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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA LETRAS - HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS Claudinápolis 2021 VITÓRIA HELOÍSA MARTINS PROJETO DE ENSINO EM LETRAS- HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS Claudinápolis 2021 Ano PROJETO DE ENSINO EM LETRAS- HABILITAÇÃO: LICENCIATURA EM LÍNGUA PORTUGUESA E RESPECTIVAS LITERATURAS Projeto de Ensino apresentado à universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Letras- Habilitação: Licenciatura em Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas. Docente supervisor: Profª. Drª Idelma Maria Nunes Porto VITÓRIA HELOÍSA MARTINS SUMÁRIO INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3 1 TEMA ....................................................................................................................... 4 2 JUSTIFICATIVA ...................................................................................................... 5 3 PARTICIPANTES .................................................................................................... 6 4 OBJETIVOS ............................................................................................................ 7 5 PROBLEMATIZAÇÃO ............................................................................................ 8 6 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 9 7 METODOLOGIA.................................................................................................... 14 8 CRONOGRAMA .................................................................................................... 16 9 RECURSOS .......................................................................................................... 17 10 AVALIAÇÃO .......................................................................................................... 18 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 19 REFERÊNCIAS ............................................................................................................ 20 3 INTRODUÇÃO Por meio de pesquisas na web, visualização de vídeos e leitura de artigos postados na rede, o objetivo do estudo aqui abordado é trazer uma visão crítica e construtiva do quão importante é conhecer e utilizar a intertextualidade e suas vertentes para que haja êxito na construção da argumentação. Aspectos como a leitura literária e não literária, o repertório sociocultural (música, conhecimento audiovisual, etc), serão levados em consideração para fundamentar e complementar a proposta, visto que esse tipo de material contribui muito para a elaboração e capacidade argumentativa do indivíduo. Geraldi utiliza, desse modo, a palavra argumentação nos três sentidos apontados por Anscombre e Ducrot, transcrevendo-os: argumentar poderia significar: 1) dizer A para que o destinatário pense C; 2) dizer A a fim de que o destinatário conclua c,. e 3) apresentar A como devendo conduzir o destinatário a concluir C. Nessa perspectiva, deve-se considerar, portanto, que mecanismos linguísticos são postos em ação pela argumentação, sendo importante detectar os elementos ou operadores que permitem tal estruturação. Ensinar crianças, jovens e adultos a ler e a escrever, mas, principal e fundamentalmente a usar isso para argumentar, nada mais é que um direito de todos e é, também, a garantia de que, assim, construir-se-á uma sociedade melhor e evoluída. A comunicação é a chave para o avanço humano e fazer com que todos sejam aptos a usá-la, de maneira clara e objetiva, é a certeza de que é possível, sim, alcançar a igualdade social. 4 1 TEMA O tema escolhido para essa produção textual foi: Intertextualidade e Argumentação. A proposta principal é analisar, em especial, essa ligação e ocorrência no 3° ano do ensino médio, visto que, nesta fase, os estudantes produzem muitos textos escritos que exigem essa vertente até mesmo como aspecto avaliativo, o que ocorre, por exemplo, nas dissertações feitas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM). Muitos linguistas têm se preocupado em estudar a função argumentativa da linguagem, destacando que o homem usa a língua não só para se comunicar com seus semelhantes, mas para atuar sobre eles de diversas maneiras, ou seja, para interagir através do discurso. Assim, a linguagem é vista como ação, ação que se estabelece sobre o outro e sobre o mundo. Ter conhecimento e saber utilizar-se da argumentação da maneira correta, garante um avanço significativo na exposição de ideias do indivíduo. O argumento é o que convence o leitor ou receptor de uma mensagem e não o próprio texto, que sem a referência argumentativa torna-se quase que sem valor, já que não há comprovação convicta do que está sendo mencionado. Atualmente, trabalhar essa noção de intertextualidade dentro do texto é bem tranquilo e, para o público jovem, ainda mais, pois vê-se referências viáveis e completamente aceitáveis em plataformas como a Netflix, Youtube, livros, revistas, telejornais e muitos outros que, em suma, possuem acesso rápido e descomplicado. O que precisa ser visto com cautela é a ligação entre o argumento escolhido e a temática a ser tratada e é, nessa ação, que a interação professor-aluno e a execução deste projeto se faz necessária e importante. O diálogo que se estabelece, através da intertextualidade, indica a presença de vozes, consoantes ou dissonantes, e permite que os locutores e enunciadores falem, façam-se ouvir, revelando pontos de vista acerca do mundo e posicionando- se diante da realidade. 5 2 JUSTIFICATIVA A intertextualidade sempre fez parte do cotidiano da sociedade e esteve presente, também, em todas as esferas sociais, sempre presente nas modalidades tanto oral como escrita, pois já se fazia uso deste mecanismo, principalmente na área literária. O termo intertextualidade foi introduzido por Júlia Kristeva em 1960 com o título em português de “Introdução à semi-análise” editado pela perspectiva em 1974. “Segundo J. Kristeva, a criadora do termo, todo texto é um mosaico de citações, de outros dizeres que o antecedem e lhe deram origem”. (KOCH & ELIAS, 2006 p. 86). Faz-se importante e relevante levar o tema em questão porque representa uma ação utilizada por todos, a todo instante, mesmo que de maneira involuntária. A intertextualidade está presente, por exemplo, na repercussão dos famosos memes atuais, que são figuras, vídeos, imagens, etc dos quais, para que haja compreensão, é necessário exercitar o exercício intertextual, estar ciente do que se trata devida expressão ou mídia e isso é uma prova bem fundamentada da referência intertextual. Um indivíduo só compreenderá a mensagem do outro se estiver apto a desmistificar a referência intertextual a qual a pessoa se propõe a transmitir no memento da mensagem. O objetivo principal é levar o leitor e/ ou produtor textual a e entender que sem o fenômeno da intertextualidade nem um texto consegue se construir ou manter-se vivo. É necessário ter a presença desse fenômeno dentro da produção textual para que haja fundamentação, completude, objetividade e o devido entendimento. Aos alunos do 3° ano do ensino médio, é importante usar esse artefato para dar credibilidade à argumentação. Quando se usa, na redação, por exemplo, uma citação, um dado estatístico, uma alusão histórica, uma referência midiática, etc, tem-se a presença extrema da intertextualidade.Vale ressaltar que esse é um fator avaliativo em diversos exames e de extrema relevância tanto para essa quanto para outras etapas da vida do estudante, pois é através desse uso que o corretor saberá o nível de conhecimento de mundo que tal participante possui. Saber usar isso da forma correta é um diferencial que precisa existir e ser feito de maneira assertiva. 6 3 PARTICIPANTES O projeto apresentado tem o objetivo de realizar ações que trarão conhecimento e aprimoramento do uso da intertextualidade em textos, principalmente escritos, aos alunos do 3° ano do ensino médio. Procura-se trazer dicas e demonstrações de como a argumentação pode ser mais forte e viável se aliada ao uso correto dos recursos intertextuais. Outras turmas também poderão fazer parte do trabalho, já que o material fornecido será on-line e gratuito, pois, disponibilizar-se-á um e-book explicativo, aulas em slide e a devida consultoria para que os discentes aprendam a argumentar de forma assertiva na redação dissertativa-argumentativa exigida pelo Enem e isso lhes dará base para a produção de outros tipos de textos também. Por isso, é importante que haja envolvimento tanto do corpo discente quanto docente e gestão atual da instituição qual for aplicado o projeto. 7 4 OBJETIVOS Objetivo geral: • Aprender a usar a intertextualidade a favor da argumentação em produções textuais escritas e/ou orais. Objetivos específicos: • Desenvolver habilidades de escrita; • Ampliar a capacidade argumentativa; • Redigir textos que possuam referências intertextuais com autonomia; • Aumentar e evoluir o repertório intertextual. 8 5 PROBLEMATIZAÇÃO De maneira geral, não é preciso pesquisar e aprofundar muito para perceber que a capacidade argumentativa dos estudantes não atinge o índice mínimo proposto para a realização de tal ação. Uma comprovação disso é a média anual da nota da redação do Enem por exemplo. Segundo o site do Brasil Escola, no Enem 2020, apenas 28 participantes conseguiram nota 1.000 na redação e 87.567 zeraram, em um total de 2.723.583 redações corrigidas. A média dos participantes na redação dessa edição foi de 588,74 pontos. Percebe-se, através disso, que há a necessidade de se trabalhar a escrita e a argumentação dos escritores para que haja uma melhoria nessa estimativa. O número de notas baixas é assustador em relação ao esperado. Vale ressaltar que o que mais contribui para que esse resultado se efetive é a falha na argumentação plausível e ausência de intertextualidade dentro da produção textual, além, é claro, de desvios gramaticais e fuga do tema. Como o objetivo principal do projeto é demonstrar que juntas a intertextualidade e a argumentação são capazes de transformar qualquer produção textual em um texto completo, faz-se relevante e necessário aplicá-lo para reverter essa situação. A capacidade de selecionar, organizar, relacionar e expor argumentos é um critério avaliativo no exame mencionado e, por isso, o projeto pode auxiliar na melhoria do desempenho dos estudantes, pois sua função é justamente essa: ensinar os participantes a fazerem, por meio das referências intertextuais, uma argumentação forte e inquestionável. 9 6 REFERENCIAL TEÓRICO Para início de conversa, é válido começar a transposição de ideia através do conceito dos termos que serão trabalhados, já que só é possível ter propriedade de determinado objeto de aprendizagem após integrar-se dele. Por isso, começar-se-á com a definição geral e a fundamentação necessária, conforme autores e artigos, de Intertextualidade e argumentação. A Intertextualidade A intertextualidade configura-se como um fenômeno traduzível em termos de diálogo de textos, sendo evidente na literatura e estando presente também em outros tipos de texto. O trabalho intertextual pode referir-se a um gênero, a uma breve alusão, a uma paródia, a um signo ou conjunto de signos, pois todo texto faz parte de uma história de textos, é a continuação de textos anteriores. Por meio dessa relação entre diferentes textos, a intertextualidade permite uma ampliação do sentido, na medida em que cria novas possibilidades e desloca sentidos. Desse modo, ela pode ser utilizada para melhorar uma explicação, apresentar uma crítica, propor uma nova perspectiva, produzir humor etc. Os processos pelos quais ocorrem intertextualidade são: Alusão- (aproveitamento de um dado de um determinado texto, sem maiores explicitações. A alusão não indica a fonte, é um dado mais vago, portanto, o conhecimento do interlocutor é fundamental para percebê-la). Referência- (lembrança de uma passagem ou de um personagem de um texto). Epígrafe- (texto curto transcrito no início de outro texto, para indicar que o pensamento desenvolvido neste último tem a ver com o outro, justifica-se a partir do outro. Citação- (apresenta um trecho, um dado da obra. O segundo texto procura deixar claro o texto original. Usada sempre que se quer comprovar ou reprovar determinada ideia) Pastiche- (aproveita ou os recursos, o clima ou determinados recursos de outra obra. São exemplos de pastiche o humor-pastelão de “Os Trapalhões”, “Os Três Patetas” e “O Gordo e o Magro, que são comédias de ação e riso fácil) 10 Paródia- (neste processo, o texto original perde sua ideia básica, seu fio condutor. A narrativa é invertida ou subvertida. Frequentemente, a paródia é crítica e questionadora) Paráfrase- (retomada de um texto sem mudar o seu fio condutor, a sua lógica. A ideia original é conservada). Saber usar todos os tipos de intertextualidade em favor da produção textual é um ponto positivo pra todo e qualquer escritor, porque trazer referências que comprovem sua ideia é fundamental para o convencimento do leitor e, junto a isso, dá mais credibilidade e veracidade à informação, pois, fundamentando-se nos estudos de Bakhtin, Kristeva designou o fenômeno do dialogismo textual com o termo intertextualidade, afirmando que todo texto se constrói como mosaico de citações, todo texto é absorção ou transformação de um outro texto. A Argumentação Argumentar é a capacidade de relacionar fatos, teses, estudos, opiniões, problemas e possíveis soluções a fim de embasar determinado pensamento ou ideia. Um texto argumentativo sempre é feito visando um destinatário. O objetivo desse tipo de texto é convencer, persuadir, levar o leitor a seguir uma linha de raciocínio e a concordar com ela. Para que a argumentação seja convincente é necessário levar o leitor a um “beco sem saída”, onde ele seja obrigado a concordar com os argumentos expostos. E é aí que o fenômeno da intertextualidade faz toda diferença, porque é ela quem vai dar o subsídio necessário para que ocorra o concordar entre escritor e leitor. A argumentação não trabalha com fatos claros e evidentes, mas sim investiga fatos que geram opiniões diversas, sempre em busca de encontrar fundamentos para localizar a opinião mais coerente. A intertextualidade como recurso de argumentação A intertextualidade revela-se como recurso de argumentação sempre que a utilização da palavra do outro servir de argumento a uma tese que está sendo defendida. Uma citação, uma alusão, um efeito de polifonia, uma paráfrase, uma paródia, uma apropriação são, entre outros, elementos capazes de se revelar argumentativos, auxiliando a determinar a orientação a ser dada na leitura ou na 11 produção de textos. Maingueneau considera que o intertexto é um componente decisivo das condições de produção, afirmando que um discurso constrói-se através de um já-dito em relação ao qual toma posição13.A argumentação por autoridade já apontada por Aristóteles, no sentido da influência do caráter do orador4, assim como as palavras, os atos e os julgamentos do outro, usados como meio de prova em favor de uma tese,estudados por Perelman15, justificam a relação entre intertextualidade e argumentação. As pesquisas de Ducrot voltadas para a argumentação ampliam ainda mais essa constatação, quando ele afirma que a argumentação está inscrita na língua, sendo, portanto, a autoridade polifônica e o raciocínio por autoridade reconhecidos como recursos de argumentação. A incorporação de vozes que o locutor faz ao seu discurso permite que, a partir dessas vozes, sejam tiradas consequências de asserções cuja responsabilidade não assume diretamente. Para Ducrot, como também para Vogp6, a polifonia é um fato constante no discurso, ressaltando os autores que, através da leitura polifônica, vários fenômenos discursivos, como a pressuposição, a negação, o uso da forma verbal do futuro do pretérito, o emprego de certos operadores argumentativos, poderiam ser melhor estudados, uma vez que apontam a presença de outras vozes no discurso, que podem servir como argumentos favoráveis ou contrários às teses que estão sendo expostas. A intertextualidade não se resume à simples presença do outro no texto, pois a escolha do intertexto já representa uma postura ideológica. Relacionando intertextualidade e argumentação, Koch afirma que a intertextualidade constitui um dos poderosos fatores de textualidade, estando subjacente a ela, em maior ou menor grau, a argumentação. Na relação entre intertextualidade e argumentação, é preciso lembrar que, dependendo da intenção, o locutor recorrerá, explícita ou implicitamente, a outros textos conhecidos, a fim de encaminhar o sentido, a direção, as conclusões, o futuro discursivo do texto, enfim, o objetivo para o qual aponta. 12 Intertextualidade na redação do Enem O dialogismo de Mikhail Bakhtin está diretamente relacionado a essa questão de intertextualidade. Dialogismo consiste em uma interação de textos, ou seja, um texto não é visto de forma isolada, mas sim relacionado a outras produções textuais semelhantes. Nesse sentido, na redação do ENEM, é impossível adquirir nota máxima com a ausência de outras referências textuais, ainda mais na competência cinco, que exige do candidato detalhamento na proposta de intervenção do problema abordado. Fiorin (2006, p.19), explica melhor esse conceito de dialogismo ao afirmar que “[…] o enunciador, para constituir um discurso, leva em conta o discurso de outrém, que está presente no seu. Por isso, todo discurso é inevitavelmente ocupado, atravessado pelo discurso alheio.” Nesse viés, relacionado à produção textual, o dialogismo é referente à intertextualidade, ou seja, para produzir um texto dissertativo-argumentativo de fato consistente, o candidato deve fazer correlação entre seu texto e o texto de outros autores. Foi a francesa Julia Kristeva que, a partir do dialogismo bakhitiniano, criou o conceito de intertextualidade. Segundo Kristeva (1966), se um leitor reconhecer outro autor no texto que está lendo, ocorrerá a intertextualidade, visto que haverá, então, relação entre os dois textos. Regina Frasson em “A intertextualidade como recurso de argumentação” (1992, p.89) escreveu que “[...] Cada obra surge como uma nova voz (ou um novo conjunto de vozes), que fará soar diferentemente as vozes anteriores, arrancando- lhe novas entonações”. Nesse sentido, o fato de escolher um argumento de autoridade já demonstra a opinião de quem está escrevendo o texto, ou seja, intertextualidade vai além de apenas um texto dentro do outro, pois também significa posicionamento. O gênero textual exigido na prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) é a dissertação–argumentativa, na qual não basta, apenas, dissertar, expor, apresentar fatos, ideias, exemplos, citações, dados etc.; o fundamental é opinar acerca das questões expostas, embasado em argumentos consistentes, fortes, que não são rebatidos facilmente e que tenham como objetivo tentar (e se conseguir melhor ainda) convencer o leitor em relação ao que foi posto. 13 Argumentação na redação do Enem Os argumentos servem para fundamentar a tese, trazendo opinião e explicações, com o objetivo de convencer o corretor de que a ideia defendida faz sentido. Eles funcionam como as justificativas do seu posicionamento, como se você olhasse para a tese e se perguntasse: POR QUÊ? Para desenvolver esses argumentos, usamos recursos que sirvam de comprovação, como: Exemplos: -Dados estatísticos; -Pesquisas; -Fatos atuais; -Alusões históricas; -Citações de pensadores ou especialistas; -Comparações entre fatos, situações, épocas ou lugares diferentes. Existem muitas estratégias para argumentar de forma eficiente. A mais prática delas é trazer, nos parágrafos do desenvolvimento, uma parte de opinião e outra de provas do que será defendido. Percebe-se, então, que a prova torna o argumento inquestionável. É como se o uso dessa atualidade blindasse a opinião, contornando a fragilidade de uma ideia que poderia ser considerada um “achismo”. Na redação do ENEM e de outros vestibulares, é fundamental que os raciocínios expressos sejam completos, com começo, meio e fim, de forma que o leitor seja capaz de acompanhar a linha argumentativa sem dificuldade. Entende-se, portanto, que trabalhar e dar recursos de conhecimento quanto à capacidade argumentativa e ao uso assertivo da intertextualidade a favor da produção textual, garantirá um desempenho notório e significativo em relação à problemática mencionada anteriormente que diz respeito ao baixo índice de notas máximas na redação exigida pelo Enem. Vê-se, então, a relevância do projeto apresentado, em especial às turmas do 3° ano do ensino médio, visto que lhes ajudará a escrever, argumentar e se expressar melhor e isso lhes proporcionará um caminho cheio de possibilidades, pois o indivíduo que sabe usar esses artefatos a seu favor tem maior capacidade de ascender social e profissionalmente. 14 7 METODOLOGIA Para se realizar o projeto, que consiste em melhorar a argumentação, utilizando-se da intertextualidade em produções textuais como a redação do Enem, os alunos serão expostos a um período de aprendizagem teórica e prática que se dividirá em cinco aulas, as quais terão abordagens diferentes, com material diversificado, visando instruí-los e auxiliá-los na elaboração de textos dissertativos- argumentativos potentes e inquestionáveis em relação às referências intertextuais. Num primeiro momento, os discentes serão apresentados ao e-book elaborado e fornecido pelo professor cujo link segue abaixo: https://drive.google.com/file/d/1Bs6p9cWHik-lfiwkiP7w1K4VP3Of3B9p/view Nele, haverá uma discussão realizada em tópicos, conforme o disposto no próprio e-book -1 seção para cada aula-, onde serão sanadas dúvidas quanto à temática de cada capítulo. Assuntos como coesão e coerência textual, elaboração da tese e da argumentação, demonstração das competências avaliativas, conceitos gerais e exemplos, serão vistos para fortificar e dar êxito ao que se propõe no projeto. Num segundo momento, os alunos terão acesso a uma aula expositiva- explicativa, através do uso de slide cujo foco principal é expô-los a exemplos prontos e repertórios coringas para serem usados durante a produção textual. É válido mencionar que os exemplos são apenas expositivos e tem a função de abrir a mente dos estudantes quanto à prática da escrita e não fazê-los copiar ou decorar o conteúdo visto, pois o que se pretende é demonstrar a estrutura básica da montagem dos aspectos já mencionados. Num terceiro e último momento, os discentes assistirão a um vídeo na plataforma do Youtube que tem como objetivo instruir de forma geral a montagem e análise de temas para a produção textual exigida pelo Enem. Segue abaixo o link do vídeo que será utilizado: https://www.youtube.com/watch?v=6wWBHVLsens&t=6s Em todas as aulas, os estudantes precisarão elaboraruma redação com tema a ser escolhido conforme turma, situação e conteúdo analisado. Vale ressaltar que a complexidade da avalição se dará conforme o nível de conhecimento de cada aula apresentada. Isso quer dizer que, na quinta e última aula, essa será bem mais exigente que a primeira, pois, de modo geral e objetivo, os alunos já terão https://drive.google.com/file/d/1Bs6p9cWHik-lfiwkiP7w1K4VP3Of3B9p/view https://www.youtube.com/watch?v=6wWBHVLsens&t=6s 15 conhecimentos prévios e necessários para a elaboração de um texto perfeito. O projeto tem como objetivo primordial auxiliar estudantes da 3° série do ensino médio a se sobressaírem na produção escrita do Enem. Logo, pretende-se, neste percurso apresentado, ligar teoria e prática e acompanhar o desenvolvimento da cada aluno de modo subjetivo, analisando dificuldades e superficialidades apresentadas por cada um. Crê-se que, desta forma, os alunos aprenderão tanto a estrutura exigida pelo exame quanto o uso da argumentação dada por meio da intertextualidade em todas as suas vertentes para construírem textos satisfatórios e irrevogáveis em relação à referência e sustentação intertextual-argumentativa. 16 8 CRONOGRAMA Etapas do Projeto Descrição das Atividades Período de realização 1. Planejamento O planejamento do projeto foi feito antes da aplicação das atividades propostas: criação do e-book, montagem do slide, preparo para a produção das redações, etc. O objetivo é seguir à risca cada uma das etapas já mencionadas. Serão cinco aulas, sendo que cada uma terá cinquenta minutos. Um mês antes da execução do projeto. 2. Execução O projeto será executado de forma participativa e colaborativa tanto dos alunos quanto do professor, com aulas expositivas, vídeos e rodas de conversa para tirar dúvidas e fixar o conteúdo. Vale ressaltar que cada aula corresponderá a um tópico do e- book e a uma produção textual individual. Cinco aulas de cinquenta minutos que serão distribuídas no decorrer de uma semana. 17 9 RECURSOS Para que a realização do projeto se dê com sucesso e de forma exitosa, o professor utilizará o e-book que poderá ser digital ou impresso. O importante é que cada aluno tenha o seu, já que as produções textuais serão feitas individualmente. Utilizar-se-á, também, o Data-show e o notebook da instituição para que seja feita a apresentação da aula em slide e do vídeo explicativo. A lousa será importante no momento de tirar as dúvidas, pois exemplos e esquemas prontos poderão ser colocados lá durante a interação. Serão necessárias folhas de redação para que os alunos possam entregá-las e as devidas correções possam ser feitas. 18 10 AVALIAÇÃO A avaliação será feita de maneira somatória (atrelada as atividades já rotineiras) e terá como foco observar o desenvolvimento pessoal dos alunos no decorrer de cada aula. Conforme conteúdo visto, ela será mais exigente e criteriosa. Isso quer dizer que cada produção terá um modo de avalição diferente. Quanto mais aulas forem apresentadas, mais elevado será o nível da avaliação, pois, a princípio, o projeto destina-se a ensinar de maneira gradativa como deve ser a produção da redação para o Enem mesmo que o aluno seja iniciante. 19 CONSIDERAÇÕES FINAIS Através das considerações expostas, é possível concluir que, no processo de montagem do material, evidenciou-se que é de extrema importância profissional buscar caminhos e maneiras diversificadas no que se refere à elaboração de aulas construtivas e atrativas para o público contemporâneo, mesmo quando o conteúdo tem como foco dar ao estudante a possibilidade de construir argumentos por meio da intertextualidade e ser destemido em produções escritas. Pôde-se perceber que além de simplesmente ler, os alunos, quando instigados a fazê-lo, aumentam seu acervo literário e constroem, por conta própria, um uso adequado da língua e são capazes de fundamentar e sustentar diálogos por meio da argumentação que se dá devido à intertextualidade usada na comprovação. Desta forma, fundamentou-se que o uso da intertextualidade para o ensino e aprimoramento da argumentação na redação é primordial, relevante e cumpre o proposto para os exames que a exigem e para a vida do educando. 20 REFERÊNCIAS ROHERS, Clarice. A argumentação e a intertextualidade. Disponível em: <https://claricerohers.blogspot.com/2009/11/argumentacao-e-intertextualidade.html> Acesso em: 29 de Setembro de 2021. FRASSON, Regina. A intertextualidade com recurso de argumentação. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11440/pdf> Acesso em: 26 de Setembro de 2021. MATOS, Taliandre. Intertextualidade. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/redacao/intertextualidade-.htm> Acesso em: 29 de Setembro de 2021. ARAÚJO, Ana Paula. Argumentação. Disponível em: <https://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/> Acesso em: 27 de Setembro de 2021. SOUZA, Samarah. Intertextualidade na redação do Enem: Uma reflexão sobre a competência cinco. Disponível em: <https://bdm.unb.br/bitstream/10483/17204/1/2017_SamarahRegiaDeSouza_tcc.pdf Acesso em: 28 de Setembro de 2021. CALIL, Lygia. Como argumentar na redação do Enem? Disponível em: <https://1000naredacao.com.br/2017/06/21/como-argumentar-na-redacao-do- enem/> Acesso em: 29 de Setembro de 2021. https://claricerohers.blogspot.com/2009/11/argumentacao-e-intertextualidade.html https://periodicos.ufsm.br/letras/article/view/11440/pdf https://brasilescola.uol.com.br/redacao/intertextualidade-.htm https://www.infoescola.com/redacao/argumentacao/ https://bdm.unb.br/bitstream/10483/17204/1/2017_SamarahRegiaDeSouza_tcc.pdf https://bdm.unb.br/bitstream/10483/17204/1/2017_SamarahRegiaDeSouza_tcc.pdf https://1000naredacao.com.br/2017/06/21/como-argumentar-na-redacao-do-enem/ https://1000naredacao.com.br/2017/06/21/como-argumentar-na-redacao-do-enem/ SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 TEMA 2 JUSTIFICATIVA 3 PARTICIPANTES 4 OBJETIVOS 5 PROBLEMATIZAÇÃO 6 REFERENCIAL TEÓRICO 7 METODOLOGIA 8 CRONOGRAMA 9 RECURSOS 10 AVALIAÇÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
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