralis, 
thoracis et cranii) 109
Articulações intervertebrais 
(articulationes columnae vertebralis) 111
Ligamentos da coluna vertebral 112
Articulações das costelas com a coluna vertebral 
(articulationes costovertebrales) 115
Articulações da parede torácica 
(articulationes thoracis) 115
A coluna vertebral como um todo 116
2 Fáscias e Músculos da Cabeça, 
do Pescoço e do Tronco 117
H.-G. Liebich, J. Maierl e H. E. König
Fáscias 117
Fáscias superficiais da cabeça, do pescoço 
e do tronco 117
Fáscias profundas da cabeça, do pescoço 
e do tronco 117
Músculos cutâneos (musculi cutanei) 118
Músculos cutâneos da cabeça 
(musculi cutanei capitis) 118
Músculos cutâneos do pescoço 
(musculi cutanei colli) 118
Músculos cutâneos do tronco 
(musculi cutanei trunci) 119
Músculos da cabeça (musculi capitis) 119
Músculos faciais (musculi faciales) 119
Músculos dos lábios e das bochechas 
(musculi labiorum et buccarum) 120
Músculos do nariz (musculi nasi) 123
Músculos extraorbitais das pálpebras (musculi 
extraorbitales) 124
Músculos da orelha externa (musculi auriculares) 124
Músculos mandibulares 125
Músculos da mastigação 125
Músculos superficiais do espaço mandibular 128
Músculos específicos da cabeça 129
Músculos do tronco (musculi trunci) 130
Músculos do pescoço (musculi colli) 131
Músculos dorsais (musculi dorsi) 135
Musculatura dorsal e cervical longa 136
Musculatura cervical e dorsal curta 140
Músculos da parede torácica (musculi thoracis) 141
Músculos respiratórios 141
Músculos da parede abdominal (musculi abdominis) 144
Bainha do músculo reto do abdome 
(vagina m. recti abdominis) 147
Canal inguinal (canalis inguinalis) 147
Músculos da cauda (musculi caudae) 148
Sumário xi
3 Membros Torácicos ou 
Anteriores (Membra Thoracica) 151
H.-G. Liebich, J. Maierl e H. E. König
Esqueleto do membro torácico 
(ossa membri thoracici) 151
Cintura escapular (cingulum membri thoracici) 151
Escápula (scapula) 151
Esqueleto do braço (brachium) 155
Esqueleto do antebraço (skeleton antebrachii) 158
Rádio 159
Ulna 161
Esqueleto da mão (skeleton manus) 162
Ossos carpais (ossa carpi) 162
Ossos metacarpais (ossa metacarpalia) 163
Ossos digitais da mão (ossa digitorum manus) 164
Esqueleto da mão (pata dianteira) dos carnívoros 164
Ossos carpais (ossa carpi) 164
Ossos metacarpais (ossa metacarpalia) 164
Ossos digitais da mão (ossa digitorum manus) 165
Esqueleto da mão do equino 166
Ossos carpais (ossa carpi) 166
Ossos metacarpais (ossa metacarpalia) 166
Ossos digitais da mão (ossa digitorum manus) 169
Articulações do membro torácico 
(articulationes membri thoracici) 170
Conexões do membro torácico com o tórax 170
Articulação do ombro ou umeral 
(articulatio humeri) 170
Articulação do cotovelo (articulatio cubiti) 173
Articulações do rádio com a ulna 
(articulatio radioulnaris proximalis et 
articulatio radioulnaris distalis) 174
Articulações da mão (articulationes manus) 175
Articulações do carpo (articulationes carpeae) 175
Articulações intermetacarpais (articulationes 
intermetacarpeae) 179
Articulações falângicas 179
Articulações falângicas dos carnívoros 180
Articulações metacarpofalângicas 180
Articulações interfalângicas proximais 180
Articulações interfalângicas distais 180
Ligamentos interdigitais 180
Articulações falângicas dos ruminantes 180
Articulações metacarpofalângicas 180
Articulações interfalângicas proximais 182
Articulações interfalângicas distais 183
Sustentação do 2º e do 5º dedos 
(dedos atrofiados) 184
Articulações falângicas do equino 184
Articulação metacarpofalângica 184
Articulação interfalângica proximal 186
Articulação interfalângica distal 187
Ligamentos das cartilagens da falange distal 190
Músculos do membro torácico 
(musculi membri thoracici) 190
Fáscias profundas do membro torácico 190
Cintura escapular ou musculatura extrínseca 
do membro torácico 190
Camada superficial da musculatura 
extrínseca do membro torácico 190
Camada profunda da musculatura 
extrínseca do membro torácico 193
Musculatura intrínseca do membro torácico 196
Músculos da articulação do ombro 196
Músculos laterais do ombro 197
Músculos mediais do ombro 199
Músculos da articulação do cotovelo 200
Músculos das articulações radioulnares 202
Músculos da articulação do carpo 203
Músculos dos dedos 205
Músculos curtos dos dedos 220
Músculos especiais dos dedos de carnívoros 222
4 Membros Pélvicos ou 
Posteriores (Membra Pelvina) 223
H.-G. Liebich, H. E. König e J. Maierl
Esqueleto do membro pélvico 
(ossa membri pelvini) 223
Cíngulo do membro pélvico 
(cingulum membri pelvini) 223
Ílio (os ilium) 223
Púbis (os pubis) 227
Ísquio (os ischii) 227
Acetábulo (acetabulum) 228
Pelve (pelvis) 229
Cavidade pélvica 231
Esqueleto femoral (skeleton femoris) 232
Patela (patella) 236
Esqueleto da perna (skeleton cruris) 237
Tíbia 238
Fíbula 239
Esqueleto do pé (skeleton pedis) 239
Ossos do tarso (ossa tarsi) 239
Tálus (os tarsi tibiali) 242
Calcâneo (os tarsi fibulare) 242
Ossos do metatarso e esqueleto dos dedos 
(ossa metatarsalia et ossa digiti pedis) 244
Articulações do membro pélvico 
(articulationes membri pelvini) 245
Articulação sacroilíaca (articulatio sacroiliaca) 245
Articulação coxofemoral (articulatio coxae) 246
Articulação do joelho (articulatio genus) 248
Articulação femorotibial 
(articulatio femorotibialis) 248
Articulação femoropatelar 
(articulatio femoropatellaris) 250
xii Sumário
Articulações tibiofibulares 254
Articulações do pé (articulationes pedis) 254
Articulação do tarso (articulatio tarsi) 254
Articulações metatarsais e falângicas 259
Músculos do membro pélvico 
(musculi membri pelvini) 259
Fáscias da pelve e do membro pélvico 259
Musculatura do cíngulo pélvico ou 
extrínseca do membro pélvico 259
Musculatura intrínseca do membro pélvico 264
Músculos externos do quadril 265
Músculos femorais caudais 267
Músculos femorais mediais 270
Músculos pélvicos internos 272
Músculos do joelho 276
Músculos da tíbia 278
Músculos craniolaterais da tíbia 279
Músculos caudais da tíbia 284
Músculo curtos dos dedos 288
5 Estática e Dinâmica 289
J. Maierl, G. Weissengruber, Chr. Peham 
e H. E. König
Construção do tronco 289
Membro torácico 289
Membro pélvico 292
Andaduras 293
6 Cavidades do Corpo 295
H. E. König, W. Pérez e H. -G. Liebich
Estabilidade posicional dos órgãos nas 
cavidades corporais 295
Cavidade torácica (cavum thoracis) 296
Mediastino (mediastinum) 297
Linfonodos do mediastino 299
Cavidade abdominal e cavidade pélvica 
(cavum abdominalis et pelvis) 299
Cavidade peritoneal (cavum peritonei) 301
Cavidade pélvica (cavum pelvis) 303
7 Sistema Digestório 
(Systema Digestorium) 307
H. E. König, P. Sótonyi, J. Ruberte e H.-G. Liebich
Boca e faringe 307
Cavidade oral (cavum oris) 307
Palato (palatum) 308
Língua (lingua, glossa) 309
Assoalho sublingual da cavidade oral 313
Glândulas salivares (glandulae salivariae) 314
Glândula salivar parótida (glandula parotis) 315
Glândula salivar mandibular 
(glandula mandibularis) 315
Glândulas salivares sublinguais 
(glandulae sublinguales) 316
Aparelho mastigatório 316
Dentes (dentes) 316
Estrutura dos dentes 316
Dentição do equino 319
Dentição do gato 323
Dentição do cão 323
Dentição do suíno 325
Dentição do bovino 325
Articulação temporomandibular 
(articulatio temporomandibularis) 327
Músculos da mastigação 327
Faringe (cavum pharyngis) 327
Deglutição 329
Estruturas linfáticas da faringe (tonsilas) 329
Músculos do aparelho hióideo 330
Músculos craniais do aparelho hióideo 330
Músculos caudais do aparelho hióideo 331
Parte cranial do canal alimentar 
(esôfago e estômago) 332
Esôfago 332
Estrutura do esôfago 332
Estômago (gaster, ventriculus) 333
Estômago unicavitário 333
Estrutura da parede do estômago 333
Variações do estômago unicavitário
específicas para cada espécie 335
Vascularização e inervação 338
Posição do estômago e omentos 339
Estômago puricavitário 341
Rúmen 344
Retículo 345
Omaso 346
Abomaso 347
Sulco gástrico (sulcus ventriculi) 347
Omentos 347
Vascularização 349
Inervação 350
Linfonodos 350
Intestino 350
Estrutura da parede intestinal 351
Inervação do intestino 352
Vascularização do intestino 352
Intestino delgado (intestinum tenue) 354
Duodeno (duodenum) 354
Jejuno (jejunum) 355
Íleo (ileum) 358
Intestino grosso (intestinum crassum) 359
Ceco (caecum) 359
Ceco do equino 359
Ceco do suíno e dos ruminantes 361
Colo (colon) 361
Sumário xiii
Colo do equino 362
Colo do suíno 363
Colo dos ruminantes 363
Reto 364
Canal anal e estruturas vizinhas 364
Glândulas associadas ao canal alimentar 364
Fígado (hepar) 364
Peso 365
Forma, topografia e variações entre espécies 365
Estrutura 368
Vascularização 369
Inervação 371
Linfáticos 371
Ligamentos 371
Ductos biliares 373
Vesícula biliar (vesica fellea) 374
Pâncreas (pancreas) 374
Sistema de ductos pancreáticos das 
diferentes espécies 376
8 Sistema Respiratório 
(Systema Respiratorium) 377
H. E. König e H.-G. Liebich
Funções do sistema respiratório 378
Trato respiratório superior 379
Nariz (rhin, nasus) 379
Ápice do nariz 379
Cartilagens nasais (cartilagines nasi) 382
Vestíbulo nasal (vestibulum nasi) 382
Cavidades nasais (cava nasi) 383
Conchas nasais (conchae nasales) 383
Meatos nasais (meatus nasi) 384
Seios paranasais (sinus paranasales) 384
Trato respiratório inferior 387
Laringe 387
Cartilagens da laringe (cartilagines laryngis) 387
Epiglote (epiglottis) 387
Cartilagem tireóidea (cartilago thyroidea) 388
Cartilagens aritenóideas 
(cartilagines arytenoideae) 388
Cartilagem cricóidea (cartilago cricoidea) 388
Cavidade laríngea (cavum laryngis) 388
Articulações e ligamentos da laringe 389
Músculos da laringe 389
Funções da laringe 390
Vascularização e inervação da laringe 390
Traqueia (trachea) 393
Pulmão (pulmo) 393
Estrutura dos pulmões 396
Árvore brônquica (arbor bronchialis) 396
Lobos pulmonares (lobi pulmonis) 397
Vasos sanguíneos 398
Linfonodos 398
Inervação 398
9 Sistema Urinário
(Systema Urinarium) 399
H. E. König, J. Maierl e H.-G. Liebich
Rim (nephros, ren) 399
Localização dos rins 401
Forma dos rins 401
Estrutura do rim 401
Unidades funcionais do rim 402
Vascularização 404
Linfáticos 406
Inervação 406
Pelve renal (pelvis renalis) 406
Ureter (ureter) 408
Vesícula ou bexiga urinária (vesica urinaria) 409
Uretra (urethra) 410
10 Órgãos Genitais Masculinos 
(Organa Genitalia Masculina) 413
H. E. König e H.-G. Liebich
Testículos (testis, orchis) 413
Estrutura do testículo 415
Epidídimo (epididymis) 416
Ducto deferente (ductus deferens) 416
Envoltórios do testículo 417
Processo vaginal (processus vaginalis) e 
cordão espermático (funiculus spermaticus) 418
Posição do escroto 419
Vascularização, drenagem linfática e 
inervação do testículo e seus envoltórios 419
Uretra (urethra) 421
Glândulas genitais acessórias 
(glandulae genitales accessoriae) 421
Glândula vesicular (glandula vesicularis) 421
Próstata (prostata) 423
Glândula bulbouretral (glandula bulbourethralis) 423
Pênis (penis) 424
Prepúcio (praeputium) 427
Músculos do pênis 428
Vascularização, drenagem linfática e 
inervação da uretra e do pênis 428
Ereção e ejaculação 428
xiv Sumário
11 Órgãos Genitais Femininos 
(Organa Genitalia Feminina) 429
H. E. König, J. Plendl e H.-G. Liebich
Ovário (ovarium) 429
Posição, forma e tamanho dos ovários 431
Estrutura dos ovários 431
Folículos ovarianos 432
Corpo lúteo 433
Tuba uterina (tuba uterina, salpinx) 439
Mesovário, mesossalpinge e bolsa ovariana 439
Útero (metra, hystera, uterus) 440
Estrutura da parede uterina 442
Vagina 444
Vestíbulo da vagina (vestibulum vaginae) 444
Vulva (vulva) 446
Ligamentos (adnexa) 447
Músculos 449
Vascularização, drenagem linfática e inervação 449
12 Órgãos do Sistema Circulatório
(Systema Cardiovasculare) 451
H. E. König, J. Ruberte e H.-G. Liebich
Coração (cor) 451
Pericárdio (pericardium) 452
Posição e tamanho do coração 453
Forma e topografia da superfície 
do coração 453
Compartimentos do coração 454
Átrios do coração (atria cordis) 454
Átrio direito (atrium dextrum) 454
Átrio esquerdo (atrium sinistrum) 455
Ventrículos do coração (ventriculi cordis) 455
Ventrículo direito (ventriculus dexter) 455
Ventrículo esquerdo (ventriculus sinister) 456
Estrutura da parede cardíaca 457
Vascularização do coração 460
Sistema condutor do coração 461
Inervação do coração 462
Linfáticos do coração 462
Funções do coração 462
Vasos (vasa) 463
Artérias da circulação pulmonar 463
Artérias da circulação sistêmica 463
Ramos craniais do arco da aorta 465
Tronco braquiocefálico 465
Aorta torácica e aorta abdominal 470
Artéria ilíaca externa 470
Artéria ilíaca interna 473
Veias (venae) 475
Veia cava cranial (vena cava cranialis) 
e seus afluentes 475
Veias da cabeça e do pescoço 475
Veia ázigo (vena azygos) 475
Veias do membro torácico 476
Veias do membro pélvico 477
Veia cava caudal (vena cava caudalis) 478
Veia porta (vena portae) 479
Artérias e veias do dedo 480
13 Sistema Imune e 
Sistema Linfático 
(Systema Immune e
Systema Lymphoideum) 481
H. E. König, R. Fries, P. Paulsen e H.-G. Liebich
Vasos linfáticos (vas lymphaticum) 481
Linfonodos (lymphonodi, nodi lymphatici) 482
Linfonodos da cabeça 483
Linfocentro parotídeo 484
Linfocentro mandibular 484
Linfocentro retrofaríngeo 484
Linfonodos do pescoço 484
Linfocentro cervical superficial 484
Linfocentro cervical profundo 484
Linfonodos do membro torácico 485
Linfocentro axilar 485
Linfonodos do tórax 485
Linfocentro torácico dorsal 485
Linfocentro torácico ventral 485
Linfocentro mediastinal 486
Linfocentro bronquial 486
Linfonodos do abdome 487
Linfocentro lombar 487
Linfocentro celíaco 487
Linfocentro mesentérico cranial 487
Linfocentro mesentérico caudal 488
Linfonodos da cavidade pélvica e do 
membro pélvico 488
Linfocentro iliossacral 488
Linfocentro iliofemoral 488
Linfocentro inguinofemoral 
(lymphocentrum inguinofemorale) 489
Linfocentro isquiático 
(lymphocentrum ischiadicum) 489
Linfocentro poplíteo (lymphocentrum popliteum) 489
Ductos coletores de linfa 489
Timo (thymus) 490
Baço (lien, splen) 494
Vascularização, drenagem linfática e 
inervação do baço 494
Função 494
Sumário xv
14 Sistema nervoso 
(Systema Nervosum) 495
H. E. König, I. Misek, Cher. Mülling,
J. Seeger e H.-G. Liebich
Sistema nervoso central 
(systema nervosum centrale) 495
Medula espinal (medulla spinalis) 496
Forma e posição 496
Estrutura 497
Substância cinzenta (substantia grisea) 497
Substância branca (substantia alba) 499
Arcos reflexos da medula espinal 500
Encéfalo (encephalon) 500
Rombencéfalo (rhombencephalon) 501
Mielencéfalo (myelencephalon) 501
Medula oblonga (bulbo) (medulla oblongata) 501
Metencéfalo (metencephalon) 502
Ponte (pons) 502
Cerebelo (cerebellum) 503
Véus medulares (vela medullaria) e
fossa romboide (fossa rhomboidea) 503
Mesencéfalo (mesencephalon) 504
Prosencéfalo (prosencephalon) 505
Diencéfalo (diencephalon) 505
Funções do diencéfalo 508
Telencéfalo (telencephalon) 508
Rinencéfalo (rhinencephalon) 509
Sistema límbico 509
Neopálio e hemisférios cerebrais 509
Organização interna dos hemisférios 510
Funções do telencéfalo 513
Vias do sistema nervoso central 514
Vias ascendentes 514
Vias aferentes somáticas gerais 514
Vias aferentes dos órgãos dos sentidos 515
Vias descendentes 517
Sistema piramidal 518
Sistema extrapiramidal 518
Sistema nervoso autônomo central 519
Vias viscerais 519
Meninges do sistema nervoso central 520
Dura-máter espinal (dura-máter spinalis) 521
Dura-máter encefálica (dura-mater encephali) 521
Membrana aracnoide (arachnoidea) 521
Pia-máter encefálica e espinal
(pia mater encephali et spinalis) 523
Ventrículos e líquido cerebrospinal 524
Vascularização do sistema nervoso central 525
Vasos sanguíneos da medula espinal 525
Vasos sanguíneos do encéfalo 526
Sistema nervoso periférico
(systema nervosum periphericum) 528
Nervos e gânglios cerebrospinais 528
Nervos cranianos (nervi craniales) 529
Nervo olfatório (I) (nervus olfactorius) 529
Nervo óptico (II) (fasciculus opticus) 529
Nervo oculomotor (III) (nervus oculomotorius) 529
Nervo troclear (IV) (nervus trochlearis) 531
Nervo trigêmeo (V) (nervus trigeminus) 531
Nervo oftálmico (V1) (nervus ophthalmicus) 531
Nervo maxilar (V2) (nervus maxillaris) 532
Nervo mandibular (V3) (nervus mandibularis) 533
Nervo abducente (VI) (nervus abducens) 535
Nervo facial (VII) (nervus facialis) 535
Nervo vestibulococlear (VIII) 
(nervus vestibulocochlearis) 537
Nervo glossofaríngeo (IX) 
(nervus glossopharyngeus) 537
Nervo vago (X) (nervus
vagus) 538
Nervo acessório (XI) (nervus accessorius) 542
Nervo hipoglosso (XII) (nervus hypoglossus) 542
Nervos espinais (nervi spinales) 542
Nervos cervicais (nervi cervicales) 542
Plexo braquial (plexus brachialis) e
nervos do membro torácico 542
Nervo supraescapular
(nervus suprascapularis) 545
Nervo musculocutâneo
(nervus musculocutaneus) 545
Nervo axilar (nervus axillaris) 546
Nervo radial (nervus radialis) 546
Nervo mediano (nervus medianus) 547
Nervo ulnar (nervus ulnaris) 547
Inervação do membro distal 547
Ramos ventrais dos nervos torácicos 550
Nervos lombares (nervi lumbales) 551
Nervo ilio-hipogástrico
(nervus iliohypogastricus) 554
Nervo ilioinguinal (nervus ilioinguinalis) 554
Nervo genitofemoral (nervus genitofemoralis) 554
Nervo cutâneo lateral do fêmur 
(nervus cutaneus femoris lateralis) 554
Nervo femoral (nervus femoralis) 555
Nervo obturatório (nervus obturatorius) 555
Nervos sacrais (nervi sacrales) 555
Plexo lombossacral (plexus lumbosacralis) 555
Nervo glúteo cranial
(nervus glutaeus cranialis) 555
Nervo glúteo caudal
(nervus glutaeus caudalis) 556
Nervo cutâneo caudal do fêmur 
(nervus cutaneus femoris caudalis) 556
Nervo pudendo (nervus pudendus) 556
Nervos retais caudais
(nervi rectales caudales) 560
Nervo isquiático (nervus ischiadicus) 560
Nervo fibular comum
(nervus fibularis communis) 560
Nervo tibial (nervus tibialis) 560
xvi Sumário
Sistema nervoso autônomo periférico
(systema nervosum autonomicum) 562
Estrutura do sistema nervoso autônomo 562
Sistema simpático 563
Tronco simpático (truncus sympathicus) 563
Sistema parassimpático 566
Sistema intramural 568
15 Glândulas Endócrinas
(Glandulae Endocrinae) 569
H. E. König e H.-G. Liebich
Hipófise (hypophysis ou glandula pituitaria) 569
Glândula pineal (glandula pinealis) 571
Glândula tireoide (glandula thyroidea) 571
Posição e forma da glândula tireoide 572
Vascularização, drenagem linfática e inervação 573
Glândulas paratireoides
(glandulae parathyroideae) 575
Variações características de cada espécie 575
Vascularização, drenagem linfática e inervação 575
Glândulas suprarrenais
(glandulae adrenales ou suprarenales) 575
Função 577
Vascularização, drenagem linfática e inervação 578
Paragânglios 578
Ilhotas pancreáticas (insulae pancreatici) 578
Gônadas como glândulas endócrinas 578
16 Olho (Oculus) 579
H.-G Liebich, P. Sótonyi e H. E. König
Bulbo do olho (bulbus oculi) 579
Forma e tamanho do bulbo do olho 579
Nomenclatura e planos do bulbo do olho 580
Estrutura do bulbo do olho 580
Túnica fibrosa do bulbo (tunica fibrosa bulbi) 581
Esclera 581
Córnea 581
Túnica vascular do bulbo
(tunica vasculosa ou media bulbi, uvea) 582
Corioide (choroidea, uvea) 583
Corpo ciliar (corpus ciliare) 584
Íris (iris) 585
Inervação da íris e do corpo ciliar 587
Túnica interna do bulbo 
(tunica interna bulbi, retina) 587
Estrato pigmentoso da retina 
(stratum pigmentosum retinae) 587
Estrato nervoso da retina 
(stratum nervosum retinae) 587
Área central redonda da retina 
(area centralis retinae) 589
Área central estriforme da retina
(area centralis striaeformis retinae) 589
Nutrição da retina 589
Nervo óptico (nervus opticus) 589
Estruturas internas do olho 589
Lente (lens) 589
Câmaras do bulbo (camerae bulbi) e
humor aquoso (humor aquosus) 590
Corpo vítreo (corpus vitreum) 591
Anexos do olho (organa oculi accessoria) 591
Órbita (orbita) 593
Fáscias e musculatura extrínseca do bulbo do olho 593
Pálpebras (palpebrae) 595
Aparelho lacrimal (apparatus lacrimalis) 596
Vascularização e inervação 599
Vasos sanguíneos do olho 599
Inervação do olho e anexos 600
Vias visuais e reflexos ópticos 600
17 Orelha (Auris) 601
H.-G. Liebich e H. E. König
Orelha externa (auris externa) 601
Pavilhão auricular (auricula) 602
Meato acústico externo (meatus acusticus externus) 603
Membrana timpânica (membrana tympani) 603
Orelha média (auris media) 604
Cavidade timpânica (cavum tympani) 604
Ossículos da audição (ossicula auditus) 604
Tuba auditiva (tuba auditiva, trompa de Eustáquio) 607
Orelha interna (auris interna) 610
Labirinto vestibular (pars statica labyrinthi) 611
Sáculo (sacculus) e utrículo (utriculus) 612
Canais semicirculares (ductus semicirculares) 612
Labirinto coclear (pars auditiva labyrinthi) 612
Ducto coclear (ductus cochlearis) 613
Órgão espiral (organum spirale) 614
18 Tegumento Comum 
(Integumentum Commune) 615
S. Reese, K.-D Budras, Chr. Mülling,
H. Bragulla e H. E. König
Tela subcutânea (subcutis, tela subcutanea) 616
Pele (cutis) 616
Derme (dermis, corium) 617
Epiderme (epidermis) 617
Sumário xvii
Vascularização da pele 619
Nervos e órgãos sensoriais da pele 620
Pelos (pili) 621
Tipos de pelos 621
Padrões de pelo 623
Troca de pelos 623
Glândulas da pele (glandulae cutis) 624
Glândulas especiais pele 624
Glândula mamária (mamma, uber, mastos) 625
Aparelho suspensório das glândulas mamárias 625
Estrutura das glândulas mamárias 625
Vascularização 627
Artérias 627
Veias 627
Sistema linfático 627
Inervação 627
Arco reflexo neuro-hormonal 628
Desenvolvimento da glândula mamária
(mamogênese) 628
Lactação 629
Glândulas mamárias (mamma) de carnívoros 630
Glândulas mamárias (mamma) do suíno 630
Úbere (uber) de pequenos ruminantes 631
Úbere bovino (uber) 631
Úbere (uber) equino 632
Coxins palmares e plantares (tori) 633
Órgão digital 
(organum digitale) 633
Função 634
Segmentação 634
Estojo córneo da falange distal do casco
(capsula ungularis) 634
Parede (paries corneus, lamina) 634
Face solear (facies solearis) 636
Estojo córneo decíduo (capsula ungulae decidua) 636
Modificação dos diferentes segmentos 636
Hipoderme (tela subcutanea) 636
Cório (dermis, corium) 636
Epiderme (epidermis) 637
Camadas vitais da epiderme 637
Camada córnea (stratum corneum) 637
Estrutura da junção de células córneas 638
Camada córnea tubular 638
Funções da camada córnea 638
Garra (unguicula) 638
Unha do cão 638
Forma da unha 639
Segmentos da unha 639
Vascularização 641
Drenagem linfática 642
Inervação 642
Garra do gato 642
Vascularização 643
Drenagem linfática 643
Inervação 643
Cascos (ungula) de ruminantes e do suíno 643
Definição 643
Cascos bovinos (ungula) 643
Forma dos cascos 644
Funções 644
Segmentos do casco 644
Vascularização 648
Drenagem linfática 651
Inervação 651
Casco (ungula) dos pequenos ruminantes 653
Vascularização e inervação 653
Casco (ungula) do suíno 653
Vascularização e inervação 653
Casco (ungula) do equino 653
Definição 653
Formato do casco 655
Parede (paries corneus, lamina) 655
Face solear (facies solearis) 655
Segmentos do casco 656
Segmento perióplico ou limbo (limbus) 656
Segmento coronário ou coroa (corona) 657
Segmento parietal ou parede (paries) 659
Segmento solear ou sola (solea) 660
Coxim digital (torus digitalis) 660
Cunha do casco (cuneus ungulae) 661
Coxim do casco (torus ungulae) 661
Suspensão da falange distal 661
Vascularização 662
Artérias 662
Veias 662
Drenagem linfática 662
Inervação 662
Membro torácico 662
Membro pélvico 663
Biomecânica do casco 663
Produção da camada córnea 663
Corno (cornu) 663
Corno bovino (cornu) 664
Desenvolvimento do corno 664
Processo cornual (processus cornualis) 664
Pneumatização do processo cornual 664
Estojo córneo 664
Tela subcutânea cornual (tela subcutanea) 664
Derme cornual (dermis cornus) 664
Epiderme cornual (epidermis cornus) 664
Vascularização 665
Drenagem linfática 665
Inervação 665
Corno (cornu) dos pequenos ruminantes 666
Processo cornual (processus cornualis) 666
Estojo córneo 666
Vascularização e inervação 666
xviii Sumário
19 Anatomia topográfica e 
aplicações clínicas 667
H. E. König, P. Sótonyi, A. Probst, J. Maierl,
Chr. Aurich, Chr. Mülling e H.-G. Liebich
Cabeça (caput) 667
Estratigrafia 667
Regiões 667
Região nasal 667
Região oral e região mentual 667
Região bucal 668
Região infraorbital 668
Região massetérica 669
Região orbital 669
Região intermandibular 671
Região temporal 671
Aplicações clínicas 671
Órgãos digestórios na cabeça 672
Cavidade oral 672
Dentes 672
Cavidade nasal e seios paranasais
673
Faringe 674
Laringe 674
Nervos cranianos 675
Divertículo da tuba auditiva 
(bolsa gutural) do equino 677
Olho 678
Orelha 679
Encéfalo 680
Pescoço (collum) 681
Estratigrafia 681
Regiões 681
Região parotídea 681
Região cervical ventral 682
Região pré-escapular 682
Região cervical dorsal 683
Aplicações clínicas 683
Glândula tireoide 684
Traqueia 684
Laringe 684
Esôfago 684
Disco intervertebral 684
Tórax 685
Estruturas ósseas visíveis e palpáveis 685
Sulcos peitorais e musculares superficiais 685
Estratigrafia 685
Regiões 685
Órgãos da cavidade torácica 685
Pulmões 685
Cúpula diafragmática 686
Coração 686
Aplicações clínicas 687
Vascularização cardíaca 687
Arco aórtico direito persistente 687
Ducto arterial persistente no cão 687
Abdome 687
Estruturas ósseas visíveis e palpáveis 690
Vasos sanguíneos 690
Inervação 691
Linfonodos 691
Estratigrafia 691
Regiões 691
Região abdominal cranial 691
Região xifoide 696
Região abdominal média 696
Região abdominal lateral 696
Região umbilical 696
Região abdominal caudal 697
Região púbica 697
Região inguinal 697
Aplicações clínicas 697
Hérnia abdominal 697
Laparoscopia 697
Laparotomia 697
Castração 699
Cirurgia do órgão copulador 700
Exame do úbere 700
Exame retal 700
Exame do bovino 700
Exame do equino 701
Exame do suíno 704
Membro torácico ou membro anterior 
(membra thoracica) 704
Regiões 704
Região escapular 704
Articulação do ombro e regiões axilares 705
Região braquial lateral 706
Região braquial medial 706
Região do cotovelo 707
Região do antebraço 708
Região cranial do antebraço 708
Região medial do antebraço 708
Região caudal do antebraço 708
Região do carpo 708
Região do metacarpo e regiões digitais 708
Aplicações clínicas 712
Membro pélvico ou membro posterior 
(membra pelvina) 713
Regiões 713
Região glútea e região coxofemoral 713
Região perineal 714
Região femoral 714
Região do joelho 715
Regiões crurais 716
Região do tarso 716
Região do metatarso 717
Regiões falângicas 717
Aplicações clínicas 718
Estruturas ósseas palpáveis 722
Sumário xix
Projeção dos órgãos sobre a superfície do corpo 724
Órgãos da cavidade abdominal 724
Parede lateral direita do corpo do cão 724
Parede lateral esquerda do corpo do cão 724
Parede lateral direita do corpo do suíno 725
Parede lateral esquerda do corpo do suíno 725
Parede lateral direita do corpo do bovino 726
Parede lateral esquerda do corpo do bovino 726
Parede lateral direita do corpo do equino 727
Parede lateral esquerda do corpo do equino 727
20 Anatomia Seccional 
e Processos de Imagem 729
E. Ludewig, G. Oechtering, Chr. Mülling,
A. Probst, S. Kneissl, M.-C. Sora,
R. van den Hoven e H. E. König
Plastinação na ciência 729
Processos de geração de imagens 740
Radiologia 740
Processos diagnósticos de medicina nuclear 741
Radiodiagnóstico 742
Tomografia computadorizada 743
Ressonância magnética 744
Diagnóstico por ultrassom 745
Endoscopia equina 745
Literatura 755
Glossário de Expressões 762
Índice 770
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História da anatomia 
veterinária
A doutrina de morfologia, como o estudo científico da forma 
e da estrutura de organismos, foi definida por Aristóteles, seu 
fundador, como a busca de um plano de construção comum para 
todas as estruturas por meio de um processo metodológico rigo-
roso. Quando se encontram semelhanças, a relação entre forma 
e função exige aprofundamento. Tal abordagem científica desta-
cou o melhor discípulo de Platão entre os primeiros filósofos na-
turais gregos e até hoje constitui o principal método empregado 
em todas as áreas da pesquisa básica.
Acredita-se que Aristóteles tenha conduzido pesquisas 
anatômicas por meio de dissecações, e referências encontradas 
em sua obra Historia Animalium indicam que ele publicou ou-
tro tratado, Partes de Animais, que infelizmente se perdeu. Essa 
obra abordava principalmente os sistemas digestório e reproduti-
vo com informações registradas por Aristóteles por meio de ilus-
trações esquemáticas. Naturalmente muitas de suas observações 
eram incompletas, o que o levou a falsas conclusões, mas ainda é 
válido ler muitas de suas considerações sobre função, como, por 
exemplo, sua explicação sobre locomoção quadrúpede registra-
da em O Andar dos Animais. Para o mestre Aristóteles, simples-
mente a aquisição de conhecimento já motivava suas pesquisas, 
motivação esta que foi levada adiante por seu aluno Teofrasto 
de Éreso, e por naturalistas romanos como Plínio e Eliano.
Quase dois mil anos se passaram antes que os humanistas 
dos séculos XV e XVI retomassem a abordagem aristotélica de 
morfologia comparada. Especialmente na Itália, o estudo de cor-
pos humanos e de animais levou a diversas novas descobertas na 
área, criteriosamente registradas de uma forma artística refinada, 
e hoje tais registros são obras de arte famosas.
Leonardo da Vinci, o artista mais famoso dessa época, 
personificou essa nova busca por conhecimento e compreensão, 
como evidencia sua pesquisa multidisciplinar.
Outros pesquisadores de destaque foram Fabrizio 
d’Acquapendente, que completou a primeira obra sobre em-
briologia comparada (De formatu foetu, 1600), e Marcello 
Malpighi, que estudou o desenvolvimento embrionário da 
galinha (Opera omnia, 1687). Embora a situação política ins-
tável e o conservadorismo religioso tenham restringido o pro-
gresso inicial, esses cientistas foram os precursores da área 
e anunciaram uma era de ouro da anatomia comparada, uma 
tendência que continuou até o final do século XIX e caracte-
rizou-se pela proficuidade extraordinária de diversos natura-
listas de renome.
Richard Owen, um famoso anatomista inglês, e os ale-
mães Johann Friedrich Meckel e Caspar Friedrich Wolff 
protagonizaram o ressurgimento da anatomia comparada como 
objeto de estudo na Europa. Desde a virada do século XX, a área 
de pesquisa zoológica foi sujeita a um redirecionamento cons-
tante, o que levou ao desenvolvimento de novas disciplinas que 
abandonaram as intenções originais dos fundadores da anatomia 
comparada.
O conhecimento de anatomia não é um fim em si, mas 
um pré-requisito para o sucesso da prática médica. Desde a an-
tiguidade, a dissecação humana foi restrita ou mesmo proibida 
por motivos religiosos ou éticos, e registros são raras exceções. 
Um desses casos é o da escola helênica de Alexandria, sob a 
Figura I-1 Capa de Merycologia, de Johann Konrad Peyer, 
Basileia, 1685.
Introdução e 
Anatomia Geral
H.-G. Liebich, G. Forstenpointner, W. Pérez e H. E. König
2 Anatomia dos Animais Domésticos
tutela de Herófilo e Erasístrato. Essas vivissecções em crimi-
nosos condenados contribuíram para uma compreensão maior 
de neuroanatomia. O trabalho excepcional de Aristóteles sobre 
anatomia humana derivou-se da dissecação de um feto abortado 
naturalmente.
Como as dissecações animais eram a única possibilidade 
de estudo dos princípios de forma e função, essas descobertas 
eram generalizadas e aplicadas à anatomia humana. Claudio 
Galeno, na época do governo dos imperadores Marco Aurélio e 
Cômodo, tornou-se o médico mais famoso e influente de Roma.
Os resultados e a interpretação resultantes de suas pesqui-
sas estabeleceram a fundação incontestável do conhecimento 
anatômico que perdurou durante os 1.500 anos seguintes. Gale-
no se considerava um médico, mas devia sua compreensão de 
anatomia e fisiologia aos escritos de Aristóteles, como A Nature-
za das Coisas, e seguiu com afinco a metodologia aristotélica 
em pesquisas nessas duas áreas.
Apesar de Galeno apresentar conclusões sólidas sobre 
anatomia, alguns sistemas, como o do coração e grandes vasos, 
receberam interpretações errôneas. Devido à ausência de autóp-
sias, as extrapolações de Galeno dos resultados da dissecação de 
animais costumavam ser equivocadas. Ele suspeitava, por exem-
plo, que a rede admirável epidural também seria encontrada em 
humanos, apesar de atualmente saber-se que se trata de uma es-
trutura típica de ruminantes. Ele concluiu também que humanos 
deviam apresentar
um ceco no mesmo formato de herbívoro, ou 
então uma placenta cotiledonária.
Figura I-2 Uma das primeiras ilustrações dos vasos sanguíneos de um cavalo; Seifert von Tennecker, pseudônimo: Valentin Trichter, 1757.
Figura I-3 Ilustração da musculatura equina obtida de Dell’Anatomia 
e dell’Infirmitá del Cavallo; Carlo Ruini, Veneza, 1598.
Introdução e Anatomia Geral 3
Figura I-4 Desenho original mostrando as regiões do corpo do 
cavalo a partir das notas de aulas de Ludwig Scotti, da Escola de 
Tratamento e Operações de Cavalos, Viena, 1770.
Na linha de Galeno, foi publicado um atlas da anatomia 
de porcos (Anatomia porci, escrito por Cofo) em Salerno entre 
1.100 e 1.150. Esse não foi o primeiro livro sobre veterinária, 
mas seu uso se destinava ao ensino de anatomia humana para 
estudantes de medicina. O mito geralmente aceito na época e 
ainda hoje – de que os porcos se assemelham aos humanos mais 
do que qualquer outro animal – baseia-se, em grande parte, nos 
hábitos alimentares similares e na sua disponibilidade como ma-
terial de estudo na época.
Durante a Renascença, estudos de anatomia em cadáveres 
humanos não eram mais tabu. Com sua obra monumental sobre 
a anatomia humana (De humani corporis fabrica, 1543), André 
Vesálio marcou o tímido início de uma atitude revolucionária 
para com o corpo humano. Os primeiros anatomistas ainda se 
consideravam naturalistas e continuavam a compilar descobertas 
sobre morfologia por meio de estudos sobre a anatomia animal. 
Vesálio foi o primeiro a perceber que a rede admirável epidural 
representava uma estrutura típica de ruminantes. Johann Con-
rad Peyer promoveu novos estudos sobre a digestão dos rumi-
nantes que resultaram na suntuosa obra de 1685, Merycologia 
sive de ruminantibus et ruminatione commentarius (Fig. I-1). 
Sua descoberta do tecido linfático (Lymphonoduli aggregati) 
na mucosa intestinal resultou na denominação placas de Peyer. 
Desde o início, o estudo de anatomia comparada foi restrito à 
esfera dos institutos de pesquisa especializados em anatomia hu-
mana, ainda mais intensamente quando a pesquisa zoológica se 
desviou do estudo da morfologia.
Nas últimas décadas do século XX, o uso de animais de 
laboratório levou à otimização das abordagens terapêuticas. A 
implementação de conceitos experimentais só foi possível por 
meio da aplicação dos conhecimentos básicos necessários sobre 
a morfologia animal, a qual foi amplamente fornecida por médi-
cos. Vale a pena notar que ainda hoje se escolhem animais como 
modelo não por sua possibilidade de comparação morfológica, e 
sim por sua disponibilidade.
Há apenas alguns séculos a anatomia dos animais se tor-
nou pré-requisito para a prática veterinária, na forma de ensino 
independente e objeto de pesquisa. Textos da Antiguidade e da 
Idade Média destinados a tratadores de animais deixam evidente 
que o conhecimento de anatomia, especialmente de cavalos, era 
razoavelmente preciso. No entanto, não existia descrição siste-
mática das associações morfológicas básicas.
Manuais para cavalariços, no estilo de Jordanus Ruffus, 
do final da Idade Média e início da era moderna, não eram sis-
temáticos. Eles continham informações sobre a anatomia equi-
na, que costumava vir acompanhada por ilustrações inúteis. Em 
1598, Carlo Ruini publicou um manual extraordinário para a 
época, Dell’Anatomia e dell’Infirmitá del Cavallo (Fig. I-3); 
aparentemente sem precedentes, o livro foi, sem dúvida, inspi-
rado por Vesálio.
Ruini, de uma família rica de Bolonha, nunca trabalhou 
como cavalariço e também não esteve ligado à universidade. 
Com o apoio de professores particulares excelentes, desenvol-
veu um interesse ardente pelas ciências naturais e tornou-se um 
entusiástico da equitação. Sua obra inicial, ainda que incompleta 
e, por vezes, imprecisa, foi o primeiro retrato abrangente e siste-
mático da anatomia equina. A segunda metade do livro, voltada 
para doenças equinas, era basicamente um apanhado não crite-
rioso de escritos muito mais antigos. A suntuosidade dessa obra 
se deve à qualidade das ilustrações, que chegam a rivalizar com 
as de Leonardo da Vinci e de Vesálio. O livro de Ruini foi reim-
presso, plagiado e traduzido diversas vezes (Fig. I-5).
No início do século XVII, a anatomia dos animais come-
çava lentamente a passar por um renascimento. Contudo, apenas 
depois de 150 anos foi criada uma academia veterinária em que 
o livro de Ruini pôde ser usado para ensinar profissionais.
Figura I-5 Topografia do abdome equino; William Gibson, 
Londres, 1754.
4 Anatomia dos Animais Domésticos
Figura I-6 Página de rosto do primeiro livro-texto em língua alemã 
sobre a anatomia dos animais domésticos; Konrad Ludwig Schwab, 
Munique, 1821.
Considerado o pai da anatomia dos animais, Philippe Etien-
ne Lafosse fundou, por seus próprios meios financeiros, uma esco-
la veterinária particular em Paris, em 1767. O empreendimento não 
foi bem-sucedido, e a escola fechou em 1770, mas dois anos mais 
tarde ele publicou sua obra de maior sucesso, Cours d’Hippiatrique 
(Um Curso sobre Hipiatria ou Um Tratado Completo sobre a Me-
dicina de Cavalos). A obra foi organizada de acordo com os siste-
mas de órgãos, e sua estrutura lembra o formato usado hoje em li-
vros-texto sobre anatomia. A relevância clínica de uma abordagem 
topográfica logo foi integrada ao ensino de anatomia.
Figura I-7 Página de rosto da primeira edição do Manual de 
Anatomia Comparada de Mamíferos Domésticos; Ernst Friedrich 
Gurlt, Berlim, 1822.
Uma das primeiras ilustrações topográficas de cavalos 
(Fig. I-4) consta nas notas de aula registrada e publicada em 
1770 por Ludwig Scotti, o primeiro diretor da Escola de Trata-
mento e Operações de Cavalos em Viena. O progresso da anato-
mia como uma disciplina independente nas escolas veterinárias 
europeias recém-formadas foi lento, portanto, apenas em 1822 
publicou-se o primeiro livro-texto ou manual mais abrangente 
sobre anatomia. O primeiro livro de referência alemão sobre 
anatomia dos animais foi o Texto de Anatomia dos Animais Do-
mésticos de Konrad Ludwig Schwab, de 1821, seguido por 
Figura I-8 Ilustração em cores da cavidade torácica equina do Atlas integrante do Manual de Anatomia Comparada dos Mamíferos 
Domésticos; Ernst Friedrich Gurlt, Berlim, 1860.
Introdução e Anatomia Geral 5
Manual de Anatomia Comparada de Mamíferos Domésticos de 
Ernst Friedrich Gurlt, em 1822. Essas obras representam o iní-
cio de uma longa tradição em língua alemã de pesquisa sobre a 
anatomia dos animais que rapidamente recebeu reconhecimento 
internacional e se prolongou até o final do século XX. Ao total 
foram publicadas 18 edições da obra de Gurlt, sendo que cada 
nova edição era revisada e ampliada, até que a última foi im-
pressa em 1943. Wilhelm Ellenberger e Hermann Baum res-
ponderam pela 9a até a 17a edição e criaram o estilo que ainda 
pode ser observado aqui (Fig. I-8 e I-9). A simples quantidade 
de publicações sobre anatomia de animais na Alemanha, Suíça 
e Áustria da metade para o final do século XIX já era impressio-
nante, o que reflete a importância da área e o valor conferido à 
anatomia veterinária na época.
Uma decisão histórica na era moderna da anatomia dos 
animais foi o estabelecimento do Comitê Internacional para No-
menclatura em Anatomia Veterinária. Nos moldes da publicação 
sobre a anatomia humana, Nomina Anatomica, a primeira edição 
da Nomina Anatomica Veterinaria foi publicada em 1968. Essa 
obra padroniza mundialmente a terminologia na medicina vete-
rinária, propiciando, assim, uma ferramenta útil para conservar a 
importância da anatomia em um cenário médico em constante 
mutação.
Anatomia é o ramo da morfologia voltado para forma, 
estrutura, topografia e interação funcional dos tecidos e órgãos 
que compõem o corpo. A dissecação de animais mortos ainda 
é o método mais importante e eficiente para estudar e entender 
anatomia. Com o avanço da anatomia clássica, a histologia, in-
cluindo a anatomia microscópica e a embriologia, se
tornaram 
disciplinas distintas. Embora não se possa separá-las como um 
todo, tal divisão promove uma abordagem mais estruturada e, 
portanto, mais fácil para obter o conhecimento de anatomia.
A anatomia sistêmica relaciona-se a “sistemas”, ou 
seja, a estruturas e órgãos que desempenham uma função co-
mum. O sistema respiratório, por exemplo, responde pela troca 
de gases, enquanto o sistema nervoso recebe, traduz, transmite 
e reage a estímulos. Pode-se comparar diferenças entre espé-
cies individuais, de modo que, de um ponto de vista anatômi-
co, o ensino de “anatomia sistêmica” também representa uma 
anatomia comparada, de preferência limitada a mamíferos e 
aves domésticas.
A aquisição de um conhecimento aprofundado da anato-
mia sistêmica é de extrema importância para estudantes, pois 
propicia o entendimento da conexão geral entre estrutura e 
função do corpo animal. O conhecimento de anatomia sis-
têmica é o fundamento essencial para a anatomia topográfi-
ca, a qual descreve a posição relativa e a interação funcional 
de órgãos e estruturas de várias regiões do corpo. Ela requer 
amplo conhecimento prático da anatomia sistêmica. Juntas, as 
anatomias sistêmica e topográfica constituem a base da prática 
clínica.
As tecnologias modernas, como raios X, ultrassom, tomo-
grafia computadorizada e tomografia por ressonância magnéti-
ca, exigem do profissional um conhecimento mais abrangente 
da anatomia topográfica, o qual é obtido por meio do estudo de 
imagens seccionais do corpo. A anatomia seccional indica uma 
nova direção no ensino e na pesquisa sobre anatomia veterinária, 
e um livro-texto atual estaria incompleto sem ela.
Figura I-9 Vascularização do casco equino do Atlas de Leisering sobre a Anatomia dos Cavalos e de outros Animais Domésticos; Wilhelm 
Ellenberger em cooperação com Hermann Baum, Leipzig, 1899.
6 Anatomia dos Animais Domésticos
Lateral
D
is
ta
l
Dorsal
Oral
Ventral
Plano transversal
 
Cranial
 
D
or
sa
l
V
en
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l
Caudal
Plano transversal
M
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l
 
Pa
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D
or
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Plano transversal
Plano mediano
Cranial Caudal
Pr
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al
 Plano horizontal
Plano horizontal
Plano transversal
D
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Pl
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l
Medial
Figura I-10 Designações para posição e direção do corpo animal (esquemático), segundo Dyce, Sack e Wensing, 2002.
Designações para posição e 
direção do corpo animal
Determinados termos descritivos são empregados para indicar 
precisamente e sem ambiguidades a posição ou direção de par-
tes do corpo. As designações anatômicas mais importantes estão 
apresentadas na Figura I-10, e os sistemas de órgãos constam na 
Tabela I-1.
O corpo animal é dividido em secções claramente diferen-
ciadas umas das outras, exteriormente. Assim, temos a cabeça 
(caput), o pescoço (collum), o tronco (truncus), a cauda (cauda) 
e os membros (membra). Cada uma dessas partes é subdividida 
em regiões, que são os objetos da descrição no âmbito da Anato-
mia Topográfica (para mais detalhes, ver Capítulo 19).
Divisão do corpo animal 
em órgãos e em sistemas 
orgânicos
As células e os tecidos com estrutura e função semelhantes são 
agrupados em órgãos ou sistemas orgânicos que atuam sinergi-
camente para realizar funções que definem o organismo e as-
seguram sobrevivência. Cada sistema orgânico é composto por 
tecidos diferentes. Um órgão individual consiste em duas espé-
cies de tecidos:
 ● Parênquima;
 ● Estroma.
As células do parênquima são responsáveis pela função 
de um órgão (p. ex., células hepáticas do fígado, células renais 
dos rins ou células glandulares da glândula salivar). O estroma 
compõe o tecido conectivo que, por exemplo, envolve uma pe-
quena unidade funcional ou separa áreas maiores de um órgão 
em lóbulos (lobuli) ou lobos (lobi). O tecido conectivo também 
serve para o transporte metabólico originário e destinado aos 
órgãos, envolvendo não apenas vasos sanguíneos e linfáticos, 
mas também nervos periféricos do sistema nervoso e, em con-
junto, essas estruturas formam um sistema de controle de grande 
influência sobre o caráter estrutural e funcional dos órgãos. A 
anatomia sistêmica estuda em detalhe cada um dos sistemas de 
órgãos, os quais constam na Tabela I-2.
A anatomia veterinária é voltada principalmente para 
mamíferos domésticos, na seguinte taxonomia: Canis lupus 
f. familiaris (cão), Felis silvestris f. catus (gato), Sus scrofa f. 
domestica (suíno), Bos primigenius f. taurus (bovino), Ovis am-
mon f. aries (ovino), Capra aegagrus f. hircus (caprino) e Equus 
przewalskii f. caballus (equino). A anatomia veterinária inclui 
também as aves domésticas, sendo que a espécie mais comum é 
Gallus gallus f. domestica (galinha). Devido à importância das 
aves domésticas na medicina veterinária, elas são representadas 
em volume próprio, cuja introdução à propedêutica aviária e à 
medicina clínica foi revisada e atualizada (Anatomie der Vögel; 
König, Korbel e Liebich, 2008).
Introdução e Anatomia Geral 7
Tabela I-1 Designações para posição e direção do corpo animal
Expressão Significado Utilização
Cranial Em direção à cabeça, ao tronco e à cauda Tronco e cauda, membros proximais ao carpo e tarso
Rostral Em direção à extremidade do nariz Cabeça
Caudal Em direção à cauda Cabeça e tronco, membros proximais ao carpo e tarso
Dorsal Em direção ao dorso Tronco, cabeça e parte anterior dos membros distais 
do carpo e tarso
Ventral Em direção ao abdome Parte inferior do tronco e da cabeça
Medial Em direção ao plano mediano Cabeça, tronco e membros
Lateral Em direção ao lado Cabeça, tronco e membros
Mediano No plano mediano Tronco, cabeça e membros
Proximal Em direção ao tronco Membros e outras partes do corpo situadas próximas 
do tronco ou afastando-se dele
Distal Afastando-se do tronco Membros e outras partes do corpo distantes do tronco 
ou afastando-se dele
Palmar Em direção à palma da mão Membros torácicos distais da articulação do carpo
Plantar Em direção à sola do pé Membros pélvicos distais da articulação do tarso
Axial Em direção ao eixo dos dedos Dedos
Abaxial Afastando-se do eixo dos dedos Dedos
Externo Situado externamente Partes do corpo e órgãos
Interno Situado internamente Partes do corpo e órgãos
Superficial Situado próximo à superfície Partes do corpo e órgãos
Profundo Situado profundamente Partes do corpo e órgãos
Temporal Em direção à têmpora Olho
Nasal Em direção ao nariz Olho
Superior Em cima Pálpebra
Inferior Embaixo Pálpebra
Apical Em direção à extremidade Nariz, dedos e cauda
Oral Em direção à boca Cabeça
Planos virtuais do corpo animal
Plano mediano Plano que divide o corpo em duas partes iguais
Plano paramediano Qualquer plano paralelo e próximo ao plano mediano
Plano sagital Qualquer plano paralelo ao plano mediano, porém localizado mais lateralmente
Plano dorsal Qualquer plano paralelo à face dorsal
Plano transversal Qualquer plano paralelo perpendicular ao eixo longitudinal
Tabela I-2 Sistemas de órgãos
Nome Funções principais
Pele Cobertura protetora do corpo do animal
Esqueleto e articulações Estrutura de suporte do corpo
Musculatura esquelética Locomoção
Sistema digestório Ingestão de alimentos, mastigação, digestão química, excreção e absorção
Sistema respiratório Suprimento de oxigênio, eliminação de dióxido de carbono e fonação
Sistema urinário e genital Excreção e reprodução
Sistema circulatório Transporte e troca de substâncias
Sistema nervoso Regulação, transmissão, reação a estímulos externos
Órgãos dos sentidos Recepção de estímulos externos
Glândulas endócrinas Regulação de funcionamento celular por meio de hormônios
Sistema imune Reação a infecções
8 Anatomia dos Animais Domésticos
Figura I-11 Membro distal de um gato jovem em estágio de 
ossificação condral (corte histológico, coloração de Goldner).
Aparelho locomotor 
(apparatus locomotorius)
O aparelho locomotor é um sistema orgânico complexo cuja 
função prioritária é o trabalho mecânico. O esqueleto e os mús-
culos são os principais elementos que compõem esse sistema,
responsáveis pela formação e conservação da forma individual 
do corpo e são necessários para a movimentação de segmentos 
do corpo ou de todo o organismo.
O esqueleto compõe-se de elementos isolados, os ossos 
(ossa), as cartilagens (cartilagines), os ligamentos (ligamen-
ta) e as articulações (articulationes), que em sua totalidade 
formam a estrutura do corpo, o sistema esquelético (systema 
skeletale).
Esse sistema representa a parte passiva do aparelho lo-
comotor, enquanto a musculatura (systema musculare) repre-
senta a parte ativa. Unidas, elas formam uma unidade funcional 
que se integra aos sistemas circulatório, linfático e nervoso do 
corpo.
O aparelho locomotor desempenha funções metabólicas 
a nível celular. Hormônios regulam um processo constante de 
crescimento, modificação e decomposição. A expressão “siste-
ma locomotor” não faz jus a esse sistema multifacetado; por-
tanto, seria mais apropriado chamá-lo de sistema de movimento, 
estabilidade e suporte.
Distúrbios ou patologias desse sistema estão entre os 
diagnósticos mais comuns da medicina veterinária clínica, e a 
importância do conhecimento básico de anatomia costuma ser 
subestimada.
Sistema esquelético 
(systema skeletale)
Osteologia (osteologia)
Osteologia é o estudo da combinação de ossos (ossa) que forma 
o esqueleto de diversas espécies animais. Os ossos são compos-
tos de:
 ● Tecido ósseo, revestido interna e externamente por
 ● Endósteo e periósteo, respectivamente, e a
 ● Medula óssea (medulla ossium), bem como por
 ● Vasos sanguíneos e nervos que irrigam essas estruturas.
Esses componentes caracterizam ossos como órgãos.
O formato individual de cada osso é determinado gene-
ticamente e se mantém mesmo apesar do processo contínuo de 
adaptação dos ossos a forças de tração e compressão. Devido ao 
seu conteúdo mineral elevado (60-70%), os ossos não sofrem 
alteração post-mortem, o que os torna úteis para estudos arqueo-
lógicos. O processo de remoção de componentes orgânicos por 
meio do uso de soda cáustica diluída se chama maceração de 
ossos, que normalmente é aplicado em ossos destinados ao uso 
em aulas. O tratamento de ossos com ácido remove os compo-
nentes inorgânicos ou mineralizados.
Construção do esqueleto
Matriz conjuntiva do esqueleto
Todos os componentes do sistema esquelético se desenvolvem a 
partir da lâmina mesodérmica embrionária (mesoderma). No 
início do desenvolvimento embrionário, o mesoderma se dife-
rencia em três tipos de tecido conectivo: embrionário, reticular e 
fibroso, compostos de:
 ● Células (p. ex., fibrócitos);
 ● Espaços intercelulares preenchidos com fluidos; e
 ● Componentes fibrosos (colágeno e elastina).
Com a continuidade do desenvolvimento, a quantidade desses 
tecidos aumenta e, em locais determinados geneticamente, es-
ses tecidos se transformam em tendões, ligamentos e fáscias. 
Nas regiões embrionárias do tronco e dos membros, processos 
de desenvolvimento começam já no início do desenvolvimento 
e levam a uma especialização estrutural e funcional do tecido 
embrionário. A partir desse primeiro tecido conectivo frouxo 
(textus connecticus collagenosus laxus) se desenvolvem os dois 
elementos do tecido de sustentação: a cartilagem e o osso.
Tanto as cartilagens como os ossos se originam de células 
precursoras mesenquimais, os condroblastos e os osteoblas-
tos, que maturam em condrócitos e osteócitos. Essas células 
sintetizam a matriz das fibras de colágeno e óssea (ósteon).
Desenvolvimento e crescimento da cartilagem
A cartilagem se caracteriza pela estrutura de sua matriz amor-
fa, a substância intercelular, formada principalmente por gli-
cosaminoglicanas. As fibras colágenas, o elemento estrutural 
Maileide
Realce
Maileide
Realce
Maileide
Realce
Condroblastos/ osteoblastos : novos 
condrócitos: velhas 
osteoblastos : morte 
Maileide
Nota
Maileide
Realce
amorfa : preencher os espaços vazios 
Introdução e Anatomia Geral 9
da cartilagem, se encontram nessa matriz. Esse tipo singular de 
construção confere força e flexibilidade à cartilagem. Devido à 
sua estrutura química, as glicosaminoglicanas têm a capacidade 
de se ligarem à água, o que aumenta a elasticidade e a maleabi-
lidade da cartilagem.
Como não existem vasos sanguíneos e nervos na cartila-
gem, sua nutrição ocorre por meio de difusão através da matriz a 
partir dos vasos sanguíneos localizados no tecido conectivo que 
a envolve, na sinóvia ou ossos subcondrais.
Há três tipos de cartilagem, classificados de acordo com a 
qualidade das fibras integradas: tecido cartilaginoso hialíni-
co, elástico e fibroso.
Em adultos, a cartilagem hialina se encontra nas extre-
midades articulares de ossos logos (cartilagines articulares), nas 
extremidades das costelas (cartilago costae) e em secções das 
paredes da laringe (cartilago laryngis), da traqueia (cartilago tra-
chealis) e dos brônquios (cartilago bronchialis). A cartilagem 
elástica forma a sustentação interna para a epiglote e a orelha. A 
fibrocartilagem forma os discos intervertebrais, os meniscos e 
o disco articular da articulação mandibular. Com o avanço da 
idade, as cartilagens sofrem ossificação, com sais de cálcio, o 
que costuma ocorrer com frequência na cartilagem costal ou nos 
meniscos de gatos.
A formação de cartilagem (condrogênese) tem como 
base o tecido conectivo mesenquimal (embrionário) (veja Fig. 
I.12), cujos resíduos ainda envolvem a cartilagem em estágios 
posteriores de desenvolvimento. Tais resíduos correspondem ao 
pericôndrio, cujas células, fibroblastos, se diferenciam em con-
droblastos, os quais produzem a matriz cartilaginosa que contém 
água (70%), colágeno ou fibras elásticas, e glicosaminoglicanas.
O crescimento da cartilagem se dá por meio da prolife-
ração de condroblastos no pericôndrio. Esse processo contínuo 
leva à expansão aposicional, em que nova cartilagem é criada no 
perímetro do osso, diretamente sob a bainha de pericôndrio. Já o 
crescimento intersticial envolve a proliferação de condroblastos 
diferenciados dentro da matriz cartilaginosa, que continuam a se 
dividir e a formar uma nova substância basal de dentro para fora.
Formas de tecidos ósseos
Os ossos apresentam enorme variedade de forma, tamanho e 
resistência, não apenas entre espécies, mas também no mesmo 
indivíduo. Essas características ósseas são, em grande parte, de-
terminadas pela genética, mas influências estáticas e dinâmicas, 
como também alterações estruturais devido à nutrição durante as 
fases juvenil e adulta, desempenham um papel importante. Mús-
culos largos ou tendões grossos geram influências mecânicas em 
seus pontos de inserção sobre os ossos, originando processos, 
depressões, tuberosidades/protuberâncias, irregularidades, cris-
tas ou espinhas. Vasos sanguíneos, nervos ou órgãos (i.e., cére-
bro, olhos, cóclea da orelha interna) também podem influenciar 
a estrutura superficial dos ossos.
Apesar da imensa variedade de ossos, eles podem ser agru-
pados de acordo com suas características estruturais comuns:
 ● Ossos longos (ossa longa);
 ● Ossos curtos (ossa brevia);
 ● Ossos planos (ossa plana);
 ● Ossos pneumáticos (ossa pneumatica); e
 ● Ossos irregulares (ossa irregularia).
Os ossos longos se caracterizam por um corpo ou diáfise, for-
mado a partir de uma grossa camada externa de osso compacto 
Epífise proximal
Disco epifisário
proximal
Osso esponjoso
Osso compacto
Cavidade medular
Diáfise
Osso compacto
Cavidade medular
Osso esponjoso
Disco epifisário distal
Epífise distal
Cartilagem articular
Epífise proximal
Disco epifisário
proximal
Metáfise proximal
Osso esponjoso
Osso compacto
Medula óssea
 Diáfise
Periósteo
Osso esponjoso
Metáfise distal
Disco de crescimento distal
Epífise distal
Cartilagem articular
A B
Figura I-12 Secção sagital de um osso longo após maceração (A), e secção sagital de um osso sem tratamento mostrando cartilagem 
articular e medula óssea vermelha (B).
Maileide
Realce
capacidade de se ligarem a água 
Maileide
Nota
s
Maileide
Realce
Maileide
Realce
10 Anatomia dos Animais Domésticos
(substantia compacta), e uma cavidade medular interna (ca-
vum medullare) (Fig. I-12). Os ossos longos apresentam duas 
extremidades, a epífise proximal e a epífise distal, ambas co-
bertas por uma fina camada de substância cortical (substantia 
corticalis). As duas extremidades contêm osso esponjoso que, 
como o nome indica, se parece com uma esponja ossificada com 
poros delicados (substantia spongiosa) (Figs. I-13 e I-14). Os 
ossos longos formam a base dos membros, como o úmero (hu-
merus), a tíbia (tibia) e os ossos metacarpais (ossa metacarpalia).
Os ossos curtos podem apresentar diferentes formas: 
cilíndricos, cuboides ou arrendondados. Em seu interior apre-
sentam um entrelaçamento extenso de tecido ósseo esponjoso, 
no qual está presente o tecido hemorreticular. Os ossos da colu-
na vertebral e das articulações do tarso são exemplos de ossos 
curtos.
Os ossos planos e largos compõem-se de duas camadas 
ósseas compactas (tabulae) ao redor de tecido ósseo esponjoso 
(diploe) ou de cavidades aeradas (sinus). A escápula, o osso ilía-
co e as costelas inserem-se nesse grupo. Alguns ossos do crânio 
são ossos planos que envolvem cavidades de ar (ossa pneuma-
tica). Eles se formam pela reabsorção de substância óssea e são 
revestidos por uma mucosa. Como exemplos podem-se citar as 
maxilas ou o etmoide.
Entre os exemplos de ossos irregulares encontram-se os 
ossos do crânio em formato de cunha: os ossos esfenoide, pré-
-esfenoide e basisfenoide. Os ossos sesamoides (ossa sesamoi-
dea) se encontram próximos às articulações (i.e., articulações 
do pé) e situam-se sob o tendão ou em sua base (i.e., patela) 
(Fig. I-33).
Uma apófise é a protuberância óssea que se desenvolveu 
a partir de um centro independente de ossificação. Tais estrutu-
ras propiciam locais de fixação para músculos e ligamentos. Um 
exemplo é o processo espinhoso vertebral ou o trocanter maior 
no fêmur. Os ossos viscerais não estão relacionados com o sis-
tema locomotor. Eles são encontrados no pênis de gatos e cães, 
ou no coração bovino.
As Figuras I-25 a I-29 mostram esquematicamente os es-
queletos dos animais domésticos abordados neste livro: gato, 
cão, suíno, bovino e equino. O objetivo das ilustrações é propi-
ciar uma visão geral da topografia dos ossos, de forma a permitir 
uma comparação entre as espécies. Cada osso será descrito de 
maneira aprofundada nos capítulos seguintes.
Arquitetura óssea
O tecido ósseo confere aos ossos sua grande estabilidade. Esse 
tecido não é grande e homogêneo, e cada osso apresenta uma 
arquitetura própria, que sofre as seguintes influências:
 ● Estrutura do osso compacto (substantia compacta);
 ● Organização do osso esponjoso (substantia spongiosa);
 ● Forma da cavidade medular central (cavum medullare);
 ● Princípios de tensão (tração) e compressão (pressão);
 ● Formação de trajetórias de tensão; e
 ● Pressões de curvatura (tensão de cisalhamento) sobre 
o osso.
A face do osso compõe-se de lamelas compactas, as 
quais formam a base óssea denominada substância compacta. 
Essa camada sólida envolve a substância esponjosa, uma trama 
delicada de trabéculas e lamelas ósseas. As trabéculas e lame-
las se organizam em um padrão de linhas de pressão que se 
formam em reação a fatores mecânicos externos, ou seja, as for-
ças máximas de tensão e compressão sobre o osso. As linhas de 
pressão podem ser trajetórias de tensão ou compressão. O con-
Osso esponjoso 
Trabéculas
Osso compacto
Cavidade medular
Túbulos e lamelas
Figura I-13 Constituição da parede de um osso longo mostrando 
osso compacto e trabecular.
Figura I-14 Secção transversal de osso lamelar.
Maileide
Realce
revestimento ósseo 
Maileide
Realce
mãos 
Maileide
Realce
canela 
Maileide
Realce
braço 
Maileide
Realce
Maileide
Realce
Maileide
Realce
Introdução e Anatomia Geral 11
junto de curvas de trajetórias de tensão apresenta linhas parale-
las umas às outras, como também ocorre com as trajetórias de 
compressão. Esses dois tipos de trajetórias de pressão sempre se 
cruzam formando ângulos retos (construção trajetorial). Elas 
podem ser separadas em:
 ● Túbulos ósseos (substantia tubulosa);
 ● Trabéculas ósseas (substantia trabeculosa); e
 ● Lamelas ósseas (substantia lamellosa) (Figs. I-13 e 
I-14).
A pressão que ocorre sobre a diáfise dos ossos longos não afeta 
sua estabilidade, mas conduz a forças de tensão sobre a face con-
vexa do osso, e a forças compressoras sobre sua face côncava. 
No centro, as duas forças se anulam e a força resultante é irri-
sória; portanto, não é necessário que o osso contenha estruturas 
resistentes à pressão em seu centro: o formato ideal de osso é um 
tubo longo e oco com paredes reforçadas, como a diáfise.
Em vez de apresentar substância esponjosa como nas epí-
fises, a diáfise cerca a cavidade medular (cavum medullare), 
onde a substância compacta é reforçada com camadas mais es-
pessas de osso lamelar (Fig. I-12). A cavidade medular contém 
medula óssea vermelha, onde as células sanguíneas são produ-
zidas (hematopoiese), o que classifica o osso como um órgão 
hematopoético.
Os ossos são construídos para obter o máximo de força 
e estabilidade com o mínimo de material e peso. A arquitetu-
ra óssea fornece os pré-requisitos ideais: o tubo oco apresenta 
forte resistência à pressão, enquanto a substância esponjosa eco-
nomiza material e lhe confere leveza. A espessura da diáfise se 
adapta à tensão máxima sofrida pelo osso. As paredes mediais 
dos ossos dos membros suportam um peso maior e, portanto, 
são mais espessas que as paredes externas. Ossos planos, como 
a escápula, são mais densos nas extremidades e, portanto, mais 
finos no centro. Substâncias inorgânicas respondem por apro-
ximadamente dois terços do peso seco de um osso. O terço res-
tante é a substância orgânica do osso, composta principalmente 
de proteínas estruturais de colágeno e lipídeos (5-10%). A des-
calcificação óssea com ácido remove as substâncias inorgânicas 
do osso, deixando-o maleável e flexível. A queima de um osso 
destrói as substâncias orgânicas, restando apenas cinzas.
Endósteo, periósteo
Os ossos são recobertos interna e externamente por uma mem-
brana de tecido conectivo chamada de endósteo e periósteo, 
respectivamente. O endósteo reveste a cavidade medular e cobre 
a substância esponjosa, dessa forma criando uma barreira entre 
o osso ou a substância esponjosa e a medula óssea (Fig. I-17). 
O periósteo cobre a face externa do osso, mas não é encontrado 
nas faces articulares e onde se fixam tendões e ligamentos. Ao se 
aproximar das articulações, o periósteo se separa da face do osso 
e se combina com a cápsula articular. Na extremidade oposta 
da articulação, o periósteo deixa a cápsula e liga-se novamente à 
face do osso adjacente. Nas intersecções entre osso e cartilagem, 
como na costela, por exemplo, o periósteo se estende sobre a 
cartilagem como pericôndrio.
O periósteo é necessário não apenas para a irrigação san-
guínea, o crescimento, a regeneração e a restauração de fraturas, 
mas também para a transferência de força muscular ao osso. O 
periósteo compõe-se de duas partes:
 ● Uma camada celular interna osteogênica (stratum 
osteogenicum, anteriormente chamado de stratum cam-
bium);
 ● Uma camada protetora externa fibrosa (stratum fibro-
sum).
Cartilagem da
epífise proximal da
segunda falange
Zona de ossificação
condral
Cavidade medular
primária
Papila sinovial
Cavidade articular
Osso navicular
Terceira falange
ou falange distal
Estrutura inicial do
disco intervertebral
Epífise do corpo
vertebral
Cavidade medular
secundária com medula
óssea vermelha
Periósteo com
estrato osteogênico 
e estrato fibroso
Figura I-15 Segunda falange de um embrião equino (corte 
histológico, coloração de Azan).
Figura I-16 Vértebras de embrião (corte histológico, coloração de 
Azan).
Maileide
Realce
Maileide
Realce
12 Anatomia dos Animais Domésticos
Vaso sanguíneo de Havers
Ósteon
Lamelas concêntricas
com osteócito
Lamela

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